Uma vez, em um congresso, participando como OUVINTE de um grupo de trabalho, fui humilhada por outra OUVINTE - porque a humilhação na academia vem de todo o lado. Eu fiz um comentário em uma apresentação, compartilhando uma experiência que tive e que estava relacionada ao que a professora problematizou na apresentação dela. Queria contribuir e mostrar a relevância do tema proposto e porque já conhecia o trabalho da pesquisadora. A outra ouvinte não apenas não entendeu minha colocação, mas fez questão de pedir a palavra e fazer um verdadeiro textão lacrador, tudo para dizer que a minha experiência era um absurdo. E deixou todo mundo desconfortável, porque claramente a lacração não tinha nada a ver comigo, com o comentário que fiz e nem com o trabalho em questão. No final, pedi desculpas para a profe apresentadora, para deixar claro que eu não tinha dito o que a ouvinte estava atribuindo a mim. A professora pediu desculpas de volta, porque percebeu a viagem e ficou sem reação diante de tanta agressividade descabida. Na hora do café, encontrei a mesma pessoa AINDA DISCURSANDO sobre o que eu tinha falado, agora para colegas que não estavam na sala. Falta amor no mundo, mas falta também muita interpretação de texto!
Prezada Ester, eu também acho que falta amor no mundo, mas, em seu relato, faltou muito mais do que isso por parte da sua colega lacradora. Por outro lado, a agressividade aparentemente gratuita em ambientes acadêmicos pode derivar também da adesão apaixonada de alguns colegas a determinadas matrizes conceptuais, autores, escolas etc. Assim, ao identificar apressadamente a sua posição com uma posição supostamente antagônica às suas referências, a pessoa insegura, apaixonada e superficial, mas, ao mesmo tempo, ciosa de sua posição teórica, simplesmente dispara. Eu já passei por isso. Fiquei sem saber a origem da raiva do meu interlocutor em dada ocasião em que apresentava um paper no interior de um grupo de pesquisadores. Somente depois, na sala do cafezinho, fiquei sabendo por meio de terceiros que o meu "lacrador" teria identificado no conteúdo da minha apresentação uma crítica ao seu autor preferido. Eu ri muito na ocasião, porque não havia tido intenção alguma naquele sentido, mas isso faz parte da neurose acadêmica.
@@eduardomagrone9326 Concordo com você, Eduardo. Haja jogo de cintura para lidar com tantas variáveis!
2 года назад+2
Nossa, que coisa triste, mas creio que, num ambiente acadêmico, se as pessoas tem alguma noção, provavelmente entenderam sua colocação e quem passou vergonha foi a pessoa que quis lacrar.
Falta pulso firme pra reagir contra esse pessoal que se sente no direito de ofender quem julgam ser inferior Acadêmico só dedicou a vida à profissão de pesquisador. Não são superiores a quem foi pro mercado de trabalho
@@McCabecadePorco Pulso firme no ambiente acadêmico acaba se voltando contra quem firmou o pulso. Na universidade, pulso firme não resolve nada, porque a prepotência, arrogância e soberba intelectual ali presentes devem ser combatidas com ideias, pesquisas e espírito crítico. Quanto à declaração de que o "acadêmico só dedicou a vida à profissão de pesquisador", preferiria não falar nada, mas devo dizer que este "só" mais parece gozação. Dedicar a vida à pesquisa só parece fácil para quem não se dedicou a ela.
Jana, minha querida! Que vídeo maravilhoso! Semana passada, tive uma experiência muito traumática ao apresentar o meu projeto de mestrado. Ao rele-lo, comecei a me sentir muito insegura, na verdade o achei horrível e quis desistir do mestrado. Durante a aula, onde tinha que debater sobre ele, estava tão nervosa que, já nas primeiras críticas do professor, me vi aos prantos. No meio da aula. Pensei em desistir mesmo. Hoje, ao ver o seu vídeo veio uma luz. Uma figura como você, referência para muitos de nós que te assistimos, mostrando que o processo acadêmico é isso: um processo! Fico muito feliz de você partilhar suas experiências, mostra que além de processo, a trajetória acadêmica é feita por pessoas. Um grande beijo 😘
Carol, eu também sempre saio desanimada quando apresento algo - que dediquei horas e horas - e recebo críticas. É que a gente se dedica muito e quer tudo de qualidade - esquecemos que é PROCESSO e nem lembramos que - desde que não seja desrespeitoso - as críticas fazem parte. Na real, as críticas são as mais importantes. Nesses momentos de viver as frustrações, recomendo um docinho, um passeio, conversa com amigues, um chamego no pet e uma boa noite de descanso!
Jana, me lembrei que a Fernanda Montenegro disse uma vez que quem entra em cena sem estar sentindo um frio na espinha não tem a menor ideia do que está fazendo. Minha autocobrança é muito parecida com a sua, mas estou aprendendo que nunca as nossas apresentações serão tão boas como gostaríamos que fossem. Assim, como se costuma dizer, mais importante que o destino é a viagem. Seguimos fazendo isso, porque gostamos.
só eu que no fundo sinto prazer com o frio na barriga apesar do medo. Pq eu viro uma chavinha qdo inicio e meu mundo é aquilo. Olho rapidamente para os colegas, professores. Eu preparo a minha apresentação pensando como se ngm soubesse de nada e como eu gostaria de assistir a aula.
Para mim é sempre apavorante apresentar trabalhos acadêmicos, já tive até crise de choro e não consegui. Sinto as mesmas coisas que vc mencionou no começo do vídeo. Semana passada fiz uma apresentação nos EUA, era uma mesa importante com professores e alunos das melhores universidades de lá. Estava mto insegura e nervosa, li o texto (todos eles leram TB, o q me passou segurança) e deu tudo certo (li em espanhol pq moro no Peru e a pesquisa tinha a ver justamente com a baixa representatividade de latinos em revistas americanas). Não foi perfeito, mas foi o melhor q pude fazer, principalmente para uma pessoa q por um tempo ficava paralisada nessas apresentações, orgulho de mim :) Ah, quase todas as mesas q assisti eram assim: uma ppt bem elaborada, com pouco texto, e a leitura do trabalho. Me sinto mais confiante qdo posso ler, mas acredito q cada um sabe o que o deixa mais confiante. O mais importante é apresentar e passar sua mensagem.
Eu sou totalmente a Favor de acabar o TCC.... Chega de opressão psicologica... chega!
2 года назад+70
Off-topic, mas nem tanto: o balanço de branco (a cor avermelhada da imagem) está DELICIOSO! O áudio, ouvindo com fones de qualidade, também está DELICIOSO. Esse é o tweet.
O problema é que existe essa pressao de "ir bem". Se a gente fosse apenas pra compartilhar o que fazemos seria outra coisa. Tudo nos espacos de educacao tem essa ideia de avaliar. Os coach juntam 800 pessoas pra falar abobrinha e falam de boas kkkkkkk pq nao existe o medo de errar
Eu fiz um mestrado em Educação Matemática. Uma vez, uma professora de filosofia que gostou de um texto meu, me convidou para uma mesa redonda em um evento no programa de pós em estudos de linguagem. A sensação que tive lá foi horrível, porque eu ia fechar o evento e, antes de mim, TODOS os participantes se apresentaram lendo o texto. Na minha área isso é extremamente incomum, porque a gente não tem muito apego à forma do texto. Enfim, decidi "me rebelar" e não me apresentei lendo. Eu expliquei tópicos das minhas ideias e acho que foi uma boa. O povo entendeu e eu dormi tranquilo depois. Se tivesse lido, temo que não entenderiam e eu gaguejaria bastante.
Eu inventei de me inscrever no núcleo de iniciação científica no período da graduação. Na época eu não tinha computador em casa e nem recursos para realizar aquilo que eu imaginava dar conta. Fui trucidada em praça pública na apresentação do trabalho. A humilhação foi tanta que até hj ( 17 anos depois) não fui buscar o certificado ou declaração de apresentação do trabalho e isso desencadeou em mim um grande sentimento de frustração que só passou após conseguir boas colocações em provas , concursos e seleções. Hj estou mais confiante , mas até hj não entrei no mestrado e sinto que isso tem a ver com aquele episódio.
@@wmcordovil não, não justifica mesmo, mas a academia é um ambiente muitas vezes hostil e de muitos egos. As vezes me pergunto se vale a pena enfrentar tudo isso novamente... não tenho pretensões de me tornar professora, mas gosto bastante de estudar e tb gosto da academia...vamos aguardar, o tempo vai dizer...
Jana, eu moro na Alemanha, fiz meu doutorado aqui, e as pessoas daqui são mais diretas sobre a qualidade do trabalho do que as de outros países. Acho que os alemães se distanciam mais do produto do próprio trabalho do que os brasileiros. Eu nunca vi os artigos e as apresentações de artigo como sendo parte de mim. Sempre as vi como sendo uma representação sobre um aspecto do mundo que nem todos conhecem. Nesse sentido, eu estava na apresentação para passar uma informação sobre a realidade, comunicar um fato científico, e se a informação não procede, eu gosto do feedback, se ela está pouco modulada, eu gosto do feedback, se ela não está clara, eu esclareço, se as pessoas não entendem, eu explico diferente, se elas já sabiam do fato científico, eu peço a referência, e se elas não se interessam pelo fato, tudo bem... Se existe alguém ali me avaliando e pensando se deve ou não me oferecer uma extensão de bolsa ou algo desse gênero, isso nunca me importou. Eu sei que ninguém ali vai se lembrar de mim. O máximo que as pessoas se lembram é que havia um rapaz de gorro. Muitos até falaram desse rapaz comigo. :-D
Não se esqueçam de deixar o like, se inscrever e ativar o sininho, galera. Vídeo maravilhoso, assim como todos do canal! A Jana representa demais!
