MÉDICOS NÃO SABEM SE COMUNICAR | JANA VISCARDI
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- Опубликовано: 13 сен 2024
- Nas faculdades de Medicina muito se aprende sobre órgãos e tecidos, quase nada se aprende sobre as interações humanas. Aqui, dicas para melhorar isso.
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Roteiro, gravação e edição: Jana Viscardi
...mas o comportamento deste médico é o padrão. A exceção é o médico que te trata como ser humano.
Eu já nem espero nada desta turma.
Exatamente!
Infelizmente é assim
Espero sempre o mínimo tbm. Pior que quando eles fazem o mínimo é superestimado, pq é tão raro né? 😅
Médicos Cubanos usavam essa antiga tecnologia, professora. Comunicação excelente e o trato humano com os pacientes.
❤. Verdade, não esqueço o dia q minha tia passou com um médico cubano na UBS perto da casa dela e para ela foi a glória. Ela até hoje (isso já tem mais de 10 anos) ela lembra desse médico com admiração. Primeiro e único médico humano q ela teve
@@marlasantos ual! Marcou uma geração. Vida longa para vocês
Já passou da hora da gente colocar médico, advogado, e todas as profissões que se acham acima das pessoas nos seus devidos lugares. Tem que tratar com respeito! Falar direito! Tirar dúvidas com paciência e empatia! Toda solidariedade, Jana, melhoras pra sua mãe❤
Tbm acho!
Houve um caso recente de uma parenta q ficou com uma dúvida num processo e a advogada ficou se fazendo de difícil pra explicar.
Repassei a dúvida pra outro advogado do meu lado da família. Ele explicou tudo. Eu comentei q a advogada não gosta de ser questionada, ao que ele respondeu: se ela não gosta de ser questionada, deve se antecipar às dúvidas do cliente. O cliente é leigo e não é obrigado a saber do que se trata, mas não tem que aceitar tudo passivamente.
uma vez tentei fazer isso e um médico falou que eu ia apodrecer na upa porque ele não ia me atender mais. simplesmente tive que chorar com uma enfermeira de plantão para arrumar outro médico. 😀
Oi, tem toda razão. Mas eu sou advogada, filha de empregada doméstica, te entendo bem. Se precisar, sou querida 😂😅
a maioria dos advogados ajudam, e falam a liguagem mais popular, tem paciencia pra explicar.
Medico eh tao pior.... fiz outra graduacao antes da medicina e eu ainda nao consigo assimilar como essa raca SE ACHA a um nivel ate infantil! Sao ignorantes, burros mesmo, mas acham que podem opinar sobre tudo! Nao respeitam a fragilidade alheia porque vivem tao encastelados pelo status da profissao que perdem a nocao da realidade completamente! Sei la... eh um meio muito toxico
Tenho um filho médico. Lembro-me de um dia, há uns 22 anos, ele chegou revoltado em casa , me falando do descaso do médico que ao entrar numa sala de hemodiálise com vários alunos o acompanhando, meu filho entre eles, disse em alto e bom som, de maneira que todos os pacientes puderam ouvir, que a taxa de óbito para os que faziam hemodiálise era de trinta por cento, algo assim, já não me recordo mais! Mas , veja, é exatamente o mesmo cenário que vc relata: o outro não existe! Eles são uma classe diferenciada de seres humanos que se dignam a estabelecer comunicação apenas entre os pares. Certamente, há exceções, mas a grande maioria é de uma indiferença total só ser pelo qual fizeram um juramento de cuidar e preservar a vida.
Ian Neves falou um pouco sobre a casta médica em um vídeo recente... E a sua experiência confirma o que ele disse na vdd. E o sistema precarizado, ele é planejado tbm. Com programas como o mais médicos por exemplo sempre sendo criticado, inclusive por essa casta de médicos. E isso por diversos motivos que alguns são explanados no vídeo do Ian. Mas essa falta de comunicação é realmente o padrão, infelizmente. Sinto muito por vc ter passado por isso
Eu acho que esse assunto deveria ser mais abordado na internet!
Sou médica de família e comunidade e já usei vídeos da Jana como exemplos em sala de aula para alunos de medicina e esse será usado novamente pois essa é uma questão primordial para mim. Não existe formar médicos que não olham o paciente, que não ouvem o paciente e seus familiares. Não importa a estrutura, não importa a quantidade de problemas que existem em nossa saúde pública, isso é primordial, é básico. Obrigada por mais uma aula Jana. Seguimos
Médicos de Família e Comunidade são, normalmente, os poucos que ainda se salvam ❤
Já passei pela exata mesma coisa. Medico, na sala de médicos, olhando folhas e computador, com cara de cy porque você "invadiu" o castelo dele. Foi aí que minha percepção sobre médicos foi para o vinagre. Raros os casos que encontro médicos que tenham um comportamento ético admirável.
Se tua mãe fosse rica/famosa é certeza que ia ter briga de quem a carregaria no colo. Muita saúde para ela.❤
Ou iriam deixar ela mais tempo inventando outras cirurgias pra ganhar mais dinheiro. Já vi isto. Ninguém escapa da ganância de gente inescrupulosa
os médicos precisam ter seu atendimento avaliado pelos pacientes. Uma métrica para cobrar o mínimo: respeito.
Assim que vi o título do vídeo, imaginei que se tratava de algum tipo de estresse envolvendo acompanhamento/atendimento médico. Qualquer pessoa que convive com problemas de saúde crônicos (como euzinho) tá familiarizado com esse tipo de situação e com a frieza/descaso por parte de muitos (não alguns) médicos. Se tornou uma regra, pois muitos médicos hoje se formam em medicina pelo status de prestígio atrelado à profissão. Raríssimo é encontrar um médico que te trate como um ser humano. Já passei por cada situação que daria um livro de crônicas.
Ha alguns anos estive em um evento na UFMG, onde uma estudante de medicina, indígena, falou sobre os vários processos judiciais que precisava fazer contra a Universidade, apenas por querer estudar as disciplinas com mais afinco, ou seja, não ser apenas "passar" em cada matéria, mas entendê-las.
Nesse dia, após inúmeras conversas, ficou claro a desumanização que vai acontecendo gradativamente (ou não) na própria academia: vai sendo estudado os pedaços do corpo, esquecendo o sujeito.
Entretanto, o problema se agrava quando entendemos que o problema maior começa ANTES DA ACADEMIA! Pois o STATUS ficou maior que o desejo pela profissão!!!
Uma prova disso, foi, nessa mesma época, os professores do Curso de Filosofia que precisaram fazer intervenções aos alunos do PRIMEIRO PERÍODO do Curso de MediCIMA, porque os mesmos não queriam escutar seus professores uma vez que já tinham sido aprovados no Vestibular.
@@dinamarribeiro4913 bizarro pensar que esse tipo de problema é perpetuado e até validado na academia.
Oi Jana, tudo bem? Eu sou da área que fica exatamente entre a sua a área médica: eu sou fonoaudióloga.
E o que eu tenho para adicionar à conversa é que seu relato é extremamente comum, é inclusive algo que me causa imenso estresse no trabalho, pois meu foco de atuação é com crianças neurodivergentes, então muitas vezes acaba caindo no meu colo o dever de explicar para famílias confusas o que o médico pediatra, psiquiatra, neuro, otorrino deveria ter explicado antes.
E infelizmente nós que não somos desonestos sabemos que a palavra de uma fono, de uma fisio, da coitada de uma tec. de enfermagem não tem nem de longe o mesmo "peso" que a do médico. É extremamente frustrante.
