Eu me apaixonei. Guardei mais de 40 prints da tela e fui degustando ainda mais lentamente, pausando várias cenas. Além do argumento de fundo, a pintura, a escultura, a arquitetura, a música e a fotografia são personagens a parte, referências de peso, de Caravaggio a Cartier Bresson. Não li o livro da Patricia Highsmith, mas desde a adaptação com o Matt Damon, lembrei do Jardim do Éden do Hemingway. Coincidência ou a escritora se inspirou ali no mestre do romance americano? Já tinha pirado no filme de 99, busquei e assisti também depois a versão com Alan Delon, depois no cinema a continuação da história de 99 com o John Malkovich. Essa séria para mim foi exatamente como você disse, uma aula da 7° arte. E o gato Lucio 😍? Ah se ele falasse! Notaram a expressão de desprezo do Ripley pelo gato? Afinal, os gatos não se deixam manipular e sentem a energia melhor que nenhum outro animal.
Eu me apaixonei por tudo nessa série: o roteiro inteligente, a primorosa fotografia, a irretocável direção de Arte, Caravaggio/Ripley. Uma verdadeira obra-prima!
Andrew Scott por si só já me chama a atenção em qualquer produção que esteja. Ver a Dakota Fanning como uma mulher adulta não deixa de ser uma experiência... Diferente, rs. Já fiquei curiosíssima pra ver!
Olá, PH. "Ripley" é uma série diferenciada de outras. Ela é muito diferente de outras em diversos aspectos, a exemplo de "O Problema dos Três Corpos". O roteirista Steven Zallian por meio de "Ripley" atingiu algo que para mim é notável: ele conseguiu resgatar um clássico e ao mesmo tempo o atualizou, de modo a tornar o protagonista carismático para o público. Eu também gostei muito como ele usou a fotografia em preto e branco que remete ao gênero do noir e também pode revelar o jogo de luz e trevas na personalidade complexa de Ripley. Além disso, Zallian fez um espelhamento muito interessante e inteligente entre Ripley e Caravaggio. Ambos são em sua essência artistas notáveis, mas por outro lado, também têm uma mente perturbada - mas, talvez, por isso, eles sejam notáveis em suas àreas de atuação, o que deixa este aspecto da série ainda mais interessante. Andrew Scott como Ripley também brilha na série e para mim ele é quem consegue encarnar melhor o personagem. Em sua atuação tudo parece ser calculado com precisão, nenhum gesto ou ou olhar é em vão, eles obedecem sempre um propósito. Ele anda sempre no "fio da navalha", mas mesmo assim, todas as ações são planejadas e meticulosas. Além disso, na série Zallian o coloca até mesmo no campo intelectual, muito acima de Dickie e Marge que são descritos como artistas mediocres mesmo tendo berço são incapaz de realizar uma grande obra de arte. Por outro lado, Ripley é um artista nato, um grande mestre naquilo faz, embora isso também revele o lado sinistro de sua personalidade. Em suma, "Ripley" é em si mesma uma obra de arte, mas acho que justamente por ser tão sofisticada não vai cair no gosto de grande parte do público da Netflix, infelizmente, acostumado com produtos de consumo rápido e descartável.
Cara teus vídeos são tão bons que eu uso como instrumento para “vender” uma filme ou série que eu quero assistir, pra minha esposa, pra ela querer assistir comigo kkkkk obrigado PH, por ajudar na rotina cinematográfica dos casais
A série foi me conquistando a cada episódio, o olhar foi se acostumando com o preto e branco... A fotografia é linda, e Andrew Scott faz brilhar este personagem, que nos fascina e perturba ao mesmo tempo.Vale demais a indicação!!❤
Fiquei tão envolvido com a série que aconteceu um fato curioso. Durante a cena em que uma cantora se apresentava, no final de sua performance, percebi-me aplaudindo involuntariamente, transportado para a atmosfera de um concerto ao vivo. A vergonha momentânea me pegou, embora estivesse sozinho na sala. Contudo, essa experiência me fez refletir: nunca antes me vi tão imerso em uma cena.
A narrativa é lenta, mas o roteiro é fantastico, a fotografia é sublime, o suspense gera angustia, os atores entraram na vibe dos personagens… simplesmente, entrei na historia. Em minha opiniao: uma obra prima chancelada com o preto e branco. Em tempo: as cenas com o gato e as em que ele observa Caravaggio sao algo incrivel a parte. Esse Diretor se imortalizou nessa obra.
É engraçado como a estética do preto e branco é tão bem construída que tinha momentos que eu “até chegava a ver” as cores. É bacana, mas achei muuuuito arrastado, pra mim, não precisava ser tão longo assim. Dava pra mostrar toda essa apatia em menos tempo… …isso é vdd, tinham coisas que eu achei que fosse ficar no ar, que não daria certo, que ele tava sendo exagerado, mas foi tudo bem amarrado e gostoso de assistir. Ótima resenha, inclusive! 🙂
Seus comentários são tão bons que com menos de 3 minutos de vídeo temos que ao menos marcar "gostei". Sempre que vejo algo bom procuro o seu comentário, pois ele sempre acrescenta.
Que série!!!! Quando comecei a assistir não sabia o que iria ver, não tinha lido nada sobre, me chamou a atneção por ser em preto e branco. Me preparando para assistir pela segunda vez! Agora com mais degustação nos detalhes que são muitos! Os personagens com o olhar reto, direto, sério e ao mesmo tempo uma certa ironia sutil nesses olhares. E as escadas, parecem que debocham de nós humanos. Muitas escadas! 👏👏👏👏
PH, Uma humilde sugestão, Sons of Anarchy, Ozark e Peaky Blinders renderia muito conteúdo para o canal, seria demais ter oportunidade de assistir suas análises.
Adorei. Estou no último episódio e não quero que termine. PS. Vc foi perfeito na sua análise!!! A série permite que a gente respire e deguste as cenas, sem pressa. Como estar diante de um Caravaggio 😊
Adorei a série, algo raro de se ver, uma série altamente desgustativa, totalmente sem pressa, tudo que acontece do mais simples ao complexo é mostrado para que quem veja seja convidado a prestar atenção, a reparar, no detalhes, no todo, sem ansiedade. Uma série na contramão dos tempos de mensagens rápidas sem muita observação sem tempo e espaço para algo acontecer de verdade. Parabéns a essa série de fotografia esplêndida.
