Racismo estrutural é osso, meu pai era negro, e tinha pensamento racistas, tipo, ele não curtia o cabelo crespo dele e sempre cortava bem baixo, ele dizia que era "feio"
Quando eu tinha 10 anos eu conheci o lanterna John Stewart e o Blade e aquilo foi algo muito legal ,pois eu vi que existiam heróis negros ,que no meio daqueles branquelos escalando paredes ou usando visão de raio x ,tinha espaço pra um herói negro e isso me deixou feliz pois eu via a minha cor nos desenhos
Pra mim o John Stewart é a prova que inclusão em adaptações é algo benigno. Quando pequeno, assistia o Liga da Justiça e sempre associei o Lanterna Verde com o John, tanto que quando descobri o Hal Jordan eu achava estranho, porque não era o herói que tava acostumado.
@@tariqbs4680 eu concordo contigo ,eu descobri o john nos quadrinhos ,e quando vi o desenho da liga me apeguei mais ainda ,o Hal é um bom personagem mais o John é melhor por várias coisas
@@josevinicius6908 eu conheci antes nas HQs dos meus irmãos ,mais o John é uma figura muito grande pois ele foi o primeiro heróis negro da DC e num cargo grande e lutando pelos direitos dos negros e isso é muito bom ,ele jamais escondeu o rosto por ser lanterna ele sempre mostrou o rosto e arcou com isso ,o John é um ótimo personagem
Ninguém nasce odiando o outra pessoa pela cor da pele ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se aprendem a odiar também podem ser ensinadas a amar. É uma questão também e educação e Cultura para as gerações mais novas e isso é muito falho no Brasil por isso o Brasil é um país sim infelizmente muito racista.
Lembrei daquele filme "a outra história americana" onde durante boa parte do filme, dá a entender que o protagonista é racista pq o pai dele foi morto por negros(já que parecia ser isso a justificativa), mas no final do filme tem um flashback, que mostra que o pai dele, cidadão de "bem" era um racista do krl, ou seja, o racismo era algo que era implementado desde do começo na casa dele, e a raiva dele com o ocorrido do pai dele, despertou um sentimento que tava guardado que era alimentado aos poucos...
@@achy6816i Infelizmente no Brasil é assim mesmo e é contraditório justamente porque o Brasil é um país que temos mistura. Mas infelizmente muitos brasileiros aprendem a ser racistas dentro de casa com os países e se for de uma família que tem dinheiro ai é pior ainda. Mas a luta continua e é diária. Infelizmente o Racismo no Brasil é velado e covarde. Porém estamos aqui pra lutar contra isso mesmo que seja pela vida toda
Os brancos de classe média alta com quem travei relações comerciais são racistas raiz..fazem questão de dizer: filha minha não tem amigos pretos e amigas pretas,apenas colegas de escola. Sintomático.Exemplo: Duda Reis e Nego do Borel, Valeria Valenssa & Hans Donner.
Falando pela ótica da Psicologia, o "Opressão Go" funciona muito pela própria necessidade humana de projetar no outro marcas que são suas. De sempre procurar um bode expiatório para toda e qualquer situação moral.
A mais ou menos uns 10 anos atrás eu tava andando na rua, junto com a minha irmã. Já era tarde e não tinha muita gente. Atravessando uma faixa de pedestre, um homem negro parou a gente e falou alguma coisa, eu assumi que aquela era uma situação de perigo e só dei qualquer resposta negativa automática e comecei a andar apressadamente. Dei dois passos e quando olhei pra trás, minha irmã tava dando as horas pra ele. Ele só tinha perguntado a hora. Mais recentemente, acho que esse ano, eu parei com o carro em um cruzamento pra esperar pra atravessar a rua. Vi um homem negro correndo e me assustei, procurei por alguma situação de perigo ao redor. Na verdade, como eu sempre soube, aquela era uma avenida que as pessoas usam comumente pra se exercitar, caminhar, correr, e era só isso que aquele homem tava fazendo. É meio que instintivo porque é estrutural, é como a gente aprendeu. Mas não é motivo pra gente olhar pra si mesmo e reconhecer que esse tipo de atitude não deve se repetir, olhar pra si mesmo e perceber que por mais conhecimento e acesso aos debates sobre racismo que nós possamos ter, o dedo sempre vai poder ser apontado na nossa direção.
Minha única experiência com a elite, foi quando eu fiz universidade (por alguns problemas eu não concluí). Esse elitismo, que muitas vezes presta tributo ao iluminismo, esclarecidamente despótico, faz mesmo isso, aponta falhas nos outros em vez de cumprir com uma agenda antirracista menos inquisitória. Sou preto e pobre (não sou retinto), no meu trabalho, meus colegas já disseram que eu sou branco, isso parece ter a ver com a educação acadêmica que tive, o que de certo modo só reforça o que eu coloquei acima. Eu trabalho como gari e nesse quase 1 ano de trabalho, tive que presenciar cada ato falho, quando estou no meio de meus amigos "acadêmicos".
Vou contar umas situações. Eu era pequeno e costumava ouvir uma música linda, de uma mulher com a voz doce, acompanhada pelo canto de passarinhos. Um dia meu pai me mostrou o clipe. Era a Minnie Riperton. Aquilo me decepcionou profundamente, e eu demorei anos pra conseguir voltar a ouvir Lovin’ you com o mesmo gosto de antes. Minhas referências estéticas sempre foram brancas, e pelos 24 anos eu tive uma crise de identidade quando percebi que eu tentava me ver como branco: eu tirava fotos em ângulos tentando esconder minhas narinas largas, diminuir os lábios, alisava o cabelo e usava muito filtro. Até a forma que eu me olhava no espelho era procurando me ver menos negro, atenuando certos traços. Foi um troço que me doeu, principalmente quando eu tomei consciência que eu não tinha controle sobre como me viam. Hoje eu lido muito bem com isso. Meus irmãos passaram por coisas parecidas. Sem falar nos casos de discriminação racial, como ser o único barrado na fila do banco, tendo que esvaziar bolsos pra poder entrar. Foi quando percebi que eu me arrumava todo pra ir ao banco, PRA NÃO CHAMAR ATENÇÃO, enquanto os brancos todos desleixados passavam batido. É um troço que constrói sua subjetividade e autopercepção.
Eu lembro que notei o racismo a primeira vez quando eu tinha uns 14 anos. Eu estava com meu irmão, que é negro, em uma loja de brinquedos. Uma funcionária começou a seguir a gente pelos corredores. Parou meu irmão e pediu para ele levantar a blusa e mostrar se estava escondendo algo. Eu estava com ele o tempo todo e ela não pediu pra eu levantar nada, nem desconfiou de mim. Eu não entendi exatamente o que aconteceu naquele instante. Mas ao contarmos essa história para a mãe dele, ela ficou irritada chamando a mulher de racista do car.... Nunca esqueci esse caso. Sei que depois foi notando o meu racismo estrutural também. Isso foi nos anos 2000. Pensar que as coisas não melhoram muito de lá pra cá é dolorido demais.
A luta contra o racismo no Brasil é sempre sobre os direitos individuais do negro , e nunca sobre os direitos coletivos dos negros. Infelizmente , isso mantém o racismo estrutural no país
Isso que dá parabenizar uma pessoa, no caso Zumbi, em vez de uma data que simboliza a luta pelos direitos, 13 de maio. Sobre está data, foi muito mais do que um canetada ou presente de uma princesa tonta, recomendo ler o maravilhoso "Flores, Votos e Balas" da Ângela Alonso, onde ela explica muito bem os autores fundamentais desse processo e as propostas políticas abolição e pôs abolição.
@@tariqbs4680mas não é "parabenizar" Zumbi; é um dia de memória por tudo que ele representou à resistência negra e luta contra os escravocratas. E mesmo que todo movimento abolicionista negro tenha sido fundamental para a assinatura da Lei Áurea, não coloca os negros como protagonistas, por isso não faz sentido o dia 13 de maio. É importante saber o que os movimentos negros discutiram sobre isso.
