Pensei o mesmo ao assistir esse vídeo. Como seria bom ver uma pessoa como esse professor em um podcast, principalmente, para levar mais conteúdo aos debates.
Olá professor. Por orientação sua, estou lendo "Levando os Direitos a Sério" (R. Dworkin), e lá há uma discussão excelente sobre o tema REGRAS X PRINCÍPIOS. O texto é riquíssimo em conceitos e exemplos. E pra não ficar no vazio, há que se salientar, e isso já está pacificado (ainda que haja discussões), que nenhum direito é absoluto. Abraço!!
“O livre mercado de ideias, com a confrontação aberta ao erro, conduz à verdade.” John Milton “É preciso lidar com a falibilidade humana, isto é, todas as pessoas estão sujeitas a errar e a ter opiniões equivocadas, tanto aquelas que se utilizam da liberdade de expressão quanto aquelas que buscam limitá-la.” John Stuart Mill
Ótimo vídeo, professor. Difícil encontrar bons comentários como os do senhor. Achei mais interessante ainda o senhor ter exposto sua visão sem citar o, tão controverso (nesses tempos), paradoxo de Popper.
Virgílio Afonso da Silva explana sobre as teorias interna e externa dos direitos fundamentais; a primeira se orienta pelo conteúdo inato dos mesmos, enquanto a segunda aborda o conteúdo a partir de um aspecto relacional.
Princípio da legalidade: ninguém será punido sem que haja uma tipificação do ato previamente combinada. Pois bem, existe essa tipificação na lei de racismo Art.20 com agravante do parágrafo segundo. Como bem citado no vídeo, o parágrafo quinto da CF delimita a liberdade de expressão garantindo que tua opinião não será censurada (exceto se emitida em anonimato). Esse dispositivo garante a liberdade de forma mais ampla possível, inclusive no ato de identificar o autor de qualquer tipo de comentário e responsabilizá-lo, caso seja necessário. Por isso o anônimo na internet é frequentemente excluído/censurado legalmente.
Bom dia. Uma coisa que eu percebo é que muitos pesquisadores, a exemplo do próprio historiador que foi para o Flow conversar com Ygor e Monark logo após a polêmica, parecem ter medo de confrontar o cerne da questão, isto é, a espécie de raciocínio que originou a aberração que vimos: "se o comunismo, uma ideologia de extrema esquerda que matou milhões de pessoas é legalizado no Brasil, então por que o nazismo, uma ideologia de extrema direita que matou bem menos que o comunismo, é ilegal?". Não se pode negar que o anticomunismo fanático, bastante difundido nos dias de hoje, constitui um fator determinante para esses tipos de pensamentos destrutivos. Ademais, parabéns pelo vídeo. É sempre importante saber o que a comunidade acadêmica brasileira de filosofia tem a dizer sobre essas questões.
Não entendo a lógica dessa galera... Ninguém morreu mais na história humana do que no sistema capitalista, na maioria das vezes em função dele, do interesse de uma classe ou etnia sobre outras.
Qual é o limite da liberdade de expressão? A ética; a moral e a lei! _Vide_ o boicote; cancelamento e o linchamento são comportamentos sociais contra a antiética e/ou imoralidade e uma possível condenação do *Monark* pelo *antissemitismo.*
Boicote é uma expressão da livre vontade; como também o "cancelamento" (entendo por liberdade de discordar) e o "linchamento" (entendo por ataque verbal em grupos) estão no escopo da liberdade de expressão.
@@5driedgrams o cancelamento pode gerar consequências terríveis na vida de alguém por simplesmente ter uma opinião impopular. Não ponha verdade na boca de quem busca censurar o que você diz. Aliás, boicotes e cancelamentos são perfeitamente antiéticos e imorais.
@@batatinhacrescente6282 é curioso como quase todo mundo que se dicancelado termina com mais inscritos no seu canal de mídia e com mais dinheiro no bolso. Cancelamento é uma grande estratégia de marketing, isto sim. Por que boicotar e cancelar é imoral? Quer dizer que se uma empresa escraviza seus funcionários não tenho o direito moral de boicotar? Que tolice. Isso é até antiliberal. Eu não sei o que tu entende por cancelamento, mas vou usar a definição dos que se dizem cancelados, que é sofrer críticas em relativamente grande escala nas redes sociais. Se o sujeito se coloca na posição de influenciador de pessoas, de pessoa pública, ele assume o risco de sofrer críticas de mais pessoas do que um sujeito comum. Mas como eu disse, ser cancelado é vantajoso (salvo raras exceções), pois o sujeito faz alguma merda que tem um impacto social, sofre críticas, se coloca em posição de vítima e suga mais atenção pra ele. Na esteira tem uma massa de pessoas que foram ideologicamente condicionadas ao longo dos anos a tutelar o autodenominado cancelado, que muitas vezes não teve nada de cancelado, apenas sofreu críticas e se colocou em posição de vítima muito inteligentemente.
