Porque esses elementos que você mencionou não são bens econômicos. Não tem caráter produzível, não são insumos e sua substância não agrega à estrutura de produção, famílias e comunidades são fenômenos socio-culturais, a Economia não lida com isso.
@@renatonigro . Mas como foi exposto no vídeo, essas coisas são fatores determinantes na economia... E essenciais se quiseres entende-la em sua total amplitude...
@@HadoukenShoryuken Existem economistas que analisaram instituições, sua influência na Economia e análise destas por uma ótica econômica, porém são aspectos periféricos e não objeto de estudo da disciplina quanto ciência especializada. Concordo que são importantes para o entendimento, assim como Sociologia e Direito como áreas correlatas e até Psicologia podem oferecer contribuições para a expansão deste ramo do conhecimento, no entanto essas disciplinas são mais apropriadas para determinados aspectos como os que citou.
Eu sou um Libertário/ancap extremamente radical, essa é a primeira vez que eu vejo uma crítica real, normalmente eu só vejo um monte de falácias. Posso até não ter mudado de opinião, mas valeu-me de uma ótima reflexão.
É bem fácil de refutar o anarcocapitalismo. Ora, não deve haver estado; as pessoas em sua propriedade privada criam um estado. Ora, não deve haver estado logo impeço esta criação, logo, crio um estado.
Além disso Mises é liberal e Rothbard tanto quanto Hopp possuem um sistema de moral sem nenhum sentido em si mesmo. Desta forma, o anarcocapitalismo possui muita pouca autoridade.
Guilherme, você é muito bom. Também sou formado em filosofia escolástica, fiz meu curso em Latim, faculdade filiada à Universidade Gregoriana de Roma e em Português também, efetuando, assim, sempre duas provas para satisfazer exigências legais e acadêmicas. Não estou com isto tentando vangloriar-me, mas dar ênfase ao seu talento! Assisti a um vídeo em que analisa o fenômeno Trump: Magistral!
O livro Aquinas and The Market: Toward a Humane Economy de Mary L. Hirschfeld segue uma direção parecida. A autora é doutora em Economia por Harvard e em Teologia pela Notre-Dame.
Estou adorando seus vídeos! De Soto (escola austríaca) disse que a economia clássica (Smith, Ricardo e Marx) foi um período de esquecimento da economia escolástica, os Austríacos resgataram parte da economia dos Escolásticos.
@@Senhor_Bolacha Sim, ele escreveu suas teses antes dos *neoclássicos* (Menger, Jevons e Walras) a refutarem portanto pode se dizer que é da era clássica... [Editado] Clássicos são os que defendiam a teoria do valor-trabalho (coisa que os neoclássicos refutaram), inclusive quando Marx fez sua tese se baseou nesta teoria infundada, "pior a emenda que o soneto".
Acho interessante observar como as ideologias econômicas são limitadas e limitantes. Assim como o prof. Guilherme, fui libertário por um certo tempo. Tentar resumir a solução do mundo em um único aspecto, a liberdade, além de ser algo extremamente limitado quando aplicamos à realidade concreta, limita muito nossa visão de mundo também. Bom ver algo que saia um pouco do eixo de discussão da economia moderna.
Como sempre, muito bom! Um detalhe (em respeito a um breve comentário no início do vídeo): o economista de Salamanca Daniel Marín Arribas, a meu ver, refuta, em seu livro "Destapando al liberalismo", a ideia de que os economistas da escola austríaca (em especial Rothbard e De Soto) teriam de alguma forma recuperado ou atualizado o pensamento escolástico.
Otimo vídeo gilherme, apenas uma questão: a utilidade e a utilidade marginal são conceitos diferentes. A marginalidade descreve a queda de utilidade que ocorre pelo acréscimo de uma unidade do mesmo bem.
Guilherme, penso que a leitura dos dois tomos de "Tratado de Economia" do filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, tenha conclusões e insights bem interessantes e próximas às conclusões de John Mueller nesse livro comentado por você! Abraço.
