Nossa, usei os vídeos delas, ambas, lavadeiras e aa batedeiras do algodão com os meus alunos. Tem influência árabe bagarai na música brasileira. O forró tem, o aboio. Mas achei o máximo cair nesse vídeo e a primeira resposta ter relação com o que estou usando com meus alunos num projeto que é com a música do primeiro álbum Valencianas. Alias, indico muito esse álbum e tem um do Alceu que é super inspirando nessa influência árabe
Não estudo música, mas a primeira vez que ouvi um chamado para orações na mesquita, me interessei pela música árabe, gosto dos melismas, acho o som que eles produzem muito bonito!
Eu me amarro em microtons melisma, e tudo dessas músicas orientais clássicas... Ninguém nunca me ensinou... Nunca tive aula de teoria musical... Mas esses sons me agradam muito...
As igrejas tentaram eliminar os microtons. Quando houve a mistura de povos, dentro da igreja se notava quem era local e quem era imigrantes árabes, hindus, ou de qualquer parte do mundo que de usava o micro tom. A igreja sempre usou essa escala de oitava e determinou que não se cantasse usando micro tom.
Nossa, depois que o Rafa fez as demostrações, eu já imaginei uns temas pra um album do Angra.kkkk toda essa ambientação e os vocai s angelicais, entra a guitarra virada e aquele agudo pra dar a cereja do bolo. kkk
Mds que papo incrível!! Muito conteúdo! Rafael ostentando conhecimento musical histórico e o Daniel tbm se mostrando extremamente bem interado a respeito!
Acho incrível as microtonacões. Sempre percebi. Percebo na música árabe, na Indiana, no flamenco e também percebo de leve no blues, no caso do canto, quando arrasta os bends. Obrigado, é raro alguém falar sobre isso.
As primeiras manifestações sonoras, o que hoje se entende por música, foi interpretada pela voz humana. E a voz humana tem uma característica de deslizar entre as alturas (notas notas musicai). E depois veio os instrumentos de sopro com a mesma característica. Uma grande parte das culturas musicais que utilizam micro tons em seu sistema possuem instrumentos de sopro e sem trastes.
Os apresentadores falaram de escala oriental como se fosse só a "escala árabe"... Especularam legal... "Os árabes usam uma escala de 16 tons, já os indianos tem uma escala de 22 tons." Já que nesse episódio teve até história percebe-se o seguinte declínio da escala música rumo ao ocidente: "Índia, país/região mais antiga - 22 tons; Árabia, país/região mais moderna que a Índia e mais antiga que a Europa - 16 tons; Europa, país/região mais moderna - 12 tons." A ciência indiana, incluindo a arte musical, é milenar, ou seja, veio antes que a arte musical europeia, chinesa, árabe, etc. Ademais, sobre a música ocidental, bela explicação do Rafael! Enfim, vá estudar música indiana Rafael, vc é realmente um grande músico! Já pensou o que vc poderia proporcionar para nós ouvintes com esse conhecimento musical milenar da Índia??? PS: a divisão musical indiana também é diferente da ocidental. A divisão musical indiana é feita como se fosse por ciclos.
esse se tornou um dos meus EP favoritos. muito bom ver o Rafa falar , ainda mais dessa forma , sobre esse assunto. fiquem pensando tambem naquele treco que poe no dedo que os caras do blues usam para fazer os microtons , que por sinal gera um som muito legal!
Eu gosto muito de música árabe e gosto muito quando algum artista de renome usa instrumentos e ritmos orientais em suas músicas. Madonna fez bem isso ao misturar esses sons com aquela batida tecno da época do álbum Ray of Light. Também gosto demais, AMO música cigana.
Muito bom ouvir o Rafael sobre este tema que é extremamente importante para entendermos estas diferenças musicais... Os comentarios tambem são muito bons !! So' fera !!!!
@@3mersonf Nosso ouvido acostumou. Confesso que fiquei ouvindo ontem o som de uma cítara e não consegui ficar ouvindo, soa muito desafinado. Mas agora eu entendi que é apenas uma questão do ouvido acostumar.
Você sente essa diferença até na "DUBLAGEM" de filmes e etc que geralmente possuem um audio mais "mono" enquanto no brasil temos mais um audio emcorpado e presente.
