Por que as grandes cidades brasileiras são tão desorganizadas?

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  • Опубликовано: 20 окт 2024
  • O Brasil é um país que se destaca pelas praias, pelas pessoas e pela comida. Mas um detalhe que chama a atenção para quem procura é a grande diferença entre a organização urbana de cidades brasileiras para outros países considerados desenvolvidos. Isso é reflexo de um grande movimento conhecido por Urbanização Tardia, que ocorreu no Brasil no século 20.
    A urbanização é um movimento social que ocorre quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural, que foi potencializada pelas Revoluções Industriais. A urbanização começou nos países que primeiro se industrializaram, ou seja, na Europa, mais especificamente no Reino Unido e Suécia, no final do século XVIII quando houve a Primeira Revolução Industrial, momento histórico que marcou o início das realmente grandes evoluções tecnológicas. A partir desse ponto, a população que era maioria rural, passa a migrar de maneira linear para as cidades com o aumento gradativo das ofertas de emprego.
    Essas grandes e organizadas cidades, como Chicago, nos Estados Unidos da América, possuem algumas características marcantes, principalmente contando com um desenho simétrico, já que todas as construções foram previamente desenvolvidas. Assim pode-se perceber que os quarteirões são bem definidos e os estabelecimentos governamentais estrategicamente localizados.
    Já nos países de segundo e terceiro mundo, onde está o Brasil, esse processo foi totalmente diferente, conhecida por urbanização desorganizada, ou urbanização tardia, e é uma marca em todos esses países. Nesse outro tipo, o processo de êxodo rural ocorreu no século XX, com o início do processo de industrialização, e se estende até os dias atuais, contando com uma migração de pessoas de diversas partes de um país se concentrando e acumulando em alguma metrópole nacional. Aqui no Brasil, esse processo começou em 1940, muito próxima da Terceira Revolução Industrial, principalmente na região Sudeste, que gerou desigualdade quanto a industrialização nos outros cantos do Brasil. Em 1940 a cidade de São Paulo contava com 1 milhão e 250 mil pessoas na zona urbana, triplicando em 1960, chegando em 3 milhões e 800 mil pessoas. Hoje são 12 milhões e 400 mil habitantes, um crescimento de 1.4 milhões por década, ou 140 mil por ano.
    Essa aceleração absurda ocasionou muitos problemas graves, já que o governo não conseguiu atender a demanda tão grande. A favelização é um dos principais agravantes, pois gera impactos sociais e também ambientais.
    Com o surgimento das favelas, muitos problemas foram agravados. A falta de infraestrutura, saneamento, água potável e energia de qualidade. Também ocasiona muita poluição atmosférica, da água e solo, e o crescimento da marginalidade devido a desorganização estatal com relação aos empregos.
    Outro empecilho são os alagamentos constantes nessas grandes cidades. Em São Paulo, sempre que ocorre chuvas fortes, o centro da cidade e as regiões mais baixas alagam, também devido à falta de planejamento urbano para suprir essa deficiência que é a captação de água pluvial. E, adivinhe, o que isso gera?..
    Quer saber mais? Assista ao vídeo!

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