As experiências más ensinaram-me muito sobre mim, os outros, e sobre todos os traumas inconscientes que tinha. As boas ensinaram-me sobre o amor, com a forma como tudo está interligado, sobre a vida, e todos os seus misteriosos processos. A transformação foi enorme. Passei por várias fases, boas e más, devido ao consumo de LSD, DMT, cogumelos mágicos e MDMA. Tratou uma depressão que já vinha desde a infância. Perdi a timidez e tornei-me muito mais seguro e consciente de quem sou, tanto em defeitos como em qualidades. Senti-me "ligado" a Deus, mesmo sendo ateu. Também me senti ligado à Natureza e compreendi muito melhor como tudo se desenrola nesta. Nalgumas dessas trips "abandonava" os meus amigos e ia para casa navegar na net e ler sobre a teoria da relatividade e física quântica, matemática, e também filosofia. Entendi em poucas horas o que não consegui aprender em anos de escola. Fui 2 vezes ao Boom Festival, em 2002 e em 2004, e consumi uma dose elevada de LSD em 2004 que durou por todo os dias em que o Festival decorreu. Tive uma "experiência de quase morte" dessa vez. Tive visões mentais em que vi Jesus e também o tal túnel de luz que muita gente experiencia nestas situações. Vi o meu corpo como se estivesse a olhar para ele a partir do céu. Nunca mais fui o mesmo desde os tempos "loucos" que vivi com estas substâncias.
Adorei o episódio. Posso dar uma sugestão de tópico? Insónia. o ciclo da insónia, o medo de ir dormir e a ansiedade noturna. Sei de muitas pessoas que lutam contra estas questões ( eu sou uma delas:) ) e gostava de saber mais sobre o assunto. muito obrigada.
Eu, que cresci na época em que se fazia estas experiências amiudadas vezes, conheci algumas pessoas que, com más "viagens", nunca mais voltaram ao normal - desenvolveram esquizofrenias. Não é uma droga nada pacífica, não é para toda a gente nem para experienciar em qualquer ambiente ou em qualquer companhia. Haja noção disto!
Total confiança no Dr. João Costa Ribeiro. Parabéns pela entrevista. Gostaria também, como outro user, que fizesses uma entrevista com o Manicómio, que é o mesmo que dizer com o Sandro Resende.
Boa noite, ontem assisti à reportagem do jornal das 20 da tvi do dia 20 de maio sobre saúde mental. Sugeria-te que convidasses o miúdo de 15 anos da reportagem com Síndrome de Tourete e Toc, chamado Afonso para o teu Podcast que eu adoro. Aprendo, divirto-me e dou belas gargalhadas nas minhas caminhadas. O miúdo e toda a família sofre de vários transtornos e é extraordinário na forma como se expressam e vivem a realidade deles. Bjs Anabela Pereira
Parabéns por esta conversa tão necessária. Os estados de consciência alterada remontam à Pré-Historia e a utilização de substâncias psicoativas, em contexto terapêutico, é uma área que merece investimento e investigação, sem preconceito e tabus. Deixo a sugestão do livro O Pão dos Deuses, de Terence Mckenna.
Olá Raminhos, muito interessante! Devias convidá-lo (ou outro alguém) para falar sobre o que se está a fazer com psilocibina (eu sei que não é legal). Mas seria para falar sobre a que ponto está a investigaçao e quais os potenciais. E já agora, não sei se conheces, mas este podcast é bastante elucidativo sobre o tema: Huberman Lab no episódio How Psilocybin can rewire your brain. Grata
Ó Raminhos, o rapé? Desconhecia que poderia ter esse resultado, pois, quando eu era pequena, havia muitos velhos - homens e senhoras - que usavam regularmente rapé, que traziam consigo em caixinhas próprias muito bonitas, e de vez em quando snifavam, mas nunca vi ninguém alterado, nem pouco mais ao menos. Um dia, já eu era crescidinha, pedi a uma tia avó que me deixasse experimentar e ela, sem qualquer hesitação, deixou-me experimentar. Apenas me desentupiu o nariz, pois era mentolado, rigorosamente mais nada. Não achei piada nenhuma àquilo e sujava imenso o nariz.
