Ciclo jejum-estado alimentado: conceitos básicos

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  • Опубликовано: 20 май 2024
  • Compreender o ciclo jejum-estado alimentado é básico para uma boa análise do metabolismo energético humano. Exige atenção quanto aos hormônios envolvidos, à integração metabólica envolvendo diferentes órgãos, e à rica regulação enzimática, dentre outros aspectos.
    Neste vídeo, mostro uma estratégia para organizar a informação em relação ao tempo e ao tipo de dieta ingerida.
    No jejum, temos um estado catabólico, ou seja, de mobilização de reservas. Neste momento metabólico, observa-se normo ou hipoglicemia, dependendo da pessoa. O organismo responde ao jejum liberando glucagon a partir das células-alfa pancreáticas. O glucagon age, ao mesmo tempo, no fígado e no tecido adiposo, mas não nos músculos. É importante lembrar que as fibras musculares não apresentam receptor para glucagon.
    No fígado, o glucagon promove o bloqueio da glicólise e da síntese de lipídios, dentre outros efeitos. Por outro lado, este hormônio estimula a quebra de glicogênio (gliccogenólise) e a gliconeogênese (produção de glicose a partir de precursores que não carboidratos, como aminoácidos, glicerol e lactato). Desta forma, o fígado passa a ser a fonte mais importante de glicose para o organismo enquanto estivermos em jejum. O bloqueio sobre a glicólise, causado pelo glucagon, evita um ciclo fútil que permitira que o fígado utilizasse a glicose que produziu para si mesmo.
    No tecido adiposo, o glucagon estimula a lipólise, que é a quebra de triglicerídeos armazenados, gerando ácidos graxos e glicerol. Após ligação com a albumina, os ácidos graxos são transportados, na circulação, a diferentes órgãos, como fígado, músculos (incluindo o coração) e rins (córtex renal, mais precisamente), dentre outros. Ácidos graxos são importantes (e rentáveis) combustíveis para aqueles destinos. Além disso, no fígado, a oxidação de ácidos graxos gera produtos que agem na regulação do metabolismo local, também bloqueando a glicólise hepática (somando-se aos efeitos induzidos pelo glucagon, portanto).
    Nos músculos, a queda na concentração de insulina circulante já é o bastante para que inicie-se a proteólise, que gera aminoácidos livres para os músculos e para a circulação.
    A ingestão de uma refeição nem sempre eleva a glicemia, pois há dietas pobres em carboidrato, como as "low carb". Assim, após ingerir uma refeição deste tipo, os níveis de glucagon permanecem elevados (podendo ser aumentados acima dos valores de jejum), permitindo que os tecidos-alvo trabalhem na manutenção, direta ou indiretamente, da glicemia.
    A integração metabólica, certamente, não é assunto simples. No entanto, com dedicação e foco, é possível organizar o conhecimento necessário para uma boa compreensão sobre o tema em cada contexto metabólico.
    Deixe suas dúvidas nos comentários! Responderei assim que possível!
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Комментарии • 7

  • @metabolismoDrdeOliveira
    @metabolismoDrdeOliveira  2 месяца назад +2

    Obrigado por ter assistido! Inscreva-se no canal para receber ainda mais material como este!
    www.youtube.com/@metabolismoDrdeOliveira

  • @Igorznik
    @Igorznik Месяц назад +1

    seu canal é o melhor de bioquimica no YTB deveria ter + views! obrigado

    • @metabolismoDrdeOliveira
      @metabolismoDrdeOliveira  Месяц назад

      Poxa, Igor! Muito obrigado pelas palavras! Espero seguir contribuindo com vocês no estudo de Bioquímica!

  • @leticiacamille7917
    @leticiacamille7917 Месяц назад +1

    Didática excepcional!!!!

  • @eddielrafaelreis02
    @eddielrafaelreis02 2 месяца назад +1

    Eu faço medicina e tava precisando um video desses muito obrigado,
    Meus colegas precisam também saber isso ❤️