Muito bom o podcast. Só uma correção: Os ciganos são de origem indiana. Eles têm origem comum com os indianos do Rajastão, no norte da Índia, perto do Paquistão. Inclusive, eles vivem num sistema de casta até hoje, entre eles e a língua deles tem muitas coisas em comum com uns idiomas falados na Índia. A música indiana tem essa vibe mesmo, que é explicada nesse episódio, e que é semelhante à música cigana, que é semelhante a essas músicas flamencas de origem cigana, que tem a ver com a árabe (porque o mundo islâmico expandiu com o império mongol de Gengis Khan, curiosamente). Os turcos invadiram a região de Constantinopla e a cultura no que hoje é conhecido como Turquia, que era a capital do Império Romano, foi completamente alterado e influenciado. A influência da música com essa tonalidade "árabe" pode ser vista em quase toda essa região que foi dominada pelo islã até a Índia, que há muito tempo usava esse tipo de música. É difícil especificar tudo precisamente quando ocorreu (porque houveram vários movimentos em períodos bem distantes que levaram a cultura ao ocidente e não apenas um), mas muitas coisas vêm da Índia e há muitas evidências de que surgiram lá e que os árabes apenas espalharam. Tal como os numerais hindo-arábicos, na verdade são completamente indianos e os árabes apenas pegaram da Índia, passando pela arquitetura e pela música quando fizeram a expansão do império deles. E como nesse império árabe a cultura foi extremamente centralizada, padrões de arquitetura, o idioma e diversos outros padrões se espalharam. E somado a isso, também temos o fato de que a península Ibérica ficou sob governo Islâmico por séculos, o que influenciou a cultura portuguesa e espanhola em todos os aspectos.
Essa explicação sobre as "notas do diabo" me remetem a música Lullaby for Lucifer, do álbum Holy Land. Aqueles últimos acordes do álbum me trazem um sentimento de tranquilidade e assombro ao mesmo tempo.
Que conteúdo interessante e rico em cultura. Show de bola, sempre comparo e questiono esse lances culturais e os seus períodos de "destaque". Melhor canal de música kkkk. Parabéns Amplifica.
A respeito do trítono na idade média, recomendo que quem tiver interesse sobre esse assunto procure dois vídeos do Adam Nelly a respeito. Tem um em português do Marco Antero sobre isso também.
Obrigado, Rafael. Que aula rica, gostosa, caprichada. Parabéns pela clareza, competência e talento. Já gostava do seu trabalho, agora virei seu fã. Abraço Eletrizzante!
11:29 isso soa muito parecido com música celta irlandesa, normalmente tocada com bouzouki, que é um instrumento grego mas também de origem árabe.. se vc escutar músicas tradicionais gregas, armênias, georgianas, iranianas, turcas, e até de países eslavos como Bulgária e Sérvia, tem uma sonoridade meio árabe também.. agora entendi o porquê
a invenção dos principais instrumentos para se fazer música , piano e violão são praticamente recentes em relação a história humana ou seja , faz pouco tempo que o ser humano dominou os sons , a música !!
Banda de rock que brinca com microtonalismo muito bem e os australianos King gizzard and wizard lizard. Tem um.album muito legal chamado flyng microtonal banana de 2017 e o album de 2021 chamado LW. Também tem os compositores de música clássica contemporânea como charles ives que trabalha com dois pianos em um pendulo de dissonancia/consonância.
O nosso grande Rafael não tem nenhuma obrigação de acertar sequências históricas, fatos, etc. Mas, posso contribuir com uma pequena narrativa que pode proporcionar um entendimento fácil e simplificado da história europeia. Temos o fim do império romano no século V d.c. com a chegada das tribos germânicas. As tribos germânicas, ao invadirem os territórios do império, fundaram novos reinos. Por exemplo, os ostrogodos ocuparam a região da Itália e fundaram o reino itálico, assim como os anglos e os saxões foram para a Grã-Bretanha e fudaram os reinos ingleses, os visigodos foram para a península ibérica e fundaram os reinos espanhóis, os francos foram para a Gália e fundaram o reino Franco e assim por diante. Estabelecidos esses reinos romano-bárbaros, os árabes vinham expandindo seu império paralelamente à formação dos reinos europeus. Os árabes saíram da península arábica, dominaram todo o norte da África e chegaram à península ibérica no séc. VIII. Tomaram boa parte do reino visigodo espanhol, deixando para os europeus apenas uma pequena faixa de terra ao norte da Espanha (ou Hispania, como era escrito na época). Dessa maneira, a cultura ibérica, ou seja, onde hoje se localizam Espanha e Portugal, foi formada a partir de uma mistura entre ocidentais e orientais, e esse contato gerou não só uma troca, mas proporcionou o surgimento de artefatos culturais novos que vieram dessa mistura. Os árabes foram sendo expulsos gradativamente a partir do fim do século XI, no que ficou conhecido como o périodo da Reconquista, mas suas marcas ficaram pra sempre. Qual o resultado disso? Espanhóis e portugueses, que colonizaram boa parte do mundo a partir do século XV, levaram essa cultura ibérica cheia de ingredientes médio-orientais, ou, para usar um termo mais específico, mouros para as Américas. Hoje, se você escuta a música do sertão do Brasil, numa feira ou numa festa, com os cantadores e repentistas, você percebe claramente a semelhança com a música moura, árabe. O aboio dos vaqueiros, vocalizações usadas para ajudar a tanger o gado, é praticamente idêntico às orações praticadas em mesquitas muçulmanas. Até hoje, se você for à Espanha ou Portugal, verá muita influência árabe em praticamente tudo, na arquitetura, na música (o flamenco), na linguagem (vide palavras de origem árabe, etc). Sendo assim, a mistura não veio dos Otomanos, como o Rafael falou, mas veio dos árabes mouros que chegaram à península ibérica pelo norte da África a partir do século VIII.