@@tariqbs4680 o Zunbi não é santo não mano ,se não me engano ele Tb escravizava os negros tbm mesmo sendo de mesma cor ,eu vi sobre isso em algun lugar ,mas ele não deveria ser considerado herói e nem símbolo
Quando eu era pequeno tbm estranhava muito personagens negros, inclusive, eu realmente ficava chateado quando alguém dizia que eu era negro... Imagina você fazer parte de uma linhagem inteiramente afro, e ter estranhamento com as suas origens. Isso durou até eu ver vários personagens incríveis negros, como o Cyborg do desenho dos Jovens Titãs, ou o Uub do Dragon Ball Gt. Fora os mais manjados, como Laterna verde ou o Super Choque. É estranho imaginar que esse racismo estrutural também afeta pessoas negras, pessoas que negam suas raízes, que tentam esconder seu cabelo e etc...
O mesmo comigo, quando era pequeno até chorei quando me disseram que era negro, e aos 14 quando comecei a sair sozinho de casa e ir pra outros lugares sem ser a periferia vi que tava muito longe de ser branco
Na minha infância, lembro muito do Super Choque, do Lanterna Verde do Jonh Stewart e, não é exatamente quadrinhos, mas a Número 5 da Turma do Bairro. Gostava muito de todos esses personagens...
Melhor reflexão que já vi sobre o tema até hoje. Inclui aí todo tipo de preconceito estrutural, como o machismo, homofobia e outros. Se encaixa perfeitamente.
Essa sua primeira história me lembrou um momento da minha vida em que um filho de uma amiga da minha mãe tentou fazer amizade comigo quando eu era muito pequeno (7-8 anos) me incomodava o fato dele ser negro no primeiro momento, mas depois acabei deixando isso de lado, e construimos uma amizade incrivel, hoje considero um dos meus melhores amigos e o grande pivô para me tornar uma pessoa melhor nesse sentido, por mais que eu e ele nunca debatemos sobre Grande beto meu faixa
A última história me lembrou do final de um filme: o francês “Entre os muros da escola”, de 2008 (dirigido por Laurent Cantet). Dando um spoiler necessário aqui para desenvolver meu raciocínio - trata-se do momento em que o professor escuta de sua aluna, a última delas, que ela não aprendeu nada, que todo o seu esforço de educador de nada serviu. Creio que, como professor também, entendo bem o sentido de sua última história, de como é difícil perceber que nossa atuação, em que pese todas as nossas boas intenções e formação, serve para bem pouco diante do fato essencial de nossa sociedade, o fato que precisa ser mudado com urgência: a sua injustiça, ampla, irrestrita, total. E no caso do racismo estrutural, isso se torna ainda mais desesperador…
Uma vez o Ferrez falou, : "Somos todos racistas e homofóbicos em desconstrução!" E, aparentemente, ele está certo. Embora, infelizmente, alguns estão construindo...
eu concordo com essa frase pq mesmo a gnt evitando nós ás vezes construimos estereótipos de um certo grupo, é bom a gente tentar reconhecer nossos demônios pra melhorarmos como pessoa, pq ás vezes existe ali escondido um preconceito e a gnt nem sabe
Pois é, a categorização, a generalização e outros atalhos evolutivos que um dia foram importantes para nossa sobrevivência, nos trouxeram até aqui. Esses componentes ajudam a explicar muitas de nossas tendências, mas não justificam nenhum tipo de preconceito, porque como a própria palavra já entrega, é uma ideia fragmentada. Somos todos preconceituosos, racistas, machistas, especistas etc., e a luta contra essas disposições naturais, em nós mesmos e tudo que vem de nós, tem de ser feita no dia a dia, de maneira consciente, constante. Força para todos nós, porque ou vamos todos juntos ou não vamos. :(
Alexandre, vc já fez algum vídeo sobre a política de embranquemento no Brasil? Tem algum quadrinho que trata da migração europeia pra cá que aconteceu logo na época da promulgação da lei áurea? Se não fez, ficaria muito feliz q vc fizesse. Forte abraço!
Essa última história foi bem forte. É incrível como a nossa educação sofre pra se tornar inclusiva, mas isso já era esperado justamente pela dose de racismo (e classismo) que todos nós carregamos em nossas relações sociais.
Bom vídeo para nos fazer refletir. A "redução" do racismo virá de um processo revolucionário, de qualquer outro modo é só "fa(e)lação". Difícil demais até "conscientizar" os mais próximos sobre este problema. É sempre tratado com algum nível absurdo de "normalidade".
Interessante sua honestidade em contar a sua experiência. Louvável até. Creio que deve inspirar outros a serem conscientes do seu papel como cidadãos de bem (no sentido real e não deturpado que a gente tem visto com tanta frequência nesses tempos). Me enche de esperança ver que têm pessoas como você, sendo tão franco sobre diversos assuntos. Conheço pouco o seu canal e este é o terceiro vídeo que eu vejo, mas estou curtindo bastante o conteúdo.
Eu reconheço que meus pais que me ensinaram a ter preconceito com algumas coisas, pelos meus 12 anos d idade eu tinha um preconceito com gays, lgbts no geral mas mais homens com homens, e depois de crescer um pouco ali pelos meus 14, 15, eu me descobri bissexual, aquele preconceito veio dos meus pais dizendo que era errado dois homens juntos e tals, que era nojento.
Creio que seria MUITO válido mencionar exemplos práticos de como esta auto revisão ppde de fato levar à efetivas mudanças. Entendo plenamente o valor da reflexão expressa em seu vídeo, mas ela DEMANDA mais. Felizmente há pessoa cono você que promovem esta conversa, mas passamos do ponto em que somente isso já seja o suficiente.
Quando criança eu participei de uma espécie de "baile do ABC" da escola, uma escola que mesmo de vila, pequena e bem modesta fez com que o meu par fosse uma menina que eu nunca tinha visto, provavelmente uma estudante da mesma escola mas do turno da manhã, a menina era linda, uma menina negra vestida de branco, eu a rejeitei sem saber ao certo o porquê e os adultos riram e fingiram que não tinha nada a ver com o tom de pele dela, para piorar trocaram o meu par me colocando com a menina mais branca e de olhos claros que eu já tinha visto até então, foi como uma lição da vida pois a tal menina branca não era uma menina feia, mas talvez por conta do vestido que deixava ela ainda mais branca e por conta dos seus olhos grandes e claros como se ela estivesse sempre assustada me fizeram dançar com desconforto todo o tempo, acho que essa situação me influenciou muito porque desde a minha adolescência que eu tenho consciência de que eu não acho muito bonito olhos claros e tenho um certo fascínio por olhos escuros.
Meu pai tbm é racista, Alexandre. Já cansei de brigar.. E toda vez q vou apelar com ele pego Maus e releio.. Fico mais tolerante com o intolerante. Na minha infância eu era 0% racista.. Aos 8, 9 anos adorava assistir o Cyborg nos Superamigos e ler as histórias do Pantera Negra em Superaventuras Marvel. O problema é q ao envelhecer o racismo sistêmico te joga em várias armadilhas diárias...
Comigo aconteceu com o spawn. Quando eu vi que por baixo da quela roupa de capa, máscara e visual de cara fodão do inferno. Era um cara negro. Aí, eu me questionei, pô! Poderia ser um cara branco!. Foi nos anos noventa, e eu tinha dez anos mais ou menos. Isso, infelizmente é do ser humano, que com o amadurecimento. Nós vamos aprendendo e deixando de lado. Deixando de fazer, de ser assim. Hoje, eu tenho uma outra opinião. De que tudo é como deve ser. Isso é fato. Bem, tô dando a cara a tapa também, fui racista sim, e nem sabia o que isso era, que isso existia. Obrigado! Valeu e um forte abraço!.
Acho que eu só tive um contato maior com as HQs da DC/Marvel quando eu conheci a Vixen ( Tem o Noturno, Mística, Mutano, mas são azuis e verde e eu não sou azul e verde ) eu me senti representado(a) ( era garoto na época ), fora outros heróis que fui conhecendo. E uma heróina/vilã que achava incrível ( aí eu já tinha 13 anos ) foi a Mística devido os poderes de transmutação. Eu amava ver ela assumindo formas diferentes, tipo, me identifiquei na hora com ela. E é a Mística do X-Men Evolution e só com 18 anos eu fui conhecer ela nas HQs. E espero também que mais heróis negros apareçam e ganhem bastante destaque ( Tipo o Blade do UCM, Phastos, etc ) e que venham mais quadrinhos com REPRESENTATIVIDADE. O preconceito e a ignorância são os maiores males da nossa sociedade. Eu mesmo tenho de fazer a minha TH e ser mort* apenas por eu ser diferente ou ser rejeitada pela família/amigos. E eu chamaria de Demonização Estrutural também, pois emcima estão os "iluminados" e os que estão embaixo são os "trevosos".