1 - "toda a europa" procurando ripley e ninguém publicar uma foto? 2 - o ripley levar o corpo e só depois perceber q tinha q limpar o rastro de sangue?... 3 - o disfarce na conversa com o delegado/investigador... fora isso.. EXCELENTE.
Quem leva um cara desconhecido e sinistro daquele jeito pra morar na propria casa da noite pro dia???Ainda mais depois de levar um cara da máfia pra fazer negocios escusos???Sem sentido a amizade deles....
Já achei impossível um pai, pagar um sujeito estranho, para "convencer" seu filho a voltar para casa. Pouco provável, também que um homem seja tão ingênuo a ponto de levar pra passear no mar um sujeito pra lá de estranho, e pedir pra ele sair de sua casa.
A série é muito ruim olhando por esse lado, o Ripley entrevista melhor que o próprio detetive kkkkk tem muitos buracos nos diálogos que parecem subestimar nossa inteligência
Depois dele descartar o corpo no Mar ele cai do Barco e o barco fica girando em torno dele e sempre indo de encontro a ele, naquele mar imenso, muito desnecessário aquela cena
Amei essa série Me prendeu E a sua análise é perfeita. Só quero lembrar que a única vez que o sangue aparece vermelho é quando mostra as pisadas do gato. As pegadas na escada. Fantástico
Mais uma vez, parabéns pela análise PH. Achei que a cena em q Ripley conversa com o detetive em sua casa em Veneza, disfarçado e com a ajuda da iluminação (referindo Caravaggio) "forçaram a barra".
Aquela cena do barco,mds!!! E a expressão facial do Ripley ao jogar o corpo do barco É caravagio puro. É uma mistura de raiva,cansaço desapego,tristeza e desapontamento. Em nenhum momento ele se mostra feliz com todo aquele cenário de batalha.
Amei, amei, amei sem limites. Tudo é lindo nessa série. Eu relutei demais quando vi preto e branco, mas quando percebi as entrelinhas e a atuação deste cara, nossa! A melhor série da Netflix até agora 🤩
to amando esse formato do Ripley !! me fisgou desde a 1a cena !! e logo lembrei de vc....!! como seria sua análise principalmente do visual !!! vc traduziu todos os meus sentimentos !!!!
A série é nada menos que um arrebatamento. Roteiro é um primor. E a fotografia... bem, a palavra para definir o trabalho de Robert Elswit é ÊXTASE. Obra prima.
Steven Zaillian, além das obras citadas, é o responsável pelo gigante "A Lista de Schindler". E aqui ele se superou, devorei os 8 episódios, Caravaggio veio como um bônus inesperado e perfeito, genial! Mas Greenleaf e Marge poderiam ter mais expressão, muito apáticos. Ripley diz sem precisar falar. Amei!
O preto e branco nesse filme é tão perfeito que merecia um Oscar por fotografia❣️👏🏻👏🏻👏🏻 Mas ao mesmo tempo as paisagens são tão deslumbrantes que fica aquela vontade de imaginar como seria ver com cores❣️♥️
Inicialmente, parabéns por suas críticas sempre bem fundamentadas e sem as mesmices de muitos canais que tratam do mesmo assunto. Gostaria de destacar que o livro de Patrícia Highsmith já deu três versões para o cinema, sendo a primeira versão com o talentoso Alain Delon: O Sol por Testemunha.
OLá! gostei muito da série mas uma coisa me intrigou. Pq enfatiza tanto as escadarias? Quando o elevador quebra, quando se hospedava nos hotéis sempre com escadas e lógica em Atrana tudo escada
Nunca fui fã de obras desse tipo de cadência. Mas este roteiro e essa montagem juntamente com o protagonista, com uma belíssima fotografia, me envolvem ao ponto deu até querer ver mais de pra cada cena. A ambientação na Itália e nessa época, com uma produção impecável, me apaixonaram ainda mais.
Só queria entender como a policia pretendia achar o Richard se ninguem sabia a aparencia dele....ninguem pede sequer uma foto......acho queseria o básico para uma investigação
Boa série, realmente bem produzida como você mencionou. Mas acho que achei 2 errinhos que não comprometem a série mas, ao meu ver, a veracidade de ter dado tudo tão rodadinho. Qdo o Ripley recebeu a Marge em Veneza, não teriam os criados visto a transformação realizada pra enganar o inspetor, tanto visualmente como os "rastros" (peruca etc)? O outro foi o pai não rastrear o $ do filho.
Excelente a série Ripley e excelente a sua crítica, PH. A série é primorosa e o preto e branco um grande acerto. Roteiro, fotografia e som perfeitos. A qualidade dos atores, principalmente do Andrew, tb é ponto alto. Tudo isso faz com que desejemos que a série simplesmente não termine! E não dá para não maratonar!!!
Achei que o preto e branco fez todo sentido, quando fizeram alusão ao Caravaggio. Afinal (fora os paralelos do Ripley com a trajetória do pintor), preto e branco é uma maneira bem direta de mostrar como um jogo de luz pode mudar toda a percepção de uma cena
Muito sólido e sóbrio o vosso comentário. Parabéns. Ripley para mim nesse ano de 2024 está no top 3 de séries. Por isso, até agora (no meu humilde top de 10) apenas 3 o compõe ainda.
Não conhecia o ator , mas depois de ver Andrew Scott perfeito no filme maravilhoso Todos nós Desconhecidos , fiquei fã dele e agora esta deliciosa surpresa vê lo sendo Ripley , igualmente perfeito. Onde eu estava que não conhecia o A.Scott?
Fotografia nessa série merece um Óscar. Só essa locação! Que show! A Itália é linda. Além é claro das obras de arte que vão aparecendo: Picasso, Modigliane, Caravaggio, e tantos outros. Tô gostando dessa série. Achei melhor que o filme, que não foi ruim também.
