Não senhor, ninguém é mal até conhecer a maldade, se um povo for criado com educação, serão bons frutos para a sociedade, '' Educai as crianças e não será preciso punir os homens. ''.
"A doutrina materialista sobre a modificação das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias são modificadas pelos homens e que o próprio educador tem de ser educado. Ela tem, por isso, de dividir a sociedade em duas partes -- a primeira das quais está colocada acima da sociedade." Marx - Teses ad Feuerbach
Tudo muito bonito, tudo muito belo. Mas imagino que, uma vez instaurado o paraíso obrigatório sonhado por este senhor, por uma ordem prática alguém vai ter que estar na fábrica apertando parafuso enquanto alguém estará sentado numa cadeira tomando decisões cotidianas. Onde este senhor preferirá se colocar?
A compreensão de uma sociedade sem classes passa por transformações e a propriedade é um dos pontos outro ponto fundamental seria hoje uma utopia a sociedade com suas forças produtivas super avançada não mais existir Estado e nem mesmo o dinheiro que é uma mercadoria ...enfim o comunismo é uma utopia .
É evidente que o Estado não pode ser uma ferramenta nas mãos de cada pessoa individualmente. Em uma democracia social avançada (da qual nós estamos a anos-luz de distância) a sociedade atua sobre o Estado por meio de uma rede imensa e complexa de organizações e associações de todo o tipo. Ela também tem o direito de fazer críticas, sugestões, reclamações e protestos pacíficos. Apesar de tudo a democracia é um péssimo sistema. Mas, mesmo assim, é mil vezes melhor do que a melhor das ditaduras.
Eu acho que poderá existir um sistema melhor que a democracia, mas ainda não encontrei qual! Provavelmente já pensou mais nisso do que eu e a minha pergunta é: descobriu alguma? Obrigada
@@dmostarus a perfeição é uma falácia, por isso inatingível! O objetivo acaba sempre por ser tentar perceber qual o sistema que está mais próximo da perfeição!😏
É, não tinha nada de ditadura: "Raciocinando a respeito do Estado, repete-se constantemente o erro contra o qual Engels nos põe de sobreaviso e que, de passagem, indicamos mais atrás: esquece-se que a supressão do Estado é igualmente a supressão da democracia e que o definhamento do Estado é o definhamento da democracia." Lênin, O Estado e a Revolução, 1917.
mano, Lenin nesse trecho ta fazendo critica aos anarquistas. Na ditadura do proletariado continua tendo Estado, mas ele vai sendo alterado morfologicamente pra ser mais descentralizado e permitindo a participação popular
E o q tem a ver a defesa da existência de um Estado com "Ditadura" (termo vulgar, dado q tanto Lênin, qnt Marx utilizam uma definição de Ditadura diferente da q usamos hj)?
Lênin está se referindo à democracia burguesa. Tá na cara q vc nunca leu o livro, só pegou o trecho isolado, pois se tivesse lido ao menos o capítulo onde ele escreveu isso vc já teria entendido o contexto. "Assim, pois, a sociedade capitalista não nos oferece senão uma democracia mutilada, miserável, falsificada, uma democracia só para os ricos, para a minoria. A ditadura do proletariado, período de transição para o comunismo, instituirá pela primeira vez uma democracia para o povo, para a maioria, esmagando ao mesmo tempo, impiedosamente, a atividade da minoria, dos exploradores. Só o comunismo está em condições de realizar uma democracia realmente perfeita, e, quanto mais perfeita for, mais depressa se tornará supérflua e por si mesma se eliminará." Estado e a Revolução, Lênin, p. 52 O que ele toma como democracia nesse contexto é o controle do Estado por uma classe, q pode ser tanto a burguesa quanto a proletária. Quando a burguesia for eliminada na ditadura do proletariado(ou democracia proletária, se preferir), o Estado deixará de ser necessário e definhará, levando a democracia junto com ele. Ai chegar-se-á à comuna, um sistema de autogestão dos trabalhadores onde não há mais necessidade de coerção de uma classe sobre outra, pois não há mais classes.
"O efeito foi tão formidável em todos os lugares (sobre a Comuna de Paris 1871) que os próprios marxianos, dos quais todas as ideias haviam sido derrubadas por esta insurreição, viram-se obrigados a retirar seu chapéu diante dela. Fizeram ainda mais: ao contrário da mais simples lógica e de seus verdadeiros sentimentos, proclamaram que seu programa e seu objetivo eram os deles. Foi um travestimento verdadeiramente bufão, mas forçado. Tinham de fazê-lo, sob pena de se verem ultrapassados e abandonados por todos, de tanto que a paixão que essa revolução havia provocado em todo mundo tinha sido poderosa. Também é preciso admirar a coragem, tanto quanto a habilidade, do Sr* Marx que, dois meses mais tarde teve a audácia de convocar uma Conferência Internacional em Londres, para lhe apresentar seu pobre programa. Esta audácia se explica, por sinal, por dois fatos. Inicialmente, a Paris popular havia sido dizimada, e toda a França revolucionária, com raras exceções, estava momentaneamente reduzida ao silêncio. Em seguida, a grande maioria dos franceses que foram representá-la em Londres era blanquista, e creio ter exposto claramente as causas que levaram os blanquistas a aliança com o Sr* Marx, o qual, longe de encontrar adversários nesses representantes autoritários da Comuna de Paris, em Londres, encontrou neles, naquele momento, um forte apoio. Sabemos, por sinal, como esta Conferência foi sabotada; ela foi composta pelos íntimos do Sr* Marx, selecionados por ele mesmo cuidadosamente, e mais alguns ludibriados. A conferência votou tudo o que ele acreditou ser bom propor-lhe, e o programa marxiano, transformado em verdade oficial, encontrou-se imposto como princípio obrigatório para toda a Internacional. Mas a partir do momento em que havia uma verdade oficial na Internacional, era preciso um governo para conservá-la. Foi a segunda proposição do Sr* Marx; ela foi votada como a primeira. Daí em diante, a Internacional se encontrava acorrentada ao pensamento e à vontade do ditador alemão. Deram-lhe o direito de censura sobre todos os jornais e sobre todas as seções da Internacional. reconheceram a urgência de correspondência secreta entre o Conselho Geral e todos os conselhos regionais; concederam-lhe, além do mais, o direito de enviar agentes secretos a todos os países, a fim de intrigar em seu favor e levar-lhes a desorganização para a maior glória do Sr* Marx; em resumo, investiram-no de um poder secreto completo. (Mikhail Bakunin - Escrito Contra Marx - Conflito na internacional - Novos Tempos Editora, 1989 - Págs. 45-46)
Se fala em autoritarismo, já sei que é um imbecili. E citar texto não quer dizer nada se a tese não tem validade. O Sr Marx e a comuna autoritários blá blá blá, coisa se gente preguiçosa.