Caralho! Para quem achava que metalero era só berro, o maluco deu aula literalmente! Mas infelizmente brasileiro só quer escutar Anita, Melody, Ludmilla, MC qualquer coisa (já existe MC de tudo mesmo). Eu dúvido esses "artistas" explicarem com técnica e teoria o que tocam ou cantam.
Me corrijam se eu estiver errado, mas tem-se a impressão, numa das últimas falas do Barbixa, que a escala ocidental com 12 semitons é completamente arbitrária, no entanto ela é baseada nos harmônicos, ciclos de quartas/quintas e foi posteriormente temperada para poder ser usada com diferentes instrumentos simultâneos e permitir tocar a mesma música em diferentes tons, mas nossa percepção música é bastante baseada em física/acústica/matemática
De modo simples como a divisão tonal chegou as 12 notas do sistema temperado. Com base na 5ª harmônica, que é considerada no sistema ocidental a consonância perfeita, sendo perfeitamente harmônica a conjunção de uma nota Tônica com a sua respectiva Quinta (dó com sol por exemplo), que está na proporção de 3/2 na escala de Pitágoras. Se sequenciar a partir de uma Nota Referencial chegando até a sua quinta, e depois a partir desta nota chegar a sua respectiva quinta e assim por diante, surge o que é chamado de Ciclo de Quintas, que tendo como referência a consonância perfeita a partir de cada nota referencial, contempla todas as 12 notas. e Aí considerando o Primeiro Principal Harmônico que o Rafael diz que é a oitava, matematicamente, se encaixa dentro desse intervalo de uma oitava a outra todas as doze notas musicais.
Meio tom ,tem 24.7,hertz,, com o afinador perfeito, baiar no play store ,,tem como afinar em microtons ,,na verdade sei tudo sobre esse sistema, (alterado) depois de 15 anos estudando, etamos com uma escala pronta pro mercado 3 pilres : afinação,,campo harmônico e espaço ,,,pegamos 5 músicas ,,: sons exóticos, das pesquisas e colocamos no Spotify ( Marco Antônio ),microtonal tones ,,,música s : Amazônia ,Astronauta, Savana ,,
Bom demais rafa, tirando a parte da uniao entre ibericos e turcos, creio eu, me falta leitura, mas os microtons e semelhanças da música ispanica com a musica oriental, ven da aproximaçao ate mesmo geografica da peninsula iberica com o norte da africa, e peninsula iberica foi conquista pelos muçulmanos berberies arabzados do norte fa africa (geograficamente perto).
Estava pensando aqui, será que a percepção dos microtons não teria mais a ver com o fato de muitas línguas orientais serem tonais? Sendo assim, tanto a percepção quanto a produção dos sons da língua poderiam estar de alguma forma ligados à produção musical dessas culturas. É apenas um ponto de vista de alguém formado em Letras e amante da música. Vida longa ao Amplifica! 🤘🏻
Toda a idade média utilizou os modos gregos, apenas na renascença é que surgiu as escalas maior e menor. As duas escalas em que nosso sistema musical esta baseado.
Aprendendo muito eu ouço música árabe gosto muito.Otimo podcast
2 года назад
06:07 - na verdade são 9 comas dentro de 1 tom - originalmente o sustenido era + 5 comas e o bemol era - 5 comas. com o temperamento a divisão ficou exa/e no meio em 4,5 comas. e o sustenido e o bemol se juntaram em 1 nota só
Não manjo bosta nenhuma de música mas abri isso aqui pra tentar entender esse rolê kkk. Me interesso porque tomava um remédio (carbamazepina) que faz com que "pessoas japonesas e pessoas com ouvido absoluto" ouçam tons diferentemente (sim, isso é um efeito conhecido) e daí eu que sou bisneta de europeus (e só sei tocar mal My Heart Will Go On na flauta doce) mas ouço muita música japonesa desde criancinha senti MUITO isso. Amo guitarra distorcida e odeio percussão, já meu pai (que manja mais de técnica e tocava bateria no Carnaval) é o contrário. Acho engraçado kkk "o final feliz hoje é o dó maior" foi o melhor
Os meus ouvidos estão acostumados, é questão de ouvir muito mais que querer tocar, ouçam muito músicas do mundo todo, não se limitem a sua zona se conforto
Desculpe mas a afinação temperada é menos exata em termos dos harmônicos do que a afinação pitagórica. Essa aproximação foi feita para que todas as tonalidades ficassem iguais e possibilitar a harmonia como conhecemos hoje. Nós usamos as comas, veja os bends de guitarra, está na interpretação mas não na base do sistema.