2 года назад+19
Assisti, e acho q conversas honestas sobre a nossa existência no meio acadêmico são EXTREMAMENTE necessárias. A universidade é um ambiente q não convida muito à DR (discutir relacionamento), como se todo mundo já entrasse pronto a interagir da melhor forma com o outro, e se tiver problema, "aguenta teus b.o." calado... Pelo menos foi assim comigo há 10 anos. Então é incrível ver hoje essa conversa sobre nossas expectativas, medos, diferenças, arrependimentos... Pq eles existem, e é trocando ideia que vamos avançando nesse processo instável, como bem chamou vc. Não tem fórmula. Mas tem jeito. Jeito de dar e receber conhecimento com respeito e cuidado, e auto-cuidado. Lindo vídeo.
Universidade é um ambiente, quando não muito pior, passivo agressivo. As pessoas estão quase sempre competindo sobre quem é melhor. São experiências horríveis que a gente escuta por todo lado. Eu só tenho vontade de fazer mestrado e doutorado pra conseguir emprego kkkkk pq atualmente é assim, vc tem q ter feito um mundo de coisa pra conseguir um emprego de 1500,00.
Muuuuuuito. Eu NEM dormia me preparava SEMPRE com antecedência. SEMPRE tirei o total. Quenheeeeee professora " quebrar " minhas pernas. O escrito eu me debruçada AINDA mais pra ir ser erro. Eu AMO apresentar trabalho.
Por isso é melhor vender IPTV. Eu ganho 3 mil e ainda consigo viajar de um estado pra outro, nada me prende e nem precisei passar por isso, apesar de ter uma profunda vontade, só pelo conhecimento
Jana, muito obrigado por esse relato. Sempre acho que minhas apresentações em eventos poderiam ter sido melhores, e isso me causa uma angústia tão grande, coisa de ficar pensando sobre elas muitos dias depois... ver alguém como você compartilhando desse sentimento (ou algo parecido) me trouxe um alívio... quem dera ambientes acadêmicos fossem mais acolhedores
Ai, Jana, muito bom ouvir isso (ou ruim? Não sei. É quase uma terapia coletiva). A gente trava no TCC, trava em artigo. Fica se sentindo um lixo incapaz com síndrome do impostor e pensando em desistir de tudo. Ai vai ver é uma experiência compartilhada bem comum, e quase parte do processo.
O letramento acadêmico deveria ser entendido como um processo em que você está constantemente aprendendo novos gêneros textuais a medida que você participa das atividades comunicativas dessa esfera. Você sintetiza bem isso quando você diz "embora eu fale muito em público, faço palestra, curso, sou professora, esse tipo de gênero textual não me era familiar". Bakhtin foi muito perspicaz quando propôs que os gêneros são tipos relativamente estáveis. Há muitos gêneros dentro desse tipo mais amplo que é "exposição oral", cada um com estruturas, usos e objetivos próprios. Acredito que compreender assim é muito mais fácil. Excelente vídeo, Jana! Esse assunto é amplamente discutido na LA.
Sou da área da saúde, médica e percebo que o ensino médico é a base da falta de empatia e educação. Se estimula um ambiente altamente competitivo e de chefes que são extremamente distantes e grosseiros. Eu fiz a área clínica e Intensiva depois, no meu caso, tive chefes muito educados e um ambiente acolhedor. Porém, via colegas de outras especialidades sofrendo verdadeiros abusos e assédios. Eu penso em um futuro ser professora, fez mestrado e doutorado e penso muito nisso que você disse Jana, não ser a pessoa que trás o desconforto. Isso é a meta da vida! Obrigada pelo seu vídeo ❤️ Um beijo
4:28 é isso, é isso que eu sinto, que eu não sei fazer. Por isso não tenho coragem de fazer mestrado, etapa da formação acadêmica que na atualidade se tornou tão fundamental para ser aprovado em qualquer concurso público para professor.
Patrícia, acho que a maior mensagem da Jana é que é um processo sofrível mas é suportável. Tenho certeza que a academia vai ficar ainda maior com a sua produção. 😚
Patrícia, se for de seu desejo, pesquise sim possibilidades para o mestrado - programas, questões de pesquisa, orientadores(as)... E durante o processo, conte com uma rede de colegas que também estão ali nessa formação. Durante meu mestrado essa rede foi a coisa mais sensacional de todas. Boa sorte
Absolutamente todas as suas reflexões são tão relevantes em tantos níveis. Obrigada por compartilhar conosco, sempre agrega muito, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Parabéns pela sua coerência, brilho e clareza.
Nossa, eu passei os cinco anos da minha vida acadêmica certa de que tudo que eu falava e escrevia era pura burrice. Até hj é mto difícil me apresentar ou explicar algo repentinamente, eu me embanano toda e me dá branco.
Gratidão, Jana! Você descreveu muitas angústias minhas em relação à produção acadêmica. E é isso... Uma das camadas da insegurança é pensar que as dúvidas e receios são apenas meus e o resto da comunidade acadêmica tá super segura em tudo o que faz e tem domínio de coisas que eu não sei. Sua reflexão foi muito acolhedora e importante para mim. Obrigada! Todo sucesso do mundo para você!
Esse vídeo é perfeito em todas as dimensões possíveis: o conteúdo, o formato de conversa (mais informal, mais acessível), a fotografia, a cenografia, a iluminação... Sério, que vídeo! ❤️
que vídeo maravilhoso e necessário. Sou acadêmico e fiz a transição para a carreira de analista de dados para um (grande) ambiente corporativo já há algum tempo . Essa rotina de apresentações sobre estudos e análises me acompanhou do meio acadêmico e a insegurança sempre vem a reboque. Muito obrigado por compartilhar seus desafios e as estratégias que vc tem usado.
Jana, é isso!! Muito bom esse espaço de conversa! Quem nunca passou por essas angústias dentro e fora da academia! Sempre sinto a síndrome de impostora… acredito que além da insegurança que existe por constantemente estar sendo avaliada, tem a questão de que hoje o acesso à informação é muito vasto e existe a impressão de que nunca conseguiremos abranger todos os estudos sobre o tema de pesquisa (e acho que será nunca mesmo)!! Parabéns pelo conteúdo!
Que legal vc falar essas coisas ! Achamos que só nós ( reles mortais fora do RUclips ) passamos por essas situações … Pessoas fenomenais como você , pensamos que nunca passaram por esses apertos 🥴
Jana. Eu adoro quando você fala de nossa vulnerabilidade no espaço acadêmico e traz isso à reflexão. Trazer à luz que o processo é instável e não uma progressão que leva sempre à perfeição faz também sentir-me acolhido e acalentado, porque todos nós passamos pelos mesmos problemas, pois também já fui humilhado, embora de maneira sutil, na defesa de tese de meu doutorado e isso gera uma insegurança e angústia absurdas. Por isso, pela partilha de sua experiência e reflexão, obrigado!
Maravilhosa! Obrigado pelo incentivo, Jana! Precisava ouvir isso. Sinto muito que tenha passado por essas experiências de humilhação dentro do ambiente acadêmico. Fico feliz que fale sobre isso com leveza hoje. A hostilidade é rara, mas acontece com frequência. Eu procuro gravar minha apresentação antes e assistir. Ajuda bastante, mas não é sempre que tenho tempo hábil. Abraço Jana!
Amei o vídeo! Sempre que termino uma apresentação acho que foi horrível, que falei muito rápido, que esqueci de falar tudo e que não consegui me fazer entender.. Me tranquilizo quando vejo a gravação depois, especialmente agora nas aulas online, e vejo que foi tudo bem, que a minha auto-imagem apresentadora é que é bugada
Eu também tenho muito medo! E do mesmo jeito, foi uma coisa que surgiu aos poucos e a partir de uma situação muito humilhante que passei dentro da universidade, durante a graduação, quando me fizeram fazer uma apresentação extra de um projeto de pesquisa durante a minha licença-maternidade. Eu tinha uma bebê de três meses. Apresentei com uma colega segurando minha filha e tentando fazer ela parar de chorar do lado de fora, me embananei todinha porque só queria terminar de apresentar e ir pegar a bebê. Ficou uma torta de climão enorme, como se eu estivesse completamente fora do lugar, desencaixada. Eu sai muito insatisfeita da apresentação e não me conformava com o quanto era incoerente me pedirem pra apresentar durante a licença-maternidade e ficarem tão incomodados com a minha presença e a com a presença da minha filha. Depois dessa apresentação consegui ficar mais uns dois meses no curso só. Desisti por dois anos, voltei no meio da pandemia, e terminei agora em Abril. Penei muuuuito pra segurar a ansiedade e a vontade de sair correndo de tudo quanto é apresentação que fiz depois de voltar. A apresentação final de TCC mesmo, eu não consegui nem dormir na noite anterior! E sempre me sinto como você falou, como se todo mundo conseguisse se apresentar tranquilamente e eu fosse a única que sofresse! Bom saber que não! Obrigada pelo vídeo incrível
Aí Janaísa! Que contribuição linda! Apresentar trabalhos publicamente é um momento formador, mesmo quando não dá muito certo. Achar que não vai dar conta faz parte! Mesmo depois de muitos anos de estrada! Ainda dá frio na barriga, ainda dá dúvida. Achei muy lindo o jeito que vc trouxe o assunto! Pra melhorar na apresentação, só apresentando mesmo! O negócio é não ser c*zão na hora de avaliar/criticar uma apresentação... ninguém é infalível! Agradeço o conteúdo!
