Jana, será que uma proposta de reforma da Gramática Normativa, com um estudo bem aprofundado com base no latim e etimologia das palavras... Isso não poderia ser feito? O latim tinha o género neutro. Porque haveria algumas incongruências. (ele/ela/elo) - Elo não deveria ser o masculino? E qual seria a palavra neutra de mãe e pai? teria de ser inventada ou buscada na história e adaptada (logicamente). Qual seria o neutro de órfão/órfã? E de paciente/pacienta? (seria paciento/pacienta/paciente - o último que seria o neutro, não?). De actor/actriz? como seria? (actórum?). E qual seria o neutro de réu/ré? E os artigos, quais seriam? Acredito que o neutro viria a acrescentar muito à língua, mas se fosse meticulosamente estudado para todos os casos possíveis.
Jana, coloca isso na descrição do vídeo que o RUclips divide automaticamente: 00:00 Introdução 01:09 "Gênero neutro não existe em português" 02:57 "Não existe uma forma única de marcar 'neutralidade'" 05:17 "Tanto assunto mais importante pra tratar: e a fome no mundo? e o analfabetismo?" 07:44 "A violência contra a comunidade LGBTQIA+ não vai acabar com o uso do gênero neutro" 09:51 "Vou ser obrigado a dizer 'colegues'?" 11:06 "Esse tal de gênero neutro nunca vai dar certo" 13:40 "E os ledores? O uso de 'x' é discriminatório contra pessoas cegas" 15:38 "Países que têm línguas com gênero neutro não tem mais igualdade"
A lista das afirmações polêmicas, para facilitar caso alguém queira rever: 01:09 "Gênero neutro não existe em português" 02:57 "Não existe uma forma única de marcar 'neutralidade'" 05:17 "Tanto assunto mais importante pra tratar: e a fome no mundo? e o analfabetismo?" 07:44 "A violência contra a comunidade LGBTQIA+ não vai acabar com o uso do gênero neutro" 09:51 "Vou ser obrigado a dizer 'colegues'?" 11:06 "Esse tal de gênero neutro nunca vai dar certo" 13:40 "E os ledores? O uso de 'x' é discriminatório contra pessoas cegas" 15:38 "Países que têm línguas com gênero neutro não tem mais igualdade"
Em primeiro lugar, é inegável que a esmagadora maioria da população se identifica dentro do binarismo de gênero, o que é refletido na gramática das línguas. Desconsiderar essa realidade demográfica para atender a uma minoria gera rejeição. Além disso, línguas como o português têm regras gramaticais historicamente baseadas no gênero, o que torna desafiador modificar essa estrutura de forma abrupta. Também é questionável defender mudanças que não encontram respaldo na comunidade científica especializada. Até porque nem todos os especialistas concordam com propostas radicais. Portanto, valores minoritários não devem ser impostos à linguagem da maioria. A linguística deve fundamentar seus achados, e não servir para impor ideologias. Outro problema é o impacto prático. A adoção de novas regras complexifica o uso da linguagem, o que pode excluir ainda mais grupos vulneráveis. Há ainda desafios de tradução e compreensão entre culturas e idiomas diferentes. Ou seja, a "linguagem não-binária" não representa a comunidade acadêmico e principalmente, não representa a maioria do povo brasileiro. Além do mais, pode dificultar a vida de grupos já excluídos, como surdos, cegos, analfabetos, deficientes, etc... Se a maioria da população e da comunidade acadêmica/científica discorda de determinadas mudanças linguísticas, e essas mudanças são impostas de forma unilateral, isso realmente pode ser considerado antiético. Algumas considerações a respeito: Qualquer mudança significativa na língua requer um amplo processo de discussão e convencimento, não simples imposição. Mudanças forçadas que não respeitem os usos linguísticos majoritários correm o risco de gerar mais rejeição do que aceitação. Realmente, o fato de que professores ou acadêmicos defendam determinadas mudanças linguísticas não as torna automaticamente válidas ou desprovidas de viés ideológico. Trata-se de um argumento falacioso de apelo à autoridade. Os subsídios teóricos e metodológicos da Linguística e das demais ciências da linguagem devem fundamentar propostas de mudança, não apenas opiniões individuais. Portanto, o consenso da comunidade científica como um todo é mais relevante do que posicionamentos isolados. Até pesquisadores renomados podem defender teses com base em suas próprias convicções ideológicas, e não apenas evidências objetivas. É legítimo os professores defenderem suas ideias, mas impô-las como verdades absolutas seria abuso de autoridade. Resumindo : 1) A linguagem não-binária não representa o povo brasileiro. 2) não há embasamento acadêmico para fazer essa mudança. 3) Não há consenso na academia brasileira de que a língua portuguesa em si seja preconceituosa em relação a gênero. 4) Defender mudanças não embasadas cientificamente que vão de encontro ao consenso acadêmico constitui uma postura ideológica, e não científica. 5) Apenas porque determinado professor ou acadêmico apoia determinada tese, isso não a torna automaticamente válida do ponto de vista técnico-científico. 6) Apelar para a "autoridade" de um especialista para legitimar uma ideologia constitui um argumento falacioso.
Quando comecei a aprender inglês nos idos dos anos 90 aprendi que bombeiro era fireman, bombeira, firewoman. Policial policeman ou policewoman de acordo com o gênero. Hoje, todo e qualquer livro de inglês que uso para dar aulas apresenta firefighter e police officer. Entre tantos outros exemplos. As línguas mudam e parece que só percebemos tais mudanças quando não estamos inseridos nelas.
Desde que comecei o exercício de escrita na escola, o masculino genérico já era discutido como um problema e professores nos mostravam e *incentivavam* a usar alternativas mais neutras, como "pessoas" "a população". Por isso eu acho extremamente ridículo quem levanta o problema do masculino genérico como se fosse uma conversa que surgiu ontem.
E antes disso, os falantes de inglês eram muito mais feministas que os de português né? Pq comparada às línguas latinas o inglês tem pouquíssimos marcadores de gênero.. mano, vocês têm que se foder muito
"Muita gente brigando e pouca gente refletindo". Por que eu sinto que isso se aplica a praticamente tudo no Brasil? kkkkkk Ótimo vídeo, Jana, como sempre
@@JanaViscardi no youtube tbm, um determinado prof de português foi comentar sobre e sinceramente ele acabou sendo machista fazendo piadinhas escrotas.Nos comentários do vídeo dele cheio de pessoas transfóbicas/lgbtfóbicas e pra ele de boa oq importa é que "não existe todes".
@@JanaViscardi eu adorei sua explicação sobre o tema, me abriu muito os horizontes. Mas ainda assim, não vejo como esse discussão (nesse momento) possa fazer parte de um debate mais aprimorado do alcance que dos movimentos de esquerda nas populações mais pobres, por exemplo. Pra mim é um debate muito mais acadêmico e muito mais voltado as elites que tem dimensão do quanto a língua é identidade e o quanto tb pode significar preconceito. Meu medo maior ( e posso estar totalmente errado, admito) é que a esquerda foque apenas nisso, e faça desse tema, projetos de lei, por exemplo, o que seria uma total chacota no momento. E veja, no momento! Não acho que não seja importante discutir, e como vc bem falou, uma coisa não anula a outra. Mas é importante ver que de fato criar , agora, um gênero neutro, e tentar impor essa pauta Em uma galera que não tem nem onde morar nem o que comer, é totalmente desnecessário. Existe já na língua portuguesa , mesmo na não culta, pronomes neutros. Talvez nesse momento focar nisso na9 seja a melhor opção ( mas não que não seja necessário). Estava aguardando bastante esse seu vídeo, gostei muito, parabéns, adoro vc.
Admito que cheguei com certo preconceito e a explicação mudou isso. Eu me sinto grato de poder ver um vídeo explicitativo como esse. Muito obrigado, Jana!!!!
Jana, eu me identifico como uma pessoa não binária. Eu detesto o que o debate em torno do gênero neutro na linguagem tenha virado uma coisa tão tóxica. Eu até consigo conversar com outras pessoas trans sobre (até sobre coisas que aprendi no seu canal haha) , mas ler algumas coisas na internet e principalmente no Twitter me faz passar mal. Sério. Muito obrigade por trazer mais um vídeo discutindo o tema de forma tão calma. Aliás esse é o meu maior elogio ao canal, trazer temas de maneira tranquila e reconfortante.
Queride, sinta-se abraçade!!! Não entendo como algo tão significativo para grande parte da nossa população possa ser tratado de forma tão negligente!! Força!!!
Enfrento algo bem semelhante, mas tenho tentado fazer parte da discussão saudável para melhorar a vida de nós, pessoas não bináries. Espero que você consiga encontrar mais pessoas para conversar com você! :)
Sou professora de Português, de educação especial e atualmente trabalho com cegos e pessoas de baixa visão. Sempre defendi a comunidade LGBTQIA+ . Resolvi me interar sobre a linguagem neutra para expressar a respeito. Seu vídeo me ajudou muito. Parabéns!!!
Meu Deus do céu. Se um dia eu conseguir ter metade da sua didática e habilidade de conseguir discutir temas tão polêmicos plena desse jeito, serei uma professora nota 10. Jana, você é maravilhosa.
Olá, Jana :) Porque falaste em como essa discussão está presente em diversos países e instituições, lembrei-me como a minha empresa, uma companhia aérea inglesa, nos pediu há vários meses para passarmos a usar "Hello, everyone!" em vez do tradicional "Ladies and gentlemen" nos anúncios a bordo. Ainda vejo muita resistência entre os meus colegas, pela questão de se achar que é menos formal ou que é idiota ou apenas por hábito. No inglês é mais fácil usar o neutro, já no português, que é a minha língua materna, causa-me desconforto e tenho de trabalhar nisso. Se podemos incluir mais pessoas, devemos fazê-lo! Muito obrigada pelo vídeo necessário, aprendo sempre muito contigo ❤
Hablando del VOCÊ, me llama la atención que en portugués la mayor intimidad y acercamiento se marca usando la tercera persona. Por ejemplo, "a gente" y "você" en lugar de "nós" y "tu". Y entonces me di cuenta de que acá hacemos algo parecido: usamos VOS en lugar de TÚ. Lo que en un momento fue un tratamiento respetuosos ahora es el más confianzudo. Todo cambia.