Outro fator que também influi nesse distanciamento que os médicos e profissionais da saúde em geral, especialmente os de pronto socorro/UTI colocam entre si mesmos e os pacientes é medo de processo e demissão. Medo de processo pros médicos, medo de demissão pras tecs, pois se o paciente e/ou família tiver bem informado de tudo que está acontecendo, em caso de erro (como quase ocorreu com a sua mãe) a família tem mais lucidez para correr atrás de seus direitos. É uma lógica de que "gente confusa é mais fácil de enganar".
Exatamente!
E que tbm é usada pelos profissionais do sistema jurídico.
São cruéis, pessoas perversas.
Extremamente importante falar sobre isso. Parece absurdo, mas até ficamos surpresos quando somos tratados bem por profissionais dessa área.
Verdade 😢
Sim, fico surpresa. Aí quando o paciente abandona o tratamento ou foge de médico eles não sabem o motivo. É simplesmente pq ninguém gosta de ser maltratado em um contexto em que deveria ser cuidado.
Precisamos parar urgentemente de endeusar essa classe. O que me enoja são esses indivíduos dando uma de "bonzinhos" na Internet. Iludindo os tolos. Tenho horror a essa classe.
E, agora com o Conselho Federal de Medicina presidido por médicos negacionistas, e que também querem criar as próprias leis de como agir em certas circunstâncias que já consta na nossa Constituição.
Se já está ruim, infelizmente vai piorar.
Atual e necessario; Valeu por esse comentario, representa tambem a minha opinião.
CFM hoje é um antro de ideologistas e negacionistas, foram os primeiros a se alinharem em defesa da cloroquina para tratamento da covid, alguns até se posicionaram contra a vacina, cambada.
Conselhos regionais tbm.
Eu estudo medicina na Argentina e temos uma materia de saude mental que dura um ano, só sobre isso; relação médico paciente, saúde dos médicos, dos residentes... A gente aprende antes de semiologia, como devemos entrevistar, tratar eticamente, fazemos dinamicas com nossos professores que sao psicologos. Sou muito grata por ter uma formação humanista e de muita qualidade na UBA.
Quando eu morava em Buenos Aires, eu tinha uma psiquiatra maravilhosa. Depois que voltei pro Brasil, só pego um pior que o outro. Sou autista, com avaliação neuropsicólogica feita, e uns fazem careta e falam que é bipolaridade, outros falam que “eu não tive prejuízos com o meu autismo”, sem sequer conversar pra saber alguma coisa da minha história (e eu paguei 450 reais por essa consulta de m*). To muito frustrada e sem vontade de ir atrás de tratar as comorbidades
Na Argentina a Psicologia e, em especial, a Psicanálise, é muito valorizada. A população valoriza a psicoterapia/análise e uma parte considerável da população faz. Cuidar da própria saúde mental e ter aulas com psicólogos com certeza faz diferença na formação desses novos médicos.
Jana, qnd era estudante de medicina, no internato de infectologia eu recebi gritos, xingamentos, ameaça de expulsão do módulo na frente de toda equipe e demais colegas estudantes pela minha preceptora, pois ela considerou um desrespeito com a profissao o fato de eu me sentar numa escada (daquelas que a gente usa pra subir no leito) pra explicar a importância de realizar o exame ao "meu" paciente. O mesmo não queria realizar o exame de colonoscopia. Eu nunca esquecerei, mas foi pra minha coletânea de coisas para não fazer qnd eu me tornasse preceptora. E hoje eu não ensino só medicina aos meus alunos. Me esforço ao máximo pra fazer diferente do que me foi ensinado e cobrado. Mas eu pago o preço entre os meus pares. Mas estou em paz.😊
Sim, tbm sou medica e ser minimamente educado e humano não é muito bem visto. Estranho.
Parece que se preocupam muito mais com o lookinho e a decoração do consultório para passar um imagem de poder e autoridade, do que tratar bem seus pacientes.
Estamos precisando de mais médicos, como vc, que estejam dispostos a "pagar o preço" entre os pares.
Quando eu estagiava na Defensoria Pública, nos chegavam alguns processos de pedidos de medicamento/tratamento/cirurgia e em determinado momento do processo o juiz pedia para o médico justificar o porquê daquele fármaco ou tratamento ser o melhor para o paciente e, assim, ser liberado no sus. Mas nem isso eles faziam direito, mandavam apenas uma receita nova, sem nenhuma argumentação. Nós ficávamos revoltados porque isso atrasava o processo e a qualidade de vida do assistido e, por isso, o processo não andava. E o pior que nem ligar nos hospitais adiantava ou mandar ofício.
Sabe o que é pior? Eu não duvidaria de nada que essa justificativa não chegava não só por displicência, mas também pelos médicos não saberem como justificar ou escrever uma argumentação de forma embasada e científica. Já vi médicos que pareciam ter esquecido como escrever o básico do português!
Nem me fale! Agora com meu pai dependente de oxigênio e com câncer nossas vidas se baseiam em pedir relatórios médicos pra tudo. E ele enrolam pra fazer (afinal, estão sempre muuuito ocupados 🙄) e atrasa tudo, deixando a gente dias preocupados com aquilo. No hospital em que trabalho vejo muitos médicos achando que quem tem que preencher formulários com informações médicas são as assistentes sociais. Fazem tudo de má vontade, sem nem ler, aí o paciente leva pra outra cidade com erros e tem que voltar pra pegar depois, um horror.
@@mayarasales2027Sim. Na pandemia ficou claro que uma boa parte dos médicos não é muito afeita à ciência né?
Tem um episódio da rádio novelo que se chama "a pior notícia do mundo" que fala justamente sobre isso. Imagina quando se tem a receber uma notícia extremamente devastadora, que os profissionais não sabem comunicar.
Outra coisa é a prepotência de profissionais que se acham outra "classe" de humanos, o poder sobre o corpo.. sei lá, tem muito da cultura "médica" no Brasil.
Esquecem que são gente.mas a enfermagem tem muito problema pq eles creem que enfermeiro é auxiliar deles e não é .Se colocam como superiores a equipe que trabalha junto.
Não consegui achar o EP, onde tem?
@@vitordsartorio em todas as plataformas de áudio, se chama Rádio Novelo, episódio do dia 25 de Janeiro de 2024 denominado Grandes Perguntas
@@vitordsartorio em todas as plataformas de áudio, se chama Rádio Novelo Apresenta, episódio do dia 25 de Janeiro de 2024 denominado Grandes Perguntas. Super recomendo
Neste ano, 2024, foi implementada a Politica Nacional de Cuidados Paliativos, que visa aumentar a quantidade de equipes para cuidar de pacientes em Paliativos, e a disseminação de informações e práticas sobre o manejo dessa demanda. Espero que, ao menos, as informações sobre a comunicação adequada de más notícias e o conhecimento sobre cuidados Paliativos cheguem a mais profissionais e à população geral.
Tenho plena convicção de que, se fosse um médico cubano, esse problema não teria ocorrido. Infelizmente, muitos médicos no Brasil parecem estar mais interessados em status e ganhos financeiros do que em exercer a profissão com dedicação e verdadeira preocupação pelo bem-estar dos pacientes.
Eu também tenho. Até comentei aqui. Os médicos Cubanos são maravilhosos! Competentes, humanos, generosos, educados e inteligentes. Ao contrário dos daqui. Nao gosto dessa classe.
