LINK DA PLATAFORMA SYMPLA PARA VOCÊ SE INSCREVER NO CURSO "O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO: DIÁLOGOS ENTRE DOSTOIÉVSKI E FREUD SOBRE A MODERNIDADE" - Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler: www.sympla.com.br/o-mal-estar-como-civilizacao-dialogos-entre-dostoievski-e-freud-sobre-a-modernidade__1183501
Flávio: Baitas resenhas! Assisti a essa terceira resenha e aproveitei para acompanhar as tuas duas primeiras resenhas sobre a trilogia. Vão algumas impressões desconexas sobre a trilogia como um todo: (1) Em 2009, escrevi um artigo intitulado "Os 2.400 anos de Matrix", para um jornal aqui de Erechim, sobre os 10 anos de lançamento da primeira parte da trilogia. Na ocasião também assumi a narrativa da alegoria da caverna de Platão como uma chave de leitura irresistível para se interpretar o filme, ressaltando, inclusive, que o movimento de retorno altruísta de Neo à Matrix poderia ser equiparado ao do antigo prisioneiro já liberto para com seus companheiros ainda agrilhoados. (2) É interessante notar que a atividade de Thomas Anderson como hacker insinua já uma centelha transgressora da personagem para com o sistema virtual da Matrix. (3) Parece que a obra introduz uma certa noção de natureza humana na medida em que, ao longo do célebre diálogo entre Smith e Morpheus, na primeira parte, o agente alega que uma outra versão da Matrix, aquela que simulara uma realidade socialmente perfeita, foi um fracasso rotundo, ou seja, a humanidade simplesmente a rejeitou. (4) O diálogo entre o Arquiteto e Neo, em Matrix Reloaded, constitui, para mim, o momento filosoficamente mais primoroso da trilogia, quando o problema da liberdade e do determinismo vem à baila de forma muito densa. (5) E o lugar das artes marciais na trilogia? Certamente a presença desse elemento não é casual. Uma chave de leitura que desponta, ao meu ver, pode ser buscada na tradição zen-budista, especialmente no que diz respeito ao cultivo das Artes do Dô - ou do Caminho. A questão à que me refiro pode ser elucidada no livro "A arte cavalheiresca do arqueiro zen", de Eugen Herrigel, sobretudo na síntese que D. T. Suzuki estabelece como introdução a essa obra: "O homem é definido como um ser pensante, mas suas grandes obras se realizam quando não pensa e não calcula. Devemos reconquistar a ingenuidade infantil, através de muitos anos de exercício na arte de nos esquecermos de nós próprios. Nesse estágio, o homem pensa sem pensar." Lembro, aqui, das inúmeras exortações de Morpheus a Neo condensadas sob a advertência: "Não pense que é. Seja!". Neo, além disso, é um guerreiro que, em certa medida, parece também encarnar o ideal do guerreiro pacífico, princípio caríssimo às artes marciais do Oriente. Um grande abraço...
3 года назад
Muito obrigado pelos ótimos comentários, Paulo. Com mais tempo, volto para aqui para responder aos seus pontos. Forte abraço!
Valeu, César! Amigo, espero que você possa se inscrever no próximo curso que vou ministrar, pelo Zoom, sobre Dostoiévski, Tolstói e Guimarães Rosa (valor acessível). As inscrições vão se abrir no dia 15/11. Um abraço!
Professor, encerrei a visualização dos vídeos sobre a trilogia do Matrix. Posso dizer que esperei 23 anos por uma análise com está profundidade. Agradeço enormemente. Grande abraço.
Muito interessante!. Eu gostaria de assistir a mais filmes assim e enxergar mais coisas, mas sou um desastre! ( Risos). Uma vez assisti um filme chamado "Os Doze Macacos" com Bruce Willis... Não entendi quase nada! (Risos) Obrigado, pela resenha, professor! Forte abraço!
Ricardo, meu amigo, parabéns pela análise (novamente)! A diretora de Matrix disse recentemente que o longa (trilogia) é "metáfora sobre aceitação e transição de gênero". Você não acha que esta afirmação reduz o multi-universo de Matrix a algo mais fechado, restrito e focado? Seria mais artístico não reduzir o universo de Matrix, com suas infinitas veredas -- você concorda? Não estou aqui desmerecendo a questão sobre aceitação e transição de gênero -- mas acredito que a, hoje em dia, diretora esteja usando a Matrix para reduzir a longa arte ao breve e chamativo momento. Abraços
3 года назад
Edu, meu caro, eu não conhecia essa afirmação das diretoras Lana e Lilly Wachowski. Você tem o link do vídeo ou entrevista escrita em que elas falaram isso? Gostaria de ter acesso ao contexto geral da colocação para comentá-la com você. Grande abraço!