O "tu" aqui no nordeste do Brasil também é muito usado como algo íntimo ou informal. O "tu" e o "você" estão na mesma categoria, já para a formalidade fica o uso do "senhor" ou "senhora" (neste caso ainda definindo o gênero ). 😊
Esse vídeo está incrível, utilizou ótimos argumentos e amo sua forma didática. Trouxe exatamente todos os pontos que vejo sendo discutidos em redes sociais... Torço para mais pessoas verem
amo amo que mesmo sendo mt respeitosa e ponderada com os múltiplos lados da discussão, voce ainda mostra seu posicionamento .. organiza e direciona saberes de uma forma mt limpa e com bom humor lindo lindo
É tão refrescante ver um video informativo e respeitoso sobre! A gente vê tanto odio na internet que chega a ficar mal depois, você é muito necessária!!!!
Jana você é maravilhosa!! Já tinha um vídeo seu falando disso aqui, mas este está espetacular!! Você desmontou e rebateu os principais argumentos que vi sobre isso de uma forma muito didática e lógica. Muito obrigada por compartilhar seu conhecimento e suas análises com a gente!
Jana, me identifico como gênero fluido e utilizo o pronome neutro, tenho tentado discutir sobre isso há muito tempo, mas esse assunto tem trazido muita toxicidade e transfobia, o que acaba sendo um gatilho para a minha ansiedade. Eu te agradeço infinitamente por esse vídeo e pela sua contribuição no debate.
Belle, você traduziu meu sentimento de dúvida em compartilhar ou não o vídeo, porque esses dias vi tanta gente que admiro escrevendo se manifestando de forma tão preconceituosa para defender a gramática normativa que fiquei triste, com uma sensação ruim, sabe. Mas vou compartilhar assim mesmo, porque se uma mente se abrir para esse debate já terá valido a pena.
Na língua sueca, apesar de muitas idas e vindas, existe o uso do Hen, juntamente com o Han (ele) e o Hon (ela). E é isso, existe muito conservadorismo gramatical, pessoas são contra mas parecem estar aceitando ao poucos. A língua de hoje será a gramática de amanhã, constante mutação. Obrigade, Jana!
@Rodrigo Rsa A sua opinião sobre o assunto tanto faz, mas se você quer defender o conservadorismo sobre a gramática da língua portuguesa por favor conjugue os verbos corretamente. "Tu falou" é super errado, as formas corretas são "Tu falaste" ou "Você falou". Acrescentar um pronome na língua não irá destruí-la, conjugar mal os verbos sim.
Rodrigo,o pronome neutro é um pronome, você usa quando se refere a uma pessoa não binária, Não é em tudo, ou por acaso, você tem 7 anos e não tem a capacidade de entender?
@Rodrigo Rsa o trema sumiu do dia pra noite e uma porrada de palavras que tinham trema foram alteradas em menos de um mês, puta intervalo de tempo grande esse alias, quer falar de linguagem imposta? Então te apresento a língua formal e os acordos gramaticais. Tenta escrever uma redação acadêmica sem usar a linguagem que a academia te obriga a usar par ver oq acontece.
Fiz thread de diquinhas no status do meu WhatsApp e Instagram sobre linguagem neutra ontem, desmistificando algumas coisas e abordando algumas dúvidas recorrentes, muitas delas presentes no vídeo. Muito do que aprendi sobre os processos da língua e da linguagem vem de ti, Professora Jana. Muito obrigado por utilizar seu modestíssimo espaço para levantar e esclarecer essas questões!!
O bom da língua é o fato de não ser estanque. Quando todos nos conscientizarmos disso, a comunicação será outra. Sem exclusão, por exemplo.. Obrigada, Jana. Sempre pontual!
Sem exclusão! Inclusive dos disléxicos, que a linguagem neutra exclui ainda mais e sob a justificativa da suposta exclusão de pessoas não binárias, sendo que a língua não as exclui, elas (algumas) que se sentem excluídas pela língua. Só se sentir excluído é diferente de estar de fato.
Jana tô perdidamente apaixonada por vc. Conheci seu canal esses dias e não consigo mais parar de assistir. É um vício mas pelo menos é um vício bom kkkkkk
Gostei muito da forma didática e informativa que você passou a discussão, infelizmente a discussão em si se tornou algo muito tóxico mas redes sociais e muitas pessoas passam isso de forma impositiva, agressiva e essencialista ("fala pronome neutro" "por que?" "por se não você é transfobico!"). O diálogo precisa ser feito de forma educativa e as pessoas tem direito de receberem uma explicação e terem seu tempo de mudar todo um vocabulário sem serem linchadas por isso, isso não está atraindo ninguém, muito pelo o contrario. Parabéns pelo vídeo, recomendo que quem assistiu também veja o vídeo do canal Tempero Drag sobre Linguagem Neutra, vídeo muito bom também.
Adorei o video. Outra boa forma de contornar a linguagem respeitando todos os gêneros, sem precisar falar meninE ou o masculino genérico, por exemplo, é usar os recursos de substituição por palavras "comuns de gêneros". Vc não precisa falar "Vamos dar presentes aos meninos/meninas/menines". Pode falar "Vamos dar presentes às crianças". Outro exemplo: invés de falar "você está belíssima/belíssimo/belissime" pode falar "você está deslumbrante" . São raríssimos os casos que não consigo fazer esta substituição. ❤️❤️❤️
Parabéns pelo seu conteúdo, Jana. Muito sensata e consciente. A maioria do conteúdo que tenho encontrado sobre "pronome neutro" vem sendo abordado com muita raiva/ intolerância/preconceito/conservadorismo, e isso invalida qualquer discurso.
Me sinto feliz com seu vídeo e ao mesmo triste, pois as pessoas geralmente vivem em bolhas, então a grande maioria que lhe assiste são os que concordam, e os que discordam não assistem. Sou educador e eu tenho esse anseio todos os dias para pensar em como pessoas que discordam possam me ouvir, mesmo que discordem. Consegue compreender o pensamento Jana? Digo que conseguir fazer isso é quase um sonho pra mim.
Acho que consegue ao construir um caminho de parceria e confiança, pois vc já tem um poder incrível nas mãos: vc é educador! Nesta vida, já vi muitos educadores levando à reflexão e mudando opiniões de familiares e alunos por serem "pessoas de confiança" que passaram a influenciar positivamente a comunidade na qual trabalhavam. Você não vai mudar todo mundo, mas pode fazer a diferença na vida de várias famílias! Força e perseverança hoje e sempre!
Jana, adoro a sua clareza pra expressar e desconstruir assuntos tão complexos e espinhosos. Isso tudo com esse olhar calmo, mas cheio de acidez. O toque final é dado por esse comigo-ninguém-pode num chão de tábua corrida. Amo seu canal!!!
Jana, vou ser muito sincera: não sei se "concordo" ou entendo tudo o que você quis dizer sobre essa questão (culpa da minha escolaridade mediana, assumo). Contudo, diferente de outros materiais que vi tratando sobre o tema, o teu traz a discussão muito pro "chão", em termos mais palpáveis e concretos, trazendo o debate mais pra nossa realidade. Talvez o fato de muitas vezes as pessoas que entendem do tema manterem o debate fora do alcance de pessoas medíocres como eu seja o responsável por uma parte da rejeição a este assunto - por isso, o que você fez aqui foi incrível. Obrigada, de coração, por isso. Vou ver o vídeo mais vezes é ler o material que você disponizou pra tentar me aprofundar mais sobre o tema.
Jana, muito obrigado por trazer esse ponto de vista tão esclarecido! Importante termos materiais assim, tão didáticos e explicativos, para ajudar a enriquecer o debate. Beijos! Adoro seu trabalho.
Tem nem o que falar sobre esse vídeo, apenas uma coisa: inspirador. Descobri teu canal por um professor de fonética e fonologia, e definitivamente, a cada vídeo me surpreendo mais. Por esse vídeo, por abordar esse assunto TÃO importante, por essa abordagem incrível, por essas referências, por propor essa conversa, por tudo! A língua portuguesa agradece. O gás que me deu pra me empenhar no curso, pra que um dia possa falar sobre o assunto com a mesma propriedade que você, bateu. Novamente, obrigada ❤
Adorei essas explicações, ponto a ponto, com tranquilidade, eliminando todos esse comentários generalistas q buscam bloquear as mudanças e as reflxões, muito bom!! Jana vc é fantástica!! E como a nossa língua é importante e viva, a forma q nos comunicamos e podemos expressar o q somos, descobertas e mais descobertas.
Uau, conheci seu canal na sala virtual da minha professora de Morfologia (olha que legal! Minha professora também usa o gênero neutro). Eu como graduanda da Letras, que faz parte da comunidade LGBTQIA+, estive muito confusa nos últimos meses. Vi professores compartilhando de opiniões contrárias, e até fui atrás de uns artigos para ler. Mas esse vídeo aqui me esclareceu tanto, tenho muito a agradecer! Não paro nele, vou continuar pesquisando sobre, mas obrigada, sério. Acredito que esse é o caminho certo para a inclusão que lutamos.
@@JanaViscardi o nome dela é Maria Cristina Morais de Carvalho, professora do IFG, Câmpus Goiânia. Li seu ensaio, adorei e estou compartilhando :) que incrível que temos uma doutora em Linguística falando sobre isso de forma respeitosa e esclarecedora. Obrigada, Jana!