@@theGuilherme36 sem uma intonação sarcástica,vc poderia me demonstrar aonde o Juan de Mariana defende controle de preços? Aliás,pelo o que sei,o Rothbard apenas conexiona a Escola Austríaca com os escolásticos devido a influência que o fundador Carl Menger teve de seu colega Franz Brentano que era um estudante de teologia(sendo ligado aos escolásticos e o Aristoteles)
Guilherme,poderia falar sobre o que acha do paleolibertarianismo,corrente essa que defende o jusnaturalismo e um livre mercado mais pautado na moral cristã,suponho eu que isso seja o mais próximo de uma sociedade mais voltada as virtudes,diferentemente dos randianos que saem por aí gritando “PNA” e que egoísmo é ótimo,temos que incentivar o egoísmo.
Críticas a Adam Smith bem ruins. Qualquer pessoa que conheça sua obra Teoria dos Sentimentos Morais sabe que ele não pensava que a sociedade deveria se pautar no egoísmo. Na verdade, ele colocava a empatia como algo essencial nas relações humanas. Além disso, sua frase sobre a mão invisível não passava de uma metáfora para a tendência de equilibração dos mercados, uma vez que ela ocorre sem que os indivíduos precisem almejá-la. Wilhelm Röpke, que vc mencionou, entendia Adam Smith muito melhor do que esse autor citado no vídeo.
Egoísmo metodológico é diferente de egoísmo. Egoísmo metodológico é partir do pressuposto de que todos agem por interesse próprio na análise econômica (o que se contrapõe a uma teoria de destinação final dos bens). Quanto a Smith estar influenciado pelo panteísmo, ele está explícitamente sob a influência do estoicismo e outras correntes helenísticas. Isso fica evidente no próprio tratado dos sentimentos morais (que nega o egoísmo ético, embora sob uma base nominalista e reafirma o metodológico).
O autor obviamente sabe que mão invisível é uma metáfora de equilíbrio de mercado. Mas vá na riquza das Nações e veja sob qual visão metafísica se fundamenta o dito equilíbrio
@@guilhermefclfreire O equilíbrio, em A Riqueza das Nações, não se fundamenta sob visão metafísica alguma, mas sim pela fria análise econômica e institucional, coisa que os pensadores católicos parecem muitas vezes esquecer que existe.
@@guilhermefclfreire Adam Smith e outros grandes economistas apenas partem do ser humano como é, e não como alguém pensa que ele deve ser. E mesmo assim, foi mérito dele, de Mises e Hayek, mostrar que, mesmo se todos os agentes do mercado estivessem dispostos a atender ao bem comum, ainda haveria o problema epistemológico de decidir qual é a melhor forma de alocar os recursos, problema este que só pode ser resolvido por um processo emergente de mercado.
@@theGuilherme36"A Fábula das Abelhas" discorre sobre isto. Interessante hoje, que esse próprio mercado é condição sine qua non para ideologias nefastas e tirânicas, suprimindo a própria democracia e a liberdade, esta uma mera abstração.
Economistas modernos falam muito em "mercados" ou "Estado" e pouco em famílias, comunidades, vizinhos, etc.
Porque esses elementos que você mencionou não são bens econômicos. Não tem caráter produzível, não são insumos e sua substância não agrega à estrutura de produção, famílias e comunidades são fenômenos socio-culturais, a Economia não lida com isso.
@@renatonigro . Mas como foi exposto no vídeo, essas coisas são fatores determinantes na economia... E essenciais se quiseres entende-la em sua total amplitude...
@@HadoukenShoryuken Existem economistas que analisaram instituições, sua influência na Economia e análise destas por uma ótica econômica, porém são aspectos periféricos e não objeto de estudo da disciplina quanto ciência especializada. Concordo que são importantes para o entendimento, assim como Sociologia e Direito como áreas correlatas e até Psicologia podem oferecer contribuições para a expansão deste ramo do conhecimento, no entanto essas disciplinas são mais apropriadas para determinados aspectos como os que citou.
Penso parecido
Verdade
Professor Guilherme Freire é muito didático!
A comunidade Filosofia do Zero é excepcional!
Recomendo muito!!!
Eu sou um Libertário/ancap extremamente radical, essa é a primeira vez que eu vejo uma crítica real, normalmente eu só vejo um monte de falácias. Posso até não ter mudado de opinião, mas valeu-me de uma ótima reflexão.
É bem fácil de refutar o anarcocapitalismo.
Ora, não deve haver estado; as pessoas em sua propriedade privada criam um estado. Ora, não deve haver estado logo impeço esta criação, logo, crio um estado.