LINK DA PLATAFORMA SYMPLA PARA VOCÊ SE INSCREVER NO CURSO "O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO: DIÁLOGOS ENTRE DOSTOIÉVSKI E FREUD SOBRE A MODERNIDADE" - Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler: www.sympla.com.br/o-mal-estar-como-civilizacao-dialogos-entre-dostoievski-e-freud-sobre-a-modernidade__1183501
Flávio: Baitas resenhas! Assisti a essa terceira resenha e aproveitei para acompanhar as tuas duas primeiras resenhas sobre a trilogia. Vão algumas impressões desconexas sobre a trilogia como um todo: (1) Em 2009, escrevi um artigo intitulado "Os 2.400 anos de Matrix", para um jornal aqui de Erechim, sobre os 10 anos de lançamento da primeira parte da trilogia. Na ocasião também assumi a narrativa da alegoria da caverna de Platão como uma chave de leitura irresistível para se interpretar o filme, ressaltando, inclusive, que o movimento de retorno altruísta de Neo à Matrix poderia ser equiparado ao do antigo prisioneiro já liberto para com seus companheiros ainda agrilhoados. (2) É interessante notar que a atividade de Thomas Anderson como hacker insinua já uma centelha transgressora da personagem para com o sistema virtual da Matrix. (3) Parece que a obra introduz uma certa noção de natureza humana na medida em que, ao longo do célebre diálogo entre Smith e Morpheus, na primeira parte, o agente alega que uma outra versão da Matrix, aquela que simulara uma realidade socialmente perfeita, foi um fracasso rotundo, ou seja, a humanidade simplesmente a rejeitou. (4) O diálogo entre o Arquiteto e Neo, em Matrix Reloaded, constitui, para mim, o momento filosoficamente mais primoroso da trilogia, quando o problema da liberdade e do determinismo vem à baila de forma muito densa. (5) E o lugar das artes marciais na trilogia? Certamente a presença desse elemento não é casual. Uma chave de leitura que desponta, ao meu ver, pode ser buscada na tradição zen-budista, especialmente no que diz respeito ao cultivo das Artes do Dô - ou do Caminho. A questão à que me refiro pode ser elucidada no livro "A arte cavalheiresca do arqueiro zen", de Eugen Herrigel, sobretudo na síntese que D. T. Suzuki estabelece como introdução a essa obra: "O homem é definido como um ser pensante, mas suas grandes obras se realizam quando não pensa e não calcula. Devemos reconquistar a ingenuidade infantil, através de muitos anos de exercício na arte de nos esquecermos de nós próprios. Nesse estágio, o homem pensa sem pensar." Lembro, aqui, das inúmeras exortações de Morpheus a Neo condensadas sob a advertência: "Não pense que é. Seja!". Neo, além disso, é um guerreiro que, em certa medida, parece também encarnar o ideal do guerreiro pacífico, princípio caríssimo às artes marciais do Oriente. Um grande abraço...
Muito obrigado pelos ótimos comentários, Paulo. Com mais tempo, volto para aqui para responder aos seus pontos. Forte abraço!
Útil importante relevante excelência
Valeu, Wilson!
Excelente!!!
Valeu, César! Amigo, espero que você possa se inscrever no próximo curso que vou ministrar, pelo Zoom, sobre Dostoiévski, Tolstói e Guimarães Rosa (valor acessível). As inscrições vão se abrir no dia 15/11. Um abraço!
Muito obrigado por esta resenha, professor! Estou ansioso por Matrix 4
Valeu, Guaraci, um abraço!
Professor, encerrei a visualização dos vídeos sobre a trilogia do Matrix. Posso dizer que esperei 23 anos por uma análise com está profundidade. Agradeço enormemente. Grande abraço.
Muito obrigado, Daniela, um grande abraço!
Parabéns, Professor! Show!! Professor, faz a resenha da série "Dark" por favor, por favor, por favor!!! ; )
Sugestão anotada. Um abraço!
@ Eita, Professor, já tô ansiosa. Um forte abraço e obrigada pela resposta, tudo de bom p'ro senhor!
Maravilha! Diz ae mestre, teremos algum dia uma resenha de Blade Runner? Abraços!
Sugestão anotada, André, um abraço!
Muito interessante!. Eu gostaria de assistir a mais filmes assim e enxergar mais coisas, mas sou um desastre! ( Risos). Uma vez assisti um filme chamado "Os Doze Macacos" com Bruce Willis... Não entendi quase nada! (Risos)
Obrigado, pela resenha, professor!
Forte abraço!
Abraço, amigo!
Gostaria de vê-lo resenhar o filme "Paris, Texas", de Win Wenders, uma obra-prima em todos os aspectos. É possível?
Sugestão anotada, Adriano. Um abraço, amigo!
Ricardo, meu amigo, parabéns pela análise (novamente)! A diretora de Matrix disse recentemente que o longa (trilogia) é "metáfora sobre aceitação e transição de gênero". Você não acha que esta afirmação reduz o multi-universo de Matrix a algo mais fechado, restrito e focado? Seria mais artístico não reduzir o universo de Matrix, com suas infinitas veredas -- você concorda? Não estou aqui desmerecendo a questão sobre aceitação e transição de gênero -- mas acredito que a, hoje em dia, diretora esteja usando a Matrix para reduzir a longa arte ao breve e chamativo momento. Abraços
Edu, meu caro, eu não conhecia essa afirmação das diretoras Lana e Lilly Wachowski. Você tem o link do vídeo ou entrevista escrita em que elas falaram isso? Gostaria de ter acesso ao contexto geral da colocação para comentá-la com você. Grande abraço!