Querido mornac não foi antissemita, ele apenas questionou o porquê c******* a p**** do comunismo que matou mais de milhões de pessoas é tolerável no Brasil, intolerável pessoas serem a favor deste movimento Mas pessoas que apoiam o nazismo por exemplo não é intolerável😮 o cancelamento ele pode também com a vida das pessoas
Interessante análise, professor! Gostaria de saber se, em sua opinião, o comunismo/socialismo, com sua contagem de corpos na casa dos 120.000.000 também deveria ser proibido.
Mas as situações não são diferentes? Imagine-se que Zezinho quer abrir um partido nazista para defender ideias nazistas. Tudo bem que a ele seja negada a liberdade de expressão e que seja até crime ele querer expor ideias nazistas. Mas Monark apenas queria defender a possibilidade de zezinho ter liberdade de expressão, sendo que Monark iria combater as ideias desse partido. Em outras palavras, Monark não queria apenas aplicar rigorosamente a máxima de Voltaire? (Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la)... Monark também é criminoso por isso? Tanto quanto zezinho, que é nazista, enquanto Monark combateria o partido nazista cuja existência ele se dispôs tolerar?
Mas o Monark não falou "tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei"? desse modo ele está defendendo a existência de um partido que visa exterminar certos grupos étnicos, e fazendo com que seja incongruente dizer que combateria eles, pois bastaria se indispor com a existência deles se fosse realmente contrariá-los. Acho que essa fala de Voltaire poderia ser entendida como a simples expressão de ideias (e nazistas já tiveram bastante espaço e difundiram o suficiente seus ideais para termos uma concepção satisfatória sobre), sendo que já possuímos muito material para o entendimento do nazismo na literatura (sob o ponto de vista de todos os tipos de pessoas, de Hitler à judeus), cinema, construções históricas,... colocar como se tivéssemos que dar mais liberdade a nazistas para os entendermos melhor, me soa mais como uma abstração do tema. Posso estar falando merda mas foi isso que consegui pensar diante do seu comentário.
O Monark defendeu o direito de nazistas disputarem eleições e serem eleitos, não do Zézinho proferir crenças nazistas. Na minha opinião, os dois estão errados, pois o discurso se escala pra prática (eis a existência no nazismo em primeiro lugar) -- a função do discurso é escalar pra prática --, e fomenta preconceitos e ódio contra grupos por terem propriedades pessoais vistas como degeneradas e daninhas por nazistas; mas a defesa do direito de nazistas subirem ao poder é definitivamente pior, principalmente emitir isto numa plataforma gigante com o fim de convencer pessoas (muitas vezes ignorantes e/ou imaturas) da necessidade desse direito.
Depois do estrago que gente do naipe de Olavo de Carvalho causou à imagem da filosofia no Brasil, é uma verdadeira lufada de ar puro ouvir os vídeos do seu canal.
Ótimas reflexões! No entanto, vejo que o erro cometido entre os personagens citados foi ocasionado por um sistema de incoerências praticados pelo pensamento político; como defender a meritocracia em um sistema absurdamente não meritocrático, defender o privilégio de classes e a manutenção de sistemas opressores no país extremamente desigual. Não foi só uma falha de lógica filosófica, está embutido no pensamento deles incoerências que se mantém por um discurso criminoso e opressor que deve ser punido por falta de ética e não por erro de lógica de princípios!
Salvadori está ficando cada dia mais pop! Comentou o caso Monark, só falta agora ir em um PODCAST de sucesso, já falei isso, FLOW, VENUS, A DERIVA.
Pensei o mesmo ao assistir esse vídeo. Como seria bom ver uma pessoa como esse professor em um podcast, principalmente, para levar mais conteúdo aos debates.
@@AnaLauraBonzanini ele é muito bom! O Artur Petry poderia levar ele no A Deriva.
Boa! A galera pode fazer a campanha.
