Engraçado, eu sempre achei besteira isso de "quando a pessoa era criança, não gostava de boneca/carrinho", isso não quer dizer nada... Pra mim, na minha história eu me sentia muito infeliz comigo mesmo, sentia vergonha, mas não sabia o que era, quando descobri a transexualidade, assistia a vídeo, via fotos e isso me dava força e coragem, mesmo eu sempre duvidando da minha capacidade, achando que nunca conseguiria. Passei anos refletindo antes de qualquer decisão, até que tive um sonho (cômico até rsrs), onde eu me via já um homem mais velho, mas com uma aparência muito muito feia, e no sonho eu me questionava se estaria disposto a mudar fisicamente sem saber o resultado. Foi nesse exato segundo que tive 100% de certeza... Não se tratava de aparência física, se tratava simplesmente do ser. Eu só consegui me sentir de fato eu depois da minha cirurgia.. Mesmo já hormonizado, ainda assim... Mas quando operei, sei que parece clichê, mas senti como se tivesse saído toneladas das minhas costas. Me senti livre como se nada mais fosse tentar me impedir de ser eu. Cresci ouvindo que jamais arrumaria alguém que ia me querer por ser "metade homem e metade mulher", mas pra mim não existiam dúvidas. Preferia morrer sozinho, porém morrer sendo eu! Tantas vezes tentei e quis me suicidar, mas a hipótese de ser velado com meu antigo nome e com uma carcaça que não era a minha, me fizeram continuar... Hoje eu sinto orgulho de quem eu fui, foi graças a "ela" que sou quem sou hoje. Eu zoo que tive de ser muito mulher pra hoje ser muito homem! E encarar os medos e viver! Depressão mata, síndrome do pânico também... A vida é difícil e pra continuar e seguir é preciso coragem e principalmente estar bem consigo mesmo.
"hmmmm, sei não" é o que penso ainda hoje KKKKK isso depois de um ano em T... Acho que uma construção feminista nos deixa mais atentos, o que eu considero extremamente positivo.
Eu me identifico bastante com a sua trajetória, mesmo que não sejam necessariamente iguais. Existe uma pluralidade muito grande na comunidade e é muito importante quando vemos vivências que fogem da "clássica" narrativa trans, que se eu tivesse conhecido antes, talvez teria sido mais fácil.
É sabido, acho que a pluralidade da nossa comunidade é um fator extremamente importante de se considerar sempre, pois ela não só honra quem tem experiências diferentes, como nos torna um grupo heterogêneo, nos complexifica, evitando reduções grotescas e perigosas.
me identifiquei muito, eu nunca me encaixei na narrativa trans perfeita, e vira e mexe me pego pensando "mas será que sou mesmo?". o que me fez passar a me identificar como trans a cerca de um ano atrás foi o texto "the null hypothecis" da natalie reed. eu sentia que eu estava buscando "permissão" pra ser trans e esse texto me fez entender que isso nunca vai acontecer, não tem como alguém além de mim mesmo dizer quem eu sou. obrigado por trazer esse vídeo, acho que é uma discussão super necessária!
"Como eu sei que sou trans?" O que me fez saber foi a disforia, a grande disforia com o meu corpo, com os meus seios para ser mais exato . Não era/é sobre peso, não era/é sobre beleza, não era/é sobre padrões, era/é sobre ter algo ao qual vão me associar a uma mulher. Eu tenho uma aparência muito "masculina" e as pessoas que não me conhecem muitas vezes me tratam no masculino, exceto quando veem meus seios e isso causa uma dor anormal em mim. Eu nunca consegui me ver no futuro sendo uma mulher, sempre era uma figura masculina meio borrada e eu nunca consegui entender o porquê aquele ser estava lá sendo que eu estava pensando no *MEU* futuro, mas agora eu entendo tudo que isso significa!
Nossa, obrigado pelo vídeo! Ajudou sim! 😊 Você foi a primeira pessoa que vi trazendo esse tipo de reflexão dentro do tema "como saber se sou trans?" Eu também fiquei 2 anos questionando meu gênero e só agora começo a ter um pouco mais de clareza sobre o assunto. Eu tbm cheguei a essa conclusão de: "não tenho 100% de ctz se sou trans, mas ter peitos é algo q me incomoda, então eu quero fazer a cirurgia independentemente de qualquer rótulo. Se eu eventualmente me arrepender, azar o meu! Eu que lute!"
Minha aparência muitas vezes feminina não me incomoda , mas pensar que as pessoas vão achar que eu sou mulher sim e isso me deixa com disforia , o fato de hoje me considerar uma pessoa gênero fluido me deixa ainda mais com dúvidas ksksks porque eu não sei se eu quero transicionar se eu preciso e se vai me fazer bem , porém eu ainda me incomodo muito com o meu corpo , eu queria ter um corpo mais masculino com menas curvas apesar de eu gostar de me vestir com vestidos saias e etc. Apesar de eu amar meu corpo muitas vezes eu ainda sinto que ele não é o que eu gostaria de ser ou estar no momento... mas a ideia de que eu posso me sentir diferente amanhã me deixa confusa sobre qualquer mudança ou até mesmo sair do armário pras pessoas e consequentemente se eu sou trans ou não
Hmm acho que pra pessoas não binárias, incluindo gênero fluído, a expressão de gênero pode se dar de várias formas. Vc n vai ser menos não binária pq se parece com uma mulher. No caso de uma pessoa gênero fluído, ela pode fazer pequenas mudanças de vestimenta, maquiagem ou comportamento para se aproximar do gênero em q está se sentindo, ou optar por uma aparência mais andrógina. Eu sou não binário e já pensei se gostaria de pôr seios, mas amo meu corpo do jeito q é e se a fluidez de gênero me levasse pro feminino, e dps de volta pro masculino, me sentiria estranho com meus seios.
@@Drakavio sim é meio que isso tipo comigo é ao contrário , eu penso se um dia eu fizesse a cirurgia realmente a ideia de não ter seios me fascina porém eu ainda não sei se é o certo e nem se eu me sentira confortável depois
@@kai-pt8lx eu entendo. Testa um binder e vê como vc se sente, como se sente principalmente olhando no espelho. Vesti um sutiã hoje e achei que não combinou mt com meu corpo, prefiro continuar assim msm.
é, comigo foi bem complexo também. eu tinha um comportamento feminino quando criança, mas não lembro de chegar pra minha mãe e dizer explicitamente "eu sou uma menina". eu também tive desconforto com meu corpo desde o começo da puberdade, mas eu não sabia explicar a razão. a maneira que eu agia frente a outras pessoas era como "um garoto esquisito", porque eu andava de um jeito estranho, gesticulava de um jeito estranho, falava de um jeito estranho... pelo menos é o que eu ouvia as pessoas dizerem. e quando eu me olhava no espelho, eu também via uma pessoa estranha, eu não me reconhecia. e quando eu pensava sobre minha atração por mulheres, eu percebia que eu sentia algo diferente dos caras héteros, a forma que eu queria me relacionar com uma mulher era totalmente diferente. era como se eu quisesse namorar uma mulher que agisse mais como um garoto, e me tratasse como uma garota. e quando eu pensava sobre a possibilidade dela desejar meu corpo, eu queria que ela me desejasse com um corpo de mulher, com s3ios, curvas, pele lisa e sem tantos pelos, v1lva. e as coisas que eu queria que ela me fizesse sentir, não eram sensações que um homem poderia ter, e nem eram sensações que um homem sequer almejasse. pensar que meu corpo não me permitia ser amada do jeito que eu queria começou a me causar mau-estar, depois crise existencial, depois desespero, e aí eu entendi que era trans. minha transs3xualidade foi sempre ligada a minha s3xualidade, não se trata só de por quem a gente se atrai, mas como a gente quer se expressar s3xualmente e romanticamente, como a gente quer ser desejadx, tocadx. s3xualidade não é sobre um sujeito, construído como masculino, desejando um objeto, construído como feminino, como muita gente ainda acredita, mas uma troca em que ambas as partes são simultaneamente sujeito e objeto. então eu entendi que, no que diz respeito a minha s3xualidade, não só eu desejo uma mulher, mas eu desejo , e quero ser desejada, enquanto mulher também, e essa é a única forma de amar que faz sentido pra mim. o problema da cisnormatividade é assumir que s3xualidade é sobre ter um objeto de desejo, e a maneira que agimos com relação ao que desejamos se assume ser "natural" e sem controvérsias, algo como "se vc nasceu com p3n1s, é óbvio que vc vai usar durante o s3xo, pois é natural que seu corpo seja usado dessa forma, vc nasce com o instinto e o instinto vai te guiar a usar seu corpo como um homem usa". mas e quando não é assim que funciona? e se eu não quero ter um p3nis, muito menos usar? aí a sociedade diz que a gente é doente.
Jonas, me identifico bastante com a sua narrativa. Eu tinha a necessidade de achar alguma coisa na minha vida que me desse a certeza de que eu era trans. Eu não tive apoio dos meus pais, nao tinha certeza de nada, foi realmente uma aposta (e continua sendo) mas mesmo assim decidi começar os hormônios com 8 meses de transição social, e antes da transição social fiquei um ano pensando sobre, e pesquisando e refletindo sozinho. Na minha cabeça, eu também só saberia fazendo. Eu vi nessas pesquisas que eu também não me encaixava nessa narrativa clássica, em várias coisas eu me encaixava, mas não em todas. Se entender como pessoa trans é um processo muito íntimo, e acho que isso acaba gerando muita insegurança (pelo menos pra mim). Eu nunca tive uma certeza ABSOLUTA de que eu era trans, ate hoje eu sou inseguro. Mas eu estou muito mais feliz como Noah, muito mais confortável. Tento não pensar no “e se no futuro eu me arrepender?”, pq eu agora não abriria mão da minha transição de forma alguma. Me sinto mais feliz, mas os questionamentos continuam, e vão continuar … eu acho. Mas é muito sobre isso: “eu escolho meu corpo para mim”. E este corpo me representa muito mais agora do que antes. Além disso, eu sou muito contrário à reprodução dos padrões de masculinidade “excessiva” (pra nao dizer tóxica), sou um homem trans “afeminado”, e gosto de ser assim, não gosto de reproduzir ou passar a ideia de “machão”, e acho desnecessário.
