O QUE É PIOR: A MONOGAMIA OU A NÃO-MONOGAMIA? | SALVA-VIDAS | EMANUEL ARAGÃO

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  • Опубликовано: 5 июл 2024
  • Um vídeo sobre a monogamia e a não-monogamia.
    Especialmente, quando essa modalidades não funcionam bem.
    E sobre ciúme, é claro.
    O link para a pré-venda do meu livro:
    amzn.to/3KYbxNj
    Os vídeos que eu citei:
    A AUTOESCRITA
    • FINALMENTE, A NOVA ABE...
    Sobre os afetos e necessidades emocionais
    Manual mínimo do afetos
    • O MANUAL MÍNIMO DOS AF...
    Os sete afetos fundamentais
    • OS SETE AFETOS FUNDAME...
    Guia para a compreensão dos afetos
    • GUIA PARA A COMPREENSÃ...
    Formação dos objetos de satisfação
    • A IDEALIZADORA E O NAR...
    TDG - Transtorno do desamparo generalizado
    • TDG, O TRANSTORNO DO D...
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    O meu site
    www.emanuelaragao.com.br
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    amzn.to/3IsZerA
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    A AUTOESCRITA
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    Os princípios fundamentais da autoescrita:
    • OS PRINCÍPIOS FUNDAMEN...
    O link do canal da autoescrita no telegram:
    t.me/joinchat/UVM4KBzOWy15PzAW
    O link do grupo no telegram:
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    O site da associação de neuropsicanálise:
    npsa-association.org/
    ÍNDICE
    APRESENTAÇÃO 00:00
    MONOGAMIA VS NÃO-MONOGAMIA 00:42
    A TRANSFERÊNCIA 5:03
    A MONOGAMIA 9:01
    A NÃO-MONOGAMIA 18:17
    A (HIPO)TESE CENTRAL DO VÍDEO 28:09
    GERAÇÕES X, Y, Z 31:56
    Seja membro deste canal e ganhe benefícios:
    / emanuel aragão

Комментарии • 290

  • @valmoreno387
    @valmoreno387 2 месяца назад +108

    Olá Manu.
    Bom ,vivi um relacionamento aberto por 12 anos....
    Funcionou por 12 anos..... tínhamos nossos combinados.... não deixar o outro perceber a escapada e voltar pra relação.....
    Sou da geração X , meus pais são nordestinos ,papai mais velho q mamãe 10 anos,minha mãe ,casou-se com 15 anos(foi empurrada) ....
    E o sexo na vida dela , sempre foi estupro ,viveu a vida toda grávida,um no peito outro no ventre.
    Tive+ de 10 irmãos alguns abortos..... ,papai sempre foi machista, cachaceiro e mulherengo.....Papai era muito festeiro.....as reuniões na casa de minha mãe sempre acaba em festa e forró....
    No carnaval papai dava perdido de 5 dias....
    Mamãe sempre conviveu com doenças venéreas.
    Bom essa foi minha estrutura como gente.
    Casei com 33 anos.....nunca acreditei no casamento......
    Vivia namorava e transava.....sempre fugi do casamento.
    Até que enfim casei com 33 anos ,meu marido 10 anos mais novo.
    Mas desde o início propus uma relação aberta ....
    Eu era extremamente sexy....e vivemos um relacionamento muito sexual , eu tinha uma mente fértil para criar situações de prazer....
    Tivemos 2 filhos.....
    O cotidiano e a nossa relação com nossos trabalhos foi nos jogando para outras situações na vida.....
    Eu sou da arte .... sempre fui do fazer..... tive confecção de fantasia por + de 20 anos ,ele do mundo corporativo ,cargos de gerencia , diretoria.....
    Como ele viajava muito sempre coloquei camisinhas na mala.....falava que era pra ele voltar pra família.
    Até que ele com 35 viveu um romance com uma colega de trabalho.
    Quando eu soube ,pedi pra ele trazer ela pro nosso casamento.
    Ele não aceitou,estava apaixonado....
    Então o mandei embora pra viver sua escolha.
    Segui a vida com as crianças.....
    Nessa fase vivi um trisal com 2 amigos.
    Durou um ano.
    Arranjei um outro namorado músico .que foi ótimo , porém aquela vida nômade dele me deixava muito insegura , não quis mais.....
    Toquei pra frente , trabalhando e cuidando das crianças que cresceram.....
    Hoje minha filha mora na Espanha e meu menino adolescente ainda está comigo.
    Não consigo namorar mais....
    Tenho preguiça de procurar....
    Me divirto tocando em 3 blocos aqui em SP....
    E deixei de me relacionar
    Nada de amor , só amizades.....
    Sigo forte na terapia.

    • @Eularigd
      @Eularigd День назад

      Que relato! Valeu compartilhar!

  •  2 месяца назад +81

    Nossa, quando você falou “Bella Baxter” nem acreditei!!! Que demais saber que vocês assistiram Pobres Criaturas e pensaram até em fazer um Flor e Manu!!! Tomara que role!!!

    • @prof.kassyadias
      @prof.kassyadias 2 месяца назад +3

      Simmmm...da pra fazer uma serie completa com esse primor de filme

    •  2 месяца назад

      @@prof.kassyadias total!!!

    •  2 месяца назад

      Aquela cena do Duncan batendo a cabeça, de propósito, no balcão do bar é uma caricatura das necessidades de brigar, dominar e ser amado ao mesmo tempo, né? Eu ri muito pensando nisso no cinema.

    • @lenayevalvassori4333
      @lenayevalvassori4333 2 месяца назад

      Bom, minha estrutura familiar era monogâmica. Quando me despi de julgamentos, comecei a ver a não monogamia de forma mais possível.

  • @AnynhaRoque1
    @AnynhaRoque1 2 месяца назад +41

    As suas hipóteses fizeram muito sentido pra mim. Eu vim de um lar caótico, um pai que tinha vício em jogos e bebidas, um "eterno menino", e não esteve presente como deveria.
    Minha mãe vítima de múltiplas violências ao longo da vida, acabou repetindo várias delas com os filhos. Mesmo assim, eu sentia muito ciúmes dela. Pra mim, era INSUPORTÁVEL a idéia de ela namorar. Maltratava os namorados dela durante a infância rs, na adolescência, eu suportava.
    Eu vejo esse conflito da triangulação acontecendo na minha relação que é monogâmica e em relações não monogâmicas de amigos mais próximos. Eu não julgo nenhum modelo de relação como ruim ou difícil demais. Acho que tudo depende do que cada pessoa quer pra si.
    Eu rompi com o modelo patriarcal de relação em alguns termos. Eu e minha parceira estamos livres para procurarmos carinho, amor e aconchego nas relações com as amigas e com a família. Não alimentamos essa ideia de que nós duas nos bastamos. Acredito muito em COMUNIDADE.
    Também não sinto que cerceamos o desejo uma da outra. Porque estamos em uma relação sexualmente exclusiva em comum acordo, e não contra a nossa vontade. Existe confiança, não tem ciúmes excessivo e, quando ele aparece, vamos tentar entender o porquê.
    Acho que existem formas saudáveis de viver a monogamia e, também, a não monogâmica. O desafio é entender como... Vamos aprendendo. ..

    • @leticiacacto
      @leticiacacto 2 месяца назад

      Obrigada pelo relato, me trouxe umas reflexões legais🎉

  • @deniseoliveira2966
    @deniseoliveira2966 2 месяца назад +48

    Acho que o tipo de relação com o outro depende do seu momento de vida,das oportunidades de desenvolver relações, da energia e tempo pra elas.Nao de uma decisão prévia, racional.Ate pq as relações só se estabelecem se existirem desejo de tdas as partes de estar com aquelas pessoas ,naquele momento e de determinada forma.

  • @beatrizandrade6361
    @beatrizandrade6361 2 месяца назад +34

    Vendo os comentários, nada funciona. É isso pessoal, bjs

  • @thaynamessa
    @thaynamessa 2 месяца назад +94

    Para mim faz muito sentido as hipóteses, por um tempo vivia a monogamia (e sinceramente nem se quer sabia oq efetivamente significava isso, então vivia a reprodução de um modelo relacional social normativo), e ai aquele ciúmes excessivo q eu sentia de minha mãe na infância (q parou por um tempo, mas só pq ela parou de se relacionar afetivamente/sexualmente de forma definitiva) foi inferida na fase adulta e voltou no meu primeiro relacionamento afetivo/amoroso aos 17 anos, foi caótico, infantil, controlador, ciúmes possessivo e com o tempo fui tentando buscar pontos de fugas para o meu ciúmes possessivo e para atrasar o abandono. Na busca de entender o meu ciúmes possessivo, que não evitava o abandono e só fazia muito mal pra mim e aos parceiros ao longo da vida, eu pensava: "o meu ciúmes não evita o abandono, ele está acelera o abandono, então o problema foi sempre comigo, é por causa do meu ciúmes"... Aí eu encontrei a não monogamia e fez sentido pra mim na época pq eu havia desistido de buscar esse amor e/ou aprender algum novo tipo de amar?! Não sei, calhou de me relacionar com uma pessoa que era não-mono e era lindo a nossa "relação afetiva" não monogâmica, eu não sentia mais ciúmes, eu podia ver ele falando e ficando com outras mulheres, eu podia ficar com outras pessoas, tudo lindo tudo blue. Até que ele começou se relacionar com outra mulher, me relacionei sexualmente com eles inclusive, achava bonito a relação deles, mas ele começou a se afastar de mim, os dois viviam dando desculpas pra não me verem mais e eu entendi o recado sem precisarem me dizer, a relação deles estava fechada. A relação deles acabou, ele voltou a me ver e quando ele foi me contando oq tinha sido essa relação com ela, ele me disse q era a primeira relação de verdade que ele teve com alguém e ela não deu valor; meu mundo de cinderela não mono caiu: "ele nunca me considerou enquanto relação de vdd, nem se quer teve um cuidado cmg".
    Eu vi que a minha não mono para os homens foi apenas para satisfazer a necessidade de gozar deles, mas foi o q funcionou por um tempo pra mim, atrasava o sofrimento pelo ciúmes excessivo, logo o abandono, porém sempre que eu começava a me relacionar mais profundamente com esses homens (onde eu passava da necessidade do gozo para a necessidade de ser amado), eles ameaçavam o abandono "é pq vc é não mono", "e quando vc quiser ficar com outra pessoa"; aí eu voltava atrás e cedia para monogamia, para não ser abandonada. Da ameaça de abandono no começo da relação, começavam vir os sinais efetivos de abandono ao longo da relação, logo o ciúmes, logo o sofrimento, logo o abandono.

    • @izachi4585
      @izachi4585 2 месяца назад +13

      Forte e complexo teu depoimento. Entender esse achar q somos valorizadas e na verdade só usadas é forte demais, mas uma grande lição, eu vivo celibatária pois entendi tudo isso felicidades pra vc.❤❤

    • @dentedeleao07
      @dentedeleao07 2 месяца назад +7

      Amei seu relato, é muito bom esse espaço de compartilhamento de experiências e a mudança da nossa interpretação delas ao longo da vida.

    • @luczvd
      @luczvd 2 месяца назад +6

      a única conclusão que fica pra mim lendo seu relato é de que o abandono é inevitável

    • @SalveExuCaveira
      @SalveExuCaveira 2 месяца назад +8

      Não podemos abandonar a nós mesmas. Eu saquei que meu ciúmes era porque eu não tinha nenhuma autoestima, este foi um dos meus grandes traumas: ser rejeitada desde o ventre e ter tido infindáveis reforços para que eu simplesmente não tivesse um pingo de amor próprio. E do tempo que eu saquei isso até quando consegui lidar foi quase uma vida, tô com 42 anos e isso só aconteceu há algum tempo atrás. Estou numa relação mono e é o que faz sentindo pra mim, eu sinto ciúmes, claro, mas agora eu estou me respeitando, me autorizando e me amando, então o outro não é todo o meu mundo, ele é parte, então seguimos e "que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure." Fica bem @thaynamessa

  • @lucasgambit7248
    @lucasgambit7248 2 месяца назад +82

    Ótimo tema! Vou falar o que vejo dentro do meio gay, refletido em aplicativos de encontro:
    Primeiramente, a maioria nunca fala em "relacionamento" ou "namoro", os termos são "algo mais, algo sério, algo além", curiosamente é sempre "algo" que não tem nome. Se distanciam do amor em si, de falar sobre o tema.
    A grande maioria foca no sexo, seja por fogo no rabo constante, seja porque têm relacionamento aberto, mas eu percebo que muitos "só esperam o sexo", porque é o mais fácil e prático de se conseguir com outra pessoa. No fundo, existe uma ideia de que "passou disso complica, é difícil e arriscado". O sexo acaba se tornando o único e mais fácil meio de se conectar com um outro, ainda que por alguns minutos ou horas.
    Percebo que existe a ideia de que "o homem tem suas necessidades", existe uma hipersexualização constante e imensa nesse meio, desde as fotos de perfil, os papos, até a realização do desejo. Muitos já pedem nudes direto, e muitos outros já querem marcar logo o sexo, de forma muito prática, chega, faz e tchau. Muitas vezes isso é escrito no perfil da pessoa.
    Percebo que existe um grande distanciamento da ideia de relacionamento, de afeto, de vínculo, então muitos no máximo falam em "amizade", mas "relacionamento" já é "demais, pressa, avançar muito". Ou seja, parece haver um tipo de fobia do vínculo. Faz muito sentido considerar, como dito no vídeo, que o foco em vários parceiros (e também relacionamento aberto) seja uma estratégia para garantir que não ficará só. Pode ser a satisfação sexual em si com vários parceiros, mas me parece que há um forte estímulo vindo da insegurança ou até incapacidade afetiva.
    Além da questão social de nossos tempos, em que viramos objetos para satisfação narcísica, perdemos o foco no vínculo e focamos no interesse e ganho a partir da pessoa (no caso, o interesse é diversão e prazer momentâneo, no máximo salvar o contato para repetir). Usam a pessoa e depois jogam fora, tal como embalagens na sociedade de consumo.
    Penso que monogamia ou não é questão de como funciona sua sexualidade e o quanto você deseja ser especial e único para o outro. Tem gente que gosta de experimentar com vários, se sentir na ativa (como falado no vídeo), ou querem garantia de conexões. Eu mesmo já tive um relacionamento onde a pessoa tinha salvos os contatos de pegação do passado, nunca excluiu, e essa pessoa tinha uma péssima autoestima e medo de abandono. Ou seja, nem sempre é "gosto", muitas vezes é medo mesmo. Até o relacionamento aberto pode ser uma desculpa pra não ser chifrudo.
    A sexualidade e o afeto podem ter suas modalidades, e as pessoas precisam se encaixar com as afinidades. Mas que tem muito truque pra evitar a dor, a perda, a insegurança e a própria entrega ao outro, isso com certeza tem.

