A classe trabalhadora no capitalismo pandémico: rumo à uberização do trabalho? Ricardo Antunes
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- Опубликовано: 6 май 2022
- Autor de vários livros, entre eles:
· Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0 (org., Boitempo);
· Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado, publicado pela Boitempo/Brasil e publicado também na Itália e na Áustria (no prelo);
· O Privilégio da Servidão (Boitempo/Brasil, na Itália e publicado em uma edição especial na Galiza);
· Os Sentidos do Trabalho (Boitempo/Brasil,, publicado também na Argentina, EUA, Inglaterra/Holanda, Itália, Portugal e Índia);
· Adeus ao Trabalho? (Cortez/Brasil, publicado também na Galicia, Argentina, Holanda/ Inglaterra, Itália, Espanha, Venezuela e Colômbia), entre outros livros.
Coordena a coleção Mundo do Trabalho (Boitempo) e Trabalho e Emancipação (Expressão Popular) e colabora em varias revistas no mundo.
Foi Visiting Professor na Universidade Ca’Foscari (Veneza/Itália); Visiting Research Fellow na Universidade de Sussex (Inglaterra) e Visiting Scholar na Universidade de Coimbra (Portugal). Proferiu palestras, cursos e conferencias em vários países (Américas, Europa e Ásia). É professor convidado da Escola Florestan Fernades, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil e ministrou cursos e conferências em vários sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda no Brasil, America Latina, EUA, Europa e Ásia.
A classe trabalhadora no capitalismo pandémico:
rumo a uberizaçao do trabalho?
Nossa Conferência apresentará algumas das principais tendências destrutivas que se intensificaram durante a pandemia do coronavírus, que venho denominando como capitalismo pandêmico. Isso porque, além da destruição da natureza, o sistema de metabolismo social do capital intensificou, durante a pandemia, novos laboratórios de experimentação do trabalho, dos quais a “uberização ou “plataformização” é exemplar.
O trabalho, que se originou como um valor (atividade vital), cada vez mais se converte em (des)valor, objetivando a geração de mais-valor. Os resultados são evidentes: longas jornadas de trabalho, mais exploração e espoliação, além da destruição dos direitos do trabalho, tudo isso sob a aparência de comando dos algoritmos, da inteligência artificial, da internet das coisas (IoT), etc.
Como consequência deste quadro estrutural, vou apresentar duas teses:
1) O capitalismo de plataforma, impulsionado pelo universo informacional-digital, recupera formas pretéritas de exploração do trabalho que lembram a protoforma do capitalismo, nos primórdios da Revolução Industrial.
2) Se estas tendências destrutivas não forem travadas, além da devastação da natureza e da humanidade, ingressaremos em uma nova era de desantropomorfização do trabalho, dada a crescente eliminação de trabalho vivo, substituído pela nova maquinaria que se 2) Se estas tendências destrutivas não forem travadas, além da devastação da natureza e da humanidade, ingressaremos em uma nova era de desantropomorfização do trabalho, dada a crescente eliminação de trabalho vivo, substituído pela nova maquinaria que se expande na nova fábrica digital, que acarretará profundas consequências, quantitativa e qualitativas, no mundo do trabalho.
Que tema tão atual atualmente!🙏🙏🙏🙏🙏
O professor Ricardo Antunes além de genial é um fofo!
"Fofo..🐶🐶..😂🇧🇷
ah! Ricardo, que prazer ouvir este educador. Que traduz para nós muitas incertezas e dificuldades em uma linguagem simples, prática, cômica. maravilhoso!
Excelente palestra ,atual ,humanista um alerta para a humanidade adormecida.
Um grande alerta para o que o mercado de trabalho se transformou no mundo. A uberização da classe trabalhadora é um dos temas importantes tratados aqui pelo ilustre professor Ricardo Antunes.
Noosssaaa! Que aula fantástica!!!
Ricardo Antunes é, simplesmente, um gênio. Meu mestrado que partiu da crítica a ideia de Meritocrácia nas relações de trabalhos contemporâneas tem como base o trabalho de Antunes. Isso preciso ser debatido, divulgado e que sirva de direção para os movimentos sociais.
👏🏼👏🏼👏🏼
Ótimo adorei ouvir ele falando , ficaria mais horas sem nenhum problema
pra entender um pouco da história do rio é necessário ler também LUIZ ANTONIO SIMAS
Como sair desta encruzilhada? A alienação, a necessidade de sobrevivência, os baixos salários, fazem com que a grande massa de trabalhadores tenha q correr atrás do pão de cada dia e não consegue se organizar, não consegue pensar e não vê saída para a exploração que é submetido e nem tem consciência de classe
Ótima palestra. Porém, na parte em que cita os nativos das Américas, aparentemente os do Sul, não apenas comiam, bebiam, sentiam e tal... más, eram médicos, engenheiros, arquitetos, agrónomos...e, realmente, não visavam lucro imediato.
Não sei se fico motivada à luta ou se aceito que o trabalhador perdeu e perderá sempre. O professor nos oferece uma análise estupenda acerca da monstruosidade que temos de enfrentar cotidianamente.
O povo precisa se unir, mas infelizmente, o próprio povo está contra si mesmo e não percebe.
Eu sou professora e escuto essa palavra sinergia , na cidade onde trabalho... Mas não funciona 🙄
Professor bom é assim, uma biblioteca ambulante, muito erudito
Caraca Ricardo Antunes, colaborador é o pior termo que usam para definir um assalariado, sempre disse isso 🤭
Vou falar só por mais 2 minutos... e fala por mais 20! 😂