Além disso Mises é liberal e Rothbard tanto quanto Hopp possuem um sistema de moral sem nenhum sentido em si mesmo.
Desta forma, o anarcocapitalismo possui muita pouca autoridade.
@@Senhor_Bolacha bicho, já faz 2 anos desse comentário kkkk, o tanto q mudei nesse tempo n tá escrito kkkk
@@zeroisalive758 Que bom, que Deus te abençoe
@@Senhor_Bolacha hoje sou um católico ferrenho, graças a Deus, fãzaço da escolástica
Guilherme, você é muito bom. Também sou formado em filosofia escolástica, fiz meu curso em Latim, faculdade filiada à Universidade Gregoriana de Roma e em Português também, efetuando, assim, sempre duas provas para satisfazer exigências legais e acadêmicas. Não estou com isto tentando vangloriar-me, mas dar ênfase ao seu talento! Assisti a um vídeo em que analisa o fenômeno Trump: Magistral!
O livro Aquinas and The Market: Toward a Humane Economy de Mary L. Hirschfeld segue uma direção parecida. A autora é doutora em Economia por Harvard e em Teologia pela Notre-Dame.
Estou adorando seus vídeos!
De Soto (escola austríaca) disse que a economia clássica (Smith, Ricardo e Marx) foi um período de esquecimento da economia escolástica, os Austríacos resgataram parte da economia dos Escolásticos.
Marx economia clássica? Rsrsrs
@@Senhor_Bolacha Sim, ele escreveu suas teses antes dos *neoclássicos* (Menger, Jevons e Walras) a refutarem portanto pode se dizer que é da era clássica...
[Editado] Clássicos são os que defendiam a teoria do valor-trabalho (coisa que os neoclássicos refutaram), inclusive quando Marx fez sua tese se baseou nesta teoria infundada, "pior a emenda que o soneto".
Acho interessante observar como as ideologias econômicas são limitadas e limitantes. Assim como o prof. Guilherme, fui libertário por um certo tempo. Tentar resumir a solução do mundo em um único aspecto, a liberdade, além de ser algo extremamente limitado quando aplicamos à realidade concreta, limita muito nossa visão de mundo também. Bom ver algo que saia um pouco do eixo de discussão da economia moderna.
Também já fui e acabei tendo a mesma visão que a sua parando nesse canal.
Se vocês pararem para pensar, os melhores libertários têm uma visão bem mais ampla do que o libertarianismo em si...
@@HadoukenShoryuken Concordo com vc, O libertarianismo é mais como uma base e resta buscar mais conhecimento além dele.
Ainda bem todos somos limitados em algum sentido, por é assim que podemos descobrir novas formas de ver determinados problemas.
Como sempre, muito bom!
Um detalhe (em respeito a um breve comentário no início do vídeo): o economista de Salamanca Daniel Marín Arribas, a meu ver, refuta, em seu livro "Destapando al liberalismo", a ideia de que os economistas da escola austríaca (em especial Rothbard e De Soto) teriam de alguma forma recuperado ou atualizado o pensamento escolástico.
Rothbard talvez não, mas o de Soto sim
Domingo de Soto não era da Escola Austríaca, foi professor em Salamanca sucedendo Francisco de Vitória na cátedra de Teologia.
@ Fui ambíguo: minha referência era Jesus Huerta de Soto.
Excelente meu caro, vlw pelas dicas.
Não conhecia o livro, obrigado pela indicação.
Boa noite Professor. Muito interessante o livro. Também não o conhecia.
Maravilha de vídeo! Também não conhecia a escola de Salamanca e pesquisarei mais sobre o assunto.
Valeu Guilherme! Abriu meus horizontes!
Traduzam este livro por favor!!
Excelente vídeo, temática muito boa.
Otimo vídeo gilherme, apenas uma questão: a utilidade e a utilidade marginal são conceitos diferentes. A marginalidade descreve a queda de utilidade que ocorre pelo acréscimo de uma unidade do mesmo bem.
Guilherme, penso que a leitura dos dois tomos de "Tratado de Economia" do filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, tenha conclusões e insights bem interessantes e próximas às conclusões de John Mueller nesse livro comentado por você! Abraço.
Ótimo videt
Que conteúdo!