Compartilho demais desse lugar de muito respeito aos lugares de transmissão de saberes. A apreensão sempre tá presente. Mas você Jana, arrasa demais, muito e sempre por aqui!
Essa conversa me lembrou de algumas coisas. Eu geralmente sou muito tranquilo apresentando algo, semestre passado eu paguei uma disciplina de robótica educacional, na hora da apresentação meu parceiro decidiu exceder a meia hora da apresentação em 30 minutos. Eu fiquei muito desconsertado e gaguejei muito mesmo, não consigo lembrar sem rir, as vezes o que nos quebra é uma besteira.
Olá Jana! Obrigada pelo vídeo! Eu também tenho experiências muito parecidas com as suas. Já fiz várias apresentações, inclusive em inglês, e sempre acabo ficando muito nervosa e achando que a apresentação foi ruim, mesmo testando muito antes a apresentação e conhecendo um tanto a minha área. Mas eu tento não deixar o nervosismo me deixar de desistir de apresentar. É seguir tentando
Como é bom ver alguém como você falando sobre isso Jana. Cansei de me sentir insegura e uma verdadeira merda e não ter nem a coragem,e espaço, para falar sobre essas sensações. Comecei o mestrado no auge da pandemia, me senti sozinha em muitos momentos e a aquela sensação sempre de que sei menos que todos. Em agosto, se tudo der certo, eu defenderei minha dissertação. Espero me sentir preparada. P.s: tenho pavor das perguntas tenho um medo de não saber responder e falar besteira.
Olá Jana, seu vídeo é muito legal e trás um conteúdo que ainda não havia encontrado. Parabéns! Também sou da área acadêmica e sofri as mesmas sensações quando apresentei uma palestra (em inglês) em um evento internacional. Saí com sentimento de frustração. Achei que falei mal, com o inglês razoável e também pelo fato de ser interrompido pela pessoa que mais temia na platéia. No final, alguns amigos chegaram dando parabéns pela palestra, mas sempre penso que é apenas uma forma educada de ajudar o amigo e cobrir nossa frustração. Agora, fui convidado para dar uma plenária no maior evento de minha área e esse sentimento vem a tona novamente, hoje em dia mais pela insegurança na língua estrangeira, mas temos que seguir, superar nossos medos, frustrações e seguir em frente. Parabéns novamente!
Ai, Jana... Tranquei a faculdade de letras justamente porque tinham disciplinas estrangeiras que, como se não bastasse só pedir pra apresentar trabalho, ainda pediam pra apresentar em inglês. Eu tinha crise de depressão só de pensar e larguei.
Jana, ainda vou dar o play, mas já sei que esse vídeo vai cair como uma luva pra mim. Então, já deixo aqui o meu muito obrigada. A academia é um ambiente muito tóxico ao meu ver, já chorei muito por isso e me distanciei pelo mesmo motivo. Agora, tenho uma rede de apoio de amigas da mesma profissão e campo científico (psicologia) e, por conta disso, estou pensando em me arriscar novamente.
Jana, posso dizer que te amo e amo seu canal? Estou a poucos meses para defender minha tese e esse vídeo foi um presente. Estou exatamente com o sentimento de que serei publicamente desmascarada. Que sou uma fraude, mas suas palavras me deram muita motivação e relembrei minha própria trajetória. Acredito que vou dar conta sim rs (riso nervoso) Obrigada querida!
MDS! Isso é um resumo da minha vida acadêmica. Não consigo apresentar como gostaria porque sempre fico insegura. As palavras fogem na hora, dou muitas pausas durante as explicações 😔. Isso do medo de ser descoberta como impostora é real. Obrigada pelo vídeo!!
Eu amei esse vídeo, senti ele como um abraço pq passo por essas angústias desde a graduação, quando tinha 20 e poucos. Hoje tenho 38 e estou no mestrado. Só de pensar em apresentação eu gelo, garganta trava, fica difícil respirar. Um horror. Eu tenho percebido também esse formato de apresentação com leitura de texto e sinto que é o melhor caminho pra mim. Fiz a graduação com o pensamento de que eu deveria está com toda a apresentação na minha cabeça, isso fez com que muitas vezes me sentisse um robozinho, pq eu decorava as falas :/ Com a leitura me parece mais interessante porque posso escrever como se eu estivesse falando, de uma forma mais livre, porém articulada.
Acho fundamental se manter firme na ideia que você falou de que estamos sempre aprendendo. Algumas pessoas perdem isso de vista, se acham prontas, e partem desse ponto (ou não, podem ser só escrotas mesmo) para nos humilhar. Eu gosto muito de uma ideia que ouvi da Ana Suy de que é importante deixar furar o nosso narcisismo para poder criar, porque é pela nossa incompletude que somos movidos (ou nos movemos) a fazer coisas, e é com esses furos que as fazemos.
Eu sou uma daquelas pessoas que odeia o meio acadêmico, ele foi uma grande fonte de ansiedade pra mim e meu deus tinha apresentação sempre. Sempre apresentei, sempre tirei boas notas, mas eu terminava de apresentar, pegava minhas coisas e ia embora e ficava uns 2 dias sem aparecer pra me recuperar do desgaste kkkkkk é um negócio tão zoado que eu simplesmente nunca quis continuar e fazer mestrado/doutorado e desejo coragem pra quem tá nesse caminho
São inúmeras as situações de constrangimentos e humilhações na academia. Na minha qualificação do mestrado uma das pessoas da banca falou que tinha detestado o conceito e o principal livro que eu usava como referência. Isso significava só que tudo aquilo que eu apresentava era descartável e que deveria começar do zero. A sorte foi que minha orientadora veio ao meu auxílio e falou que eu não podia abrir mão daquela referência, porque foi com ela que entrei no mestrado. Resumo da história, me tornei mestra sem a composição dessa pessoa na minha banca.
Obg Professora, muito importante ter encontrado esse vídeo, daqui a uns dias farei apresentação do projeto de extensão q sou bolsista em uma escola pública e estou bastante pilhada mas venho me preparando e elaborando bem a oficina e o seu vídeo está me ajudando nesse processo.
Oi Jana, amei esse vídeo e é sempre bom ser lembrada que não estamos sós nessa insegurança. Como vc disse, é normal ter altos e baixos, apresentações boas ou não tão boas. Algo que me ajuda é tentar me lembrar que essa apresentação é só mais uma, de muitas, e apresentar o trabalho dessa forma também é só uma parte do trabalho. Uma coisa que me veio à mente é: será que essa nova forma de apresentar, lendo mais e construindo painéis com mais texto, não é um reflexo de como as pessoas "saíram da pandemia", e esse é o jeito que estão lidando com essa "perda de prática" que vc descreveu, e pela qual todo mundo passou?
2 года назад
Ai Jana, que bom te ouvir. Minha coragem de encarar esse ambiente ficou pelo caminho. Vou por aqui, mesmo. 😐❤️
Jana, também já passei por situação semelhante na minha defesa de doutorado. Onde fui humilhada e realmente me senti uma impostura. Acho mesmo q além do contexto de cobranças e pressão para nos enquadrarmos em padrões que vc expôs muito bem, nós, mulheres, somos mais cobradas do que os homens, por eles e por nós mesmas. Obrigada pelo vídeo.
Eu amei esse vídeo. Entrei este ano no mestrado e vou apresentar o meu primeiro artigo em um congresso agora em maio e esse vídeo me deu uma luz para enfrentar estes medos…
Excelente vídeo, excelente temática! Inclusive fundamental, necessária demais e urgente! É impressionante como a academia é opressora, mesmo em cursos que propõe teoricamente o contrário, esses parecem até pior. Já me sentia altamente em pânico com as apresentações mesmo tendo sido sempre mt bem em apresentar ideias etc, é muito mais profundo. As camadas envolvem camadas mt mais profundas, como quais vozes inclusive, quais corpos tem mais legitimidade para ocupar esses espaços, quais acentos sao mais aceitáveis, onde é possível realmente contribuir com algo novo ou só repetir os autores.. Quanta solidão a academia impõe, disputas etc ninguém se expõe, aos sentimentos, as vulnerabilidades, como se esse terror fosse realmente sentido somente por nós.. Uma loucura, precisei me afastar e não sei se tenho vontade mais de voltar..
2 года назад
Nossa esse vídeo foi tudo pra mim, mês que vem vou apresentar um trabalho no congresso e já tô assim de saúde. Posso dizer que na maioria das vezes, tirando o nervosismo, me saio bem apresentando mas sempre bate um pouquinho esse pensamento de que "será que eu falei tudo? será que deu pra entender?". A última coisa que eu apresentei foi minha monografia, que nem PowerPoint eu fiz, criei um tumblr e organizei tudo o que eu precisava falar dentro dos posts. Tá certo que dentro de uma faculdade de comunicação as coisas são menos quadradas e que de longe o tumblr conversa com a redes sociais que eu abordo um pouquinho na minha pesquisa, mas eu me achei muito hacker da acadêmia, foi legal kkkkk (Off: meus pronomes são neutros e seu todes sempre dá um quentinho no meu coração, obg)
Muito bom o vídeo! Necessário na verdade. Estou no doutorado e um dos tópicos trabalhados em metodologia é essa questão da ciência universal... Especialmente sobre a ideia de que tudo que é científico, pode ser entendido em qualquer lugar do mundo. Apresentações internacionais acabam sendo um desafio, por vários pontos, Jana consegue sintetizar muito essa sensação. Fico me perguntando se a questão é linguística ou de qualidade mesmo.