bom, eu pensei nos meus estudos do violão (pai da guitarra elétrica ao meu entender) e realizei a seguinte pesquisa no google: "quem é o ancestral do violão?" - resposta em 1a instância é a seguinte (hoje) (apareceu citara romana também?!) : "O violão é um instrumento derivado do alaúde árabe, levado pelos mulçumanos para a península Ibérica e adaptando-se muito bem as atividades da corte;". Ou seja, embora o violão seja de origem, digamos não do ocidente (pensando na península Ibérica - Mouros), quem nasceu e viveu do lado ocidental aprecia mais os harmônicos estabelecidos no ocidente (talvez também inspirados no barroco {matemático do ponto de vista da física acústica} de Bach?)?
![Cortes do Amplifica [OFICIAL]](http://yt3.ggpht.com/TefE9c4eiqjkgf6ZADQk7OjJRDY8COhs1hRx0jjbweDwvvHZm4FahgT3lMlVybxOioALuWY6=s48-c-k-c0x00ffffff-no-rj)
Pô, meia noite e eu aqui tendo aula de teoria musical, história, matemática, globalização... mó bom! 😬
Same here
@@levimerenciano a 9
Carai... Apareceu meia noite pra mim, também!
Kkkk...eu também...KKK... 00:04
KKKK sim!!
Quer ouvir microtons? Ouça o canto das lavandeiras do rio, as batedeiras do algodão, as pisadeiras do milho
Nossa, usei os vídeos delas, ambas, lavadeiras e aa batedeiras do algodão com os meus alunos. Tem influência árabe bagarai na música brasileira. O forró tem, o aboio. Mas achei o máximo cair nesse vídeo e a primeira resposta ter relação com o que estou usando com meus alunos num projeto que é com a música do primeiro álbum Valencianas. Alias, indico muito esse álbum e tem um do Alceu que é super inspirando nessa influência árabe
Não estudo música, mas a primeira vez que ouvi um chamado para orações na mesquita, me interessei pela música árabe, gosto dos melismas, acho o som que eles produzem muito bonito!
Eu me amarro em microtons melisma, e tudo dessas músicas orientais clássicas... Ninguém nunca me ensinou... Nunca tive aula de teoria musical... Mas esses sons me agradam muito...
As igrejas tentaram eliminar os microtons. Quando houve a mistura de povos, dentro da igreja se notava quem era local e quem era imigrantes árabes, hindus, ou de qualquer parte do mundo que de usava o micro tom. A igreja sempre usou essa escala de oitava e determinou que não se cantasse usando micro tom.
Fizeram muitíssimo bem, microton é uma peste
E eu achando que entendia muito de música, hahahaha. Esse é um vídeo que todo músico ou entusiasta deve ver e ouvir.
Nossa, depois que o Rafa fez as demostrações, eu já imaginei uns temas pra um album do Angra.kkkk toda essa ambientação e os vocai s angelicais, entra a guitarra virada e aquele agudo pra dar a cereja do bolo. kkk
Sim kkk
Mds que papo incrível!! Muito conteúdo! Rafael ostentando conhecimento musical histórico e o Daniel tbm se mostrando extremamente bem interado a respeito!
Caralho, Rafael. Você é um professor. Fiquei com vontade de voltar/começar a tocar violão assistindo esse corte. Obrigado de verdade!
Ouço rock japonês há 15 anos ou mais....Siam Shade, Daita e etc.... é um som muito marcante, com refrões muito bonitos. Vale a pena escutar.
Conhecimento e humildade é tudo. Que diálogo que soma para quem esta assistindo. Falar obrigado é muito pouco, mesmo assim muito obrigado.
Caramba, de longe um dos melhores diálogos sobre teoria musical que vi aqui no amplifica
O episódio menos esperado e o melhor que assisti até agora, uma verdadeira aula sobre a historia humana com a musica.
Cara… fiquei preso nesse vídeo!! Simplesmente perfeito!! Absurdo o nível de conhecimento aqui!!
Pode já enquadrar essa aula. 👏👏
Uma pintura.
