sou completamente apaixonada por contos, causos,historias hoje conhecido nais como cordelistas,minha mae sempre contava historias para mim e meus irmaos nos folhetos que sempre lhe acompanhava ela é nordestina e agradeço por nos ensinar a ter gosto por essas historias. O casamento de curió é espetacular voce está de parabens. amei, amei,amei
Olá, mesmo depois de tanto tempo, quero agradecer pelo comentario no video do Casamento do Curió. Como ficou conhecendo nosso trabalho. Agradeço o elogio. Feliz 2010. Grande Abraço.
Alguém sabe o nome da música de fundo que toca quando o Majô Édeuri , chega na hora que curió tava falando de Sonrisal , e taal ... que ele chega com uma voz de mau e diz : Acho bom você preparar um pra você pode ser que você passe mal . Qual o nome da música de fundo ?
TRANSCRIÇÃO PARA IMPRESSÃO: O Casamento do Curió - Sete Personagens: 1. Narrador 2. O Noivo (Dedé Curió) 3. O Pai da Noiva (Major Adeuri) 4. O Capanga do Pai da Noiva (Jeremias) 5. Delegado: Delegado Ferreirinha 6. A Noiva: Maria da Luz 7. O Padre: Padre Ferreirinha Inicio Narrador: Essa é mais uma história de amor, que tem como enredo a saga de um mocinho namorador, com nome de passarinho e fama de gavião. Dedé Curió, que por sorte ou azar do destino foi engravidar logo a filha do Major Adeuri, um militar reformado, mais bravo que um preá. Dedé Curió: Pense num cabra de sorte. Sou eu. Tanta mulher no mundo, fui engravidar logo Maria da Luz. Deus queira que o Major não saiba que vai ser avô. Major Adeuri: Cadê aquele safado? Dedé Curió: Pelo jeito já sabe e eu não vou ficar pra dar os parabéns. Narrador: Nesse momento ouve-se a voz do Major Adeuri, vindo como uma chuva jamais vista em todo sertão. Dessas de arrancar mandacaru pela raiz. E pelo jeito manso vinha com gosto de gás. Major Adeuri: Jeremias! Narrador: Jeremias era o capanga do Major, mais fiel que beata de igreja, dessas que se desse um chute nos culhiôes do militar, é bem provável que acertasse a boca de Jeremias. Jeremias: Opa Major! Major Adeuri: Vamo achar esse infeliz que buliu com minha filha, e eu quero pegar ele logo, que é pra não ter tempo da raiva passar. Jeremias: Oí Major, eu não queria falar não, mas já que o senhor tocou no assunto que tocaro a sua filha, eu vou falar. É que Dedé já é famoso com as meninas daqui. Oí, cada dia é uma. Diz que no carnaval desse ano só deu ele no Bloco. Major Adeuri: Que Bloco? Jeremias: O Bloco Carnavalesco Feminista Unidos do Cagaosso. E o que dizem por aí... Dizem né!? Você sabe que esse povo fala de mais por aqui. Major Adeuri: Desembuche hômi. Jeremias: É que quem levantou o estandarte, se é que me entendê, foi Maria da Luz. Major Adeuri: Jeremias, pegue minha espingarda e amole minha peixeira, que esse cabra vai aprender na noite de São João, que filha minha não é lugar pra ele ralar a espiga dele. Ou ele casa, ou vai pra ponta da faca. Narrador: Os dois, saíro a procura da autoridade competente, Delegado Ferreirinha, que autoridade tinha pouca, mas competência nenhuma. Segundo ato: Numa cadeira de plástico vagabunda o Delegado Ferreirinha mantém toda uma pose de descanso domingueiro, pernas no birô, farda amarrotada, mais parecia que tinha passado no bico do galo, fazendo jus ao cargo de valente da lei. Major Adeuri: Delegado Ferreirinha, eu tô precisando de um favorzinho seu. Delegado Ferreirinha: Uurrrr, Major, que que sucede? Pode dizendo que hoje eu tô com uma coragem arretada Major Adeuri: É que tem um safado, metido a namorador, engravidou a minha fiá Maria da Luz. E agora ele tem que casar! Delegado Ferreirinha: Maria da Luz? Buchuda? E quem foi