No início da minha transição eu me sentia muito pressionada a tomar hormônios, adotar pronomes e identidade feminina. Também não tinha uma racionalização muito clara do que tava acontecendo, mas entendia que não era cis e que não importava o quanto eu tentasse, sempre fracassaria em ser homem. Minha mente na época abraçou um "se não sou um homem cis, claramente sou uma mulher trans" e isso foi um desastre. Algumas coisas sobre a transição "médica" eram assustadoras pra mim. Na época eu nem queria ter seios, sabe? Depois que me entendi como uma pessoa não-binaria, me senti confortável pra tentar a hormonoterapia. E hoje estou feliz com todas as mudanças, incluindo os seios. Entendo que a minha autonomia me localiza socialmente como uma pessoa trans. Gosto de pensar a minha não binariedade como a recusa de um artista em interpretar papéis que já existem somados ao desejo de incendiar todo o teatro. Obrigado por compartilhar seu relato! Certeza que ele ressoa em muitas pessoas que, assim como eu, passam anos sofrendo por não se encaixarem na narrativa clássica do que é ser "trans de verdade."
perfeito! nossa, incrível sua capacidade de articulação e sempre sendo sensível nas escolhas de como se expressar... enfim, vc é super necessário Jonas e deu pra compreender perfeitamente ❤️❤️
Eu me entendo trans já faz uns 2 anos e eu vivo tentando lembrar "sinais" de quando era menor. E eu nunca tinha parado pra pensar e nem nunca soube sobre a transexualidade e do nada simplesmente veio esses pensamentos confuso na minha cabeça, e eu não tinha com quem conversar int me recorri ao senhor "Google" e depois de várias pesquisar durante uns 5 meses eu finalmente pensei "é isso" é isso, e é isso
Incrível como eu consigo me relacionar mais com essa experiência (sou mulher trans) do que com a de pessoas que são do meu próprio gênero. Porque lembro de raciocinar todas essas coisas que você explicou. Eu não consigo entender as pessoas que se "identificam" com qualquer gênero, porque para mim também acaba sendo uma questão muito mais sobre o corpo e existência que necessariamente reivindicar: nome, pronome, vestimenta, espaços, maneiras, ações, gostos etc. Por isso acho tão problemático as pessoas reduzirem o que é ser "trans" em algumas coisas que não necessariamente deveriam pertencer a gênero algum.
Muito bom apontamento. Eu nunca havia me questionado muito sobre ser trans, pq considerava e ainda considero que não seguir os padrões de determinado gênero, não me faz menos parte daquele gênero e mais parte de outro. Porém conforme eu fui me questionando e entendendo, percebi mais por um sentimento como me sentia feliz tanto no gênero masculino, como no feminino, um gênero q flui e é livre para se expressar da maneira q se sentir mais confortável. Acredito que essa seja uma das bandeiras mais importantes da comunidade trans, se expressar livremente independente de gênero. P.S.: Atualmente me vejo como não-binário
@@Drakavio legal sua experiência, grata por compartilhar. Mas para complementar o que digo. Eu percebo o não-binarismo, talvez de maneira equivocada, ao estado que deveria ser natural para todo mundo. Porque se fosse para chegar a ser estereótipo de mulher eu nao iria querer. Só que apesar disso eu não abro maos de características físicas, que sao inerente a corpos ditos fêmea ou femininos. Acho que essa característica que me faz ser trans. Por isso não sei até que ponto o nb é trans e o trans é nb, porque para mim eu entendo o nb como liberdade do corpo e expressão que deveria ser direito para todes e nao algum gênero..
Também acho complicado entender a ideia do se "identificar" e discursos afins, porque há tanta coisa envolvida. Às vezes a própria pessoa nem pensa assim, mas é o vocabulário que ela tem disponível pra se expressar naquele momento.
@@louisericoli4242 concordo em parte. Eu tava refletindo um pouco sobre isso hoje, acho q com o tempo e o avanço do movimento trans, o gênero masculino e feminino sejam entendidos de uma maneira mt mais abrangente pela sociedade. Ainda assim, eu acredito que pessoas nb não sumiriam, afinal é outro guarda-chuva gigantesco q inclui o não-gênero, o neutro, ambos os gêneros, a fluidez ou até um terceiro gênero. Eu por exemplo, se fosse pra me basear só na abrangência do gênero masculino, continuaria me vendo como homem. Mas quando explorei melhor como me sentia, me vi também numa mulher. É por isso q me vejo como não-binário sabe? Penso também se vai chegar um dia em que os papéis de gênero serão abolidos pela sociedade e as formas de expressão serão mt mais livres e diversas, menos categorizadas. Acredito que quando esse tempo chegar, o mesmo vai acontecer com a sexualidade.
me identifiquei tanto que nem sei mais o que fazer com essas informações kkkk na verdade, sei sim. Sei que não preciso ser o clássico caso, mas apenas respeitar a minha própria trajetória como uma pessoa trans não-binaria. Mesmo que eu me encaixa fisicamente totalmente no padrão do que reflete ser mulher, eu nunca serei, pois me faz mais sentido ser trans do que ser mulher
No meu lugar cis feminino acho poderosíssimo esses seus vídeos. Desde vídeos como o da Mandy Candy, falando numa perspectiva com um disforia muito clara... A conteúdos de pessoas gênero fluido, drags, e pessoas trans no geral q saem do. Eu aprendi na infância adolescência sobre transsexuais... Numa época q eu nem lembro de falarem de transgeneridade masculinas, muito menos de gênero e TD o mais..... Eu não sei se cabe (definitivamente quem menos precisa desse suporte é a cisgeneridade) ,mas agradeço.
Fico feliz que se interesse pelo assunto e mesmo depois de tanto tempo ainda busque informações! A maioria ouve uma vez e depois ignora, mantendo, por vezes, uma visão muito estereotipada e desatualizada a respeito da comunidade!
@@JonasMaria nossa.... Total Eu só comecei a ter o mínimo de sensibilidade há uns anos(tenho 31 anos) e assim ..... Um universo q se abre.... Mas vc falou no final algo q q comunic muito do q eu apsssei o vídeo todo refletindo: a transgeneridade tlvz em muitos aspectos se faça ""necessária""( realmente não acho a melhor palavra, mas meu vocabulário é pobre.. 😝) pq existe a imposição da cisgeneridade... Tlvz, e certamente, isso é muito óbvio pra quem se entende/percebe trans... E tlv seja parte da chave básica de um exercício de empatia cis.... Entender q é pq foi posto q _devemos ser binários e "biologicos"_
07:34 esse reconhecimento interno de que gênero é uma performance social, e você está fracassando em gênero é algo que eu sentia muito quando era criança e adolescente, mesmo sendo cis. Sozinha para fazer o que bem quisesse (e minha mãe deixasse), as coisas me eram muito lógicas: eu era uma menina, logo se eu faço algo, essa coisa automaticamente vira algo que meninas fazem, porque eu fiz. Mas entre outras pessoas, vendo como as outras meninas e os meninos tinham seus próprios papeis, que eles pareciam saber naturalmente performar, enquanto eu tinha que ser tangida e explicada meu papel por adultos e outras crianças, me subia a sensação de que eu vim com um erro de fábrica, uma mulher mal feita. Naqueles momentos, ser menina não era algo que eu simplesmente era, era um dever, e eu estava eternamente a beira de reprovar.
Me identifico como genero fluido e assim, me senti muito representade com esse vídeo, é tão parecido a forma como eu me sinto. Antigamente pensava que ser trans era uma coisa de se identificar com "o oposto" e afins mas fui crescendo e entendendo o porquê e esse processo é muito necessário.
Em 2 meses de transição, seu vídeo até agora é o único que consegue falar por mim, porque é exatamente o que sinto. Tenho 32 anos, apenas fui e fiz, estou feliz com cada mudança. Minha psicóloga precisa ver esse vídeo. 🥰
Ótimo vídeo Jonas! Eu não sou trans, mas vivo me questionando sobre os estereótipos de gênero, os padrões da sociedade, e todos esses códigos envolvidos. Sempre fui uma garota que foge do que é tido como feminino, mas nunca me incomodei com meu corpo ou o fato de 'ser mulher'. Me incomodava um pouco meus seios por serem muito grandes e chamarem atenção (que eu não queria pq era tímida e reservada), e fisicamente tbm por dificultar algumas atividades físicas e etc. Hoje eu sou uma mulher gorda tenho vontade de fazer redução de mamas pra me sentir melhor. Fora isso, acho que estou ok com meu corpo. Quer dizer, fora alguns problemas de autoestima que tenho por sempre ter sido considerada feia, nariguda, e tal. Enfim, fora essas questões de aparência, acho que a divisão binária de gêneros só nos limita e nos segrega, seria melhor se não existisse defnição nenhuma na minha opinião, cada um é único!
Me identifico muito com o que você diz. Desisti da minha transição e agora depois de alguns meses, me percebo novamente entrando por esse caminho. Mas de uma forma mais livre, essa questão de ter de se encaixar em vários estereótipos do que seja um homem trans cansa um tanto. Me sentia mais presa do que quando não tinha transicionado. Agora, eu fiz as pazes com a Lorena e com o Lorens também. Voltei à hormonização, pois gosto do que ela me proporciona, dos caracteres, me sinto quase como naquele testo junkie, mas ao mesmo tempo, fujo de alguma caixinha. Me sinto bem com o corpo feminino-masculino. Chamem-me de Lorena ou de Lorens. Não há problema. Mas não me vejo como homem, talvez, eu esteja num lugar de não cis de alguma forma. Parece que por mais que fujamos das caixas, em algum momento somos levados a elas. É inevitável.