Eu concordo que as pessoas devem estar bem informadas para, depois de conhecerem os riscos e os benefícios, tomarem as suas decisões. Mas quando se trata de pessoas muito jovens, será que elas, em festivais ou queimas das fitas, por exemplo, vão estar preocupadas em ir saber sobre a qualidade do produto, ou querem é arranjar produto, o mais barato possível, e depois desculpar-se que, até há medicos a dizer que estas drogas até podem fazer bem? Eu também cheguei a pensar que a legalização das drogas poderia ser benéfica, mas um dia, falei com uma médica, que me contou sobre a sua experiência nas urgências dos hospitais nas noites de 6 feira e sabado, em que entravam muitos jovens, incluindo menores de idade, no hospital, com surtos psicoticos muito complicados, devido ao uso indiscriminado destas substâncias. É difícil lidar com estas situações, porque, numa sociedade, há muitas variáveis em jogo.
O George Harrison, paralelamente às fortes experiências espirituais que teve na Índia, de tal modo que se tornou para sempre hinduísta, contava que aquilo que o tinha realmente acordado para a espiritualidade e o tinha transformado para sempre tinha sido a experiência com LSD.
Muito interessante. Gostava de vos ter ouvido discutir a microdosagem de psilocibina. Também fiquei muito curiosa acerca do tipo de meditação que o Raminhos faz. Alguma app? Obrigada ❤ conhecimento
Acho perigoso o uso destas substâncias , eu pelo menos não fiquei tentado em experimentar prefiro continuar com terapia medicaçao e bons hábitos como desporto sono.
Meu caro a terapia com psicadélicos e acompanhada com médicos ... Santa ignorância do nosso povo.. sabe o que são benzodiazepinas?? Sabe que isso não lhe resolve em nada o seu problema?
Estes relatos aqui são todos muito bonitos mas o uso das drogas psicadélicas como terapia não é "livre". É uma forma de terapia complementar e que terá sempre de ser feita com acompanhamento do terapeuta, até porque todo esse material libertado pelo inconsciente tem que ser interpretado e trabalhado. É assustador estar a ler testemunhos de bad trips que curam depressões, desculpem lá. Não estou a desacreditar a experiência pessoal de ninguém, mas para ser uma experiência terapêutica deverá ser feita com o devido acompanhamento.
Como é que se decide entrevistar alguém como o João Costa Ribeiro, especificamente sobre o seu (belíssimo) trabalho na área da terapia assistida por psicadélicos, não fazendo a mínima ideia do percurso que estas substâncias tiveram até aos dias de hoje??!! Pior ainda, defende a demonização destas substâncias e o controlo das mesmas pela autoridade. Então o Raminhos não sabe que, graças ao Dr João Goulão que, há 23 anos atrás, Portugal assumiu uma atitude de descriminação das drogas e que essa atitude visou a redução de riscos?! Sr António Raminhos, acho melhor dedicar-se ao humor a tempo inteiro porque como jornalista deixa muito a desejar.
