Estamos em crise econômica e não só no mercado literário. Eu estou desempregado desde 2019, depois de 20 anos como profissional de educação. E essa lei não vai ajudar a melhorar, vai piorar. Impedir descontos e encarecer os livros, não vai salvar o mercado literário. Vai reduzir o volume de compras, causar evasão do público consumidor. E incentivar a pirataria. Na minha opinião, leis como esta e outras que focam em atacar cultura e entretenimento, tem com fim reduzir ainda mais o nível de cultura e esclarecimento da população. Eles querem ainda menos leitores e pensadores críticos, para que seja mais fácil de manobrar e enganar a população.
E essa lei tem vária falhas lógicas. Dentre elas, se ninguém vai poder dar descontos por um ano, a contar do lançamento. Quem vai preferir gastar dinheiro de passagem, para ir em uma livraria, do que receber o livro em casa com frete grátis? O livros vão continuar sendo mais caros na livrarias, do que na Amazon. Não vão ser o mesmo "preço". Não se deve esquecer que o preço/custo não é apenas o que é pago nominalmente pelo livro, mas todos os gastos envolvidos no ato de comprá-lo. Então comprar online em qualquer loja que ofereça entrega em casa e frete grátis, ainda é mais barato do que ter de se deslocar para uma loja física. Ou seja, essa lei não cria benefício e incentivo monetário e de comodidade, para se ir a livrarias. A maioria de quem vai escolher gastar mais para ir comprar em livraria física, vai ser por uma questão ideológica. Tipo: é cool ir numa livraria, ou preciso ir numa livraria para lutar contra o monopólio da multinacional, ou preciso ir na livraria pois a minha celebridade preferida disse que devo.
Essa lei vai estrangular o mercado e diminuir o número de lançamentos. Principalmente pois as editoras vão arriscar menos e passar a lançar em sua maioria só livros já testados e comprovados no mercado internacional. Pois as pré-vendas são termômetro e possibilitam maiores tiragens, conforme a procura. Sem descontos, não há lógica da existência de pré-vendas, pois as compras pesadas só ocorreram 1 ano após o lançamento, quando houverem os descontos. Essa lei precisaria proibir a consignação, se a intenção é proteger as editoras e o mercado editorial. Essa é a verdadeira vilã, que ferrou as editoras com calotes enormes de várias livrarias pequenas, das Saraiva e Cultura e etc.
O que falta é uma politica de estado para fomento e incentivo da leitura. Hoje em dia são as redes sociais que criam leitores, não mais escolas. Trabalhei por 20 anos em escola, até 2019. E ainda tenho contato com quem ainda trabalhe. E por experiência pessoa, os alunos em sua maioria passam mais a desgostar de leitura do que querer ler, pela forma que a leitura aplicada o sistema educacional brasileiro. No caso da influencia das redes sociais, vale ressaltar que não são só booktubers que divulgam livros. Celebridades "não booktubers", tem papel muito grande na divulgação de livros. Pequemos por exemplo Barack Obama, que todo ano divulga sua lista favorita de livros, assim como outras celebridades (como Reese Witherspoon e outros), que não tem ligação direta com o mercado editorial. E sim, pessoas que não eram leitoras, acabam se interessando e começando a ler, por influencia das celebridades que seguem nas Rede Sociais. No mundo que vivemos, é muito improvável alguém que não lê de reservar o seu tempo curto, para ir em uma livraria. Sem falar da questão de segurança nas grandes cidades. Hoje em dia, quando alguém sai para ir a algum lugar, ela já vai programada e planejada, com tempo contado e objetivos claros. Se for algo que possa resolver online, para economizar tempo e por questão de segurança pessoal, a pessoa dificilmente vai escolher ir a um lugar (livraria) onde nunca foi, sem um motivo claro. Ou seja, geralmente quem vai a livrarias já é leitor e está indo com algum objetivo determinado, muito provavelmente influenciado por uma celebridade que recomendou o ato de ir a livrarias.