    • @umapeloasideias9121
      @umapeloasideias9121 2 месяца назад +1

      Interessante o seu relato. Obrigada por compartilhar.

    • @luanalouise948
      @luanalouise948 2 месяца назад +3

      Demais! Li tudo que você falou e a cada coisa narrada, mais eu tive a impressão de uma experiência em aplicativos de relacionamentos. Nenhuma experiência é individual, mesmo.

    • @lauragoiaba
      @lauragoiaba 2 месяца назад +1

      Sensacional seu relato e importante demais a gente pensar nessa questão sob todas orientações.

    • @adrianarosario8824
      @adrianarosario8824 2 месяца назад +1

      Gostei muito do seu relato.

    • @leticiacacto
      @leticiacacto 2 месяца назад +2

      Relato incrível. Obrigada. E também ri em algumas partes kkk abraços

  • @gabibonza
    @gabibonza 2 месяца назад +42

    Com duas pessoas já é complicado, imagina com mais de duas!

    • @_victorugo
      @_victorugo 2 месяца назад +3

      Não-monogamia é sobre se relacionar com si, sair da fantasia do amor romântico e de garantias, se relacionar com mais de duas é monogamia serial, faz parte da monogamia o adultério e o divórcio, você diz isso porque já se acostumou a equiparar relação com "problema" ou "dor de cabeça".

    • @lucianabarroso5224
      @lucianabarroso5224 2 месяца назад +2

      ​@@_victorugoacho q vou ter q ver o vídeo mais de duas vezes porque eu não entendi nada agora q li seu comentário rs

  • @Gulllivera
    @Gulllivera 2 месяца назад +44

    Lido muito bem com a monogamia, difícil é achar uma outra parte que também queira isso rs
    Acredito que o relacionamento é uma construção, que é preciso edificar, organizar, adequar... Entendo que é preciso abrir mão de algumas coisas para obter outras. Cresci em um lar com uma família longe da perfeição, mas dentro do que considero ideal e brinco que meus pais foram um péssimo exemplo, casados, respeitosos, carinhosos e leais ao que se proporam.

    • @ammbr
      @ammbr 2 месяца назад +7

      Busque por pessoas que tb tiveram pais respeitosos carinhosos e leais que é 90% do caminho andado.

    • @julianamatos3866
      @julianamatos3866 7 дней назад

      Gostei do seu comentário.

  • @arochatube
    @arochatube 2 месяца назад +40

    Às vezes a gente mira no que vê e acerta no que não vê, né? É a primeira vez que eu assisto um vídeo postado no mesmo dia e não poderia ser mais apropriado para o meu atual momento de busca terapêutica!
    Respondendo: considero-me não monogâmico, sou casado há 27 anos, sendo os últimos 22 deles em um relacionamento aberto e os últimos 16, cada um em sua casa. Tenho outros relacionamentos abertos e também longevos (o mais "jovem" tem 2 anos). Sou da chamada Geração X e tive uma família normativa (nem tão burguesa assim), com irmãozinho, papai e uma mamãe que trabalhava fora. E não vi o filme.
    Tenho me questionado muito sobre a necessidade de buscar (seeking), pois desconfio que isso tem me levado a cometer excessos com o consumo específico de cerveja (e não de qualquer outra bebida alcoólica). E a pergunta que não quer calar é: o que estou incessantemente buscando? Mesmo entendendo o processo dopaminérgico e a montagem de respostas ineficazes que você explica em outros vídeos, a resposta a essa pergunta ainda me aflige. E eis que surge essa perspectiva de que esse "seeking" seja retroalimentado por esse vazio da mãe que tinha que cuidar do trabalho, da casa, do outro filho e do marido que havia sofrido acidente no trabalho e passou meses internado. Faz muito sentido que aquela criancinha de 1 ano sequer tenha aprendido a desejar ser objeto desse amor e, portanto, manifeste, hoje, esse "desapego" amoroso.
    O ponto que me chama à atenção é que por mais que sejam muitos os relacionamentos que mantenho (e permaneço "buscando"), o que eu busco de fato são conexões profundas e duradouras, onde o sexo acaba ficando em segundo plano (bem com "cara" de monogamia, né? rsrs)
    Tenho uma filha de 21 anos, Geração Z, portanto, única, que foi criada nessa relação aberta e sadia, com parceria e amizade e que declara ter uma relação aberta com seu primeiro e até agora único namorado, há 6 anos. O que me parece é que ela se considera "livre" para ter a relação que ela quiser e, por hora, ela escolhe ter esta relação apenas com ele.
    Enfim, espero que minhas respostas contribuam para sua pesquisa em retribuição ao triplex que esse vídeo construiu na minha cabeça!😅😅😅

    • @adrianarosario8824
      @adrianarosario8824 2 месяца назад +2

      Muito interessante sua história e suas elaborações.

  • @giulliacoelho7990
    @giulliacoelho7990 2 месяца назад +10

    Hoje estou em um relacionamento monogâmico e me sinto confortável. Nós temos uma dinâmica que preza bastante por manter a individualidade. Não temos uma rotina muito próxima, nem sempre dá para comparecermos juntos nos eventos familiares e de amigos, cada um tem seu quarto mesmo morando na mesma casa. Temos ciúmes em certas situações, sentimos saudades. Tentamos ao máximo encaixar um tempo de qualidade em nossas rotinas. Acredito que essa dinâmica de manter a individualidade, de não precisar estar junto em tudo e o tempo todo permite que a gente "vá para o mundo" como o Emanuel diz sem a angústia de achar que o outro vai embora. Nós vivemos nossas vidas e na volta para casa temos um ao outro para compartilhar nossas experiências, com curiosidade e admiração que alimenta o interesse romântico.

    • @marginaltarot
      @marginaltarot 2 месяца назад +1

      muito interessante! exatamente como enxergo!

  • @amandadealmeidaromao
    @amandadealmeidaromao 2 месяца назад +40

    Oi, Manu, obrigada pelo vídeo.
    Sendo bem sincera, achei a efusão das pessoas em torno da personagem Bella Baxter mais como um sintoma de nossa época (a identificação com o desejo desenfreado por estímulos a todo tempo) do que uma relação com qualquer símbolo de libertação feminista, mesmo porque aquilo se trata claramente de um feminismo neoliberal (poderia discorrer longamente sobre isso, aliás).
    No mais, sobre as relações, tenho seríssimas suspeitas com a promessa de satisfação e prazer quase ilimitadas que estão imbuídas no combo da não-monogamia - e dizer isso não é o mesmo que dizer que todos os relacionamentos monogâmicos são ótimos. *Façamos uma pausa para a complexidade, homo (nem sempre) sapiens*. Discutir esses formatos de relação, hoje, na complexidade que eles exigem, é muito difícil... Sustentar uma relação monogâmica com as promessas de felicidade explodindo na nossa cara a cada próximo match, só mesmo se os dois estiverem suficientemente amadurecidos pra saber que na vida, SEMPRE vamos perder algo. E que bom pode ser "perder" o próximo date que "seria maravilhoso". "Perder", assim, com tranquilidade.

    • @annacarolinaoliveirasousa4977
      @annacarolinaoliveirasousa4977 2 месяца назад +1

      Preciosa tua leitura e colocações, partilho de percepção bem aproximada, tanto com relação à leitura do sintoma alvoroçado para com Bella Bexter, quanto o trabalho de sustentar a perda com alguma leveza...

    • @amandadealmeidaromao
      @amandadealmeidaromao 2 месяца назад

      @@annacarolinaoliveirasousa4977 sempre bom saber que não estamos só nas nossas percepções do mundo, Anna! Obrigada!

    • @murilohenrique6684
      @murilohenrique6684 Месяц назад +1

      ponto importantíssimo!!!
      análise cirúrgica e essencial.
      parabéns pela lucidez!

    • @amandadealmeidaromao
      @amandadealmeidaromao Месяц назад

      @@murilohenrique6684 obrigada, Murilo! Bom saber da tua partilha no ponto de vista também.

  • @barulhandinho
    @barulhandinho 2 месяца назад +25

    Sou monogâmica, tive uma experiência de família nuclear tradicional com disputa, ciumenta, geração y. Me relaciono com uma pessoa que a mãe trabalhava fora, então foi criada pela avó, só que essa avó faleceu quando ela tinha 10 anos de idade. Essa pessoa antes de se relacionar comigo só teve relações não-monogâmicas. Conversamos bastante sobre o assunto e chegamos na mesma hipotese que a sua, que a forma como conseguimos nos relacionar está intimamente ligada a nossa forma de organização social, mas pensamos mais em modelos de aldeia, quando todas as crianças são criadas por todos os adultos e não existe essa ameaça de quebra de vínculo. Chegamos à conclusão que só nesse tipo de sociedade a não-monogamia é "natural", no sentido que é possível suprir a necessidade de ser amado nesse arranjo, além de satisfazer as outras necessidades (a comunidade traz estabilidade em vários outros ambitos da vida, alimentação, moradia, segurança etc..).
    Na sociedade urbanizada existem vários impasses legais que não favorecem o arranjo não-monogâmico, por ser uma sociedade que nasce de um arranjo monogâmico, e isso deixa os indivíduos submetidos a acordos muito frágeis (exemplo: num 'divórcio' de uma relação não-monogâmica como é feita a separação de bens? Todos vão ter onde morar?). Por esse motivo, o arranjo que eu tenho com o meu par é numa relação de apoio mútuo dentro das circuntâncias que a sociedade nos impõe e respeitando a nossa história e nossos aprendizados pessoais. É um esforço de sermos fiéis a um compromisso ajudar um ao outro a sobreviver numa sociedade absolutamente opressora, em especial aos nossos corpos.
    Acho que a sua hipotese faz muito sentido, só tem um aspecto que acho que precisa ser levado em consideração também: historicamente os acordos monogâmicos não dão conta também de satisfazer as necessidades emocionais dos indivíduos, dado que era corriqueiro (e ainda é) a quebra do acordo em traições, mesmo quando as mulheres em média tinham menos liberdade e o seu papel atribuído era de cuidado dos filhos e do marido, exclusivamente. Ao marido era garantida a busca de parceiras, satisfação da necessidade de gozar em outros corpos e ainda garantir o amor e o cuidado a partir de um outro objeto. Às mulheres isso não era permitido. Parece pra mim então que o nosso modo de organização social e de organização familiar é absolutamente falido e em decadência, por isso as pessoas buscam outros arranjos que satisfaçam suas necessides, da mesma forma que buscam outros modelos de organização social que satisfaçam suas necessidades materiais.

    • @deborakati4486
      @deborakati4486 2 месяца назад

      Nossa, adorei tuas considerações.

    • @laysobral8228
      @laysobral8228 Месяц назад

      Quanta sorte encontrar na vida alguém que dívida sua visão de mundo!! Lindão

    • @barbaranoronha9030
      @barbaranoronha9030 21 день назад +1

      Cara, que coisa absolutamente FODA. Quero emoldurar esse comentário, porque você simplesmente sintetizou meu pensamento em relação à toda essa discussão. Brilhante! E que acordo de relacionamento incrível, achei extremamente lúcido e saudável. Queria ver mais comentários do tipo nessas discussões por aí, ajudaria muita gente a entender e ficar um tiquinho menos agoniada.