Esses dias eu vendo a novela com minha mãe e uma cena curiosa da burguês q destratou o motorista q não levou seu estojo de maquiagem, aí o namorado dela tenta dar uma segurada nela e ela diz algo de q ele errou na entrada e saída (não entendi muito isso pq não tvs acompanhando a novela e só vi essa cena), após ela dizer isso o namorado disse q ela estava sendo racista e eu não entendi pq só achei a atitude dela arrogante e nojenta q seria feita q qualquer pessoa de nível abaixo do dela, por ser um empregado dela pobre e não um negro. Curiosamen eu tvs lendo a Edição Definitiva do Homem Aranha 5, na pág. 128 e q uma situação qse igual em q J.J. Jameson chega dizendo p subalterno dele q tal matéria tratou Homem Aranha como herói e q não se repetisse pq quem paga o salário dele é o Sr. Jameson.. aí, o filho desse subalterno, negro como o pai, tratou de chamar o J.J. Jameson de rascista e logo o pai dele o corrigiu dizendo q ele não era rascista mas um idiota obcecado pelo Homem Aranha e alertou seu filho q não pq J. Jameson ser branco q é racista e q a luta racial não vai chegar a lugar algum se não reconheceremos o verdadeiro inimigo.. achei isso bem interessante e pertinente aos dias de hje, onde comparei com uma novela q só queria lacrar... A patricinha da novela tratou mal o cara pq é pobre e empregado dela, não por ser negro.. tô achando errado esse caminho q o racismo vem tomando.
Eu, enquanto branco e professor, procuro sempre trabalhar uma educação antirracista e apresentar autores e todo universo da cultura negra e afro-brasileira para os meus alunos. É o mínimo. É preciso resgatar e expor o que há de melhor do Brasil.
@@lionsp4919 releia o que eu escrevi: "é preciso resgatar e expor o que há de melhor do Brasil". Disso não se segue que "só a cultura afro brasileira forma o melhor do Brasil."
Infelizmente todos nós somos racistas, até os próprios negros. No Togo, por exemplo, as mulheres pretas estao clareando a pele porque os homens pretos de lá supostamente tendem a procurar mulheres pretas da pele clara ou mulheres brancas. Se isso acontece na África, é porque a situacao tá BEM complicada mesmo.
Quando criança eu nunca me senti bem com personagens de filmes negros, não sei porque a forma que era retratado, era só como bandido ou puta, mas um dia tava assistindo Matrix e vi personagens negros e protagonistas, mudou muito minha visão, eu me identifiquei pra caraca. Amava a Niobe, fora que as personagens mulheres não eram tão femininas, foi a primeira vez que me senti confortável em ver negros em um filme/ novela e não me sentir mal. Lembro que na escola particular (leia-se de brancos) que eu estudava, passou cidade de deus, e foi o começo de um inferno de racismo e bullying na minha vida, e depois de anos é difícil de esquecer essas merdas.
Sou mais velho que você, mais novo que seu pai, fui criado pelos meus avós, que conviveram com muitos ex escravos!!! O meu avô teve escravos brancos no início do século passado no Líbano, ou seja não tinha a obrigatoriedade do escravo ser negro. Fora isso o que eu descobri é que em árabe lado do meu pai, e em espanhol lado da minha mãe, mesmo falando em português soltavam, Abid/Morocho palavras depreciativas ao falar dos negros, ouvi coisas, “não faça trabalhos domésticos pois Deus fez as negrinhas pra isso!” ,” O homem que chora, a mulher que não chora, e o negro cortês…O Diabo leva os Três!!! Sou o primeiro da minha família a não ter empregadas domésticas, sempre tiveram no mínimo duas, minha mãe teve três em um apartamento de três dormitórios!!! A cultura da senzala, foi suplantada pelo salário baixo, o escravo tinha que ser alimentado, vestido e cuidado pelo Dono, hoje o patrão dá um terço do que precisa, o Capitão Do Mato, viraram aplicativos Como Uber, Ifood,… Fazem o cara entregar a comida sem, estar alimentando, e alugar as ferramentas de trabalho… e o “racismo” foi extendido aos pobres e sem estudo.
Lembrei de um amigo mais jovem que não lia hqs mas gostava do desenho animado da Liga da Justiça. Certa vez ele pegou pra folhear um gibi meu e exclamou: "Que estranho! O Lanterna Verde branco. Nada a ver!"
@@lionsp4919 Nossa! É sério que o Hal é mais antigo??? Não brinca!!!! Cara, sabe interpretar texto? Eu especifiquei no texto que o amigo em questão é mais jovem e só conhecia o personagem pelo desenho animado mais recente da Liga, logo, ele não sabe do Hal. Tá claro! Tenta pensar antes de comentar merda.
Cuidado pra esse olhar pro próprio racismo não virar uma desculpa pra sair minando os legítimos movimentos para mudar exatamente esse racismo estrutural. São muitos os q falam q estão lidando com o próprio racismo e ficam detonando a luta contra o racismo, talvez pra justificar seu próprio racismo...
TB fui criada em uma família muito racista. Por parte de mãe, vem a herança romena. Não importa que vieram para cá pq estavam passando fome, os brasileiros eram os "nativos" e vivíamos entre nós, na colônia em SP, que unia eslavos de todos os cantos. Por parte de pai, um poço de racismo, mesmo sendo ele descendente de índio (e nem um pouco bem recebido na colônia). Ainda luto contra essa herança. Acho que estou ganhando. Quando fiz o mestrado na USP, fosse qualquer crédito que eu escolhesse na ECA ou até aluna ouvinte em outros institutos, sabe quantos negros encontrei? ZERO. E estávamos já em 2003
Excelente vídeo! Adorei ouvir suas histórias, o fato delas serem contadas de forma nua e crua é um alívio, pois a romantização desse assunto mais atrapalha do que ajuda. Gostaria de acrescentar que sempre que nós ouvimos a expressão "racismo estrutural", devemos nos lembrar de que essa tal estrutura é o capitalismo, que contamina de forma sistemática toda a sociedade, fazendo com que ela seja brutalmente desigual.
Em um vídeo seu, você falou sobre um livro que se nós fôssemos ler, chamaríamos o conservadorismo no Brasil de comunismo. Poderia me falar o nome? Não lembro o nome do livro e do vídeo que você falou.
Notas sobre a revolução Francesa, Edmund Burke. E você confundiu, ele disse que os "conservadores" brasileiros chamariam o Burke de comunista ao ler o livro, sendo que o livro é a origem do conservadorismo.
Minha mãe é negra. Eu cresci em um prédio de Cohab, onde 70% dos moradores são negros. Meus amigos são, em sua maioria, negros. E vez ou outra ainda sou obrigado a ouvir de algum branquinho de condomínio fechado que eu sou racista. E muitas vezes ainda vejo negros me chamando de racista ou, quando participo de alguma coisa/evento relacionado à cultura negra, dizem que estou "tirando o protagonismo". É a chatice da falta de louça pra lavar que faz a pessoa acordar pensando sobre o que ela vai reclamar na internet hoje.
Um homem de 70 anos que você já acha que tem a cabeça feita e nunca vai mudar chegar para você e falar que não quer mais ser racista... Isso é de uma força tremenda. 4:10 Essa foi a melhor crítica ao progressismo que eu já vi, sem mais. Eu frequento o meio progressista, por mais que as intenções a primeiro momento sejam boas, infelizmente o ego é muito grande.
@@juliijuli Mas ae é que tá, um pardo se auto intitular como negro, pode ter risco de ser zoado por alguns negros, eu mesmo me identifico como pardo, mesmo sendo filho de um homem negro(que foi casado com uma mulher branca) tenho cabelo crespo, mas eu me identifico como pardo mesmo, pra evitar gente enchendo meu saco, já que existe fiscal.