As experiências más ensinaram-me muito sobre mim, os outros, e sobre todos os traumas inconscientes que tinha. As boas ensinaram-me sobre o amor, com a forma como tudo está interligado, sobre a vida, e todos os seus misteriosos processos. A transformação foi enorme. Passei por várias fases, boas e más, devido ao consumo de LSD, DMT, cogumelos mágicos e MDMA. Tratou uma depressão que já vinha desde a infância. Perdi a timidez e tornei-me muito mais seguro e consciente de quem sou, tanto em defeitos como em qualidades. Senti-me "ligado" a Deus, mesmo sendo ateu. Também me senti ligado à Natureza e compreendi muito melhor como tudo se desenrola nesta. Nalgumas dessas trips "abandonava" os meus amigos e ia para casa navegar na net e ler sobre a teoria da relatividade e física quântica, matemática, e também filosofia. Entendi em poucas horas o que não consegui aprender em anos de escola. Fui 2 vezes ao Boom Festival, em 2002 e em 2004, e consumi uma dose elevada de LSD em 2004 que durou por todo os dias em que o Festival decorreu. Tive uma "experiência de quase morte" dessa vez. Tive visões mentais em que vi Jesus e também o tal túnel de luz que muita gente experiencia nestas situações. Vi o meu corpo como se estivesse a olhar para ele a partir do céu. Nunca mais fui o mesmo desde os tempos "loucos" que vivi com estas substâncias.
Adorei o episódio. Posso dar uma sugestão de tópico? Insónia. o ciclo da insónia, o medo de ir dormir e a ansiedade noturna. Sei de muitas pessoas que lutam contra estas questões ( eu sou uma delas:) ) e gostava de saber mais sobre o assunto. muito obrigada.
Eu, que cresci na época em que se fazia estas experiências amiudadas vezes, conheci algumas pessoas que, com más "viagens", nunca mais voltaram ao normal - desenvolveram esquizofrenias. Não é uma droga nada pacífica, não é para toda a gente nem para experienciar em qualquer ambiente ou em qualquer companhia. Haja noção disto!
Total confiança no Dr. João Costa Ribeiro. Parabéns pela entrevista.
Gostaria também, como outro user, que fizesses uma entrevista com o Manicómio, que é o mesmo que dizer com o Sandro Resende.
Depressão pós parto seria um bom tema ❤
Boa noite, ontem assisti à reportagem do jornal das 20 da tvi do dia 20 de maio sobre saúde mental. Sugeria-te que convidasses o miúdo de 15 anos da reportagem com Síndrome de Tourete e Toc, chamado Afonso para o teu Podcast que eu adoro. Aprendo, divirto-me e dou belas gargalhadas nas minhas caminhadas. O miúdo e toda a família sofre de vários transtornos e é extraordinário na forma como se expressam e vivem a realidade deles. Bjs Anabela Pereira
Olá. Em português brasileiro, nós dizemos psicOdélicos! Há muitos investigadores brasileiros que estudam a Ayuasca
Parabéns por esta conversa tão necessária. Os estados de consciência alterada remontam à Pré-Historia e a utilização de substâncias psicoativas, em contexto terapêutico, é uma área que merece investimento e investigação, sem preconceito e tabus. Deixo a sugestão do livro O Pão dos Deuses, de Terence Mckenna.
Mais um excelente "abre olhos" espero que as pessoas entendam.
Muito Obrigada!
..para mim o episódio mais interessante de todos até hoje! ❤
Quero muito o Manicómio no teu Podcast! 💜
Muito interessante . Desconhecia completamente o uso controlado destas substâncias. Obrigada por mais este episódio.
Eu conheço a neta do Albert Hofmann 🙂gostei muito da entrevista
excelente entrevista e orador! gostava de o voltar a ver por aqui
Bela entrevista 👌
Olá Raminhos, muito interessante! Devias convidá-lo (ou outro alguém) para falar sobre o que se está a fazer com psilocibina (eu sei que não é legal). Mas seria para falar sobre a que ponto está a investigaçao e quais os potenciais.
E já agora, não sei se conheces, mas este podcast é bastante elucidativo sobre o tema: Huberman Lab no episódio How Psilocybin can rewire your brain.