o felizardo? Major Adeuri: Ferreirinha!? Delegado Ferreirinha: Ei, oi, quer dizer, o infeliz? Major Adeuri: Dedé Curió. Delegado Ferreirinha: Mas aquele Dedé não tem jeito não. O cara não se satisfez em pegar o broco todinho não, foi!? Major Adeuri: Que Bloco? Delegado Ferreirinha: O Bloco Carnavalesco Feminista Unidos do Cagaosso. Major Adeuri: Mas até o senhor tá sabendo disso? Delegado Ferreirinha: Mar minino! O Cagaosso todinho sabe. Major Adeuri: Oxi! Delegado Ferreirinha: Eu sendo o sinhô deixava isso pra lá. Aquilo lá tem jeito não Major. Toda semana tem um pai ou um corno querendo prender Dedé Curió. Mai o danado é que o santo daquele hômi é muito forte. Jeremias: Também, aquele bando de muié rezando por ele. Major Adeuri: As do Bloco? Jeremias: Não. As Irmãs Franciscanas Ajoelhou Tem Que Rezar. Delegado Ferreirinha: Já foi major. Esse hômi, no dia que morrer, vai ter mais muié seguindo o caixão que a romaria de Nossa Senhora. Major Adeuri: Delegado, afinal o senhor vai ou não vai pegar esse cabra? Delegado Ferreirinha: Agora, agora, é que acabei de comer um guizado, e você sabe que fica meio indigesto. Major Adeuri: Mil Reais Delegado Ferreirinha! Delegado Ferreirinha: Vamos simbôra Major, que se esse cabra não casar com sua filha eu cegue. Eita raiva arretada! Narrador: Terceiro ato. Perto dali Maria da Luz ia ao encontro do grande amor da sua vida. O namorador mais famoso que elixir paregórico, Dedé Curió. Dedé Curió: Vejam só quem chegou! Minha usina de força, Maria da Luz. Eu tava mesmo precisando conversar com você. Mar não se aperreie, já tou dizendo que é mentira. É que essa gente quando morrer, o corpo vai num caixão e a língua num caminhão. Onde já se viu? Acredita que disseram, veja até onde vai os boato, disseram que você tá gravida. Maria da Luz: Boato nada Dedé. Eu tô gravida mermo, esse filho é seu. Dedé Curió: Oxi Maria, tu é doida é? Quê que teu pai me desgangote de uma veiz!? Você tá é maluca Maria da Luz: Agora sou eu que tou ficando maluca, né!? No bem bom era você que dizia: “-Tô ficando doido com você.” Dedé Curió: Ave Maria mulher. Major Adeuri vai me matar. Tu viu ele por aí não? Maria da Luz: A ultima vez que vi, tava amolando a peixeira na feira. Diz que tava doido pra fazer uma buchada. Dedé Curió: De bode? Maria da Luz: Não. De cabra safado. Porque, tá querendo dá a carne é? Dedé Curió: Eita que eu tô com um fastio danado. E tu tem certeza Maria, que tu tá gravida? Isso num é gases não? Estufamento do estomago? Olha, olha, porque que tu não toma um sonrrizal? Major Adeuri: Acho bom você preparar um pra você. Pode ser que você passe mal. Ou melhor, prepare dois, porque matar cabra safado me dá uma azia danada. Dedé Curió: Que isso Major, a menina gravida aqui e você falando essas coisas. Narrador: Agora não tinha escapatória para Curió. Delegado Ferreirinha só deu duas opções pra ele. Delegado Ferreirinha: É isso mesmo Curió, ou tu casa, ou vai servir de noiva lá na cadeia. Dedé Curió: Eu prefiro casar. Narrador: No quarto ato não podemos deixar de falar de uma das pessoas mais importantes dessa história de amor e ódio: Padre Zezinho. Padre Zezinho era conhecidíssimo, antes do seminário, um simples alcoólatra, hoje um importante bebedor assíduo de sangue de Cristo. Como de costume, Padre Zezinho mantinha todo ritual ortodoxo na arrumação da mesa paroquial, com alguns toques pessoais, como servir as hóstias em pratos de petiscos com alguns palitos de dente espetados. Mas hoje era o grande dia: o casamento do Curió. Padre Zezinho: Meus irmão! O batizado de hoje é de um Curió. Oxi! E desde quanto passarim é