Eu até concordo com a parte que disse da cota, mas não concordo com cota racial e sim por classe social, eu sei que a maioria das pessoas que são faveladas são negras mas nem todo negro é pobre Quem quiser me xingar fica avontade
Não tô sendo mentiroso ou coisa do tipo, mas desde pequeno nunca me incomodei por x ou y personagem ser negro e amava assistir Super Choque e amava a Tempestade dos X-Men descendo dos céus naquele redemoinho. Mas talvez isso se deve ao fato da minha educação ter sido diferente, e sempre tive algo passado pra mim de tratar todos como iguais desde o gari até o político mais burguês da terra. Sou de família humilde e não nasci em berço de ouro ou coisa do tipo, apesar de nunca passar fome na vida, a condição dos meus pais por um tempo sempre foi meio apertada e em outros um pouco mais confortável. Digamos também que... as únicas implicações que minha família realmente leva como tradição são valores morais como verdade, humildade, igualdade, e bondade. Se você foi verdadeiro e de igual com o outro? Então para minha família você foi justo. Se foi bondoso com alguém em condição mais desfavorável que a sua financeiramente ou de saúde? Então você foi virtuoso. E sim, eu sei que isso é até meio aristocrático, mas parte da minha família é branca e outra parda, então isso se explica.
Confesso(olha a escolha de palavra já) que tenho muita dificuldade de largar dessa culpa cristã quanto ao racismo. Talvez por ter uma formação de Testemunha de Jeová, mas tem sempre isso acho que atrapalhando qualquer ação mais direta, quase um vitimismo as avessas.
Cara, eu fico muito incomodado com essa galera q se acha os donos da verdade, apontam o dedo pra todo mundo como se a vida fosse um eterno "nós contra eles". A vida é bem mais complexa.
Vídeo corajoso, com uma autocrítica que pode ser estendida para o machismo, homofobia, preconceito de classe... Enfim, somos seres bem imaturos, complicados e confusos...
Meu pai era racista e quando eu fazia alguma merda ele me xingava, " esse nego nunca levou uma surra", minha mãe nunca permitiu que ele me batesse como ele fazia com meus irmãos mais velhos, lá em casa todos eram brancos menos a mais velha e eu o caçula. As vezes eu mesmo me pego dizendo alguma coisa racista não momentos de raiva, mas costumo me policiar também pra não ser como ele era, que era fruto da ignorância, pois nem ler sabia.
Como vocês brasileiros tendo uma parte dos pais negros, não se vêem assim. Engraçado o alemão e o italiano sabem quem é negro e quem não. O europeu sabe da sua ancestralidade mesmo uma família pobre! O asiático sabe da sua ancestralidade! Agora o NEGRO ?! Difícil
Ótimo tocar nesses assuntos, ainda mais quando o público é majoritariamente branco. Acho que podemos aprofundar ainda mais esse debate, há coisas que você pincelou e que podem ser problematizadas - talvez trazer leituras e pessoas que pesquisam sobre o tema. Sei que você já trouxe questões sobre raça, gênero e classe no canal, mas é bom afirmar que não devemos ficar reféns de uma data "comemorativa" para debatermos, ou "darmos voz" para alguma questão/ grupo social. Nosso país foi construído na base da violência e da exploração de determinadas camadas sociais e, se queremos nos tornar um país com um mínimo de equidade, é importante sempre nortearmos nossas discussões visando reparações para esses problemas. No mais, sem biscoito para você, debater esses temas não é nada mais que uma obrigação.
Falar em biscoito é um tanto injusto, não acha? Como tu mesmo falaste, toco nesses assuntos direto, não espero data "comemorativa", tampouco alieno esses assuntos (como se houvesse o momento de falar de gibi e o momento de falar de questões raciais). Esse vídeo foi feito agora justamente porque ele trata sobre uma postura comum no dia da consciência negra, logo, nada mais apropriado que saia próximo do dia da consciência negra, não?
@@QuadrinhosNaSarjeta Oi meu caro, vamos lá. O processo de entender essas opressões, discriminações, violências, explorações e, para além, de nos situarmos no meio disso tudo é bastante lento e doloroso pois nos coloca diante de contradições, toca feridas que nunca cicatrizam e nos força a estudar autores e teorias que nos atacam diretamente. Pior, esse processo normalmente é relegado a pessoas não brancas apenas, quando na verdade deveriam ser pessoas brancas as principais interessadas em entender e se colocar diante dessas questões que ferem e expõem a vergonha. Por isso que eu digo que quando uma pessoa branca vem a público assumir sua parcela de culpa, não posso sair na rua soltando rojão e comemorando, como se fosse a final da libertadores com o Corinthans campeão. Não espere meus parabéns, mesmo que eu fique feliz de ver uma pessoa que eu admiro apontando problemas que eu sinto na pele. Além do mais, não concordo com tudo que você disse, mas ai é papo para outro espaço... (e você é um provocador nato, de vez em quando é bom te ver sendo provocado hahaha) Abraços
Uma coisa que me incomoda muito na luta contra o racismo são as pessoas que acreditam que racismo só acontece com negros ou pessoas de pele escura, mas para mim acontece com qualquer etnia existente no mundo.
Esses dias estava me perguntando, os maiores roteiristas e desenhistas de quadrinhos que eu tanto admiro e ouço falar como, Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller, Todd McFarlane, Grant Morrison, são brancos, mas onde estão os artistas negros do mesmo? Você até fez uma provocação de um que tinha que se esconder para ser aceito, mas se tiver artistas além desses que hoje não são visíveis, onde estão? É triste perceber a invisibilidade dos negros em alguns cantos da arte.
O saudoso Dwayne McDuffie,Denys Cowan,os caras da Milestone Media..Hardware,Icon,Super Choque..David Kirkman um cineasta independente fez uma releitura do Super Choque..Dakota Chronicle's.
Racismo estrutural tem esse hype também: teoria academicista, culpam o passado constante, tem peso sólido no presente. Vomitam a tese do escapamento de sofrimento, " você não sabe o que é sofrer". Um afro pardo de 2021 não sofre 1% que um escravo sofria no século XIX. Vocês gostam de rotular, mas não querem ser rotulados. Do alto de suas " intelectualidades". Vocês são hipócritas.
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Racismo estrutural é osso, meu pai era negro, e tinha pensamento racistas, tipo, ele não curtia o cabelo crespo dele e sempre cortava bem baixo, ele dizia que era "feio"
Quando eu tinha 10 anos eu conheci o lanterna John Stewart e o Blade e aquilo foi algo muito legal ,pois eu vi que existiam heróis negros ,que no meio daqueles branquelos escalando paredes ou usando visão de raio x ,tinha espaço pra um herói negro e isso me deixou feliz pois eu via a minha cor nos desenhos
Pra mim o John Stewart é a prova que inclusão em adaptações é algo benigno. Quando pequeno, assistia o Liga da Justiça e sempre associei o Lanterna Verde com o John, tanto que quando descobri o Hal Jordan eu achava estranho, porque não era o herói que tava acostumado.
Liga da Justiça né ?!
Eu também conheci o John ali e sempre achei ele foda demais, aquele desenho era perfeito.
@@tariqbs4680 eu concordo contigo ,eu descobri o john nos quadrinhos ,e quando vi o desenho da liga me apeguei mais ainda ,o Hal é um bom personagem mais o John é melhor por várias coisas
@@josevinicius6908 eu conheci antes nas HQs dos meus irmãos ,mais o John é uma figura muito grande pois ele foi o primeiro heróis negro da DC e num cargo grande e lutando pelos direitos dos negros e isso é muito bom ,ele jamais escondeu o rosto por ser lanterna ele sempre mostrou o rosto e arcou com isso ,o John é um ótimo personagem
@@hieikuro4896 Pode crer 👍🏻
Ninguém nasce odiando o outra pessoa pela cor da pele ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se aprendem a odiar também podem ser ensinadas a amar. É uma questão também e educação e Cultura para as gerações mais novas e isso é muito falho no Brasil por isso o Brasil é um país sim infelizmente muito racista.
Lembrei daquele filme "a outra história americana" onde durante boa parte do filme, dá a entender que o protagonista é racista pq o pai dele foi morto por negros(já que parecia ser isso a justificativa), mas no final do filme tem um flashback, que mostra que o pai dele, cidadão de "bem" era um racista do krl, ou seja, o racismo era algo que era implementado desde do começo na casa dele, e a raiva dele com o ocorrido do pai dele, despertou um sentimento que tava guardado que era alimentado aos poucos...
@@achy6816i
Infelizmente no Brasil é assim mesmo e é contraditório justamente porque o Brasil é um país que temos mistura.
Mas infelizmente muitos brasileiros aprendem a ser racistas dentro de casa com os países e se for de uma família que tem dinheiro ai é pior ainda.