Sim!! Os Médicos Cubanos são sensacionais, não conheço ninguém q reclame deles, pelo contrario falam bem pra kct!
É isso mesmo o que vc falou, eu namorei um estudante de Medicina que ralou muito pra passar em universidade pública, vc acha que foi por amor à profissão? Ele era super ambicioso e queria ficar rico, ele inclusive no último ano da faculdade me disse que estava pensando em abrir uma pizzaria e eu não entendi por que raios um médico abriria uma pizzaria, ele queria ficar rico e o mais rápido possível. A mente dele não estava voltada pra cura de doenças, pra ser um bom médico, o foco dele estava apenas no próprio bolso, o dinheiro não era visto como uma consequência de um bom trabalho.
Eu tenho doença de crohn há 30 anos. Precisei passar por uma cirurgia. O médico pegou o recibo do plano descontou o s 27% de IR e me disse q estava comigo por 40 minutos por 40 reais. Constrangida e com muito medo da cirurgia perguntei o q poderia acontecer se eu ñ operasse. Aí ele descreveu com sadismo " seu intestino vai perfurar as fezes vão cair na cavidade abdominal ". Ñ deixei ele terminar surtei. Falei tanta coisa q nem me lembro mais. Graças a Deus tive condições de fazer a cirurgia com um excelente médico particular. Eu tenho experiências boas e ruins com profissionais da saúde. Com essa doença estou indo em vários médicos por 30 anos. Fico imaginando as pessoas q sofrem silenciosamente esses descasos.
Acho até que nesse caso você deveria ter feito uma denúncia formal por falta de ética de trabalho. Seu caso parece ter passado muito do ponto
Nossa, sinto muito que tenha passado por isso 😢 Que bom que sua cirurgia deu certo com um profissional melhor. Com certeza esse sádico nem na parte técnica era competente.
Infelizmente, novidade é quando eles tratam bem, com um mínimo de empatia. DEUS abençoe a saúde e recuperação plena da sua mãezinha 🙏🙌🤍
Jana, tive uma crise de dor no ciático que me deixou literalmente no chão. Fui para o Hospital Universitário achando que teria algum cuidado. Espera só em cadeira de rodas. A dor se intensificava de maneira absurda. "Ocupei" um consultório que estava vazio, mas tinha uma maca. Deitado, a dor amenizava. Até que demorou alguém notar a minha presença "indevida", o que acabou fazendo eu ser atendido e indicado para medicação - mais uma vez, obrigatoriamente sentado. Com a agulha no braço, avisei que não estava aguentando e que precisava me deitar (quem sabe como é a dor do ciático, com hérnia de disco, chora comigo aí). Mas as enfermeiras, a chefe das enfermeiras, a médica, todos só diziam que eu "precisava" ficar sentado. Um Hospital Universitário atendendo um caso de crise de ortopedia não podia disponibilizar uma maca para o repouso devido. Enfim, saí literalmente me arrastando pelo chão, depois de recusar a medicação e perceber que ali não era um lugar de saúde. Precisei de dias de repouso absoluto pra conseguir ir num médico pago e acabar recebendo uma medicação mais reforçada que, meses depois, melhorou a situação. Enfim, pelo que pesquisei, inclusive, meu caso era simples: internação com respouso, que foi o que fiz em casa! O HU parece um lugar feito pra se sofrer. Gente chorando na espera quase sempre. Socorro!
Minha tia recebeu o diagnóstico de câncer e fui acompanhá-la durante o tratamento. A primeira consulta com o cirurgião, ele nem olhou pra nós. Só disse ( quase cochichando e como se não estivessemos junto) para médico estudante que indicasse a nós que o caso não era cirurgico. Já estranhamos, mas enfim, fomos encaminhadas para a consulta com a médica que indicaria a quimioterapia. Esperamos a manhã inteira, e qnd entramos na sala e nos sentamos, a médica olhou para os exames e olhou pra nós dizendo "ninguém contou pra vcs? eles nunca contam, né. Só sobra pra mim, Não tem o que fazer." Ficamos sem ação. "Tá vendo esse homem que saiu daqui agora, está com um tumor enorme no cérebro e acha que vai ficar curado." Foi horrível, uma das coisas mais cruéis que ouvi. Minha tia não entendia o que ela dizia, eu tentando engolir o choro e explicar pra ela. Vejam, ela não precisava mentir pra nós, dizendo que seria tudo lindo. Mas ela não tinha o direito de nos dar uma notícia tão difícil dessa forma, de não acolher uma pessoa que tinha esperança de ficar bem e que tinha muita vontande de fazer o que fosse, ainda que as chances fossem mínimas, pra viver. Ela falou tanta coisa cruel de uma forma tão leviana que depois do estrago, mandou a gente conversar com a psicóloga. Essa, por sinal, super sem graça, já se desculpando que a Dra. Fulana tinha um jeito mais "sério". Triste demais
Meu Deus, fiquei muito sentida com seu relato 😢. Como sua tia está?
Que horror! Sinto muito pelo que passaram 😢 Isso jamais deveria ter ocorrido. Como psicóloga hospitalar te digo que muitas vezes é assim: eles fazem a cagada e chamam a gente pra "consertar" o estrago, no intuito de aliviar a barra deles.
@@annecoi muito obrigada. Apesar da grande maioria não saber se relacionar com pacientes, ainda temos profissionais que resistem.
@@mandyzeta minha tia faleceu 4 meses depois do diagnóstico. Chegou a fazer 3 sessões de quimio pq insistiu com a profissional em questão que queria tentar se curar.
Eu fui falar sobre isso no Threads e tem gente me xingando! Eu fico pensando a que tipo de tratamento esses seres estão acostumados a ter! Você foi explendida ❤
No Twitter?
amei o vídeo , acabei de sair da casa da minha mãe, idosa longeva com um quadro que se estende há mais de meses e sem melhoras. Mas queria contar a história que passei em plena pandemia de um primo com síndrome de down não verbal que entrou com suspeita de covid, recebeu alta, e em casa não andava. Por exames que já tínhamos descobrimos que ele estava com 2 fraturas uma no quadril, e outra no fêmur uma de cada lado. Essas fraturas aconteceram no internamento e ninguém relatou a queda, e ninguém observou isso no laudo do exame que eles mesmos solicitaram. Reinternamento. Novamente sem comunicação com médicos, pois era cirúrgico. Ninguém da equipe nem enfermagem nem fisioterapia sabiam do motivo do internamento, fizeram procedimentos que não deveriam ser feitos em alguém com aquelas fraturas. Depois de envolver ministério público, passaram a nos atender, com más informações e inverdades. Enfim ele morreu de embolia pulmonar causada pelas fraturas. Todos da família cerca de 6 pessoas foram contaminadas com covid , um morreu. Ou seja duas mortes que foram causadas por imperícia, imprudência, descaso e má conduta.
Meu Deus, sinto muito! Que sentimento de impotência quando estamos numa relação na qual o outro se sente superior.
No meio do seu relato pensei em sugerir q vc criasse um curso de comunicação para médicos. Dois segundos mais tarde me dei conta q não teria muitos inscritos, pois a maioria dos médicos não acham q precisam aprender, acham q são a personificação de deus!
Eu tb já passei por situações semelhantes.
Há cerca de 20 anos eu fiz um breve estágio como física no HC da USP, na radioterapia. Certa vez um paciente já estava deitado com a máscara na cabeça pra receber a radioterapia. Ele fazia perguntas pra médica e ela respondia virando os olhos, fazendo careta pra mim e pro outro colega. Obviamente o paciente não via, mas eu achei uma tremenda falta de respeito! Além de tudo já era um paciente terminal, só em cuidados paliativos. Ela tinha zero empatia!