Vou guardar esse vídeo pra quando eu sair do armário pra tentar explicar pras pessoas do meu convívio, pq tá super didático e maravilhoso. Obg por isso, Jana ❤
Sou defensor da causa indigena e acho que deveriamos conversar em TUPI GUARANI a partir de agora! Tenho certeza que isso apagaria todas as atrocidades que fizemos contra os indios ate hoje
Jana, gosto muito do seu trabalho, espero de S2 que vc não passe pelo o que a Rosa Laura passou por causa desse tema, e se passar, que vc tenho maturidade e resiliência, vivemos em um mundo em que um quer ser melhor que o outro...então que no fim de tudo pois uma hora essa polemica vai passar, que todos estejam bem e principalmente na saúde mental.
Oi, querida, muito obrigada! Tenho outros vídeos sobre a temática e já vivi essa tensão. Espero que não aconteça. Se acontecer, a gente cuida! :) beijos e obrigada, viu?
Olá, Jana! 😄 - Muito prazer! Sensacional, lúcida e muito clara a sua explicação. - A ciência da Linguística (essa que discute as variantes dos idiomas) deveria andar junto à gramática normativa nas escolas. Assim, questões de transformação das línguas ficariam mais claras para as pessoas e, consequentemente, existiriam menos preconceitos linguísticos (independentemente de suas raízes ou motivações). - Obrigada por gravar esse vídeo. ⚘
Sou trans não binárie. Vc é demais+. Estou falando muito sobre isso aqui na minha cidade, Macapá, Amapá. Até gravei ontem uma entrevista na TV. É ótimo ter seu apoio. Tem estudantes de letras que conheço pela internet que são contra. Obrigade 😘
A língua deve agregar todas as pessoas, atender a todos q a usam. Os jovens devem transformar tudo, pq os velhos já ñ têm mais jeito, já se acostumaram com as coisas ruins, a mediocridade, a desigualdade e a violência. Sejam transformadores!!
Existe no meio da suas pernas um órgão que a natureza criou e acredite não tem como ser neutro ele só pode ser feminino ou masculino pois foi feito além de um propósito, logo sua usabilidade e de responsabilidade sua é íntima e pessoal . Se tu vai usar calcinha foda-se , se tu vai usar e abusar desta merda foda-se, pois a vida é sua . Tu quer mudar um idioma inteiro milenar pra agradar seu ego para dar sentido para sua vida sem propósito em um mundo binário ? é meu irmãozinho sinto muito mas acho que tua tribo vai ficar extinta . Se tu não se encaixa na realidade global tem duas soluções uma, encontre sua turma e vao pra caverna , outra opção é pular do precipício de costas( analogia kkk) . Irmao a vida vai bater forte todo dia e essa merda não vai pegar pois essa questão de ser neutro é uma questão psico só de voces para se auto-afirmarem , quem quer saber irmão se tudo come se tu dá ou não quer comer kkkkk . Agora vou ser sexista por falar meu idioma correto kkkkk e meus problemas quem vai mudar pra ficar mais fácil pra mim ?
Gosto dos seus vídeos porque você sempre traz ótimos argumentos para as discussões. Melhor fala que vi até o momento sobre esse debate. Muito obrigada pelo vídeo, Jana!
Perfeito momento pra esse vídeo. Me deparei com muitas publicações falando sobre ser desnecessário o uso do pronome neutro, menosprezando a causa ou dizendo que a "esquerda cirandeira" só tá preocupada com isso. Vou compartilhar, pra ver se a galera compreende!
Oi Jana. Acho interessante a maneira com que vc coloca as questões. Vou dizer algo que aconteceu esses dias e que fiquei incomodada e reflexiva. Vi uma postagem de uma cantora que sigo no Instagram e ela disse: "sejam bem vindos e bem vindes" aí eu pensei: "antes a categoria mulher de encaixava no masculino, agora está entrando o neutro e a categoria mulher pela fala dela foi contemplada pelo neutro, mas e o feminino na língua? Pq ele nunca vira o padrão pra se referir as pessoas?" Eu realmente me senti incomodada com esse escolha dela. Eu tbm acho que isso precisa ser discutido seriamente. O feminino nunca é uma escolha né, é impressionante. Eu ainda prefiro falar no feminino e vou buscar sobre a estudiosa que vc citou que usa o feminino como neutro. Obrigada pelas referências.
Exatamente. O "todEs" apaga mulheres, apenas METADE das pessoas no mundo. Mas isso não gera comoção, afinal nós mulheres somos mães do mundo, criadas pra pensar nas outras pessoas sempre em primeiro lugar, a real é essa. Esse é um dos motivos pelos quais o movimento feminista é um dos que menos avança em relação à luta da minoria que representa: estamos SEMPRE ocupadas demais em cuidar para lutar.
Perfeito! Vi muitas discussões sobre isso nas redes sociais, e sempre prevaleciam esses comentários que você desconstruiu, e vindo de pessoas que se consideram militantes. Obrigada por esclarecer
Obrigado por me fazer entender mais sobre essa discussão! Eu estava resistente, mas com seus argumentos, comecei entender melhor a importância de gênero neutro pela reinvidicação de grupos que não se encontram na binariedade.
Vejo o vídeo da Jana e vou correndo pro rascunho da minha dissertação (mestrado em letras) pra inserir "Nota sobre a utilização do gênero neutro em português". Era o que tava faltando e eu não sabia o que era 💙
Maravilhosa!! Viu, usei o feminino. Adoro um shade básico.. "Esse gênero neutro não vai dar certo". Os sinais que temos é que já tá dando ne?! Nunca se falou tanto sobre quanto hj E a parte de "vc vai usar o genero neutro pra ela (pessoa que vc comunica no momento)" resumiu tudo!!!
Tenho procurado usar palavras genéricas quando me refiro a multidões e usado o final -e para evidenciar o gênero neutro. A língua em si não é machista, mas ela é o reflexo de poder de uma cultura. E a língua evolui. Ainda vai levar algumas décadas até o gênero neutro ser incorporado e normalizado, mas é assim mesmo, devagar, mas sempre em frente.
@@TayRakeTv Vamos mudar o português sim! Já mudamos várias vezes por razões muito menos importantes para os brasileiros. A língua deve agregar todas as pessoas, atender a todos q a usam. Os jovens devem transformar tudo, pq os velhos já ñ têm mais jeito, já se acostumaram com as coisas ruins, a mediocridade, a desigualdade e a violência.
Jana, muito obrigada por esse vídeo! Eu tinha uma certa "resistência" sobre esse assunto e assistindo seu vídeo vi que era ignorância da minha parte porque 98% dos argumentos que eu usava não fazem sentido
Acho importante você pesquisar mais e procurar saber como funciona realmente um leitor de tela, estudar sobre o software e não achar que é simplesmente trocar a leitura do X pelo E ou por outra letra qualquer. Sou cega e atrapalha muito sim o uso do arroba ou X ou outro símbolo
Atente ao que eu disse: nunca mencionei que não atrapalha pessoas cegas. Minha discussão se direcionava aos desenvolvedores de software, que nunca são mencionados quando essa discussão aparece, como se um software fosse algo imutável e inquestionável. Eu não acho que deve ser assim.
Uma língua já falada só evolui de forma natural. Acham mesmo que têm poder para mudar radicalmente uma língua quase milenar? Se sim, então irei esperar DEITADO, pois sentado CANSA!
Jana, eu quero dar meus 20 centavos... e fazer uma pergunta como aluno. Vamos pensar na não-neutralidade da língua. Se pensarmos o gênero neutro como Linguagem Inclusiva ou Linguagem Afirmativa que afirma a diferença, o qualitativo. Eu adoto falar gênero neutro, mas em Linguagem eu falo que ela é afirmativa. Afirmativa do gênero não-binário, do gênero que não se adequa as normas de gênero concebidas como categorias ontológicas e mesmo epistemológicas sobre o ser homem e homem, e o ser mulher e mulher. Então essa afirmação da existência de outras possibilidades de configuração do gênero e de como a pessoa se identifica (no sentido de se perceber, se entender e se afirmar) traria para mim uma ideia de que nós precisamos resgatar uma ideia de inclusão e de afirmação. A negação da diferença, o tornar homogêneo, categorizar como o homem vem feito até agora já se provou falho em muitos aspectos. A própria afirmação pode mostrar uma ausência. Se eu falo Deles, não falo de nós. Me refiro a Eles. E ao afirmar Eles, eu afirmo a diferença. Não sei... talvez eu esteja indo muito para uma vertente mais filosófica do entendimento disso, mas gostaria da tua opinião. Porque meus 20 centavos valem nada nesse debate tão amplo, tão importante e diria até mesmo urgente na sociedade contemporânea... porque eu vejo que pensar linguagem, é afirmar valores. Valor de validade, até de certa forma de permissão da existência. Então o gênero neutro ele afirma uma existência. Uma vida até então não considerada pelos discursos conservadores. E esses campos discursivos, com suas tensões e conflitos, revelam como nós valoramos as coisas, tanto no campo do saber, quando no campo do construção do ser... um devir que parte também da linguagem. Mas enfim. Era isso. EU AMEI ESSA AULA. Compartilhadíssima no face, apesar de eu estar me distanciando um tico do face.
Oi, Pedro, tudo joia? Obrigada por seu comentário! É isso: é validar uma existência pela linguagem. Não é o único lugar em que essas existências devem ser afirmadas e reconhecidas, como digo no vídeo, mas é um desses lugares. :)
Pensei a MESMA coisa! Hahahahaha Fiquei com vergonha de mim mesma e decidi que vou ficar treinando nas horas vagas, pra poder dizer isso assim, plena, que nem a Janaína! 😄
Video excelente Jana, eu tenho me esforçado para estudar mais sobre esse assunto enquanto estudante de Letras. Hoje em dia não concordo com o uso do todes como validação da existência de um terceiro gênero identitário, dou preferência ao uso por exemplo do masculino e feminino. Ex: Boa noite a todos e todas. Isso porque o próprio feminismo discute a muito tempo os padrões de gênero e a importância da quebra desses, sugerindo portanto que as pessoas não vivam a mercer do gênero, em outras palavras a neutralidade do gênero, não a criação de mais dele. Portanto, para mim, criar outros gêneros não parece ser a melhor forma de lidar com a questão.