Prezado PH, se você pudesse traçar os paralelos e distanciamentos entre o Ripley da série, e os Ripleys do Sol por testemunha de 1960 do René Clemént e ainda do Amigo Americano de 1977 do Win Wenders, seria uma palestra fabulosa. Algo encantador. Tenho grande dificuldade de apreciar puramente os filmes por discordar moralmente de personagens amorais. Instigantes mas, amavelmente repugnantes. Como em Lolita do Kubrick. O curioso é que não me vejo criticando os personagens do filme Os Imorais de 1990 com o Cusac e a Huston. Creio a amoralidade deles é uma defesa para continuar vivos. Os Ripleys e Hubert me repugnam por buscarem saciar algo não socialmente adequado. Mas todos são personagens poderosos em vários sentidos. Obrigado.
Cara, vc estava muito inspirado nesse vídeo. Parabéns pela qualidade do seu trabalho. Eu tô estadista com a construções perfeita da sua perspectiva. Sensacional
Sou um grande fã da Patricia Highsmith e já li toda a sua obra publicada por aqui. Vale a pena mencionar que a primeira vez que o Ripley foi para as telas, foi na figura do Allain Delon em "O Sol por Testemunha" (1960) dirigido por René Clement, afinal Patricia, que é texana, se mudara para Paris ainda nos anos 50 e já era apreciada pelos franceses. Acho que o filme do Minghella com o Matt Damon é um equívoco, pois mostra um Tom Ripley com consciência. A série do Steven Zaillian acerta em cheio nesse personagem anti-heroi e amoral.
É no mínimo deslumbrante a serie. Estou torcendo para que Steven Zaillian adapte os outros romances do personagem Ripley e dê continuidade para outras temporadas.
Eu adorei a proposta me prendeu muito, mas realmente não conseguia assistir mais de dois episódios por vez e achei isso válido também, porque me deixava absorver melhor a história e os personagens.
Senti um pouco dos dois. Achei a estética e a fotografia linda, os enquadramentos e a direção tem propósito e estilo. O ritmo foi o entrave, que me fez cochilar algumas vezes, e o que me prendeu foi a atuação magnífica do Andrew Scott. Por outro lado, achei monótona a Marge da Dakota e o Dickie, falta carisma, que em comparação, sobrava no Jude Law, do filme de 99. Os dois últimos episódios foram estupendos. Não será a minha série favorita do ano, mas gostei de ver.
Perfeito! Poucos diálogos, linguagem corporal conotativa. O lado sombrio das pinturas de Caravaggio como pano de fundo e inspiração para o trama criminal se desenrolar. Durante a música "Il cielo in una stanza" , por sinal maravilhosa e interpretada por aquela cantora, o Ripley mergulha na estrutura da canção; seus olhos lacrimejam e serve de alimento para sua alma que não gostaria de ser cúmplice dos acontecimentos passados e vindouros. Pura arte cinematográfica, ALIMENTO PARA NOSSAS ALMINHAS que andam tão carentes! Parabéns PH Santos pela sua cirúrgica crítica, didática e tecida com maestria. Grande abraço!!!!
Absolutamente chocada com essa resenha. Passei direto pela série, mas agora com certeza vou assistir. PH consegue instigar minha curiosidade justamente em “eu não consigo aceitar que a pressa e a superficialidade seja a forma de apreciação mais interessante da arte”.
Anti-série é a melhor definição! Quando acabei assistir, comentei pra minha esposa que estava surpresa da Netflix ter produzido essa série. Ela vai na contramão de tudo que é feito hoje em dia. Interessante como grande parte da série é em silêncio (tanto de diálogos quanto de música de fundo), destacando ainda mais a fotografia que é deslumbrante por si só! Que preto e branco bonito!
É a melhor serie ate agora de 2024.. perfeita. Texto, roteiro, fotografia, direção de arte , locação e o mergulho de Andrew Scott como Ripley.. O diretor que ja fez Night Off na HBO aqui mostra o algo a mais. O personagem que ja ganhou as telas em 3 versoes agora na série é mais do que fiel as paginas do livro. Vale cada minuto dos 8 episódios.💯💯💯💯
Conheci o Scott pela a série do Sherlock Holmes, ele atua demais. Esses episódios em preto em branco, me lembrou os ep da última temporada de BCS. Incrível saber dessa composição que a série fez❤
Gostei da série até o episódio que o detetive Ravini viaja até a casa da Marge, faz 3 perguntinha e vai embora. Ele viu a foto dela com outro cara na mesa e nem perguntou quem era. Como assim ele não desconfiou q o tom poderia ter matado o Greenleaf e tomado sua identidade, parecia um detetive brilhante até se mostrar uma besta quadrada. A série me perdeu ali.
Gostei de tudo na série, especialmente as locações incríveis. Mas vou falar de um detalhe que achei hilário: o único personagem que acertou o que aconteceu entre Richard e Tom foi um convidado aleatório de uma das festas em Veneza. Gostei desse espírito jocoso do roteirista.
Oi, PH! Queria comentar que fui assistir Ripley com minha mãe e meu irmão depois de ouvir você falar tão bem da série enquanto comentava a premiação. Aa única coisa que vou discordar é que acabamos maratonando a série porque todo fim de episódios deixava a gente louco pra entender como ele ia se livrar de mais uma mentira. Mas amei a série, tentei apreciar tudo que ela oferecia, mesmo maratonando os 8 episódios. Muito obrigada pela indicação dessa obra de arte!
Estou terminando de ler O talentoso Ripley, obra da Patricia Highsmith É um daqueles livros que o leitor não consegue largar. Em paralelo, estou assistindo a série, que é excelente.
Essa foi a melhor série que assisti nos últimos anos. É incrível a fotografia, diálogos, silêncios e sons, cheios e vazios, sombras e luzes...e principalmente o uso do tempo. Nota 10/10
Tem uma outra adaptação para o cinema com Alain Delon, "o sol por testemunha" de Rene Clement. E tem tb "o retorno do talentoso ripley", de Lilian cavani.
Gosto do teu trabalho Ph, esta série pra mim só por colocar em preto e branco achei muito pretenciosa, tem 2 bons filmes pra ver no lugar desta série extremamente pretenciosa.
Terminei em 1 dia ela, queria morar na fotografia desta minissérie, Itália é uma obra de arte em céu aberto. Andrew Scott, uau uau uau, eu já era fã dele, papel sensacional. Já a personagem da Dakota, no inicio gostei dela, por não cai no charme de Ripley, porém, ao longo dos episódios, achei as atitudes dela, imaturas, sem sentindo. Enfim, recomendo.