Depende. Antes do Stalin era o Lenin, e tudo estava ótimo. Depois é que veio as contradições, seja na briga pela sucessão de Lenin (e depois os relatórios de Kruschev), seja as contradições entre a URSS e os países limítrofes, etc. Não tenho posição formada, mas relativizo o totalitarismo de Stalin por saber que era necessário ser duro frente ao Hitler, e por aí vai. O que sei é: com as NOSSAS eleições, trabalhadores não governam MESMO.
@Rickyson Heverton Coletivização forçada? Tá com peninha dos czares e dos latifundiários, entendi correto? Claro, né, porque era só dizer "czares, tenham BOM SENSO"... Claro, claro... O resto não vou comentar.
@Rickyson Heverton Pareceu, pois é os mesmos discursos ora da galera da LIT, ora dos socialdemocratas. Mas Rosa não foi morta pelos marxistas-leninistas não, o foi pela aliança com a socialdemocracia que passou uma verdadeira rasteira nela depois. Mas - né? - o malvadão foi o Lênin... Infelizmente Hanna Arendt fez um estrago bom.
@Rickyson Heverton Eu também não sou adepto ao culto da personalidade, mas uma revolução não se faz sem conflitos e uso da força. Somos, queiramos ou não, usufrutários da revolução russa, que teve (em que pese seus erros) caráter civilizacional. O plano beveridgiano do capitalismo, a social democracia, etc, foi um mecanismo de defesa da burguesia frente à ameaça do socialismo a seduzir o movimento de trabalhadores nos países capitalistas. E, volto a dizer, Rosa foi assassinada pelos sociaisdemocratas "pacíficos", "não totalitários", "que não expurgam".
Parece "!984" de George Orwell: ditadura é democracia, democracia é ditadura. Paz é guerra, amor é ódio, liberdade é escravidão. Deve ter se inspirado nos ensinamentos do Grande Irmão.
Tens uns bobões religiosos por aí, que defendem um negócio chamado "pecado original"... mas agente ri muito deles e achamos isso uma grande bobagem não é mesmo?
Na minha opinião, falta um aspecto decisivo no conteúdo da ditadura do proletariado: o seu carácter histórico. Na verdade, muitas democracias liberais/burguesas de então, no Séc XIX, eram censitárias, excluíndo largas camadas da população - mulheres e trabalhadores - da participação e representação políticas. Não se tratava, por isso, apenas de uma captura do Estado pela burguesia sob a veste do funcionamento de mecanismos formais - estes mesmos mecanismos eram, eles próprios, reservados constitucionalmente ao homem burguês. Vejam-se, por exemplo, os artigos 63 a 70 da Carta Constitucional de Portugal de 1826, no qual perpassa, de forma clara e jurídico-formal, a natureza classista da participação e representação política de então. Mais tarde, mas não já com Marx, e na própria emergência dos próprios fascismos do Séc. XX, é que surgem regimes onde são abolidas as democracias com representação parlamentar ou é posto em crise o conceito de democracia representativa.
"Os franceses precisam de uma surra. Se os prussianos forem vitoriosos, a centralização do poder do Estado será útil à centralização da classe operária alemã. A predominância alemã, também, transferirá o centro de gravidade do movimento, do oeste da Europa, da França, para a Alemanha e basta comparar o movimento nos dois países, de 1866 até agora, para ver que a classe operária alemã é superior à francesa, tanto do ponto de vista da teoria quanto da organização. A predominância sobre a França, diante do mundo seria também a predominância da nossa teoria sobre a de Proudhon." (carta de Marx para Engels 1870) - marxistas sendo desonestos... nada de novo no front...
Eles são falsos como seus deuses... É phoda, tem muita sujeira escondida ainda... Há a questão dos Sovietes traídos pelos bolcheviques e a matança de anarquistas na Rev. Russa também... Eles são nojentos...