Oi, Matheus, tudo joia? Acho que tem alguns pontos importantes a destacar: em primeiro lugar, vc concordar ou não com o uso de todes não faz com que ele não exista ou que deva não existir. Ele está sendo empregado por pessoas que o consideram válido. É papel do linguista descrever e atestar a ocorrência dele, não pretender erradicá-lo, por exemplo, por não "concordar" com ele. Um segundo ponto é a questão do feminismo e sua intersecção com a Linguística. Há muitos anos o debate sobre o masculino genérico na língua vem sendo feito em diferentes países do mundo. Para essa discussão, por ex, há muitas feministas linguistas que adotam o feminino genérico ao invés do masculino genérico. É uma das escolhas possíveis, para além dessa que vc trouxe do "todas e todos". Essa reflexão não se opõe necessariamente à criação de um terceiro gênero na língua, destinado a representar pessoas não-binárias e, eventualmente, empregá-lo como genérico. Além disso, é preciso sair da própria realidade, observar a realidade de outras pessoas que são diferentes de você, buscar compreender suas experiências para entender a importância de pensar essas questões para além do "discordo". Língua é poder; não reconhecer as demandas de minorias, passíveis de aplicação na língua, é exercer esse poder sobre esses grupos. As variações que se vê em torno do gênero neutro - diferentes pronomes, sufixos - são uma demanda de membros da comunidade de falantes na atualidade e já estão presentes na língua, movimentando-a. A língua não é um sistema que existe fora da sociedade e, por isso, é inevitavelmente transformada pelos falantes. Para todos os estudantes de Letras eu recomendo, bastante, o olhar sobre a língua a partir da Linguística, de maneira mais descritiva e menos prescritiva, para que, assim, se tornem professores de português com atenção às variedades para além do foco em determinar o que "pode" e o que "não pode" na língua. Um abraço, Jana
@@JanaViscardi Concordo com você sobre o papel da linguística em descrever, não prescrever, a língua em uso. Jamais ousaria esvaziar os debates acerca do tema. Minha colocação foi, não no sentido de questionar o uso do pronome neutro em si, mas de questionar a raiz que o gerou, que como você mesmo disse: a não-binariedade. Meu ponto de problematização não foi sobre a validade da pessoa não-binária, já que não diz respeito a ninguém decidir pela existência do outro, mas da validade do poder transformador que o não-binarismo de gênero se propõe a ter. Citei o feminino pelo fato de ele, antes da teoria queer, ter sugerido a neutralidade para com o sistema de gênero pela não validação de seus esteriótipos e projetos de poder. Opto por não usar o pronome neutro como generalizante, para que, através da língua eu não valide algo que eu desacredito: a transformação social e o fim da opressão de gênero através da criação e validação de outros tantos gêneros. Mas, não diferente da língua, estamos sempre expostos a mudanças e me esforço para não me fechar para debates e discussões acerca do tema. Um abraço
@@marxeus_ Tô com você nessa. Sou formada em Letras e entendo que a sociedade muda, e a língua é materialidade dessa mudança, não o contrário. O uso de todEs apaga o feminino, que é metade da população mundial e está sendo adotado como "neutro". Língua não é neutra nunca. Em nome da linguística descritiva, é um fato que deve ser descrito e relatado. Mas I emprego dessa língua tem sido feito por meio de uma imposição. Já vi acontecer várias vezes de pessoas serem consideradas fóbicas por não terem usado (na Internet, é claro, pois fora dela a sociedade nem sabe muito do que se trata).
@@jujubastyle o uso do todos tbm apaga metade da população feminina e nem por isso vejo gente querendo banir o pronome masculino. Sem contar que o próprio emprego do pronome masculino foi feito por imposição, apagando, historicamente, o feminino. Mas novamente, ninguém reclama disso pelo visto, o único interesse é apagar não-binário da sociedade e só isso
Jana! Nesses 6 meses que te acompanho venho aprendendo muito. Seu canal é fundamental para nós professores! Foucault ficaria muito contente da sua discussão! Obrigado e parabéns!❤️👏🏾👏🏾👏🏾
Tem gente que acha que a linguagem neutra vai ser usa como a música do "Sepe nê lêve pé, nê lêve pe que nê quê.", e não é bem assim, são pessoas que estão com bastante desinformação. 😓😓
O que não estão entendendo, é que a língua também é política. Todes precisam ser representades. Eu como pessoa não binária, te agradeço por esse vídeo tão didático, num momento em que estamos sendo motivo de chacota e risadas. Beijos, Jana ✨
a polícia gramática que diz se importar com a gramática ao mesmo tempo que chama de "nazista da gramática" quem tbm se importa com a gramática enfim, a hipocrisia desse povo
Inscreva-se no meu curso "Escrever sem medo": bit.ly/escrevercomjana
Jana, será que uma proposta de reforma da Gramática Normativa, com um estudo bem aprofundado com base no latim e etimologia das palavras... Isso não poderia ser feito? O latim tinha o género neutro. Porque haveria algumas incongruências. (ele/ela/elo) - Elo não deveria ser o masculino? E qual seria a palavra neutra de mãe e pai? teria de ser inventada ou buscada na história e adaptada (logicamente). Qual seria o neutro de órfão/órfã? E de paciente/pacienta? (seria paciento/pacienta/paciente - o último que seria o neutro, não?). De actor/actriz? como seria? (actórum?). E qual seria o neutro de réu/ré? E os artigos, quais seriam? Acredito que o neutro viria a acrescentar muito à língua, mas se fosse meticulosamente estudado para todos os casos possíveis.
O neutro no Latim era, na sua maioria, para designar coisas? Será que os que lutam por isso sabem?
Jana, coloca isso na descrição do vídeo que o RUclips divide automaticamente:
00:00 Introdução
01:09 "Gênero neutro não existe em português"
02:57 "Não existe uma forma única de marcar 'neutralidade'"
05:17 "Tanto assunto mais importante pra tratar: e a fome no mundo? e o analfabetismo?"
07:44 "A violência contra a comunidade LGBTQIA+ não vai acabar com o uso do gênero neutro"
09:51 "Vou ser obrigado a dizer 'colegues'?"
11:06 "Esse tal de gênero neutro nunca vai dar certo"
13:40 "E os ledores? O uso de 'x' é discriminatório contra pessoas cegas"
15:38 "Países que têm línguas com gênero neutro não tem mais igualdade"
Up
up
Up
Up
Up
A lista das afirmações polêmicas, para facilitar caso alguém queira rever:
01:09 "Gênero neutro não existe em português"
02:57 "Não existe uma forma única de marcar 'neutralidade'"
05:17 "Tanto assunto mais importante pra tratar: e a fome no mundo? e o analfabetismo?"
07:44 "A violência contra a comunidade LGBTQIA+ não vai acabar com o uso do gênero neutro"
09:51 "Vou ser obrigado a dizer 'colegues'?"
11:06 "Esse tal de gênero neutro nunca vai dar certo"
13:40 "E os ledores? O uso de 'x' é discriminatório contra pessoas cegas"
15:38 "Países que têm línguas com gênero neutro não tem mais igualdade"
Obrigada!
Maaarco! Muito obrigada!
Deveriam enfiar isso na cabeca
Cortes Flow
Em primeiro lugar, é inegável que a esmagadora maioria da população se identifica dentro do binarismo de gênero, o que é refletido na gramática das línguas. Desconsiderar essa realidade demográfica para atender a uma minoria gera rejeição. Além disso, línguas como o português têm regras gramaticais historicamente baseadas no gênero, o que torna desafiador modificar essa estrutura de forma abrupta. Também é questionável defender mudanças que não encontram respaldo na comunidade científica especializada. Até porque nem todos os especialistas concordam com propostas radicais. Portanto, valores minoritários não devem ser impostos à linguagem da maioria. A linguística deve fundamentar seus achados, e não servir para impor ideologias. Outro problema é o impacto prático. A adoção de novas regras complexifica o uso da linguagem, o que pode excluir ainda mais grupos vulneráveis. Há ainda desafios de tradução e compreensão entre culturas e idiomas diferentes. Ou seja, a "linguagem não-binária" não representa a comunidade acadêmico e principalmente, não representa a maioria do povo brasileiro. Além do mais, pode dificultar a vida de grupos já excluídos, como surdos, cegos, analfabetos, deficientes, etc...
Se a maioria da população e da comunidade acadêmica/científica discorda de determinadas mudanças linguísticas, e essas mudanças são impostas de forma unilateral, isso realmente pode ser considerado antiético. Algumas considerações a respeito: Qualquer mudança significativa na língua requer um amplo processo de discussão e convencimento, não simples imposição. Mudanças forçadas que não respeitem os usos linguísticos majoritários correm o risco de gerar mais rejeição do que aceitação.
Realmente, o fato de que professores ou acadêmicos defendam determinadas mudanças linguísticas não as torna automaticamente válidas ou desprovidas de viés ideológico. Trata-se de um argumento falacioso de apelo à autoridade. Os subsídios teóricos e metodológicos da Linguística e das demais ciências da linguagem devem fundamentar propostas de mudança, não apenas opiniões individuais. Portanto, o consenso da comunidade científica como um todo é mais relevante do que posicionamentos isolados. Até pesquisadores renomados podem defender teses com base em suas próprias convicções ideológicas, e não apenas evidências objetivas. É legítimo os professores defenderem suas ideias, mas impô-las como verdades absolutas seria abuso de autoridade.
Resumindo :
1) A linguagem não-binária não representa o povo brasileiro.
2) não há embasamento acadêmico para fazer essa mudança.
3) Não há consenso na academia brasileira de que a língua portuguesa em si seja preconceituosa em relação a gênero.