A série é ótima sim.. mas na altura do sétimo episódio me parece surreal que esse povo todo não tivesse imaginado que havia alguém se passando por quem não é.. Marge e investigadores. Falta um episódio para terminar.
Série noir, maravilhosa,linda! Corajosa de entregar esse trabalho burilado, saudosista, lento, transbordando qualidade técnica e talentos numa época de profusão superficial e aceleração vertiginosa tiktoker. Parabéns a Netflix pela aposta!
Eu sou apaixonado pelo filme de 1999. Nunca li os livros, mas a série me animou... Não passei do segundo episódio, série linda mas tão parada quanto uma fotografia
Justamente, estamos viciados em produções rápidas, sem tempo nem espaço para se ver algo de fato. Nossa atenção se cansa, não temos mais poder de concentração, tudo tem que ser rápido, nos falta paciência, prazer com o que vem aos poucos, com a simplicidade do momento, nada disso mais nos interessa, não queremos perder tempo com isso. Essa série é boa porque é subversiva a essa nossa cultura de redes sociais onde passamos minutos intermináveis girando telas sem de fato vermos qualquer coisa.
@@PaulaContar Eu achei sem conteúdo mesmo, não era um conteúdo contemplativo era só um monte de foto bonita. Enfim, continuo preferindo o filme de 1999.
Vou assistir após ouvir essa análise. Vc descreveu algo ousado e que vai contra a era da marvelização, arte entregue sob o prisma dos criadores (não para "vender" e fazer sucesso)
O estilo de Caravaggio ficou conhecido como "Tenebrismo" e influenciou muitos artistas. Pela crítica, Ripley tbem tem essa característica. Será a próxima série da lista
Me propus a ver essa série um episódio por dia, sem o celular por perto, e meu que série fantástica e que fotografia perfeita, vi gente reclamando do Caravaggio preto e branco, mas meu achei uma reclamação desnecessária, as cenas lentas, uma série p ser apreciada como vinho, aos poucos e saboreando cada gole
Eu estava cheia de dúvidas sobre esta série Talvez pelo fato de ter assistido o filme e tal Mas depois dessa crítica mãos que perfeita Começo hoje!!!!!!!Aplaudi seu vídeo no final Não conhecia seu canal , já virei fã!!!!!!!
Como diretor de fotografia eu muitas vezes acho que preto e branco é muleta de fotografia ruim. Essa série é excessão, cada enquadramento é uma obra de arte. Muito boa mesmo a fotografia.
Maravilhoso , uma serie como a muito ñ se via , e o protagonista , q perfeicao na atuaçao de aplaudir em pé , e a quem tem sono esses nada sabem da 7 arte , lementavel uma geracao inteira q só olha " enlatados " .
Adorei a série e essa crítica foi muito boa e didática e ao ver a crítica me identifiquei plenamente com o que vi e senti. A desaceleração das cenas é fantástica.
Não gostei, esperava mais. A série é monossilábica, senti falta de diálogos profundos e também de atuações marcantes. Eu adoro série parada e com roteiro inteligente, porém não comoveu e prendeu. Uma série tão elaborada e com diálogos simplórios e pouco desenvolvidos.
Cinema é antes de tudo imagem. Não que eu não aprecie bons diálogos, mas quando me vejo presa a imagens com poucos diálogos ou mesmo com silêncio eu sinto que estou diante da essência do cinema.
Fiquei encantado com a série. Ela nos bota um freio no tempo, para apreciar as pequenas belezas da vida, mês.o que seja em um lugar bucólico, mas com muita alma.
Eu me apaixonei. Guardei mais de 40 prints da tela e fui degustando ainda mais lentamente, pausando várias cenas. Além do argumento de fundo, a pintura, a escultura, a arquitetura, a música e a fotografia são personagens a parte, referências de peso, de Caravaggio a Cartier Bresson. Não li o livro da Patricia Highsmith, mas desde a adaptação com o Matt Damon, lembrei do Jardim do Éden do Hemingway. Coincidência ou a escritora se inspirou ali no mestre do romance americano? Já tinha pirado no filme de 99, busquei e assisti também depois a versão com Alan Delon, depois no cinema a continuação da história de 99 com o John Malkovich. Essa séria para mim foi exatamente como você disse, uma aula da 7° arte. E o gato Lucio 😍? Ah se ele falasse! Notaram a expressão de desprezo do Ripley pelo gato? Afinal, os gatos não se deixam manipular e sentem a energia melhor que nenhum outro animal.
Sim, também observei que a presença de Lucio incomodava Ripley. O gato o enxergava de verdade.
Eu me apaixonei por tudo nessa série: o roteiro inteligente, a primorosa fotografia, a irretocável direção de Arte, Caravaggio/Ripley. Uma verdadeira obra-prima!
Espero q a história toda de Ripley seja cintada em novas temporadas.
Só não entendi como a policia pretendia achar o Richard se eles nem sabiam como ele se parecia.....ninguem pede sequer uma foto dele...kkkkkkk
@@josepaiva8954verdade. Kkk.. mas melhor deixarmos passar pra podermos curtir a trama.
Andrew Scott por si só já me chama a atenção em qualquer produção que esteja. Ver a Dakota Fanning como uma mulher adulta não deixa de ser uma experiência... Diferente, rs. Já fiquei curiosíssima pra ver!
A Dakota está maravilhosa no papel
Na verdade não é xixi de gato, a inquilina imagina que o gato comeu um rato e o sangue é do roedor
Isso mesmo. E perceba que é o único frame colorido na série: as marcas das patas do gato…
Repararam que a única intervenção de cor na Série foi o vermelho das pegadas de "Lucio" o gato?
PH, tem o “Sol por testemunha”, com Alain Delon, que tbm é outro filme baseado do livro citado.