Eu conheci a transexualidade em 2017. Conheci o feminismo em 2018. Comecei a estudar o capitalismo em 2019. Conheci o veganismo em 2020. O fato é que tudo isso em algum momento se encontra. Quanto mais nos debruçamos, mais contraditório o cistema sexo/gênero se torna. Eu gosto muito de quando Judith Butler diz que "um corpo ganha significado nas suas experiências com o mundo, mediadas por certa concretude e historicidade." "O corpo é histórico e não natural". Obrigade pela sua contribuição, Jonas. É muito importante ter alguém relevante como você que ajude a fomentar a dúvida. Porque é através dela que a mágica acontece. Continue sendo incrível. Tmj ❤️❤️❤️❤️
Não sou trans, mas me identifiquei muito com o "fracasso em performar gêneros " , a verdade é que não busco esse sucesso de modelo de gênero, quando me lêem como mulher é sempre a lésbica Maria-macho, quando me lêem como homem é sempre gay,afeminado, mas pra mim é um lugar confortável de beleza, uma auto criação só minha,o ruim é o preconceito das pessoas, mas pago oq for preciso pra viver dessa maneira
Enquanto uma pessoa não-binário, possivelmente de gênero fluído, ainda me encontro muito com essa questão. Na grande maioria dos dias me enxergo mais alinhada ao fem. Mas nos dias que eu não me sinto assim, nos dias que me enxergo mais alinhada ao masc, me sinto perdida de novo. Antes eu tinha uma nome social que é enxergado enquanto um nome fem. Vi necessidade e troquei pra um nome mais neutro, Gabe. Foi uma das melhores decisões que tomei, mas ainda tenho esse questionamento.
Gente, eu sempre tive uma pontinha de dúvida sobre meu gênero. Lembro que na festa de 15 anos da minha irmã eu fui forçado a ir de vestido e maquiagem, mas eu queria ir como os meninos. Isso me marcou mto pq n saí em nenhuma foto. Hoje eu ainda me sinto mal, deslocado. As vezes penso que to ficando louco. E sinto um vazio, como se estivesse mentindo para todo mundo ou fingindo ser outra pessoa. Tenho medo de ser trans mesmo e a reação da minha família e pessoas ao redor. N sei bem se to tranquilo com o meu corpo ou não. Preciso de uma terapia aqui na minha cidade em Belém do Pará, alguém conhece alguma terapeuta especialista em transgeneridade aqui?
Até que nesse ano eu me fiz essa pergunta. Será que sou trans? Até que um dia por vários motivos eu me convenci que era apenas gay! E justo hj eu me fiz essa pergunta de novo. E estou tentando até agora me entender... isso pq eu só tenho 16 anos kkkk
Oi Jonas, vamos ao meu feedback do vídeo. Eu nunca tive cerveja que eu sou trans. Vivi o ano de 2021 nesse "looping", sem ter uma certeza mas louco para sair dele. Se nesse ano me debrucei sobre meu próprio gênero, eu penso essa pergunta "sou trans?" há dez, desde que comecei a ver vídeos no RUclips americano sobre. Mas sempre q pensava nisso achava mto confuso e preferia não pensar e esquecer. Pensava que havia aprendido a ser mulher na sociedade e que estava bem assim. Durante a pandemia, voltou como um furacão. é difícil racionalizar, e não é uma certeza "sou homem" que me faz pensar que sou trans. É esse sentimento, essa conexão com o tema, e que no fundo eu encontrei algo que me toca e faz mto sentido. Seu vídeo foi mto bom pra mim, pq reforçou minha certeza de que não preciso ter uma certeza essencialista, e reforcou esse recorte emocional, e não racional. Mostrei seu vídeo ontem pra minha namorada, acho que vc ajudou a traduzir um pouco do que sinto e me ajudou também a traduzir para mim mesmo rs. Ontem tomei minha segunda dose de T e estou mto feliz, empolgado pelas mudanças q virão. A hormonizaçao vai ser um fim em si mesmo, mais do que "virar homem". E estou feliz pela reescrita de mim e do meu corpo, mesmo que as vezes me bata medo pelas consequências, em especial no meu trabalho (trabalho há 5 anos no mesmo lugar). Mas vamos que vamos, it's a walking progress
Me identifico bastante com sua trajetória, Jonas. No final das contas, eu fui vivendo e percebendo o que me era cabível e o que não me era, e cheguei até aqui, e chegar aonde cheguei é também estar carregado de títulos. Gosto da onde estou, e me entendo como esse alguém.
Minha psicologa perguntou pra mim E eu n soube responder, dei uma resposta meio meh... e agora parece q ela vê q eu to buscando algo q n necessariamente precise de uma mudança So q eu sei q preciso, eu qro mt usar hormonio, eu qro mt fazer cirurgia Mas msm assim, como posso deixar claro q é isso q eu sou sem dar uma resposta rasa? Vou ver o video ainda
Complicado dar qualquer orientação nesse sentido, mas use toda a sua sinceridade pra lidar com a situação, acredite em você e no que você sente, você sabe o que você quer. Nem sempre há palavras pra descrever as situações. No vídeo eu menciono que me faltava racionalidade, mas havia uma emoção que me movia.
Comecei a pesquisar sobre gênero a partir dos vídeos do seu canal, tenho encontrado muito desconforto nos debates que você propõe e acho que esse é o caminho! Me "denomino" como não binárie por não possuir comportamentos o suficientes marcados que me validem como homem ou mulher mas a verdade é que estou em desconstrução das concepções que tenho sobre masculinidade. Você falou muito das dúvidas que tenho sobre mim. Obrigadx por compartilhar sua história e agregar tanto na minha.
Te acho um gato lindo, mas o que mais me atrai em você é a forma com que você elabora pensamentos complexos o que pra mim passa uma segurança você ser um pacote completo, capaz de entender dias bons e ruins, o complexo e simples, a futilidade e o compromisso. Pode parecer incrível mas isso é raríssimo hoje e 100% necessário a um relacionamento saudável.
Pela primeira vez eu vejo um vídeo falando sobre uma transição q não segue a narrativa de "sei q sou trans desde criança" cheguei a minha adolescência e só agora q eu comecei a cogitar a idéia de ser trans, nunca me indentifiquei com essa narrativa de saber q sou desde criança, mas esse seu vídeo me ajudou muito a me entender bem melhor sobre mim
Obrigado por esse vídeo, Jonas. Ando completamente sem certeza de nada, ainda sou lido como um homem cis. To amadurecendo a ideia de caminhar com meu corpo pra um outro lugar. Ainda n sei se ainda o de um homem cis esteticamente mais andrógino, ou pra alguma compreensão de si como NB ou uma mulher/travesti. Confesso que as vezes fico numas crises ferradas, mas é isso, caminhando aos poucos e tentando cuidar de mim. Obrigado pelo vídeo. De verdade. ❤
"eu não conseguia encontrar uma razão para ser trans" interessante! vou refletir sobre.. pq no momento, estou confuso e posso dizer que no meio de algo cis/trans. parece que estou na metade do caminho, não estou em nenhum extremo!
2 года назад+1
Primeiro vídeo sobre o tema que me identifiquei 100%. Muito obrigado por esse vídeo maravilhoso!!!
Eu tenho pra mim que genero e sexualidade são coisas q n existem na natureza, ent meu genero é "eu" e minha sexualidade é "o que eu tiver com vontade no dia"
Gostaria muito de agradecer por esse vídeo ter me gerado a melhor reflexão sobre o assunto. Seu ponto de vista me fez pensar cada detalhe muito amplamente e entender várias coisas que eu não entendia. Você é uma referência e inspiração 👏🏼 Parabéns pelo trabalho!
finalmente tenho um video que eu me identifico! sempre tive muitas duvidas quando me entendi trans justamente por não corresponder a muitos fatores que eu via como uma "regra". como sempre vc sendo incrivel e necessario Jonas, muito obrigado!
vídeo incrível!! É muito interessante a sua forma de falar sobre ser trans, acho super ~contra-dogmática. Me faz pensar na forma como a Natalie do contrapoints fala também 🦇
Muito obrigada por compartilhar sua experiência, João! É muito interessante a falas sobre gênero, mas pesquisando sobre também , inclusive as falas que vc trouxe vejo que as pessoas acabam interpretando o gênero como algo livre da biologia ou algo que corresponde apenas aos estímulos externos (ignorando a psicologia e a genética por exemplo) o que já foi dado por outra lógica de raciocínio como a neutralidade de gênero, algo que não é muito coerente. A transgeneridade ainda é precisa ser extensivamente mapeada, e poder ouvir você é uma grande contribuição pra todes!
Eu tive uma infância como outra criança qualquer. Brincava, nadava no rio, brincava de carrinho, de boneca, de bicicleta,naquela época não existia internet então eu não sabia o meu ‘’sexo’’, mas fui começar a me entender lá pros 14 anos, pq na minha cabeça eu não entendia pq eu era diferente. Mas comecei a transição mesmo a pouco tempo, fiquei anos decidindo, eu me preparei, sai do pais e fui pra um lugar seguro, onde as pessoas tem menos preconceito e ninguém iria me agredir na rua e essas coisas. Então passei meses do inicio da transição sem hormônios e só agora mesmo tenho aprendido mais sobre mim. É um processo que dói, pq vc começa a cortar muitos laços e quando vc percebe vc tá sem ninguém, mas vc tem a si mesmo.
Moço, você simplesmente abriu minha mente. Eu me identifiquei 100% com você, depois de muita dúvida. ainda terei que pensar um pouco mais, mas agora eu já tenho um palpite... Após chorar noites e noites por conta da disforia que eu costumo sofrer, esse vídeo será uma grande ajuda. Obrigado
Tive muitas duvidas sobre minha identidade exatamente por causa dessa narrativa trans de sempre ser baseado em experiencias, pq eu queria ser um menino, e "agia" como um, mas pq eu queria ter a liberdade deles, e achava que dessa forma eu conseguiria. Depois da terapia entendi que sou uma mulher cis, talvez menos feminina, e que busca direitos iguais
Cara, eu não sei dizer se me identifiquei, acho que sim, mas eu quando era criança, não me importava de brincar de ex: boneca até vídeo game, eu nunca me importei com isso, eu usava as roupas que a mãe me dava pra colocar, as vezes eu não gostava e tals, mas pra mim sempre foi tanto faz, até eu completar 11 anos, que a minha vida virou de cabeça pra baixo e eu comecei a me questionar muito oq eu sou. Mas nunca me identifiquei o mínimo como me identifiquei com o seu
Minha experiência é muito parecida, não me identifico realmente como um homem mas acho que quero os hormônios, as cirurgias e todo isso. Mas não sei com certeza
Muito obg por esse vídeo. Te entendo perfeitamente, estou nesse looping em minha jornada tb, tentando me encontrar em histórias que fujam do discurso comum.
Eu te admiro tanto e me identifico muito com a sua trajetória, revi esse vídeo hoje e me emocionei de novo, é bom ouvir alguém que nos entende e que fala tão bem sobre isso, diz tanto sobre o que eu queria dizer e que às vezes não sei como me expressar, obrigado por isso. Você é incrível!