Outra falha lógica. Essa lei não publicações importadas. Produzidas no exterior. A Amazon então pode muito bem, ela mesmo produzir livros lá fora, em português, sob o nome da Amazon USA ou Amazon UK e vender por importação. Podendo dar descontos. E não é só a Amazon. Senhor dos Anéis, por exemplo quando li na primeira vez foi em português de Portugal, pois nenhuma editora publicava aqui nos anos 1990. A Devir tem sede em Portugal, Estados Unidos, Argentina e outros países. Qualquer editora ou multinacional, pode lançar livros em português lá fora e eles serem importados, furando essa lei. Lembre que já hoje, tem muita editora brasileira que já produz livros lá fora. Muitas edições de livro tem sido impressas na china e outros países, para baratear custos. Inclusive Boxes de Senhor dos Anéis, impressos na China, pela HarpperCollins Brasil, geraram uma polêmica ano passado, por falha no controle de qualidade.
Motivo da maioria das Editoras de começarem a vender e fazer promoção em seus sites, é: Calote das livrarias. Livrarias, em sua enorme maioria não pagam nem a vis, nem a curto ou médio prazo. Elas pegam os livros em consignação. Consignação é pegar fiado. E só pagar quando vender. Mas, muitas livrarias vendem, mas não informa para as editoras. Ficam indefinidamente dizendo que ainda não venderam o mínimo, para pagar para as editora. Além de pegar fiado. O que não é vendido, as livrarias devolvem para as editoras. Muitas vezes com um percentual grande de material danificado e impróprio para as editoras tentarem repassar.
Pois é, Lucas. Parece mais uma lei "para inglês ver". Dizem que foi inspirado em legislações europeias. Padrão europeu em um contexto igual ao nosso? Sem falar que, acompanhando discussões de booktubers, a maior dúvida paira sobre a precificação do livro que será feita pelas editoras. Como isso será operacionalizado? Um preço só pela totalidade do ano? Vários reajustes feitos pelas editoras ao longo do ano? Parece que, de todo modo, a tendência será que grandes editoras fechem o preço com grandes livrarias. Quem continua no prejuízo são os livreiros pequenos, do comércio local. E claro, nós, os consumidores.
"Essa crase me incomoda profundamente ". Kkkkkkkkkkk Eu me acabei de rir com essa fala. Quando eu li o pl, não acreditei nesse erro, e outros, crasso. Ora, é um pl; passou por revisões e diversos profissionais. Não!? Como assim!? É um pl! Ok! Erros grosseiros podem ser cometidos por todos, inclusive, (essa vírgula aqui está correta?) parlamentares. Na minha leitura, o pl não se propõe à salvação do mercado editorial nacional, mas à promoção de uma concorrência menos desleal entre Amazon e livreiros físicos menores. Essa concorrência é problemática, pois depende do consumidor. Vamos ver se consigo explicar. Sou assinante Amazon. Compro, todo mês, alguns livros nesse centro cultural contemporâneo virtual. Aqui no meu estado, há alguns centros culturais físicos, mas deixei de frequentá-los faz muitos anos, pois eu me recuso a pagar estacionamento. Nesse centro cultural (o que a maioria conhece por shopping), há uma livraria. Nessa, os livros disponíveis são... dizer que são horríveis é eufemismo... dizer que são, no geral, dedicados aos estudantes de direito é parcial. Quem ineventou o estudante de direito como um ser mais importante que todos os outros estudantes!? Esta é a realidade de um leitor chato na minha cidade: livros indicados por Algum Lucas não estão disponíveis. Kkkkkkk Ok! O kosmos não deixará de existir por vontade de ninguém ou por falta de livros. Hum... Descobri faz pouco tempo uma livraria em um centro cultural minúsculo, aqui no meu bairro. Nesse, há livros fantásticos: literatura russa, inglesa, indiana, brasileira. Nem acreditei quando descobri esse centro real de cultura. Problema: os preços, em relação aos da Amazon, são muito salgados. Estou falando numa diferença de 30 a 40 reais em cada livro. Isso é muito. E agora!? Mas o rapaz aqui tem ideologia. Com alguma frequência, passo por esse centro de cultura e vejo algum livro que não vi na Amazon; compro com algum orgulho (será que sou um otário!?). Pois sei que o dinheiro desse livro fica todo, ou quase todo, no Brasil. Nacionalismo na veia. Ou seja, o pl visa ao fortalecimento das pequenas livrarias e editoras; claro, também o artista. Não existe livro sem um artista, um autor que dedica a vida a escrever o mundo impossível. É importante lembrar que o monopólio absoluto da Amazon influencia na criatividade dos escritores, já que tudo, nesse centro cultural, gira em torno do dinheiro, e não do bem cultural: o livro. Indico o livro O mundo que não pensa, de Franklin Foer, sobre essa questão. Caramba! Escrevi muito. Minha meta hoje era escrever uma frase com três ou quatro palavras. Desculpa. Um dia vou conseguir dizer muito com muito pouco. Fui!