👏👏
Muito conhecimento para leigos. Podcast revolucionou educação informal. 👏
Acho incrível as microtonacões. Sempre percebi. Percebo na música árabe, na Indiana, no flamenco e também percebo de leve no blues, no caso do canto, quando arrasta os bends. Obrigado, é raro alguém falar sobre isso.
As primeiras manifestações sonoras, o que hoje se entende por música, foi interpretada pela voz humana. E a voz humana tem uma característica de deslizar entre as alturas (notas notas musicai). E depois veio os instrumentos de sopro com a mesma característica. Uma grande parte das culturas musicais que utilizam micro tons em seu sistema possuem instrumentos de sopro e sem trastes.
Os apresentadores falaram de escala oriental como se fosse só a "escala árabe"... Especularam legal...
"Os árabes usam uma escala de 16 tons, já os indianos tem uma escala de 22 tons."
Já que nesse episódio teve até história percebe-se o seguinte declínio da escala música rumo ao ocidente: "Índia, país/região mais antiga - 22 tons; Árabia, país/região mais moderna que a Índia e mais antiga que a Europa - 16 tons; Europa, país/região mais moderna - 12 tons."
A ciência indiana, incluindo a arte musical, é milenar, ou seja, veio antes que a arte musical europeia, chinesa, árabe, etc.
Ademais, sobre a música ocidental, bela explicação do Rafael!
Enfim, vá estudar música indiana Rafael, vc é realmente um grande músico! Já pensou o que vc poderia proporcionar para nós ouvintes com esse conhecimento musical milenar da Índia???
PS: a divisão musical indiana também é diferente da ocidental. A divisão musical indiana é feita como se fosse por ciclos.
To aquii babando nessa entrevista-aula . Parabens. E obrigado. Fantastico. Amo o estudo da harmonia. Isso é fantastico
esse se tornou um dos meus EP favoritos.
muito bom ver o Rafa falar , ainda mais dessa forma , sobre esse assunto.
fiquem pensando tambem naquele treco que poe no dedo que os caras do blues usam para fazer os microtons , que por sinal gera um som muito legal!
Slide
Eu gosto muito de música árabe e gosto muito quando algum artista de renome usa instrumentos e ritmos orientais em suas músicas. Madonna fez bem isso ao misturar esses sons com aquela batida tecno da época do álbum Ray of Light. Também gosto demais, AMO música cigana.
Muito bom ouvir o Rafael sobre este tema que é extremamente importante para entendermos estas diferenças musicais... Os comentarios tambem são muito bons !! So' fera !!!!
Eu lembro quando eu comecei tocar, eu achava o som do acorde com 7+ horrível, sem sentido. E hoje eu simplesmente acho maravilhoso.
Comigo foi igual, simplesmente não suportava nenhum acorde com 7M. Agora quando posso eu uso
@@3mersonf Nosso ouvido acostumou. Confesso que fiquei ouvindo ontem o som de uma cítara e não consegui ficar ouvindo, soa muito desafinado. Mas agora eu entendi que é apenas uma questão do ouvido acostumar.
Eu sempre achei e acho o 7+ legal e o 7m mais meme (isso em acordes maiores). Acorde menor é o inverso.
Rafa é monstro demais, seloco! Conhecimento de qualidade. Obrigado!
Caraleo! Rafa é muito fera!!! Parabéns, mestre! ! !
Que Masterclass! Obrigado Daniel por fazer essa pergunta.
Eu simplesmente amo. Sou brasileira mas quando começa uma escala harmônica mexe com as minhas emocoesy
Como parei aqui?
Alto nível esta conversa!
Cara, o Raphael explica de uma forma incrível.
Queria ser aluno dele
Que aula, enriqueci culturalmente sobremaneira vendo esse video. Obrigado
Essa aula de Rafael preencheu um gap enorme na minha cabeça em teoria
Rafael é um prodígio, um gênio da musica, exemplo de virtuosidade, serei um fan eterno.
Adorei o papo! Só tem uma coisinha, essa coisa do trítono ser proibido é mito! Temos registros de muitos cantos gregorianos que tinham trítono… 😁
Capiroto, muito interessante as suas explicações... Monta um curso sobre esses temas de história da música com Harmonia... Agora sim entendi. Valeu!
Você sente essa diferença até na "DUBLAGEM" de filmes e etc que geralmente possuem um audio mais "mono" enquanto no brasil temos mais um audio emcorpado e presente.
Muito bom, um conhecimento extremamente rico em muitos níveis, parabéns!
Muito interessante! Eu poderia ficar um tempão aqui assistindo eles falando sobre os trocas-trocas, um mostrando o dele pro outro.