Esse episódio me marcou muito!
O certo seria os hospitais e universidades fornecerem esse tipo de curso
Lamentável Jana o que ocorreu com sua mãe. Minha mãe também fraturou o fêmur e foi atendida em um hospital especializado em fraturas, 100% SUS, no RS. Minha experiência foi oposta a sua. Foi muito bem atendida por toda a equipe. Eu era informada a cada situação que minha mãe passou, tanto pré como pós cirurgia.Mas a comunicação é tudo. Infelizmente nem sempre encontramos profissionais dispostos a interação humanizada. Melhoras para sua mãe.❤
Eu acho que a equipe de enfermagem é muito mais empática que os médicos.
Também acho
Eles parecem maratonistas, ficam correndo o hospital todo, muito trabalho e mesmo assim nos tratam com humanidade e até carinho
Pois meu filho estava internado num hospital de referência da cidade, embora em enfermaria, mas com td estrutura, sendo super bem tratado por td a equipe, mas qdo fui conversar com o médico que comandava a UTI cardíaca, que queria dar alta, ele foi super ríspido. Expliquei pra ele que eu sou mãe solo e queria que fizessem o exame que o outro médico do plantão pediu antes da alta para eu ficar tranquila, ao que ele respondeu, mas vc pode fazer esse exame depois, só vai para a agenda normal, pode demorar. Reforcei que me tranquilizaria se ele fizesse logo, por medo dele ficar sozinho em casa enquanto eu trabalho, ao que o médico me indagou: mas qual seu medo? (isso td na frente de meu filho), Respondi que tinha medo que ele passasse mal em casa sozinho e morresse. O médico bem plácido respondeu: mas qualquer um pode morrer em casa sozinho. Respondi no mesmo tom: se fosse seu filho, vc ia gostar? Saí imediatamente. Ele passou o exame em seguida. Às vezes a empatia vem com um murro na cara.
Que lamentável esse relato !
Eu tive duas experiências no SUS recentemente que me surpreenderam! Primeiro, minha mãe fez uma cirurgia no quadril, algo mais complexo e eu estava bem ansiosa. Tanto o anestesista quanto o cirurgião vieram falar comigo, mesmo naquela correria deles entre os blocos cirúrgicos. Pude fazer perguntas pro cirurgião e o anestesista fez questão de me chamar para acompanhá-la até a UTI e eu fui a primeira pessoa a falar com ela quando acordou.
A outra foi na última semana.Tive uma crise de enxaqueca + ansiedade, fui sozinha ao atendimento e a médica foi muito atenciosa, fez perguntas sobre todos os sintomas e me explicou a medicação que iria tomar. Enfim, ainda existem profissionais humanos.
Jana, você me perdoa se escrever textão? Sou de uma cidade muito pequena da Zona da Mata mineira, aqui no postinho, pelo SUS, há pouco mais de um ano temos um médico maravilhoso, muito atencioso com todo mundo, mas infelizmente isso não é regra. Começarei entretanto te falando sobre minha querida avó, que perdi há poucos meses. Já com mais de 80 anos, sentiu muitas dores e começamos a levá-la à Policlínica do centro da cidade. Lá, davam um medicamento na veia, a dor reduzia um pouco, mandavam ela de volta para casa. Mas, no mesmo dia, as dores fortes dela voltavam, então eu retornava com ela para a Policlínica. Eu sou a pessoa da família que é considerada mais educada, que fala baixo, que sabe conversar - no sentido de: "ela não é barraqueira" - , e portanto, depois de tantas idas e vindas, solicitei à médica de plantão, com toda a educação do mundo, que não liberasse já a minha avó, que a internasse, ou mantivesse mais algum tempo em observação, para não acontecer de ter que retornar à Policlínica de novo (até porque o transporte também era desgastante para ela, porque tinha artrose, hérnia e insuficiência cardíaca). Vale aqui dizer que, se tratando de uma cidade pequena, manter a minha avó lá, mais uma noite que seja, não prejudicaria ou roubaria vaga de ninguém, havia leitos disponíveis. Mas a médica bateu o pé: "Não vejo critério para internação". Quando, ainda educadamente, argumentei, ela me disse que eu queria saber mais que ela do trabalho dela, e que o assunto estava encerrado, minha avó voltaria para casa. Não preciso nem dizer que na manhã seguinte, bem cedo, tive que voltar lá com a minha avó. E aí outro médico, atencioso - mas que estava trabalhando lá apenas aquele dia - fez exames nela - coisa que a outra não fez - e viu sim "critério para internação". Mas já era meio tarde. Eu fiquei horas, sozinha, com uma bandeja embaixo da boca da minha avó, enquanto ela estava tendo uma hemorragia, na sala de internação, e parecia todo mundo achar isso normal. Quando cheguei na última noite, e encontrei minha avó suando frio, demorou para atenderem um pedido muito simples que fiz, que foi de ver a pressão dela. Quando enfim me ouviram, já era tarde. Não estou dizendo que, com mais de 80 anos, não era a hora dela, ou que ela não partiria de qualquer modo, mesmo se tivesse sido bem atendida. Estou dizendo que poupariam muito sofrimento. E que ela, mulher que lutou a vida toda, que sempre foi amável e generosa com todos e que era o pilar de toda a nossa família, merecia ter sido tratada com um mínimo de respeito e dignidade.
Parabéns, Jana pela forma objetiva, clara e tranquila para falar de algo tão terrível que acontece não apenas nos hospitais públicos ( não mesmo, e digo isso por experiência com minha mãe idosa de 87 anos com Alzheimer).
Sua abordagem pelo viés da comunicação, ou melhor, falta dela, foi cirúrgico.
Agradeço muito. Desejo melhoras para sua mãe e que mais influencers/comunicadores falem sobre esse enorme problema da saúde em nossa país...a saúde mercadoria dos planos de saúde, dos hospitais tipos hotéis 5 estrelas com 1 enfermeira e 2 técnicas de enfermagem para atender um andar com pacientes durante 12 horas... Receba meu abraço 💗
Oi, Jana! Sinto muito pelo que aconteceu com você e com sua mãe. Eu sou estudante de Medicina do 3° ano e pesquiso sobre uma abordagem chamada Medicina Baseada em Narrativas, que se debruça sobre a intersecção entre saúde e narrativa. Te convido a conhecer o tema. Minha motivação pra pesquisa foi a mesma que te motivou a fazer o vídeo de hoje: indignação (e também encontrar soluções). Um abraço, adoro seu canal ❤
Que legal! Nunca ouvi falar, seria bom vc fazer uma página informativa sobre o assunto
Cara, que vídeo importante. Os médicos brasileiros muitas vezes agem como uma casta superior que tudo pode, é terrível. Não surpreende o número de casos de violência obstétrica ou uso de cloroquina durante a pandemia de COVID...
O problema, Jana, não é de comunicação ou de linguagem. Muitas vezes, o problema é de classe. Os médicos se acham, em sua maioria, de classe muito superior. Mesmo a gente tendo o contracheque três vezes maior que o deles.
Eu acredito mesmo que essa é a raiz do problema, já aconteceu comigo de conversar com médico usando termos técnicos por ter pesquisado antes e perceber um tom de deboche, como se eu não pudesse usar uma linguagem padrão e culta com ele.