Comuna de Paris 18/03/1871 e Semana Sangrenta de 21/05 a 28/05 de 1871 Texto de Gustave Courbet Journal Officiel de la Commune de 5 de abril de 1871 Hoje, Paris é livre, pertence-se e a província está na escravatura. Quando a França federada puder compreender Paris, a Europa será salva. Hoje, lanço um apelo aos artistas, apelo à vossa inteligência, ao vosso sentimento, ao vosso reconhecimento, Paris alimentou-os como uma mãe e deu-lhes o vosso génio. Neste momento, os artistas devem com todas as suas forças (é uma dívida de honra), participar na reconstrução do seu estado moral e do restabelecimento das artes, que constituem a sua riqueza. Por conseguinte, é da maior urgência abrir novamente os museus e de pensar seriamente na próxima exposição. Desde já, cada um deve pôr as mãos à obra e os artistas das nações amigas responderão ao nosso apelo. Já temos a nossa desforra, o gênio vai levantar voo, porque os verdadeiros prussianos não eram os que inicialmente nos atacavam. Estes, fazendo-nos morrer à fome fisicamente, serviram os nossos interesses para reconquistarmos a nossa vida moral e elevarmos todos os indivíduos à dignidade humana. Ah! Paris, Paris a grande cidade, acaba de sacudir o pó de todo o feudalismo. Os mais cruéis prussianos, os exploradores do povo, estavam em Versalhes. A sua revolução é ainda mais equitativa por vir do povo. Os seus apóstolos são operários, o seu Cristo foi Proudhon. Há mil e oitocentos anos, os homens de coração morriam suspirando, mas o povo heróico de Paris vencerá os mistificadores e os atormentadores de Versalhes, o homem governar-se-á a si próprio, a federação será compreendida e Paris ganhará a mais bela glória jamais registada na história. Hoje, repito, que cada um seja desinteressadamente pobre. É o nosso dever para com os nossos irmãos soldados, estes heróis que morrem por nós. O bom direito está com eles. Os criminosos reservaram a sua coragem para a santa causa. Sim, cada qual entregando-se ao seu génio sem entraves, Paris duplicará a sua importância e a cidade internacional europeia poderá oferecer às artes, à indústria, ao comércio, a todo o tipo de transações, aos visitantes de qualquer país, uma ordem imperecível. Um desafio dos seus concidadãos que não poderá ser interrompido pelas ambições monstruosas de pretendentes monstruosos. A nossa era vai começar, curiosa coincidência! Domingo é o próximo dia da Páscoa. Será esse dia que verá a nossa ressurreição! Adeus ao mundo velho e sua diplomacia! GUSTAVE Courbet Texto editado pelo Journal Officiel de la Commune de 5 de Abril de 1871 Fonte:www.theyliewedie.org/…/Increvables_anarchistes_-_Cou…
"A ideia dos conselhos, que abraça todo o aspecto construtivo do socialismo, é a expressão mais precisa do que entendemos como revolução social. A ideia de ditadura, em contrapartida, é de origem burguesa e nada tem em comum com o socialismo. A primeira não é absolutamente uma ideia nova, que só nos foi transmitida com a Revolução Russa, como muitos acreditam. Ela desenvolveu-se no seio da fração mais avançada do movimento operário europeu, quando a classe operária organizada preparava-se para despojar os últimos restos e escórias do radicalismo burguês e voar com suas próprias asas; ou seja, quando a Associação Internacional dos Trabalhadores fez a grande tentativa de reunir os proletários dos diferentes países para preparar e conduzir sua libertação do jugo da escravidão do salariado. ( Rudolf Rocker - Os Sovietes traídos pelos Bolcheviches - Editora Hedra, pág, 78)
#umpoucodahistoriaanarquista #exercitoinsurgente #makhno #anarquistasmortostraidospeloexercitovermelho"De Janeiro a junho de 1919, o Exército Insurrecional agiu como uma sanidade semi-autônoma dentro do Exército Vermelho na sua resistência um tanto ineficiente a Denikin. Então, na metade de junho, quando os anarquistas convocaram um Congresso em Gulyai-Polye e convidaram os soldados do Exército Vermelho a enviarem seus representantes, Trotsky arbitrariamente proibiu o Congresso e ordenou que Makhno entregasse o comando, Makhno blefou. Deixou seus regimentos com instruções de que deveriam ir ao seu encontro quando ele ordenasse e partiu com um regimento de cavalaria que lhe servia de guarda-costas para novo território, a oeste de Dnieper. Ali ele iniciou uma guerrilha contra contra os Brancos, ao mesmo tempo que começava a expulsar os comissários bolcheviches das aldeias, instalando comunidade libertárias. Em agosto de 1919 mandou chamar os homens que havia deixado no Exército Vermelho e deu início a uma campanha contra Denikin, que o Exército Vermelho obviamente era incapaz de derrotar. No início a campanha parecia destinada ao fracasso e Makhno foi obrigado a ir para noroeste, chegando até Uman, bem distante de sua região. Então contra-atacou, infligindo uma decisiva derrota aos Brancos, e empurrou sua retaguarda até o Mar de Azov e depois para Ekaterinoslav, ao norte , num impiedoso movimento de extermínio que cobriu centenas de quilômetros de território em pouco mais de três semanas. As linhas de suprimento de Denikin foram cortadas e ele foi forçado a recuar. Uma área de muitos milhares de quilômetros quadrados estava agora em poder dos anarquistas, e nas regiões onde o Exército Revolucionário Insurgente executava suas marchas e contra-marchas não havia autoridade civil. Os camponeses resolviam seus próprios assuntos com relativa liberdade, prejudicada apenas pelas constantes solicitações do exército que exigia mais alimentos e mais homens. Em dezembro de 1919, o Exército Vermelho alcançou o sul novamente e, no fim daquele mesmo ano - depois de reconhecer os serviços que Makhno havia prestado - , ordenou-lhe que levasse seu exército para o front polonês, uma manobra que tinha a clara intenção de deixar a Ucrânia livre para o estabelecimento intensivo do controle comunista. Makhno recusou-se e passou a ser considerado fora-da-lei. Teve início, imediatamente, uma guerrilha terrível: durante nove meses Makhno lutou contra forças numericamente superiores, e, enquanto perdia e ganhava territórios, sucessivamente, conseguia manter intacta a organização do Exército Revolucionário. Essa fase da luta terminou quando o Exército Branco, sob o comando de Wrangel, começou a avançar em direção ao norte, vindo da Crimeia. Mais uma vez o Exército Vermelho decidiu que não poderia passar sem Makhno, e logo ambos fizeram uma trégua, seguida de um tratado. Entre outras promessas, os bolcheviches comprometeram-se a libertar todos os prisioneiros anarquistas, assegurando-lhes total liberdade para que continuassem a pregar suas