Muito bom o podcast. Só uma correção: Os ciganos são de origem indiana. Eles têm origem comum com os indianos do Rajastão, no norte da Índia, perto do Paquistão. Inclusive, eles vivem num sistema de casta até hoje, entre eles e a língua deles tem muitas coisas em comum com uns idiomas falados na Índia.
A música indiana tem essa vibe mesmo, que é explicada nesse episódio, e que é semelhante à música cigana, que é semelhante a essas músicas flamencas de origem cigana, que tem a ver com a árabe (porque o mundo islâmico expandiu com o império mongol de Gengis Khan, curiosamente). Os turcos invadiram a região de Constantinopla e a cultura no que hoje é conhecido como Turquia, que era a capital do Império Romano, foi completamente alterado e influenciado. A influência da música com essa tonalidade "árabe" pode ser vista em quase toda essa região que foi dominada pelo islã até a Índia, que há muito tempo usava esse tipo de música.
É difícil especificar tudo precisamente quando ocorreu (porque houveram vários movimentos em períodos bem distantes que levaram a cultura ao ocidente e não apenas um), mas muitas coisas vêm da Índia e há muitas evidências de que surgiram lá e que os árabes apenas espalharam. Tal como os numerais hindo-arábicos, na verdade são completamente indianos e os árabes apenas pegaram da Índia, passando pela arquitetura e pela música quando fizeram a expansão do império deles. E como nesse império árabe a cultura foi extremamente centralizada, padrões de arquitetura, o idioma e diversos outros padrões se espalharam. E somado a isso, também temos o fato de que a península Ibérica ficou sob governo Islâmico por séculos, o que influenciou a cultura portuguesa e espanhola em todos os aspectos.
Essa explicação sobre as "notas do diabo" me remetem a música Lullaby for Lucifer, do álbum Holy Land. Aqueles últimos acordes do álbum me trazem um sentimento de tranquilidade e assombro ao mesmo tempo.
Acho que foi a pergunta ou discussão mais inteligente de todos os episódios.
Que conteúdo interessante e rico em cultura. Show de bola, sempre comparo e questiono esse lances culturais e os seus períodos de "destaque". Melhor canal de música kkkk. Parabéns Amplifica.
Depois dessa eu já fui para a Amazon procurar livros sobre história da música
Não é bem história
Mas o livro " A música no seu cérebro" é sensacional
Que foda essa conversa. Sou um músico sem muito conhecimento mas não entendiabexatamente essa diferença entre ocidental e oriental
A respeito do trítono na idade média, recomendo que quem tiver interesse sobre esse assunto procure dois vídeos do Adam Nelly a respeito. Tem um em português do Marco Antero sobre isso também.
Nunca imaginei que o Rafael fosse tão foda. Mais um fã no clube
Obrigado, Rafael. Que aula rica, gostosa, caprichada. Parabéns pela clareza, competência e talento. Já gostava do seu trabalho, agora virei seu fã. Abraço Eletrizzante!
O Rafa condensou um semestre de aula em vinte minutos.
11:29 isso soa muito parecido com música celta irlandesa, normalmente tocada com bouzouki, que é um instrumento grego mas também de origem árabe..
se vc escutar músicas tradicionais gregas, armênias, georgianas, iranianas, turcas, e até de países eslavos como Bulgária e Sérvia, tem uma sonoridade meio árabe também.. agora entendi o porquê
Amplifica é cultura! História, música!🎉
a invenção dos principais instrumentos para se fazer música , piano e violão são praticamente recentes em relação a história humana ou seja , faz pouco tempo que o ser humano dominou os sons , a música !!
Impressionante o conhecimento, assim de bate e pronto, tem que ter muito estudo e conhecimento! Impressionante!!
Teria que ouvir Amr Diab pra ver algumas mesclas dos estilos, por exemplo.
Caramba... Que aula de Tom, Semitom, Micro Tom, Koleston e Tom Sobre Tom 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
Banda de rock que brinca com microtonalismo muito bem e os australianos King gizzard and wizard lizard. Tem um.album muito legal chamado flyng microtonal banana de 2017 e o album de 2021 chamado LW. Também tem os compositores de música clássica contemporânea como charles ives que trabalha com dois pianos em um pendulo de dissonancia/consonância.
Esse cara eh muito phoda. A visão dele da musica eh muito bacana.