A formação em medicina, como em outras profissões, est´caótica. Muitas universidades caras e ruins. Já está virando algo geracional. Fui cuidar da minha menopausa com um medico, exclente, muito idoso, que fez a mágica. Os profissionais novos patinavam e nunca acertavam.
s
Vou te dizer que até entre os excelentes médicos antigos poucos de fato continuam bons ou interessados no paciente, pq muitos se escoram no título e param de se atualizar. Tive diversas experiências com médicos mais velhos que eram considerados os maiorais, professores de universidade pública na cidade de SP (que tem bons médicos se compararmos com outras cidades) e eles não souberam resolver um problema simples já diagnosticado por um exame de imagem e ainda não acreditavam no exame de imagem e não sabiam resolver, foi uma saga pra um deles prescrever um simples corticóide, remédio bem antigo por sinal.
@@cintia_l2867pois é, eu e minha prima fomos destratadas por um médico idoso
Professora Jana, eu expresso minha solidariedade, respeito e fraternidade a você e a sua Mãe.
E desejo uma pronta recuperação para sua Mãe Professora Jana.
Meu namorado é enfermeiro de rede pública e ele passa uns bons bocados com os médicos que ele lida, que se sentem deuses inatingíveis. Aos técnicos de nefermagem os médicos ignoram e literalmente nem dão atenção, mas ao meu namorado que é enfermeiro (nivel superior), da mesa hierarquia deles, eles precisam dar atenção sob ameaça de anotar no livro livro preto. É uma vergonha o nível dos médicos que temos no serviço público. Meu namorado salvou muitos pacientes de morrerem ou sofrerem por médicos receitarem sem nem terem cuidado de verificar o histórico dos pacientes.
Jana isso não é raro o comportamento dos médicos brasileiros é arrogante e insensível
Sou secretaria de um medico professor , e constantemente ele expressa o desinteresse dos residentes em aprender . E tal desinteresse sempre está ligado ao corporativismo problematico como em todas as outras profissões
Uma pronta recuperação à sua mãe, Jana. Força pra todos vocês
Eu que sou da saúde fico muito muito angustiada com esses relatos, sonho que não se repita.
Você trouxe a realidade de todos que passam por mãos de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. É muita frieza e desdém.
Enfim se cada um de nós for relatar uma experiência ruim com médicos com certeza a Jana bateria recorde de comentários, sendo psicóloga sei o valor de um oi boa tarde olho no olho, não precisa conversar com o paciente, basta responder as indagações sendo conciso e empático....Certa vez em uma Upa da minha cidade não quis sentar pois o computador ficava entre o meu rosto e o da médica, ela não gostou. pediu que eu sentasse por duas vezes na última respondi que não sentaria porque o computador ficava entre nós duas ao que ela respondeu que era assim mesmo....qdo perguntei se a nebulizacao do meu filho demoraria muito respondeu que era pra eu cancelar meus compromissos porque eu ficaria o dia inteiro ali.....
Uma pronta recuperação pra sua mãe. Belíssimo texto. Precisamos falar dele. Inclua no futuro a comunicação na Justiça.
Como psicóloga fiz, há mais de uma década, residência em saúde mental em uma grande instituição aqui de SP. Dentre as nossas 'rotações' como residentes, passávamos por uma área chamada interconsulta, em que a equipe, composta por psicólogo, residente, terapeuta ocupacional e assistente social, era acionada para atender em diferentes setores do hospital quando a equipe sentia necessidade (poderia ser para o/a paciente, para a família ou para a própria equipe de saúde). Acontece que, já naquela época, a gente tinha arrepios quando a ortopedia pedia nosso atendimento, pois, em 99% dos casos, tratava-se de um paciente que queria um atendimento minimamente humano, no qual seria informado sobre sua condição, sobre sua internação e sobre seu prognóstico. Concordo plenamente que a formação médica tem que melhorar, e muito, na comunicação. Porém, eu realmente não entendo o que acontece na ortopedia. É um caso sério de falta de bom senso (para não dizer humanidade). Sinto muito que você, sua família e, em especial, sua mãe tenham passado por essa situação. (antes que apareçam os desavisados, não estou falando que todos os ortopedistas são assim, estou dizendo apenas de minha experiência e como se trata de uma queixa recorrente dos pacientes).
Passei por uma cirurgia minimamente invasiva em hérnia de disco. Pra resumir a história que teve idas e vindas de consultório, pronto socorro, chamadas telefônicas, fiquei 1 mês tomando opioides caríssimos e fortíssimos que me causaram efeitos colaterais. O cirurgião ortopedista dizia que minha dor era frescura, que eu devia relaxar. Depois de 1 mês, perdendo movimentos, com sarcopenia, encontrei anjos na reumatologia, ortopedia e, principalmente, infectologia. Fui diagnosticada com infecção. Precisei passar 17 dias internada em hospital particular, onde recebi atendimento de ótimos profissionais. Quase morri pela irresponsabilidade, arrogância e mais os substantivos que couberem a esse "profissional". Na época eu ainda conseguia pagar um bom plano de saúde. Agora não tenho mais condições. Espero não precisar passar mais por um terror desses.
@@vandajesus6771 sinto muito pelo o que você passou =( E fico Feliz em saber que você encontrou profissionais humanos e que realmente se importaram, ao longo de sua jornada.
Sei que passa ano, sai ano, vemos cada vez mais setores básicos como saúde e educação sendo sucateados, mas garanto que há ótimas equipes no Sus. Espero que vc não precise, mas, caso seja necessário no futuro, lembre-se disso =)
Oh Jana, um abraço apertado!!
🤗 ❤️ Ninguém merece tal situação!!
Eu, como médica e familiar (tenho familia que adoece também) me preocopo tremendamente com a comunicação. Com clareza, com objetividade, com empatia, com verdade e sinceredade máxima. Só inicio um consulta, olhando nos olhos do paciente. Tem pacientes que já chegam falando, eu brinco, dizendo que estou abrindo o prontuário e já iria olhar na direção dele. Acho fundamental!!!!!
Jana, lamento depois pelo ocorrido. É muito duro passar por isso cuidando de um idoso. Acho o seu depoimento importantíssimo para essa questão.
quando tenho que marcar uma consulta, penso mil vezes antes, se puder evitar, evito ao máximo, mas claro que não dá pra evitar pra sempre, como o caso da sua mãe! é realmente muito triste na hora que precisamos mais 😢
Também evito ao máximo. Mas claro no caso da Jana e da mãe não tem como evitar.
Idem
As instituições de saúde e principalmente as públicas, são um panorama do nível de desumanização mais cruel e perverso que uma pessoa pode experenciar e isso se reflete no comportamento pouco ético de muitos profissionais da área. São inúmeras as situações terríveis que testemunhamos todos os dias com uma naturalidade que só é abalada quando somos nós os protagonistas de uma dessas histórias. Certa vez fui procurar uma emergência com um corte profundo e o segundo médico que me atendeu ficou estarrecido quando eu disse que tinha sido liberada sem nenhuma sutura. No entanto isso nem é nada, basta assistir os telejornais estaduais.. é um show de horrores.
Jana, saúde para você e para sua mamãe. Infelizmente, muitos médicos se comunicam de forma fria, sem paciência e com uma linguagem técnica. Quando encontramos um médico gentil, falamos: Nossa, que médico humano! Em várias áreas, falta profissional com humanidade e empatia. A comunicação é tão importante, que possamos refletir sobre isso.