Jana, muito muito obrigada por esse vídeo. Estou na reta final do doutorado e ele me fez muito bem. Nesse período de isolamento, eu desenvolvi uma insegurança que não tinha antes. Não me reconheço mais
Esse vídeo me deixou muito menos insegura hoje. Muito grata por isso!! Salvei para ver sempre que bater o medo e a angústia nas apresentações ao longo do processo...
Nunca tive problemas para apresentar trabalhos em público, até entrar na pós-graduação. Numa apresentação de trabalho (por sorte, on-line), tive que ouvir sobre o quanto eu era ansiosa e isso me estragava (na época, já tratava ansiedade há três anos; sempre soube que era ansiosa, não precisava me falar isso ou expor isso), na frente de colegas de curso. Ouvi, na frente de todo mundo, todos os erros do meu trabalho (sendo que aprendi durante a graduação que a exposição dessa forma nunca era boa). Os professores fizeram comparações sobre quais trabalhos foram melhores e piores, elegeram o melhor trabalho, falando que, se fosse um concurso, nenhum de nós passariamos. Teria aceitado essa forma de avaliação se ela tivesse sido feita com mais cuidado. Chorei muito, ao ponto de soluçar. Não consegui nem abrir meu microfone para poder dar uma resposta. Depois disso, nunca mais consegui me apresentar direito. Isso me afastou muito da pós graduação, ao ponto de não ter tido coragem, ainda, de ir em um congresso.
Te entendo. E quando a crítica é muito generalista pra sala toda "nenhum de vcs teria passado" eu não consigo levar pro pessoal mas quando é pro grupo... uma vez meu grupo foi humilhado dessa forma e eu discuti com o prof, fiz ele ver que ele exagerou e ele pediu desculpa no final da aula e ainda aumentou a pontuação mas fiquei com tanto ódio, falava mal dele pra todo mundo na frente dele só pra ele se sentir incomodado pq nada paga oq ele fez meu grupo E meu esposo sentir e depois saí da faculdade, entrei em outra mas realmente fiquei com problema pra apresentar trabalho com a confiança de antes, acabei saindo por problemas de ansiedade mas com alguns truques psicológicos até q dava. Isso da humilhação faz uns 8 anos mas até hj fico com vergonha de tocar na frase "apresentar trabalho" com meu esposo por medo dele lembrar daquilo. Eu e vc mereciamos ter ganho um processo por danos morais.
Conversa ótima, Jana. Eu particularmente ADORO me apresentar, dar palestras, etc. E olha que sou uma pessoa introvertida. Sim, sempre rola um medo, mas é normal, e a preparação é fundamental, como sempre. Embora, REALMENTE, existam contextos hostis (e pessoas rabugentas - para não dizer outra coisa - na Academia...). De certa forma me livrei - até o momento - de encontrar seres assim no meu caminho. A conversa me lembrou do primeiro (e único, até o momento rs) evento internacional que participei, em 2017. Fui para a Irlanda. Tudo muito diferente, lembro vagamente de ter percebido essa diferença no modo como os outros se apresentavam em relação ao que eu tinha preparado. Eu estava insegura com o inglês, estava meio acuada por estar em outro país, mas na minha vez, fui lá e falei tudo em inglês (engasgando aqui e ali, mas foi). Sem ler, apenas com meu pôster, e uma colinha em tópicos na mão. Revendo essa experiência, nossa, como foi boa. Na época, a síndrome de impostora não tinha permitido muito bem eu mesma ter me valorizado naquele momento... Mas sigamos. Esse processo de produção de conhecimento exige esforço, mas tem que ser divertido! Desejo ótimas apresentações para todo mundo aí :) OBS: não sei vcs, mas grande parte das minhas experiências de assistir uma apresentação com uma pessoa lendo não foi muito boa. Na real, eu sou uma espectadora que dá aleluia quando é uma apresentação mais espontânea, olho no olho :)
essa síndrome do impostor, faz parte dos meus dias, desde a primeira vez que fiz uma apresentação acadêmica, fico tão nervosa, a ponto de falar praticamente tudo diferente daquilo que me propus falar, as vezes, me sinto despersonalizada, como se aquele corpo, aquele momento não é o meu, e sou uma pessoa segura no dia-adia, em conversas e debates eu falo, discuto, coloco minhas ideias, sem problemas de errar ou divergir com as ideias de alguém, mas é apenas ir a frente de uma sala de aula ou frente a alguns professores que a "coisa" toma conta...
Nossa, sou muito tímida pra apresentar e isso me gera ansiedade e insegurança na expectativa de dar tudo certo. Até porque demorei me adaptar ao modelo remoto e agora que me familiarizei com ele estou preocupada com esse retorno presencial (não que seja ruim a retomada rs). Meu prof de filosofia sempre disse isso: somos um processo!! Ótimo vídeo, valeeeus❤❤❤❤
nossa sofri demais com isso, no meu tcc tive muitas crises de ansiedade, acabei terminando mais tarde, tive que trabalhar isso, e graças a Deus consegui apresentar com muitas pessoas me olhando e fui confiante, apesar do nervosismo consegui controlar, mas não foi facil
Muito importante ter visto esse vídeo! Toda vez que me sentir insegura (ou seja, sempre kkkkk) com os produtos e apresentações do mestrado e da vida acadêmica vou rever esse vídeo. Obrigada!
Jana, você não tem ideia de como esse seu vídeo veio ao meu encontro hoje. Acabei de iniciar meu doutorado e o tanto que a insegurança e a ansiedade têm me afetado nesse momento me fizeram procurar ajuda psiquiátrica e terapêutica, pois até o que eu gostava de fazer (pesquisa e escrita) estão me angustiando. Sei que seu vídeo não tem uma resposta ou uma solução, mas tem um alento, um abraço e um aconchego. Obrigado mesmo.
Hoje mesmo apresentei em um evento online e quase morri kkkkkkkkkkkkkkkkkkk mas vejo que estar online nos eventos me deixou um pouquinho menos insegura, fiquei traumatizada depois do ultimo evento presencial q compareci em 2019 q eu estava grávida de 8 meses e achei que fosse parir de tão nervosa que eu estava, nenê se apavorou com os sentimentos cabulosos que eu senti quando a banca avaliadora começou a questionar meus dados kkkkkkkkk
Uma vez, em um congresso, participando como OUVINTE de um grupo de trabalho, fui humilhada por outra OUVINTE - porque a humilhação na academia vem de todo o lado. Eu fiz um comentário em uma apresentação, compartilhando uma experiência que tive e que estava relacionada ao que a professora problematizou na apresentação dela. Queria contribuir e mostrar a relevância do tema proposto e porque já conhecia o trabalho da pesquisadora. A outra ouvinte não apenas não entendeu minha colocação, mas fez questão de pedir a palavra e fazer um verdadeiro textão lacrador, tudo para dizer que a minha experiência era um absurdo. E deixou todo mundo desconfortável, porque claramente a lacração não tinha nada a ver comigo, com o comentário que fiz e nem com o trabalho em questão. No final, pedi desculpas para a profe apresentadora, para deixar claro que eu não tinha dito o que a ouvinte estava atribuindo a mim. A professora pediu desculpas de volta, porque percebeu a viagem e ficou sem reação diante de tanta agressividade descabida. Na hora do café, encontrei a mesma pessoa AINDA DISCURSANDO sobre o que eu tinha falado, agora para colegas que não estavam na sala. Falta amor no mundo, mas falta também muita interpretação de texto!
Prezada Ester, eu também acho que falta amor no mundo, mas, em seu relato, faltou muito mais do que isso por parte da sua colega lacradora. Por outro lado, a agressividade aparentemente gratuita em ambientes acadêmicos pode derivar também da adesão apaixonada de alguns colegas a determinadas matrizes conceptuais, autores, escolas etc. Assim, ao identificar apressadamente a sua posição com uma posição supostamente antagônica às suas referências, a pessoa insegura, apaixonada e superficial, mas, ao mesmo tempo, ciosa de sua posição teórica, simplesmente dispara. Eu já passei por isso. Fiquei sem saber a origem da raiva do meu interlocutor em dada ocasião em que apresentava um paper no interior de um grupo de pesquisadores. Somente depois, na sala do cafezinho, fiquei sabendo por meio de terceiros que o meu "lacrador" teria identificado no conteúdo da minha apresentação uma crítica ao seu autor preferido. Eu ri muito na ocasião, porque não havia tido intenção alguma naquele sentido, mas isso faz parte da neurose acadêmica.
@@eduardomagrone9326 Concordo com você, Eduardo. Haja jogo de cintura para lidar com tantas variáveis!
Nossa, que coisa triste, mas creio que, num ambiente acadêmico, se as pessoas tem alguma noção, provavelmente entenderam sua colocação e quem passou vergonha foi a pessoa que quis lacrar.
Falta pulso firme pra reagir contra esse pessoal que se sente no direito de ofender quem julgam ser inferior
Acadêmico só dedicou a vida à profissão de pesquisador. Não são superiores a quem foi pro mercado de trabalho
@@McCabecadePorco Pulso firme no ambiente acadêmico acaba se voltando contra quem firmou o pulso. Na universidade, pulso firme não resolve nada, porque a prepotência, arrogância e soberba intelectual ali presentes devem ser combatidas com ideias, pesquisas e espírito crítico. Quanto à declaração de que o "acadêmico só dedicou a vida à profissão de pesquisador", preferiria não falar nada, mas devo dizer que este "só" mais parece gozação. Dedicar a vida à pesquisa só parece fácil para quem não se dedicou a ela.
