Eu tenho esses devaneios desde os 6, 7 anos de idade, hoje tenho 16. Sempre fiquei muito em casa sem supervisão dos pais e acabava passando o dia inteiro criando essas histórias, e eu me sentia meio "estranho" porque eu sentia emoções dependendo de como era o devaneio. E eu tinha aquele sentimento de que só eu fazia isso.
Dia de receber as notas do Enem e moro em dos estados onde teve uma das únicas notas mil de escola pública. Trouxe isso para os meus devaneios e foi surreal. Eu me senti mal ao ver que eu não era a pessoa que tirou a nota, ainda tô um pouco sentida. Foi como ir ao céu e ao inferno sabe? Senti a insatisfação batendo. Tava me imaginando virando manchete no G1 já.
Eu entendo esse sentimento, nem comecei a estudar para o ENEM esse ano e já fico fantasiando sobre um possível nota alta, e por causa disso fico procrastinando, nossa é péssimo esse transtorno
Eu tenho desde a infância, é horrível, não consigo controlar. Eu viajo muito quando escuto música, por isso que só gosto de ouvir música sozinha, ouvir música em casa com meu namorado chega a me irritar, porque não posso criar meu mundo fictício
Eu tive uma fase de devaneios excessivos dos 12 anos ate os 18, como era adolescente, muito quieta na minha, nao tinha amigos, a escola era horrivel... Os devaneios me oferenciam conforto que ninguem poderia me dar, pois os personagens e cenarios eram tao bem feitos que nao tinha porque eu querer parar... Mas comecei a ver como isso poderia ser ruim , depois que entramos na fase adulta, temos que trabalhar para comer, pagar contas... E percebi que me trancar em um mundo ficticio estava me prejudicando mentalmente e socialmente, foi muito dificil sair desse universo imaginario, no meu primeiro emprego as pessoas nao gostavam de mim, pois minhas capacidades sociais eram triste, e se voce nao e bem visto no trabalho, te demitem,... Hoje estou com 23 anos, tenho namorado, trabalho, me formei na faculdade, ainda tenho pequenos episódios de devaneios, mas nao sou mais refem deles, porem isso me proporcionou uma personalidade introvertida que sempre vai me assombrar pelo resto da vida, 😢 creio que nao tem como mudar, sempre vou ser meia extranha aos olhos dos outros, doi...
Eu tenho devaneios desde criança,crio cenarios de situações vividas,porem é muito mais prazeroso porque não sou rejeitada,todos gostam de mim e tenho valor,mas vejo que isso é prejudicial pra mim,tenho objetivos e não consigo alcançar por disso,atualmente tenho 26 anos,agora que estou caindo em si,faço terapia e tem ajudado bastante,mas ainda tenho episodios,como disse isso pode me tornar introvertida...mas acho que sempre vamos ter pequenas sequelas
Tem uma questão que precisa ser esclarecida sobre as pessoas que tem fantasias compulsórias: nem sempre as fantasias são para buscar a "perfeição" mas sim o senário "desejado", por exemplo, uma pessoal pode fantasiar que sofre de uma doença e passa por aventuras por causa desta doença. isso é só um exemplo.
A pouco tempo descobri que eu tenho devaneios excessivos e antes me sentia culpada por estar deixando de ser produtiva para me perder no meu mundo. Até hoje sofro bastante, mas estou transformando meus devaneios em escrita. Sempre que tenho vontade começo a escrever, passo algumas horas escrevendo e não me sinto tão culpada como antes já que transformei isso em algo concreto(?). Não sei se é uma boa saida mas por enquanto está me ajudando.
Olá, essa é uma boa ideia sim! Aliás, muitos devaneadores compulsivos se dedicam à escrita de livros, fan fiction, roteiros de séries e filmes e outras criações. É uma forma de ser produtiva e registrar essas histórias que podem ser muito boas, mas às vezes passam e desaparecem com o tempo.
Como podemos largar os devaneios excessivos, se nós criamos laços genuínos com os personagens? por exemplo, eu devaneio que tenho uma amiga desde os meus 16 anos, hoje tenho 40, e quando eu penso em parar, eu sinto como se estivesse traindo ela, abandonando, como se eu estivesse abandonando uma pessoa com a importância de uma filha, mãe ou uma amizade verdadeira. como fazer para largar dentro destas condições?