Hahahaha pode soltar o verbo, tá tranquilo. E sabe o mais triste de tudo isso? Instantaneamente fui ali e cliquei em "Adicionar à lista: Recomendações dos inscritos". Eventualmente leio esse numa promoção, quem sabe testando um kindle unlimited...
Nossa! Além do seu vídeo, Lucas, olhei os comentários aqui e, sinceramente, concordo com as opiniões não otimistas sobre essa lei. Vi outros vídeos sobre o assunto, um específico de um dono de uma editora pequena e independente que disse que as poucas promoções que ele faz durante o ano são importantes para manter tudo funcionando - logo, essa lei pode impactar negativamente editoras que não são gigantes no mercado editorial. No geral, o mercado de produção e de venda de livros precisa repensar a sua postura dentro do próprio mercado, pois não vai ser congelando preços que eles vão seguir sobrevivendo plenos (só a Amazon que vai, afinal, ela não depende da venda de livros para funcionar). Sei lá, acho que essa lei tem uma pegada elitista disfarçada de "vamos proteger os livreiros, coitados", principalmente se olhar o cenário político e educacional do país. Não sou leitora de lançamentos e parei de comprar livros tem alguns meses por motivo de força maior. Sou rata de biblioteca e pego livros emprestados com pessoas próximas também. Se essa lei fosse aprovada, sei que não sentiria os impactos, mas minha preocupação se volta para pequenas editoras que dão visibilidade para escritoras e escritores que não são: best-seller, modinha, rasos, etc. o/
O que eu penso sobre essa lei: Essa PL é mais um jeito que o governo encontrou para arrecadar mais impostos, porque se um livro é vendido a 70 reais, por exemplo, o imposto arrecadado é maior que um livro vendido a 20 reais, sendo cobrada a mesma porcentagem nos dois. E a autora dessa PL, sendo a Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, deveria se preocupar com os problemas do estado que ela está gerindo, mas ao invés disso, vai gastar dinheiro público indo pra França ver as olimpíadas enquanto os turistas deixam de visitar o estado por conta das estradas esburacadas, a população do interior está com problema de falta de água que não é resolvido desde sua gestão anterior, entre outros problemas. E ela como professora deveria ser a favor do acesso à educação e informação, mas pelo que consegui entender dessa PL, isso vai acabar limitando o acesso aos livros e motivando a 🏴☠️. Porque quem não tem condições de comprar um livro a preço de capa, vai acabar procurando meios alternativos de lê-los.
"Lei de incentivo à pirataria" haha Rir pra não chorar, mas realmente me parece que e era do livro escaneado pode estar voltando. (E acabei de me tocar que não enviei o código de rastreio do seu livro, ainda hoje envio pelo e-mail, tá? Mas o livro já está na estrada) Um abraço, Myle!
Tenho 32 anos, minha cidade nunca teve livraria(não que eu me lembre).Vou continuar comprando pela Amazon, a diferença é que agora provavelmente terei condições de comprar apenas um livro por ano e olhe lá.😅
Pois é, Waleria. Ouvi a mesma coisa de uma colega de trabalho essa semana. E o que dá dó é que ela é bastante engajada com os lançamentos Um abraço e bom fim de semana por aí!
Aqui na minha cidade, a biblioteca só abre no meu horário de trabalho e, além disso, ela nunca tem os lançamentos. Então nem essa opção eu teria pra conseguir ler lançamentos, caso essa lei do "aumento de preço" seja aprovada
Eu vi que existem argumentos em prol das livrarias pequenas, mas realmente fico pensando nisso e "pensando os males", Lais. Ainda não me convenci de que isso pode ser bom, mas tô pesquisando haha Um abraço!