Olá professor. Por orientação sua, estou lendo "Levando os Direitos a Sério" (R. Dworkin), e lá há uma discussão excelente sobre o tema REGRAS X PRINCÍPIOS. O texto é riquíssimo em conceitos e exemplos. E pra não ficar no vazio, há que se salientar, e isso já está pacificado (ainda que haja discussões), que nenhum direito é absoluto. Abraço!!
Eu gosto de como você deixa uma agulha para pesquisarmos os assuntos comentados no vídeo. Parabéns pelo vídeo!
conheci esse canal depois do decorrer do acontecido. Muito bom me esclareceu diversas coisas sobre nilismo, maquiavel, etc.
Gosto muito desse debate. Um dos meus assuntos preferidos na área da filosofia.
“O livre mercado de ideias, com a confrontação aberta ao erro, conduz à verdade.” John Milton
“É preciso lidar com a falibilidade humana, isto é, todas as pessoas estão sujeitas a errar e a ter opiniões equivocadas, tanto aquelas que se utilizam da liberdade de expressão quanto aquelas que buscam limitá-la.” John Stuart Mill
Ótimo vídeo, professor. Difícil encontrar bons comentários como os do senhor. Achei mais interessante ainda o senhor ter exposto sua visão sem citar o, tão controverso (nesses tempos), paradoxo de Popper.
Virgílio Afonso da Silva explana sobre as teorias interna e externa dos direitos fundamentais; a primeira se orienta pelo conteúdo inato dos mesmos, enquanto a segunda aborda o conteúdo a partir de um aspecto relacional.
Como sempre muito claro e direto. Excelente vídeo!!
Princípio da legalidade: ninguém será punido sem que haja uma tipificação do ato previamente combinada. Pois bem, existe essa tipificação na lei de racismo Art.20 com agravante do parágrafo segundo.
Como bem citado no vídeo, o parágrafo quinto da CF delimita a liberdade de expressão garantindo que tua opinião não será censurada (exceto se emitida em anonimato). Esse dispositivo garante a liberdade de forma mais ampla possível, inclusive no ato de identificar o autor de qualquer tipo de comentário e responsabilizá-lo, caso seja necessário. Por isso o anônimo na internet é frequentemente excluído/censurado legalmente.
Muitíssimo válida uma contribuição como essa!
Bom dia. Uma coisa que eu percebo é que muitos pesquisadores, a exemplo do próprio historiador que foi para o Flow conversar com Ygor e Monark logo após a polêmica, parecem ter medo de confrontar o cerne da questão, isto é, a espécie de raciocínio que originou a aberração que vimos: "se o comunismo, uma ideologia de extrema esquerda que matou milhões de pessoas é legalizado no Brasil, então por que o nazismo, uma ideologia de extrema direita que matou bem menos que o comunismo, é ilegal?". Não se pode negar que o anticomunismo fanático, bastante difundido nos dias de hoje, constitui um fator determinante para esses tipos de pensamentos destrutivos. Ademais, parabéns pelo vídeo. É sempre importante saber o que a comunidade acadêmica brasileira de filosofia tem a dizer sobre essas questões.
Não entendo a lógica dessa galera... Ninguém morreu mais na história humana do que no sistema capitalista, na maioria das vezes em função dele, do interesse de uma classe ou etnia sobre outras.
Que comentários incríveis, saí muito mais inteligente do vídeo, parabéns prof.
Qual é o limite da liberdade de expressão?
A ética; a moral e a lei!
_Vide_ o boicote; cancelamento e o linchamento são comportamentos sociais contra a antiética e/ou imoralidade e uma possível condenação do *Monark* pelo *antissemitismo.*
Boicote é uma expressão da livre vontade; como também o "cancelamento" (entendo por liberdade de discordar) e o "linchamento" (entendo por ataque verbal em grupos) estão no escopo da liberdade de expressão.
@@5driedgrams o cancelamento pode gerar consequências terríveis na vida de alguém por simplesmente ter uma opinião impopular. Não ponha verdade na boca de quem busca censurar o que você diz.
Aliás, boicotes e cancelamentos são perfeitamente antiéticos e imorais.
@@batatinhacrescente6282 é curioso como quase todo mundo que se dicancelado termina com mais inscritos no seu canal de mídia e com mais dinheiro no bolso. Cancelamento é uma grande estratégia de marketing, isto sim.
Por que boicotar e cancelar é imoral? Quer dizer que se uma empresa escraviza seus funcionários não tenho o direito moral de boicotar? Que tolice. Isso é até antiliberal.