Nossa, esse ambiente acadêmico é realmente hostil, com o retorno às coisas presenciais tenho sentido ainda mais angústia com relação a isso
Jana, minha querida! Que vídeo maravilhoso! Semana passada, tive uma experiência muito traumática ao apresentar o meu projeto de mestrado. Ao rele-lo, comecei a me sentir muito insegura, na verdade o achei horrível e quis desistir do mestrado. Durante a aula, onde tinha que debater sobre ele, estava tão nervosa que, já nas primeiras críticas do professor, me vi aos prantos. No meio da aula. Pensei em desistir mesmo. Hoje, ao ver o seu vídeo veio uma luz. Uma figura como você, referência para muitos de nós que te assistimos, mostrando que o processo acadêmico é isso: um processo! Fico muito feliz de você partilhar suas experiências, mostra que além de processo, a trajetória acadêmica é feita por pessoas. Um grande beijo 😘
Receba meu abraço ❤️
Carol, eu também sempre saio desanimada quando apresento algo - que dediquei horas e horas - e recebo críticas. É que a gente se dedica muito e quer tudo de qualidade - esquecemos que é PROCESSO e nem lembramos que - desde que não seja desrespeitoso - as críticas fazem parte. Na real, as críticas são as mais importantes. Nesses momentos de viver as frustrações, recomendo um docinho, um passeio, conversa com amigues, um chamego no pet e uma boa noite de descanso!
@@lucienebr muito obrigada pelas dicas, Luz! Vou seguir suas dicas. 😚
@@lucienebr uma boa noite de sono melhora e muito nossas angústias acadêmicas
Eu reprovei no projeto do TCC 🥲
Jana, me lembrei que a Fernanda Montenegro disse uma vez que quem entra em cena sem estar sentindo um frio na espinha não tem a menor ideia do que está fazendo. Minha autocobrança é muito parecida com a sua, mas estou aprendendo que nunca as nossas apresentações serão tão boas como gostaríamos que fossem. Assim, como se costuma dizer, mais importante que o destino é a viagem. Seguimos fazendo isso, porque gostamos.
É isso, Claudio!
Seu pai
só eu que no fundo sinto prazer com o frio na barriga apesar do medo. Pq eu viro uma chavinha qdo inicio e meu mundo é aquilo. Olho rapidamente para os colegas, professores. Eu preparo a minha apresentação pensando como se ngm soubesse de nada e como eu gostaria de assistir a aula.
Para mim é sempre apavorante apresentar trabalhos acadêmicos, já tive até crise de choro e não consegui. Sinto as mesmas coisas que vc mencionou no começo do vídeo. Semana passada fiz uma apresentação nos EUA, era uma mesa importante com professores e alunos das melhores universidades de lá. Estava mto insegura e nervosa, li o texto (todos eles leram TB, o q me passou segurança) e deu tudo certo (li em espanhol pq moro no Peru e a pesquisa tinha a ver justamente com a baixa representatividade de latinos em revistas americanas). Não foi perfeito, mas foi o melhor q pude fazer, principalmente para uma pessoa q por um tempo ficava paralisada nessas apresentações, orgulho de mim :) Ah, quase todas as mesas q assisti eram assim: uma ppt bem elaborada, com pouco texto, e a leitura do trabalho. Me sinto mais confiante qdo posso ler, mas acredito q cada um sabe o que o deixa mais confiante. O mais importante é apresentar e passar sua mensagem.
Eu sou totalmente a Favor de acabar o TCC.... Chega de opressão psicologica... chega!
Off-topic, mas nem tanto: o balanço de branco (a cor avermelhada da imagem) está DELICIOSO! O áudio, ouvindo com fones de qualidade, também está DELICIOSO. Esse é o tweet.
Conjuga com o pânico que a temática do vídeo enseja na gente.
Seu pai
O problema é que existe essa pressao de "ir bem". Se a gente fosse apenas pra compartilhar o que fazemos seria outra coisa. Tudo nos espacos de educacao tem essa ideia de avaliar. Os coach juntam 800 pessoas pra falar abobrinha e falam de boas kkkkkkk pq nao existe o medo de errar
😂😂❤️
Por trás da neurose avaliativa, pode haver a neurose competitiva. A academia é um terreno muito atravessado por disputas de variada natureza.
Eu fiz um mestrado em Educação Matemática. Uma vez, uma professora de filosofia que gostou de um texto meu, me convidou para uma mesa redonda em um evento no programa de pós em estudos de linguagem.
A sensação que tive lá foi horrível, porque eu ia fechar o evento e, antes de mim, TODOS os participantes se apresentaram lendo o texto. Na minha área isso é extremamente incomum, porque a gente não tem muito apego à forma do texto.
Enfim, decidi "me rebelar" e não me apresentei lendo. Eu expliquei tópicos das minhas ideias e acho que foi uma boa. O povo entendeu e eu dormi tranquilo depois. Se tivesse lido, temo que não entenderiam e eu gaguejaria bastante.
Eu inventei de me inscrever no núcleo de iniciação científica no período da graduação. Na época eu não tinha computador em casa e nem recursos para realizar aquilo que eu imaginava dar conta. Fui trucidada em praça pública na apresentação do trabalho. A humilhação foi tanta que até hj ( 17 anos depois) não fui buscar o certificado ou declaração de apresentação do trabalho e isso desencadeou em mim um grande sentimento de frustração que só passou após conseguir boas colocações em provas , concursos e seleções. Hj estou mais confiante , mas até hj não entrei no mestrado e sinto que isso tem a ver com aquele episódio.
Qual sua área?
@@wmcordovil sou psicóloga jurídica. Acerca do trabalho apresentado, reconheço que ele ficou ruim e tinha problemas... tenho consciência disso.
@@lilianoliveira3031 Mas não justifica humilhação
@@wmcordovil não, não justifica mesmo, mas a academia é um ambiente muitas vezes hostil e de muitos egos. As vezes me pergunto se vale a pena enfrentar tudo isso novamente... não tenho pretensões de me tornar professora, mas gosto bastante de estudar e tb gosto da academia...vamos aguardar, o tempo vai dizer...
Ei para de nos assustar kkkk
Jana, eu moro na Alemanha, fiz meu doutorado aqui, e as pessoas daqui são mais diretas sobre a qualidade do trabalho do que as de outros países. Acho que os alemães se distanciam mais do produto do próprio trabalho do que os brasileiros. Eu nunca vi os artigos e as apresentações de artigo como sendo parte de mim. Sempre as vi como sendo uma representação sobre um aspecto do mundo que nem todos conhecem. Nesse sentido, eu estava na apresentação para passar uma informação sobre a realidade, comunicar um fato científico, e se a informação não procede, eu gosto do feedback, se ela está pouco modulada, eu gosto do feedback, se ela não está clara, eu esclareço, se as pessoas não entendem, eu explico diferente, se elas já sabiam do fato científico, eu peço a referência, e se elas não se interessam pelo fato, tudo bem... Se existe alguém ali me avaliando e pensando se deve ou não me oferecer uma extensão de bolsa ou algo desse gênero, isso nunca me importou. Eu sei que ninguém ali vai se lembrar de mim. O máximo que as pessoas se lembram é que havia um rapaz de gorro. Muitos até falaram desse rapaz comigo. :-D
Eu penso como vc mas não sinto como vc
Não se esqueçam de deixar o like, se inscrever e ativar o sininho, galera.
Vídeo maravilhoso, assim como todos do canal! A Jana representa demais!
Assisti, e acho q conversas honestas sobre a nossa existência no meio acadêmico são EXTREMAMENTE necessárias. A universidade é um ambiente q não convida muito à DR (discutir relacionamento), como se todo mundo já entrasse pronto a interagir da melhor forma com o outro, e se tiver problema, "aguenta teus b.o." calado... Pelo menos foi assim comigo há 10 anos. Então é incrível ver hoje essa conversa sobre nossas expectativas, medos, diferenças, arrependimentos... Pq eles existem, e é trocando ideia que vamos avançando nesse processo instável, como bem chamou vc. Não tem fórmula. Mas tem jeito. Jeito de dar e receber conhecimento com respeito e cuidado, e auto-cuidado. Lindo vídeo.
Universidade é um ambiente, quando não muito pior, passivo agressivo. As pessoas estão quase sempre competindo sobre quem é melhor. São experiências horríveis que a gente escuta por todo lado. Eu só tenho vontade de fazer mestrado e doutorado pra conseguir emprego kkkkk pq atualmente é assim, vc tem q ter feito um mundo de coisa pra conseguir um emprego de 1500,00.
Sua mãe
Muuuuuuito. Eu NEM dormia me preparava SEMPRE com antecedência. SEMPRE tirei o total. Quenheeeeee professora " quebrar " minhas pernas. O escrito eu me debruçada AINDA mais pra ir ser erro. Eu AMO apresentar trabalho.