Mas a luta continua e é diária.
Infelizmente o Racismo no Brasil é velado e covarde.
Porém estamos aqui pra lutar contra isso mesmo que seja pela vida toda
Os brancos de classe média alta com quem travei relações comerciais são racistas raiz..fazem questão de dizer: filha minha não tem amigos pretos e amigas pretas,apenas colegas de escola. Sintomático.Exemplo: Duda Reis e Nego do Borel, Valeria Valenssa & Hans Donner.
O ser humano tem Naturezas ambíguas,vai depender muito doque o ambiente incentiva
Falando pela ótica da Psicologia, o "Opressão Go" funciona muito pela própria necessidade humana de projetar no outro marcas que são suas. De sempre procurar um bode expiatório para toda e qualquer situação moral.
A mais ou menos uns 10 anos atrás eu tava andando na rua, junto com a minha irmã. Já era tarde e não tinha muita gente. Atravessando uma faixa de pedestre, um homem negro parou a gente e falou alguma coisa, eu assumi que aquela era uma situação de perigo e só dei qualquer resposta negativa automática e comecei a andar apressadamente. Dei dois passos e quando olhei pra trás, minha irmã tava dando as horas pra ele. Ele só tinha perguntado a hora.
Mais recentemente, acho que esse ano, eu parei com o carro em um cruzamento pra esperar pra atravessar a rua. Vi um homem negro correndo e me assustei, procurei por alguma situação de perigo ao redor. Na verdade, como eu sempre soube, aquela era uma avenida que as pessoas usam comumente pra se exercitar, caminhar, correr, e era só isso que aquele homem tava fazendo.
É meio que instintivo porque é estrutural, é como a gente aprendeu. Mas não é motivo pra gente olhar pra si mesmo e reconhecer que esse tipo de atitude não deve se repetir, olhar pra si mesmo e perceber que por mais conhecimento e acesso aos debates sobre racismo que nós possamos ter, o dedo sempre vai poder ser apontado na nossa direção.
Minha única experiência com a elite, foi quando eu fiz universidade (por alguns problemas eu não concluí). Esse elitismo, que muitas vezes presta tributo ao iluminismo, esclarecidamente despótico, faz mesmo isso, aponta falhas nos outros em vez de cumprir com uma agenda antirracista menos inquisitória. Sou preto e pobre (não sou retinto), no meu trabalho, meus colegas já disseram que eu sou branco, isso parece ter a ver com a educação acadêmica que tive, o que de certo modo só reforça o que eu coloquei acima. Eu trabalho como gari e nesse quase 1 ano de trabalho, tive que presenciar cada ato falho, quando estou no meio de meus amigos "acadêmicos".
Vou contar umas situações.
Eu era pequeno e costumava ouvir uma música linda, de uma mulher com a voz doce, acompanhada pelo canto de passarinhos. Um dia meu pai me mostrou o clipe. Era a Minnie Riperton. Aquilo me decepcionou profundamente, e eu demorei anos pra conseguir voltar a ouvir Lovin’ you com o mesmo gosto de antes.
Minhas referências estéticas sempre foram brancas, e pelos 24 anos eu tive uma crise de identidade quando percebi que eu tentava me ver como branco: eu tirava fotos em ângulos tentando esconder minhas narinas largas, diminuir os lábios, alisava o cabelo e usava muito filtro. Até a forma que eu me olhava no espelho era procurando me ver menos negro, atenuando certos traços. Foi um troço que me doeu, principalmente quando eu tomei consciência que eu não tinha controle sobre como me viam. Hoje eu lido muito bem com isso. Meus irmãos passaram por coisas parecidas.
Sem falar nos casos de discriminação racial, como ser o único barrado na fila do banco, tendo que esvaziar bolsos pra poder entrar. Foi quando percebi que eu me arrumava todo pra ir ao banco, PRA NÃO CHAMAR ATENÇÃO, enquanto os brancos todos desleixados passavam batido. É um troço que constrói sua subjetividade e autopercepção.
Eu lembro que notei o racismo a primeira vez quando eu tinha uns 14 anos. Eu estava com meu irmão, que é negro, em uma loja de brinquedos. Uma funcionária começou a seguir a gente pelos corredores. Parou meu irmão e pediu para ele levantar a blusa e mostrar se estava escondendo algo. Eu estava com ele o tempo todo e ela não pediu pra eu levantar nada, nem desconfiou de mim. Eu não entendi exatamente o que aconteceu naquele instante. Mas ao contarmos essa história para a mãe dele, ela ficou irritada chamando a mulher de racista do car....
Nunca esqueci esse caso.
Sei que depois foi notando o meu racismo estrutural também.
Isso foi nos anos 2000. Pensar que as coisas não melhoram muito de lá pra cá é dolorido demais.
A luta contra o racismo no Brasil é sempre sobre os direitos individuais do negro , e nunca sobre os direitos coletivos dos negros.
Infelizmente , isso mantém o racismo estrutural no país
Isso que dá parabenizar uma pessoa, no caso Zumbi, em vez de uma data que simboliza a luta pelos direitos, 13 de maio. Sobre está data, foi muito mais do que um canetada ou presente de uma princesa tonta, recomendo ler o maravilhoso "Flores, Votos e Balas" da Ângela Alonso, onde ela explica muito bem os autores fundamentais desse processo e as propostas políticas abolição e pôs abolição.
@@tariqbs4680mas não é "parabenizar" Zumbi; é um dia de memória por tudo que ele representou à resistência negra e luta contra os escravocratas. E mesmo que todo movimento abolicionista negro tenha sido fundamental para a assinatura da Lei Áurea, não coloca os negros como protagonistas, por isso não faz sentido o dia 13 de maio. É importante saber o que os movimentos negros discutiram sobre isso.
Menos Joaquim Nabuco e mais olhares para José do Patrocínio.
111 anos depois a Marinha Brasileira mantém o ranço racista contra João Cândido...Cristalizado.
@@tariqbs4680 o Zunbi não é santo não mano ,se não me engano ele Tb escravizava os negros tbm mesmo sendo de mesma cor ,eu vi sobre isso em algun lugar ,mas ele não deveria ser considerado herói e nem símbolo
Quando eu era pequeno tbm estranhava muito personagens negros, inclusive, eu realmente ficava chateado quando alguém dizia que eu era negro... Imagina você fazer parte de uma linhagem inteiramente afro, e ter estranhamento com as suas origens.
Isso durou até eu ver vários personagens incríveis negros, como o Cyborg do desenho dos Jovens Titãs, ou o Uub do Dragon Ball Gt. Fora os mais manjados, como Laterna verde ou o Super Choque. É estranho imaginar que esse racismo estrutural também afeta pessoas negras, pessoas que negam suas raízes, que tentam esconder seu cabelo e etc...
O mesmo comigo, quando era pequeno até chorei quando me disseram que era negro, e aos 14 quando comecei a sair sozinho de casa e ir pra outros lugares sem ser a periferia vi que tava muito longe de ser branco
Na minha infância, lembro muito do Super Choque, do Lanterna Verde do Jonh Stewart e, não é exatamente quadrinhos, mas a Número 5 da Turma do Bairro. Gostava muito de todos esses personagens...
Melhor reflexão que já vi sobre o tema até hoje. Inclui aí todo tipo de preconceito estrutural, como o machismo, homofobia e outros. Se encaixa perfeitamente.
Essa sua primeira história me lembrou um momento da minha vida em que um filho de uma amiga da minha mãe tentou fazer amizade comigo quando eu era muito pequeno (7-8 anos) me incomodava o fato dele ser negro no primeiro momento, mas depois acabei deixando isso de lado, e construimos uma amizade incrivel, hoje considero um dos meus melhores amigos e o grande pivô para me tornar uma pessoa melhor nesse sentido, por mais que eu e ele nunca debatemos sobre
Grande beto meu faixa
Como diria um antigo provérbio oriental: Antes de mudar o mundo, dê três voltas em torno de sua casa.