ideias. Mas essas promessas jamais seriam cumpridas; na verdade, poucas semanas depois, quando as forças de Makhno acabavam de mostrar-se indispensáveis na tomada do istmo de Pereskop e na destruição do exército de Wrangel na Crimeia, os líderes do Exército Vermelho reuniram-se para executar um dos mais traiçoeiros coups da história comunista. Em 26 de novembro de 1920, numa série de ações coordenadas, a Cheka aprisionou todos os anarquistas conhecidos nas regiões da Ucrânia sob seu controle; convidaram os comandantes makhnovistas da Crimeia para uma conferência, durante a qual foram todos capturados e imediatamente fuzilados, e desarmaram todos os seus homens, com exceção de um único regimento de cavalaria, que conseguiu escapar, em meio a muita luta, dirigindo-se para Gulyai-Polye. Lá, neste meio tempo, Makhno estava sendo atacado por grande número de forças do Exército Vermelho. Nas primeiras semanas ele reuniu o que restava de seu exército, derrotando os batalhões inimigos. mas era impossível combater indefinidamente contra todo o Exército vermelho, embora tivesse continuado a lutar durante nove meses ainda até ver toda a sua munição esgotada e quase todos os seus companheiros mortos. Jamais se rendeu: no dia 28 agosto Makhno fugiu para a Rumenia, iniciando sua terrível peregrinação pelas prisões da Rumenia, Polônia e Danzig, até alcançar a liberdade no exílio em Paris, onde viveu até 1935, tuberculoso e alcoólatra, um camponês amargurado e solitário que detestava a cidade. No dia em que Makhno lutou em seu caminho através do Dniester até o exílio, o anarquismo deixou de existir como uma força vital na Rússia. O fato dos bolcheviches terem lutado contra Makhno de forma tão feroz e traiçoeira sugere que, pelo menos no sul, ele era visto como um perigo real, uma ameaça. E não há dúvida de que, do seu próprio ponto de vista, os bolcheviques tinham razão, pois só depois de expulsar makhno da Ucrânia é que estes puderam dar início à procustana tarefa de adaptar o mundo camponês ao Estado marxista." (Anarquismo na Rússia - História das Ideias e MOvimentos Anarquistas vol. 2 - George Woodcock)
E vc acredita mesmo q a sociedade civil consegue impor ao Estado atual suas vontades??? Ou melhor, q o Estado seja uma ferramente de tds?? Me diga em qual mundo vc vive q eu quero viver nele tambem. Sugiro q vc reveja o video so q desta vez sem o pressuposto de negar td o conteudo dele
O Sr sofre da mesma doença que tanto condena aos outros, Marx em nenhum momento defendeu essa igualdade que o sr tanto se refere, Na "critica ao programa de Ghota" ele deixa isso bem claro, "de cada um segundo a sua capacidade e a cada um segundo a sua necessidade".
Não sei onde existe possibilidade em se colocar a meritocracia em uma sociedade onde as possibilidades e acessos a bens materiais e culturais se da de forma desigual. Loucura de sua cabeça vir evocar esse argumento raso, superficial e mistificador. Alias falar em meritocracia em capitalismo é hipocrisia. O mal do Barsil não são os professores e sim estes como vc resignados a ideologias de exploração.
Como um professor diz uma coisa dessas? Nunca existiu "ditadura do proletariado". O que existiu nos países do “socialismo real" foi a ditadura da Nomenklatura. No caso da "ditadura da burguesia": como é possível que ele ignore que em uma democracia a força dominante não é o Estado e sim a sociedade civil. O Estado é só um instrumento nas mãos da sociedade para realização dos projetos dela (da sociedade e não do Estado). Além do mais, burguesia e proletariado deixaram de existir há muito tempo.
Malcolm X poderia explicar melhor que histórias Olavo vem contando que não podem ser consideradas plausíveis? Gostaria de saber Tmb que merdas seriam as faladas por ele que vc cita e pq reacionário? Mas se um debate desse tipo sugerido por mim não acontece, como vc pode prever a sua inviabilidade? Então Qd dizem nas escolas que devemos ter senso crítico, esse mesmo senso só serve se for alinhado ao que eu não concordo? Se houver uma crítica ao que eu concorde, ela perde a validade? Parece que isso é o que acontece. Se esse senhor do vídeo fizer uma determinada crítica é válida pq ele detém o conhecimento; se outra pessoa for capaz de criticar a fala dele, automaticamente perde a credencial para debater e recebe os mais variados adjetivos mesmo antes do debate. Aí eu questiono: seremos compelidos a uma democracia onde apenas uma voz poderá ser ouvida? O que a comunidade acadêmica e a população em geral ganhará ao perder o direito de ouvir todas as vozes existentes? Formaremos opinião baseados somente em uma voz? Qual sua opinião sobre isso?
Um excelente video do grande Doutor José Paulo Netto, um dos melhores professores que tive.
Grande Professor!
É bom ouvirmos o Paulão falar, não dá em nada mesmo.
Apropuc ,grato por postar.
Grande aula , como sempre pequenos comentários , será que o RUclips seleciona tais comentários ? Em fim se acontece já é a prova que o barba é atual .
Que cara raivoso, esse conde loppeux!!!
Não senhor, ninguém é mal até conhecer a maldade, se um povo for criado com educação, serão bons frutos para a sociedade, '' Educai as crianças e não será preciso punir os homens. ''.
Só que há um problema:Quem vai dar a educação se quem está no poder se beneficia com a ignorância da maioria do povo?
"A doutrina materialista sobre a modificação das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias são modificadas pelos homens e que o próprio educador tem de ser educado. Ela tem, por isso, de dividir a sociedade em duas partes -- a primeira das quais está colocada acima da sociedade."
Marx - Teses ad Feuerbach
Tudo muito bonito, tudo muito belo. Mas imagino que, uma vez instaurado o paraíso obrigatório sonhado por este senhor, por uma ordem prática alguém vai ter que estar na fábrica apertando parafuso enquanto alguém estará sentado numa cadeira tomando decisões cotidianas. Onde este senhor preferirá se colocar?
No momento atual os robôs apertarão os parafusos
@@natamsilva6005 as feministas iriam governar 🥴🥱🥱🥱
@@aldecialmeida832 Antes elas que um monte de macho consumidor de viagra 🤔
Bela aula do professor Ze Paulo; como sempre! Só faço uma provocação: Marx foi maior iconoclasta que Nietzsche???? Leia-se o "Crepúsculo dos Ídolos"
A compreensão de uma sociedade sem classes passa por transformações e a propriedade é um dos pontos outro ponto fundamental seria hoje uma utopia a sociedade com suas forças produtivas super avançada não mais existir Estado e nem mesmo o dinheiro que é uma mercadoria ...enfim o comunismo é uma utopia .
