G20: Presidência brasileira e inovações institucionais

Em continuidade à série dos Diálogos INEU sobre o Brasil na Presidência do G20, Neusa Maria Pereira Bojikian (Unicamp/INCT-INEU) conversa nesta quinta-feira com Lucas Tasquetto, professor de Relações Internacionais da UFABC e coordenador da subsecretaria de financiamento ao desenvolvimento sustentável da Secretaria de Assuntos Institucionais do Ministério da Fazenda.
Atual coordenador do GT de comércio e negócios, administração e gestão da Trilha de Finanças do G20, Tasquetto traz tanto a expertise da teoria acadêmica quanto a prática de construção do fórum internacional. "O G20 é uma caminhada longa, a cúpula é só a finalização de um processo permanente de construção de ideias, de consensos e de negociações", explica.
Nesta entrevista, ele detalha a estrutura do fórum cuja força, avalia, é a "sua mensagem política", ou seja, "as sinalizações que a agenda do grupo consegue dar a si mesmo, para os seus membros e para o sistema multilateral". Mais focada e menos opulenta do que a edição anterior, presidida pela Índia, a brasileira apresenta algumas inovações estruturais. Ele destaca a criação de uma força tarefa voltada à questão climática e a inserção do G20 social, que dá voz às demandas dos atores da sociedade civil.
Tasquetto também analisa a poderosa agenda brasileira ofertada ao mundo nesta edição do G20, que prioriza a inclusão social e o combate à fome e à pobreza; a promoção do desenvolvimento sustentável (dimensão social, econômica e ambiental) e a reforma das instituições de governança global, marcas incontestes da contribuição do Brasil na política internacional.
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