A última história me lembrou do final de um filme: o francês “Entre os muros da escola”, de 2008 (dirigido por Laurent Cantet). Dando um spoiler necessário aqui para desenvolver meu raciocínio - trata-se do momento em que o professor escuta de sua aluna, a última delas, que ela não aprendeu nada, que todo o seu esforço de educador de nada serviu. Creio que, como professor também, entendo bem o sentido de sua última história, de como é difícil perceber que nossa atuação, em que pese todas as nossas boas intenções e formação, serve para bem pouco diante do fato essencial de nossa sociedade, o fato que precisa ser mudado com urgência: a sua injustiça, ampla, irrestrita, total. E no caso do racismo estrutural, isso se torna ainda mais desesperador…
Esse filme é altamente recomendável, boa lembrança!
Uma vez o Ferrez falou, : "Somos todos racistas e homofóbicos em desconstrução!"
E, aparentemente, ele está certo.
Embora, infelizmente, alguns estão construindo...
nao,todo mundo nao
eu concordo com essa frase pq mesmo a gnt evitando nós ás vezes construimos estereótipos de um certo grupo, é bom a gente tentar reconhecer nossos demônios pra melhorarmos como pessoa, pq ás vezes existe ali escondido um preconceito e a gnt nem sabe
@@Dianus_Asterius boa!
Sem consciência de classe, nada muda.
Racismo, sexismo, homofobia, transfobia são estruturais temos que aprender a sermos cada vez menos preconceituosos e desprezíveis com o tempo
Fala Sarjeta!
Rapaz, como eu gosto do seu canal. Não é pura e simplesmente sobre quadrinhos, é sobre sociedade.
Excelente trabalho!
Forte abraço!
Pois é, a categorização, a generalização e outros atalhos evolutivos que um dia foram importantes para nossa sobrevivência, nos trouxeram até aqui. Esses componentes ajudam a explicar muitas de nossas tendências, mas não justificam nenhum tipo de preconceito, porque como a própria palavra já entrega, é uma ideia fragmentada. Somos todos preconceituosos, racistas, machistas, especistas etc., e a luta contra essas disposições naturais, em nós mesmos e tudo que vem de nós, tem de ser feita no dia a dia, de maneira consciente, constante. Força para todos nós, porque ou vamos todos juntos ou não vamos. :(
Alexandre, vc já fez algum vídeo sobre a política de embranquemento no Brasil? Tem algum quadrinho que trata da migração europeia pra cá que aconteceu logo na época da promulgação da lei áurea? Se não fez, ficaria muito feliz q vc fizesse. Forte abraço!
Essa última história foi bem forte. É incrível como a nossa educação sofre pra se tornar inclusiva, mas isso já era esperado justamente pela dose de racismo (e classismo) que todos nós carregamos em nossas relações sociais.
Seu canal é sensacional. Parabéns.
Bom vídeo para nos fazer refletir. A "redução" do racismo virá de um processo revolucionário, de qualquer outro modo é só "fa(e)lação". Difícil demais até "conscientizar" os mais próximos sobre este problema. É sempre tratado com algum nível absurdo de "normalidade".
👉🏼 A mão que aponta os equívocos alheios é a mão boba da hipocrisia, pois aponta para o outro um dedo, enquanto mantém três voltados para si.
Excelente ponto ao falar sobre a educação no vídeo também.
Passei por um caso faz uns 11 anos, mas paciência...
Interessante sua honestidade em contar a sua experiência. Louvável até. Creio que deve inspirar outros a serem conscientes do seu papel como cidadãos de bem (no sentido real e não deturpado que a gente tem visto com tanta frequência nesses tempos). Me enche de esperança ver que têm pessoas como você, sendo tão franco sobre diversos assuntos. Conheço pouco o seu canal e este é o terceiro vídeo que eu vejo, mas estou curtindo bastante o conteúdo.
gostei muito do vídeo, parabéns pela coragem e pela reflexão
obrigado pela reflexão. Sempre bom ver esse lado do falso moralismo que tanto nos pega as vezes.
Meu canal favorito do youtube tem um tempinho, mas com esse vídeo caiu a ficha
Muito bom! Parabéns!!
Eu reconheço que meus pais que me ensinaram a ter preconceito com algumas coisas, pelos meus 12 anos d idade eu tinha um preconceito com gays, lgbts no geral mas mais homens com homens, e depois de crescer um pouco ali pelos meus 14, 15, eu me descobri bissexual, aquele preconceito veio dos meus pais dizendo que era errado dois homens juntos e tals, que era nojento.
Cara, que reflexão incrível
Achei muito interessante seu ponto de vista e me identifiquei bastante.
Video excelente, parabéns por essa manifestação.
Creio que seria MUITO válido mencionar exemplos práticos de como esta auto revisão ppde de fato levar à efetivas mudanças. Entendo plenamente o valor da reflexão expressa em seu vídeo, mas ela DEMANDA mais.
Felizmente há pessoa cono você que promovem esta conversa, mas passamos do ponto em que somente isso já seja o suficiente.
Que foda! Parabéns, vai muito além de pensamentos superficiais.
Quando criança eu participei de uma espécie de "baile do ABC" da escola, uma escola que mesmo de vila, pequena e bem modesta fez com que o meu par fosse uma menina que eu nunca tinha visto, provavelmente uma estudante da mesma escola mas do turno da manhã, a menina era linda, uma menina negra vestida de branco, eu a rejeitei sem saber ao certo o porquê e os adultos riram e fingiram que não tinha nada a ver com o tom de pele dela, para piorar trocaram o meu par me colocando com a menina mais branca e de olhos claros que eu já tinha visto até então, foi como uma lição da vida pois a tal menina branca não era uma menina feia, mas talvez por conta do vestido que deixava ela ainda mais branca e por conta dos seus olhos grandes e claros como se ela estivesse sempre assustada me fizeram dançar com desconforto todo o tempo, acho que essa situação me influenciou muito porque desde a minha adolescência que eu tenho consciência de que eu não acho muito bonito olhos claros e tenho um certo fascínio por olhos escuros.
Reflexão muito boa
Nossa, vídeo bastante consciente!
Meu pai tbm é racista, Alexandre. Já cansei de brigar.. E toda vez q vou apelar com ele pego Maus e releio.. Fico mais tolerante com o intolerante. Na minha infância eu era 0% racista.. Aos 8, 9 anos adorava assistir o Cyborg nos Superamigos e ler as histórias do Pantera Negra em Superaventuras Marvel. O problema é q ao envelhecer o racismo sistêmico te joga em várias armadilhas diárias...
Maravilhoso vídeo. Obrigado!! 👏👏👏
Que vídeo incrível. Falou tudo que penso.
Esclarecedor
Bela reflexão sobre um tema infelizmente ainda presente no mundo de hoje.
Comigo aconteceu com o spawn. Quando eu vi que por baixo da quela roupa de capa, máscara e visual de cara fodão do inferno. Era um cara negro. Aí, eu me questionei, pô! Poderia ser um cara branco!. Foi nos anos noventa, e eu tinha dez anos mais ou menos. Isso, infelizmente é do ser humano, que com o amadurecimento. Nós vamos aprendendo e deixando de lado. Deixando de fazer, de ser assim. Hoje, eu tenho uma outra opinião. De que tudo é como deve ser. Isso é fato. Bem, tô dando a cara a tapa também, fui racista sim, e nem sabia o que isso era, que isso existia. Obrigado! Valeu e um forte abraço!.
muito bom!!
Vídeo foda 👏🏿👏🏾👏🏽👏🏻👏👏👏🏻👏🏿👏🏾👏🏽
melhor canal de gibi entre outras coisas da internet
Acho que eu só tive um contato maior com as HQs da DC/Marvel quando eu conheci a Vixen ( Tem o Noturno, Mística, Mutano, mas são azuis e verde e eu não sou azul e verde ) eu me senti representado(a) ( era garoto na época ), fora outros heróis que fui conhecendo.
E uma heróina/vilã que achava incrível ( aí eu já tinha 13 anos ) foi a Mística devido os poderes de transmutação. Eu amava ver ela assumindo formas diferentes, tipo, me identifiquei na hora com ela. E é a Mística do X-Men Evolution e só com 18 anos eu fui conhecer ela nas HQs.
E espero também que mais heróis negros apareçam e ganhem bastante destaque ( Tipo o Blade do UCM, Phastos, etc ) e que venham mais quadrinhos com REPRESENTATIVIDADE.
O preconceito e a ignorância são os maiores males da nossa sociedade.
Eu mesmo tenho de fazer a minha TH e ser mort* apenas por eu ser diferente ou ser rejeitada pela família/amigos.