Olá Emerson, Obrigada pela contribuição! O problema não é "abandonar" os personagens. A pergunta certa seria como trabalhar essa necessidade de interagir com essa personagem fictícia. Se você tentar simplesmente não pensar mais nela, não dá certo. Tem que lidar com o que gera a necessidade em primeiro lugar. Fique ligado no canal, ainda vamos falar bastante sobre isso!
@@guiadavidabr esta amiga que eu devaneio, ela tem alguns atributos que eu gostaria de ter, mas que já mais vou ter na minha vida, por exemplo: ter uma mãe mais afetuosa( minha mãe ja morreu), ter mais estrutura de vida e dinheiro (eu não posso mais evoluir muito na minha vida, pois ja tenho 40 anos, vamos ser sinceros). estes são alguns exemplos, eu tenho medo de ser este os motivos, e não ter como mudar.
Olá Emerson, Eu sinto uma postura um pouco derrotista em seu comentário. Aos 40, você é ainda é muito jovem e tem muitas oportunidades de virar o jogo, principalmente considerando as inúmeras opções de trabalho remoto ou online. Você está cadastrado no Guia da Vida por e-mail? Em breve, teremos um curso (gratuito) por e-mail sobre planejamento pessoal. Essas ideias podem te ajudar a pensar em como você pode virar o jogo.
@@guiadavidabrnão dá certo?eu consegui fácil quando ddescobri que não era só eu que fazia isso se tornou sem graça e eu achava que era diferente dos outros, e eu sou intrometida e com baixa autoestima mais consegui fácil.
Obrigada pela pergunta, Alisson! Devaneios em si estão presentes em vários transtornos psiquiátricos, incluindo TDAH e TAG. Contudo, o “transtorno de devaneios excessivos” é diferente. Como ele é caracterizado pela atenção voltada para dentro (fantasias) ele é diferente do TDAH, cuja atenção saltuária é causada por estímulos externos. A TAG pode ter origens em outros fatores mas pode estar presente em indivíduos com transtorno de devaneios.
Doutora me ajuda, tive uma infância difícil sofria muitos bullying, ainda hj sofro um pouco para fugir da realidade eu ficava imerso em um mundo de fantasia. Meu psiquiatra passou Ecitalopram para mim porém ainda eu continuo tendo devaneios e minha atenção fica dispersa.
O propósito dos medicamentos psiquiatricos é apenas regular a química cerebral (e ainda há controvérsias sobre sua real eficácia nesse sentido e se problemas de ordem psiquiátrica são realmente causados pelo desequilíbrio na neuroquímica cerebral). Por isso, é bom não esperar muito dos medicamentos. No máximo, eles te darão um pouco mais de ânimo para começar a lidar com os problemas mais sérios, o que você só consegue fazer com um psicólogo. Psiquiatras são médicos cujo papel é diagnosticar problemas mentais sérios e medicar o paciente. Eles não podem te ajudar de forma mais profunda. Procure um psicólogo em sua cidade que possa trabalhar com você em uma terapia mais longa. A terapia cognitivo-comportamental costuma dar bons resultados em casos de traumas e adversidade passada, mas outras abordagens também são válidas. O importante é manter o compromisso de uma terapia no longo prazo, onde você vai aos poucos trabalhando com as origens mais profundas do comportamento atual.
@@alissoncalmon3490 escitalopran é um lixo, quem da um remedio desse é um ignorante ..remedio q só vai te fazer mal. te dar fome ......procure por psilocibina
Vish eu tenho isso aí. Coitado de quem tem TDAH então pois a impulsividade é um dos espectros. Eu consegui melhorar usando a meditação e outras práticas.
Esse negócio de "lado do cérebro" é mais mito do que realidade! A maioria dos processos cognitivos, incluindo a imaginação que ocorre nos devaneios, exige diversas partes do cérebro em ambos os lados.
eu tenho e é horrível
Oi eu tbm tenho, quer conversar ?
Boa noite . Eu adoro seus conteúdos,vc fala sobre esse assunto de maneira fácil e simples de entender . Aguardo com satisfação seus próximos vídeos.
Passa confiança, fala com autoridade no assunto.
Eu tenho esses devaneios desde os 6, 7 anos de idade, hoje tenho 16. Sempre fiquei muito em casa sem supervisão dos pais e acabava passando o dia inteiro criando essas histórias, e eu me sentia meio "estranho" porque eu sentia emoções dependendo de como era o devaneio. E eu tinha aquele sentimento de que só eu fazia isso.