Como uma pessoa que não compra muitos livros físicos- admito que após adquirir meu kindle eu comecei a conseguir livros por meios alternativos, digamos assim, por ser bem salgado- não tenho uma opinião muito forte sobre o assunto. Entendo que é uma PL com ideia de tentar igualar livrarias brasileiras com a concorrencia das promoções da Amazon, mas considerando que os livros vão ter o msm preço por um ano, apenas consigo pensar que as editoras vão aumentar os preços justamente por ganância. Os meios alternativos já são uma forma significativa de aquisição de conhecimento, e vejo que essa PL vai acabar estimulando mais o uso de meios alternativos por quem conhece, e aumentando a lacuna de conhecimento pra quem nao conhece...
Pois é, Lais, e nisso fico pensando se não vai acabar minando os lançamentos. Mas me recomendaram uns vídeos com números de mercado editorial, explicando alguns detalhes logísticos, vou dar uma pesquisada a mais e ver se mudo de opinião, mas, por agora, duvido muito :/ Um abraço!
Vixe, tô vendo aqui que se bobear é mais complexo do que eu fiz parecer, mas vale cada segundo investido pra aprender a ler o gráfico ali, juro! Um abraço, Sensui!
Resolver o problema não vai, até porque livre mercado não existe 😂, mas pelo que entendi a ideia é dar um respiro pra pequenas editoras e livrarias. A Isabella do Ler Antes de Morrer tem 2 videos legais sobre o assunto, um falando dos dados do mercado e outro esclarecendo a opinião dela, esses vídeos me ajudaram a entender melhor o outro lado que não o do consumidor
Nossa, vou assistir então, Igor! Valeu pela recomendação. Evitei assistir vídeos sobre o assunto antes de gravar, pra não me enviesar demais, agora tô aproveitando as recomendações do pessoal pra ver o outro lado da moeda haha Um abraço!
Oi, Lucas. Ótimo vídeo. Concordo muito com você! Acredito que as vendas dos lançamentos vão cair muito e ainda o número de livros lançados também. As editoras vão começar a lançar apenas livros com mais "garantia" de vendas. Piora muito também pra autores menores que já tem dificuldade de obter contratos com editoras, por esse mesmo motivo acima. Enfim, acho que vai piorar o mercado e a maioria das pessoas vão esperar o ano seguinte para comprar.
Pois é, Paula, eu não consigo enxergar um resultado muito distante do que esse. Um paralelo bem diferente, mas na mesma linha, seria o dos filmes de hollywood que só "dão certo" se atingem 1 bilhão nas bilheterias. Pra quem se publica, acho que a tendência é só ficar mais caro e inviável mesmo. Mas tô esperando pra ver se alguém me ilumina pelos comentários, acho que a gente pode estar pessimista demais haha Um abraço!
Tem muito booktober que vai realmente faturar um cascalhinho a mais 🤑. Estou no fim da minha graduação de adm e uma coisa que sempre aprendi é "não se mexe nos preços de mercado de maneira artificial". E sempre o governo inventa de por a mão. Sigo a mesma opinião que a sua, não vai mudar nada, só aumentar os preços de lançamentos. Como particularmente não acompanho nenhum *deito e durmo com paz no coração kkkkkkk.
@@AlgumLucas Por favor, faça um favor a si mesmo e assista. Mas Jojo é muito 8 ou 80, ou tu vai amar ou tu vai achar muito esquisito ou bizarro kkkkkkkk. Vai de coração aberto e não bitola muito com algumas coisas que tu vai gostar.
A quantidade de produtos saindo pela metade do dobro que eu já pesquei com esse Keepa é assustadora mesmo. Até tira o prazer da "economia" dos x% haha Um abraço, Paulo!
Estamos em crise econômica e não só no mercado literário. Eu estou desempregado desde 2019, depois de 20 anos como profissional de educação. E essa lei não vai ajudar a melhorar, vai piorar.
Impedir descontos e encarecer os livros, não vai salvar o mercado literário. Vai reduzir o volume de compras, causar evasão do público consumidor. E incentivar a pirataria.
Na minha opinião, leis como esta e outras que focam em atacar cultura e entretenimento, tem com fim reduzir ainda mais o nível de cultura e esclarecimento da população. Eles querem ainda menos leitores e pensadores críticos, para que seja mais fácil de manobrar e enganar a população.