batizado? Eu já vi galinha se confessa, cobra beata, mas passarinho se batiza é a primeira vez. Vai ter cachimbada aqui? Jeremias: Oxi Padre, se oriente! Isso aqui é o casamento do Dedé Curió com a filha do Major Adeuri, Maria da Luz menino. Padre Zezinho: Fique na sua Jeremias. Mas Dedé, tu vai casar!? É de fato, ou é de feto? Dedé Curió: Não me complique não Padre Zezinho. Padre Zezinho: Vamos ao sermão. Jesus disse: “-Pois é dando que se recebe.” Num é Maria? E disse também: “-Provai de tudo e vede o que é bom.” E eu provo e digo, o bom mesmo é vinho com gelo. Hahahaha. Jeremias: Oxi, vai casar ou não vai Padre Zezinho!? Padre Zezinho: Calma. Fique na sua. Eu. Maria da Luz, você aceita esse cabra como seu esposo? Na saúde ou na gonorreia, na verdade ou na safadeza, hahahahaha. Maria da Luz: Aceito. Padre Zezinho: Dedé Curió tu aceita Maria da Luz na ponta da faca ou do revolver, no tiro de doze ou de trinta e oito? Dedé Curió: Aceito. Padre Zezinho: Que tiver alguma coisa pra falar, fale agora ou se fecha pro meu lado viu haha rup. Major Adeuri: Ô, eu queria deixar claro Dedé, se você não quiser casar aí com minha filha Maria da Luz, pra mim vai ser até melhor, importante é que ela seja feliz. Dedé Curió: Seu Major, eu vou lhe falar uma coisa, eu pensei que não mais eu amo muito a sua filha, e é com ela e meu filho que eu vou passar esse e todos os São João da minha vida. E vamo deixar de arrodeio que noite de São João tem que ter quadrilha, milho e muito tesão. FIM
Ri demais, mesmo há tanto tempo aqui já postado, aposto que muitos ainda vem aqui pq nunca que perde a graça!!
ss meus alunos vao apresentar
sou completamente apaixonada por contos, causos,historias hoje conhecido nais como cordelistas,minha mae sempre contava historias para mim e meus irmaos nos folhetos que sempre lhe acompanhava ela é nordestina e agradeço por nos ensinar a ter gosto por essas historias. O casamento de curió é espetacular voce está de parabens. amei, amei,amei
ANimnallll !!! muito bom !!! não é a toa que ganhou prêmio !!!! hehehe parabéns
hahahaha, cara, meus parabéns, muito bom mesmo. Putz, o padre engraçado ,kkkkkkkkkk. Bravo!!!!
Olá, mesmo depois de tanto tempo, quero agradecer pelo comentario no video do Casamento do Curió. Como ficou conhecendo nosso trabalho. Agradeço o elogio.
Feliz 2010.
Grande Abraço.
kkkk muito bom, faço parte de um grupo de teatro e estamos montando esse espetáculo , muito bom Parabéns a todos.
legal cara.
ficou ótimo!! produção 10!! aguardo o próximo!!!
Inspirador. Texto inovador..
kkkkkk... muito bom!!!!! show de bola!!!
Parabéens mtooo booom (: Adoreei
nossa amei kkk adoro rimas .. muito bom MSM..👏👏👏😍😍
Muito bom!
Erico, muito obrigado pelo comentario. Como ficou sabendo do video. Um grande abraço.
Alexandre Guimarães
vlw cara gostei bastante
Rapaz esse tao de curio tem e História viu
kkkkkkkkkkkkk adorei
Coitado do delegado Ferreirinha, "que autoridade tinha pouca, mas competência nenhuma". Todo bom esse cordel! kkkkk
Tem menos competência do que o Alvarinho
Vamos fazer esse Teatro na quadrilha da nossa escola ❤
na nossa tbm,que legal
minha cultura 😅
kkk amei...
Nathalia Cassia u
kkkkkkkkkkkk ameeei
0:54 música ?
KKKKKKKKK! Muito engraçado.
Thereza, muito obrigado pelo comentario no Casamento do curió. Como ficou conhecendo o trabalho?
Um ótimo 2010 p/ vc.
Grande abraço.
Alguém sabe o nome da música de fundo que toca quando o Majô Édeuri , chega na hora que curió tava falando de Sonrisal , e taal ... que ele chega com uma voz de mau e diz : Acho bom você preparar um pra você pode ser que você passe mal . Qual o nome da música de fundo ?