Uma ilusão, utopica.
Peço explicar porque o bloco soviético, em 1991, migrou para o capitalismo privado e assim permanece até hoje.
É evidente que o Estado não pode ser uma ferramenta nas mãos de cada pessoa individualmente. Em uma democracia social avançada (da qual nós estamos a anos-luz de distância) a sociedade atua sobre o Estado por meio de uma rede imensa e complexa de organizações e associações de todo o tipo. Ela também tem o direito de fazer críticas, sugestões, reclamações e protestos pacíficos. Apesar de tudo a democracia é um péssimo sistema. Mas, mesmo assim, é mil vezes melhor do que a melhor das ditaduras.
Eu acho que poderá existir um sistema melhor que a democracia, mas ainda não encontrei qual! Provavelmente já pensou mais nisso do que eu e a minha pergunta é: descobriu alguma? Obrigada
@@soniacosta8397 Descobri que todo sistema social é uma construção humana. , por isso mesmo, imperfeito.
@@dmostarus a perfeição é uma falácia, por isso inatingível! O objetivo acaba sempre por ser tentar perceber qual o sistema que está mais próximo da perfeição!😏
É, não tinha nada de ditadura: "Raciocinando a respeito do Estado, repete-se constantemente o erro contra o
qual Engels nos põe de sobreaviso e que, de passagem, indicamos mais atrás: esquece-se que a supressão do Estado é igualmente a supressão da democracia e que o definhamento do Estado é o definhamento da democracia." Lênin, O Estado e a Revolução, 1917.
mano, Lenin nesse trecho ta fazendo critica aos anarquistas. Na ditadura do proletariado continua tendo Estado, mas ele vai sendo alterado morfologicamente pra ser mais descentralizado e permitindo a participação popular
E o q tem a ver a defesa da existência de um Estado com "Ditadura" (termo vulgar, dado q tanto Lênin, qnt Marx utilizam uma definição de Ditadura diferente da q usamos hj)?
Lênin está se referindo à democracia burguesa. Tá na cara q vc nunca leu o livro, só pegou o trecho isolado, pois se tivesse lido ao menos o capítulo onde ele escreveu isso vc já teria entendido o contexto.
"Assim, pois, a sociedade capitalista não nos oferece senão uma democracia mutilada, miserável, falsificada, uma democracia só para os ricos, para a minoria. A ditadura do proletariado, período de transição para o comunismo, instituirá pela primeira vez uma democracia para o povo, para a maioria, esmagando ao mesmo tempo, impiedosamente,
a atividade da minoria, dos exploradores. Só o comunismo está em condições de realizar uma democracia realmente perfeita, e, quanto mais perfeita for, mais depressa se tornará supérflua e por si mesma se eliminará."
Estado e a Revolução, Lênin, p. 52
O que ele toma como democracia nesse contexto é o controle do Estado por uma classe, q pode ser tanto a burguesa quanto a proletária. Quando a burguesia for eliminada na ditadura do proletariado(ou democracia proletária, se preferir), o Estado deixará de ser necessário e definhará, levando a democracia junto com ele. Ai chegar-se-á à comuna, um sistema de autogestão dos trabalhadores onde não há mais necessidade de coerção de uma classe sobre outra, pois não há mais classes.
Me falem onde isso funcionou?
Isso o quê?? Em que momento do vídeo ele usa a palavra funcionou?
@@renatocellobr isso, é a merda das idéias de marx mesmo.
Lugar nenhum, só na cabecinha de adolescentes metidos a revolucionários.
@@eduardomachado1812 o que funcionou para você?
Só pra esse professor que ganha dinheiro Capitalista vendendo ideias comunista marxista!!! $$$$$
"O efeito foi tão formidável em todos os lugares (sobre a Comuna de Paris 1871) que os próprios marxianos, dos quais todas as ideias haviam sido derrubadas por esta insurreição, viram-se obrigados a retirar seu chapéu diante dela. Fizeram ainda mais: ao contrário da mais simples lógica e de seus verdadeiros sentimentos, proclamaram que seu programa e seu objetivo eram os deles. Foi um travestimento verdadeiramente bufão, mas forçado. Tinham de fazê-lo, sob pena de se verem ultrapassados e abandonados por todos, de tanto que a paixão que essa revolução havia provocado em todo mundo tinha sido poderosa. Também é preciso admirar a coragem, tanto quanto a habilidade, do Sr* Marx que, dois meses mais tarde teve a audácia de convocar uma Conferência Internacional em Londres, para lhe apresentar seu pobre programa. Esta audácia se explica, por sinal, por dois fatos. Inicialmente, a Paris popular havia sido dizimada, e toda a França revolucionária, com raras exceções, estava momentaneamente reduzida ao silêncio. Em seguida, a grande maioria dos franceses que foram representá-la em Londres era blanquista, e creio ter exposto claramente as causas que levaram os blanquistas a aliança com o Sr* Marx, o qual, longe de encontrar adversários nesses representantes autoritários da Comuna de Paris, em Londres, encontrou neles, naquele momento, um forte apoio. Sabemos, por sinal, como esta Conferência foi sabotada; ela foi composta pelos íntimos do Sr* Marx, selecionados por ele mesmo cuidadosamente, e mais alguns ludibriados. A conferência votou tudo o que ele acreditou ser bom propor-lhe, e o programa marxiano, transformado em verdade oficial, encontrou-se imposto como princípio obrigatório para toda a Internacional. Mas a partir do momento em que havia uma verdade oficial na Internacional, era preciso um governo para conservá-la. Foi a segunda proposição do Sr* Marx; ela foi votada como a primeira. Daí em diante, a Internacional se encontrava acorrentada ao pensamento e à vontade do ditador alemão. Deram-lhe o direito de censura sobre todos os jornais e sobre todas as seções da Internacional. reconheceram a urgência de correspondência secreta entre o Conselho Geral e todos os conselhos regionais; concederam-lhe, além do mais, o direito de enviar agentes secretos a todos os países, a fim de intrigar em seu favor e levar-lhes a desorganização para a maior glória do Sr* Marx; em resumo, investiram-no de um poder secreto completo. (Mikhail Bakunin - Escrito Contra Marx - Conflito na internacional - Novos Tempos Editora, 1989 - Págs. 45-46)
Se fala em autoritarismo, já sei que é um imbecili. E citar texto não quer dizer nada se a tese não tem validade. O Sr Marx e a comuna autoritários blá blá blá, coisa se gente preguiçosa.