4) Defender mudanças não embasadas cientificamente que vão de encontro ao consenso acadêmico constitui uma postura ideológica, e não científica.
5) Apenas porque determinado professor ou acadêmico apoia determinada tese, isso não a torna automaticamente válida do ponto de vista técnico-científico.
6) Apelar para a "autoridade" de um especialista para legitimar uma ideologia constitui um argumento falacioso.
Quando comecei a aprender inglês nos idos dos anos 90 aprendi que bombeiro era fireman, bombeira, firewoman. Policial policeman ou policewoman de acordo com o gênero. Hoje, todo e qualquer livro de inglês que uso para dar aulas apresenta firefighter e police officer. Entre tantos outros exemplos. As línguas mudam e parece que só percebemos tais mudanças quando não estamos inseridos nelas.
Sim, inclusive uma curiosidade é que hoje temos enby ao invés de girl ou boy. Quer dizer, seria uma alternativa neutra ao invés de boy ou girl.
Além disso, em vários contextos eles não usam um gênero definido para palavras. Como para a maioria dos adjetivos e alguns pronomes.
Eu prefiro firefighter e Police officer soa mais correto
Desde que comecei o exercício de escrita na escola, o masculino genérico já era discutido como um problema e professores nos mostravam e *incentivavam* a usar alternativas mais neutras, como "pessoas" "a população". Por isso eu acho extremamente ridículo quem levanta o problema do masculino genérico como se fosse uma conversa que surgiu ontem.
E antes disso, os falantes de inglês eram muito mais feministas que os de português né? Pq comparada às línguas latinas o inglês tem pouquíssimos marcadores de gênero.. mano, vocês têm que se foder muito
"Muita gente brigando e pouca gente refletindo". Por que eu sinto que isso se aplica a praticamente tudo no Brasil? kkkkkk
Ótimo vídeo, Jana, como sempre
A praticamente tudo no Twitter, né? hahaha
@@JanaViscardi sim kkkk
No fim eh isso mesmo né, só preguiça de pensar...
@@JanaViscardi no youtube tbm, um determinado prof de português foi comentar sobre e sinceramente ele acabou sendo machista fazendo piadinhas escrotas.Nos comentários do vídeo dele cheio de pessoas transfóbicas/lgbtfóbicas e pra ele de boa oq importa é que "não existe todes".
@@JanaViscardi eu adorei sua explicação sobre o tema, me abriu muito os horizontes. Mas ainda assim, não vejo como esse discussão (nesse momento) possa fazer parte de um debate mais aprimorado do alcance que dos movimentos de esquerda nas populações mais pobres, por exemplo. Pra mim é um debate muito mais acadêmico e muito mais voltado as elites que tem dimensão do quanto a língua é identidade e o quanto tb pode significar preconceito. Meu medo maior ( e posso estar totalmente errado, admito) é que a esquerda foque apenas nisso, e faça desse tema, projetos de lei, por exemplo, o que seria uma total chacota no momento. E veja, no momento! Não acho que não seja importante discutir, e como vc bem falou, uma coisa não anula a outra. Mas é importante ver que de fato criar , agora, um gênero neutro, e tentar impor essa pauta Em uma galera que não tem nem onde morar nem o que comer, é totalmente desnecessário. Existe já na língua portuguesa , mesmo na não culta, pronomes neutros. Talvez nesse momento focar nisso na9 seja a melhor opção ( mas não que não seja necessário).
Estava aguardando bastante esse seu vídeo, gostei muito, parabéns, adoro vc.
Admito que cheguei com certo preconceito e a explicação mudou isso. Eu me sinto grato de poder ver um vídeo explicitativo como esse. Muito obrigado, Jana!!!!
Fico feliz em contribuir pra conversa, Luiz!
Jana, eu me identifico como uma pessoa não binária. Eu detesto o que o debate em torno do gênero neutro na linguagem tenha virado uma coisa tão tóxica. Eu até consigo conversar com outras pessoas trans sobre (até sobre coisas que aprendi no seu canal haha) , mas ler algumas coisas na internet e principalmente no Twitter me faz passar mal. Sério. Muito obrigade por trazer mais um vídeo discutindo o tema de forma tão calma. Aliás esse é o meu maior elogio ao canal, trazer temas de maneira tranquila e reconfortante.
De nada, queride!
Queride, sinta-se abraçade!!! Não entendo como algo tão significativo para grande parte da nossa população possa ser tratado de forma tão negligente!! Força!!!
Enfrento algo bem semelhante, mas tenho tentado fazer parte da discussão saudável para melhorar a vida de nós, pessoas não bináries. Espero que você consiga encontrar mais pessoas para conversar com você! :)
@@renatamazzini2530 Grande parte da população? Achei que lgbt fosse minoria.
@@pombapossuída666 Pode até ser minoria, mas temos mais de 200 milhões de pessoas vivendo no Brasil e a minoria lgbt ainda é uma grande parte sim.
nem comecei a assistir, mas só quero apontar que amo sua paleta de cores! acho tudo muito bonito
😍😍
Simmmm..amei.
Comunista e foda
sim, todo video dela penso nisso kkkkkkkkkkkkkk
Sou professora de Português, de educação especial e atualmente trabalho com cegos e pessoas de baixa visão. Sempre defendi a comunidade LGBTQIA+ . Resolvi me interar sobre a linguagem neutra para expressar a respeito. Seu vídeo me ajudou muito. Parabéns!!!
Que didática, que dicção. Que mulher bela, desenvolta...
Gente do céu, amei o canal... Amei o vídeo
Seja bem-vindo, Kleber!
Meu Deus do céu. Se um dia eu conseguir ter metade da sua didática e habilidade de conseguir discutir temas tão polêmicos plena desse jeito, serei uma professora nota 10. Jana, você é maravilhosa.
Obrigada, querida ❤️
Olá, Jana :) Porque falaste em como essa discussão está presente em diversos países e instituições, lembrei-me como a minha empresa, uma companhia aérea inglesa, nos pediu há vários meses para passarmos a usar "Hello, everyone!" em vez do tradicional "Ladies and gentlemen" nos anúncios a bordo. Ainda vejo muita resistência entre os meus colegas, pela questão de se achar que é menos formal ou que é idiota ou apenas por hábito. No inglês é mais fácil usar o neutro, já no português, que é a minha língua materna, causa-me desconforto e tenho de trabalhar nisso. Se podemos incluir mais pessoas, devemos fazê-lo! Muito obrigada pelo vídeo necessário, aprendo sempre muito contigo ❤
Hablando del VOCÊ, me llama la atención que en portugués la mayor intimidad y acercamiento se marca usando la tercera persona. Por ejemplo, "a gente" y "você" en lugar de "nós" y "tu". Y entonces me di cuenta de que acá hacemos algo parecido: usamos VOS en lugar de TÚ. Lo que en un momento fue un tratamiento respetuosos ahora es el más confianzudo. Todo cambia.
Acho massa suas análises da língua portuguesa comparando com a língua espanhola. O uso da palavra tu, é muito forte no sul do país.
Todo cambia
O "tu" aqui no nordeste do Brasil também é muito usado como algo íntimo ou informal. O "tu" e o "você" estão na mesma categoria, já para a formalidade fica o uso do "senhor" ou "senhora" (neste caso ainda definindo o gênero ). 😊
Qué interesante... ¿De dónde eres Laura?
En Colombia "tu" es más cercano, mientras "usted" es más formal.
Esse vídeo está incrível, utilizou ótimos argumentos e amo sua forma didática. Trouxe exatamente todos os pontos que vejo sendo discutidos em redes sociais... Torço para mais pessoas verem
Seus vídeos são muito bons, você tem muito conhecimento e sabe o que fala, Parabéns Jana Viscardi.
amo amo que mesmo sendo mt respeitosa e ponderada com os múltiplos lados da discussão, voce ainda mostra seu posicionamento .. organiza e direciona saberes de uma forma mt limpa e com bom humor lindo lindo
É tão refrescante ver um video informativo e respeitoso sobre! A gente vê tanto odio na internet que chega a ficar mal depois, você é muito necessária!!!!
Jana você é maravilhosa!! Já tinha um vídeo seu falando disso aqui, mas este está espetacular!! Você desmontou e rebateu os principais argumentos que vi sobre isso de uma forma muito didática e lógica. Muito obrigada por compartilhar seu conhecimento e suas análises com a gente!
De nada, querida!
Que vídeo necessário!.
Sou seguidora pela grande admiração que tenho por você!
Necessário mesmo!
@_Ace_ÙwÙ Blz, põe no teu LinkedIn negx.
Jana, me identifico como gênero fluido e utilizo o pronome neutro, tenho tentado discutir sobre isso há muito tempo, mas esse assunto tem trazido muita toxicidade e transfobia, o que acaba sendo um gatilho para a minha ansiedade. Eu te agradeço infinitamente por esse vídeo e pela sua contribuição no debate.
Belle
Belle, você traduziu meu sentimento de dúvida em compartilhar ou não o vídeo, porque esses dias vi tanta gente que admiro escrevendo se manifestando de forma tão preconceituosa para defender a gramática normativa que fiquei triste, com uma sensação ruim, sabe. Mas vou compartilhar assim mesmo, porque se uma mente se abrir para esse debate já terá valido a pena.
fale português correto e tudo isso acaba
@@cutelinhoconvexo4030 você tem noção que o único português correto é o formal, não é?
@@garudadrakon4728 sim
Jana sempre trazendo o debate de maneira precisa e didática!
Na língua sueca, apesar de muitas idas e vindas, existe o uso do Hen, juntamente com o Han (ele) e o Hon (ela). E é isso, existe muito conservadorismo gramatical, pessoas são contra mas parecem estar aceitando ao poucos. A língua de hoje será a gramática de amanhã, constante mutação. Obrigade, Jana!