Dia de receber as notas do Enem e moro em dos estados onde teve uma das únicas notas mil de escola pública. Trouxe isso para os meus devaneios e foi surreal. Eu me senti mal ao ver que eu não era a pessoa que tirou a nota, ainda tô um pouco sentida. Foi como ir ao céu e ao inferno sabe? Senti a insatisfação batendo. Tava me imaginando virando manchete no G1 já.
Eu entendo esse sentimento, nem comecei a estudar para o ENEM esse ano e já fico fantasiando sobre um possível nota alta, e por causa disso fico procrastinando, nossa é péssimo esse transtorno
Grato pela explicação, muito esclarecedora.
Eu tenho desde a infância, é horrível, não consigo controlar. Eu viajo muito quando escuto música, por isso que só gosto de ouvir música sozinha, ouvir música em casa com meu namorado chega a me irritar, porque não posso criar meu mundo fictício
Ótimas explicações
Eu tive uma fase de devaneios excessivos dos 12 anos ate os 18, como era adolescente, muito quieta na minha, nao tinha amigos, a escola era horrivel... Os devaneios me oferenciam conforto que ninguem poderia me dar, pois os personagens e cenarios eram tao bem feitos que nao tinha porque eu querer parar... Mas comecei a ver como isso poderia ser ruim , depois que entramos na fase adulta, temos que trabalhar para comer, pagar contas... E percebi que me trancar em um mundo ficticio estava me prejudicando mentalmente e socialmente, foi muito dificil sair desse universo imaginario, no meu primeiro emprego as pessoas nao gostavam de mim, pois minhas capacidades sociais eram triste, e se voce nao e bem visto no trabalho, te demitem,...
Hoje estou com 23 anos, tenho namorado, trabalho, me formei na faculdade, ainda tenho pequenos episódios de devaneios, mas nao sou mais refem deles, porem isso me proporcionou uma personalidade introvertida que sempre vai me assombrar pelo resto da vida, 😢 creio que nao tem como mudar, sempre vou ser meia extranha aos olhos dos outros, doi...
Eu tenho devaneios desde criança,crio cenarios de situações vividas,porem é muito mais prazeroso porque não sou rejeitada,todos gostam de mim e tenho valor,mas vejo que isso é prejudicial pra mim,tenho objetivos e não consigo alcançar por disso,atualmente tenho 26 anos,agora que estou caindo em si,faço terapia e tem ajudado bastante,mas ainda tenho episodios,como disse isso pode me tornar introvertida...mas acho que sempre vamos ter pequenas sequelas
Tem uma questão que precisa ser esclarecida sobre as pessoas que tem fantasias compulsórias: nem sempre as fantasias são para buscar a "perfeição" mas sim o senário "desejado", por exemplo, uma pessoal pode fantasiar que sofre de uma doença e passa por aventuras por causa desta doença. isso é só um exemplo.
Obrigada pela contribuição, Emerson! ;)
Seu conteúdo é muito necessário
Incrível explicação👏, seria possível eu te fazer uma pergunta sobre o assunto fora dos comentários aqui?
Obrigado! Se não for possível enviar uma mensagem privada aqui no RUclips, você pode entrar em contato pelo site Guia da Vida. Responderei por email!
Muito obrigada pela explicação!
A pouco tempo descobri que eu tenho devaneios excessivos e antes me sentia culpada por estar deixando de ser produtiva para me perder no meu mundo. Até hoje sofro bastante, mas estou transformando meus devaneios em escrita. Sempre que tenho vontade começo a escrever, passo algumas horas escrevendo e não me sinto tão culpada como antes já que transformei isso em algo concreto(?). Não sei se é uma boa saida mas por enquanto está me ajudando.
Olá, essa é uma boa ideia sim! Aliás, muitos devaneadores compulsivos se dedicam à escrita de livros, fan fiction, roteiros de séries e filmes e outras criações. É uma forma de ser produtiva e registrar essas histórias que podem ser muito boas, mas às vezes passam e desaparecem com o tempo.