O que houve com ele?
@leandrounifae Com medo das classes dominadas passarem a terem conhecimento? Pois bem, es um que já adquiriu consciência de classe!
mas geralmente quem governa é um partido burocratizado e não os trabalhadores, daí a gente vê o totalitarismo na Urss como o caso de Stalin
Depende. Antes do Stalin era o Lenin, e tudo estava ótimo. Depois é que veio as contradições, seja na briga pela sucessão de Lenin (e depois os relatórios de Kruschev), seja as contradições entre a URSS e os países limítrofes, etc. Não tenho posição formada, mas relativizo o totalitarismo de Stalin por saber que era necessário ser duro frente ao Hitler, e por aí vai. O que sei é: com as NOSSAS eleições, trabalhadores não governam MESMO.
Essa era uma das grandes críticas que Rosa Luxemburgo fazia a Lênin.
@Rickyson Heverton Coletivização forçada? Tá com peninha dos czares e dos latifundiários, entendi correto? Claro, né, porque era só dizer "czares, tenham BOM SENSO"... Claro, claro...
O resto não vou comentar.
@Rickyson Heverton Pareceu, pois é os mesmos discursos ora da galera da LIT, ora dos socialdemocratas. Mas Rosa não foi morta pelos marxistas-leninistas não, o foi pela aliança com a socialdemocracia que passou uma verdadeira rasteira nela depois. Mas - né? - o malvadão foi o Lênin... Infelizmente Hanna Arendt fez um estrago bom.
@Rickyson Heverton Eu também não sou adepto ao culto da personalidade, mas uma revolução não se faz sem conflitos e uso da força. Somos, queiramos ou não, usufrutários da revolução russa, que teve (em que pese seus erros) caráter civilizacional. O plano beveridgiano do capitalismo, a social democracia, etc, foi um mecanismo de defesa da burguesia frente à ameaça do socialismo a seduzir o movimento de trabalhadores nos países capitalistas. E, volto a dizer, Rosa foi assassinada pelos sociaisdemocratas "pacíficos", "não totalitários", "que não expurgam".
Parece "!984" de George Orwell: ditadura é democracia, democracia é ditadura. Paz é guerra, amor é ódio, liberdade é escravidão. Deve ter se inspirado nos ensinamentos do Grande Irmão.
Orwell era um grande admirador da Comuna de Paris.
Pensa não, ele é professor, Douto-pesquisador na UFRJ ESS. Pensador renomado e reconhecido internacionalmente. E vc?
Tens uns bobões religiosos por aí, que defendem um negócio chamado "pecado original"... mas agente ri muito deles e achamos isso uma grande bobagem não é mesmo?
Tem uns bobões que escrevem "agente" no lugar de a gente .
Mas eu sempre fui um bom amigo dos meus professores de esquerda...
Na minha opinião, falta um aspecto decisivo no conteúdo da ditadura do proletariado: o seu carácter histórico. Na verdade, muitas democracias liberais/burguesas de então, no Séc XIX, eram censitárias, excluíndo largas camadas da população - mulheres e trabalhadores - da participação e representação políticas. Não se tratava, por isso, apenas de uma captura do Estado pela burguesia sob a veste do funcionamento de mecanismos formais - estes mesmos mecanismos eram, eles próprios, reservados constitucionalmente ao homem burguês. Vejam-se, por exemplo, os artigos 63 a 70 da Carta Constitucional de Portugal de 1826, no qual perpassa, de forma clara e jurídico-formal, a natureza classista da participação e representação política de então. Mais tarde, mas não já com Marx, e na própria emergência dos próprios fascismos do Séc. XX, é que surgem regimes onde são abolidas as democracias com representação parlamentar ou é posto em crise o conceito de democracia representativa.
hauhauahuahauhauhau.... A coréia do sul tá quebrada!? putz... Bem mesmo tá a coréia do norte né?!
"Os franceses precisam de uma surra. Se os prussianos forem vitoriosos,
a centralização do poder do Estado será útil à centralização da classe
operária alemã. A predominância alemã, também, transferirá o centro de
gravidade do movimento, do oeste da Europa, da França, para a Alemanha
e basta comparar o movimento nos dois países, de 1866 até agora, para
ver que a classe operária alemã é superior à francesa, tanto do ponto de
vista da teoria quanto da organização. A predominância sobre a França,
diante do mundo seria também a predominância da nossa teoria sobre
a de Proudhon." (carta de Marx para Engels 1870) - marxistas sendo desonestos... nada de novo no front...
O Doce
Inacreditável a cara de pau dos marxista.
Eles são falsos como seus deuses... É phoda, tem muita sujeira escondida ainda... Há a questão dos Sovietes traídos pelos bolcheviques e a matança de anarquistas na Rev. Russa também... Eles são nojentos...
Comuna de Paris 18/03/1871 e Semana Sangrenta de 21/05 a 28/05 de 1871
Texto de Gustave Courbet Journal Officiel de la Commune de 5 de abril de 1871
Hoje, Paris é livre, pertence-se e a província está na escravatura. Quando a França federada puder compreender Paris, a Europa será salva. Hoje, lanço um apelo aos artistas, apelo à vossa inteligência, ao vosso sentimento, ao vosso reconhecimento, Paris alimentou-os como uma mãe e deu-lhes o vosso génio. Neste momento, os artistas devem com todas as suas forças (é uma dívida de honra), participar na reconstrução do seu estado moral e do restabelecimento das artes, que constituem a sua riqueza. Por conseguinte, é da maior urgência abrir novamente os museus e de pensar seriamente na próxima exposição. Desde já, cada um deve pôr as mãos à obra e os artistas das nações amigas responderão ao nosso apelo. Já temos a nossa desforra, o gênio vai levantar voo, porque os verdadeiros prussianos não eram os que inicialmente nos atacavam. Estes, fazendo-nos morrer à fome fisicamente, serviram os nossos interesses para reconquistarmos a nossa vida moral e elevarmos todos os indivíduos à dignidade humana.