Esse personagem mostra que o universo pode conspirar a favor do vilão
Olá, PH. "Ripley" é uma série diferenciada de outras. Ela é muito diferente de outras em diversos aspectos, a exemplo de "O Problema dos Três Corpos". O roteirista Steven Zallian por meio de "Ripley" atingiu algo que para mim é notável: ele conseguiu resgatar um clássico e ao mesmo tempo o atualizou, de modo a tornar o protagonista carismático para o público. Eu também gostei muito como ele usou a fotografia em preto e branco que remete ao gênero do noir e também pode revelar o jogo de luz e trevas na personalidade complexa de Ripley. Além disso, Zallian fez um espelhamento muito interessante e inteligente entre Ripley e Caravaggio. Ambos são em sua essência artistas notáveis, mas por outro lado, também têm uma mente perturbada - mas, talvez, por isso, eles sejam notáveis em suas àreas de atuação, o que deixa este aspecto da série ainda mais interessante. Andrew Scott como Ripley também brilha na série e para mim ele é quem consegue encarnar melhor o personagem. Em sua atuação tudo parece ser calculado com precisão, nenhum gesto ou ou olhar é em vão, eles obedecem sempre um propósito. Ele anda sempre no "fio da navalha", mas mesmo assim, todas as ações são planejadas e meticulosas. Além disso, na série Zallian o coloca até mesmo no campo intelectual, muito acima de Dickie e Marge que são descritos como artistas mediocres mesmo tendo berço são incapaz de realizar uma grande obra de arte. Por outro lado, Ripley é um artista nato, um grande mestre naquilo faz, embora isso também revele o lado sinistro de sua personalidade.
Em suma, "Ripley" é em si mesma uma obra de arte, mas acho que justamente por ser tão sofisticada não vai cair no gosto de grande parte do público da Netflix, infelizmente, acostumado com produtos de consumo rápido e descartável.
Cara teus vídeos são tão bons que eu uso como instrumento para “vender” uma filme ou série que eu quero assistir, pra minha esposa, pra ela querer assistir comigo kkkkk obrigado PH, por ajudar na rotina cinematográfica dos casais
Aqui em casa estou como vc!
Quando assisto algum filme ou série com a minha esposa, ela já pergunta: "o que o PH falou sobre isso?"
A série foi me conquistando a cada episódio, o olhar foi se acostumando com o preto e branco... A fotografia é linda, e Andrew Scott faz brilhar este personagem, que nos fascina e perturba ao mesmo tempo.Vale demais a indicação!!❤
Me peguei algumas vezes torcendo pelo personagem e outras sentindo repugnância. Loucuraa
Fiquei tão envolvido com a série que aconteceu um fato curioso. Durante a cena em que uma cantora se apresentava, no final de sua performance, percebi-me aplaudindo involuntariamente, transportado para a atmosfera de um concerto ao vivo. A vergonha momentânea me pegou, embora estivesse sozinho na sala. Contudo, essa experiência me fez refletir: nunca antes me vi tão imerso em uma cena.
Andrew é incrível, a cada papel ele está mais espetacular
A narrativa é lenta, mas o roteiro é fantastico, a fotografia é sublime, o suspense gera angustia, os atores entraram na vibe dos personagens… simplesmente, entrei na historia.
Em minha opiniao: uma obra prima chancelada com o preto e branco.
Em tempo: as cenas com o gato e as em que ele observa Caravaggio sao algo incrivel a parte.
Esse Diretor se imortalizou nessa obra.
So queria entender como a policia pretendia achar o Richard se eles nem sabiam como ele se parecia....ninguem pede sequer uma foto...kkkkkk.....
É engraçado como a estética do preto e branco é tão bem construída que tinha momentos que eu “até chegava a ver” as cores.
É bacana, mas achei muuuuito arrastado, pra mim, não precisava ser tão longo assim. Dava pra mostrar toda essa apatia em menos tempo…
…isso é vdd, tinham coisas que eu achei que fosse ficar no ar, que não daria certo, que ele tava sendo exagerado, mas foi tudo bem amarrado e gostoso de assistir.
Ótima resenha, inclusive! 🙂
Seus comentários são tão bons que com menos de 3 minutos de vídeo temos que ao menos marcar "gostei". Sempre que vejo algo bom procuro o seu comentário, pois ele sempre acrescenta.
Coloquei minhas expectativas lá no alto por essa série. Que bom que não me enganei! Valeu, PH!
Ué, então tu já viu?
@@pedrosampaio99 Estou vendo!
Acabei. Sensacional! O Andrew Scott é muito phoda! Adoro!
Que série!!!! Quando comecei a assistir não sabia o que iria ver, não tinha lido nada sobre, me chamou a atneção por ser em preto e branco. Me preparando para assistir pela segunda vez! Agora com mais degustação nos detalhes que são muitos! Os personagens com o olhar reto, direto, sério e ao mesmo tempo uma certa ironia sutil nesses olhares. E as escadas, parecem que debocham de nós humanos. Muitas escadas! 👏👏👏👏
Minha adaptação favorita do personagem é o francês Purple Noon com Alain Delon. Recomendo pra quem não conhece. Talvez dê uma olhada nessa série.
PH, Uma humilde sugestão, Sons of Anarchy, Ozark e Peaky Blinders renderia muito conteúdo para o canal, seria demais ter oportunidade de assistir suas análises.
Não estava no meu radar mais depois da crítica do ph vou ver
Adorei. Estou no
último episódio e não quero que termine.
PS. Vc foi perfeito na sua análise!!! A série permite que a gente respire e deguste as cenas, sem pressa. Como estar diante de um Caravaggio 😊
Adorei a série, algo raro de se ver, uma série altamente desgustativa, totalmente sem pressa, tudo que acontece do mais simples ao complexo é mostrado para que quem veja seja convidado a prestar atenção, a reparar, no detalhes, no todo, sem ansiedade. Uma série na contramão dos tempos de mensagens rápidas sem muita observação sem tempo e espaço para algo acontecer de verdade. Parabéns a essa série de fotografia esplêndida.
1 - "toda a europa" procurando ripley e ninguém publicar uma foto? 2 - o ripley levar o corpo e só depois perceber q tinha q limpar o rastro de sangue?... 3 - o disfarce na conversa com o delegado/investigador... fora isso.. EXCELENTE.
Quem leva um cara desconhecido e sinistro daquele jeito pra morar na propria casa da noite pro dia???Ainda mais depois de levar um cara da máfia pra fazer negocios escusos???Sem sentido a amizade deles....
Já achei impossível um pai, pagar um sujeito estranho, para "convencer" seu filho a voltar para casa. Pouco provável, também que um homem seja tão ingênuo a ponto de levar pra passear no mar um sujeito pra lá de estranho, e pedir pra ele sair de sua casa.