E essa lei tem vária falhas lógicas. Dentre elas, se ninguém vai poder dar descontos por um ano, a contar do lançamento. Quem vai preferir gastar dinheiro de passagem, para ir em uma livraria, do que receber o livro em casa com frete grátis?
O livros vão continuar sendo mais caros na livrarias, do que na Amazon. Não vão ser o mesmo "preço". Não se deve esquecer que o preço/custo não é apenas o que é pago nominalmente pelo livro, mas todos os gastos envolvidos no ato de comprá-lo. Então comprar online em qualquer loja que ofereça entrega em casa e frete grátis, ainda é mais barato do que ter de se deslocar para uma loja física. Ou seja, essa lei não cria benefício e incentivo monetário e de comodidade, para se ir a livrarias.
A maioria de quem vai escolher gastar mais para ir comprar em livraria física, vai ser por uma questão ideológica. Tipo: é cool ir numa livraria, ou preciso ir numa livraria para lutar contra o monopólio da multinacional, ou preciso ir na livraria pois a minha celebridade preferida disse que devo.
Essa lei vai estrangular o mercado e diminuir o número de lançamentos. Principalmente pois as editoras vão arriscar menos e passar a lançar em sua maioria só livros já testados e comprovados no mercado internacional. Pois as pré-vendas são termômetro e possibilitam maiores tiragens, conforme a procura. Sem descontos, não há lógica da existência de pré-vendas, pois as compras pesadas só ocorreram 1 ano após o lançamento, quando houverem os descontos.
Essa lei precisaria proibir a consignação, se a intenção é proteger as editoras e o mercado editorial. Essa é a verdadeira vilã, que ferrou as editoras com calotes enormes de várias livrarias pequenas, das Saraiva e Cultura e etc.
O que falta é uma politica de estado para fomento e incentivo da leitura.
Hoje em dia são as redes sociais que criam leitores, não mais escolas. Trabalhei por 20 anos em escola, até 2019. E ainda tenho contato com quem ainda trabalhe. E por experiência pessoa, os alunos em sua maioria passam mais a desgostar de leitura do que querer ler, pela forma que a leitura aplicada o sistema educacional brasileiro.
No caso da influencia das redes sociais, vale ressaltar que não são só booktubers que divulgam livros. Celebridades "não booktubers", tem papel muito grande na divulgação de livros. Pequemos por exemplo Barack Obama, que todo ano divulga sua lista favorita de livros, assim como outras celebridades (como Reese Witherspoon e outros), que não tem ligação direta com o mercado editorial. E sim, pessoas que não eram leitoras, acabam se interessando e começando a ler, por influencia das celebridades que seguem nas Rede Sociais.
No mundo que vivemos, é muito improvável alguém que não lê de reservar o seu tempo curto, para ir em uma livraria. Sem falar da questão de segurança nas grandes cidades. Hoje em dia, quando alguém sai para ir a algum lugar, ela já vai programada e planejada, com tempo contado e objetivos claros.
Se for algo que possa resolver online, para economizar tempo e por questão de segurança pessoal, a pessoa dificilmente vai escolher ir a um lugar (livraria) onde nunca foi, sem um motivo claro. Ou seja, geralmente quem vai a livrarias já é leitor e está indo com algum objetivo determinado, muito provavelmente influenciado por uma celebridade que recomendou o ato de ir a livrarias.
Outra falha lógica. Essa lei não publicações importadas. Produzidas no exterior. A Amazon então pode muito bem, ela mesmo produzir livros lá fora, em português, sob o nome da Amazon USA ou Amazon UK e vender por importação. Podendo dar descontos.
E não é só a Amazon. Senhor dos Anéis, por exemplo quando li na primeira vez foi em português de Portugal, pois nenhuma editora publicava aqui nos anos 1990. A Devir tem sede em Portugal, Estados Unidos, Argentina e outros países. Qualquer editora ou multinacional, pode lançar livros em português lá fora e eles serem importados, furando essa lei.
