Como pode a vida consagrada ser sinal de uma sociedade mais justa e equitativa? Esta é uma pergunta de retórica que confesso me causa profunda revolta! A vida consagrada só pode ser sinal e testemunho se de facto viver a partir do Evangelho, não apenas com os que estão longe, mas com os irmãos que estão a seu lado. O que não falta na chamada vida consagrada são incoerências e contra- testemunhos dolorosos, abuso de poder, abuso espiritual, abuso psicológico...Muitos irmãos de hábito maltratados dentro das comunidades ou abandonados, perseguidos e esquecidos pelos irmãos ...postos na rua, mesmo depois de décadas dentro de mosteiros, sem qualquer apoio de ninguém, abandonados à sua sorte, sem casa e sem trabalho, sem competências para se valer a si próprios, simplesmente porque muitos ao entrar na vida religiosa ainda jovens, não têm formação académica e não sabem enfrentar o mundo que deixaram há tanto tempo. Muitos irmãos caluniados e tratados como traidores, simplesmente porque pensavam diferente ou consideraram que já não tinham condições para viver "aquele tipo de vida consagrada" que os esmagava, uma vida consagrada que muitas vezes trai os ideais de quem tudo deixa por uma vida Evangélica, de total configuração com Cristo. Claro que este não é um cenário generalizado e nem se está à espera que não existam problemas na vida consagrada, como em qualquer estrutura humana!...Mas uma coisa é a existência de problemas, outra bem diferente é uma cultura de abuso e ocultação como a que existe na vida consagrada, apesar dos inúmeros apelos do Santo Padre para os denunciar. Caros irmãos do Dicastério para a Vida Consagrada, está na hora de olhar a vida consagrada a partir da sua realidade existencial e testemunhal "ab intus", porque ninguém dá o que não tem. Sem uma verdadeira coragem de "revisão da vida consagrada", no sentido mais profundo de uma reconversão, não é possível falar de um sinal para o mundo.
Como pode a vida consagrada ser sinal de uma sociedade mais justa e equitativa? Esta é uma pergunta de retórica que confesso me causa profunda revolta! A vida consagrada só pode ser sinal e testemunho se de facto viver a partir do Evangelho, não apenas com os que estão longe, mas com os irmãos que estão a seu lado. O que não falta na chamada vida consagrada são incoerências e contra- testemunhos dolorosos, abuso de poder, abuso espiritual, abuso psicológico...Muitos irmãos de hábito maltratados dentro das comunidades ou abandonados, perseguidos e esquecidos pelos irmãos ...postos na rua, mesmo depois de décadas dentro de mosteiros, sem qualquer apoio de ninguém, abandonados à sua sorte, sem casa e sem trabalho, sem competências para se valer a si próprios, simplesmente porque muitos ao entrar na vida religiosa ainda jovens, não têm formação académica e não sabem enfrentar o mundo que deixaram há tanto tempo. Muitos irmãos caluniados e tratados como traidores, simplesmente porque pensavam diferente ou consideraram que já não tinham condições para viver "aquele tipo de vida consagrada" que os esmagava, uma vida consagrada que muitas vezes trai os ideais de quem tudo deixa por uma vida Evangélica, de total configuração com Cristo. Claro que este não é um cenário generalizado e nem se está à espera que não existam problemas na vida consagrada, como em qualquer estrutura humana!...Mas uma coisa é a existência de problemas, outra bem diferente é uma cultura de abuso e ocultação como a que existe na vida consagrada, apesar dos inúmeros apelos do Santo Padre para os denunciar. Caros irmãos do Dicastério para a Vida Consagrada, está na hora de olhar a vida consagrada a partir da sua realidade existencial e testemunhal "ab intus", porque ninguém dá o que não tem. Sem uma verdadeira coragem de "revisão da vida consagrada", no sentido mais profundo de uma reconversão, não é possível falar de um sinal para o mundo.