Por isso é melhor vender IPTV. Eu ganho 3 mil e ainda consigo viajar de um estado pra outro, nada me prende e nem precisei passar por isso, apesar de ter uma profunda vontade, só pelo conhecimento
Acho que você se abrir sobre isso é um carinho enorme com a gente que n tem experiência nenhuma, obrigada
❤️❤️
Jana, muito obrigado por esse relato. Sempre acho que minhas apresentações em eventos poderiam ter sido melhores, e isso me causa uma angústia tão grande, coisa de ficar pensando sobre elas muitos dias depois... ver alguém como você compartilhando desse sentimento (ou algo parecido) me trouxe um alívio... quem dera ambientes acadêmicos fossem mais acolhedores
Ai, Jana, muito bom ouvir isso (ou ruim? Não sei. É quase uma terapia coletiva). A gente trava no TCC, trava em artigo. Fica se sentindo um lixo incapaz com síndrome do impostor e pensando em desistir de tudo. Ai vai ver é uma experiência compartilhada bem comum, e quase parte do processo.
Sua mãe
O letramento acadêmico deveria ser entendido como um processo em que você está constantemente aprendendo novos gêneros textuais a medida que você participa das atividades comunicativas dessa esfera. Você sintetiza bem isso quando você diz "embora eu fale muito em público, faço palestra, curso, sou professora, esse tipo de gênero textual não me era familiar". Bakhtin foi muito perspicaz quando propôs que os gêneros são tipos relativamente estáveis. Há muitos gêneros dentro desse tipo mais amplo que é "exposição oral", cada um com estruturas, usos e objetivos próprios. Acredito que compreender assim é muito mais fácil. Excelente vídeo, Jana! Esse assunto é amplamente discutido na LA.
Sou da área da saúde, médica e percebo que o ensino médico é a base da falta de empatia e educação. Se estimula um ambiente altamente competitivo e de chefes que são extremamente distantes e grosseiros. Eu fiz a área clínica e Intensiva depois, no meu caso, tive chefes muito educados e um ambiente acolhedor. Porém, via colegas de outras especialidades sofrendo verdadeiros abusos e assédios. Eu penso em um futuro ser professora, fez mestrado e doutorado e penso muito nisso que você disse Jana, não ser a pessoa que trás o desconforto. Isso é a meta da vida! Obrigada pelo seu vídeo ❤️ Um beijo
4:28 é isso, é isso que eu sinto, que eu não sei fazer. Por isso não tenho coragem de fazer mestrado, etapa da formação acadêmica que na atualidade se tornou tão fundamental para ser aprovado em qualquer concurso público para professor.
Patrícia, acho que a maior mensagem da Jana é que é um processo sofrível mas é suportável. Tenho certeza que a academia vai ficar ainda maior com a sua produção. 😚
Patrícia, se for de seu desejo, pesquise sim possibilidades para o mestrado - programas, questões de pesquisa, orientadores(as)... E durante o processo, conte com uma rede de colegas que também estão ali nessa formação. Durante meu mestrado essa rede foi a coisa mais sensacional de todas. Boa sorte
Obrigada, gente!
Seu pai
Ahhhh esse vídeo veio na hora certa! Defendo minha dissertação em 2 semanas e tô só a pilha de ansiedade aaaa
Vc é ótima, Jana
Absolutamente todas as suas reflexões são tão relevantes em tantos níveis. Obrigada por compartilhar conosco, sempre agrega muito, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Parabéns pela sua coerência, brilho e clareza.
Nossa, eu passei os cinco anos da minha vida acadêmica certa de que tudo que eu falava e escrevia era pura burrice. Até hj é mto difícil me apresentar ou explicar algo repentinamente, eu me embanano toda e me dá branco.
Gratidão, Jana! Você descreveu muitas angústias minhas em relação à produção acadêmica. E é isso... Uma das camadas da insegurança é pensar que as dúvidas e receios são apenas meus e o resto da comunidade acadêmica tá super segura em tudo o que faz e tem domínio de coisas que eu não sei. Sua reflexão foi muito acolhedora e importante para mim. Obrigada! Todo sucesso do mundo para você!
Jana, as suas discussões sempre tratam perspectivas de acolhimento e respeito sob um prisma empático e responsável.
Obrigado por insistir ❤️
Esse vídeo é perfeito em todas as dimensões possíveis: o conteúdo, o formato de conversa (mais informal, mais acessível), a fotografia, a cenografia, a iluminação... Sério, que vídeo! ❤️
que vídeo maravilhoso e necessário. Sou acadêmico e fiz a transição para a carreira de analista de dados para um (grande) ambiente corporativo já há algum tempo . Essa rotina de apresentações sobre estudos e análises me acompanhou do meio acadêmico e a insegurança sempre vem a reboque. Muito obrigado por compartilhar seus desafios e as estratégias que vc tem usado.
Jana, é isso!! Muito bom esse espaço de conversa! Quem nunca passou por essas angústias dentro e fora da academia! Sempre sinto a síndrome de impostora… acredito que além da insegurança que existe por constantemente estar sendo avaliada, tem a questão de que hoje o acesso à informação é muito vasto e existe a impressão de que nunca conseguiremos abranger todos os estudos sobre o tema de pesquisa (e acho que será nunca mesmo)!! Parabéns pelo conteúdo!
Seu pai
Que legal vc falar essas coisas ! Achamos que só nós ( reles mortais fora do RUclips ) passamos por essas situações …
Pessoas fenomenais como você , pensamos que nunca passaram por esses apertos 🥴
Viscardi, continue sempre por aqui, vc faz toda a diferença ✊🏽💪🏽❤❤
Jana. Eu adoro quando você fala de nossa vulnerabilidade no espaço acadêmico e traz isso à reflexão. Trazer à luz que o processo é instável e não uma progressão que leva sempre à perfeição faz também sentir-me acolhido e acalentado, porque todos nós passamos pelos mesmos problemas, pois também já fui humilhado, embora de maneira sutil, na defesa de tese de meu doutorado e isso gera uma insegurança e angústia absurdas. Por isso, pela partilha de sua experiência e reflexão, obrigado!
Maravilhosa! Obrigado pelo incentivo, Jana! Precisava ouvir isso. Sinto muito que tenha passado por essas experiências de humilhação dentro do ambiente acadêmico. Fico feliz que fale sobre isso com leveza hoje. A hostilidade é rara, mas acontece com frequência. Eu procuro gravar minha apresentação antes e assistir. Ajuda bastante, mas não é sempre que tenho tempo hábil. Abraço Jana!
Amei o vídeo! Sempre que termino uma apresentação acho que foi horrível, que falei muito rápido, que esqueci de falar tudo e que não consegui me fazer entender.. Me tranquilizo quando vejo a gravação depois, especialmente agora nas aulas online, e vejo que foi tudo bem, que a minha auto-imagem apresentadora é que é bugada
Eu também tenho muito medo! E do mesmo jeito, foi uma coisa que surgiu aos poucos e a partir de uma situação muito humilhante que passei dentro da universidade, durante a graduação, quando me fizeram fazer uma apresentação extra de um projeto de pesquisa durante a minha licença-maternidade. Eu tinha uma bebê de três meses. Apresentei com uma colega segurando minha filha e tentando fazer ela parar de chorar do lado de fora, me embananei todinha porque só queria terminar de apresentar e ir pegar a bebê. Ficou uma torta de climão enorme, como se eu estivesse completamente fora do lugar, desencaixada. Eu sai muito insatisfeita da apresentação e não me conformava com o quanto era incoerente me pedirem pra apresentar durante a licença-maternidade e ficarem tão incomodados com a minha presença e a com a presença da minha filha. Depois dessa apresentação consegui ficar mais uns dois meses no curso só. Desisti por dois anos, voltei no meio da pandemia, e terminei agora em Abril. Penei muuuuito pra segurar a ansiedade e a vontade de sair correndo de tudo quanto é apresentação que fiz depois de voltar. A apresentação final de TCC mesmo, eu não consegui nem dormir na noite anterior! E sempre me sinto como você falou, como se todo mundo conseguisse se apresentar tranquilamente e eu fosse a única que sofresse! Bom saber que não! Obrigada pelo vídeo incrível
Aí Janaísa! Que contribuição linda! Apresentar trabalhos publicamente é um momento formador, mesmo quando não dá muito certo. Achar que não vai dar conta faz parte! Mesmo depois de muitos anos de estrada! Ainda dá frio na barriga, ainda dá dúvida.
Achei muy lindo o jeito que vc trouxe o assunto!
Pra melhorar na apresentação, só apresentando mesmo! O negócio é não ser c*zão na hora de avaliar/criticar uma apresentação... ninguém é infalível!
Agradeço o conteúdo!
Sua mãe
Compartilho demais desse lugar de muito respeito aos lugares de transmissão de saberes. A apreensão sempre tá presente. Mas você Jana, arrasa demais, muito e sempre por aqui!
Obrigada Jana!! Um conforto te escutar e partilhar um pouco da angústia que acompanha o ambiente acadêmico
Essa conversa me lembrou de algumas coisas.
Eu geralmente sou muito tranquilo apresentando algo, semestre passado eu paguei uma disciplina de robótica educacional, na hora da apresentação meu parceiro decidiu exceder a meia hora da apresentação em 30 minutos. Eu fiquei muito desconsertado e gaguejei muito mesmo, não consigo lembrar sem rir, as vezes o que nos quebra é uma besteira.