Lembre que já hoje, tem muita editora brasileira que já produz livros lá fora. Muitas edições de livro tem sido impressas na china e outros países, para baratear custos. Inclusive Boxes de Senhor dos Anéis, impressos na China, pela HarpperCollins Brasil, geraram uma polêmica ano passado, por falha no controle de qualidade.
Motivo da maioria das Editoras de começarem a vender e fazer promoção em seus sites, é: Calote das livrarias.
Livrarias, em sua enorme maioria não pagam nem a vis, nem a curto ou médio prazo. Elas pegam os livros em consignação.
Consignação é pegar fiado. E só pagar quando vender. Mas, muitas livrarias vendem, mas não informa para as editoras. Ficam indefinidamente dizendo que ainda não venderam o mínimo, para pagar para as editora.
Além de pegar fiado. O que não é vendido, as livrarias devolvem para as editoras. Muitas vezes com um percentual grande de material danificado e impróprio para as editoras tentarem repassar.
Pois é, Lucas. Parece mais uma lei "para inglês ver". Dizem que foi inspirado em legislações europeias. Padrão europeu em um contexto igual ao nosso? Sem falar que, acompanhando discussões de booktubers, a maior dúvida paira sobre a precificação do livro que será feita pelas editoras. Como isso será operacionalizado? Um preço só pela totalidade do ano? Vários reajustes feitos pelas editoras ao longo do ano? Parece que, de todo modo, a tendência será que grandes editoras fechem o preço com grandes livrarias. Quem continua no prejuízo são os livreiros pequenos, do comércio local. E claro, nós, os consumidores.
"Essa crase me incomoda profundamente ". Kkkkkkkkkkk Eu me acabei de rir com essa fala. Quando eu li o pl, não acreditei nesse erro, e outros, crasso. Ora, é um pl; passou por revisões e diversos profissionais. Não!? Como assim!? É um pl! Ok! Erros grosseiros podem ser cometidos por todos, inclusive, (essa vírgula aqui está correta?) parlamentares.
Na minha leitura, o pl não se propõe à salvação do mercado editorial nacional, mas à promoção de uma concorrência menos desleal entre Amazon e livreiros físicos menores. Essa concorrência é problemática, pois depende do consumidor. Vamos ver se consigo explicar.
Sou assinante Amazon. Compro, todo mês, alguns livros nesse centro cultural contemporâneo virtual. Aqui no meu estado, há alguns centros culturais físicos, mas deixei de frequentá-los faz muitos anos, pois eu me recuso a pagar estacionamento. Nesse centro cultural (o que a maioria conhece por shopping), há uma livraria. Nessa, os livros disponíveis são... dizer que são horríveis é eufemismo... dizer que são, no geral, dedicados aos estudantes de direito é parcial. Quem ineventou o estudante de direito como um ser mais importante que todos os outros estudantes!? Esta é a realidade de um leitor chato na minha cidade: livros indicados por Algum Lucas não estão disponíveis. Kkkkkkk Ok! O kosmos não deixará de existir por vontade de ninguém ou por falta de livros. Hum...
Descobri faz pouco tempo uma livraria em um centro cultural minúsculo, aqui no meu bairro. Nesse, há livros fantásticos: literatura russa, inglesa, indiana, brasileira. Nem acreditei quando descobri esse centro real de cultura. Problema: os preços, em relação aos da Amazon, são muito salgados. Estou falando numa diferença de 30 a 40 reais em cada livro. Isso é muito. E agora!?
Mas o rapaz aqui tem ideologia. Com alguma frequência, passo por esse centro de cultura e vejo algum livro que não vi na Amazon; compro com algum orgulho (será que sou um otário!?). Pois sei que o dinheiro desse livro fica todo, ou quase todo, no Brasil. Nacionalismo na veia.
Ou seja, o pl visa ao fortalecimento das pequenas livrarias e editoras; claro, também o artista. Não existe livro sem um artista, um autor que dedica a vida a escrever o mundo impossível. É importante lembrar que o monopólio absoluto da Amazon influencia na criatividade dos escritores, já que tudo, nesse centro cultural, gira em torno do dinheiro, e não do bem cultural: o livro. Indico o livro O mundo que não pensa, de Franklin Foer, sobre essa questão.
Caramba! Escrevi muito.
Minha meta hoje era escrever uma frase com três ou quatro palavras. Desculpa. Um dia vou conseguir dizer muito com muito pouco.