Cara, esse video é absolutamente maravilhoso, do comecinho às observações sobre o quão subjetivas e sujeitas a linguagem qualquer experiência "contada" tem, passando pelos pontos de foco no vídeo, as questões que o feminismo traz, as nuances... em 12min você fez um video com capacidade de fazer explodir muita cabeça por aí! Metade do vídeo eu já tava chorando que nem um bebê por finalmente achar um vídeo que consiga traduzir um pouco de tanto que eu to sentindo... Não tenho nem palavras pra agradecer. Você é foda! Muito muito obrigado
Jonas, tenho acompanhado vc no instagram e no youtube e isso tem sido muito importante, pois vc foi a primeira pessoa que eu vi questionando essa narrativa clássica da transgeneridade. Isso abriu minha mente para começar a me entender como não binário, percebendo que existem outras formas de navegar o sistema de gênero que não necessariamente tem a ver com a transição de um pólo para o outro, no caso do feminino para o masculino. Muito obrigada!
Obrigado pelo vídeo, Jonas! Não sou uma pessoas trans, mas tenho um amigo que está no processo de transição, acredito que sua narrativa apesar de não falar por toda uma comunidade, ela ajuda muito a gente acolher e dar suporte para nossos amigos. Valeu querido!
Sim, muitas coisas acabaram me fazendo questionar muito sobre ser trans, já que eu não me encaixava naquela caixinha que contavam, me fazendo realmente tentar me encaixar e vi que estava apenas me forçando a ser o que não era e depois fui compreender que tudo bem eu ter uma história diferente da "clássica". Como às vezes me leem é diferente de como me entendo/vejo, mas como você falou, isso vai além de nós mesmos.
Ouvindo sua história, me indemnification bastante com a ideia de não flertar (no meu caso) em ser uma “mulher trans” propriamente… mas flerto MUITO com a ideia dos hormônios, com a ideia da cirurgia… e que essas “etapas” da transição são por si só, um fim, e não um meio. Mas continua angustiante pra mim não ter uma resposta convicta pra pergunta “sou trans?”, e muita dessa angústia vem do medo dos questionamentos e explicações que vou ter q dar pra todos ao meu redor!!! Eu não sei o que fazer.
Uma vez escutei da maravilhosa Helena Vieira algo como: "eu nunca me senti como uma mulher, eu sempre me senti como eu mesma... e é essa a minha expressão de mim". Acho que isso dialoga bastante com a sua forma de compreensão, Jonas. Incrível esse vídeo, obrigada!
Jonas, dificilmente dou "Gostei" em algum vídeo do RUclips, não sou de interagir muito. Mas definitivamente o seu vídeo tem o meu "gostei". Venho te acompanhando há algum tempo pelo Instagram, admiro demais sua forma didática e calma de transmitir informações e me identifico muito com isso. Me identifico também com vários pontos da sua história, ansiava muito por esse vídeo. Mandei alguns directs algumas vezes, mas imagino o quanto você deve ser ocupado kkkk Só queria deixar aqui minha mais profunda gratidão por esse conteúdo incrível, por compartilhar sua história e pela imensa contribuição. Admiro demais você! Um grande abraço!❤️
Passei toda a minha vida tentando me encaixar no padrão feminino, tentei até mesmo usar roupas e ter atitudes objetificadas para tentar me encaixar e ser feminino, mas nunca consegui, não importa o quanto eu tentasse. Sempre fui chamado de macheiro por gostar de brincar com os garotos, os garotos tbm n me viam ou tratavam como uma menina, quando eu tentava ser feminino eu acabava falhando muito além do desconforto até então sem motivo aparente. Nas brincadeiras infantis eu nunca gostei de ser a figura feminina e etc, sei que isso não significa muita coisa, mas isso é uma das coisas. Passei muito tempo da infância desejando menstruar para poder ter um corpo mais feminino, pois a minha estrutura óssea se assemelha a de um garoto, não é delicada exceto pela cintura. (Novamente isso n significa muita coisa, mas para quem tenta ser feminino é uma barreira), além de que até mesmo a minha forma de me comportar na infância era como um garoto. Acabei me descobrindo trans após começar a desenhar personagens masculinos que eram o puro reflexo dos meus desejos internos, após isso eu não conseguia mais desenhar personagens femininos, pois eu me identificava muito mais com os meus personagens masculinos. Logo em seguida acabei conhecendo os livros "yaoi", e isso apenas me deixou mais confortável ainda, parecia que eu pertencia a isso, não como um feitiche, mas como um forma de esquecer por um momento que eu nasci biologicamente mulher. Com o passar dos anos acabei percebendo que eu não conseguiria ter relações com homens por saber que eu teria que fazer isso como uma "mulher" por causa da minha anatomia, e eu me sentiria extremamente desconfortável caso acontecesse. (Além de que sou aroace), mas embora isso fosse uma realidade, eu também me sentia atraído mais a garotos do que a garotas e assim descobri a minha pansexualidade. E no momento em que tentei me convencer de que eu era uma menina e me vesti com roupas feminas, eu simplesmente me afundei em depressão e agonia de tanto que eu me esforçava para me sentir uma menina. Fui ao psicólogo e recebi um documento que dizia que eu realmente era trans.
perfeito o vídeo, jonas. me identifico muito com suas falas e me ajudou a refletir sobre minhas decisões (junto com a terapia). e eu gostaria muito que você fizesse um vídeo sobre o início da transição com a T em gel, pois é a que eu mais me identifico e optaria, mas não tem tantos vídeos explicando sobre essa T. parabéns pelo vídeo, muito bom!
Eu amei o vídeo e me identifico com essa coisa de " eu sempre soube" pq na real n sabia n, eu vou fazer 19 anos e me assumi com 14 inclusive pra familia, mas eu segui os papéis q me deram na infância até q "certo" sabe? Poucas coisas me incomodavam, eu só senti muita afinidade com o conceito de não binariedade, eu passei uns 6 meses pensando " eu posso ser só uma garota diferente, eu não preciso ser feminine pra ser ser mulher", mas era uma idéia q n saia da minha mente. Admito q eu sentia q tinha algo de errado comigo na infância mas aí eu nunca vou saber se era com esses papéis TB se era o bulling, eu fui uma criança meio deprimida TB , então enfim nunca vou saber. Eu sei oq eu sou hj e é oq importa ne
Ohhh Jonas! Tenho assistido tantos daqueles seus primeiros vídeos, pois queria começar essa jornada “tentando” com o Androgel e creio que os seus vídeo sobre foram os mais esclarecedores pra mim; mas não sobre o gel e sim em como Você se sentia e Eu me sinto hoje. Eu tenho uma ideia mais “definida” talvez sobre o meu ser másculino no qual não cabe aquele feminino empurrado com a barriga até hoje (50 anos). Tô destruindo várias caixinhas, imagina a cômoda que tenho! Enfim; binário ou não binário, acho que não faz tanta diferença, quando no lugar desses papéis (ainda dentro do mundo trans) há uma consciência, ainda que seja … Kkkk sei não! Que bom fugirmos de certezas que nunca existirão de fato, e seriam uma perigosa ilusão.
Eu sou um garoto trans (e sim tenho certeza) Por algum motivo eu nunca senti mt disforia com o meu corpo e sim com a minha voz, por ela ser mt fina e afeminada, mas em questão do meu corpo eu só sinto disforia com os intrusos. Na minha infância eu sempre gostei do "estilo" dos garotos, corte de cabelo e etc, mas foi bem normal nada mt fora do padrão (eu tb sempre quis ter cabelo curto). No geral eu só n me sentia encaixado no padrão q botaram pra mim :/
Oi Jonas! Gostaria de sugerir um vídeo sobre a personagem trans em Mr. Robot e o q vc achou da representatividade trans nesse caso! Adoro seus vídeos! =)
“Eu não me identificava, não sentia nada (...) Mas eu sentia algo que me tocava muito.” Eu nunca me identifiquei tanto com essa frase.
Engraçado, eu sempre achei besteira isso de "quando a pessoa era criança, não gostava de boneca/carrinho", isso não quer dizer nada... Pra mim, na minha história eu me sentia muito infeliz comigo mesmo, sentia vergonha, mas não sabia o que era, quando descobri a transexualidade, assistia a vídeo, via fotos e isso me dava força e coragem, mesmo eu sempre duvidando da minha capacidade, achando que nunca conseguiria. Passei anos refletindo antes de qualquer decisão, até que tive um sonho (cômico até rsrs), onde eu me via já um homem mais velho, mas com uma aparência muito muito feia, e no sonho eu me questionava se estaria disposto a mudar fisicamente sem saber o resultado. Foi nesse exato segundo que tive 100% de certeza... Não se tratava de aparência física, se tratava simplesmente do ser. Eu só consegui me sentir de fato eu depois da minha cirurgia.. Mesmo já hormonizado, ainda assim... Mas quando operei, sei que parece clichê, mas senti como se tivesse saído toneladas das minhas costas. Me senti livre como se nada mais fosse tentar me impedir de ser eu. Cresci ouvindo que jamais arrumaria alguém que ia me querer por ser "metade homem e metade mulher", mas pra mim não existiam dúvidas. Preferia morrer sozinho, porém morrer sendo eu! Tantas vezes tentei e quis me suicidar, mas a hipótese de ser velado com meu antigo nome e com uma carcaça que não era a minha, me fizeram continuar... Hoje eu sinto orgulho de quem eu fui, foi graças a "ela" que sou quem sou hoje. Eu zoo que tive de ser muito mulher pra hoje ser muito homem! E encarar os medos e viver! Depressão mata, síndrome do pânico também... A vida é difícil e pra continuar e seguir é preciso coragem e principalmente estar bem consigo mesmo.
Meu sonhos fazer essa cirurgia 😢 as vezes eu acho tão impossível 😢😢
"hmmmm, sei não" é o que penso ainda hoje KKKKK isso depois de um ano em T... Acho que uma construção feminista nos deixa mais atentos, o que eu considero extremamente positivo.
não sei se chega um momento que passa, viu, 5 anos na conta e às vezes... KKKKKKKKKK
Eu me identifico bastante com a sua trajetória, mesmo que não sejam necessariamente iguais. Existe uma pluralidade muito grande na comunidade e é muito importante quando vemos vivências que fogem da "clássica" narrativa trans, que se eu tivesse conhecido antes, talvez teria sido mais fácil.