De nada, queride! ❤️
@Rodrigo Rsa natural?guerras , invasões, escravagismo,isso é natural e não "imposto", tão tá né
@Rodrigo Rsa A sua opinião sobre o assunto tanto faz, mas se você quer defender o conservadorismo sobre a gramática da língua portuguesa por favor conjugue os verbos corretamente. "Tu falou" é super errado, as formas corretas são "Tu falaste" ou "Você falou". Acrescentar um pronome na língua não irá destruí-la, conjugar mal os verbos sim.
Rodrigo,o pronome neutro é um pronome, você usa quando se refere a uma pessoa não binária, Não é em tudo, ou por acaso, você tem 7 anos e não tem a capacidade de entender?
@Rodrigo Rsa o trema sumiu do dia pra noite e uma porrada de palavras que tinham trema foram alteradas em menos de um mês, puta intervalo de tempo grande esse
alias, quer falar de linguagem imposta? Então te apresento a língua formal e os acordos gramaticais. Tenta escrever uma redação acadêmica sem usar a linguagem que a academia te obriga a usar par ver oq acontece.
Fiz thread de diquinhas no status do meu WhatsApp e Instagram sobre linguagem neutra ontem, desmistificando algumas coisas e abordando algumas dúvidas recorrentes, muitas delas presentes no vídeo. Muito do que aprendi sobre os processos da língua e da linguagem vem de ti, Professora Jana. Muito obrigado por utilizar seu modestíssimo espaço para levantar e esclarecer essas questões!!
❤️
Onde que posso encontrar essas diquinhas suas? Se puder me manda no insta: suellylago
O bom da língua é o fato de não ser estanque. Quando todos nos conscientizarmos disso, a comunicação será outra. Sem exclusão, por exemplo.. Obrigada, Jana. Sempre pontual!
Sem exclusão! Inclusive dos disléxicos, que a linguagem neutra exclui ainda mais e sob a justificativa da suposta exclusão de pessoas não binárias, sendo que a língua não as exclui, elas (algumas) que se sentem excluídas pela língua. Só se sentir excluído é diferente de estar de fato.
Jana tô perdidamente apaixonada por vc. Conheci seu canal esses dias e não consigo mais parar de assistir. É um vício mas pelo menos é um vício bom kkkkkk
O único defeito desse vídeo é que ele acaba. Valeu, Jana!
Gostei muito da forma didática e informativa que você passou a discussão, infelizmente a discussão em si se tornou algo muito tóxico mas redes sociais e muitas pessoas passam isso de forma impositiva, agressiva e essencialista ("fala pronome neutro" "por que?" "por se não você é transfobico!").
O diálogo precisa ser feito de forma educativa e as pessoas tem direito de receberem uma explicação e terem seu tempo de mudar todo um vocabulário sem serem linchadas por isso, isso não está atraindo ninguém, muito pelo o contrario.
Parabéns pelo vídeo, recomendo que quem assistiu também veja o vídeo do canal Tempero Drag sobre Linguagem Neutra, vídeo muito bom também.
Comentando pra engajar! Vc é perfeita
Obrigada!
Jana, muito bom o seu canal!
Vim por recomendação do Tassio Denker.
Seja bem-vindo, Weslei! 🥰
Adorei o video. Outra boa forma de contornar a linguagem respeitando todos os gêneros, sem precisar falar meninE ou o masculino genérico, por exemplo, é usar os recursos de substituição por palavras "comuns de gêneros".
Vc não precisa falar "Vamos dar presentes aos meninos/meninas/menines". Pode falar "Vamos dar presentes às crianças". Outro exemplo: invés de falar "você está belíssima/belíssimo/belissime" pode falar "você está deslumbrante" .
São raríssimos os casos que não consigo fazer esta substituição. ❤️❤️❤️
Parabéns pelo seu conteúdo, Jana. Muito sensata e consciente.
A maioria do conteúdo que tenho encontrado sobre "pronome neutro" vem sendo abordado com muita raiva/ intolerância/preconceito/conservadorismo, e isso invalida qualquer discurso.
Me sinto feliz com seu vídeo e ao mesmo triste, pois as pessoas geralmente vivem em bolhas, então a grande maioria que lhe assiste são os que concordam, e os que discordam não assistem. Sou educador e eu tenho esse anseio todos os dias para pensar em como pessoas que discordam possam me ouvir, mesmo que discordem. Consegue compreender o pensamento Jana? Digo que conseguir fazer isso é quase um sonho pra mim.
Acho que consegue ao construir um caminho de parceria e confiança, pois vc já tem um poder incrível nas mãos: vc é educador! Nesta vida, já vi muitos educadores levando à reflexão e mudando opiniões de familiares e alunos por serem "pessoas de confiança" que passaram a influenciar positivamente a comunidade na qual trabalhavam.
Você não vai mudar todo mundo, mas pode fazer a diferença na vida de várias famílias!
Força e perseverança hoje e sempre!
Jana, adoro a sua clareza pra expressar e desconstruir assuntos tão complexos e espinhosos. Isso tudo com esse olhar calmo, mas cheio de acidez. O toque final é dado por esse comigo-ninguém-pode num chão de tábua corrida. Amo seu canal!!!
Jana, vou ser muito sincera: não sei se "concordo" ou entendo tudo o que você quis dizer sobre essa questão (culpa da minha escolaridade mediana, assumo).
Contudo, diferente de outros materiais que vi tratando sobre o tema, o teu traz a discussão muito pro "chão", em termos mais palpáveis e concretos, trazendo o debate mais pra nossa realidade. Talvez o fato de muitas vezes as pessoas que entendem do tema manterem o debate fora do alcance de pessoas medíocres como eu seja o responsável por uma parte da rejeição a este assunto - por isso, o que você fez aqui foi incrível. Obrigada, de coração, por isso.
Vou ver o vídeo mais vezes é ler o material que você disponizou pra tentar me aprofundar mais sobre o tema.
Jana, muito obrigado por trazer esse ponto de vista tão esclarecido! Importante termos materiais assim, tão didáticos e explicativos, para ajudar a enriquecer o debate. Beijos! Adoro seu trabalho.
Jana nunca passa frio porque está sempre cobertíssima de razão.
;)
Sempre nos oferecendo contribuições necessárias sobre o debate que envolve a Língua viva em seus variados usos. Grata, querida professora!
Tem nem o que falar sobre esse vídeo, apenas uma coisa: inspirador. Descobri teu canal por um professor de fonética e fonologia, e definitivamente, a cada vídeo me surpreendo mais. Por esse vídeo, por abordar esse assunto TÃO importante, por essa abordagem incrível, por essas referências, por propor essa conversa, por tudo! A língua portuguesa agradece.
O gás que me deu pra me empenhar no curso, pra que um dia possa falar sobre o assunto com a mesma propriedade que você, bateu. Novamente, obrigada ❤
Obrigada, querida ❤️❤️
Adorei essas explicações, ponto a ponto, com tranquilidade, eliminando todos esse comentários generalistas q buscam bloquear as mudanças e as reflxões, muito bom!! Jana vc é fantástica!! E como a nossa língua é importante e viva, a forma q nos comunicamos e podemos expressar o q somos, descobertas e mais descobertas.
❤️❤️❤️
Parabéns Jana! Você é muito importante para abrir os olhos das pessoas para o debate e esclarecimento.
Este vídeo é simplesmente o material mais rico que já vi sobre o assunto. Obrigade!
De nada, queride!
É ótimo ver alguém que é extremamente inteligente falando sobre esse assunto, sinceramente amei ❤
Excelente vídeo! Obrigada!
Uau, conheci seu canal na sala virtual da minha professora de Morfologia (olha que legal! Minha professora também usa o gênero neutro). Eu como graduanda da Letras, que faz parte da comunidade LGBTQIA+, estive muito confusa nos últimos meses. Vi professores compartilhando de opiniões contrárias, e até fui atrás de uns artigos para ler. Mas esse vídeo aqui me esclareceu tanto, tenho muito a agradecer! Não paro nele, vou continuar pesquisando sobre, mas obrigada, sério. Acredito que esse é o caminho certo para a inclusão que lutamos.
Oi, Iara, que bacana! Quem era sua professora e de qual faculdade?
@@JanaViscardi o nome dela é Maria Cristina Morais de Carvalho, professora do IFG, Câmpus Goiânia. Li seu ensaio, adorei e estou compartilhando :) que incrível que temos uma doutora em Linguística falando sobre isso de forma respeitosa e esclarecedora. Obrigada, Jana!
Simpaticissima, ajuda muito a gente entender as nuances e tb os avanços da nossa língua, afinal ela evolve sempre.
Abraços!
Obrigada!
Vou guardar esse vídeo pra quando eu sair do armário pra tentar explicar pras pessoas do meu convívio, pq tá super didático e maravilhoso. Obg por isso, Jana ❤
❤️❤️
Mlr vídeo sobre o assunto 🥰
Sou defensor da causa indigena e acho que deveriamos conversar em TUPI GUARANI a partir de agora!
Tenho certeza que isso apagaria todas as atrocidades que fizemos contra os indios ate hoje
Jana, você é espetacular. Fico babando com a sua eloquência e inteligência em todos os vídeos, stories, tudo seu. Sou muito fã hahaha ❤️
Obrigada
Jana, gosto muito do seu trabalho, espero de S2 que vc não passe pelo o que a Rosa Laura passou por causa desse tema, e se passar, que vc tenho maturidade e resiliência, vivemos em um mundo em que um quer ser melhor que o outro...então que no fim de tudo pois uma hora essa polemica vai passar, que todos estejam bem e principalmente na saúde mental.
Oi, querida, muito obrigada! Tenho outros vídeos sobre a temática e já vivi essa tensão. Espero que não aconteça. Se acontecer, a gente cuida! :) beijos e obrigada, viu?
Olá, Jana. Que bom que você está por aí, representando uma linguística contemporânea e reflexiva.
Olá, Jana! 😄
- Muito prazer!
Sensacional, lúcida e muito clara a sua explicação.