Você pode falar sobre arquitetura?
Oi Guilherme, o título está "Ecomomia" só esse pequeno erro.
Vídeo muito interessante.
Ótima explanação. Seria muito bom um debate do Guilherme com o André Roncaglia ( extremamente intervencionista) ou Paulo Gala.
@@paulonm2097 eles são heterodoxos de esquerda, o Guilherme é um tradicionalista
Vc está familiarizado com o trabalho do Alejandro Chauffer e do Acton Institute ?
Please, share this video. Thank you!
Eu ainda acho o An Austrian Perspective on the History of Economic Thought melhor que esse. Mas é um ótimo livro.
Rothbard falsifica grande parte dos autores que analisa, em especial os escolásticos.
@@theGuilherme36 É, não.
@@theGuilherme36 por exemplo?
@@josebonifacio4780 Ele quer colocar eles como quase llibertários, o que estavam longe. O próprio Juan de Mariana defendia até controle de preços.
@@theGuilherme36 sem uma intonação sarcástica,vc poderia me demonstrar aonde o Juan de Mariana defende controle de preços? Aliás,pelo o que sei,o Rothbard apenas conexiona a Escola Austríaca com os escolásticos devido a influência que o fundador Carl Menger teve de seu colega Franz Brentano que era um estudante de teologia(sendo ligado aos escolásticos e o Aristoteles)
Guilherme,poderia falar sobre o que acha do paleolibertarianismo,corrente essa que defende o jusnaturalismo e um livre mercado mais pautado na moral cristã,suponho eu que isso seja o mais próximo de uma sociedade mais voltada as virtudes,diferentemente dos randianos que saem por aí gritando “PNA” e que egoísmo é ótimo,temos que incentivar o egoísmo.
Não é exatamente a minha posição, mas é mais próximo do que eu acredito.
@@guilhermefclfreire salve Maria Guilherme! Você tem alguma crença política específica?
Tem alguma referência em português?
O site não está funcionando. Já solicitei o guia de estudos algumas vezes e não obtive
Críticas a Adam Smith bem ruins. Qualquer pessoa que conheça sua obra Teoria dos Sentimentos Morais sabe que ele não pensava que a sociedade deveria se pautar no egoísmo. Na verdade, ele colocava a empatia como algo essencial nas relações humanas.
Além disso, sua frase sobre a mão invisível não passava de uma metáfora para a tendência de equilibração dos mercados, uma vez que ela ocorre sem que os indivíduos precisem almejá-la.
Wilhelm Röpke, que vc mencionou, entendia Adam Smith muito melhor do que esse autor citado no vídeo.
Egoísmo metodológico é diferente de egoísmo. Egoísmo metodológico é partir do pressuposto de que todos agem por interesse próprio na análise econômica (o que se contrapõe a uma teoria de destinação final dos bens). Quanto a Smith estar influenciado pelo panteísmo, ele está explícitamente sob a influência do estoicismo e outras correntes helenísticas. Isso fica evidente no próprio tratado dos sentimentos morais (que nega o egoísmo ético, embora sob uma base nominalista e reafirma o metodológico).
O autor obviamente sabe que mão invisível é uma metáfora de equilíbrio de mercado. Mas vá na riquza das Nações e veja sob qual visão metafísica se fundamenta o dito equilíbrio
@@guilhermefclfreire O equilíbrio, em A Riqueza das Nações, não se fundamenta sob visão metafísica alguma, mas sim pela fria análise econômica e institucional, coisa que os pensadores católicos parecem muitas vezes esquecer que existe.
@@guilhermefclfreire Adam Smith e outros grandes economistas apenas partem do ser humano como é, e não como alguém pensa que ele deve ser. E mesmo assim, foi mérito dele, de Mises e Hayek, mostrar que, mesmo se todos os agentes do mercado estivessem dispostos a atender ao bem comum, ainda haveria o problema epistemológico de decidir qual é a melhor forma de alocar os recursos, problema este que só pode ser resolvido por um processo emergente de mercado.
@@theGuilherme36"A Fábula das Abelhas" discorre sobre isto.
Interessante hoje, que esse próprio mercado é condição sine qua non para ideologias nefastas e tirânicas, suprimindo a própria democracia e a liberdade, esta uma mera abstração.