É sabido, acho que a pluralidade da nossa comunidade é um fator extremamente importante de se considerar sempre, pois ela não só honra quem tem experiências diferentes, como nos torna um grupo heterogêneo, nos complexifica, evitando reduções grotescas e perigosas.
me identifiquei muito, eu nunca me encaixei na narrativa trans perfeita, e vira e mexe me pego pensando "mas será que sou mesmo?". o que me fez passar a me identificar como trans a cerca de um ano atrás foi o texto "the null hypothecis" da natalie reed. eu sentia que eu estava buscando "permissão" pra ser trans e esse texto me fez entender que isso nunca vai acontecer, não tem como alguém além de mim mesmo dizer quem eu sou. obrigado por trazer esse vídeo, acho que é uma discussão super necessária!
Uau li esse texto que você mencionou agora e meu Deus do céu, obrigado por mostrá-lo, clareou muita coisa💕
"Como eu sei que sou trans?"
O que me fez saber foi a disforia, a grande disforia com o meu corpo, com os meus seios para ser mais exato . Não era/é sobre peso, não era/é sobre beleza, não era/é sobre padrões, era/é sobre ter algo ao qual vão me associar a uma mulher. Eu tenho uma aparência muito "masculina" e as pessoas que não me conhecem muitas vezes me tratam no masculino, exceto quando veem meus seios e isso causa uma dor anormal em mim. Eu nunca consegui me ver no futuro sendo uma mulher, sempre era uma figura masculina meio borrada e eu nunca consegui entender o porquê aquele ser estava lá sendo que eu estava pensando no *MEU* futuro, mas agora eu entendo tudo que isso significa!
Exato! Pra mim existe tudo isso que vc falou, mas ao contrário, do masculino pro feminino.
Nossa eu sou assim desde que nasci
Aii, esse vídeo já virou patrimônio histórico-cultural da comunidade trans ^_^. Me relaciono muito com sua história.
Tão gentil!
Nossa, obrigado pelo vídeo! Ajudou sim! 😊 Você foi a primeira pessoa que vi trazendo esse tipo de reflexão dentro do tema "como saber se sou trans?"
Eu também fiquei 2 anos questionando meu gênero e só agora começo a ter um pouco mais de clareza sobre o assunto. Eu tbm cheguei a essa conclusão de: "não tenho 100% de ctz se sou trans, mas ter peitos é algo q me incomoda, então eu quero fazer a cirurgia independentemente de qualquer rótulo. Se eu eventualmente me arrepender, azar o meu! Eu que lute!"
Minha aparência muitas vezes feminina não me incomoda , mas pensar que as pessoas vão achar que eu sou mulher sim e isso me deixa com disforia , o fato de hoje me considerar uma pessoa gênero fluido me deixa ainda mais com dúvidas ksksks porque eu não sei se eu quero transicionar se eu preciso e se vai me fazer bem , porém eu ainda me incomodo muito com o meu corpo , eu queria ter um corpo mais masculino com menas curvas apesar de eu gostar de me vestir com vestidos saias e etc. Apesar de eu amar meu corpo muitas vezes eu ainda sinto que ele não é o que eu gostaria de ser ou estar no momento... mas a ideia de que eu posso me sentir diferente amanhã me deixa confusa sobre qualquer mudança ou até mesmo sair do armário pras pessoas e consequentemente se eu sou trans ou não
Hmm acho que pra pessoas não binárias, incluindo gênero fluído, a expressão de gênero pode se dar de várias formas. Vc n vai ser menos não binária pq se parece com uma mulher. No caso de uma pessoa gênero fluído, ela pode fazer pequenas mudanças de vestimenta, maquiagem ou comportamento para se aproximar do gênero em q está se sentindo, ou optar por uma aparência mais andrógina.
Eu sou não binário e já pensei se gostaria de pôr seios, mas amo meu corpo do jeito q é e se a fluidez de gênero me levasse pro feminino, e dps de volta pro masculino, me sentiria estranho com meus seios.
@@Drakavio sim é meio que isso tipo comigo é ao contrário , eu penso se um dia eu fizesse a cirurgia realmente a ideia de não ter seios me fascina porém eu ainda não sei se é o certo e nem se eu me sentira confortável depois
@@kai-pt8lx eu entendo. Testa um binder e vê como vc se sente, como se sente principalmente olhando no espelho.
Vesti um sutiã hoje e achei que não combinou mt com meu corpo, prefiro continuar assim msm.
@@Drakavio Normalmente eu tento suavizar com algo sem bojo ou top , mas eu vou testar um binder de verdade...
@@kai-pt8lx aa entendo, boa sorte
é, comigo foi bem complexo também. eu tinha um comportamento feminino quando criança, mas não lembro de chegar pra minha mãe e dizer explicitamente "eu sou uma menina". eu também tive desconforto com meu corpo desde o começo da puberdade, mas eu não sabia explicar a razão. a maneira que eu agia frente a outras pessoas era como "um garoto esquisito", porque eu andava de um jeito estranho, gesticulava de um jeito estranho, falava de um jeito estranho... pelo menos é o que eu ouvia as pessoas dizerem. e quando eu me olhava no espelho, eu também via uma pessoa estranha, eu não me reconhecia. e quando eu pensava sobre minha atração por mulheres, eu percebia que eu sentia algo diferente dos caras héteros, a forma que eu queria me relacionar com uma mulher era totalmente diferente. era como se eu quisesse namorar uma mulher que agisse mais como um garoto, e me tratasse como uma garota. e quando eu pensava sobre a possibilidade dela desejar meu corpo, eu queria que ela me desejasse com um corpo de mulher, com s3ios, curvas, pele lisa e sem tantos pelos, v1lva. e as coisas que eu queria que ela me fizesse sentir, não eram sensações que um homem poderia ter, e nem eram sensações que um homem sequer almejasse. pensar que meu corpo não me permitia ser amada do jeito que eu queria começou a me causar mau-estar, depois crise existencial, depois desespero, e aí eu entendi que era trans. minha transs3xualidade foi sempre ligada a minha s3xualidade, não se trata só de por quem a gente se atrai, mas como a gente quer se expressar s3xualmente e romanticamente, como a gente quer ser desejadx, tocadx. s3xualidade não é sobre um sujeito, construído como masculino, desejando um objeto, construído como feminino, como muita gente ainda acredita, mas uma troca em que ambas as partes são simultaneamente sujeito e objeto. então eu entendi que, no que diz respeito a minha s3xualidade, não só eu desejo uma mulher, mas eu desejo , e quero ser desejada, enquanto mulher também, e essa é a única forma de amar que faz sentido pra mim. o problema da cisnormatividade é assumir que s3xualidade é sobre ter um objeto de desejo, e a maneira que agimos com relação ao que desejamos se assume ser "natural" e sem controvérsias, algo como "se vc nasceu com p3n1s, é óbvio que vc vai usar durante o s3xo, pois é natural que seu corpo seja usado dessa forma, vc nasce com o instinto e o instinto vai te guiar a usar seu corpo como um homem usa". mas e quando não é assim que funciona? e se eu não quero ter um p3nis, muito menos usar? aí a sociedade diz que a gente é doente.
Jonas, me identifico bastante com a sua narrativa. Eu tinha a necessidade de achar alguma coisa na minha vida que me desse a certeza de que eu era trans. Eu não tive apoio dos meus pais, nao tinha certeza de nada, foi realmente uma aposta (e continua sendo) mas mesmo assim decidi começar os hormônios com 8 meses de transição social, e antes da transição social fiquei um ano pensando sobre, e pesquisando e refletindo sozinho. Na minha cabeça, eu também só saberia fazendo. Eu vi nessas pesquisas que eu também não me encaixava nessa narrativa clássica, em várias coisas eu me encaixava, mas não em todas. Se entender como pessoa trans é um processo muito íntimo, e acho que isso acaba gerando muita insegurança (pelo menos pra mim). Eu nunca tive uma certeza ABSOLUTA de que eu era trans, ate hoje eu sou inseguro. Mas eu estou muito mais feliz como Noah, muito mais confortável. Tento não pensar no “e se no futuro eu me arrepender?”, pq eu agora não abriria mão da minha transição de forma alguma. Me sinto mais feliz, mas os questionamentos continuam, e vão continuar … eu acho. Mas é muito sobre isso: “eu escolho meu corpo para mim”. E este corpo me representa muito mais agora do que antes. Além disso, eu sou muito contrário à reprodução dos padrões de masculinidade “excessiva” (pra nao dizer tóxica), sou um homem trans “afeminado”, e gosto de ser assim, não gosto de reproduzir ou passar a ideia de “machão”, e acho desnecessário.
eu gosto muito dos seus vídeos, você foi de certa forma importante na minha trajetória. obrigado u.u
"Eu escolho esse corpo pra mim, e esse corpo me representa muito mais do que antes". Perfeito! 👏👏
No início da minha transição eu me sentia muito pressionada a tomar hormônios, adotar pronomes e identidade feminina. Também não tinha uma racionalização muito clara do que tava acontecendo, mas entendia que não era cis e que não importava o quanto eu tentasse, sempre fracassaria em ser homem. Minha mente na época abraçou um "se não sou um homem cis, claramente sou uma mulher trans" e isso foi um desastre. Algumas coisas sobre a transição "médica" eram assustadoras pra mim. Na época eu nem queria ter seios, sabe? Depois que me entendi como uma pessoa não-binaria, me senti confortável pra tentar a hormonoterapia. E hoje estou feliz com todas as mudanças, incluindo os seios.
Entendo que a minha autonomia me localiza socialmente como uma pessoa trans. Gosto de pensar a minha não binariedade como a recusa de um artista em interpretar papéis que já existem somados ao desejo de incendiar todo o teatro.
Obrigado por compartilhar seu relato! Certeza que ele ressoa em muitas pessoas que, assim como eu, passam anos sofrendo por não se encaixarem na narrativa clássica do que é ser "trans de verdade."