- A ciência da Linguística (essa que discute as variantes dos idiomas) deveria andar junto à gramática normativa nas escolas. Assim, questões de transformação das línguas ficariam mais claras para as pessoas e, consequentemente, existiriam menos preconceitos linguísticos (independentemente de suas raízes ou motivações).
- Obrigada por gravar esse vídeo. ⚘
Obrigada por acompanhar, Zefa
@@JanaViscardi , S2
@@JanaViscardi, e obrigada a vc por trazer de forma clara essa questão tão atual e tão significativa da linguística.
Jana, tu me (nos) contemplas demais... Visão plástica, dinâmica, versátil, didática e feliz da Língua. Um cheiro de todes nós pra ti.
Sou trans não binárie. Vc é demais+. Estou falando muito sobre isso aqui na minha cidade, Macapá, Amapá. Até gravei ontem uma entrevista na TV. É ótimo ter seu apoio. Tem estudantes de letras que conheço pela internet que são contra. Obrigade 😘
A língua deve agregar todas as pessoas, atender a todos q a usam.
Os jovens devem transformar tudo, pq os velhos já ñ têm mais jeito, já se acostumaram com as coisas ruins, a mediocridade, a desigualdade e a violência. Sejam transformadores!!
Força! Não desista de lutar pelo que você é!!! Um beijo e abraço forte!!
Neutralização do gênero é falta do que fazer.
Existe no meio da suas pernas um órgão que a natureza criou e acredite não tem como ser neutro ele só pode ser feminino ou masculino pois foi feito além de um propósito, logo sua usabilidade e de responsabilidade sua é íntima e pessoal . Se tu vai usar calcinha foda-se , se tu vai usar e abusar desta merda foda-se, pois a vida é sua . Tu quer mudar um idioma inteiro milenar pra agradar seu ego para dar sentido para sua vida sem propósito em um mundo binário ? é meu irmãozinho sinto muito mas acho que tua tribo vai ficar extinta . Se tu não se encaixa na realidade global tem duas soluções uma, encontre sua turma e vao pra caverna , outra opção é pular do precipício de costas( analogia kkk) . Irmao a vida vai bater forte todo dia e essa merda não vai pegar pois essa questão de ser neutro é uma questão psico só de voces para se auto-afirmarem , quem quer saber irmão se tudo come se tu dá ou não quer comer kkkkk . Agora vou ser sexista por falar meu idioma correto kkkkk e meus problemas quem vai mudar pra ficar mais fácil pra mim ?
Perfeito. O mundo precisa ver esse vídeo
obrigada!
Ai, como eu amo essa mulher ♡
❤️❤️
Gosto dos seus vídeos porque você sempre traz ótimos argumentos para as discussões. Melhor fala que vi até o momento sobre esse debate. Muito obrigada pelo vídeo, Jana!
Obrigada por acompanhar ❤️
Perfeito momento pra esse vídeo. Me deparei com muitas publicações falando sobre ser desnecessário o uso do pronome neutro, menosprezando a causa ou dizendo que a "esquerda cirandeira" só tá preocupada com isso. Vou compartilhar, pra ver se a galera compreende!
Obrigada, Thais!
Aguardando ansiosamente os próximos vídeos sobre esta temática tão necessária
Oi Jana. Acho interessante a maneira com que vc coloca as questões. Vou dizer algo que aconteceu esses dias e que fiquei incomodada e reflexiva. Vi uma postagem de uma cantora que sigo no Instagram e ela disse: "sejam bem vindos e bem vindes" aí eu pensei: "antes a categoria mulher de encaixava no masculino, agora está entrando o neutro e a categoria mulher pela fala dela foi contemplada pelo neutro, mas e o feminino na língua? Pq ele nunca vira o padrão pra se referir as pessoas?" Eu realmente me senti incomodada com esse escolha dela. Eu tbm acho que isso precisa ser discutido seriamente. O feminino nunca é uma escolha né, é impressionante. Eu ainda prefiro falar no feminino e vou buscar sobre a estudiosa que vc citou que usa o feminino como neutro. Obrigada pelas referências.
Sim, essa é uma discussão antiga das feministas no mundo.
Exatamente. O "todEs" apaga mulheres, apenas METADE das pessoas no mundo. Mas isso não gera comoção, afinal nós mulheres somos mães do mundo, criadas pra pensar nas outras pessoas sempre em primeiro lugar, a real é essa. Esse é um dos motivos pelos quais o movimento feminista é um dos que menos avança em relação à luta da minoria que representa: estamos SEMPRE ocupadas demais em cuidar para lutar.
Adoro como você consegue trazer nuance pra assuntos que nas redes ganham ares de guerra memeística.
Perfeito! Vi muitas discussões sobre isso nas redes sociais, e sempre prevaleciam esses comentários que você desconstruiu, e vindo de pessoas que se consideram militantes. Obrigada por esclarecer
❤️❤️
Obrigado por me fazer entender mais sobre essa discussão! Eu estava resistente, mas com seus argumentos, comecei entender melhor a importância de gênero neutro pela reinvidicação de grupos que não se encontram na binariedade.
Fico feliz em contribuir!
Vejo o vídeo da Jana e vou correndo pro rascunho da minha dissertação (mestrado em letras) pra inserir "Nota sobre a utilização do gênero neutro em português". Era o que tava faltando e eu não sabia o que era 💙
❤️❤️❤️
Fiquei com vontade de ler a sua dissertação. Quando sai? :)
Adorei, sucesso no canal.
E que o povo reflita mais!!!
Obrigada!
Maravilhosa!! Viu, usei o feminino.
Adoro um shade básico..
"Esse gênero neutro não vai dar certo". Os sinais que temos é que já tá dando ne?! Nunca se falou tanto sobre quanto hj
E a parte de "vc vai usar o genero neutro pra ela (pessoa que vc comunica no momento)" resumiu tudo!!!
Pois! :)
Vc é tão legal Jana ♥️ obrigado por esse vídeo
❤️
Excelente reflexão, Jana!
Obrigada!
@@JanaViscardi Amo você
Tava com uma saudade de conseguir acompanhar seus vídeos. A edição tá linda. Mas sempre amei seu canal. Um xerooooooo
Obrigada ❤️❤️
Tenho procurado usar palavras genéricas quando me refiro a multidões e usado o final -e para evidenciar o gênero neutro. A língua em si não é machista, mas ela é o reflexo de poder de uma cultura. E a língua evolui. Ainda vai levar algumas décadas até o gênero neutro ser incorporado e normalizado, mas é assim mesmo, devagar, mas sempre em frente.
Show de bola, queride! 👌
Que pessoa incrível! Estou apaixonada!
Cai de paraquedas aqui, por conta das minhas pesquisas, e não poderia ter achado um vídeo melhor!
Seja bem-vinda, Igraine! :)
Você é incrível!
Concordo!!!
@@TayRakeTv Vamos mudar o português sim! Já mudamos várias vezes por razões muito menos importantes para os brasileiros. A língua deve agregar todas as pessoas, atender a todos q a usam.
Os jovens devem transformar tudo, pq os velhos já ñ têm mais jeito, já se acostumaram com as coisas ruins, a mediocridade, a desigualdade e a violência.
@@TayRakeTv vc já modificou a língua, aboliu a vígula.🤣👍🏼
Falou tudo! Vou favoritar pra linkar nas próximas vezes que eu entrar em discussões sobre isso na internet
;)
Jana, muito obrigada por esse vídeo! Eu tinha uma certa "resistência" sobre esse assunto e assistindo seu vídeo vi que era ignorância da minha parte porque 98% dos argumentos que eu usava não fazem sentido
Obrigada por acompanhar, Dayalla!
Você foi simplesmente maravilhosa!!!!!!! Vídeo muito necessário
Obrigada ❤️
Acho importante você pesquisar mais e procurar saber como funciona realmente um leitor de tela, estudar sobre o software e não achar que é simplesmente trocar a leitura do X pelo E ou por outra letra qualquer. Sou cega e atrapalha muito sim o uso do arroba ou X ou outro símbolo
Atente ao que eu disse: nunca mencionei que não atrapalha pessoas cegas. Minha discussão se direcionava aos desenvolvedores de software, que nunca são mencionados quando essa discussão aparece, como se um software fosse algo imutável e inquestionável. Eu não acho que deve ser assim.
Assisti seu vídeo logo após o vídeo de uma professora chamada Cíntia Chagas. Seu debate é muito mais profundo, sensível, embasado e inteligente.
E essa composição de cenário/figurino ornando com a identidade visual do canal?! 👏👏👏👏
Sempre maravilhosamente precisa! Obrigada. 😘
Fico pensando: se não fossem essas "liberdades", hoje não estaríamos falando "vossa mercê"?
A língua é dinâmica e é muito legal ver sua evolução refletindo mudanças culturais. Importantíssimo. Adoro, adoro,adoro te ouvir falar!!!
Obrigada, querida ❤️
Uma língua já falada só evolui de forma natural. Acham mesmo que têm poder para mudar radicalmente uma língua quase milenar? Se sim, então irei esperar DEITADO, pois sentado CANSA!
Assista ao vídeo. Seu comentário demonstra que ou vc não assistiu ou vc não entendeu.
Excelente! Só tenho q agradecer por mais este material bem cuidado.