E eu chamaria de Demonização Estrutural também, pois emcima estão os "iluminados" e os que estão embaixo são os "trevosos".
🙏
#NewWarriors.
Excelente.
Excelente tema!
Esses dias eu vendo a novela com minha mãe e uma cena curiosa da burguês q destratou o motorista q não levou seu estojo de maquiagem, aí o namorado dela tenta dar uma segurada nela e ela diz algo de q ele errou na entrada e saída (não entendi muito isso pq não tvs acompanhando a novela e só vi essa cena), após ela dizer isso o namorado disse q ela estava sendo racista e eu não entendi pq só achei a atitude dela arrogante e nojenta q seria feita q qualquer pessoa de nível abaixo do dela, por ser um empregado dela pobre e não um negro. Curiosamen eu tvs lendo a Edição Definitiva do Homem Aranha 5, na pág. 128 e q uma situação qse igual em q J.J. Jameson chega dizendo p subalterno dele q tal matéria tratou Homem Aranha como herói e q não se repetisse pq quem paga o salário dele é o Sr. Jameson.. aí, o filho desse subalterno, negro como o pai, tratou de chamar o J.J. Jameson de rascista e logo o pai dele o corrigiu dizendo q ele não era rascista mas um idiota obcecado pelo Homem Aranha e alertou seu filho q não pq J. Jameson ser branco q é racista e q a luta racial não vai chegar a lugar algum se não reconheceremos o verdadeiro inimigo.. achei isso bem interessante e pertinente aos dias de hje, onde comparei com uma novela q só queria lacrar... A patricinha da novela tratou mal o cara pq é pobre e empregado dela, não por ser negro.. tô achando errado esse caminho q o racismo vem tomando.
Caraca muito bom! Top mesmo.
É.
PRÓXIMA PERGUNTA!
Muito boa a reflexão.
Eu, enquanto branco e professor, procuro sempre trabalhar uma educação antirracista e apresentar autores e todo universo da cultura negra e afro-brasileira para os meus alunos. É o mínimo. É preciso resgatar e expor o que há de melhor do Brasil.
Mas não é só cultura afro brasileira que forma o melhor do Brasil.
@@lionsp4919 releia o que eu escrevi: "é preciso resgatar e expor o que há de melhor do Brasil". Disso não se segue que "só a cultura afro brasileira forma o melhor do Brasil."
@@vinaskth sim, tem razão. Foi só uma pergunta também.
Porque ressalta que é branco?
Fala isso como "Olha, eu sou branco, mas sou ant-racista"
Como se alguem branco ja fosse designado o opressor
Corra!
A última história que você contou, foi tensa.. Me vi no seu lugar...
Otimo video!👍😆👍
Infelizmente todos nós somos racistas, até os próprios negros.
No Togo, por exemplo, as mulheres pretas estao clareando a pele porque os homens pretos de lá supostamente tendem a procurar mulheres pretas da pele clara ou mulheres brancas.
Se isso acontece na África, é porque a situacao tá BEM complicada mesmo.
Quando criança eu nunca me senti bem com personagens de filmes negros, não sei porque a forma que era retratado, era só como bandido ou puta, mas um dia tava assistindo Matrix e vi personagens negros e protagonistas, mudou muito minha visão, eu me identifiquei pra caraca. Amava a Niobe, fora que as personagens mulheres não eram tão femininas, foi a primeira vez que me senti confortável em ver negros em um filme/ novela e não me sentir mal. Lembro que na escola particular (leia-se de brancos) que eu estudava, passou cidade de deus, e foi o começo de um inferno de racismo e bullying na minha vida, e depois de anos é difícil de esquecer essas merdas.
Sou mais velho que você, mais novo que seu pai, fui criado pelos meus avós, que conviveram com muitos ex escravos!!! O meu avô teve escravos brancos no início do século passado no Líbano, ou seja não tinha a obrigatoriedade do escravo ser negro. Fora isso o que eu descobri é que em árabe lado do meu pai, e em espanhol lado da minha mãe, mesmo falando em português soltavam, Abid/Morocho palavras depreciativas ao falar dos negros, ouvi coisas, “não faça trabalhos domésticos pois Deus fez as negrinhas pra isso!” ,” O homem que chora, a mulher que não chora, e o negro cortês…O Diabo leva os Três!!! Sou o primeiro da minha família a não ter empregadas domésticas, sempre tiveram no mínimo duas, minha mãe teve três em um apartamento de três dormitórios!!! A cultura da senzala, foi suplantada pelo salário baixo, o escravo tinha que ser alimentado, vestido e cuidado pelo Dono, hoje o patrão dá um terço do que precisa, o Capitão Do Mato, viraram aplicativos Como Uber, Ifood,… Fazem o cara entregar a comida sem, estar alimentando, e alugar as ferramentas de trabalho… e o “racismo” foi extendido aos pobres e sem estudo.
Setembro amarelo , dia da consciência negra , são os dias de mostra pra todo mundo OLHA EU ME IMPORTO , EU SOU UMA PESSOA BOA .
Muito bom
Deus abençoe seu 🙏 pai
Lembrei de um amigo mais jovem que não lia hqs mas gostava do desenho animado da Liga da Justiça. Certa vez ele pegou pra folhear um gibi meu e exclamou: "Que estranho! O Lanterna Verde branco. Nada a ver!"
Então seu amigo é racista? Pois lanterna verde do hal é mais antigo.
@@lionsp4919 Nossa! É sério que o Hal é mais antigo??? Não brinca!!!! Cara, sabe interpretar texto? Eu especifiquei no texto que o amigo em questão é mais jovem e só conhecia o personagem pelo desenho animado mais recente da Liga, logo, ele não sabe do Hal. Tá claro! Tenta pensar antes de comentar merda.
Cuidado pra esse olhar pro próprio racismo não virar uma desculpa pra sair minando os legítimos movimentos para mudar exatamente esse racismo estrutural.
São muitos os q falam q estão lidando com o próprio racismo e ficam detonando a luta contra o racismo, talvez pra justificar seu próprio racismo...
TB fui criada em uma família muito racista. Por parte de mãe, vem a herança romena. Não importa que vieram para cá pq estavam passando fome, os brasileiros eram os "nativos" e vivíamos entre nós, na colônia em SP, que unia eslavos de todos os cantos. Por parte de pai, um poço de racismo, mesmo sendo ele descendente de índio (e nem um pouco bem recebido na colônia). Ainda luto contra essa herança. Acho que estou ganhando. Quando fiz o mestrado na USP, fosse qualquer crédito que eu escolhesse na ECA ou até aluna ouvinte em outros institutos, sabe quantos negros encontrei? ZERO. E estávamos já em 2003
Excelente vídeo! Adorei ouvir suas histórias, o fato delas serem contadas de forma nua e crua é um alívio, pois a romantização desse assunto mais atrapalha do que ajuda. Gostaria de acrescentar que sempre que nós ouvimos a expressão "racismo estrutural", devemos nos lembrar de que essa tal estrutura é o capitalismo, que contamina de forma sistemática toda a sociedade, fazendo com que ela seja brutalmente desigual.
Em um vídeo seu, você falou sobre um livro que se nós fôssemos ler, chamaríamos o conservadorismo no Brasil de comunismo. Poderia me falar o nome? Não lembro o nome do livro e do vídeo que você falou.
Notas sobre a revolução Francesa, Edmund Burke. E você confundiu, ele disse que os "conservadores" brasileiros chamariam o Burke de comunista ao ler o livro, sendo que o livro é a origem do conservadorismo.
Minha mãe é negra. Eu cresci em um prédio de Cohab, onde 70% dos moradores são negros. Meus amigos são, em sua maioria, negros. E vez ou outra ainda sou obrigado a ouvir de algum branquinho de condomínio fechado que eu sou racista. E muitas vezes ainda vejo negros me chamando de racista ou, quando participo de alguma coisa/evento relacionado à cultura negra, dizem que estou "tirando o protagonismo". É a chatice da falta de louça pra lavar que faz a pessoa acordar pensando sobre o que ela vai reclamar na internet hoje.
Um homem de 70 anos que você já acha que tem a cabeça feita e nunca vai mudar chegar para você e falar que não quer mais ser racista... Isso é de uma força tremenda.
4:10 Essa foi a melhor crítica ao progressismo que eu já vi, sem mais. Eu frequento o meio progressista, por mais que as intenções a primeiro momento sejam boas, infelizmente o ego é muito grande.