  • @karolinerodrigues5885
    @karolinerodrigues5885 2 месяца назад +5

    Sugiro muito que Manu leia o livro da Geni Nunez: Descolonizando Afetos, pela potência de uma leitura do tema através dos povos originários e seus ensinamentos

  • @LouiseEnriconi
    @LouiseEnriconi 2 месяца назад +20

    Respondendo as perguntas do início do vídeo: sou não monogâmica, me considero bem satisfeita e bem resolvida com esta visão e vivência nos relacionamentos. O que, obviamente, não quer dizer que sejam só flores haha humanos e relacionamentos são complexos em qualquer formato. Mas hoje não me vejo vivendo de outra forma, sinto que realmente foi uma “chave que virou” pra mim (aos poucos, ao longo de vários anos, e que ainda está virando).
    Sim, ciúmes existem também, o que muda é a forma como o percebemos e lidamos com ele. Cresci em uma casa estável, com muito amor e com pais que são casados de forma monogâmica até hoje, na maior parte do tempo bem felizes com seu relacionamento e, no geral, sem grandes percalços. São católicos e não entendem muito bem todos os aspectos da minha escolha, mas respeitam e querem a minha felicidade acima de qualquer coisa. Acredito que esse apoio faz com que eu tenha mais coragem de me posicionar de forma diferente do padrão perante a sociedade também. Espero ter ajudado ❤ sou bem aberta a perguntas sobre o tema, quem tiver curiosidade (de forma respeitosa) pode me chamar em outras redes também ☺️
    Ps: adorei pobres criaturas, acredito que trouxe muitas questões importantes, inclusive sobre aspectos não tão falados da não monogamia, de forma muuito sutil
    Ps 2: queria adicionar à fala do Manu sobre a questão de não dependência de outros afetos na não monogamia destacando que na não monogamia (no geral) há uma descentralização também do afeto romântico como central, ou seja, esse afeto não vem só de múltiplos afetos românticos, mas também muito mais de amizades, família etc. É repensar justamente essa dinâmica de que o relacionamento romântico é central na vida social. E também gostaria de adicionar que entendo o foco na parte de “poder ter sexo com outras pessoas”, porque pra quem é monogâmico talvez seja uma grande coisa (ou talvez uma das maiores frustrações iniciais ou mais latentes quando se começa a pensar sobre isso) mas sinceramente isso é muito mais destacado em modelos como “relação aberta”, que é basicamente uma monogamia com brilhinhos ou um primeeeiro passo dentro da não monogamia, mas que pra quem já está mais dentro do rolê é mais uma consequência de uma série de outras mudanças de mentalidade do que a coisa principal - muito pelo contrário. E adicionando uma última pulguinha atrás da orelha, a diferença entre monogamia e não monogamia não está meesmo na exclusividade sexual, posto que sim, existe o adultério na monogamia e está bem longe de ser a exceção (cerca de 80% dos casamentos têm traições, segundo ibge 2022). Enfim, muita coisa pra falar e não quero deixar este comentário mais quilométrico do que já está hahah Estou disponível pra trocar ideias ❤ Só tentando ajudar na pesquisa mesmo :)

  • @leticiamglhs
    @leticiamglhs 2 месяца назад +15

    Há 20 anos tenho relações mono e não-mono e não sei se concordo com a hipótese (pode ser que não tenha te entendido muito bem). Venho de uma família de pais (bem) casados até hoje, irmão mais velho de quem sou muito amiga, não tem nenhuma memória familiar, nenhum relato de eu ter expressado ciúmes ou apego excessivo em qualquer momento da minha infância, sobre nenhum deles (ainda que provavelmente tenha acontecido como é natural). Nas relações romântico-sexuais nunca fiz o tipo ciumenta também.

 Alguns pontos:
    1 - Pessoalmente jamais me descreveria como monogâmica ou não-monogâmica. Tenho uma visão parecida com o que você fala sobre os diagnósticos que hoje em dia são completamente identitários. Essa pra mim não é uma questão identitária e sim circunstancial. Algumas relações, alguns encontros, algumas pessoas, alguns momentos de vida e situações pedem/geram uma monogamia, e outros uma (de infinitas) não-monogamia.
    2 - A partir disso, tem muito fio que poderia ser puxado… Dizia Iris Murdoch: “O amor é a compreensão extremamente difícil de que algo além de si mesmo é real”. Penso que mono/não-mono não são identidades e sim “frameworks” porque penso que primeiro tem o indivíduo (eu) e o/s indivíduo/s (outro/s), e uma vez que isto está visto e entendido, pode-se entrar em um acordo sobre qual “framework” faz sentido praqueles indivíduos. Assim, entendo sua hipótese sobre a monogamia, mas ela não é também uma questão muito mais sistêmica do que identitária? O quanto a monogamia é realmente fruto da sua relação individual com o seu objeto-mãe, e o quanto ela é uma questão social dos nossos tempos?
    3 - Nesse sentido, a monogamia pode parecer a resposta “óbvia”, porque é social-cultural, pra “ser amado”. Mas quem é/está NM também se relaciona porque precisa ser amado, ora. Criar vínculo com o/s objeto/s. A diferença estaria na estratégia, não na motivação.
    3 - Já a hipótese sobre a não-monogamia - estereotipada? Sei que você falou que o vídeo é pra quem está sofrendo disso. Na minha concepção, “dominar” é uma necessidade muito mais presente e aplacável na monogamia - a necessidade de “assegurar” o objeto fica numa linha muito turva entre “ser amado” e “dominar”, não acha? Em geral uma NM saudável tem muito pouco de dominação, até porque é um exercício de desapego. Já sobre o buscar e o gozar, existe o estereótipo de que a pessoa NM tá sempre buscando mais alguém, sempre insatisfeita, e que transa com todo mundo rs. Bobagem né. Penso que a pessoa pode querer ser/estar NM porque não quer correr o risco de colocar o “buscar” em um lugar de falta; mas não que quando ela é/está NM ela está em déficit ou overdrive do buscar. Na verdade, eu discordo totalmente que a NM venha de um lugar de falta. Se falarmos de uma visão sistêmica, a NM é um frame de abundância mais do que de escassez (eu tenho tudo que preciso ao meu alcance e portanto não preciso estocar/guardar/prender). A monogamia é o frame de escassez (isso aqui é escasso e raro então eu preciso guardar só pra mim). E sobre o gozar: gente que não transa existe mono e não-mono 🤷🏻‍♀ Talvez a NM possa trazer mais variedade, mas não necessariamente é a única ou melhor forma de saciar o gozar, nem surge dessa necessidade.
    4 - Por fim, penso que nenhum dos dois modelos está livre do amor romântico, que talvez seja o real problema porque este sim pede que as relações sejam identitárias. Pra muitas pessoas, a NM é uma tentativa de escapar da opressão do amor romântico. Mas como levantei, se monogamia e NM são só frameworks, o sofrimento não vem deles e nenhum dos dois modelos pode resolver esse problema.


    Enfim, adorei o tema. Essa parte onde você fala da Geração Z me bateu como tecnologia (social) do fim do amor.

  • @jjessicardoso
    @jjessicardoso 2 месяца назад +15

    Eu assisti, amei e me identifiquei muito com o jeito de pensar e agir da Bella Baxter. Sou muito espontânea, direta e, pra mim, as coisas tem uma obviedade muito parecida. Já entendi que a sociedade enverniza com um monte de confusão. 😂 Minha angústia é com a hipocrisia e como as coisas não podem ser vividas, sentidas, faladas porque tem uma centena de camadas culturais e sociais que reprimem. Tenho dificuldade de não agir conforme o que sinto. Por isso, aliás, mesmo com 33 anos, percebo que as pessoas têm muita admiração e encanto por mim, mas tem outras que se chocam. É minha luz e minha sombra em todos os contextos. Pra minha sorte, sempre senti que a luz foi maior. Tem períodos que sofro sendo atacada, julgada ou me sentindo incompreendida, mas faz parte. Vou seguindo e tentando encontrar o equilíbrio.

  • @danielsimiaodeoliveira7033
    @danielsimiaodeoliveira7033 2 месяца назад +7

    Me identifiquei com a hipótese da infância. Minha mãe parou de trabalhar quando eu nasci, mas voltou quando entrei na pré-escola, com 4 anos de idade. Minha vó ficava comigo e com o meu irmão, mas pelas outras tarefas domésticas e também pelas personalidades, a gente cresceu muito solto. Eu sempre tive uma amizade muito bonita com a minha mãe, mas nunca (se rolou foi raro) senti ciúme dela. Adulto tive um relacionamento monogâmico de 5 anos que foi bom até que não foi e desde o fim dele passei a me relacionar de forma não-mono. Daí as experiências foram muitas com diferentes níveis de ciúme, frequência, intimidade e etc. Mas no geral sinto que o discurso que guia a não-monogamia acaba indo por esse rolê hedonista/ capitalista de aproveitar a vida de uma forma muito individual, que acaba parecendo problemático. No fim se pensar demais tudo parece problemático kkkkk

  • @jaunenb1
    @jaunenb1 2 месяца назад +9

    Eu assisti o filme e achei incrível! Tive que ver mais de uma vez pra lidar com tudo que ele abrange, eu sou casada há quase um ano e estamos juntas a três, temos uma relação aberta, em um modelo que criar vínculos com outros ainda não é "permitido" no contrato, somente relações casuais e superficiais, é minha primeira relação dessa forma e eu nunca me senti mais livre, mais segura e mais eu.
    Obs.: sou de 1996, isso me faz geração Z, meus pais são casados até hoje (35 anos) e sempre acreditei que a monogamia era o único modelo possível- já que foi o único me apresentado como possibilidade, mas quando descobri que não tudo ficou melhor

  • @ellenbuenodigital
    @ellenbuenodigital 2 месяца назад +6

    Sou geração Y, sempre fui monogâmica, família padrão. Ser monogâmica nunca foi um problema. Por ser mais jovem era mais fácil acreditar em um “felizes para sempre”. Agora to confusa, solteira digo que não sou mono nem não mono, mas a verdade é que tá mais difícil acreditar no amor romântico, não mono me parece mais coerente, lida com a realidade com mais pé no chão, mas a verdade é que se eu me apaixonar real, não acredito que dou conta e vou preferir a hipocrisia monogâmica.

  • @gisellemoukarzel4709
    @gisellemoukarzel4709 2 месяца назад +9

    Faz todo sentido, e eu acho muito triste.
    Sou de 89 adepta a agamia por não ter mais capacidade para tomar no uc!
    Minha estrutura é profundamente monogâmica, não é viável hoje em dia!
    Casei com a maternagem e com os estudos/trabalho! Meu conhecimento não vai embora por que quer viver tudo que há para viver.

    • @Lulu-gr4ph
      @Lulu-gr4ph 2 месяца назад

      Adepta da agamia por incapacidade de tomar no uc...
      Eu poderia ter escrito isso.

    • @ammbr
      @ammbr 2 месяца назад +1

      Pq não é viável? É só achar alguém com a mesma estrutura. Eu por exemplo busco alguém com esse tipo de estrutura, minha vida inteira as relações acabaram por outras razões mas não por conta da estrutura atual da sociedade. Muito foram por não convergências de realidade nos futuros imaginados, como onde morar ou até mesmo se ter filhos ou não. Em convergindo as vontades acho que é sim possível. A parte da monogamia não seria o problema. Aliás, todas as pessoas que conheço enquanto casais bem sucedidos são monogâmicos, e são muitos por aí, apesar de não parecerem maioria.

  • @dariakorzhova8189
    @dariakorzhova8189 2 месяца назад +6

    40 anos, casada há 17 anos, vivendo algo do tipo poliamor não hierárquico há 6 meses. O casamento até então tinha exclusividade sexual, mas tinhamos amigos, hobbies, interesses e buscas tanto juntos quanto separados, saímos e viajamos juntos e separados também. Decidimos viver não monogamia porque sentimos que daria certo, nos sentimos fortes o suficiente para aprofundar nossas buscas existenciais/espirituais cada um de maneira individual.
    Senti ciúmes uma vez, foi quando ele disse que estava apaixonado por outra pessoa. Naquele momento, senti pânico primal absurdo, muito medo de abandono, chorei, senti o coração disparar. O pânico durou uns 30 minutos e depois me acalmei, senti muito carinho por ele, lembrei da nossa amizade e conexão, pensei que mesmo se ele fosse embora com outra pessoa, provavelmente nossa amizade continuaria. Lembrei também que já me apaixonei por outras pessoas sendo casada (sem ficar), e isso não afetou meu amor por ele. Senti o amor abundante dentro de mim.
    Até agora nao senti mais ciúmes de ninguém, gosto de conhecer os meta-afetos, conviver com elas (ouvir falar o termo "kitchen table poly", achei bem apropriado kkk).
    Não considero voltar a modelo mono, gosto muito da minha liberdade, da abundância de afeto, da leveza das trocas.
    Se eu tiver que sentir aquele pânico e sofrer tudo de novo, eu sofro, mas continuo com essa vida que escolhi ❤

  • @selmasena579
    @selmasena579 2 месяца назад +5

    Eu sou super monogâmica e meus pais se separaram quando eu tinha 10 anos. Tenho um lapso temporal que abrange tudo o que se refere à separação e, após anos de análise, percebi que busquei em relações falidas o amor parental que não consegui sentir. Hoje, sigo me abrindo para viver algo saudável, mas definitivamente não me encaixo em modelos não-monogâmicos.

  • @queltbraga
    @queltbraga 2 месяца назад +5

    Acredito que associar a não-monogamia à ausência de vínculo esteja direcionando a hipótese, que estaria mais bem encaixada com a acronomia.
    Não monogâmicos criam vínculos, duradouros inclusive.
    A lógica não necessariamente é a existência de múltiplos vínculos/diversidade de parceiros, mas a desconstrução da ideia de que o amor sexual só é legitimo se for exclusivo.
    Afinal, em todas as demais trocas amorosas (não sexuais) temos concomitâncias..

  • @talitabaraldi7607
    @talitabaraldi7607 2 месяца назад +8

    Assisti o filme duas vezes no cinema. Foi uma libertação.. Eu estava num limbo na minha vida e de certa forma, o filme me tirou algumas ideias da cabeça. A personagem realmente inspira. Assisti a primeira vez e depois que o Christian Dunker fez um vídeo sobre, voltei pra ver com novos olhos.. Incrível

  • @luciamaia8670
    @luciamaia8670 2 месяца назад +11

    O combinado não sai caro! Todos os acordos, dentro do respeito aos limites do outro, sao válidos. Eu tive pais monogâmicos, mas eu tenho varias ressalvas sobre esse modelo.

  • @brendamariana6316
    @brendamariana6316 2 месяца назад +4

    Acho interessante como vejo muito acontecer uma "monogamia" que não segue a risca a ideia de amor romântico e "não-monogamia" que segue. Vejo que nem sempre é algo rígido uma forma ou outra de se relacionar também. Percebi atualmente uma pressão pra se dizer que é não-monogamico, como se a monogamia fosse algo abominável. Entendo que a forma que a monogamia foi construída socialmente tem seus problemas, mas também acredito que há formas de fazer acordos mais saudáveis. Nenhum dos dois tipos de relação é certeza que não haverá abusos. A forma de cada pessoa se relacionar (a que se sente mais confortável) é algo muito particular e não deve ser imposta. Acho justa toda forma de amar. 🤎 Que a gente descubra várias formas de espalhar amor por aí.