A série é muito ruim olhando por esse lado, o Ripley entrevista melhor que o próprio detetive kkkkk tem muitos buracos nos diálogos que parecem subestimar nossa inteligência
Depois dele descartar o corpo no Mar ele cai do Barco e o barco fica girando em torno dele e sempre indo de encontro a ele, naquele mar imenso, muito desnecessário aquela cena
Amei essa série
Me prendeu
E a sua análise é perfeita.
Só quero lembrar que a única vez que o sangue aparece vermelho é quando mostra as pisadas do gato. As pegadas na escada. Fantástico
Bem lembrado! Fiquei preocupada com gatinho nesse momento. 😂
Mais uma vez, parabéns pela análise PH. Achei que a cena em q Ripley conversa com o detetive em sua casa em Veneza, disfarçado e com a ajuda da iluminação (referindo Caravaggio) "forçaram a barra".
Aquela cena do barco,mds!!! E a expressão facial do Ripley ao jogar o corpo do barco É caravagio puro. É uma mistura de raiva,cansaço desapego,tristeza e desapontamento. Em nenhum momento ele se mostra feliz com todo aquele cenário de batalha.
Amei, amei, amei sem limites. Tudo é lindo nessa série.
Eu relutei demais quando vi preto e branco, mas quando percebi as entrelinhas e a atuação deste cara, nossa! A melhor série da Netflix até agora 🤩
to amando esse formato do Ripley !! me fisgou desde a 1a cena !! e logo lembrei de vc....!! como seria sua análise principalmente do visual !!! vc traduziu todos os meus sentimentos !!!!
A série é nada menos que um arrebatamento. Roteiro é um primor. E a fotografia... bem, a palavra para definir o trabalho de Robert Elswit é ÊXTASE. Obra prima.
Steven Zaillian, além das obras citadas, é o responsável pelo gigante "A Lista de Schindler". E aqui ele se superou, devorei os 8 episódios, Caravaggio veio como um bônus inesperado e perfeito, genial!
Mas Greenleaf e Marge poderiam ter mais expressão, muito apáticos.
Ripley diz sem precisar falar. Amei!
Série candidata à CULT.
Cada fotograma é uma obra de arte.
Parabéns PH pela crítica.
O preto e branco nesse filme é tão perfeito que merecia um Oscar por fotografia❣️👏🏻👏🏻👏🏻
Mas ao mesmo tempo as paisagens são tão deslumbrantes que fica aquela vontade de imaginar como seria ver com cores❣️♥️
Inicialmente, parabéns por suas críticas sempre bem fundamentadas e sem as mesmices de muitos canais que tratam do mesmo assunto. Gostaria de destacar que o livro de Patrícia Highsmith já deu três versões para o cinema, sendo a primeira versão com o talentoso Alain Delon: O Sol por Testemunha.
A estética preto e branco ficou muito chique. É bem lento mais nada entediante. Já tinha assistido o filme e tbm é incrível
OLá! gostei muito da série mas uma coisa me intrigou. Pq enfatiza tanto as escadarias? Quando o elevador quebra, quando se hospedava nos hotéis sempre com escadas e lógica em Atrana tudo escada
Nunca fui fã de obras desse tipo de cadência. Mas este roteiro e essa montagem juntamente com o protagonista, com uma belíssima fotografia, me envolvem ao ponto deu até querer ver mais de pra cada cena. A ambientação na Itália e nessa época, com uma produção impecável, me apaixonaram ainda mais.
Só queria entender como a policia pretendia achar o Richard se ninguem sabia a aparencia dele....ninguem pede sequer uma foto......acho queseria o básico para uma investigação
Boa série, realmente bem produzida como você mencionou. Mas acho que achei 2 errinhos que não comprometem a série mas, ao meu ver, a veracidade de ter dado tudo tão rodadinho.
Qdo o Ripley recebeu a Marge em Veneza, não teriam os criados visto a transformação realizada pra enganar o inspetor, tanto visualmente como os "rastros" (peruca etc)?
O outro foi o pai não rastrear o $ do filho.
Ele dispensou os funcionários no dia. Duas cenas anteriores mostra.
O filho fala que tava se financiando lá na Europa, primeiro episódio ainda.
Excelente a série Ripley e excelente a sua crítica, PH. A série é primorosa e o preto e branco um grande acerto. Roteiro, fotografia e som perfeitos. A qualidade dos atores, principalmente do Andrew, tb é ponto alto. Tudo isso faz com que desejemos que a série simplesmente não termine! E não dá para não maratonar!!!
Achei que o preto e branco fez todo sentido, quando fizeram alusão ao Caravaggio. Afinal (fora os paralelos do Ripley com a trajetória do pintor), preto e branco é uma maneira bem direta de mostrar como um jogo de luz pode mudar toda a percepção de uma cena
Voces acharam a cena do barco desnecessária tbm? Nao precisava daquele drama do barco gigante.
muito bom escutar as belas palavras de PH Santos! 👏
Muito sólido e sóbrio o vosso comentário. Parabéns. Ripley para mim nesse ano de 2024 está no top 3 de séries. Por isso, até agora (no meu humilde top de 10) apenas 3 o compõe ainda.
Não conhecia o ator , mas depois de ver Andrew Scott perfeito no filme maravilhoso Todos nós Desconhecidos , fiquei fã dele e agora esta deliciosa surpresa vê lo sendo Ripley , igualmente perfeito. Onde eu estava que não conhecia o A.Scott?
Eu também o conheci há pouco tempo, na série Fleabag, que aliás eu recomendo fortemente
Fotografia nessa série merece um Óscar. Só essa locação! Que show! A Itália é linda. Além é claro das obras de arte que vão aparecendo: Picasso, Modigliane, Caravaggio, e tantos outros. Tô gostando dessa série. Achei melhor que o filme, que não foi ruim também.
Prezado PH, se você pudesse traçar os paralelos e distanciamentos entre o Ripley da série, e os Ripleys do Sol por testemunha de 1960 do René Clemént e ainda do Amigo Americano de 1977 do Win Wenders, seria uma palestra fabulosa. Algo encantador. Tenho grande dificuldade de apreciar puramente os filmes por discordar moralmente de personagens amorais. Instigantes mas, amavelmente repugnantes. Como em Lolita do Kubrick. O curioso é que não me vejo criticando os personagens do filme Os Imorais de 1990 com o Cusac e a Huston. Creio a amoralidade deles é uma defesa para continuar vivos. Os Ripleys e Hubert me repugnam por buscarem saciar algo não socialmente adequado. Mas todos são personagens poderosos em vários sentidos. Obrigado.