Jana, eu quero dar meus 20 centavos... e fazer uma pergunta como aluno. Vamos pensar na não-neutralidade da língua. Se pensarmos o gênero neutro como Linguagem Inclusiva ou Linguagem Afirmativa que afirma a diferença, o qualitativo. Eu adoto falar gênero neutro, mas em Linguagem eu falo que ela é afirmativa. Afirmativa do gênero não-binário, do gênero que não se adequa as normas de gênero concebidas como categorias ontológicas e mesmo epistemológicas sobre o ser homem e homem, e o ser mulher e mulher. Então essa afirmação da existência de outras possibilidades de configuração do gênero e de como a pessoa se identifica (no sentido de se perceber, se entender e se afirmar) traria para mim uma ideia de que nós precisamos resgatar uma ideia de inclusão e de afirmação. A negação da diferença, o tornar homogêneo, categorizar como o homem vem feito até agora já se provou falho em muitos aspectos. A própria afirmação pode mostrar uma ausência. Se eu falo Deles, não falo de nós. Me refiro a Eles. E ao afirmar Eles, eu afirmo a diferença. Não sei... talvez eu esteja indo muito para uma vertente mais filosófica do entendimento disso, mas gostaria da tua opinião. Porque meus 20 centavos valem nada nesse debate tão amplo, tão importante e diria até mesmo urgente na sociedade contemporânea... porque eu vejo que pensar linguagem, é afirmar valores. Valor de validade, até de certa forma de permissão da existência. Então o gênero neutro ele afirma uma existência. Uma vida até então não considerada pelos discursos conservadores. E esses campos discursivos, com suas tensões e conflitos, revelam como nós valoramos as coisas, tanto no campo do saber, quando no campo do construção do ser... um devir que parte também da linguagem. Mas enfim. Era isso. EU AMEI ESSA AULA. Compartilhadíssima no face, apesar de eu estar me distanciando um tico do face.
Oi, Pedro, tudo joia? Obrigada por seu comentário!
É isso: é validar uma existência pela linguagem. Não é o único lugar em que essas existências devem ser afirmadas e reconhecidas, como digo no vídeo, mas é um desses lugares. :)
O que me cativa muito nesse canal é a calma para discutir qualquer tema, com lucidez e alegria
Karai! Que conteúdo ótimo. Bastante esclarecedor, coerente. Muito bom. Parabéns. Já me inscrevi. Massa total!!!
Fiquei de cara com a facilidade dela pra falar LGBTQIA+
hahaha socorro
@@JanaViscardi tô há uns 2 anos tentando falar essa sopa de letrinhas.
Mas as outras de TI tão na ponta de língua:
TCP; UDP; HTTPS; SAML2; RESTAPI...
Pra quem já tem mto contato com a sigla flui naturalmente
Eu também 🙃
Pensei a MESMA coisa! Hahahahaha Fiquei com vergonha de mim mesma e decidi que vou ficar treinando nas horas vagas, pra poder dizer isso assim, plena, que nem a Janaína! 😄
Sigo uma linguista no insta e ela já fez alguns vídeos sobre o assunto. Por isso a maioria das coisas já sabia, mas adorei conhecer o canal!!!!
- “Vou ser obrigado a dizer 'colegues'?“
- Veja bem. Você num tá sendo obrigado nem a respeitar os outros colegues, colegue
;)
Mas "Colegas" de certa forma é neutro, não é gênero feminino só porque termina em "a".
vdd, ngm fala colego, ae ó já tem proneme neutro ae e ngm sabia hmmm
@@Henrique-hi4zb foi isso que eu pensei
@@Henrique-hi4zb seguindo tua linha de raciocínio:
Mas "todos" de certa forma é neutro, não é gênero 'masculino' só porque termina em "o".
Como eh bom ouvir alguém que sabe do que fala. Adoro seus vídeos 💕
Video excelente Jana, eu tenho me esforçado para estudar mais sobre esse assunto enquanto estudante de Letras. Hoje em dia não concordo com o uso do todes como validação da existência de um terceiro gênero identitário, dou preferência ao uso por exemplo do masculino e feminino. Ex: Boa noite a todos e todas. Isso porque o próprio feminismo discute a muito tempo os padrões de gênero e a importância da quebra desses, sugerindo portanto que as pessoas não vivam a mercer do gênero, em outras palavras a neutralidade do gênero, não a criação de mais dele. Portanto, para mim, criar outros gêneros não parece ser a melhor forma de lidar com a questão.
Oi, Matheus, tudo joia?
Acho que tem alguns pontos importantes a destacar: em primeiro lugar, vc concordar ou não com o uso de todes não faz com que ele não exista ou que deva não existir. Ele está sendo empregado por pessoas que o consideram válido. É papel do linguista descrever e atestar a ocorrência dele, não pretender erradicá-lo, por exemplo, por não "concordar" com ele.
Um segundo ponto é a questão do feminismo e sua intersecção com a Linguística. Há muitos anos o debate sobre o masculino genérico na língua vem sendo feito em diferentes países do mundo. Para essa discussão, por ex, há muitas feministas linguistas que adotam o feminino genérico ao invés do masculino genérico. É uma das escolhas possíveis, para além dessa que vc trouxe do "todas e todos". Essa reflexão não se opõe necessariamente à criação de um terceiro gênero na língua, destinado a representar pessoas não-binárias e, eventualmente, empregá-lo como genérico.
Além disso, é preciso sair da própria realidade, observar a realidade de outras pessoas que são diferentes de você, buscar compreender suas experiências para entender a importância de pensar essas questões para além do "discordo". Língua é poder; não reconhecer as demandas de minorias, passíveis de aplicação na língua, é exercer esse poder sobre esses grupos. As variações que se vê em torno do gênero neutro - diferentes pronomes, sufixos - são uma demanda de membros da comunidade de falantes na atualidade e já estão presentes na língua, movimentando-a. A língua não é um sistema que existe fora da sociedade e, por isso, é inevitavelmente transformada pelos falantes.
Para todos os estudantes de Letras eu recomendo, bastante, o olhar sobre a língua a partir da Linguística, de maneira mais descritiva e menos prescritiva, para que, assim, se tornem professores de português com atenção às variedades para além do foco em determinar o que "pode" e o que "não pode" na língua.
Um abraço, Jana
@@JanaViscardi Concordo com você sobre o papel da linguística em descrever, não prescrever, a língua em uso. Jamais ousaria esvaziar os debates acerca do tema.
Minha colocação foi, não no sentido de questionar o uso do pronome neutro em si, mas de questionar a raiz que o gerou, que como você mesmo disse: a não-binariedade. Meu ponto de problematização não foi sobre a validade da pessoa não-binária, já que não diz respeito a ninguém decidir pela existência do outro, mas da validade do poder transformador que o não-binarismo de gênero se propõe a ter.
Citei o feminino pelo fato de ele, antes da teoria queer, ter sugerido a neutralidade para com o sistema de gênero pela não validação de seus esteriótipos e projetos de poder. Opto por não usar o pronome neutro como generalizante, para que, através da língua eu não valide algo que eu desacredito: a transformação social e o fim da opressão de gênero através da criação e validação de outros tantos gêneros.
Mas, não diferente da língua, estamos sempre expostos a mudanças e me esforço para não me fechar para debates e discussões acerca do tema.
Um abraço
@@marxeus_ Tô com você nessa. Sou formada em Letras e entendo que a sociedade muda, e a língua é materialidade dessa mudança, não o contrário. O uso de todEs apaga o feminino, que é metade da população mundial e está sendo adotado como "neutro". Língua não é neutra nunca. Em nome da linguística descritiva, é um fato que deve ser descrito e relatado. Mas I emprego dessa língua tem sido feito por meio de uma imposição.
Já vi acontecer várias vezes de pessoas serem consideradas fóbicas por não terem usado (na Internet, é claro, pois fora dela a sociedade nem sabe muito do que se trata).
@@jujubastyle É exatamente sobre isso!
@@jujubastyle o uso do todos tbm apaga metade da população feminina e nem por isso vejo gente querendo banir o pronome masculino. Sem contar que o próprio emprego do pronome masculino foi feito por imposição, apagando, historicamente, o feminino. Mas novamente, ninguém reclama disso
pelo visto, o único interesse é apagar não-binário da sociedade e só isso
Mulher, você é maravilhosa! Onde eu estava que ainda não te conhecia?! ❤❤❤
🥰🥰🥰
A didática... A dicção.... É a patroa mesmo!!!
;)
Falei sobre esse assuntos essa semana com meus estudantes e dei exatamente esse exemplo do vossa mercê. Que ótimo encontrar esse vídeo! 👏🏻👏🏻
❤️❤️
Jana! Nesses 6 meses que te acompanho venho aprendendo muito. Seu canal é fundamental para nós professores! Foucault ficaria muito contente da sua discussão! Obrigado e parabéns!❤️👏🏾👏🏾👏🏾
Alexandre, muito obrigada, querido!
@@JanaViscardi! Eu uso o X nos meus emails com xs alunxs! Não sabia dessa coisa dos programas leitores de equipamentos eletrônicos. Adorei a reflexão!
Tem gente que acha que a linguagem neutra vai ser usa como a música do "Sepe nê lêve pé, nê lêve pe que nê quê.", e não é bem assim, são pessoas que estão com bastante desinformação. 😓😓
Ótimo vídeo Jana,que bom vê-la na ativa com canal 😊😊
O que não estão entendendo, é que a língua também é política. Todes precisam ser representades.
Eu como pessoa não binária, te agradeço por esse vídeo tão didático, num momento em que estamos sendo motivo de chacota e risadas. Beijos, Jana ✨
Não existe esse negocio de ser não binário
Não sou dessa comunidade, mas por que negar que essas pessoas existem? Não use ignorancia como argumento@@canalaqw8597
Jana que vídeo incrível, muito necessário e como sempre didático e respeitoso, muito obrigade.
O vídeo que já vai ficar no gatilho do “Ctrl + V” quando a polícia da gramática binária aparecer. 💚
Pois é. Quem tá na polícia gramatical provavelmente vai desconsiderar meus argumentos e insistir no "não existe", "não pode"...
HAHAHAHA POLICIA DA GRAMATICA BINARIA AMEI!!!
@@JanaViscardi Polícia não está acostumada a deliberar argumentos, né nom...
@@JanaViscardi Mas não existe mesmo não, isso é coisa de doente mental.
a polícia gramática que diz se importar com a gramática ao mesmo tempo que chama de "nazista da gramática" quem tbm se importa com a gramática
enfim, a hipocrisia desse povo