  • @nandacastelobranco
    @nandacastelobranco 2 месяца назад +13

    NM definitivamente não significa que não haverá vínculos fixos e comprometidos, nem significa que a quebra de um vínculo não magoe. Não se trata de forma alguma de uma independência radical - mas de interdependências várias, inclusive uma valorização de vínculos para além do casal (conferir status de amor para amizades tb). Eu quero sim encontrar amor com muito carinho, parceria, pessoas que cuidam da gente quando temos problemas de saúde, tudo isso. No meu caso, encontrei isso com meu marido (juntos há 12 anos - pros curiosos que acham que NM é medo de compromisso) mas tb com outras pessoas (incluindo um namoro também estável, duradouro e extremamente amoroso, mas principalmente amizades super verdadeiras e sem intimidade sexual).

    • @garden1290
      @garden1290 2 месяца назад +2

      É isso! Interdependências radical, é muito mais sobre o nós do que sobre o "eu"

    • @nandacastelobranco
      @nandacastelobranco 2 месяца назад +1

      @@garden1290 O Manu destaca a ênfase em buscar, gozar e dominância, mas na minha vivência e observação há um ganho enorme nas necessidades de cuidar e ser amado também!

    • @garden1290
      @garden1290 2 месяца назад +5

      @@nandacastelobranco sim total, na minha também. Me senti mil vezes mais cuidada nas minhas relações não mono, acho que justamente porque elas não prometem as garantias que a monogamia promete (e geralmente não cumpre). Isso da espaço para cuidado, e cuidado coletivo. É muito pouco reduzir a não monogamia a realizar nossos desejos por aí

    • @gabibonza
      @gabibonza 2 месяца назад

      Casada com um e namorando com outro... A que ponto chegamos...

    • @nandacastelobranco
      @nandacastelobranco 2 месяца назад +3

      @@gabibonza num ponto muito mais feliz e honesto que as famílias tradicionais cheias de mentira, ressentimento e traição. Eu falei sobre amizades e vínculos de afeto e cuidado, o que você fixou foi isso aí... Te peço gentileza e cuidado se for continuar comentando sobre a minha vida - percebo que você tem um julgamento moral, mas lembra que tem pessoas com sentimentos aqui :)

  • @paulapinheiro3918
    @paulapinheiro3918 2 месяца назад +3

    só caberia a mim dizer: que grande aula é esse vídeo., .

  • @diegostich7919
    @diegostich7919 2 месяца назад +3

    Meu pai era casado e com 2 filhos. Arrumou minha mãe que, por sua vez, já tinha 1 filho e ainda produziu eu. Manteve-se entre as duas famílias até seu falecimento. Não me admira ter sofrido vários infartos.

  • @drop___
    @drop___ 2 месяца назад +3

    O cara fez um documentário, nem queria ❤

  • @MarjanaValim
    @MarjanaValim 2 месяца назад +4

    obrigada, Manu! acho que esse tema é ponto de partida para muitos debates importantes, pq é algo que efetivamente está em efervescência atualmente (pelo menos em algumas bolhas). Recentemente ouvi falar na anarquia relacional, e me pareceu mais próximo de como idealizo/gostaria de me relacionar: sem regras definidas; cada relação tendo sua configuração singular. porém, na prática, a tendência é que minhas relações sejam monogâmicas, não apenas no sentido de não me relacionar afetivo-sexualmente com outras pessoas, mas no sentido de centralizar minha vida em uma única pessoa. penso que a proposta de não centralização, que a não-monogamia ética/política traz, é a maior vantagem, e também o maior desafio da NM.

  • @talitabaraldi7607
    @talitabaraldi7607 2 месяца назад +4

    Sou monogâmica. Família composta por pais casados (se divorciaram qdo eu tinha 32 anos e depois reataram); são três filhos, sendo eu a mais velha. A estrutura é super monogâmica na minha família toda, tios, primos...

    • @rline7599
      @rline7599 2 месяца назад +1

      Tenho o mesmo perfil, pais casados há 52 anos e no processo terapêutico encontrei várias situações que podem justificar as minhas adubadas na vida , terapia é vida

  • @iaia5501
    @iaia5501 Месяц назад +5

    Mas a não monogamia não seria, ao invés da não dependência de um objeto, a dependência de vários objetos pra sentir segurança? A pessoa buscando ter vários objetos ao mesmo tempo pra nao correr o risco de sofrer muito se um dos objetos for embora? Parece que as duas alternativas são a manifestação do desespero do abandono na idade adulta...

  • @lucianapereira8076
    @lucianapereira8076 2 месяца назад +1

    Emanuel, eu preciso lhe dizer que vc fez e faz TODA a diferença em minha vida, pq eu acho q isso vai te deixar feliz e motivado a continuar esse seu trabalho fantástico de tão didaticamente explicar a mente humana , o que antes de vc era um profundo mistério e fonte de muita angústia pra mim !!
    AMO a sua retórica e a sua prolixidade , pq isso te faz profundo e, portanto, completo!!
    Quem não gostar de seus vídeos longos, que vá nadar em águas rasas! Diminua eles não!!
    Tenho MUITA inveja de sua Flor, pq além de muito inteligente, vc é um gato!
    Mas sou romântica por natureza,o que me faz conseguir tbm desejar muito equilíbrio, paz, amor e felicidade na sua vida de casal e de família como um todo!
    Bjos grandes!!

  •  2 месяца назад +1

    Descobri nesse vídeo que preciso estudar a Agamia. Gratidão, irmão!

  • @fabiennewestphal
    @fabiennewestphal 2 месяца назад +1

    Monogamia desde que em casas separadas... Agamia... bem interessante ;⁠-⁠) Obrigada pela ótima apresentacão!

  • @seomaraoliveira5261
    @seomaraoliveira5261 2 месяца назад +2

    Meu recorte ñ foi normativo pq já fui gerada no acaso.Lembro q a partir dos 4 anos, minha mãe convivia com outro homem.A primeira ruptura memorável foi entre 1975/76 qnd percebi q ela me deixava em casas d parentes nas férias.Depois o período se estendeu para a vivência escolar e assim, tornou-se uma visitante.Depois me resgatou em 77 qnd se esforçou mto pra manter uma pseudo família até 79, mas como resultado da separação, fiquei flutuando d lar em lar.Até no último fiquei durante 5 anos e posso afirmar q gostaria dter falecido aos 9 pq dali só dramas q geraram os traços Border como reproduzir a dependência emocional sendo super intensa, profunda, caótica.Somente ais 16 percebi td abandono, negligência, agressividade contínuos, somados aos delírios d grandeza dela, qnd passávamos por privações extremas, me invalidando/violando tanto q virei fanática religiosa pra ñ morrer.Casei, divorciei, tive filhos alternando com fracassos sucessivos q após 50 anos, finalmente consegui me esvaziar das relações interpessoais.Sigo Fera Ferida 🎼 e "adormecida".

  • @artursassbraga481
    @artursassbraga481 2 месяца назад +1

    Grande Emanuel, não tenho nehuma credencial nessa área, mas tenho estudado muito e acho seu canal muito bacana. Resolvi deixar este comentário aqui por que identifico uma hipotese alternativa às apresentadas por ti, que pode vir a ser um pouco mais complexa mas quem sabe interessante também:
    No livro do Mark Solms "The brain and the inner world", os autores destacam que a neurociência afetiva é relativamente nova, e que existem muitas questões em aberto especialmente em relação ao papel das "funções cognitivas" do 'forebrain' com a regulação das estruturas primarias que regulam as emoções. Me ocorreu que a explicação de alguns comportamentos pode de fato ser consequencia dessa "reflexão profunda" e maior entendimento/monitoramento sobre nosso comportamento, no qual não deixamos de sentir de fato os impulsos fundamentais, mas treinamos a parte cognitiva a percebe-los e reagir a eles como uma 'regulação complementar'. Nessa linha, e até puxando um pouco para uma questão mais filosófica, a minha hipótese alternativa é de que uma vez que somos capazes de identificar e responder construtivamente às 'emoções fundamentais', o 'poder' delas em controlar nosso comportamento pode ser bastante reduzido, de forma consciente. Se isso de fato é possível e nós ainda temos alguma capacidade de ação contra tudo que nos foi préprogramado, os modelos 'alternativos' de comportamento se tornam o único caminho possível, já que não faz mais sentido reagir da forma 'pré-programada', visto que essa opção "perdeu o sentido cognitivo".
    A pergunta filosófica que resta é: "uma vez que percebe-se que estais a andar em circulos por toda a vida, existe alguma possibilidade de continuar a faze-lo ao se deparar com quaisquer outra alternativa?"

  • @feliperad
    @feliperad 2 месяца назад +18

    Sempre tive a impressão, olhando e ouvindo sobre pessoas com relacionamentos não mono que só é bom para um dos lados...

    • @raphaelademoraes849
      @raphaelademoraes849 2 месяца назад +1

      Simm.. na maiori das vezes eh uma monogamia distorcida.. hierarquizando relação.. qm veio 1o e etc

  • @suelyfurlan883
    @suelyfurlan883 Месяц назад

    Tenho 65 anos, sou casada há 34 e tenho um filho de 33, casado há 7 anos, sem filhos e com 2 cachorrinhas.
    Sempre trabalhei fora e fiz 2 faculdades, sendo a segunda tardia. Meu filho estava com 11 anos quando comecei a 2a.
    Ele foi cuidado por uma tia querida até os 10 anos.
    Quando disse a ele que iria começar uma 2a faculdade, ele começou a chorar, saiu correndo para o quarto dele e bateu fortemente a porta.
    Dito isso, penso que, infelizmente para os filhos, a mãe sempre ocupará esse lugar de falta.
    Assistindo aos seus vídeos, estou conseguindo entender o porquê de meu filho se referir ao trabalho e ao estudo com uma espécie de mágoa.
    Ele se formou, mas abomina a ideia de uma pós. Tem um bom trabalho, mas diz sempre que o trabalho é uma coisa muito ruim.
    Não quer ter filhos, porque não tempo para eles...
    Penso, ainda, que o excesso de opções que existem hoje está se constituindo numa grande falta. Como dizia um psicanalista que tive: "tudo é nada".
    37:26

  • @rafaelagf3
    @rafaelagf3 24 дня назад

    Ai, Manu… triplex na minha cabeça!! Vou dar uma choradinha e volto mais tarde.

  • @camilamathias94
    @camilamathias94 2 месяца назад +4

    pra sua pesquisa, Manu: eu sou super monogâmica.. tive uma família nuclear tradicional, pais casados até hoje (apesar de não terem uma boa relação), sou filha única, mas meus pais sempre trabalharam muito e eu fiquei mais na escola o dia todo, apesar de ter sido cuidada também pela minha avó e por babá

  • @Svendsonsea
    @Svendsonsea 2 месяца назад +3

    Como sempre, sensacional! Muito boa a abordagem e a ligação com a infância.

  • @demostenesmendes2909
    @demostenesmendes2909 2 месяца назад

    Bateu muito aqui. Meu irmão. Bateu muito. Criança super sozinha, tendo de "se cuidar", sem pai e mãe fora trabalhando. Não suporto a ideia de exclusividade relacional.

  • @CamilaRodrigues-vz9ux
    @CamilaRodrigues-vz9ux 2 месяца назад +2

    Muito interessante as análises, sou da geração z, já vivi relações monogâmicas onde acredito que o lado do ciúmes era muito mais problematizado por toda falta ser buscada em uma pessoa, a repressão muito forte e com uma relação não mono, onde ainda se estrutura um casal, mas ambos continuam com sua liberdade p conhecer outros dentro da relação, sinto uma relação mais verdadeira, de companheirismo, menos filtro e idealizações, ao mesmo tempo a segurança vem também de existir uma entidade casal principal, fui criada em uma família onde minha mãe já trabalhava quando eu nasci, tinha irmãs também, então sempre compartilhando tudo e nunca tinha parado p pensar como isso simbolizava a perda do objeto que n está lá sempre p ti, conhece diversos amigos que tentam relações não mono por puro modismo e mesmo se machucando continuam tentando

  • @nataliafunck
    @nataliafunck 2 месяца назад

    Obrigada pelas reflexões, Manu! Obrigada por existir!

  • @andreaalmeida2292
    @andreaalmeida2292 Месяц назад

    Muito bom!

  • @joannadarccintra2204
    @joannadarccintra2204 2 месяца назад

    Ah Manu, como é bom te ouvir! ❤

  • @adrianemagno9692
    @adrianemagno9692 2 месяца назад

    Amei essa análise!! Muitas pra pensar e fez muito sentido pra mim!

  • @DaianeBaumgartner
    @DaianeBaumgartner 2 месяца назад +2

    Eu hoje prefiro a monogamia. Se eu estiver equilibrada e bem eu não sinto ciumes, quando eu estou insegura e triste sinto muito ciumes. Minha estrutura familiar foi pais separados, se separaram quando eu tinha 3 anos.

  • @JohannBrehmer
    @JohannBrehmer 2 месяца назад

    Conhecendo o canal agora. Agradeço muito pelo conteúdo, que coisa boa!!! ❤

  • @calhafacil
    @calhafacil 2 месяца назад

    Eu assisti e adorei!!

  • @danielasantoskiatkowski
    @danielasantoskiatkowski 2 месяца назад

    FAZ TODO SENTIDO! Obrigada pela análise, ajuda muito a entender muitas coisas desta estrutura maluca que é a existência.