KKkkkk adorei sua descrição da não binariedade, me identifico
perfeito! nossa, incrível sua capacidade de articulação e sempre sendo sensível nas escolhas de como se expressar... enfim, vc é super necessário Jonas e deu pra compreender perfeitamente ❤️❤️
Ai de mim
Eu me entendo trans já faz uns 2 anos e eu vivo tentando lembrar "sinais" de quando era menor. E eu nunca tinha parado pra pensar e nem nunca soube sobre a transexualidade e do nada simplesmente veio esses pensamentos confuso na minha cabeça, e eu não tinha com quem conversar int me recorri ao senhor "Google" e depois de várias pesquisar durante uns 5 meses eu finalmente pensei "é isso" é isso, e é isso
Finalmente uma jornada parecida com a minha
Incrível como eu consigo me relacionar mais com essa experiência (sou mulher trans) do que com a de pessoas que são do meu próprio gênero. Porque lembro de raciocinar todas essas coisas que você explicou. Eu não consigo entender as pessoas que se "identificam" com qualquer gênero, porque para mim também acaba sendo uma questão muito mais sobre o corpo e existência que necessariamente reivindicar: nome, pronome, vestimenta, espaços, maneiras, ações, gostos etc. Por isso acho tão problemático as pessoas reduzirem o que é ser "trans" em algumas coisas que não necessariamente deveriam pertencer a gênero algum.
Muito bom apontamento. Eu nunca havia me questionado muito sobre ser trans, pq considerava e ainda considero que não seguir os padrões de determinado gênero, não me faz menos parte daquele gênero e mais parte de outro. Porém conforme eu fui me questionando e entendendo, percebi mais por um sentimento como me sentia feliz tanto no gênero masculino, como no feminino, um gênero q flui e é livre para se expressar da maneira q se sentir mais confortável. Acredito que essa seja uma das bandeiras mais importantes da comunidade trans, se expressar livremente independente de gênero.
P.S.: Atualmente me vejo como não-binário
@@Drakavio legal sua experiência, grata por compartilhar. Mas para complementar o que digo. Eu percebo o não-binarismo, talvez de maneira equivocada, ao estado que deveria ser natural para todo mundo. Porque se fosse para chegar a ser estereótipo de mulher eu nao iria querer. Só que apesar disso eu não abro maos de características físicas, que sao inerente a corpos ditos fêmea ou femininos. Acho que essa característica que me faz ser trans. Por isso não sei até que ponto o nb é trans e o trans é nb, porque para mim eu entendo o nb como liberdade do corpo e expressão que deveria ser direito para todes e nao algum gênero..
Também acho complicado entender a ideia do se "identificar" e discursos afins, porque há tanta coisa envolvida. Às vezes a própria pessoa nem pensa assim, mas é o vocabulário que ela tem disponível pra se expressar naquele momento.
@@louisericoli4242 concordo em parte. Eu tava refletindo um pouco sobre isso hoje, acho q com o tempo e o avanço do movimento trans, o gênero masculino e feminino sejam entendidos de uma maneira mt mais abrangente pela sociedade. Ainda assim, eu acredito que pessoas nb não sumiriam, afinal é outro guarda-chuva gigantesco q inclui o não-gênero, o neutro, ambos os gêneros, a fluidez ou até um terceiro gênero.
Eu por exemplo, se fosse pra me basear só na abrangência do gênero masculino, continuaria me vendo como homem. Mas quando explorei melhor como me sentia, me vi também numa mulher. É por isso q me vejo como não-binário sabe?
Penso também se vai chegar um dia em que os papéis de gênero serão abolidos pela sociedade e as formas de expressão serão mt mais livres e diversas, menos categorizadas. Acredito que quando esse tempo chegar, o mesmo vai acontecer com a sexualidade.
me identifiquei tanto que nem sei mais o que fazer com essas informações kkkk na verdade, sei sim. Sei que não preciso ser o clássico caso, mas apenas respeitar a minha própria trajetória como uma pessoa trans não-binaria. Mesmo que eu me encaixa fisicamente totalmente no padrão do que reflete ser mulher, eu nunca serei, pois me faz mais sentido ser trans do que ser mulher
No meu lugar cis feminino acho poderosíssimo esses seus vídeos.
Desde vídeos como o da Mandy Candy, falando numa perspectiva com um disforia muito clara... A conteúdos de pessoas gênero fluido, drags, e pessoas trans no geral q saem do. Eu aprendi na infância adolescência sobre transsexuais... Numa época q eu nem lembro de falarem de transgeneridade masculinas, muito menos de gênero e TD o mais.....
Eu não sei se cabe (definitivamente quem menos precisa desse suporte é a cisgeneridade) ,mas agradeço.
Fico feliz que se interesse pelo assunto e mesmo depois de tanto tempo ainda busque informações! A maioria ouve uma vez e depois ignora, mantendo, por vezes, uma visão muito estereotipada e desatualizada a respeito da comunidade!
@@JonasMaria nossa.... Total
Eu só comecei a ter o mínimo de sensibilidade há uns anos(tenho 31 anos) e assim ..... Um universo q se abre....
Mas vc falou no final algo q q comunic muito do q eu apsssei o vídeo todo refletindo: a transgeneridade tlvz em muitos aspectos se faça ""necessária""( realmente não acho a melhor palavra, mas meu vocabulário é pobre.. 😝) pq existe a imposição da cisgeneridade...
Tlvz, e certamente, isso é muito óbvio pra quem se entende/percebe trans... E tlv seja parte da chave básica de um exercício de empatia cis.... Entender q é pq foi posto q _devemos ser binários e "biologicos"_
07:34 esse reconhecimento interno de que gênero é uma performance social, e você está fracassando em gênero é algo que eu sentia muito quando era criança e adolescente, mesmo sendo cis. Sozinha para fazer o que bem quisesse (e minha mãe deixasse), as coisas me eram muito lógicas: eu era uma menina, logo se eu faço algo, essa coisa automaticamente vira algo que meninas fazem, porque eu fiz. Mas entre outras pessoas, vendo como as outras meninas e os meninos tinham seus próprios papeis, que eles pareciam saber naturalmente performar, enquanto eu tinha que ser tangida e explicada meu papel por adultos e outras crianças, me subia a sensação de que eu vim com um erro de fábrica, uma mulher mal feita. Naqueles momentos, ser menina não era algo que eu simplesmente era, era um dever, e eu estava eternamente a beira de reprovar.
Me identifico como genero fluido e assim, me senti muito representade com esse vídeo, é tão parecido a forma como eu me sinto. Antigamente pensava que ser trans era uma coisa de se identificar com "o oposto" e afins mas fui crescendo e entendendo o porquê e esse processo é muito necessário.
Em 2 meses de transição, seu vídeo até agora é o único que consegue falar por mim, porque é exatamente o que sinto. Tenho 32 anos, apenas fui e fiz, estou feliz com cada mudança. Minha psicóloga precisa ver esse vídeo. 🥰
Ótimo vídeo Jonas!
Eu não sou trans, mas vivo me questionando sobre os estereótipos de gênero, os padrões da sociedade, e todos esses códigos envolvidos. Sempre fui uma garota que foge do que é tido como feminino, mas nunca me incomodei com meu corpo ou o fato de 'ser mulher'. Me incomodava um pouco meus seios por serem muito grandes e chamarem atenção (que eu não queria pq era tímida e reservada), e fisicamente tbm por dificultar algumas atividades físicas e etc. Hoje eu sou uma mulher gorda tenho vontade de fazer redução de mamas pra me sentir melhor. Fora isso, acho que estou ok com meu corpo. Quer dizer, fora alguns problemas de autoestima que tenho por sempre ter sido considerada feia, nariguda, e tal. Enfim, fora essas questões de aparência, acho que a divisão binária de gêneros só nos limita e nos segrega, seria melhor se não existisse defnição nenhuma na minha opinião, cada um é único!
Me identifico muito com o que você diz. Desisti da minha transição e agora depois de alguns meses, me percebo novamente entrando por esse caminho. Mas de uma forma mais livre, essa questão de ter de se encaixar em vários estereótipos do que seja um homem trans cansa um tanto. Me sentia mais presa do que quando não tinha transicionado. Agora, eu fiz as pazes com a Lorena e com o Lorens também. Voltei à hormonização, pois gosto do que ela me proporciona, dos caracteres, me sinto quase como naquele testo junkie, mas ao mesmo tempo, fujo de alguma caixinha. Me sinto bem com o corpo feminino-masculino. Chamem-me de Lorena ou de Lorens. Não há problema. Mas não me vejo como homem, talvez, eu esteja num lugar de não cis de alguma forma. Parece que por mais que fujamos das caixas, em algum momento somos levados a elas. É inevitável.
Eu conheci a transexualidade em 2017. Conheci o feminismo em 2018. Comecei a estudar o capitalismo em 2019. Conheci o veganismo em 2020.
O fato é que tudo isso em algum momento se encontra.
Quanto mais nos debruçamos, mais contraditório o cistema sexo/gênero se torna.
Eu gosto muito de quando Judith Butler diz que "um corpo ganha significado nas suas experiências com o mundo, mediadas por certa concretude e historicidade." "O corpo é histórico e não natural".
Obrigade pela sua contribuição, Jonas.
É muito importante ter alguém relevante como você que ajude a fomentar a dúvida. Porque é através dela que a mágica acontece.
Continue sendo incrível.
Tmj ❤️❤️❤️❤️
Não sou trans, mas me identifiquei muito com o "fracasso em performar gêneros " , a verdade é que não busco esse sucesso de modelo de gênero, quando me lêem como mulher é sempre a lésbica Maria-macho, quando me lêem como homem é sempre gay,afeminado, mas pra mim é um lugar confortável de beleza, uma auto criação só minha,o ruim é o preconceito das pessoas, mas pago oq for preciso pra viver dessa maneira
Enquanto uma pessoa não-binário, possivelmente de gênero fluído, ainda me encontro muito com essa questão. Na grande maioria dos dias me enxergo mais alinhada ao fem. Mas nos dias que eu não me sinto assim, nos dias que me enxergo mais alinhada ao masc, me sinto perdida de novo.
Antes eu tinha uma nome social que é enxergado enquanto um nome fem. Vi necessidade e troquei pra um nome mais neutro, Gabe. Foi uma das melhores decisões que tomei, mas ainda tenho esse questionamento.
Gente, eu sempre tive uma pontinha de dúvida sobre meu gênero. Lembro que na festa de 15 anos da minha irmã eu fui forçado a ir de vestido e maquiagem, mas eu queria ir como os meninos. Isso me marcou mto pq n saí em nenhuma foto. Hoje eu ainda me sinto mal, deslocado. As vezes penso que to ficando louco. E sinto um vazio, como se estivesse mentindo para todo mundo ou fingindo ser outra pessoa. Tenho medo de ser trans mesmo e a reação da minha família e pessoas ao redor. N sei bem se to tranquilo com o meu corpo ou não. Preciso de uma terapia aqui na minha cidade em Belém do Pará, alguém conhece alguma terapeuta especialista em transgeneridade aqui?