Que fala fundamental. Não apenas para que a classe médica escute, mas quem é paciente ou acompanhante, que muitas vezes nem sabe que tem direito a essa mínima consideração e qualidade numa prestação de um serviço/atendimento. Como é bom te ouvir falar sempre!
Oi Jana. O sistema vem criando ainda mais distâncias. Lembre-se de fazer um elogio a essa médica que foi atenciosa para ela não desisitir. ❤
A gente precisa se posicionar. Eu já me deparei com médicos péssimos na comunicação e outros maravilhosos, inclusive atuantes na rede pública. Comunicação é tudo.
Poderoso vídeo, poderosas as falas: poderosa Jana 👏🏻😻👏🏻
Passei 10 dias internado segurando uma vaga de cirurgia (uma luxação acromioclavicular por queda de bike). Consegui ter a cirurgia, e me recuperando bem agora. Mas senti que foi desnecessariamente estressante por falta da tecnologia mais dominada, justamente a comunicação. Era como estar num labirinto.
Tomara que tenha médicos assistindo esse vídeo e passe pros colegas, ou até se use nas faculdades!!!
Sensacional a abordagem, quem dera alguns (médicos e escolas para) aprendessem algo com ela. Parabéns Jana.
oii jana, faço medicina e infelizmente sua experiência é a regra, principalmente na ortopedia. já vi preceptor brigar com residente que disse “tem um joelho pra gente olhar”, ao que ele respondeu com “joelho, doutor? aquilo é um paciente”. até tive uma aula sobre comunicação médico-paciente no 2º ano, mas vale lembrar que são 6. desde então me preocupei em pesquisar mais sobre o tema, mas acho difícil encontrar referências. agradeceria muito se você tivesse sugestões!
Olá, sou MFC e compartilhei da sua vivência. Sugiro aprofundar no Método Clínico Centrado na pessoa pela via de dentro da Medicina. Espero que a Jana te responda, porque quanto mais saberes somarmos, melhor
passo exatamente por isso na maioria dos atendimentos em que acompanho a minha mãe, uma senhora de 86 anos, em tratamento oncológico no hospital público referência nesta especialidade em sp. há cerca de três meses e após várias investigações, nenhum exame concluiu se uma mancha que está no pulmão dela, desde 2022 e sem alteração, é câncer ou não, então radicalizaram e enviaram pra cirurgia (minha mãe se recusou a fazer e agora a encaminharam para a radioterapia mesmo sem ter certeza de nada ... ). como vamos aceitar isso? olho e ouço a conversa entre eles, na nossa frente, e sinto exatamente isso: "ah, vamos abrir pra ver o que é, se der ruim, tem 86 anos, já viveu bastante. se não for câncer, mais um caso pra estudo ... ah, vamos encaminhar pra radioterapia, se não for câncer, paciência ... ". olha, estou acabada, com a vida da minha mãe nas mãos dessa gente tão insensível mas que se acham deuses. o grupo de atendimento da enfermagem é ótimo, sempre muito mais sensível. também passo por alguns tratamentos em hospitais particulares e não há diferença alguma, só mais perfumaria. grata pelo vídeo, Jana, absolutamente importante e necessário.
Esse um problema geral, até na educação tem esse dilema, principalmente na educação, na Universidade. Resto é consequência, reflexo na sociedade.
Na Universidade a gentileza se confunde com a obediência, todos os profissionais que a academia forma são reflexos dessa confusão. Não há diálogos, apenas relações de poder. ... e mais, ao meu ver sempre foi assim, apenas agora não estamos mais tolerando essas situações. "Antigamente" éramos educados/obedientes e um simulacro de relações sociais se estabelecia. Tudo tem que se resolver em "15 minutos" temos que ser "produtivos" e uma pretensa "agilidade" é necessária e a ansiedade a intolerância tomou conta das relações. O Médico simulou uma educação que não tinha ao atender, não querendo atender. Resto é consequência de toda essa farsa social. Puro caos comunicativo, só desencontro.
A situação do sistema de saúde brasileiro é precária por inúmeros fatores, mas um dos mais importantes na minha opinião é este que você coloca. Já estive na posição tanto de quem foi atendida por médicos, como de quem trabalhou com eles em mais de um hospital escola, todos de renome na capital de São Paulo, que recebem pacientes do país inteiro, e realmente, a falta de preparo para transmitir informações, comunicar-se com pacientes, familiares e até mesmo com membros da mesma equipe é uma coisa escabrosa, pra dizer o mínimo. Falta de tato, de empatia e de noções básicas de comunicação, como escuta, abrir espaço para perguntas, oferecer e permitir-se receber feedbacks, até mesmo as noções básicas de educação como um “bom dia” faltam a esses seres que se acham superiores por terem o “saber médico”, mas pouco saber humano. E isso começa na base, na formação, na faculdade. É triste!
Jana passo por isso há algum tempo. Minha mãe faz hemodiálise desde 2023 e desde então ela passou por algumas internações e precisa ir três vezes por semana em uma clincia para diálise. Tenho tantas histórias sobre falta de comunicação dos hospitais e médicos, que teria que escrever um livro. Mas em resumo, na primeira internação antes de iniciar a diálise, um dia um enfermeiro veio buscá-la para fazer hemodiálise sem que ninguém, nem médico ou enfermeiro tivesse nos dito que seria necessário que ela iniciasse o tratamento com hemodiálise, imagina o susto e o baque que foi. Além de falta de comunicação, também há uma falta de empatia, eu diria. Parabéns pelo seu trabalho e por esse vídeo necessário para iniciarmos uma discussão sobre esse problema, que pelo que vejo lendo os comentários aqui, é muito mais comum do que deveria ser. Boa recuperação para a sua mãe!
Toda a minha solidariedade a você, Jana. Sua fala é compatível com quase todas as minhas experiências de interação com profissionais no ambiente hospitalar.
Muito boa a tua fala e reflexão. Na saude, o que falta é humanização e não custa mais que respeito. Amei este vídeo.
Nossa! Passei por situação semelhante há pouco tempo.
Faço acompanhamento ginecológico com uma médica muito boa, mas difícil de marcar consulta (talvez por ser muito requisitada, já que é muito boa). Ano passado ela tinha me passado um exame mais aprofundado pra verificar algo no meu útero, mas não consegui mais marcar retorno com ela. Só consegui voltar agora em julho. Nesse meio tempo, tive um sangramento fora do normal e procurei outra médica do plano pra ver se tinha algo nesse exame que indicasse algo grave. A médica disse que eu estava com endometriose e deveria buscar uma especialista. Fui na tal especialista e ela tb me atendeu sem nem olhar pra minha cara. Ficava grampeando uns papéis enquanto eu contava resumidamente minha história. Ela pegou o exame, olhou, me perguntou se eu já tinha filhos (não tenho) e se pretendia engravidar (tb não. Tenho 41 anos). Aí ela falou sem nenhuma cerimônia nem cautela que eu deveria fazer uma histerectomia (retirada total do útero) sem maiores explicações. Eu fiquei chocada e cheguei até a chorar quando saí de lá. Não pelo fato de ter que retirar o útero, mas pelo péssimo atendimento. Ela não me disse que a retirada do útero me acarretaria uma menopausa imediata nem me falou nada sobre meus hormônios depois disso. Só fez questão de dizer secamente que essa cirurgia era pior que uma cesárea (tenho uma amiga que teve duas cesáreas e sofreu bastante na recuperação).