  • @toaquipesquisando
    @toaquipesquisando 2 месяца назад +1

    Sou de 92 e, sinceramente, não sei o que sou! Já vivi um amor não-monogâmico anos atrás, que acabou sendo motivo de pauta da minha terapia até hoje. Sentia ciúmes sim, mas tentava colocar na minha cabeça que estava tudo bem, que a conexão que eu tinha com ele era única e não seria substituída. Mas quando o ciúmes vinha do outro lado era sempre carregado de julgamentos, de “você também ficou com outra pessoa”, argumentos que faziam eu me sentir culpada por algo que ele também fazia. Deixei de sentir vontade de ficar com outras pessoas, e se ficava, era só pelo fato de me sentir obrigada por sei lá o que. Depois acabei descobrindo que enquanto ele me julgava por ficar com outros, ele estava passando o rodo em geral e até ficando com “amigas” minhas (nessa etapa eu estava fazendo um intercâmbio fora do país).
    Depois disso eu tive relacionamentos monogâmicos, mas que foram a ruína por eu não ter conseguido me desconectar da abusividade do relacionamento NM. Achava que as pessoas me tratavam bem demais e que pareciam estar mais apaixonadas do que eu (???????), quando na verdade só estavam me oferecendo o mínimo.
    Meu último namoro foi monogâmico, mas eu cheguei a falar pra minha psicóloga que eu acho que a monogamia não parece ser pra mim… eu sentia muita vontade de ficar com outras pessoas, e queria que ela ficasse também! Não rolou. Eu me sinto bem nos dois tipos de relacionamentos, mas os dois me decepcionam também.
    Sou filha de pais divorciados, mas que hoje em dia são melhores amigos! Eu sempre acreditei no casamento. Quando eu era adolescente, meu sonho era casar de véu e grinalda. Acho LINDO e INCRÍVEL quando vejo casais casados por tanto tempo e que ainda existe parceria e amor. Porém, depois das minhas vivencias e de ver tanto casal APARENTEMENTE “massa” se divorciando (porra, a Sandy e o Lucas se divorciaram!!!), eu não sei mais no que acreditar. Juro que quando escuto e vejo declarações como “casados há 16 anos, e eu te amo cada dia mais!”, eu fico pensando: isso é possível mesmo? Tá querendo enganar a quem?. Ao mesmo tempo, várias vezes em conversas com amigas, quando eu resolvo acreditar no amor, comentários de “ihhhhhh, não se engana não”, são bem frequentes. E logo mais histórias são adicionadas as minhas noias.
    Então sei lá… só sei que nada sei. Essa é a verdade. Pessoas são falhas e nada é perfeito. Só queria encontrar o caminho menos sofrido (quem não quer?).

  • @julianapaolinelli3610
    @julianapaolinelli3610 2 месяца назад +4

    Eu acho que relacionamento a dois já é complicado, a três ou mais então, sassinhora! Agora, o lance é saber que o outro sempre é livre para experimentar seja lá o que for e segurar as pontas quando isso vier... tudo é diálogo.

    • @nandacastelobranco
      @nandacastelobranco 2 месяца назад

      Curiosamente, várias coisas se tornam menos complicadas. Tem muita coisa que é contra intuitiva na NM.

    • @lauragoiaba
      @lauragoiaba 2 месяца назад +1

      @@nandacastelobranco Eu acho que o que pega pra mim é o tempo. Eu mal tenho tempo pras minhas amizades, como teria tempo pra mais de uma pessoa. Mas isso é individual. Eu sou MP, monogâmica preguiçosa, tenho nem vergonha de assumir que só não sou NM por pura preguiça :P

    • @nandacastelobranco
      @nandacastelobranco 2 месяца назад

      @@lauragoiaba hahaha entendo e pensava assim também. Mas minha teoria e experiência é que essa percepção vem do padrão monogâmico de como as relações demandam energia da gente. Na NM, sinto que amizades e outras pessoas podem nos dar mais energia e dividir as tarefas com a gente, o tempo até rende mais ☺️

    • @lauragoiaba
      @lauragoiaba 2 месяца назад +1

      @@nandacastelobranco Bom, eu tenho a minha volta somente pessoas que incluem coisas positivas na minha vida, que me dão energia e me ajudam, porém, na minha vida, não tenho tempo pra além dessas pessoas que já estão aqui, pois não é que demandam minha energia, eu gosto que minhas relações tenham um tempo de qualidade muito bom. Pra mim, NM é um conceito até meio fantasioso, pra além da realidade. O que a minha experiência me diz é que uma pessoa vai usar todos os argumentos possíveis e impossíveis quando quer que algo funcione e que os outros aceitem isso também, mas nem sempre é a realidade. Prefiro dormir 8hs por noite do que ter mais um namorado. Mas de novo, é só minha opinião.

  • @lorenagalery8759
    @lorenagalery8759 2 месяца назад +1

    Vivo uma não-monogamia não-hierárquica faz 4 anos e meio. Antes disso fui casada monogamicamente por 5 anos.
    Tem ciúme, tem angústia, tem caos mental (acho que não tem como não ter). Mas pra mim foi como sair do armário, um sentimento profundo de leveza, sensação de pertencimento e reconhecimento. Não consigo imaginar "voltar" pra esse armário. Cresci com pais divorciados e fui criada por uma tia-avó que nunca se casou nem teve filhos e era a mulher da minha família que eu mais admirava e me espelhava. Ela parecia a mulher mais feliz e leve de todas da família.

  • @melissacrizantho9708
    @melissacrizantho9708 2 месяца назад +2

    Viver é experienciar e consequentemente se diferenciar de si mesmo, não querer que seu companheiro, a pessoa que vc ama , viva uma experiência ( seja ela amorosa ou de outra natureza) se trata de uma forma de apropriação do outro ,não de amor. Essa forma proprietária de se relacionar com o mundo e as pessoas é fruto da máquina social na qual estamos inseridos . Qdo vc ama de verdade , vc se alegra com a alegria do outro .

    • @barbaramartinscorreamarque3494
      @barbaramartinscorreamarque3494 2 месяца назад

      Acho que cada um tem sua visao do que é amor. E do que faz bem ou mal pra cada um. Cada um tem seus gostos. E impor que vc tem q ta feliz com uma coisa p ser de verdade é bem opressivo na minha opiniao.

  • @vitoriasilveira3017
    @vitoriasilveira3017 2 месяца назад +3

    A monogamia não funcionou para o meu pai, ele teve N relacionamentos fora do casamento e em dois desses teve filhas, e uma delas sou eu. Essa traição fez com que minha vida fosse completamente zoada no que se trata de estrutura familiar, fui criada por uma família de amigos do meu pai, onde pude observar muitos relacionamentos onde as pessoas estavam visivelmente infeliz, frustradas, relações onde não havia mais o respeito, mas “não podiam” se separar por serem evangélicos. Já crescida pude ver o tantooo de infidelidade que existe, e já fui infiel, a sensação é péssima.
    Somando as coisas que vi acho que o “certo” seria abrir a relação em algum momento pra não “castrar” o desejo do outro e o meu (que já não é tanto), porém a ideia de que nesse rolê de meu cônjuge estar conhecendo outras talvez mais interessantes, bonitas, engraçadas, eu possa ser deixada de lado me causa ansiedade, ao mesmo tempo que me conscientizo de que isso pode acontecer em um relacionamento aberto ou fechado pelo simples fato das pessoas serem livres. Estamos a 6 meses juntos somos geração Z kkk, nesse tempo tive vontade de ficar com um cara, contei pra ele e então decidimos fechar o relacionamento por tempo indeterminado kkkk, sinto ciúmes e ele também, mas é certo que vai abrir um dia …

    • @rline7599
      @rline7599 2 месяца назад

      Nada é para sempre...nem a vida

  • @carlos_joi
    @carlos_joi 2 месяца назад

    Manu, com todo o respeito, penso que você é um belo homem. Não somente na forma física da coisa, mas justamente de um jeito meio cajuína de ser. Obrigado por compartilhar e se abrir pra trocar conosco.

  • @christinarosas7794
    @christinarosas7794 2 месяца назад

    Acompanho esse canal assiduamente . Os conteúdos trazidos pelo Manu para reflexão são muito importantes.
    Considero o Manu um profissional muito sério e estudioso.
    Sendo assim faz todo sentido participar da pesquisa que ele propõe neste vídeo .
    Nasci numa família normativa e monogâmica para minha mãe e bígama para a minha figura paterna.Essa dicotomia gerou muito sofrimento pra minha figura materna .Tive dois irmãos e o ciúme sempre esteve presente no sentido edipiano. Atualmente tenho 60 anos, do sexo feminino.Tive três relacionamentos monogâmicos, ao longo da vida . Todos eles vinculados à tentativa de construção de uma família normativa.
    Tive um filho(a) de cada um desses relacionamentos.
    Experimentei também relações não monogâmicas tanto na juventude como na idade adulta.
    O ciúme esteve presente nas duas configurações.Entretanto , a configuração em si , ao meu ver, não era o fator determinante na intensidade do ciúme.
    A intensidade do vínculo afetivo era sim o fator determinante.
    Se entendi, a hipótese central do vídeo, minha experiencia não a confirma .
    O ciúme é um produto de uma sociedade estruturalmente capitalista , machista e egocêntrica. Ainda que experimentemos outros formatos isso não nos garante a ausência do sentimento de propriedade ,assim como não isenta do medo do abandono. Vou me despedindo e aproveitando a oportunidade para agradecer , cada vídeo produzido por esse canal, que aguardo com esperança de tornar o sábado mais significativo e luminoso.
    Sinceros votos de sucesso e reconhecimento de sua determinação.
    Desculpe, se minha interpretação foi incorreta com relação a hipótese central do vídeo e não ajudou à pesquisa .
    Forte abraço

  • @milenaleal1120
    @milenaleal1120 2 месяца назад +2

    Oi Manu! Me identifiquei em vários pontos, porém não vejo a não-monogamia como uma escapatória para buscar várias ou nenhuma garantia... Pra mim a não-monogamia surgiu como uma liberdade sim, mas do Ideal que agrega valor e energia somente em relações ativo sexuais. Foi quando vi que não faz sentido, pra mim, buscar apenas uma única "garantia" e um lugar em que fosse "escolhida", que pude perceber que o que sempre me faltou foi o acolhimento genuíno e amor com trocas justas, entre amigos ou pares românticos, sem precisar separar em caixas e me estreitar para caber em alguma...
    A não-monogamia como lugar que nutre o amor entre amigos, familiares ou par sexual da mesma forma, sem agregar mais valor a um do que o outro... Acho que é uma discussão que parte principalmente do sistema capitalista de poder e propriedade. E, só a partir daí podemos compreender que não tem relação com quantidades e sim com a qualidade dos afetos.

    • @LouiseEnriconi
      @LouiseEnriconi 2 месяца назад

      Exaaato

    • @LouiseEnriconi
      @LouiseEnriconi 2 месяца назад

      Queria marcar um encontro pra papear com algumas pessoas que estão comentando aqui hahah ❤

  • @leandrosilveira9801
    @leandrosilveira9801 2 месяца назад

    Sou não mono, tenho bastante informação a respeito, mas tô aqui comentando só pra agradecer por mais essas boas reflexões, que você propiciou nesse vídeo. Abs!!!

  • @pavlalbq
    @pavlalbq 2 месяца назад +2

    Fui criada por pais casados e infelizes, obviamente havia traição. até haver a morte de um dos pais. Ainda assim, eram amigos.
    Sou monogâmica mas solteira há alguns anos, tenho achado difícil encontrar com quem me relacionar.
    Quando namorei, sentia atração por outras pessoas, mas nada que tornasse muito dolorido me manter fiel e não gostaria que um homem se relacionasse com outras pessoas me namorando (honestamente, já não acho que a maioria deles se dediquem muito em uma relação só, imagina em mais de uma)

  • @camilalimabarcante
    @camilalimabarcante 2 дня назад

    Manu ...por muito cogitei se iria vir e falar algo realmente. Mas por fim, pensando em colaborar de alguma forma...não sei quantos a mais no mundo se encontram nessa posição como eu, tão específica. Mas eu cresci num modelo confuso, inicialmente fui criada com um pai (dos meus 1 ano de idade até mais ou menos os 6 anos), e no entanto quando completei essa idade de 6 anos, houve um rompimento brusco, a onde foi revelado que meu pai era na verdade meu padrasto, e meu pai era uma figura desconhecida. Mas nesse primeiro momento houve uma confusão na minha cabeça infantil, onde minha irmã mais velha brincou com a minha falta de compreensão dizendo que não verdade eu era adotada (mas era mentira), coisa que por um tempo curto mas que não me recordo eu acreditei arduamente, sei que quando eu pude entender que meu pai era uma pessoa "ruim" e não era meu padrasto, e que minha mãe era de fato a minha mãe, ela também se tornou ausente porque teve de trabalhar e muitas vezes, era por longos períodos quase como se eu a visse em 1% do dia, a hora de dormir. Fui ter a oportunidade de conhecer meu pai verdadeiro com 7 anos, e ele sempre se mostrou ser bastante problemático, o que me fez tomar distância dele até uns 3 anos atrás, agora na idade adulta, depois de muito procurar entender questões pessoais, e pude perdoa-lo por ser ausente e me desprender disso. Mas no fim eu meio que não tenho muito um entendimento do que sinto sobre relações, eu aprecio e muito ficar sozinha por não ter riscos, mas eu idealizo ainda sim um relacionamento monogâmico, embora não me considero exatamente ciumenta, porque consigo me ver permissiva a experimentar coisas novas, e que meu companheiro não se limite a infelicidade ( se for o caso) e se privar caso queira. Ah por fim, eu sou de 2001, atualmente tenho 23 anos. Bom esse é meu relato 😊

  • @pavlalbq
    @pavlalbq 2 месяца назад +1

    Inclusive meus namoros nunca tiveram um grande problema de ciúmes. Sempre confiei e fez sentido, ou confiei até não poder confiar mais. E não permito desconfiança do outro, não permito tamanho controle, se nos gostamos, temos que ter nossa individualidade. Sou millenial