HEheheheheheh Muito bom.
vou fazer esse casamento na minha quadrilha mais preciso do roteiro mais não estou conseguindo alguém me ajuda tds as falas dos personagens
Ótima história! Qual o nome da última música de fundo?
TRANSCRIÇÃO PARA IMPRESSÃO:
O Casamento do Curió -
Sete Personagens:
1. Narrador
2. O Noivo (Dedé Curió)
3. O Pai da Noiva (Major Adeuri)
4. O Capanga do Pai da Noiva (Jeremias)
5. Delegado: Delegado Ferreirinha
6. A Noiva: Maria da Luz
7. O Padre: Padre Ferreirinha
Inicio
Narrador: Essa é mais uma história de amor, que tem como enredo a saga de um mocinho namorador, com nome de passarinho e fama de gavião. Dedé Curió, que por sorte ou azar do destino foi engravidar logo a filha do Major Adeuri, um militar reformado, mais bravo que um preá.
Dedé Curió: Pense num cabra de sorte. Sou eu. Tanta mulher no mundo, fui engravidar logo Maria da Luz. Deus queira que o Major não saiba que vai ser avô.
Major Adeuri: Cadê aquele safado?
Dedé Curió: Pelo jeito já sabe e eu não vou ficar pra dar os parabéns.
Narrador: Nesse momento ouve-se a voz do Major Adeuri, vindo como uma chuva jamais vista em todo sertão. Dessas de arrancar mandacaru pela raiz. E pelo jeito manso vinha com gosto de gás.
Major Adeuri: Jeremias!
Narrador: Jeremias era o capanga do Major, mais fiel que beata de igreja, dessas que se desse um chute nos culhiôes do militar, é bem provável que acertasse a boca de Jeremias.
Jeremias: Opa Major!
Major Adeuri: Vamo achar esse infeliz que buliu com minha filha, e eu quero pegar ele logo, que é pra não ter tempo da raiva passar.
Jeremias: Oí Major, eu não queria falar não, mas já que o senhor tocou no assunto que tocaro a sua filha, eu vou falar. É que Dedé já é famoso com as meninas daqui. Oí, cada dia é uma. Diz que no carnaval desse ano só deu ele no Bloco.
Major Adeuri: Que Bloco?
Jeremias: O Bloco Carnavalesco Feminista Unidos do Cagaosso. E o que dizem por aí... Dizem né!? Você sabe que esse povo fala de mais por aqui.
Major Adeuri: Desembuche hômi.
Jeremias: É que quem levantou o estandarte, se é que me entendê, foi Maria da Luz.
Major Adeuri: Jeremias, pegue minha espingarda e amole minha peixeira, que esse cabra vai aprender na noite de São João, que filha minha não é lugar pra ele ralar a espiga dele. Ou ele casa, ou vai pra ponta da faca.
Narrador: Os dois, saíro a procura da autoridade competente, Delegado Ferreirinha, que autoridade tinha pouca, mas competência nenhuma. Segundo ato: Numa cadeira de plástico vagabunda o Delegado Ferreirinha mantém toda uma pose de descanso domingueiro, pernas no birô, farda amarrotada, mais parecia que tinha passado no bico do galo, fazendo jus ao cargo de valente da lei.
Major Adeuri: Delegado Ferreirinha, eu tô precisando de um favorzinho seu.
Delegado Ferreirinha: Uurrrr, Major, que que sucede? Pode dizendo que hoje eu tô com uma coragem arretada
Major Adeuri: É que tem um safado, metido a namorador, engravidou a minha fiá Maria da Luz. E agora ele tem que casar!
Delegado Ferreirinha: Maria da Luz? Buchuda? E quem foi o felizardo?
Major Adeuri: Ferreirinha!?
Delegado Ferreirinha: Ei, oi, quer dizer, o infeliz?
Major Adeuri: Dedé Curió.
Delegado Ferreirinha: Mas aquele Dedé não tem jeito não. O cara não se satisfez em pegar o broco todinho não, foi!?
Major Adeuri: Que Bloco?
Delegado Ferreirinha: O Bloco Carnavalesco Feminista Unidos do Cagaosso.
Major Adeuri: Mas até o senhor tá sabendo disso?
Delegado Ferreirinha: Mar minino! O Cagaosso todinho sabe.
Major Adeuri: Oxi!