Fui num terceiro médico que olhou o mesmo exame, disse que não tinha endometriose, menos teria que tirar o útero. Ainda viu o nome da minha médica no exame e disse que a conhecia e disse pra falar dele quando retornasse nela. Ele também me atendeu super bem, tirou minhas dúvidas e falou muito mais coisas, me deixando menos aflita e mais calma pra aguardar a consulta com minha médica.
Finalmente fui na minha médica e ela disse que eu tinha um pequeno foco de endometriose, mas só preciso controlar com medicação e acompanhar com exames periódicos. Contei pra ela da minha saga e ela ficou horrorizada com o péssimo tratamento que recebi.
Jana, sou muito grata pelo seu conteúdo! Obrigada!! ❤
Comunicação é um sério problema na saúde, nao à toa é um dos passos necessários à assistencia em saúde estabelecido pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde . Sou enfermeira há 16 anos e vivencio diariamente problemas sérios, mas de simples resolução envolvendo a comunicação, seja entre profissional paciente ou entre profissionais.
Como sempre, amo te ouvir. Você é incrível!
Minha mãe e avó estão passando por isso nesse exato momento, no caso, minha avó também fraturou o fêmur, fez a cirurgia, mas não foi bem sucedida e está à espera da segunda cirurgia sentindo muita dor. A falta de comunicação e compaixão são extremas. Triste realidade de nós, pobres mortais, que viramos pedaços de carnes nas mãos dessa gente.
O problema é que tem gente que se acha superior aos outros. Falta empatia, humanidade mesmo. Ótimo conteúdo, Jana. Abraços
Ownnn Jana, melhoras para a sua mãe... Eu passei pela mesma situação com a minha mãe... Muito triste como os médicos estão tratando os pacientes como se fossem nada. Graças a Deus, agora minha mãe está em casa e vai ficar muito bem com fé em Deus.
Sinto muito que vcs tenham passado por isso, Jana! Infelizmente é tão comum... o que não quer dizer que seja menos revoltante e que devemos aceitar resignadamente... é exatamente o oposto. Vc faz muito bem em trazer essa reflexão publicamente! Um abraço e ótima recuperação para sua mãe!
Toda a minha solidariedade, Jana! Já passei por todas essas situações. É muito frustante, humilhante e revoltante.😢
É o q eu costumo falar.. temos q fazer o máximo pra não precisar de médico (infelizmente mto está fora do nosso controle).. pq, além desse problema q vc relatou, tem mta gente q nem encosta no paciente e já manda fazer cirurgia, pra algo q nem precisaria, por exemplo..
Jana, vou compartilhar esse vídeo com alguns profissionais médicos e instituições , na verdade seria ótimo esfregá-lo na fuça dessa gente. Acho essa fala muito objetiva e fundamental, não passo a mão na cabeça de médico nenhum, eles são diretamente responsáveis pela forma que tratam seus pacientes. Nesse ano tb tive uma experiência ultraestressante com minha mãe, teve síndrome de neuralgia do trigêmeo e no atendimento, com o neurologista, ela foi tratada como se estivesse com uma dorzinha muuuuuito leve, sem consequências e, por culpa dele e do SAC do hospital, tive que buscar resposta e orientação com outro médico em outra instituição particular de SP. O convênio dela é muito bom, à partir do momento que a admitiram, pelo pronto atendimento, com a carta do outro profissional do outro hospital (que recomendava internação imediata) foi tudo muito fácil, e minha mãe recebeu toda a atenção e cuidados, saiu de lá ótima e está perfeita. O que não entendo, até agora, é como tem tanta gente para fazer uma espécie de barreira para que o paciente chegue ao seu objetivo, que é o tratamento. O médico do outro hospital ficou puto e diz que neurologistas não sabem o sofrimento de um paciente com essa neuralgia, mas olha só, são neurologistas! Se eles não sabem, quem saberá ? NO fim, a comunicação não existe pq o que deveria ser a base para fundamentar essa profissão, já foi enterrado há muito tempo, a medicina atual é para dar status e dinheiro para a pessoa que a estudou, e quando o hospital é privado, parecem que olham para o paciente e enxergam uma calculadora, para avaliar se realmente vale a pena a internação, e o sofrimento, é um assunto pessoal. Eu saí dessa episódio absolutamente traumatizada, foram 1 mês e 10 dias, entre início de sintomas e a alta da cirurgia, mas parece que durou 1 ano. Espero que vc tenha feito alguma reclamação na instituição para, pelo menos tentar acender alguma fagulha de consciência para que outros pacientes não continuem a passar pela mesma experiência lamentável. Espero que sua mãe fique ótima!🍀🌻
Boa noite. Muito importante, suas colocações Jana. Já presenciei, inúmeros casos assim.🌹
Eu de novo, acabei de ouvir e desejo uma boa recuperação a sua mãe 🙏 quanto a formação dos médicos eu tenho certeza que eles sabem como agir, apenas não se importam, aliás alguns profissionais estão muito aquém de saber o mínimo sobre interação humana!
Sinto muito que trmham passado por esta situação. Certamente,todos temos alguma historinha dessas em nossos curriculos. Ouvi todas as tuas palavras,jana,e que bom que alguém fale disso publicamente,porque a tendência é sempre naturalizar esse tipo de coisa que jamais deveria acontecer ,principalmente com profissionais da área da saúde . E uma comunicação clara,direta,respeitosa muda muita coisa. Faz toda a diferença.
Ótimo vídeo, Jana. De maneira geral, os profissionais de saúde precisam mesmo dedicar tempo para aprender sobre interações humanas. Também tenho pais idosos e acho uma tristeza quando precisamos ir ao hospital.
Ao mesmo tempo em que fico irritada, fico aliviada. Explico: passei por situações horríveis e estressantes com meu pai em 2023. Ele teve câncer e faleceu. Foram cerca de 5 meses de muita luta... tive que brigar demais com essas pessoas que se sentem melhores que todos. É a regra. Não é excessao, infelizmente.
Inclusive,tenho audios. Comecei a gravar para eles não tentarem me tirar de louca depois. Coisa que aconteceu algumas vezes. Eu sei que eles não tem validade juridica, mas foi a maneira que eu encontrei de me proteger. Infelizmente, conheci poucos médicos bons nessa jornada. Acho que 2.
Que conversa importante, Jana!! Acho que todo mundo já passou por isso, pelo menos uma vez na vida, seja em hospital ou consultório médico.
Eu acho fundamental lembrar sempre q tantas outras profissões tb são atendimento ao público. Principalmente essas que se tem certa hierarquia ou distanciamento "por importância ", como as da área médica, de segurança e da jurídica...