Reconhecer a branquitude é fundamental, entender onde ela perpassa e tudo mais, mas fiquei um pouco confusa com o não tão branco..
Acho que ele se referiu aos pardos.
@@edmundosilveira6692 Pardo não é não tão branco… meio foda isso, porque desvirtua muito o ponto do vídeo dele. Pardo é negro…
@@edmundosilveira6692 enfim. Obrigada pela resposta, Edmundo!
@@juliijuli Mas ae é que tá, um pardo se auto intitular como negro, pode ter risco de ser zoado por alguns negros, eu mesmo me identifico como pardo, mesmo sendo filho de um homem negro(que foi casado com uma mulher branca) tenho cabelo crespo, mas eu me identifico como pardo mesmo, pra evitar gente enchendo meu saco, já que existe fiscal.
@@juliijuli pardo é pardo cara. Se não a classificação não existiria.
Precisei entrar pra comentar, porque "opressão go" foi uma analogia brilhante! Ótimas reflexões!
Eu até concordo com a parte que disse da cota, mas não concordo com cota racial e sim por classe social, eu sei que a maioria das pessoas que são faveladas são negras mas nem todo negro é pobre
Quem quiser me xingar fica avontade
Eu lembro que o demolidor das tartarugas ninjas, pelo menos originalmente também era negro e eu nunca vi problema
Daria like 1.000 vezes se pudesse (vivo isso com minha mãe).
PS.: Precisamos de mais pessoas fazendo esse "contra-hackeamento" que tu faz.
Caraca, a história do teu pai me botou pra chorar.
Não tô sendo mentiroso ou coisa do tipo, mas desde pequeno nunca me incomodei por x ou y personagem ser negro e amava assistir Super Choque e amava a Tempestade dos X-Men descendo dos céus naquele redemoinho. Mas talvez isso se deve ao fato da minha educação ter sido diferente, e sempre tive algo passado pra mim de tratar todos como iguais desde o gari até o político mais burguês da terra. Sou de família humilde e não nasci em berço de ouro ou coisa do tipo, apesar de nunca passar fome na vida, a condição dos meus pais por um tempo sempre foi meio apertada e em outros um pouco mais confortável. Digamos também que... as únicas implicações que minha família realmente leva como tradição são valores morais como verdade, humildade, igualdade, e bondade. Se você foi verdadeiro e de igual com o outro? Então para minha família você foi justo. Se foi bondoso com alguém em condição mais desfavorável que a sua financeiramente ou de saúde? Então você foi virtuoso. E sim, eu sei que isso é até meio aristocrático, mas parte da minha família é branca e outra parda, então isso se explica.
Quem dera ver pessoas falando, eu não quero ser mais isso infelizmente é algo raro.
Confesso(olha a escolha de palavra já) que tenho muita dificuldade de largar dessa culpa cristã quanto ao racismo. Talvez por ter uma formação de Testemunha de Jeová, mas tem sempre isso acho que atrapalhando qualquer ação mais direta, quase um vitimismo as avessas.
Cara, eu fico muito incomodado com essa galera q se acha os donos da verdade, apontam o dedo pra todo mundo como se a vida fosse um eterno "nós contra eles". A vida é bem mais complexa.
Vídeo corajoso, com uma autocrítica que pode ser estendida para o machismo, homofobia, preconceito de classe... Enfim, somos seres bem imaturos, complicados e confusos...
Educação universal já temos, assim como a saúde. Falta qualidade
Meu pai era racista e quando eu fazia alguma merda ele me xingava, " esse nego nunca levou uma surra", minha mãe nunca permitiu que ele me batesse como ele fazia com meus irmãos mais velhos, lá em casa todos eram brancos menos a mais velha e eu o caçula. As vezes eu mesmo me pego dizendo alguma coisa racista não momentos de raiva, mas costumo me policiar também pra não ser como ele era, que era fruto da ignorância, pois nem ler sabia.
Como vocês brasileiros tendo uma parte dos pais negros, não se vêem assim. Engraçado o alemão e o italiano sabem quem é negro e quem não. O europeu sabe da sua ancestralidade mesmo uma família pobre! O asiático sabe da sua ancestralidade! Agora o NEGRO ?! Difícil
Ótimo tocar nesses assuntos, ainda mais quando o público é majoritariamente branco. Acho que podemos aprofundar ainda mais esse debate, há coisas que você pincelou e que podem ser problematizadas - talvez trazer leituras e pessoas que pesquisam sobre o tema. Sei que você já trouxe questões sobre raça, gênero e classe no canal, mas é bom afirmar que não devemos ficar reféns de uma data "comemorativa" para debatermos, ou "darmos voz" para alguma questão/ grupo social. Nosso país foi construído na base da violência e da exploração de determinadas camadas sociais e, se queremos nos tornar um país com um mínimo de equidade, é importante sempre nortearmos nossas discussões visando reparações para esses problemas. No mais, sem biscoito para você, debater esses temas não é nada mais que uma obrigação.
Falar em biscoito é um tanto injusto, não acha? Como tu mesmo falaste, toco nesses assuntos direto, não espero data "comemorativa", tampouco alieno esses assuntos (como se houvesse o momento de falar de gibi e o momento de falar de questões raciais). Esse vídeo foi feito agora justamente porque ele trata sobre uma postura comum no dia da consciência negra, logo, nada mais apropriado que saia próximo do dia da consciência negra, não?
@@QuadrinhosNaSarjeta Oi meu caro, vamos lá. O processo de entender essas opressões, discriminações, violências, explorações e, para além, de nos situarmos no meio disso tudo é bastante lento e doloroso pois nos coloca diante de contradições, toca feridas que nunca cicatrizam e nos força a estudar autores e teorias que nos atacam diretamente. Pior, esse processo normalmente é relegado a pessoas não brancas apenas, quando na verdade deveriam ser pessoas brancas as principais interessadas em entender e se colocar diante dessas questões que ferem e expõem a vergonha. Por isso que eu digo que quando uma pessoa branca vem a público assumir sua parcela de culpa, não posso sair na rua soltando rojão e comemorando, como se fosse a final da libertadores com o Corinthans campeão. Não espere meus parabéns, mesmo que eu fique feliz de ver uma pessoa que eu admiro apontando problemas que eu sinto na pele. Além do mais, não concordo com tudo que você disse, mas ai é papo para outro espaço... (e você é um provocador nato, de vez em quando é bom te ver sendo provocado hahaha)
Abraços
Uma coisa que me incomoda muito na luta contra o racismo são as pessoas que acreditam que racismo só acontece com negros ou pessoas de pele escura, mas para mim acontece com qualquer etnia existente no mundo.
Ja fui racista , mas eu achava da hora o jim rhodes como homem de ferro
Esses dias estava me perguntando, os maiores roteiristas e desenhistas de quadrinhos que eu tanto admiro e ouço falar como, Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller, Todd McFarlane, Grant Morrison, são brancos, mas onde estão os artistas negros do mesmo? Você até fez uma provocação de um que tinha que se esconder para ser aceito, mas se tiver artistas além desses que hoje não são visíveis, onde estão? É triste perceber a invisibilidade dos negros em alguns cantos da arte.
Tinha roteirista negro na DC e Marvel? Na minha cabeça era só brancos...
Tony Isabella é branco: Raio Negro (DC)
O saudoso Dwayne McDuffie,Denys Cowan,os caras da Milestone Media..Hardware,Icon,Super Choque..David Kirkman um cineasta independente fez uma releitura do Super Choque..Dakota Chronicle's.
#DwayneMcDuffie.
Woke Nation Studios.
Porra bom demais esse vídeo
Essa história do seu pai da ate pra escrever um livro
Racismo Reverso: hype da branquitude rancorosa? O Fardo do homem branco em risco...
Racismo estrutural tem esse hype também: teoria academicista, culpam o passado constante, tem peso sólido no presente. Vomitam a tese do escapamento de sofrimento, " você não sabe o que é sofrer". Um afro pardo de 2021 não sofre 1% que um escravo sofria no século XIX. Vocês gostam de rotular, mas não querem ser rotulados. Do alto de suas " intelectualidades". Vocês são hipócritas.
Pqp
Comentário
Comentário
O racista sou eu.
já fui uma criança reacinha e homofóbica
Af, que cara sensacional! Credo!
😴😴😴