Amigo, prazer! Meu nome é EDUARDO e moro em Belém também! Passo exatamente pelo que vc passa. Quer conversar um pouco sobre?
Até que nesse ano eu me fiz essa pergunta.
Será que sou trans?
Até que um dia por vários motivos eu me convenci que era apenas gay! E justo hj eu me fiz essa pergunta de novo. E estou tentando até agora me entender... isso pq eu só tenho 16 anos kkkk
Jonas, sim, quero vídeo sobre todos os parênteses q vc fez nesse vídeo! Grata. Kkkkk
Oi Jonas, vamos ao meu feedback do vídeo. Eu nunca tive cerveja que eu sou trans. Vivi o ano de 2021 nesse "looping", sem ter uma certeza mas louco para sair dele. Se nesse ano me debrucei sobre meu próprio gênero, eu penso essa pergunta "sou trans?" há dez, desde que comecei a ver vídeos no RUclips americano sobre. Mas sempre q pensava nisso achava mto confuso e preferia não pensar e esquecer. Pensava que havia aprendido a ser mulher na sociedade e que estava bem assim. Durante a pandemia, voltou como um furacão. é difícil racionalizar, e não é uma certeza "sou homem" que me faz pensar que sou trans. É esse sentimento, essa conexão com o tema, e que no fundo eu encontrei algo que me toca e faz mto sentido. Seu vídeo foi mto bom pra mim, pq reforçou minha certeza de que não preciso ter uma certeza essencialista, e reforcou esse recorte emocional, e não racional. Mostrei seu vídeo ontem pra minha namorada, acho que vc ajudou a traduzir um pouco do que sinto e me ajudou também a traduzir para mim mesmo rs. Ontem tomei minha segunda dose de T e estou mto feliz, empolgado pelas mudanças q virão. A hormonizaçao vai ser um fim em si mesmo, mais do que "virar homem". E estou feliz pela reescrita de mim e do meu corpo, mesmo que as vezes me bata medo pelas consequências, em especial no meu trabalho (trabalho há 5 anos no mesmo lugar). Mas vamos que vamos, it's a walking progress
Me identifico bastante com sua trajetória, Jonas. No final das contas, eu fui vivendo e percebendo o que me era cabível e o que não me era, e cheguei até aqui, e chegar aonde cheguei é também estar carregado de títulos. Gosto da onde estou, e me entendo como esse alguém.
Faz um vídeo sobre a hormonização!
Eu li harmonização kk. Do jeito que o Jonas é eclético, não duvidaria de um um vídeo com essa temática rs
@@jaxrosil7497 KKKKKKKK "harmonização facial e construção da masculinidade dos queixos quadrados"
@@jaxrosil7497 não só vídeo, faria em mim também, só me falta a oportunidade $$$ rsrsrs
Minha psicologa perguntou pra mim
E eu n soube responder, dei uma resposta meio meh... e agora parece q ela vê q eu to buscando algo q n necessariamente precise de uma mudança
So q eu sei q preciso, eu qro mt usar hormonio, eu qro mt fazer cirurgia
Mas msm assim, como posso deixar claro q é isso q eu sou sem dar uma resposta rasa? Vou ver o video ainda
Complicado dar qualquer orientação nesse sentido, mas use toda a sua sinceridade pra lidar com a situação, acredite em você e no que você sente, você sabe o que você quer. Nem sempre há palavras pra descrever as situações. No vídeo eu menciono que me faltava racionalidade, mas havia uma emoção que me movia.
@@JonasMaria obg Jonas, foi mt esclarecedor
Encontrar na internet videos que citam Judith Butler, é qualquer coisa!! Parabéns pela qualidade do seu conteúdo!
Comecei a pesquisar sobre gênero a partir dos vídeos do seu canal, tenho encontrado muito desconforto nos debates que você propõe e acho que esse é o caminho! Me "denomino" como não binárie por não possuir comportamentos o suficientes marcados que me validem como homem ou mulher mas a verdade é que estou em desconstrução das concepções que tenho sobre masculinidade. Você falou muito das dúvidas que tenho sobre mim. Obrigadx por compartilhar sua história e agregar tanto na minha.
Quais seriam esses comportamentos "marcados" que validam alguém como homem/mulher?
Te acho um gato lindo, mas o que mais me atrai em você é a forma com que você elabora pensamentos complexos o que pra mim passa uma segurança você ser um pacote completo, capaz de entender dias bons e ruins, o complexo e simples, a futilidade e o compromisso. Pode parecer incrível mas isso é raríssimo hoje e 100% necessário a um relacionamento saudável.
Amo seus videos, dialoga mt com a visão que tenho e minha realidade, obgg por criar esse espaço
Pela primeira vez eu vejo um vídeo falando sobre uma transição q não segue a narrativa de "sei q sou trans desde criança" cheguei a minha adolescência e só agora q eu comecei a cogitar a idéia de ser trans, nunca me indentifiquei com essa narrativa de saber q sou desde criança, mas esse seu vídeo me ajudou muito a me entender bem melhor sobre mim
Obrigado por esse vídeo, Jonas. Ando completamente sem certeza de nada, ainda sou lido como um homem cis. To amadurecendo a ideia de caminhar com meu corpo pra um outro lugar. Ainda n sei se ainda o de um homem cis esteticamente mais andrógino, ou pra alguma compreensão de si como NB ou uma mulher/travesti.
Confesso que as vezes fico numas crises ferradas, mas é isso, caminhando aos poucos e tentando cuidar de mim.
Obrigado pelo vídeo. De verdade. ❤
"eu não conseguia encontrar uma razão para ser trans" interessante! vou refletir sobre.. pq no momento, estou confuso e posso dizer que no meio de algo cis/trans. parece que estou na metade do caminho, não estou em nenhum extremo!
Primeiro vídeo sobre o tema que me identifiquei 100%. Muito obrigado por esse vídeo maravilhoso!!!
Eu tenho pra mim que genero e sexualidade são coisas q n existem na natureza, ent meu genero é "eu" e minha sexualidade é "o que eu tiver com vontade no dia"
Gostaria muito de agradecer por esse vídeo ter me gerado a melhor reflexão sobre o assunto. Seu ponto de vista me fez pensar cada detalhe muito amplamente e entender várias coisas que eu não entendia.
Você é uma referência e inspiração 👏🏼 Parabéns pelo trabalho!
Eu amo te assistir amigo, arrasou no vídeo. 💛
finalmente tenho um video que eu me identifico! sempre tive muitas duvidas quando me entendi trans justamente por não corresponder a muitos fatores que eu via como uma "regra". como sempre vc sendo incrivel e necessario Jonas, muito obrigado!
vídeo incrível!! É muito interessante a sua forma de falar sobre ser trans, acho super ~contra-dogmática. Me faz pensar na forma como a Natalie do contrapoints fala também 🦇
jonas, tá comunicando muito bem
Muito obrigada por compartilhar sua experiência, João! É muito interessante a falas sobre gênero, mas pesquisando sobre também , inclusive as falas que vc trouxe vejo que as pessoas acabam interpretando o gênero como algo livre da biologia ou algo que corresponde apenas aos estímulos externos (ignorando a psicologia e a genética por exemplo) o que já foi dado por outra lógica de raciocínio como a neutralidade de gênero, algo que não é muito coerente. A transgeneridade ainda é precisa ser extensivamente mapeada, e poder ouvir você é uma grande contribuição pra todes!
Eu tive uma infância como outra criança qualquer. Brincava, nadava no rio, brincava de carrinho, de boneca, de bicicleta,naquela época não existia internet então eu não sabia o meu ‘’sexo’’, mas fui começar a me entender lá pros 14 anos, pq na minha cabeça eu não entendia pq eu era diferente. Mas comecei a transição mesmo a pouco tempo, fiquei anos decidindo, eu me preparei, sai do pais e fui pra um lugar seguro, onde as pessoas tem menos preconceito e ninguém iria me agredir na rua e essas coisas. Então passei meses do inicio da transição sem hormônios e só agora mesmo tenho aprendido mais sobre mim. É um processo que dói, pq vc começa a cortar muitos laços e quando vc percebe vc tá sem ninguém, mas vc tem a si mesmo.
Moço, você simplesmente abriu minha mente. Eu me identifiquei 100% com você, depois de muita dúvida. ainda terei que pensar um pouco mais, mas agora eu já tenho um palpite... Após chorar noites e noites por conta da disforia que eu costumo sofrer, esse vídeo será uma grande ajuda. Obrigado
Tive muitas duvidas sobre minha identidade exatamente por causa dessa narrativa trans de sempre ser baseado em experiencias, pq eu queria ser um menino, e "agia" como um, mas pq eu queria ter a liberdade deles, e achava que dessa forma eu conseguiria. Depois da terapia entendi que sou uma mulher cis, talvez menos feminina, e que busca direitos iguais
Cara, eu não sei dizer se me identifiquei, acho que sim, mas eu quando era criança, não me importava de brincar de ex: boneca até vídeo game, eu nunca me importei com isso, eu usava as roupas que a mãe me dava pra colocar, as vezes eu não gostava e tals, mas pra mim sempre foi tanto faz, até eu completar 11 anos, que a minha vida virou de cabeça pra baixo e eu comecei a me questionar muito oq eu sou. Mas nunca me identifiquei o mínimo como me identifiquei com o seu
Minha experiência é muito parecida, não me identifico realmente como um homem mas acho que quero os hormônios, as cirurgias e todo isso. Mas não sei com certeza
Muito obg por esse vídeo. Te entendo perfeitamente, estou nesse looping em minha jornada tb, tentando me encontrar em histórias que fujam do discurso comum.
Eu te admiro tanto e me identifico muito com a sua trajetória, revi esse vídeo hoje e me emocionei de novo, é bom ouvir alguém que nos entende e que fala tão bem sobre isso, diz tanto sobre o que eu queria dizer e que às vezes não sei como me expressar, obrigado por isso. Você é incrível!