Uma ótima recuperação pra sua mãe, Jana! ❤
Meu marido, médico aposentado, certa vez relatou o que provavelmente tenha sido sua primeira experiência na formação da identidade do ser médico. Ele passou no vestibular em 1980, época em que era comum o "trote" dos veteranos sobre os calouros. Para além dos rituais ridículos (cortar o cabelo, pintar o corpo, usar as roupas do avesso, etc) foram todos levados ao centro da cidade (interior do RS) e, por ordem dos veteranos, cantavam em coro: "nós é nós, o resto é bosta"....Ao longo do curso, (à época, pelo menos) com raras exceções, a relação médico paciente sempre foi negligenciada, em detrimento do reforço do papel de semideuses. Ele acabou virando psiquiatra, onde aprendeu que o vínculo se dá, sempre, a partir da escuta, porque a primeira e fundamental necessidade de qualquer pessoa é ser ouvida. Mais do que a cura, é o genuíno interesse do médico que constrói o processo terapêutico. Muito obrigada pela oportunidade em trazer à tona tema de tal relevância. ps.: recentemente, já na condição de paciente, foi tratado com excelência (mas prudentemente informando antes que era da turma). Abraços, querida!🙃🙄
Tenho mil exemplos disso que vc está falando, escolhi contar o que aconteceu comigo em janeiro: eu tenho dois aneurismas inalcançáveis. Isso é grave. Em janeiro fui fazer uma cirurgia de menisco, eu falei isso PRA TRÊS MÉDICOS. No dia da cirurgia, no pós, entraram pra me dar um ante coagulante. Eu disse: posso tomar? A enfermeira injetou no mesmo instante em que o médico entrou no quarto. Ao ser "informado" ele, bravo, disse "você não pode tomar isso sem autorização do neuro, agora vc terá que levantar e colocar o peso sobre o joelho pq vc não poderá tomar os outros dias desse medicamento..." Resultado: muito, muito sofrimento, muita dor no pós cirúrgico e com graves complicações simplesmente pq NINGUÉM ME OUVIU!!!!! Tenho uma coleção de coisas assim 😢
Sou enfermeira e a verdade é que isso infelizmente é muito comum. Médico aprende a cuidar da doença, e pouco se importam com o indivíduo como um todo, biopsicosocial. Não se importam com o paciente muito menos com os familiares.
Muito pertinente. Situação comum em todas as áreas de atendimento ao público, da saúde, jurídico, funcionalismo público e até área de vendas!! Reflexão muito pertinente! Melhoras à sua mãe.
Que sua mãe tenha uma excelente recuperação! Já passei por experiências parecidas no passado, porém recentemente ao lidar com a internação do meu padrasto e todo seu tratamento até o seu óbito, tivemos a experiência totalmente contrária: médicos e enfermeiros educados, atenciosos, pedagógicos e muito humanos no trato tanto dele, que estava em coma, quanto conosco. Isso na UPA no nosso bairro e, posteriormente, no Hospital Municipal. Tipo de atendimento que arrisco dizer talvez supere até o particular. Estou falando do SUS daqui. Sou muito grato a toda a dedicação, atenção, cuidado e empatia desses profissionais, quem dera todos foasem assim.
Excelente vídeo! Minha mãe teve dengue há uns meses e passamos por situação semelhante. O hospital lotado e os médicos estavam de papinho entre si, dando risadinhas, sem chamar ninguém. Para além disso, o atendimento foi péssimo, ninguém se importou com ela, inclusive ela foi mandada para casa estando pior. Tivemos que correr com ela para um médico mais conhecido da família em outra cidade. É revoltante ter que depender dessas pessoas!!
Eu estava com a minha mãe no hospital na mesma semana que vc estava com a sua e meu deus, como é difícil... que ela tenha um ótima recuperação!
Recentemente um parente meu , com câncer , ouviu da boca do médico junto da família :” ainda bem que tá todo mundo aqui pq aí eu não preciso falar um por um que ela não vai durar muito “.
Jana, lamento e lamento profundamente pela queda sua mãe e os desdobramentos dessa internação.
Sou médica geriatra e com formação em cuidados paliativos. Duas áreas em se não houver boa comunicação ,não damos um passo adiante.
No dia a dia , eu ainda me surpreendo pela agressividade como as situações são postas.
Estou longe e muito longe de ser uma profissional com excelente comunicação,, por outro lado já fui chamada em cenários de caos equipe e família e após 10 minutos de conversa , descubro que o problema era ausência de informação , medo de levar o familiar para casa em cenário de maior dependência física , sem se fossem explicado os desafios .
Nas enfermarias cirúrgicas, a situação é um pouco mais delicada pq algumas vezes temos que reconstruir o que foi dito ,inclusive chamo o profissional envolvido ( com jeito, pq do contrário não entraremos mais no setor ) e depois apresentar nossa fala como geriatra ou médica do cuidados paliativos.
É cansativo
É triste que em cenário de adoecimento e angustias, não se saiba se dirigir ao paciente e família com interesse genuíno
Em 15 anos de estudo ( graduação,2 residências e 1 pós ) somente nos 3 últimos anos , trabalhei mais intensamente a comunicação.
Fiz uma cirurgia no SUS e todos os dias o médico passou para ver todos que ele acompanhava, perguntava como estávamos, tirava dúvidas, eram 3 minutos que faziam toda diferença.
jana, que importante esse seu vídeo. sendo filha de pai e mãe que sofreram e morreram em hospitais me sinto totalmente contemplada pela sua fala. meus problemas com a classe médica brasileira são muitos, mas sem dúvida, esse é o maior deles. não são preparados para atender pessoas em sofrimento, com medos e super vulneráveis.
Me identifiquei muito com seu relato, estive internado recentemente e tudo que você disse/passou/transmitiu, eu também vivi.
Trabalho em uma Upa e é inacreditável como esses profissionais tem um senso absurdo de superioridade, parece que norteia todos os seus passos!
Jana, o mundo evoluiu muito em tecnologia e regrediu muito em relações humanas.
Eu acho que isso é procedimento padrão dos nossos médicos. Se você fizer uma pesquisa rápida, deve receber um monte de casos desses. Minha avó uma vez se consultou com um médico particular e ele lhe deu um remédio que a fazia ficar quase vegetativa e tendo visões. Minha mãe desesperada levou-a no antigo medico dela (de um hospital publico) e ele falou que pelamor não desse mais o tal remédio pra ela. Então minha avó tornou a ficar lúcida e se comunicar conosco (onde ela falou das alucinações que tinha).
Eu também fiquei 6 meses sem andar, indo para vários médicos diferentes que só diziam que eu não andava porque não queria. Qdo finalmente consegui me consultar com um especialista q também disse q eu não andava porque não queria, mas pediu um exame onde foi provado q eu tinha romplimento do ligamento nas duas pernas e não tinha mesmo como andar.
Em uma UPA, onde vamos quando realmente nao estamos bem, enquanto fazia o "atendimento" a médica mexia no celular. O descaso é tão grande que achamos até estranho quando encontramos um médico que seja humano e atencioso, esses elogiamos por fazer o trabalho que deveriam fazer, tratar o paciente com dignidade.
Jana vc foi muito acertiva,como profissional de saúde temos essa dificuldade , não generalizando,mas é uma regra.Melhoras pra sua mãe.
Jana, estou te 'conhecendo' hoje, agora, e assistindo tua explanação gostaria, em breve escrita te dizer passei por situação de 'ruidos de comunicação' com médicos, porém, em.meu caso, perdi meu ente queridíssimo! Em final de 2021, minha companheira foi acometida de um câncer estômago, a internação se deu em hospital 'especializado'; ela era profissional da saúde; contudo e todo sofrimento não tivemos a sorte de termos atendimento nem humanizado nem nada! À época não tive como reagir diante de nossas fragilidades! Há 2 anos e pouco, então, tento 'digerir' minha perda e tento esquecer daqueles médicos! Hoje, com teu 'desabafo' me vi com as mesmas indagações! E te digo, nós criamos um sistema estrutural que dá asas, caminhos e medalhas e tudo mais para que os profissionais se tornassem 'supra' e não 'super profissionais'! Uma lástima diante da possibilidade em termos aliados, por vezes, parece temos é contrários!
A divindade médica precisa estar no chão, na altura de nossos olhos.