O nosso grande Rafael não tem nenhuma obrigação de acertar sequências históricas, fatos, etc. Mas, posso contribuir com uma pequena narrativa que pode proporcionar um entendimento fácil e simplificado da história europeia. Temos o fim do império romano no século V d.c. com a chegada das tribos germânicas. As tribos germânicas, ao invadirem os territórios do império, fundaram novos reinos. Por exemplo, os ostrogodos ocuparam a região da Itália e fundaram o reino itálico, assim como os anglos e os saxões foram para a Grã-Bretanha e fudaram os reinos ingleses, os visigodos foram para a península ibérica e fundaram os reinos espanhóis, os francos foram para a Gália e fundaram o reino Franco e assim por diante. Estabelecidos esses reinos romano-bárbaros, os árabes vinham expandindo seu império paralelamente à formação dos reinos europeus. Os árabes saíram da península arábica, dominaram todo o norte da África e chegaram à península ibérica no séc. VIII. Tomaram boa parte do reino visigodo espanhol, deixando para os europeus apenas uma pequena faixa de terra ao norte da Espanha (ou Hispania, como era escrito na época). Dessa maneira, a cultura ibérica, ou seja, onde hoje se localizam Espanha e Portugal, foi formada a partir de uma mistura entre ocidentais e orientais, e esse contato gerou não só uma troca, mas proporcionou o surgimento de artefatos culturais novos que vieram dessa mistura. Os árabes foram sendo expulsos gradativamente a partir do fim do século XI, no que ficou conhecido como o périodo da Reconquista, mas suas marcas ficaram pra sempre. Qual o resultado disso? Espanhóis e portugueses, que colonizaram boa parte do mundo a partir do século XV, levaram essa cultura ibérica cheia de ingredientes médio-orientais, ou, para usar um termo mais específico, mouros para as Américas. Hoje, se você escuta a música do sertão do Brasil, numa feira ou numa festa, com os cantadores e repentistas, você percebe claramente a semelhança com a música moura, árabe. O aboio dos vaqueiros, vocalizações usadas para ajudar a tanger o gado, é praticamente idêntico às orações praticadas em mesquitas muçulmanas. Até hoje, se você for à Espanha ou Portugal, verá muita influência árabe em praticamente tudo, na arquitetura, na música (o flamenco), na linguagem (vide palavras de origem árabe, etc). Sendo assim, a mistura não veio dos Otomanos, como o Rafael falou, mas veio dos árabes mouros que chegaram à península ibérica pelo norte da África a partir do século VIII.
Caralho! Para quem achava que metalero era só berro, o maluco deu aula literalmente!
Mas infelizmente brasileiro só quer escutar Anita, Melody, Ludmilla, MC qualquer coisa (já existe MC de tudo mesmo).
Eu dúvido esses "artistas" explicarem com técnica e teoria o que tocam ou cantam.
Nossa,o cara deu uma aula da historia musical....muito bom 👏👏👏👏🤝👂🙂🤚🎶🎵🎤
É muito bom aprender com esses caras ❤
Amoooooooo❤
cara... que aula... que privilegio!!! obrigado rafa!!
Que conteúdo sensacional.
Muito obrigado e abraços do Paraná.
Essa Explicação foi sensacional !!!! 👏👏👏👏👏👏
Me corrijam se eu estiver errado, mas tem-se a impressão, numa das últimas falas do Barbixa, que a escala ocidental com 12 semitons é completamente arbitrária, no entanto ela é baseada nos harmônicos, ciclos de quartas/quintas e foi posteriormente temperada para poder ser usada com diferentes instrumentos simultâneos e permitir tocar a mesma música em diferentes tons, mas nossa percepção música é bastante baseada em física/acústica/matemática
De modo simples como a divisão tonal chegou as 12 notas do sistema temperado. Com base na 5ª harmônica, que é considerada no sistema ocidental a consonância perfeita, sendo perfeitamente harmônica a conjunção de uma nota Tônica com a sua respectiva Quinta (dó com sol por exemplo), que está na proporção de 3/2 na escala de Pitágoras. Se sequenciar a partir de uma Nota Referencial chegando até a sua quinta, e depois a partir desta nota chegar a sua respectiva quinta e assim por diante, surge o que é chamado de Ciclo de Quintas, que tendo como referência a consonância perfeita a partir de cada nota referencial, contempla todas as 12 notas. e Aí considerando o Primeiro Principal Harmônico que o Rafael diz que é a oitava, matematicamente, se encaixa dentro desse intervalo de uma oitava a outra todas as doze notas musicais.
Primeiro pod cast onde o entrevistador realmente entende do assunto porque pod pah e flow ninguém merece
Não costumo dar like nos vídeos, mas esse mereceu. Rafael tem um conhecimento incrível.
Meio tom ,tem 24.7,hertz,, com o afinador perfeito, baiar no play store ,,tem como afinar em microtons ,,na verdade sei tudo sobre esse sistema, (alterado) depois de 15 anos estudando, etamos com uma escala pronta pro mercado 3 pilres : afinação,,campo harmônico e espaço ,,,pegamos 5 músicas ,,: sons exóticos, das pesquisas e colocamos no Spotify ( Marco Antônio ),microtonal tones ,,,música s : Amazônia ,Astronauta, Savana ,,
Essa foi a maior aula de musica que tive nos últimos 20 anos...Impagável....
