O Bêbado e a Equilibrista - João Bosco e Aldir Blanc (Cover por Luis Gustavo)

É triste quando reconhecemos o trabalho de um artista apenas quando ele parte. É o que acontece no caso de Aldir Blanc para mim. Apesar de já conhecer e tocar há um bom tempo um de seus maiores sucessos como compositor, “O Bêbado e a Equilibrista”, desconhecia sua coautoria com João Bosco. Por coincidência também, recentemente, conversando com a Lana Fortes, ela me contou sobre uma análise da letra da música explicando as metáforas contidas nela, vou colocar duas delas que me chamaram mais a atenção e deixar o link para quem quiser ver a análise completa da Renata Arruda:
“A Lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel”
A Lua é utilizada aqui no sentido figurado para se referir a políticos que defendiam o regime militar por interesses particulares. Sem luz própria, ela recorre às estrelas frias (militares poderosos) em busca de um brilho de aluguel (ganhos eleitorais e pessoais).
Ou seja, tal qual a cafetina dona do bordel, que explora as prostitutas para benefício próprio, esses políticos se vendiam ao regime, às custas da exploração do povo e dos recursos do país, para obter ganhos pessoais.
“Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar”
A música, que começa em tom de desalento, termina com uma mensagem de fé: toda a luta de pessoas contrárias ao regime, que sonhavam com a abertura democrática, não seria em vão.
A esperança, mesmo que frágil e andando de sombrinha na corda bamba, existia.
Análise completa: www.letras.mus...
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Amo esta música 😍

[@MsLuisguto]

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