Eu não sei o que tu entende por cancelamento, mas vou usar a definição dos que se dizem cancelados, que é sofrer críticas em relativamente grande escala nas redes sociais. Se o sujeito se coloca na posição de influenciador de pessoas, de pessoa pública, ele assume o risco de sofrer críticas de mais pessoas do que um sujeito comum. Mas como eu disse, ser cancelado é vantajoso (salvo raras exceções), pois o sujeito faz alguma merda que tem um impacto social, sofre críticas, se coloca em posição de vítima e suga mais atenção pra ele. Na esteira tem uma massa de pessoas que foram ideologicamente condicionadas ao longo dos anos a tutelar o autodenominado cancelado, que muitas vezes não teve nada de cancelado, apenas sofreu críticas e se colocou em posição de vítima muito inteligentemente.
Querido mornac não foi antissemita, ele apenas questionou o porquê c******* a p**** do comunismo que matou mais de milhões de pessoas é tolerável no Brasil, intolerável pessoas serem a favor deste movimento Mas pessoas que apoiam o nazismo por exemplo não é intolerável😮 o cancelamento ele pode também com a vida das pessoas
faltou só indicar esse vídeo que tem haver com o tema ruclips.net/video/BN2LFGW5NYI/видео.html
Interessante análise, professor!
Gostaria de saber se, em sua opinião, o comunismo/socialismo, com sua contagem de corpos na casa dos 120.000.000 também deveria ser proibido.
Filosofar é preciso!
é comum que falando difícil acabe convencendo mais pessoas, muitas coisas que caso falassem claramente as pessoas não concordariam...
Mas as situações não são diferentes? Imagine-se que Zezinho quer abrir um partido nazista para defender ideias nazistas. Tudo bem que a ele seja negada a liberdade de expressão e que seja até crime ele querer expor ideias nazistas. Mas Monark apenas queria defender a possibilidade de zezinho ter liberdade de expressão, sendo que Monark iria combater as ideias desse partido. Em outras palavras, Monark não queria apenas aplicar rigorosamente a máxima de Voltaire? (Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la)... Monark também é criminoso por isso? Tanto quanto zezinho, que é nazista, enquanto Monark combateria o partido nazista cuja existência ele se dispôs tolerar?
Mas o Monark não falou "tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei"? desse modo ele está defendendo a existência de um partido que visa exterminar certos grupos étnicos, e fazendo com que seja incongruente dizer que combateria eles, pois bastaria se indispor com a existência deles se fosse realmente contrariá-los. Acho que essa fala de Voltaire poderia ser entendida como a simples expressão de ideias (e nazistas já tiveram bastante espaço e difundiram o suficiente seus ideais para termos uma concepção satisfatória sobre), sendo que já possuímos muito material para o entendimento do nazismo na literatura (sob o ponto de vista de todos os tipos de pessoas, de Hitler à judeus), cinema, construções históricas,... colocar como se tivéssemos que dar mais liberdade a nazistas para os entendermos melhor, me soa mais como uma abstração do tema.
Posso estar falando merda mas foi isso que consegui pensar diante do seu comentário.
O Monark defendeu o direito de nazistas disputarem eleições e serem eleitos, não do Zézinho proferir crenças nazistas. Na minha opinião, os dois estão errados, pois o discurso se escala pra prática (eis a existência no nazismo em primeiro lugar) -- a função do discurso é escalar pra prática --, e fomenta preconceitos e ódio contra grupos por terem propriedades pessoais vistas como degeneradas e daninhas por nazistas; mas a defesa do direito de nazistas subirem ao poder é definitivamente pior, principalmente emitir isto numa plataforma gigante com o fim de convencer pessoas (muitas vezes ignorantes e/ou imaturas) da necessidade desse direito.
Quem ainda acredita na moral?
Depois do estrago que gente do naipe de Olavo de Carvalho causou à imagem da filosofia no Brasil, é uma verdadeira lufada de ar puro ouvir os vídeos do seu canal.
Ótimas reflexões! No entanto, vejo que o erro cometido entre os personagens citados foi ocasionado por um sistema de incoerências praticados pelo pensamento político; como defender a meritocracia em um sistema absurdamente não meritocrático, defender o privilégio de classes e a manutenção de sistemas opressores no país extremamente desigual. Não foi só uma falha de lógica filosófica, está embutido no pensamento deles incoerências que se mantém por um discurso criminoso e opressor que deve ser punido por falta de ética e não por erro de lógica de princípios!