Ah! Paris, Paris a grande cidade, acaba de sacudir o pó de todo o feudalismo. Os mais cruéis prussianos, os exploradores do povo, estavam em Versalhes.
A sua revolução é ainda mais equitativa por vir do povo. Os seus apóstolos são operários, o seu Cristo foi Proudhon. Há mil e oitocentos anos, os homens de coração morriam suspirando, mas o povo heróico de Paris vencerá os mistificadores e os atormentadores de Versalhes, o homem governar-se-á a si próprio, a federação será compreendida e Paris ganhará a mais bela glória jamais registada na história. Hoje, repito, que cada um seja desinteressadamente pobre. É o nosso dever para com os nossos irmãos soldados, estes heróis que morrem por nós. O bom direito está com eles. Os criminosos reservaram a sua coragem para a santa causa.
Sim, cada qual entregando-se ao seu génio sem entraves, Paris duplicará a sua importância e a cidade internacional europeia poderá oferecer às artes, à indústria, ao comércio, a todo o tipo de transações, aos visitantes de qualquer país, uma ordem imperecível. Um desafio dos seus concidadãos que não poderá ser interrompido pelas ambições monstruosas de pretendentes monstruosos.
A nossa era vai começar, curiosa coincidência! Domingo é o próximo dia da Páscoa. Será esse dia que verá a nossa ressurreição! Adeus ao mundo velho e sua diplomacia!
GUSTAVE Courbet
Texto editado pelo Journal Officiel de la Commune de 5 de Abril de 1871
Fonte:www.theyliewedie.org/…/Increvables_anarchistes_-_Cou…
"A ideia dos conselhos, que abraça todo o aspecto construtivo do socialismo, é a expressão mais precisa do que entendemos como revolução social. A ideia de ditadura, em contrapartida, é de origem burguesa e nada tem em comum com o socialismo. A primeira não é absolutamente uma ideia nova, que só nos foi transmitida com a Revolução Russa, como muitos acreditam. Ela desenvolveu-se no seio da fração mais avançada do movimento operário europeu, quando a classe operária organizada preparava-se para despojar os últimos restos e escórias do radicalismo burguês e voar com suas próprias asas; ou seja, quando a Associação Internacional dos Trabalhadores fez a grande tentativa de reunir os proletários dos diferentes países para preparar e conduzir sua libertação do jugo da escravidão do salariado. ( Rudolf Rocker - Os Sovietes traídos pelos Bolcheviches - Editora Hedra, pág, 78)
#umpoucodahistoriaanarquista #exercitoinsurgente #makhno #anarquistasmortostraidospeloexercitovermelho"De Janeiro a junho de 1919, o Exército Insurrecional agiu como uma sanidade semi-autônoma dentro do Exército Vermelho na sua resistência um tanto ineficiente a Denikin. Então, na metade de junho, quando os anarquistas convocaram um Congresso em Gulyai-Polye e convidaram os soldados do Exército Vermelho a enviarem seus representantes, Trotsky arbitrariamente proibiu o Congresso e ordenou que Makhno entregasse o comando, Makhno blefou. Deixou seus regimentos com instruções de que deveriam ir ao seu encontro quando ele ordenasse e partiu com um regimento de cavalaria que lhe servia de guarda-costas para novo território, a oeste de Dnieper. Ali ele iniciou uma guerrilha contra contra os Brancos, ao mesmo tempo que começava a expulsar os comissários bolcheviches das aldeias, instalando comunidade libertárias. Em agosto de 1919 mandou chamar os homens que havia deixado no Exército Vermelho e deu início a uma campanha contra Denikin, que o Exército Vermelho obviamente era incapaz de derrotar. No início a campanha parecia destinada ao fracasso e Makhno foi obrigado a ir para noroeste, chegando até Uman, bem distante de sua região. Então contra-atacou, infligindo uma decisiva derrota aos Brancos, e empurrou sua retaguarda até o Mar de Azov e depois para Ekaterinoslav, ao norte , num impiedoso movimento de extermínio que cobriu centenas de quilômetros de território em pouco mais de três semanas. As linhas de suprimento de Denikin foram cortadas e ele foi forçado a recuar. Uma área de muitos milhares de quilômetros quadrados estava agora em poder dos anarquistas, e nas regiões onde o Exército Revolucionário Insurgente executava suas marchas e contra-marchas não havia autoridade civil. Os camponeses resolviam seus próprios assuntos com relativa liberdade, prejudicada apenas pelas constantes solicitações do exército que exigia mais alimentos e mais homens.
Em dezembro de 1919, o Exército Vermelho alcançou o sul novamente e, no fim daquele mesmo ano - depois de reconhecer os serviços que Makhno havia prestado - , ordenou-lhe que levasse seu exército para o front polonês, uma manobra que tinha a clara intenção de deixar a Ucrânia livre para o estabelecimento intensivo do controle comunista. Makhno recusou-se e passou a ser considerado fora-da-lei. Teve início, imediatamente, uma guerrilha terrível: durante nove meses Makhno lutou contra forças numericamente superiores, e, enquanto perdia e ganhava territórios, sucessivamente, conseguia manter intacta a organização do Exército Revolucionário.