Grata
Excelente, Raminhos, como sempre! Adorava fazer essa terapia, mas não tenho depressão, seria interessante fazer essa terapia em "qualquer pessoa" :)
Ó Raminhos, o rapé? Desconhecia que poderia ter esse resultado, pois, quando eu era pequena, havia muitos velhos - homens e senhoras - que usavam regularmente rapé, que traziam consigo em caixinhas próprias muito bonitas, e de vez em quando snifavam, mas nunca vi ninguém alterado, nem pouco mais ao menos. Um dia, já eu era crescidinha, pedi a uma tia avó que me deixasse experimentar e ela, sem qualquer hesitação, deixou-me experimentar. Apenas me desentupiu o nariz, pois era mentolado, rigorosamente mais nada. Não achei piada nenhuma àquilo e sujava imenso o nariz.
Eu concordo que as pessoas devem estar bem informadas para, depois de conhecerem os riscos e os benefícios, tomarem as suas decisões. Mas quando se trata de pessoas muito jovens, será que elas, em festivais ou queimas das fitas, por exemplo, vão estar preocupadas em ir saber sobre a qualidade do produto, ou querem é arranjar produto, o mais barato possível, e depois desculpar-se que, até há medicos a dizer que estas drogas até podem fazer bem? Eu também cheguei a pensar que a legalização das drogas poderia ser benéfica, mas um dia, falei com uma médica, que me contou sobre a sua experiência nas urgências dos hospitais nas noites de 6 feira e sabado, em que entravam muitos jovens, incluindo menores de idade, no hospital, com surtos psicoticos muito complicados, devido ao uso indiscriminado destas substâncias. É difícil lidar com estas situações, porque, numa sociedade, há muitas variáveis em jogo.
É o meu tio ❤
O George Harrison, paralelamente às fortes experiências espirituais que teve na Índia, de tal modo que se tornou para sempre hinduísta, contava que aquilo que o tinha realmente acordado para a espiritualidade e o tinha transformado para sempre tinha sido a experiência com LSD.
Muito interessante. Gostava de vos ter ouvido discutir a microdosagem de psilocibina. Também fiquei muito curiosa acerca do tipo de meditação que o Raminhos faz. Alguma app? Obrigada ❤ conhecimento
Deixa o convidado terminar uma frase, Raminhos 😂
Acho perigoso o uso destas substâncias , eu pelo menos não fiquei tentado em experimentar prefiro continuar com terapia medicaçao e bons hábitos como desporto sono.
Prefere consumir benzodiazepinas?
@@cesarbastos1391 Prefiro consumir aquilo que o meu psiquiatra me disser para consumir pois é um medico profssional e tem muitos anos de experiencia
Meu caro a terapia com psicadélicos e acompanhada com médicos ... Santa ignorância do nosso povo.. sabe o que são benzodiazepinas?? Sabe que isso não lhe resolve em nada o seu problema?
Estes relatos aqui são todos muito bonitos mas o uso das drogas psicadélicas como terapia não é "livre". É uma forma de terapia complementar e que terá sempre de ser feita com acompanhamento do terapeuta, até porque todo esse material libertado pelo inconsciente tem que ser interpretado e trabalhado. É assustador estar a ler testemunhos de bad trips que curam depressões, desculpem lá. Não estou a desacreditar a experiência pessoal de ninguém, mas para ser uma experiência terapêutica deverá ser feita com o devido acompanhamento.
Epah… isto só tem uma solução, é por os 2 a fumar uns canhões enquanto estão a cuidar um do outro, já com dose de LSD 😂
Como é que se decide entrevistar alguém como o João Costa Ribeiro, especificamente sobre o seu (belíssimo) trabalho na área da terapia assistida por psicadélicos, não fazendo a mínima ideia do percurso que estas substâncias tiveram até aos dias de hoje??!!
Pior ainda, defende a demonização destas substâncias e o controlo das mesmas pela autoridade. Então o Raminhos não sabe que, graças ao Dr João Goulão que, há 23 anos atrás, Portugal assumiu uma atitude de descriminação das drogas e que essa atitude visou a redução de riscos?!
Sr António Raminhos, acho melhor dedicar-se ao humor a tempo inteiro porque como jornalista deixa muito a desejar.