Cara, vc estava muito inspirado nesse vídeo. Parabéns pela qualidade do seu trabalho. Eu tô estadista com a construções perfeita da sua perspectiva. Sensacional
Corrigindo: estasiada com a construção.....
Sou um grande fã da Patricia Highsmith e já li toda a sua obra publicada por aqui. Vale a pena mencionar que a primeira vez que o Ripley foi para as telas, foi na figura do Allain Delon em "O Sol por Testemunha" (1960) dirigido por René Clement, afinal Patricia, que é texana, se mudara para Paris ainda nos anos 50 e já era apreciada pelos franceses. Acho que o filme do Minghella com o Matt Damon é um equívoco, pois mostra um Tom Ripley com consciência. A série do Steven Zaillian acerta em cheio nesse personagem anti-heroi e amoral.
É no mínimo deslumbrante a serie. Estou torcendo para que Steven Zaillian adapte os outros romances do personagem Ripley e dê continuidade para outras temporadas.
Eu adorei a proposta me prendeu muito, mas realmente não conseguia assistir mais de dois episódios por vez e achei isso válido também, porque me deixava absorver melhor a história e os personagens.
Senti um pouco dos dois. Achei a estética e a fotografia linda, os enquadramentos e a direção tem propósito e estilo. O ritmo foi o entrave, que me fez cochilar algumas vezes, e o que me prendeu foi a atuação magnífica do Andrew Scott. Por outro lado, achei monótona a Marge da Dakota e o Dickie, falta carisma, que em comparação, sobrava no Jude Law, do filme de 99. Os dois últimos episódios foram estupendos. Não será a minha série favorita do ano, mas gostei de ver.
Perfeito! Poucos diálogos, linguagem corporal conotativa. O lado sombrio das pinturas de Caravaggio como pano de fundo e inspiração para o trama criminal se desenrolar. Durante a música "Il cielo in una stanza" , por sinal maravilhosa e interpretada por aquela cantora, o Ripley mergulha na estrutura da canção; seus olhos lacrimejam e serve de alimento para sua alma que não gostaria de ser cúmplice dos acontecimentos passados e vindouros. Pura arte cinematográfica, ALIMENTO PARA NOSSAS ALMINHAS que andam tão carentes! Parabéns PH Santos pela sua cirúrgica crítica, didática e tecida com maestria. Grande abraço!!!!
Suas críticas são uma obra de arte.
Ripley é pura arte!
Obrigada por suas críticas.
a relação do preto e branco da série com a indiferença pelo sangue pelo protagonista que o PH trouxe é simplesmente genial!
Absolutamente chocada com essa resenha. Passei direto pela série, mas agora com certeza vou assistir. PH consegue instigar minha curiosidade justamente em “eu não consigo aceitar que a pressa e a superficialidade seja a forma de apreciação mais interessante da arte”.
Anti-série é a melhor definição! Quando acabei assistir, comentei pra minha esposa que estava surpresa da Netflix ter produzido essa série. Ela vai na contramão de tudo que é feito hoje em dia. Interessante como grande parte da série é em silêncio (tanto de diálogos quanto de música de fundo), destacando ainda mais a fotografia que é deslumbrante por si só! Que preto e branco bonito!
É a melhor serie ate agora de 2024.. perfeita. Texto, roteiro, fotografia, direção de arte , locação e o mergulho de Andrew Scott como Ripley..
O diretor que ja fez Night Off na HBO aqui mostra o algo a mais. O personagem que ja ganhou as telas em 3 versoes agora na série é mais do que fiel as paginas do livro.
Vale cada minuto dos 8 episódios.💯💯💯💯
Conheci o Scott pela a série do Sherlock Holmes, ele atua demais. Esses episódios em preto em branco, me lembrou os ep da última temporada de BCS. Incrível saber dessa composição que a série fez❤
Gostei da série até o episódio que o detetive Ravini viaja até a casa da Marge, faz 3 perguntinha e vai embora. Ele viu a foto dela com outro cara na mesa e nem perguntou quem era.
Como assim ele não desconfiou q o tom poderia ter matado o Greenleaf e tomado sua identidade, parecia um detetive brilhante até se mostrar uma besta quadrada. A série me perdeu ali.
Gostei de tudo na série, especialmente as locações incríveis. Mas vou falar de um detalhe que achei hilário: o único personagem que acertou o que aconteceu entre Richard e Tom foi um convidado aleatório de uma das festas em Veneza. Gostei desse espírito jocoso do roteirista.
A fotografia é perfeita e se houver um prêmio, será merecedor! Maratonei por não conseguir parar. Adorei!!
Oi, PH! Queria comentar que fui assistir Ripley com minha mãe e meu irmão depois de ouvir você falar tão bem da série enquanto comentava a premiação. Aa única coisa que vou discordar é que acabamos maratonando a série porque todo fim de episódios deixava a gente louco pra entender como ele ia se livrar de mais uma mentira. Mas amei a série, tentei apreciar tudo que ela oferecia, mesmo maratonando os 8 episódios. Muito obrigada pela indicação dessa obra de arte!
Estou terminando de ler O talentoso Ripley, obra da Patricia Highsmith É um daqueles livros que o leitor não consegue largar. Em paralelo, estou assistindo a série, que é excelente.
Essa foi a melhor série que assisti nos últimos anos. É incrível a fotografia, diálogos, silêncios e sons, cheios e vazios, sombras e luzes...e principalmente o uso do tempo. Nota 10/10
Perfeita sua análise. A Série é uma obra-prima.
Depois de assistir à série, nunca mais vou olhar um cinzeiro de vidro como antes.
Tem uma outra adaptação para o cinema com Alain Delon, "o sol por testemunha" de Rene Clement. E tem tb "o retorno do talentoso ripley", de Lilian cavani.
Série MARAVILHOSA, degustei cada frame.
PH arrasou na análise!
Belíssima crítica! Amo Andrew Scott , o que me levou a esta excelente série, nota mil!!!!!!!