  • @mutanTWhor
    @mutanTWhor 2 месяца назад +4

    Oi Manu. Gostei do vídeo, gosto da hipótese da inferência e da relação disso com o contexto social e cultural do mundo ocidental do último século até aqui.
    Não pretendo responder todas as suas perguntas (talvez não responda nenhuma) mas fiquei pensando em diversas coisas ao ver esse vídeo; vou pontuar algumas:
    Me parece que você tá tratando a diferença entre monogamia e não monogamia como uma diferença entre possibilidade ou não de ter mais de um parceiro afetivo-sexual, e pensando possíveis vantagens e desvantagens a partir disso; ou seja, parece que a não-monogamia é quando essa possibilidade é efetivada (já que a possibilidade existe em ambas as modalidades). Apesar desse discurso ser bem presente entre várias pessoas, a NM como movimento político não é pautada na pluralidade de relações amorosas simultâneas, essa possibilidade é levada a sério e considerada por cada um, que pode decidir como manejar a exclusividade afetivo-sexual em sua vida. Acho que essa questão acaba mesmo virando uma pressão, como uma forma de validar e definir relações de pessoas não-mono, quando na realidade, pessoas NM podem perfeitamente viver relações com exclusividade afetivo-sexual.
    Logo, acho que vale ressaltar que a NM é um movimento que propõe abrir um espaço pra que as pessoas discutam temas presentes no vídeo: há garantia de não abandono na monogamia? como isso é reforçado pela sociedade? como eu lido com isso nas minhas relações? qual trabalho eu faço pra construir novas maneiras de se relacionar? como eu lido com controle? como eu lido com ciúmes? etc.. O campo da não-monogamia (quando não é discussão rasa de twitter) me deixa muito animada por ser justamente o campo de pontos de partida, que, além de criticarem a estrutura monogâmica, oferecem guias para as pessoas viverem suas relações.
    Concordo com as reflexões sobre dependência. Sinto que uma NM séria está longe de oferecer a poligamia como resolução da necessidade de controlar o encontro e de evitar o abandono. Uma NM séria tenta abordar essas questões de maneira franca, admitindo o risco e pensando formas de se relacionar (e não regras). Daí podem surgir várias modalidades (inclusive a exclusividade afetivo-sexual) mas que já não pretendem chegar no mesmo lugar prometido pela monogamia

    • @nandacastelobranco
      @nandacastelobranco 2 месяца назад +1

      Muito boas as colocações, obrigada por esse comentário!

    • @lauragoiaba
      @lauragoiaba 2 месяца назад +3

      Uma coisa é certa: a NM vai muito mais a fundo em questões importantes como vc citou. Ao que parece a monogamia é algo "já pronto" então não há o que discutir, vc conhece uma pessoa, se apaixona e o contrato de exclusividade está feito muitas vezes sem nem haver uma conversa. Ninguém discute como cada um lida com seu desejo, ninguém nem pensa nisso, ninguém para pra analisar de onde vem os medos e como lidar com eles, na monogamia, "é tudo normal". É "normal" eu sentir muito ciúmes do meu namorado...será mesmo? Quem ama não sente vontade de transar com mais ninguém. Será mesmo? Enfim...acho que a partir de uma relação NM a gente aprende, pelo menos a se conhecer muito melhor. Deixando claro aqui que sou "monogâmica preguiçosa" ambos eu e meu marido concordamos que é muito mais gostosinho ficar aqui nessa relação saudável do que se aventurar nos Tinder da vida kkkkkkk.

  • @jaquelineandrade3565
    @jaquelineandrade3565 2 месяца назад +1

    Olá, Manu!
    Os argumentos de construção das hipóteses me pareceram muito interessantes! Principalmente no que se refere a como esses enfrentamentos, de certa maneira, acabam dando contornos às diferentes formas de agir das "gerações".
    Trabalho como professora do fundamental II e médio e de uns dois anos pra cá, pós- pós volta da pandemia, percebo o quanto a geração mais nova tem uma dificuldade quase que paralisante de lidar com situações adversas e "nãos". As redes sempre acabam sendo, para eles - e para nós adultos também em geral - uma rota de fuga, de pesquisa de uma outra realidade possível que não seja aquela que estou sendo forçada - afinal esse é o entendimento - a estar.
    Acabei de ver um vídeo de entrevista com uma moça para o estadão dizendo o quanto para a geração Z, o trabalho não é mais central devido a, principalmente, todo o esgotamento e insucesso que presenciaram de seus pais e familiares. Segundo ela, para essa nova geração o bem estar próprio é o ponto principal.
    O que me parece que não eximir de modalidades de sofrimento. Quando a centralidade é o eu e o eu adoece, saídas possíveis para esse eu, me parecem apontar para mais buscas difusas.
    Acho que a questão que estou dando voltas e não sei se estou conseguindo dizer hahah, é que ambas as narrativas monogâmicas ou não monogâmicas, geram modalidades de sofrimento que apontam, como solução possível, o oposto delas mesmas: Se não me submeto a uma lógica "repressiva", socialmente normativa, preencho com objetos diversos desejando que, ao menos um deles, consiga me sinalizar a possibilidade de ser amado. Por outro lado, se encontro um objeto que de alguma forma sinalize esse acolhimento, sintomas "nostálgicos" de uma realidade mais dinâmica , fluida e interessante me parecem mais vivos e significativos do que a fixação em uma narrativa linear e nuclear.
    Com absoluta certeza é simplista demais da minha parte dizer isso, deve ter mais entre o céu e a terra do que a vã filosofia aqui descrita, mas em resumo, me parece que a nostalgia - ou fantasia - da realidade vizinha, acaba parecendo mais verde, quando ambas tem modalidades de sofrimento que na sociedade atual nos parecem difíceis de bancar.
    Falei muita abobrinha?
    Abraço!

  • @henrique.campos
    @henrique.campos 2 месяца назад +22

    Eu acho que o maior problema vem do medo de expressar demandas. A não monogamia vem como uma solução infantil: "já que não encontro o objeto perfeito, vou montá-lo através de fragmentos de outros objetos".
    A monogamia impõe uma necessidade, e até uma maturidade, de fazer cobranças pra que esse objeto supra suas necessidades emocionais.
    O maior problema é a dependência emocional, que inclusive rola em ambas modalidades(sinceramente das experiências que terceiros me contam, a não monogamia parece gerar isso em um grau bem mais exagerado).
    A prova disso é o questionamento: se você encontrasse o parceiro perfeito em que todas suas necessidades estivessem supridas, você ainda se relacionaria romanticamente com outras pessoas?
    É uma pergunta axiomática porque se todas necessidades estão supridas, você não tem porque buscar soluções.
    Claro, isso é uma hipótese dificil de ser alcançada.
    Mas a não monogamia implica por definição que a sua "solução " pra satisfação é somar objetos. Enquanto que a monogamia implica a modelagem e substituição.
    Mas a ideia de "potência" que você levantou faz muito sentido. Se pondo na posição de objeto de desejo de mais de uma pessoa as relações não monogamicas parecem satisfazer uma demanda de dominância não suprida de outra forma. Talvez por isso mais mulheres que homens entram nessa modalidade, devido a diversos fatores culturas, mulheres tem um déficit de dominancia(posições de poder, esportes, etc...) e busquem isso se tornando desejadas.
    Claro, isso acontece na monogamia também, mas a ideia é que o parceiro se compromete a saciar essa demanda. Dependendo do quão latente seja, seria necessário abrir o relacionamento pra não haver quebra do contrato anterior.
    Enfim...é complexo, mas honestamente eu acho que tem pouco a ver com o que você falou da estrutura familiar e mais a ver com a segurança e autoconhecimento de cada um pra entender suas demandas emocionais e saber demandar que seus parceiros supram elas ou em última instância, substituir o parceiro.
    A não monogamia vem mais como um medo grande de demandar essas coisas com medo de perder o objeto, somando outros objetos que naturalmente supram aquela demanda sem que ela seja expressada.

    • @flaviatiburcio.
      @flaviatiburcio. 2 месяца назад +2

      Eu tive que printar esse seu comentario e salvar pra reler depois novamente, pq foi excelente demais!!

    • @henrique.campos
      @henrique.campos 2 месяца назад

      @@flaviatiburcio. fico feliz que tenha gostado! Achei que seria mal recebido 😅

    • @lauracarta1307
      @lauracarta1307 2 месяца назад +11

      Sobre o trecho "se todas necessidades estão supridas, você não tem porque buscar soluções" acho importante pontuar que a não-monogamia não propõe necessariamente uma busca incessante por mais parceiros. Pra muita gente é apenas estar aberto pra viver as relações que acabam surgindo naturalmente na vida.
      Também não significa que relações livres são isentas de cobranças, comprometimento e amparo das necessidades do outro. Por ser uma "não-coisa" e os acordos precisarem ser estabelecidos pra cada relação, o diálogo sobre as demandas acontece com bastante frequência.

    • @henrique.campos
      @henrique.campos 2 месяца назад +3

      @lauracarta1307 mas essas relações que surgem naturalmente na vida são descartáveis e sem valor ou elas suprem uma necessidade, mesmo que momentânea?

    • @rosangela2482
      @rosangela2482 2 месяца назад +5

      Trabalheira do kct deve ser lidar com várias pessoas carentes em volta.... Tentando se completar com outras. Pelo bem da minha saúde física e mental, prezo pela monogamia. E se ela não acontecer, paciência....a vida tem mil coisas,essa é só mais uma.

  • @hijack42
    @hijack42 2 месяца назад +1

    Manu, achei a hipótese interessante! Algo que me intriga na não monogamia é como funciona a gestão de tempo para ter diferentes relacionamentos (para os acordos que assim funcionam). Acredito haver um certo nível de incompatibilidade com o tempo necessário para criar filhos, por exemplo. Ah, eu também não conhecia a agamia! Obrigada pelo vídeo, Manu!

    • @LouiseEnriconi
      @LouiseEnriconi 2 месяца назад

      A gente costuma dizer que “o amor não é limitado, mas o tempo sim”. Naturalmente há um limite de relações profundas e com encontros regulares que conseguimos viver ao mesmo tempo, não só românticas, mas de qualquer tipo (amizade, familiar, etc)

  • @jssclcn
    @jssclcn 2 месяца назад +2

    Emanuel, você pediu para relatarmos algumas coisas, então, segue os meus relatos de vida:
    Tenho 27 anos, fui criada por uma familia monogâmica tradicional. Meu pai nunca traiu minha mãe e nem minha mãe traiu o meu pai, o motivo do divórcio deles foi controle. Minha mãe é muito expansiva e meu pai ciumento, na época, ele usava álcool e perdia a noção das coisas, chegou em um ponto, onde eu com 12 anos, informei a minha mãe que estava saindo de casa pois não suportava mais viver naquela pressão toda. Tenho uma irmã mais velha do que eu, 9 anos, me lembro de quando eu era criança ter muito ciúmes por ela poder fazer coisas que eu não podia, porém, natural, uma criança de 5 anos não pode fazer as mesmas coisas que uma adolescente de 14, mas eu não compreendia isso. Fui criada pela minha avó, que mesmo separada do meu avô, morava junto com ele, só dormiam em quartos separados, pela minha tia e a minha irmã, eles cuidavam de mim enquanto meus pais trabalhavam.
    Sempre tive uma conexão muito forte com meu pai, éramos muito amigos, com a minha mãe fomos nos aproximar quando as coisas começaram a ficar feias em casa, mas ela meio que cumpria o papel da figura paterna, sabe? Na minha adolescência, morávamos na casa da minha avó, mas não éramos próximas. Eu era muito chegada a minha tia, hoje os meus gostos e personalidade são muito semelhantes ao dela.
    Quanto aos relacionamentos, já vivi alguns, o mais duradouro e que teve o rótulo de namoro foi de 7 meses, o sem o rótulo foi de 2 anos.
    Já vivi a monogamia e gosto dela demais, porém, fui mais feliz no meu relacionamento não monogâmico, éramos um trisal, eles ja tinham um filho, só não vingou pois ela desenvolveu muito ciúmes dele comigo. Não me considero uma pessoa ciumenta desnecessáriamente e hoje, estou solteira desde o dia 01/01/24, quando disse pro rapaz que iria retomar meus estudos e ele disse que sabia que nossa relação tinha "prazo de validade", me falou a data e tudo, achei aquilo um desaforo, tendo em vista toda a energia que eu ja tinha colocado em nós e tudo que eu já tinha me disposto a fazer desde que ele tomasse a simples ação de procurar uma casa maior por conta do filho dele e se acertar na justiça com mãe do filho dele. Acredito que meus pedidos não foram absurdos, o lugar que ele morava era insalubre pra uma criança, não é atoa que sempre que ele está com o baby, fica na casa da mãe. Logo, essa é uma parte da minha história.
    Se quer saber como estou hoje, hoje eu estou focada nos meus estudos, não quero saber de me relacionar romanticamente tão cedo, todas as pessoas que eu sai desde então, nao sabem nem o meu nome de verdade, e isso pra mim no momento ta sendo uma forma de manter o foco e me proteger. Porém, posso estar enganada, as vezes acho que algumas pessoas não tem o necessário para um relacionamento estável e acredito que sou uma delas, mas eu adoraria envelhecer ao lado de alguém e enfrentar os dias bons e ruins.