Fui!
Hahahaha pode soltar o verbo, tá tranquilo.
E sabe o mais triste de tudo isso?
Instantaneamente fui ali e cliquei em "Adicionar à lista: Recomendações dos inscritos".
Eventualmente leio esse numa promoção, quem sabe testando um kindle unlimited...
Nossa! Além do seu vídeo, Lucas, olhei os comentários aqui e, sinceramente, concordo com as opiniões não otimistas sobre essa lei. Vi outros vídeos sobre o assunto, um específico de um dono de uma editora pequena e independente que disse que as poucas promoções que ele faz durante o ano são importantes para manter tudo funcionando - logo, essa lei pode impactar negativamente editoras que não são gigantes no mercado editorial.
No geral, o mercado de produção e de venda de livros precisa repensar a sua postura dentro do próprio mercado, pois não vai ser congelando preços que eles vão seguir sobrevivendo plenos (só a Amazon que vai, afinal, ela não depende da venda de livros para funcionar).
Sei lá, acho que essa lei tem uma pegada elitista disfarçada de "vamos proteger os livreiros, coitados", principalmente se olhar o cenário político e educacional do país.
Não sou leitora de lançamentos e parei de comprar livros tem alguns meses por motivo de força maior. Sou rata de biblioteca e pego livros emprestados com pessoas próximas também. Se essa lei fosse aprovada, sei que não sentiria os impactos, mas minha preocupação se volta para pequenas editoras que dão visibilidade para escritoras e escritores que não são: best-seller, modinha, rasos, etc.
o/
O que eu penso sobre essa lei:
Essa PL é mais um jeito que o governo encontrou para arrecadar mais impostos, porque se um livro é vendido a 70 reais, por exemplo, o imposto arrecadado é maior que um livro vendido a 20 reais, sendo cobrada a mesma porcentagem nos dois.
E a autora dessa PL, sendo a Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, deveria se preocupar com os problemas do estado que ela está gerindo, mas ao invés disso, vai gastar dinheiro público indo pra França ver as olimpíadas enquanto os turistas deixam de visitar o estado por conta das estradas esburacadas, a população do interior está com problema de falta de água que não é resolvido desde sua gestão anterior, entre outros problemas.
E ela como professora deveria ser a favor do acesso à educação e informação, mas pelo que consegui entender dessa PL, isso vai acabar limitando o acesso aos livros e motivando a 🏴☠️. Porque quem não tem condições de comprar um livro a preço de capa, vai acabar procurando meios alternativos de lê-los.
"Lei de incentivo à pirataria" haha Rir pra não chorar, mas realmente me parece que e era do livro escaneado pode estar voltando.
(E acabei de me tocar que não enviei o código de rastreio do seu livro, ainda hoje envio pelo e-mail, tá? Mas o livro já está na estrada)
Um abraço, Myle!
Tenho 32 anos, minha cidade nunca teve livraria(não que eu me lembre).Vou continuar comprando pela Amazon, a diferença é que agora provavelmente terei condições de comprar apenas um livro por ano e olhe lá.😅
Pois é, Waleria.
Ouvi a mesma coisa de uma colega de trabalho essa semana.
E o que dá dó é que ela é bastante engajada com os lançamentos
Um abraço e bom fim de semana por aí!
Obrigado por compartilhar, Lucas!
Grande abraço e ótimo final de semana!
Bom fim de semana por aí também!
Um abraço, Edu!
Aqui na minha cidade, a biblioteca só abre no meu horário de trabalho e, além disso, ela nunca tem os lançamentos. Então nem essa opção eu teria pra conseguir ler lançamentos, caso essa lei do "aumento de preço" seja aprovada
Eu vi que existem argumentos em prol das livrarias pequenas, mas realmente fico pensando nisso e "pensando os males", Lais.
Ainda não me convenci de que isso pode ser bom, mas tô pesquisando haha
Um abraço!
Como uma pessoa que não compra muitos livros físicos- admito que após adquirir meu kindle eu comecei a conseguir livros por meios alternativos, digamos assim, por ser bem salgado- não tenho uma opinião muito forte sobre o assunto. Entendo que é uma PL com ideia de tentar igualar livrarias brasileiras com a concorrencia das promoções da Amazon, mas considerando que os livros vão ter o msm preço por um ano, apenas consigo pensar que as editoras vão aumentar os preços justamente por ganância.