Gosto do teu trabalho Ph, esta série pra mim só por colocar em preto e branco achei muito pretenciosa, tem 2 bons filmes pra ver no lugar desta série extremamente pretenciosa.
Terminei em 1 dia ela, queria morar na fotografia desta minissérie, Itália é uma obra de arte em céu aberto. Andrew Scott, uau uau uau, eu já era fã dele, papel sensacional. Já a personagem da Dakota, no inicio gostei dela, por não cai no charme de Ripley, porém, ao longo dos episódios, achei as atitudes dela, imaturas, sem sentindo. Enfim, recomendo.
A série é ótima sim.. mas na altura do sétimo episódio me parece surreal que esse povo todo não tivesse imaginado que havia alguém se passando por quem não é.. Marge e investigadores. Falta um episódio para terminar.
Nossa....série excelente! Fiquei tensa no primeiro episódio. Tanto q tive q dar um tempo...o P&B acrescenta muito! Lindo!
Show de bola essa série. Adorei. E me dei conta que gostei tanto em parte por causa da estética!!
Série noir, maravilhosa,linda! Corajosa de entregar esse trabalho burilado, saudosista, lento, transbordando qualidade técnica e talentos numa época de profusão superficial e aceleração vertiginosa tiktoker. Parabéns a Netflix pela aposta!
PH além do Ripley do Matt Damon, teve posteriormente o do John Malkovich e outro do Barry Pepper (com William Dafoe).
Tinha que cer vc falar desta minissérie perfeita. Obrigada
Eu sou apaixonado pelo filme de 1999. Nunca li os livros, mas a série me animou... Não passei do segundo episódio, série linda mas tão parada quanto uma fotografia
Só consegui "assistir" passando a maioria das cenas.
Tem que saber se envolver po, imergir, a série tem sim muita minuciosidade pra ver.
Justamente, estamos viciados em produções rápidas, sem tempo nem espaço para se ver algo de fato. Nossa atenção se cansa, não temos mais poder de concentração, tudo tem que ser rápido, nos falta paciência, prazer com o que vem aos poucos, com a simplicidade do momento, nada disso mais nos interessa, não queremos perder tempo com isso. Essa série é boa porque é subversiva a essa nossa cultura de redes sociais onde passamos minutos intermináveis girando telas sem de fato vermos qualquer coisa.
@@PaulaContar Eu achei sem conteúdo mesmo, não era um conteúdo contemplativo era só um monte de foto bonita. Enfim, continuo preferindo o filme de 1999.
Excelente a sua crítica. Um único reparo: você não mencionou "O Sol por Testemunha", anterior versão do mesmo livro. Alain Delon perfeito.
Gente. PH fala português!
Maravilhoso seu texto. Não vi a série, mas verei.
Abraços.
Vou assistir após ouvir essa análise.
Vc descreveu algo ousado e que vai contra a era da marvelização, arte entregue sob o prisma dos criadores (não para "vender" e fazer sucesso)
O estilo de Caravaggio ficou conhecido como "Tenebrismo" e influenciou muitos artistas. Pela crítica, Ripley tbem tem essa característica. Será a próxima série da lista
Eu não iria assistir pq achei que se tratasse da mesma trama no filme, mas depois de conferir sua análise vou colocar na lista ❤
Me propus a ver essa série um episódio por dia, sem o celular por perto, e meu que série fantástica e que fotografia perfeita, vi gente reclamando do Caravaggio preto e branco, mas meu achei uma reclamação desnecessária, as cenas lentas, uma série p ser apreciada como vinho, aos poucos e saboreando cada gole
Belíssima análise, principalmente a sua conclusão sobre aquilo em que nos transformamos.
Eu estava cheia de dúvidas sobre esta série Talvez pelo fato de ter assistido o filme e tal
Mas depois dessa crítica mãos que perfeita
Começo hoje!!!!!!!Aplaudi seu vídeo no final
Não conhecia seu canal , já virei fã!!!!!!!
Ripley fez-me lembrar-me do personagem do livro de Dostoievski,
Memórias do Subsolo:
"O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado?"
Quem dorme é quem não gosta de arte.
Apaixonada por essa série!!! E sua análise perfeita!
Como diretor de fotografia eu muitas vezes acho que preto e branco é muleta de fotografia ruim. Essa série é excessão, cada enquadramento é uma obra de arte. Muito boa mesmo a fotografia.
Maravilhoso , uma serie como a muito ñ se via , e o protagonista , q perfeicao na atuaçao de aplaudir em pé , e a quem tem sono esses nada sabem da 7 arte , lementavel uma geracao inteira q só olha " enlatados " .
Fotografia maravilhosa, série muito boa, difícil não gostar
Eu odiei o Ripley do começo ao fim. Por isso achei tão legal e interessante a série. Muito melhor que o filme
E aquele outro personagem de 1906 em que é feito um paralelo com Ripley? Eu não entendi!
Adorei a série e essa crítica foi muito boa e didática e ao ver a crítica me identifiquei plenamente com o que vi e senti. A desaceleração das cenas é fantástica.
eu amo o andrew scott mas eu nao consegui passar do primeiro episódio
Como que eu demorei de assistir uma arte desta? ARTEEEEEEEEEEEEEEE!
Não gostei, esperava mais. A série é monossilábica, senti falta de diálogos profundos e também de atuações marcantes. Eu adoro série parada e com roteiro inteligente, porém não comoveu e prendeu. Uma série tão elaborada e com diálogos simplórios e pouco desenvolvidos.
Os diálogos estão em tela.
Cinema é antes de tudo imagem. Não que eu não aprecie bons diálogos, mas quando me vejo presa a imagens com poucos diálogos ou mesmo com silêncio eu sinto que estou diante da essência do cinema.
Gosto muito de Talentoso Ripley. Tô muito a fins de ver esta série
Fiquei encantado com a série. Ela nos bota um freio no tempo, para apreciar as pequenas belezas da vida, mês.o que seja em um lugar bucólico, mas com muita alma.
Eu amei! A série ainda te coloca, em dados momentos, aquele sentimento de "vergonha alheia", como na parte em que ele coloca as roupas do Dickie.
Excelente crítica, é uma séria para assistir aos poucos e com calma. A arte é para ser apreciada e pensada, não apenas consumida.