  • @SimoneAF1
    @SimoneAF1 2 месяца назад

    um video extremamente didático

  • @julianamatos3866
    @julianamatos3866 7 дней назад

    Acredito na monogamia, pois acredito que são escolhas conscientes que fazemos. Vim de um lar que inicialmente era estruturado e se quebrou na adolescência com a traição do meu pai e a separação conturbada deles. Acredito que trago o sentimento de rejeição comigo. Já ciúme, tbm, pois sempre fui muito ciumenta em todas as relações, acredito q pq eu sentia uma predileção ao irmão mais novo. Mas o ciume hj so acontece se a insegurança surgir. E agora aos 38 anos saio de um relacionamento que teve muitas tentativas de monogamia, mas me envolvi com alguém que se dizia não monogamico, mas mais pelo intuito do sexo. Já eu, não consigo entender como desejar outro alguém, uma vida sexual muito boa entre nós. Aparentemente eu me concentrava em coisas diferentes, meu tempo era mais preenchido... Essa insegurança me matava por dentro, ansiedade e varias outros problemas emocionais vieram a tona. Não sei, talvez seja pela estrutura familiar horrorosa q ele teve e tem... eu n sei, talvez seja apenas mais um narcisista. Mas as considerações desse video me fazem muito sentido.

  • @danielguedescampos
    @danielguedescampos 2 месяца назад

    Dançar uma música com o par de acordo com os passos que se aprendeu na infância. Tentar dançar a dança que menos pisam no nosso pé. Seria então as relações buscas por proteger aquilo que cria-se de lacuna internamente? (indagação). Talvez busquemos o "menos sofrer" ainda que soframos em qualquer que sejam as estruturas e posições das relações.

  • @rafaelely87
    @rafaelely87 2 месяца назад

    Sobre a não-monogamia e a agamia, penso que uma das possibilidades que podem ensejar o seu desenvolvimento é justamente um contexto de infancia aunmetida a uma criação superprotetora por parte dos pais, fazendo com que o indivíduo nunca se sinta livre/autônomo. Uma vez atingida a vida adulta, a pessoa busca "compensar" essa situação, colocando-se no centro da sua vivência e, ainda que inconscientemente, associando um relacionamento monogâmico como uma remontagem daquela situação de dependência em relação aos pais.

  • @danielsantos2344
    @danielsantos2344 2 месяца назад

    Estou bem, mas gosto de ver os seus vídeos. Me deixa em paz

  • @eliarabueno7680
    @eliarabueno7680 2 месяца назад

    A segunda parte foi o vídeo todo! ❤

  • @mayarabrasil3124
    @mayarabrasil3124 2 месяца назад +1

    Oi Manu, sou fã do seu trabalho, assisto todos os vídeos religiosamente, já participei da autoescrita, etc, e por isso venho trazer uma crítica sincera e de coração aberto...
    Acredito que está faltando um pouco mais de profundidade na discussão sobre esse tema que é tão complexo. Primeiro que as relações não-monogâmicas não se restringem às relações afetivo-sexuais, pelo contrário, elas buscam questionar o papel de centralidade dessas relações nas nossas vidas. Segundo que os modelos relacionais são muito mais determinados pelo nosso contexto político-social do que por nossas vivências na infância.
    Vou dar meu exemplo pra exemplificar essa última colocação e já responder os questionamentos do vídeo... Sou da geração limbo (entre millennial e Z), vim de uma família nuclear padrão (pai, mãe e irmã), tive uma infância comum. Nesse sentido, dentro da sua hipótese, experimentei o papel de centralidade de um único objeto de satisfação na infância. Concordo. Sinto que minha psique foi realmente construída nesse padrão. Porém, após viver relações monogâmicas, experimentar as promessas enganosas de eternidade, a ilusão de fidelidade, a repressão de sentimentos, a falta de sinceridade e a culpa intrínseca, após ver tudo isso se repetindo incessantemente ao meu redor, sim, constatei o fracasso dessa estrutura. Após me debruçar sobre isso, após muita análise e leitura, descobri (e descubro cada dia uma nova nuance) o quanto esse modelo relacional me oprimiu. E mais que isso, o quanto ele está presente em todas as relações, para além das afetivo-sexuais.
    E sim, a não-monogamia é tudo o que não é monogamia e por isso é tão ampla e complexa. Mas não é estranho pensar que a maioria das pessoas, em sua complexidade e diversidade de vivências, vivam um único modelo relacional? Me parece que a não-monogamia é bonita justamente por ser ampla e diversa.
    Pois bem, hoje busco construir relações não-monogâmicas e esse com certeza não é o caminho mais fácil, afinal a minha psique foi construída de forma monogâmica, vivemos em uma estrutura político-social monogâmica, etc etc... mas vejo sentido nesse o caminho. É o caminho que me sinto menos machucada e oprimida. Ele não é linear, exige dedicação aos sentimentos, emoções, muita autobservação, análise e diálogo. Com isso, aos poucos, venho tirado o medo do abandono como sentimento central das minhas relações. Acho que esse é o ponto chave. Venho fortalecido sim diversos objetos de satisfação. Porém, novamente, esses objetos não são somente relações afetivo-sexuais. Venho tentado entender como a minha satisfação se encontra nas minhas amizades, na minha família, na minha relação comigo mesma e com o que me dá prazer (esportes, cultura, viagens, etc) tanto quanto nas relações afetivo-sexuais. É uma construção contínua, mas diferente do que é sugerido, vejo que o vínculo nas minhas relações nesse modelo são muito mais profundas e sinceras, justamente porque tentamos tirar o medo do abandono como o guia das nossas trocas.
    Hoje me relaciono afetivo-sexualmente exclusivamente com uma pessoa e continuo me entendendo e entendendo essa relação como não-monogâmica. A exclusividade não vem do medo do abandono, mas sim do interesse genuíno em me aprofundar somente esse vínculo nesse momento. Existe um espaço seguro para a sinceridade sobre desejos, planos e anseios. Mas em qualquer modelo vai existir medos, angústias, etc etc etc.
    No mais, vejo o quanto a não-monogamia é distorcida por pessoas que não se dedicam a entender ela. Especialmente homens (cis hétero) que se utilizam desse modelo para continuar oprimindo e abusando de mulheres. Porém, vejo muita resistência das pessoas a entenderem com afinco a não-monogamia porque isso mexe em fraquezas e exige questionamentos sobre a própria vida e objetivos. É desconfortável.

  • @pedro50528
    @pedro50528 Месяц назад

    Tenho 29 anos, nascido em Salvador, meus pais são separados desde que eu me lembro existindo. Se separaram quando eu era bem pequeno. Minha mãe é uma pessoa alegre, afetuosa, mente aberta, espirituosa, meu pai sempre foi um cara rude até minha adolescência e depois de começar estudar psicologia e conhecer o espiritismo, ficou mais filosófico e compreensivo, melhorando nossa relação. Mas ainda sei que existem limitações por ele ter sido criado por um pai totalmente tóxico manipulador e narcisista, e respeito a dificuldade dele de se aproximar num nível mais intenso. Pra mim essa vitória já tá ótima. Não tenho dificuldade de me desprender geograficamente, hoje moro longe de ambos. Já vivi bastante monogamia, existia ciúme e desejo de pessoas externas, moderadamente. Depois que vivi um relacionamento não monogâmico, achei muito saudável principalmente por ser junto a uma pessoa bem corajosa, responsável, resolvida e comunicativa em relação aos seus sentimentos, a gente deu muito certo mas a distância nos colocou em caminhos diferentes, hoje somos grandes amigos, nos identificamos como parceiros de vida. Depois dessa experiência, também vivi uma relação monogâmica novamente, não era minha intenção no início mas confesso que o medo da dor de ver o outro com outra pessoa, paixão e vontade de direcionar nosso tempo um pro outro e gerir energia nós optamos por monogamia, nos demos muito bem, mas meu desejo ainda permeava outras pessoas depois de um tempo, não sumiu. Lidei bem com essa configuração mas a relação terminou por outros fatores. Não me defino em relação a forma de se relacionar, acho que o diálogo vai construir o necessário para cada caso. Gosto de sentir que estou nutrindo a liberdade da outra pessoa e saber que não tô prendendo ninguém. Fico feliz pela pessoa não se reprimir porque o amor que eu sinto “entende” que amar a pessoa por completo é permitir que ela seja como quer ser.

  • @dantredogborsa7048
    @dantredogborsa7048 Месяц назад +6

    Geralmente quem não é monogâmico tem lá no fundo uma insegurança e um ciúmes gigantescos. Pra não sofrer o abandono o sujeito procura vivenciar a experiência da possibilidade do abandono de forma controlada. É na verdade um mecanismo brutalmente neurótico.

  • @jussarabarbosaleite6551
    @jussarabarbosaleite6551 2 месяца назад

    Nao assisti ainda, vou procurar pra ver

  • @freefirebr8800
    @freefirebr8800 Месяц назад

    Eu tive muitos irmãos meu paí era cachaceiro e vivia brigando com minha mãe, passava boa parte da minha infância com meus padrinhos que era os vizinhos pois minha mae tinha q trabalhar e não tinha como cuidar da gente direito. Isso simplificando tudo.
    Acabei indo embora com os meus padrinhos para outro estado, só voltei depois de dois anos, e nisso meus padrinhos tbm tinha filhos e um mais novo q eu. As vezes sentia que eu era menos amada, e a minha presença acabava q tendo q dividir algumas coisas que eles poderiam compra só pro filho deles mais novo. Decidir morar com a minha mãe novamente. Porém fiquei um bom tempo sem conseguir falar a palavra mãe.
    Hoje tenho 30 anos e nunca namorei na minha vida, sempre procurei por experiências e gozo. Sempre q saio com meus amigos a maioria são casados e tem sua vida monogâmica e confesso q sinto falta de ter alguém pra estar como eles… está sobrando é um pouco chato pois suas decisões viram minoria e voce sempre acaba fazendo o que o casal quer.
    Aprendi a ficar mais sozinho, tenho poucos amigos.
    Fico romantizando minha vida, as vezes acho q sou narcisista, as vezes não quero ter alguém dependente emocionalmente de mim. E as vezes quero ser o objeto que precisa ser amado.

  • @lucianabarroso5224
    @lucianabarroso5224 2 месяца назад

    Respondendo às perguntas do seu video sou monogâmica e já no aegundo casamento que está bem melhor q o primeiro, no momento sem sofrimento no relacionamento, vim de familia nuclear monogâmica clássica. Sofri maus tratos infantis nas fase oral e anal, o que me "quebrou" na juventude e sem q eu tivesse noção. Agora, na meia idade tentando juntar o q sobrou. Sempre vivi esse papel tradicional de mãe, profissional e agora pós feminismo na tripla jornada e adoeci muito, ainda estou doente. O que mais me chocou no primeiro casamento foi essa identidade roubada da mulher após a maternidade, eu fui mãe já aoa 34 anos com vida profissional estabelecida e mesmo assim me vi anulada totalmente como mulher, às vezes como profissional, como se eu fosse a única responsável por gerar, sustentar e dar suporte a duas crianças, sou geração X e mesmo c babás e creches, ainda a mãe era a responsável, ou seja se vc não estivsse no trabalho a sua obrigação era estar no lar no papel de cuidadora. Hoje, eu vejo com alegria a geração Y tentando dividir os cuidados entre os cônjuges e as mães já se impondo como pessoa, não como escrava da família.

  • @lucianjung
    @lucianjung 2 месяца назад

    Muito bom! Por favor, fale mais sobre a agamia. Não sabia disso. Acho q é meu caso, viajando pelo mundo, sem querer relacionamento (no momento).

  • @mocneloja3888
    @mocneloja3888 Месяц назад

    Eu sugeria cruzar essas análises com a condição da mulher no Brasil, que têm me chamado muito a atenção, e me fez de fato entender como mulher e esse lugar de “objeto” disputado por filhos e marido (s) se é uma disputas q ela de fato em algum momento vai ter escolha, ou se de acordo com as duas falas ela não vai ser literalmente um objeto. E a predominância se dá por entendimento dos homens, e benefícios próprios, pras duas relações. Pra isso eu sugiro Valeska Zanello. E pra além dessas relações humanas uma pessoa que me deixou muito mais feliz com o debate de mono, não mono a q mais eu entendi a lógica foi Geni Nuñez, q traz o ponto pra além da cultura europeia burguesa, eu vi q vc trouxe no início essa coisa do outras culturas e tal, mas bem rápido. Mas não pq mas senti falta dessa amplitude, visto q as mulheres q se questionam mais como resolver a vida amorosa, já q ainda não entendemos q a vida além desse âmbito. E q já está meio estabelecido pros homens q poli ou mono, isso não interfere a eles já q estão sempre em poder de escolha.

  • @HenriqueVazMude
    @HenriqueVazMude 2 месяца назад

    Eu tô lidando com essa questão no momento e tá bem díficil. Ele é tudo o que sempre busquei em uma relação e me trata como um príncipe. Eu sei bem o que quero em um relacionamento e é justamente o que ele me apresenta quando estamos juntos e é bom salientar que consigo entregar na mesma intensidade, tudo até então batia, porém eu sou monogâmico e ele é não-mono e sinto com isso uma grande quebra de expectativa, pois por mais videos, estudos e relatos que eu leio, menos parece que consigo ser adepto a essa modalidade de relação. Sei que não tem a ver com ser evoluído ou não, afinal é um é uma escolha entrar numa formato de relação que lhe parece mais satisfatório, mas tô totalmente perdido, porque entrou sentimento e apesar disso, se continuar da forma que está, não vejo como não termos algo oficializado. Sinto também que se caso fossémos começar algo assim, que somente ele iria usufruir desse benefício, pois eu desde agora já não tenho interesse algum em ficar com outras pessoas. É possível pro lado que não irá usufruir ser feliz, assim num formato de "relação aberta unilateral consciente"?