Olá Jana! Obrigada pelo vídeo! Eu também tenho experiências muito parecidas com as suas. Já fiz várias apresentações, inclusive em inglês, e sempre acabo ficando muito nervosa e achando que a apresentação foi ruim, mesmo testando muito antes a apresentação e conhecendo um tanto a minha área. Mas eu tento não deixar o nervosismo me deixar de desistir de apresentar. É seguir tentando
Como é bom ver alguém como você falando sobre isso Jana. Cansei de me sentir insegura e uma verdadeira merda e não ter nem a coragem,e espaço, para falar sobre essas sensações. Comecei o mestrado no auge da pandemia, me senti sozinha em muitos momentos e a aquela sensação sempre de que sei menos que todos. Em agosto, se tudo der certo, eu defenderei minha dissertação. Espero me sentir preparada. P.s: tenho pavor das perguntas tenho um medo de não saber responder e falar besteira.
Boa sorte! Você vai conseguir, com certeza, Geisa...
@@kamilaprado9100 muito obrigada, Kamila
Aos 8 de novembro de 2022, eu me tornei mestre!! No final tudo dá certo mesmo gente. Estou muito feliz e quem sabe rumo ao doutorado😃😃😃
Olá Jana, seu vídeo é muito legal e trás um conteúdo que ainda não havia encontrado. Parabéns! Também sou da área acadêmica e sofri as mesmas sensações quando apresentei uma palestra (em inglês) em um evento internacional. Saí com sentimento de frustração. Achei que falei mal, com o inglês razoável e também pelo fato de ser interrompido pela pessoa que mais temia na platéia. No final, alguns amigos chegaram dando parabéns pela palestra, mas sempre penso que é apenas uma forma educada de ajudar o amigo e cobrir nossa frustração. Agora, fui convidado para dar uma plenária no maior evento de minha área e esse sentimento vem a tona novamente, hoje em dia mais pela insegurança na língua estrangeira, mas temos que seguir, superar nossos medos, frustrações e seguir em frente. Parabéns novamente!
Ai, Jana... Tranquei a faculdade de letras justamente porque tinham disciplinas estrangeiras que, como se não bastasse só pedir pra apresentar trabalho, ainda pediam pra apresentar em inglês. Eu tinha crise de depressão só de pensar e larguei.
Nossa, acabei de entrar no doutorado e estou com medo dessas humilhações. Ai, credo! Obrigado pelo convite, Jana!
Sério...o seu canal é muito bom! É super honesto nas posições e entrega informação de qualidade. Gratidão.
Obrigada ❤️
Jana, ainda vou dar o play, mas já sei que esse vídeo vai cair como uma luva pra mim. Então, já deixo aqui o meu muito obrigada. A academia é um ambiente muito tóxico ao meu ver, já chorei muito por isso e me distanciei pelo mesmo motivo. Agora, tenho uma rede de apoio de amigas da mesma profissão e campo científico (psicologia) e, por conta disso, estou pensando em me arriscar novamente.
Jana, posso dizer que te amo e amo seu canal? Estou a poucos meses para defender minha tese e esse vídeo foi um presente. Estou exatamente com o sentimento de que serei publicamente desmascarada. Que sou uma fraude, mas suas palavras me deram muita motivação e relembrei minha própria trajetória. Acredito que vou dar conta sim rs (riso nervoso) Obrigada querida!
Boa sorte, vai dar tudo certo! Torcendo aqui por ti! 😊
MDS! Isso é um resumo da minha vida acadêmica. Não consigo apresentar como gostaria porque sempre fico insegura. As palavras fogem na hora, dou muitas pausas durante as explicações 😔. Isso do medo de ser descoberta como impostora é real. Obrigada pelo vídeo!!
Eu amei esse vídeo, senti ele como um abraço pq passo por essas angústias desde a graduação, quando tinha 20 e poucos. Hoje tenho 38 e estou no mestrado. Só de pensar em apresentação eu gelo, garganta trava, fica difícil respirar. Um horror.
Eu tenho percebido também esse formato de apresentação com leitura de texto e sinto que é o melhor caminho pra mim. Fiz a graduação com o pensamento de que eu deveria está com toda a apresentação na minha cabeça, isso fez com que muitas vezes me sentisse um robozinho, pq eu decorava as falas :/
Com a leitura me parece mais interessante porque posso escrever como se eu estivesse falando, de uma forma mais livre, porém articulada.
Acho fundamental se manter firme na ideia que você falou de que estamos sempre aprendendo. Algumas pessoas perdem isso de vista, se acham prontas, e partem desse ponto (ou não, podem ser só escrotas mesmo) para nos humilhar.
Eu gosto muito de uma ideia que ouvi da Ana Suy de que é importante deixar furar o nosso narcisismo para poder criar, porque é pela nossa incompletude que somos movidos (ou nos movemos) a fazer coisas, e é com esses furos que as fazemos.
Uma jóia de vídeo, estava precisando, muito obrigada por esse conteúdo maravilhoso e acolhedor, Jana. Um abraço.
Esse vídeo conversou comigo ó! Passo mal toda vez que penso em uma futura apresentação que preciso fazer, é terrível kkkkkk mas tentando mudar isso.
Eu sou uma daquelas pessoas que odeia o meio acadêmico, ele foi uma grande fonte de ansiedade pra mim e meu deus tinha apresentação sempre. Sempre apresentei, sempre tirei boas notas, mas eu terminava de apresentar, pegava minhas coisas e ia embora e ficava uns 2 dias sem aparecer pra me recuperar do desgaste kkkkkk é um negócio tão zoado que eu simplesmente nunca quis continuar e fazer mestrado/doutorado e desejo coragem pra quem tá nesse caminho
Muito massa esse vídeo! Estou fortemente tentada a compartilhá-lo com minha galera do Ensino Médio.
Sou tua fã!
Jana, querida, muito muito muito obrigada por esse vídeo! Mesmo! Ele falou comigo de tantas formas… obrigada! ❤️
São inúmeras as situações de constrangimentos e humilhações na academia. Na minha qualificação do mestrado uma das pessoas da banca falou que tinha detestado o conceito e o principal livro que eu usava como referência. Isso significava só que tudo aquilo que eu apresentava era descartável e que deveria começar do zero. A sorte foi que minha orientadora veio ao meu auxílio e falou que eu não podia abrir mão daquela referência, porque foi com ela que entrei no mestrado. Resumo da história, me tornei mestra sem a composição dessa pessoa na minha banca.
Que vídeo maravilhoso. Suas palavras reconfortam e orientam... 👏🏾👏🏾👏🏾
Obg Professora, muito importante ter encontrado esse vídeo, daqui a uns dias farei apresentação do projeto de extensão q sou bolsista em uma escola pública e estou bastante pilhada mas venho me preparando e elaborando bem a oficina e o seu vídeo está me ajudando nesse processo.
Tamires, receba meu abraço! Que a apresentação seja uma experiência, sobretudo, de aprendizado e troca! Um abração
Ow, jana! Seu vídeo foi um abraço. Tou prestes a defender o doutorado e me sinto assim. Obrigada pela partilha de angústias!
Um beijão pra vc e bom trabalho na defesa!
6:45 "O medo não escolhe não, ele vem mesmo" Ahahaha sim! E como vem! No meu caso foi "o pânico dos membros externos da banca". Que episódio...
Passando pra deixar meu like, minha admiração pelo canal, seus ensinamentos e seus brincos😍😍😍😍
Oi Jana, amei esse vídeo e é sempre bom ser lembrada que não estamos sós nessa insegurança. Como vc disse, é normal ter altos e baixos, apresentações boas ou não tão boas. Algo que me ajuda é tentar me lembrar que essa apresentação é só mais uma, de muitas, e apresentar o trabalho dessa forma também é só uma parte do trabalho. Uma coisa que me veio à mente é: será que essa nova forma de apresentar, lendo mais e construindo painéis com mais texto, não é um reflexo de como as pessoas "saíram da pandemia", e esse é o jeito que estão lidando com essa "perda de prática" que vc descreveu, e pela qual todo mundo passou?
Ai Jana, que bom te ouvir. Minha coragem de encarar esse ambiente ficou pelo caminho. Vou por aqui, mesmo. 😐❤️
Você é perfeita, Jana! Obrigada por isso ♡ É meu primeiro período (presencial) na faculdade e precisava disso ♡
Jana, super me identifiquei!!
A gente sempre melhora?!😮+ ou -...Nem todo os dias não somos e não estamos na mesma página!!😢
Jana, também já passei por situação semelhante na minha defesa de doutorado. Onde fui humilhada e realmente me senti uma impostura. Acho mesmo q além do contexto de cobranças e pressão para nos enquadrarmos em padrões que vc expôs muito bem, nós, mulheres, somos mais cobradas do que os homens, por eles e por nós mesmas. Obrigada pelo vídeo.
Eu amei esse vídeo. Entrei este ano no mestrado e vou apresentar o meu primeiro artigo em um congresso agora em maio e esse vídeo me deu uma luz para enfrentar estes medos…
Excelente vídeo, excelente temática! Inclusive fundamental, necessária demais e urgente! É impressionante como a academia é opressora, mesmo em cursos que propõe teoricamente o contrário, esses parecem até pior. Já me sentia altamente em pânico com as apresentações mesmo tendo sido sempre mt bem em apresentar ideias etc, é muito mais profundo. As camadas envolvem camadas mt mais profundas, como quais vozes inclusive, quais corpos tem mais legitimidade para ocupar esses espaços, quais acentos sao mais aceitáveis, onde é possível realmente contribuir com algo novo ou só repetir os autores..
Quanta solidão a academia impõe, disputas etc ninguém se expõe, aos sentimentos, as vulnerabilidades, como se esse terror fosse realmente sentido somente por nós..
Uma loucura, precisei me afastar e não sei se tenho vontade mais de voltar..