Essa fase da luta terminou quando o Exército Branco, sob o comando de Wrangel, começou a avançar em direção ao norte, vindo da Crimeia. Mais uma vez o Exército Vermelho decidiu que não poderia passar sem Makhno, e logo ambos fizeram uma trégua, seguida de um tratado. Entre outras promessas, os bolcheviches comprometeram-se a libertar todos os prisioneiros anarquistas, assegurando-lhes total liberdade para que continuassem a pregar suas ideias. Mas essas promessas jamais seriam cumpridas; na verdade, poucas semanas depois, quando as forças de Makhno acabavam de mostrar-se indispensáveis na tomada do istmo de Pereskop e na destruição do exército de Wrangel na Crimeia, os líderes do Exército Vermelho reuniram-se para executar um dos mais traiçoeiros coups da história comunista. Em 26 de novembro de 1920, numa série de ações coordenadas, a Cheka aprisionou todos os anarquistas conhecidos nas regiões da Ucrânia sob seu controle; convidaram os comandantes makhnovistas da Crimeia para uma conferência, durante a qual foram todos capturados e imediatamente fuzilados, e desarmaram todos os seus homens, com exceção de um único regimento de cavalaria, que conseguiu escapar, em meio a muita luta, dirigindo-se para Gulyai-Polye.
Lá, neste meio tempo, Makhno estava sendo atacado por grande número de forças do Exército Vermelho. Nas primeiras semanas ele reuniu o que restava de seu exército, derrotando os batalhões inimigos. mas era impossível combater indefinidamente contra todo o Exército vermelho, embora tivesse continuado a lutar durante nove meses ainda até ver toda a sua munição esgotada e quase todos os seus companheiros mortos. Jamais se rendeu: no dia 28 agosto Makhno fugiu para a Rumenia, iniciando sua terrível peregrinação pelas prisões da Rumenia, Polônia e Danzig, até alcançar a liberdade no exílio em Paris, onde viveu até 1935, tuberculoso e alcoólatra, um camponês amargurado e solitário que detestava a cidade. No dia em que Makhno lutou em seu caminho através do Dniester até o exílio, o anarquismo deixou de existir como uma força vital na Rússia. O fato dos bolcheviches terem lutado contra Makhno de forma tão feroz e traiçoeira sugere que, pelo menos no sul, ele era visto como um perigo real, uma ameaça. E não há dúvida de que, do seu próprio ponto de vista, os bolcheviques tinham razão, pois só depois de expulsar makhno da Ucrânia é que estes puderam dar início à procustana tarefa de adaptar o mundo camponês ao Estado marxista." (Anarquismo na Rússia - História das Ideias e MOvimentos Anarquistas vol. 2 - George Woodcock)
E vc acredita mesmo q a sociedade civil consegue impor ao Estado atual suas vontades??? Ou melhor, q o Estado seja uma ferramente de tds?? Me diga em qual mundo vc vive q eu quero viver nele tambem. Sugiro q vc reveja o video so q desta vez sem o pressuposto de negar td o conteudo dele
A COMUNA FOI A RESPOSTA.
O Sr sofre da mesma doença que tanto condena aos outros, Marx em nenhum momento defendeu essa igualdade que o sr tanto se refere, Na "critica ao programa de Ghota" ele deixa isso bem claro, "de cada um segundo a sua capacidade e a cada um segundo a sua necessidade".
A BUSCA DA IGUALDADE NAO É CAPACIDADE MAS NO PODER POLITICO
KKKKKKK UNIVERSIDADE CATÓLICA ?????? KKKKKKKKKKK MUITO RIDÍCULO ISSO, KKKKKKKKKK
É Sr, conde loppeux, pelo visto, além de uma pessoa dotada de um vocabulário baixo, o sr não deve ter lido Marx direito se é que o sr algum dia leu.
Qq documentário gringo acerca da guerra franco prussiana é melhor q esse senhor prolixo dukraio ( além de ser bem mais verdadeiro)
Não sei onde existe possibilidade em se colocar a meritocracia em uma sociedade onde as possibilidades e acessos a bens materiais e culturais se da de forma desigual. Loucura de sua cabeça vir evocar esse argumento raso, superficial e mistificador. Alias falar em meritocracia em capitalismo é hipocrisia. O mal do Barsil não são os professores e sim estes como vc resignados a ideologias de exploração.
Deve ter aprendido sobre comunismo no Jornal Nacional, Folha de São Paulo e Veja. Pare de falar bobagens.
Como um professor diz uma coisa dessas? Nunca existiu "ditadura do proletariado". O que existiu nos países do “socialismo real" foi a ditadura da Nomenklatura. No caso da "ditadura da burguesia": como é possível que ele ignore que em uma democracia a força dominante não é o Estado e sim a sociedade civil. O Estado é só um instrumento nas mãos da sociedade para realização dos projetos dela (da sociedade e não do Estado). Além do mais, burguesia e proletariado deixaram de existir há muito tempo.
Burguesia e proletariado deixou d existir? Quem te falou 1 besteira dessa? 😂😂😂
PERDI MEU TEMPO
O tempo não é seu.
Por que não convidam Olavo? Será que a única história que podemos conhecer é sob esse aspecto ?
Malcolm X poderia explicar melhor que histórias Olavo vem contando que não podem ser consideradas plausíveis? Gostaria de saber Tmb que merdas seriam as faladas por ele que vc cita e pq reacionário? Mas se um debate desse tipo sugerido por mim não acontece, como vc pode prever a sua inviabilidade? Então Qd dizem nas escolas que devemos ter senso crítico, esse mesmo senso só serve se for alinhado ao que eu não concordo? Se houver uma crítica ao que eu concorde, ela perde a validade? Parece que isso é o que acontece. Se esse senhor do vídeo fizer uma determinada crítica é válida pq ele detém o conhecimento; se outra pessoa for capaz de criticar a fala dele, automaticamente perde a credencial para debater e recebe os mais variados adjetivos mesmo antes do debate. Aí eu questiono: seremos compelidos a uma democracia onde apenas uma voz poderá ser ouvida?
O que a comunidade acadêmica e a população em geral ganhará ao perder o direito de ouvir todas as vozes existentes? Formaremos opinião baseados somente em uma voz? Qual sua opinião sobre isso?
Tony T Guitar Porque Olavo não tem nenhuma contribuição ué.
É por que ali só convidam pessoas que tem no mínimo um doutorado, enquanto seu "mentor" não terminou sequer o ensino fundamental
Que bagulho chato.