Esse canal é demais, parabéns!
Bom demais rafa, tirando a parte da uniao entre ibericos e turcos, creio eu, me falta leitura, mas os microtons e semelhanças da música ispanica com a musica oriental, ven da aproximaçao ate mesmo geografica da peninsula iberica com o norte da africa, e peninsula iberica foi conquista pelos muçulmanos berberies arabzados do norte fa africa (geograficamente perto).
Existe essa disciplina de intersecção entre antropologia/sociologia e musicologia que foi aventada. Chama-se musicologia.
Estava pensando aqui, será que a percepção dos microtons não teria mais a ver com o fato de muitas línguas orientais serem tonais? Sendo assim, tanto a percepção quanto a produção dos sons da língua poderiam estar de alguma forma ligados à produção musical dessas culturas.
É apenas um ponto de vista de alguém formado em Letras e amante da música.
Vida longa ao Amplifica! 🤘🏻
Uma tremenda aula gratuita esse corte.
Toda a idade média utilizou os modos gregos, apenas na renascença é que surgiu as escalas maior e menor. As duas escalas em que nosso sistema musical esta baseado.
Que aula maravilhosa!
Parabéns.
Aprendendo muito eu ouço música árabe gosto muito.Otimo podcast
06:07 - na verdade são 9 comas dentro de 1 tom - originalmente o sustenido era + 5 comas e o bemol era - 5 comas. com o temperamento a divisão ficou exa/e no meio em 4,5 comas. e o sustenido e o bemol se juntaram em 1 nota só
Maravilhoso
Uma aula.
Obrigado Rafael.
Sim, é ruído branco - todas as frequências do espectro de áudio com a mesma intensidade.
14:07 - Rafa... Vc estava se referindo ao pedal point? Se for, eu falei bastante dele pra Pamela (Gaiguer) qdo tentamos montar aquele projeto juntos.
"O sistema oriental" é phoda hein...
Sabe muito! Que isso. Deu aula!
Uau, uma aula de história, parabéns.
Não manjo bosta nenhuma de música mas abri isso aqui pra tentar entender esse rolê kkk. Me interesso porque tomava um remédio (carbamazepina) que faz com que "pessoas japonesas e pessoas com ouvido absoluto" ouçam tons diferentemente (sim, isso é um efeito conhecido) e daí eu que sou bisneta de europeus (e só sei tocar mal My Heart Will Go On na flauta doce) mas ouço muita música japonesa desde criancinha senti MUITO isso. Amo guitarra distorcida e odeio percussão, já meu pai (que manja mais de técnica e tocava bateria no Carnaval) é o contrário. Acho engraçado kkk "o final feliz hoje é o dó maior" foi o melhor
muito boa aula conhecimento nunca e d+
Sensacional! Muito obrigado rafa!!!
Os meus ouvidos estão acostumados, é questão de ouvir muito mais que querer tocar, ouçam muito músicas do mundo todo, não se limitem a sua zona se conforto
Rafael é SINISTRO!
Conteúdo rico em detalhes.. arrisco a dizer que esse conteúdo é para poucos
Rafael é inteligente demais. Esse foi o melhor vídeo que eu curti
Onde que curte mais de uma vez? Cara, interessantíssimo!
Que aula maravilhosa,gostei muito
Excelente aula! parabéns !
Desculpe mas a afinação temperada é menos exata em termos dos harmônicos do que a afinação pitagórica. Essa aproximação foi feita para que todas as tonalidades ficassem iguais e possibilitar a harmonia como conhecemos hoje. Nós usamos as comas, veja os bends de guitarra, está na interpretação mas não na base do sistema.
bom, eu pensei nos meus estudos do violão (pai da guitarra elétrica ao meu entender) e realizei a seguinte pesquisa no google: "quem é o ancestral do violão?" - resposta em 1a instância é a seguinte (hoje) (apareceu citara romana também?!) : "O violão é um instrumento derivado do alaúde árabe, levado pelos mulçumanos para a península Ibérica e adaptando-se muito bem as atividades da corte;". Ou seja, embora o violão seja de origem, digamos não do ocidente (pensando na península Ibérica - Mouros), quem nasceu e viveu do lado ocidental aprecia mais os harmônicos estabelecidos no ocidente (talvez também inspirados no barroco {matemático do ponto de vista da física acústica} de Bach?)?
Orra!que aula!!!!
em Portugal tem muito da sonoridade árabe
excelente dialogo sobre historia da musica! parabens!
Que corte maravilhoso!