Cara, esse video é absolutamente maravilhoso, do comecinho às observações sobre o quão subjetivas e sujeitas a linguagem qualquer experiência "contada" tem, passando pelos pontos de foco no vídeo, as questões que o feminismo traz, as nuances... em 12min você fez um video com capacidade de fazer explodir muita cabeça por aí! Metade do vídeo eu já tava chorando que nem um bebê por finalmente achar um vídeo que consiga traduzir um pouco de tanto que eu to sentindo... Não tenho nem palavras pra agradecer. Você é foda! Muito muito obrigado
Eu acho que esse video despertou alguma coisa em mim kk rindo de nervoso
Jonas, tenho acompanhado vc no instagram e no youtube e isso tem sido muito importante, pois vc foi a primeira pessoa que eu vi questionando essa narrativa clássica da transgeneridade. Isso abriu minha mente para começar a me entender como não binário, percebendo que existem outras formas de navegar o sistema de gênero que não necessariamente tem a ver com a transição de um pólo para o outro, no caso do feminino para o masculino. Muito obrigada!
Obrigado pelo vídeo, Jonas! Não sou uma pessoas trans, mas tenho um amigo que está no processo de transição, acredito que sua narrativa apesar de não falar por toda uma comunidade, ela ajuda muito a gente acolher e dar suporte para nossos amigos. Valeu querido!
O que foi dito no vídeo faz muito sentido p mim também, adoraria vê-lo falando mais sobre esse assunto. Ótimo video.
Sim, muitas coisas acabaram me fazendo questionar muito sobre ser trans, já que eu não me encaixava naquela caixinha que contavam, me fazendo realmente tentar me encaixar e vi que estava apenas me forçando a ser o que não era e depois fui compreender que tudo bem eu ter uma história diferente da "clássica".
Como às vezes me leem é diferente de como me entendo/vejo, mas como você falou, isso vai além de nós mesmos.
Olha, a sua história me tocou e fez muito sentido com tudo que estou passam. Gratidão pelo vídeo 🙏🏻🤍
Ouvindo sua história, me indemnification bastante com a ideia de não flertar (no meu caso) em ser uma “mulher trans” propriamente… mas flerto MUITO com a ideia dos hormônios, com a ideia da cirurgia… e que essas “etapas” da transição são por si só, um fim, e não um meio.
Mas continua angustiante pra mim não ter uma resposta convicta pra pergunta “sou trans?”, e muita dessa angústia vem do medo dos questionamentos e explicações que vou ter q dar pra todos ao meu redor!!! Eu não sei o que fazer.
Que vídeo maravilhoso. Fora da caixinha total. Suas análises são fantásticas Jonas! ❤️ Acredito que é sempre uma aposta.
Jonas vou utilizar um trechinho desse ep numa palestra...blz...
Uma vez escutei da maravilhosa Helena Vieira algo como: "eu nunca me senti como uma mulher, eu sempre me senti como eu mesma... e é essa a minha expressão de mim". Acho que isso dialoga bastante com a sua forma de compreensão, Jonas. Incrível esse vídeo, obrigada!
Jonas, dificilmente dou "Gostei" em algum vídeo do RUclips, não sou de interagir muito. Mas definitivamente o seu vídeo tem o meu "gostei". Venho te acompanhando há algum tempo pelo Instagram, admiro demais sua forma didática e calma de transmitir informações e me identifico muito com isso.
Me identifico também com vários pontos da sua história, ansiava muito por esse vídeo. Mandei alguns directs algumas vezes, mas imagino o quanto você deve ser ocupado kkkk Só queria deixar aqui minha mais profunda gratidão por esse conteúdo incrível, por compartilhar sua história e pela imensa contribuição. Admiro demais você! Um grande abraço!❤️
A questão da auto-indentidade é uma questão complexa mesmo. Gostei de como você abordou essa complexidade e seus auto-questionamentos.
Jonas, obrigada por essa partilha. De verdade.
Mais videos sobre os processos de hormonização/harmonização no seu corpo, sim, por favor. (:
Muito bom vídeo, Jonas! Me identifiquei bastante, aposto que ajudará muita gente a se entender também.
Cara, muito obrigada! Você me ajudou muito.
Nossa, Jonas. Você foi super pontual, tocando naquilo que eu precisava ouvir!
Passei toda a minha vida tentando me encaixar no padrão feminino, tentei até mesmo usar roupas e ter atitudes objetificadas para tentar me encaixar e ser feminino, mas nunca consegui, não importa o quanto eu tentasse. Sempre fui chamado de macheiro por gostar de brincar com os garotos, os garotos tbm n me viam ou tratavam como uma menina, quando eu tentava ser feminino eu acabava falhando muito além do desconforto até então sem motivo aparente. Nas brincadeiras infantis eu nunca gostei de ser a figura feminina e etc, sei que isso não significa muita coisa, mas isso é uma das coisas. Passei muito tempo da infância desejando menstruar para poder ter um corpo mais feminino, pois a minha estrutura óssea se assemelha a de um garoto, não é delicada exceto pela cintura. (Novamente isso n significa muita coisa, mas para quem tenta ser feminino é uma barreira), além de que até mesmo a minha forma de me comportar na infância era como um garoto. Acabei me descobrindo trans após começar a desenhar personagens masculinos que eram o puro reflexo dos meus desejos internos, após isso eu não conseguia mais desenhar personagens femininos, pois eu me identificava muito mais com os meus personagens masculinos. Logo em seguida acabei conhecendo os livros "yaoi", e isso apenas me deixou mais confortável ainda, parecia que eu pertencia a isso, não como um feitiche, mas como um forma de esquecer por um momento que eu nasci biologicamente mulher. Com o passar dos anos acabei percebendo que eu não conseguiria ter relações com homens por saber que eu teria que fazer isso como uma "mulher" por causa da minha anatomia, e eu me sentiria extremamente desconfortável caso acontecesse. (Além de que sou aroace), mas embora isso fosse uma realidade, eu também me sentia atraído mais a garotos do que a garotas e assim descobri a minha pansexualidade. E no momento em que tentei me convencer de que eu era uma menina e me vesti com roupas feminas, eu simplesmente me afundei em depressão e agonia de tanto que eu me esforçava para me sentir uma menina. Fui ao psicólogo e recebi um documento que dizia que eu realmente era trans.
perfeito o vídeo, jonas. me identifico muito com suas falas e me ajudou a refletir sobre minhas decisões (junto com a terapia). e eu gostaria muito que você fizesse um vídeo sobre o início da transição com a T em gel, pois é a que eu mais me identifico e optaria, mas não tem tantos vídeos explicando sobre essa T.
parabéns pelo vídeo, muito bom!
Caraca vc foi luz demais aqui!!!
A complexidade e a dinâmica do ser e das relações humanas é bonita demais!
Obrigado Jonas,
Esse vídeo foi muito importante!
Eu descobri que sou trans, então me juntei aos autobots, eliminarei qualquer decepticon que entrar em meu caminho
Faz um vídeo sobre o processo de uso de hormônios.
Eu amei o vídeo e me identifico com essa coisa de " eu sempre soube" pq na real n sabia n, eu vou fazer 19 anos e me assumi com 14 inclusive pra familia, mas eu segui os papéis q me deram na infância até q "certo" sabe? Poucas coisas me incomodavam, eu só senti muita afinidade com o conceito de não binariedade, eu passei uns 6 meses pensando " eu posso ser só uma garota diferente, eu não preciso ser feminine pra ser ser mulher", mas era uma idéia q n saia da minha mente. Admito q eu sentia q tinha algo de errado comigo na infância mas aí eu nunca vou saber se era com esses papéis TB se era o bulling, eu fui uma criança meio deprimida TB , então enfim nunca vou saber. Eu sei oq eu sou hj e é oq importa ne
"Minha história não está aberta a discussões"!!!
Muito boa sua página aqui. Adorei o vídeo. Queremos um vídeo sim sobre androgel 😊
Ohhh Jonas! Tenho assistido tantos daqueles seus primeiros vídeos, pois queria começar essa jornada “tentando” com o Androgel e creio que os seus vídeo sobre foram os mais esclarecedores pra mim; mas não sobre o gel e sim em como Você se sentia e Eu me sinto hoje. Eu tenho uma ideia mais “definida” talvez sobre o meu ser másculino no qual não cabe aquele feminino empurrado com a barriga até hoje (50 anos). Tô destruindo várias caixinhas, imagina a cômoda que tenho! Enfim; binário ou não binário, acho que não faz tanta diferença, quando no lugar desses papéis (ainda dentro do mundo trans) há uma consciência, ainda que seja … Kkkk sei não! Que bom fugirmos de certezas que nunca existirão de fato, e seriam uma perigosa ilusão.
Oi Jonas, obrigado por este vídeo! Foi esclarecedor para mim, me tocou profundamente
Aprendo sempre MUITO com você Jonas! Obrigada pelo conteúdo 🖤
Gratidão, era tudo que eu precisa ouvir nesse momento.
Eeeeeeita q esse vídeo foi pedido(leia-se COBRADO), viu....
Eu sou um garoto trans (e sim tenho certeza)
Por algum motivo eu nunca senti mt disforia com o meu corpo e sim com a minha voz, por ela ser mt fina e afeminada, mas em questão do meu corpo eu só sinto disforia com os intrusos. Na minha infância eu sempre gostei do "estilo" dos garotos, corte de cabelo e etc, mas foi bem normal nada mt fora do padrão (eu tb sempre quis ter cabelo curto). No geral eu só n me sentia encaixado no padrão q botaram pra mim :/
Eu só tenho a dizer uma coisa, obrigada ❤
Você é foda! Referência importantíssima pra minha vida!!
Amei seu video Jonas, obrigada.
Oi Jonas! Gostaria de sugerir um vídeo sobre a personagem trans em Mr. Robot e o q vc achou da representatividade trans nesse caso!
Adoro seus vídeos! =)
Achei legal isso de escolher um corpo para gostar
Que vídeo incrível! Adoro acompanhar suas reflexões sobre gênero!
Obrigada por esse vídeo, era exatamente o que eu estava precisando ♥️
passado em como vc é inteligente e como o seu portugues é perfeito
Me identifico bastante, Jonas...
adoro seu vídeos! muito bacana ver sua experiência e seus apontamentos sobre esses temas
tu é mto foda jonas, obg por esse compartilhar de saberes
"O problema não sou eu." Jonas MaravilhosoOOOO!!
o primeiro video que eu consigo me identificar