Os meios alternativos já são uma forma significativa de aquisição de conhecimento, e vejo que essa PL vai acabar estimulando mais o uso de meios alternativos por quem conhece, e aumentando a lacuna de conhecimento pra quem nao conhece...
Pois é, Lais, e nisso fico pensando se não vai acabar minando os lançamentos. Mas me recomendaram uns vídeos com números de mercado editorial, explicando alguns detalhes logísticos, vou dar uma pesquisada a mais e ver se mudo de opinião, mas, por agora, duvido muito :/
Um abraço!
Extensão complicada ein, pensei que fosse mais fácil. Vou ter de assistir um tutorial para aprender.
Vixe, tô vendo aqui que se bobear é mais complexo do que eu fiz parecer, mas vale cada segundo investido pra aprender a ler o gráfico ali, juro!
Um abraço, Sensui!
Resolver o problema não vai, até porque livre mercado não existe 😂, mas pelo que entendi a ideia é dar um respiro pra pequenas editoras e livrarias.
A Isabella do Ler Antes de Morrer tem 2 videos legais sobre o assunto, um falando dos dados do mercado e outro esclarecendo a opinião dela, esses vídeos me ajudaram a entender melhor o outro lado que não o do consumidor
Nossa, vou assistir então, Igor!
Valeu pela recomendação. Evitei assistir vídeos sobre o assunto antes de gravar, pra não me enviesar demais, agora tô aproveitando as recomendações do pessoal pra ver o outro lado da moeda haha
Um abraço!
A Gabrielli Junkes fez um ótimo vídeo.
Oi, Lucas. Ótimo vídeo. Concordo muito com você! Acredito que as vendas dos lançamentos vão cair muito e ainda o número de livros lançados também.
As editoras vão começar a lançar apenas livros com mais "garantia" de vendas.
Piora muito também pra autores menores que já tem dificuldade de obter contratos com editoras, por esse mesmo motivo acima.
Enfim, acho que vai piorar o mercado e a maioria das pessoas vão esperar o ano seguinte para comprar.
Pois é, Paula, eu não consigo enxergar um resultado muito distante do que esse.
Um paralelo bem diferente, mas na mesma linha, seria o dos filmes de hollywood que só "dão certo" se atingem 1 bilhão nas bilheterias.
Pra quem se publica, acho que a tendência é só ficar mais caro e inviável mesmo.
Mas tô esperando pra ver se alguém me ilumina pelos comentários, acho que a gente pode estar pessimista demais haha
Um abraço!
Tem muito booktober que vai realmente faturar um cascalhinho a mais 🤑.
Estou no fim da minha graduação de adm e uma coisa que sempre aprendi é "não se mexe nos preços de mercado de maneira artificial". E sempre o governo inventa de por a mão. Sigo a mesma opinião que a sua, não vai mudar nada, só aumentar os preços de lançamentos. Como particularmente não acompanho nenhum *deito e durmo com paz no coração kkkkkkk.
E põe cascalho nisso haha
Um abraço!
(e você acaba de me lembrar que prometi assistir Jojo em 2021 e não vi até hoje )
@@AlgumLucas Por favor, faça um favor a si mesmo e assista. Mas Jojo é muito 8 ou 80, ou tu vai amar ou tu vai achar muito esquisito ou bizarro kkkkkkkk. Vai de coração aberto e não bitola muito com algumas coisas que tu vai gostar.
💜
😁
Acho que a pirataria vai bombar mais ainda, hein
Pois é, Cailana.
Até evitei tocar nesse ponto, porque acho que vira uma pauta à parte.
Vai ser inevitável.
@AlgumLucas Sim, sim. É uma PL que mira em uma coisa e vai acertar outra 💥
livros saindo com desconto de 30%, ingenuidade colossal nao reconhecer q as editoras ja embutiram esse custo faz tempo
A quantidade de produtos saindo pela metade do dobro que eu já pesquei com esse Keepa é assustadora mesmo.
Até tira o prazer da "economia" dos x% haha
Um abraço, Paulo!