Nossa esse vídeo foi tudo pra mim, mês que vem vou apresentar um trabalho no congresso e já tô assim de saúde. Posso dizer que na maioria das vezes, tirando o nervosismo, me saio bem apresentando mas sempre bate um pouquinho esse pensamento de que "será que eu falei tudo? será que deu pra entender?". A última coisa que eu apresentei foi minha monografia, que nem PowerPoint eu fiz, criei um tumblr e organizei tudo o que eu precisava falar dentro dos posts. Tá certo que dentro de uma faculdade de comunicação as coisas são menos quadradas e que de longe o tumblr conversa com a redes sociais que eu abordo um pouquinho na minha pesquisa, mas eu me achei muito hacker da acadêmia, foi legal kkkkk
(Off: meus pronomes são neutros e seu todes sempre dá um quentinho no meu coração, obg)
Muito bom o vídeo! Necessário na verdade. Estou no doutorado e um dos tópicos trabalhados em metodologia é essa questão da ciência universal... Especialmente sobre a ideia de que tudo que é científico, pode ser entendido em qualquer lugar do mundo. Apresentações internacionais acabam sendo um desafio, por vários pontos, Jana consegue sintetizar muito essa sensação. Fico me perguntando se a questão é linguística ou de qualidade mesmo.
Obrigada por suas palavras e seu trabalho tão acolhedor 👏👏👏👏.
Jana, muito muito obrigada por esse vídeo. Estou na reta final do doutorado e ele me fez muito bem. Nesse período de isolamento, eu desenvolvi uma insegurança que não tinha antes. Não me reconheço mais
Vídeo muito importante. O que posso dizer que tem situações muito piores no âmbito das empresas privadas. Abraço
Esse vídeo me deixou muito menos insegura hoje. Muito grata por isso!!
Salvei para ver sempre que bater o medo e a angústia nas apresentações ao longo do processo...
Muito necessário esse vídeo! Obrigado Jana.
Já comento durante os reclames comerciais pra já dar aquela engajada...hahaha
hahaha
Nunca tive problemas para apresentar trabalhos em público, até entrar na pós-graduação. Numa apresentação de trabalho (por sorte, on-line), tive que ouvir sobre o quanto eu era ansiosa e isso me estragava (na época, já tratava ansiedade há três anos; sempre soube que era ansiosa, não precisava me falar isso ou expor isso), na frente de colegas de curso. Ouvi, na frente de todo mundo, todos os erros do meu trabalho (sendo que aprendi durante a graduação que a exposição dessa forma nunca era boa). Os professores fizeram comparações sobre quais trabalhos foram melhores e piores, elegeram o melhor trabalho, falando que, se fosse um concurso, nenhum de nós passariamos. Teria aceitado essa forma de avaliação se ela tivesse sido feita com mais cuidado. Chorei muito, ao ponto de soluçar. Não consegui nem abrir meu microfone para poder dar uma resposta. Depois disso, nunca mais consegui me apresentar direito. Isso me afastou muito da pós graduação, ao ponto de não ter tido coragem, ainda, de ir em um congresso.
Te entendo. E quando a crítica é muito generalista pra sala toda "nenhum de vcs teria passado" eu não consigo levar pro pessoal mas quando é pro grupo... uma vez meu grupo foi humilhado dessa forma e eu discuti com o prof, fiz ele ver que ele exagerou e ele pediu desculpa no final da aula e ainda aumentou a pontuação mas fiquei com tanto ódio, falava mal dele pra todo mundo na frente dele só pra ele se sentir incomodado pq nada paga oq ele fez meu grupo E meu esposo sentir e depois saí da faculdade, entrei em outra mas realmente fiquei com problema pra apresentar trabalho com a confiança de antes, acabei saindo por problemas de ansiedade mas com alguns truques psicológicos até q dava. Isso da humilhação faz uns 8 anos mas até hj fico com vergonha de tocar na frase "apresentar trabalho" com meu esposo por medo dele lembrar daquilo. Eu e vc mereciamos ter ganho um processo por danos morais.
Conversa ótima, Jana. Eu particularmente ADORO me apresentar, dar palestras, etc. E olha que sou uma pessoa introvertida. Sim, sempre rola um medo, mas é normal, e a preparação é fundamental, como sempre. Embora, REALMENTE, existam contextos hostis (e pessoas rabugentas - para não dizer outra coisa - na Academia...). De certa forma me livrei - até o momento - de encontrar seres assim no meu caminho.
A conversa me lembrou do primeiro (e único, até o momento rs) evento internacional que participei, em 2017. Fui para a Irlanda. Tudo muito diferente, lembro vagamente de ter percebido essa diferença no modo como os outros se apresentavam em relação ao que eu tinha preparado. Eu estava insegura com o inglês, estava meio acuada por estar em outro país, mas na minha vez, fui lá e falei tudo em inglês (engasgando aqui e ali, mas foi). Sem ler, apenas com meu pôster, e uma colinha em tópicos na mão. Revendo essa experiência, nossa, como foi boa. Na época, a síndrome de impostora não tinha permitido muito bem eu mesma ter me valorizado naquele momento...
Mas sigamos. Esse processo de produção de conhecimento exige esforço, mas tem que ser divertido!
Desejo ótimas apresentações para todo mundo aí :)
OBS: não sei vcs, mas grande parte das minhas experiências de assistir uma apresentação com uma pessoa lendo não foi muito boa. Na real, eu sou uma espectadora que dá aleluia quando é uma apresentação mais espontânea, olho no olho :)
Viscardi, você é gigante, não pare nunca S2
essa síndrome do impostor, faz parte dos meus dias, desde a primeira vez que fiz uma apresentação acadêmica, fico tão nervosa, a ponto de falar praticamente tudo diferente daquilo que me propus falar, as vezes, me sinto despersonalizada, como se aquele corpo, aquele momento não é o meu, e sou uma pessoa segura no dia-adia, em conversas e debates eu falo, discuto, coloco minhas ideias, sem problemas de errar ou divergir com as ideias de alguém, mas é apenas ir a frente de uma sala de aula ou frente a alguns professores que a "coisa" toma conta...
Tenho 59 anos, fiz apresentações e que pena q não a conheci antes ... ótima e completa reflexão!! Obrigada!
Nossa, sou muito tímida pra apresentar e isso me gera ansiedade e insegurança na expectativa de dar tudo certo. Até porque demorei me adaptar ao modelo remoto e agora que me familiarizei com ele estou preocupada com esse retorno presencial (não que seja ruim a retomada rs). Meu prof de filosofia sempre disse isso: somos um processo!! Ótimo vídeo, valeeeus❤❤❤❤
Amei a conversa. Obrigada!!
nossa sofri demais com isso, no meu tcc tive muitas crises de ansiedade, acabei terminando mais tarde, tive que trabalhar isso, e graças a Deus consegui apresentar com muitas pessoas me olhando e fui confiante, apesar do nervosismo consegui controlar, mas não foi facil
Obrigada por esse vídeo, Jana! Você é incrível
Saudades mulher. Amo muito você!
❤️❤️❤️
Obrigado! Me ajudou bastante. Tenho um congresso pra fazer mais pra frente e estou bem nervoso..
que vídeo lindo, jana!
estou reiniciando uma jornada acadêmica e seu relato realista mas acolhedor dá um conforto muito bom
🥰🥰🥰
Muito importante ter visto esse vídeo! Toda vez que me sentir insegura (ou seja, sempre kkkkk) com os produtos e apresentações do mestrado e da vida acadêmica vou rever esse vídeo. Obrigada!
❤️❤️❤️
Gostei da sua sinceridade. O ambiente acadêmico não é tranquilo ou tão fácil. É um processo de aprendizagem. Obrigada!!
❤️
Coisa boa te ouvir. Experimentei algo parecido em uma prova didática para professor do ensino superior. Obrigado pela partilha!
Jana, você não tem ideia de como esse seu vídeo veio ao meu encontro hoje. Acabei de iniciar meu doutorado e o tanto que a insegurança e a ansiedade têm me afetado nesse momento me fizeram procurar ajuda psiquiátrica e terapêutica, pois até o que eu gostava de fazer (pesquisa e escrita) estão me angustiando. Sei que seu vídeo não tem uma resposta ou uma solução, mas tem um alento, um abraço e um aconchego. Obrigado mesmo.
Receba meu abraço!
Mds, esse vídeo foi pra mim!
Boa tarde, socorro.
❤️
Ótimas reflexões. E amei a dica final!
Hoje mesmo apresentei em um evento online e quase morri kkkkkkkkkkkkkkkkkkk mas vejo que estar online nos eventos me deixou um pouquinho menos insegura, fiquei traumatizada depois do ultimo evento presencial q compareci em 2019 q eu estava grávida de 8 meses e achei que fosse parir de tão nervosa que eu estava, nenê se apavorou com os sentimentos cabulosos que eu senti quando a banca avaliadora começou a questionar meus dados kkkkkkkkk
Muito importante esse vídeo. Obrigada! Farei uma apresentação no próximo mês, e ouvir essas ponderações foi muito interessante.
Bom trabalho pra você!
Jana, grata por esse abraço
❤️❤️❤️
Vou apresentar minha monografia na terça-feira! Obrigado.
TE AMO JANA
❤️
Jana, não me lembro se você, na sua série sobre linguistas, já falou do Labov... Se ainda não, que tal batermos um papo sobre Sociolinguística?
Excelente, Jana! Vou começar a dar aula e estou com muito medo.