Como podemos largar os devaneios excessivos, se nós criamos laços genuínos com os personagens? por exemplo, eu devaneio que tenho uma amiga desde os meus 16 anos, hoje tenho 40, e quando eu penso em parar, eu sinto como se estivesse traindo ela, abandonando, como se eu estivesse abandonando uma pessoa com a importância de uma filha, mãe ou uma amizade verdadeira. como fazer para largar dentro destas condições?
Olá Emerson,
Obrigada pela contribuição! O problema não é "abandonar" os personagens. A pergunta certa seria como trabalhar essa necessidade de interagir com essa personagem fictícia. Se você tentar simplesmente não pensar mais nela, não dá certo. Tem que lidar com o que gera a necessidade em primeiro lugar. Fique ligado no canal, ainda vamos falar bastante sobre isso!
@@guiadavidabr esta amiga que eu devaneio, ela tem alguns atributos que eu gostaria de ter, mas que já mais vou ter na minha vida, por exemplo: ter uma mãe mais afetuosa( minha mãe ja morreu), ter mais estrutura de vida e dinheiro (eu não posso mais evoluir muito na minha vida, pois ja tenho 40 anos, vamos ser sinceros). estes são alguns exemplos, eu tenho medo de ser este os motivos, e não ter como mudar.
Olá Emerson,
Eu sinto uma postura um pouco derrotista em seu comentário. Aos 40, você é ainda é muito jovem e tem muitas oportunidades de virar o jogo, principalmente considerando as inúmeras opções de trabalho remoto ou online. Você está cadastrado no Guia da Vida por e-mail? Em breve, teremos um curso (gratuito) por e-mail sobre planejamento pessoal. Essas ideias podem te ajudar a pensar em como você pode virar o jogo.
@@guiadavidabrnão dá certo?eu consegui fácil quando ddescobri que não era só eu que fazia isso se tornou sem graça e eu achava que era diferente dos outros, e eu sou intrometida e com baixa autoestima mais consegui fácil.
Devaneios tem relação com tdah ou com a tag?
Obrigada pela pergunta, Alisson! Devaneios em si estão presentes em vários transtornos psiquiátricos, incluindo TDAH e TAG. Contudo, o “transtorno de devaneios excessivos” é diferente. Como ele é caracterizado pela atenção voltada para dentro (fantasias) ele é diferente do TDAH, cuja atenção saltuária é causada por estímulos externos. A TAG pode ter origens em outros fatores mas pode estar presente em indivíduos com transtorno de devaneios.
Doutora me ajuda, tive uma infância difícil sofria muitos bullying, ainda hj sofro um pouco para fugir da realidade eu ficava imerso em um mundo de fantasia. Meu psiquiatra passou Ecitalopram para mim porém ainda eu continuo tendo devaneios e minha atenção fica dispersa.
O propósito dos medicamentos psiquiatricos é apenas regular a química cerebral (e ainda há controvérsias sobre sua real eficácia nesse sentido e se problemas de ordem psiquiátrica são realmente causados pelo desequilíbrio na neuroquímica cerebral). Por isso, é bom não esperar muito dos medicamentos. No máximo, eles te darão um pouco mais de ânimo para começar a lidar com os problemas mais sérios, o que você só consegue fazer com um psicólogo. Psiquiatras são médicos cujo papel é diagnosticar problemas mentais sérios e medicar o paciente. Eles não podem te ajudar de forma mais profunda. Procure um psicólogo em sua cidade que possa trabalhar com você em uma terapia mais longa. A terapia cognitivo-comportamental costuma dar bons resultados em casos de traumas e adversidade passada, mas outras abordagens também são válidas. O importante é manter o compromisso de uma terapia no longo prazo, onde você vai aos poucos trabalhando com as origens mais profundas do comportamento atual.
@@alissoncalmon3490 escitalopran é um lixo, quem da um remedio desse é um ignorante ..remedio q só vai te fazer mal. te dar fome ......procure por psilocibina
Vish eu tenho isso aí. Coitado de quem tem TDAH então pois a impulsividade é um dos espectros. Eu consegui melhorar usando a meditação e outras práticas.
A impulsividade é um aspecto central na compulsividade dos devaneios. Obrigada pela contribuição, Rafael!
Isso se passa em qual lado do cérebro ?
Esse negócio de "lado do cérebro" é mais mito do que realidade! A maioria dos processos cognitivos, incluindo a imaginação que ocorre nos devaneios, exige diversas partes do cérebro em ambos os lados.