  • @joaolcaetano
    @joaolcaetano 2 месяца назад

    Me identifiquei com parte da (hipo)tese sim, mas fiquei pensativo/investigativo sobre a reflexão de mono e não mono em outros contextos históricos sociais. Eu sou não mono (até meio desconfortável falar isso, parece que é tipo “eu sou destro” ou “eu sou alto” - sem senso moral aqui, só narrando o que me bateu), nasci em 94. Me identifiquei bem com a parte da “busca por ter múltiplas fontes de cuidado, pois não é possível confiar somente em um” e a busca da relação de dominância em si, como ilusão do vínculo (sendo bem honesto aqui, e por favor, não quero que ninguém chegue na conclusão de que “é isso! A não monogamia só cria pseudo vínculos!”, tem muito mais por trás, incluindo a reflexão do aspecto colonial, etc,mas escolhi comentar só sobre isso). Minha família é 100% padrão burguesa: pais heteronormativos, caçula de duas irmãs, de nascimento muito próximo. Consigo sim reconstruir episódios de abandono, onde a “solução” que automatizei é a independência dos outros - e a busca da admiração por essa independência (dominância). Essa é a primeira parte que me identifiquei e acho que corrobora a tese.
    A segunda parte, da reflexão mais profunda, foi sobre: e os casos em que há a descentralização do cuidado em contextos diversos?
    Ex1: relações de amizade são, em geral, um cuidado descentralizado, mas ainda em um contexto social dominante burguês de predileção pela relacionamento amoroso (que muitas vezes nem tem o cuidado, e nem o suprimento da necessidade de gozar)
    Ex2: cuidado descentralizado na perspectiva de povos originários do brasil (ref a geni nuñez) e como isso se reflete nas relações amorosas
    Ex3: tava pensando no exemplo 3 e me perdi aqui, é muito difícil isolar isso como hipótese. Tem toda a questão socio cultural que influencia o tema e que é influenciado por ele, acabei me perdendo aqui..

  • @iatancavalcantideoliveira
    @iatancavalcantideoliveira 2 месяца назад +5

    Pé na bunda seria a minha opção, fui largado faz um ano desde então monotonia e depressão, crises de ansiedade choro.
    Mas para aos felizardo, boa sorte.

    • @Monicaliveira
      @Monicaliveira 2 месяца назад +10

      N sei o q é pior, ser largado ou não conseguir largar quando está num relacionamento falido... mas na primeira opção ainda tem chance de encontrar satisfação em outras relações né

    • @lauragoiaba
      @lauragoiaba 2 месяца назад

      Terapia, povo. Bora lá! Ficar em depressão por um ano é muito tempo e não conseguir se desprender de uma relação infeliz também não é bom, mas ambos são solucionáveis.

    • @rline7599
      @rline7599 2 месяца назад

      ​@@lauragoiabaconcordo

  • @niviaalmeida8429
    @niviaalmeida8429 2 месяца назад

    Vivi em um lar católico e com valores que eu admiro e me encaixo bem ate hoje! Gosto da monogamia e não me vejo em outro modelo e nem quero saber de outros kkkk

  • @yaunners
    @yaunners 2 месяца назад

    Emanuel, tenho 38 anos, filho de pais casados. Sua hipotese faz sentido no meu caso, minha mae sempre trabalhou bastante. Estou e me sinto bem com um relacionamento monogamico, embora os pensamentos de apenas querer transar com outras pessoas sejam muito forte e constantes, gerando a duvida se so esteja em um relacionamento monogamico nao por uma escolha, mas o que eu consegui .

  • @luisafajardo13
    @luisafajardo13 2 месяца назад

    pausando o vídeo em 4:42 pra responder as perguntas hehe
    hoje namoro um rapaz, não consigo me rotular em termos de monogâmica ou não-monogâmica, mas nunca entendi o ciúmes, desde o meu primeiro namoro, com 16 pra 17 anos, as pessoas perguntavam "quem é mais ciumento" e eu sempre falava "ele nem é muito ciumento, mas considerando que eu nem sei o que é ciúmes, ele é o mais ciumento"
    meus pais são casados até hoje, monogamicamente, e eu tenho uma irmã mais velha
    no meu segundo relacionamento, com 20 anos eu acho, com uma mulher, que comecei a, ainda muito de leve, refletir sobre a possibilidade de ficar com outras pessoas enquanto se está em um relacionamento. isso porque minha namorada da época estava se descobrindo bissexual, até aquele momento ela só tinha se relacionado com mulheres, mas estava entendendo que se interessava por homens também, então eu disse que achava que ela devia viver esse desejo e tudo mais, porque realmente não me incomodaria isso, não me sentia ameaçada de nenhuma forma por ela ir ficar com uns caras aí pra tentar se entender, curtir o novo etc. ela não fez isso, porque disse que não gostaria se eu fizesse, então não achava justo ela fazer.
    bom, hoje meu namoro tem questões em relação à coisa da monogamia/não-monogamia. no fundo, eu queria ter a liberdade de estar com outras pessoas às vezes, ir num date, conhecer gente nova e tudo, enquanto mantenho o relacionamento, basicamente porque eu sei que uma pessoa não consegue satisfazer outra e eu queria poder buscar aquilo que sinto falta hoje em encontros com outras pessoas. mas isso causaria muito sofrimento para o meu namorado, que não é exatamente ciumento, mas se sente ameaçado com a possibilidade... e aí ficamos nessa... já aconteceu de em Carnaval ou numa festa eu ficar com outras pessoas, com o conhecimento dele, mas é como se ele fizesse força pra esconder o quanto isso machuca ele pra não me privar de uma coisa que é importante pra mim
    enfim, o limbo hoje é esse: me dói um pouco não poder me envolver com outras pessoas, mas acho que doeria mais pra ele se eu me envolvesse :/
    edit: tenho 26 anos, nasci em 1998, isso é geração z? eu não sei hahah
    eu acho que, no meu caso, existe uma dose grande de realmente não acreditar que eu um dia vá gostar TANTO de uma pessoa que vou querer ficar o tempo todo com ela e com mais ninguém... não consigo imaginar isso acontecendo, consigo me imaginar apenas me resignando a essa estrutura de relacionamento por ser assim que o mundo funciona

  • @blowupandkick
    @blowupandkick 2 месяца назад +3

    Estou achando interessante como divergem a leitura do filme, e também a variedade de causas e consequências sobre experiência com os pais, e escolha afetiva.
    O filme eu li de forma muito diferente da que está sendo debatida no vídeo. Pra mim, o filme mostra uma criança se encantando e desencantando com o mundo. Uma criança com corpo de adulto. E daí vem o exercício especulativo super interessante que o filme propõe. O que faria uma criança num corpo de adulto? Uma criança deseja ser o centro de todos, e da proeminência de suas necessidades. Por isso ela estava tão protegida contra as investidas do típico homem narcísico que se apaixona por ela. Este, na verdade, pra mim, foi o central do filme, e não a sua liberdade sexual. Ela tem o antídoto do homem narcisista: ser tão narcisista quanto ele. O filme é muito eficaz em desmontar a autoestima do homem hétero. Enquanto ela está investida nos seus desejos, o homem está o tempo todo com a fantasia de que ele é o alvo dos desejos dela. Por isso pra mim soou feminista. E não pq ela ela seja não-monogâmica.

  • @karolynefreitas4863
    @karolynefreitas4863 2 месяца назад

    Gostei muito do vídeo. Eu estava refletindo sobre como as pessoas que vivem uma relação não monogâmica passam a impressão (ou nós que somos preconceituosos?) que quem segue esse modelo de relacionamento parece estar sempre se relacionando com outras pessoas. Mas eu lembro de um casal que abriu o relacionamento e mesmo depois de anos ainda não tinham se relacionado com outros parceiros. Eu nao me considero muito sexual e sou bastante preguiçosa para sair, marcar date, etc. Então acho que existe um preconceito sobre os não monogâmicos darem valor e ênfase a prazeres, etc, mas não necessariamente isto acontece.

  • @paulacynthianavesassumpcao5717
    @paulacynthianavesassumpcao5717 2 месяца назад

    Relacionamento aberto é o caminho da felicidade. Regina Navarro psiquiatra explica direitinho porque relacionamento monogâmico não é natural pois as pessoas mudam com o tempo.

  • @rodrigokravitz
    @rodrigokravitz 2 месяца назад +1

    Olá Emanuel.
    Talvez pelo foco nas conexões entre a infância e o modelo relacional da vida adulta você tenha negligenciado as motivações da vida adulta, motivações políticas, etc.
    Uma boa parte das pessoas que se identificam não monogâmicas não estão necessariamente em busca de resoluções para os problemas afetivos nem de experimentações sexuais, individualistas, etc (isso dá pra fazer na monogamia).
    Existem motivações políticas de contestação a monogamia enquanto estrutura socialmente imposta (sim, imposta... visto que não lhe são oferecidas possibilidades e referências diferentes, ferramentas pra lidar com outras afetividades, fora as punições sociais a quem ousa romper esse padrão imposto) e instrumentalizada para controle de corpos (especialmente corpos femininos).
    Existe ainda a percepção de que a maioria das pessoas já não são contempladas nesta idealização de família mono-cis-hétero-normativa e que isto se quer é condizente com a realidade da maioria das famílias (geralmente compostas por mulheres que cuidam das crias sendo solo ou com o apoio de outras mulheres da família).
    Eu ainda poderia citar a crítica de uma sociedade patriarcal, de um modelo relacional colonialista oriundo de perspectivas religiosas com as quais nem todos compartilham, a relação entre os papéis de gênero nas relações monogâmicas e a violência contra a mulher, etc... mas vou encerrar mencionando que as não monogamias também objetivam relações não centralizadas em sexo, amor romântico, exclusividade e hierarquização, além de tentar desconstruir a ideia de que nossas felicidades e "bem sucedimento" depende de uma procura insana por percorrer estes degraus de solteirisse, namoro, noivado, casamento, lua de mel, filhos e juntes até que a morte (ou a traição, ou a violência, ou finanças) lhes separem.

  • @paularosendo3693
    @paularosendo3693 2 месяца назад +1

    Eu sou da geração X, e os meus pais, babyboomers, estiveram casados mais de 50 anos (até o meu pai falecer). Sou filha única. O casamento dos meus pais parecia perfeito e sem conflitos, porque o meu pai nunca contrariava a minha mãe. Ela vivia para a mãe dela, que era doente e tinha um marido muito complicado. Os meus pais eram ambos empregados. O meu pai era extremamente cuidador e meigo. Algo muito raro naquela época. A minha mãe cuidava da casa e de nós, mas o amor dela ia para a minha avó, e ela nem sequer disfarçava esse facto. Eu tinha 12 anos quando a minha avó morreu. Talvez por esse facto, eu não fui uma adolescente como as outras. Porque, enquanto as minhas amigas, nessa idade, iniciavam o movimento de rebeldia contra as mães, eu tentava conquistar a minha. Nunca consegui. Ela estava sempre presente, mas ela não me amava. Ela queria que eu a amasse e admirasse, mas não havia retorno nesse amor e admiração. As minhas relações amorosas foram todas monogamicas. Todas tiveram os seus percalços. Em todas elas, eu repliquei, de certo modo, o modelo que eu vivi com a minha mãe. Eu fazia tudo para agradar ao outro, na busca do seu amor e admiração. Hoje, estou casada. Não sei se fui traída, alguma vez, pelo meu marido. Prefiro nem saber. O nosso casamento já tem mais de 20 anos. Não é um casamento perfeito. Quando era mais jovem, e já estava casada, cheguei a desejar outras pessoas sexualmente, mas nunca concretizei nada. Não me arrependo. Também nunca procurei uma relação não monogamica, porque não conseguiria lidar com ela. Eu sei que o abandono pode ocorrer em qualquer tipo de relação, mas, mesmo assim, eu me sentiria abandonada logo no primeiro momento, em que eu iniciasse uma relação não monogamica. Enquanto que, num relacionamento monogamico, eu ainda consigo me sentir especial, pelo menos, enquanto ele durar. Não sou boa em partilhar. Não quero tudo só para mim. Pelo contrário, gosto de dar coisas e de proporcionar bons momentos aos meus amigos e à minha família. Mas partilhar não é o meu forte. Quando me pedem algo emprestado, eu prefiro dar esse objeto a essa pessoa, do que esperar que me devolva o objeto.

  • @jussarabarbosaleite6551
    @jussarabarbosaleite6551 2 месяца назад

    Polêmico 😅 vou assistir agora

  • @Svendsonsea
    @Svendsonsea 2 месяца назад

    Oi Manu! Como sugestão de vídeo eu gostaria de um sobre a Dark Tetrad.
    Percebo padrões da tríade / tédrade junto a minha família e a outros círculos próximos a mim.
    E o ângulo que eu gostaria do vídeo seria exatamente como detectar em si, mais até que nos outros, padrões de comportamentos dessa tétrade, pois ela me parece incompatível com a formação de vínculos. Ao menos, de vínculos saudáveis.

  • @sandrafilgueiras709
    @sandrafilgueiras709 Месяц назад

    Eu penso que todos os modelos atuais vão acabar. Ninguém quer ficar ou não ficar com ninguém, nem pai, nem mãe ou esposa. Não sei como serão as relações afetivas daqui pra frente, a partir de tantas opções. Filhos só querem que tenha comida na cozinha e voltam pro quarto. Dependência numa dinâmica comercial, tendo pais e/ou mulheres como objetos. Triste...😢😢

  • @brunajacquelinesilva5356
    @brunajacquelinesilva5356 2 месяца назад

    Caramba! Que interessante, me identifico muito com a não monogamia, a princípio parece que não estou em sofrimento, mas quis ver o vídeo até o final, e me identifico muito com a versão da criança que não teve o amparo em um único adulto, na vdd precisei desde muito cedo desenvolver estratégias para lidar com o desamparo, e hoje na vida adulta me relacionar de forma monogâmica, mesmo sendo um relacionamento saudável é impensável, e não é nem pq tenho a necessidade de experimentar muito e tal, é simplesmente pelo fato de que, se caso acontecer e tiver o desejo e ou sentimento por outra pessoa, não acho legal podar algo natural para manter uma lógica de exclusividade que muitas vezes fica só na fantasia !