Delegado Ferreirinha: Eu sendo o sinhô deixava isso pra lá. Aquilo lá tem jeito não Major. Toda semana tem um pai ou um corno querendo prender Dedé Curió. Mai o danado é que o santo daquele hômi é muito forte.
Jeremias: Também, aquele bando de muié rezando por ele.
Major Adeuri: As do Bloco?
Jeremias: Não. As Irmãs Franciscanas Ajoelhou Tem Que Rezar.
Delegado Ferreirinha: Já foi major. Esse hômi, no dia que morrer, vai ter mais muié seguindo o caixão que a romaria de Nossa Senhora.
Major Adeuri: Delegado, afinal o senhor vai ou não vai pegar esse cabra?
Delegado Ferreirinha: Agora, agora, é que acabei de comer um guizado, e você sabe que fica meio indigesto.
Major Adeuri: Mil Reais Delegado Ferreirinha!
Delegado Ferreirinha: Vamos simbôra Major, que se esse cabra não casar com sua filha eu cegue. Eita raiva arretada!
Narrador: Terceiro ato. Perto dali Maria da Luz ia ao encontro do grande amor da sua vida. O namorador mais famoso que elixir paregórico, Dedé Curió.
Dedé Curió: Vejam só quem chegou! Minha usina de força, Maria da Luz. Eu tava mesmo precisando conversar com você. Mar não se aperreie, já tou dizendo que é mentira. É que essa gente quando morrer, o corpo vai num caixão e a língua num caminhão. Onde já se viu? Acredita que disseram, veja até onde vai os boato, disseram que você tá gravida.
Maria da Luz: Boato nada Dedé. Eu tô gravida mermo, esse filho é seu.
Dedé Curió: Oxi Maria, tu é doida é? Quê que teu pai me desgangote de uma veiz!? Você tá é maluca
Maria da Luz: Agora sou eu que tou ficando maluca, né!? No bem bom era você que dizia: “-Tô ficando doido com você.”
Dedé Curió: Ave Maria mulher. Major Adeuri vai me matar. Tu viu ele por aí não?
Maria da Luz: A ultima vez que vi, tava amolando a peixeira na feira. Diz que tava doido pra fazer uma buchada.
Dedé Curió: De bode?
Maria da Luz: Não. De cabra safado. Porque, tá querendo dá a carne é?
Dedé Curió: Eita que eu tô com um fastio danado. E tu tem certeza Maria, que tu tá gravida? Isso num é gases não? Estufamento do estomago? Olha, olha, porque que tu não toma um sonrrizal?
Major Adeuri: Acho bom você preparar um pra você. Pode ser que você passe mal. Ou melhor, prepare dois, porque matar cabra safado me dá uma azia danada.
Dedé Curió: Que isso Major, a menina gravida aqui e você falando essas coisas.
Narrador: Agora não tinha escapatória para Curió. Delegado Ferreirinha só deu duas opções pra ele.
Delegado Ferreirinha: É isso mesmo Curió, ou tu casa, ou vai servir de noiva lá na cadeia.
Dedé Curió: Eu prefiro casar.
Narrador: No quarto ato não podemos deixar de falar de uma das pessoas mais importantes dessa história de amor e ódio: Padre Zezinho. Padre Zezinho era conhecidíssimo, antes do seminário, um simples alcoólatra, hoje um importante bebedor assíduo de sangue de Cristo. Como de costume, Padre Zezinho mantinha todo ritual ortodoxo na arrumação da mesa paroquial, com alguns toques pessoais, como servir as hóstias em pratos de petiscos com alguns palitos de dente espetados. Mas hoje era o grande dia: o casamento do Curió.
Padre Zezinho: Meus irmão! O batizado de hoje é de um Curió. Oxi! E desde quanto passarim é batizado? Eu já vi galinha se confessa, cobra beata, mas passarinho se batiza é a primeira vez. Vai ter cachimbada aqui?
Jeremias: Oxi Padre, se oriente! Isso aqui é o casamento do Dedé Curió com a filha do Major Adeuri, Maria da Luz menino.
Padre Zezinho: Fique na sua Jeremias. Mas Dedé, tu vai casar!? É de fato, ou é de feto?
Dedé Curió: Não me complique não Padre Zezinho.
Padre Zezinho: Vamos ao sermão. Jesus disse: “-Pois é dando que se recebe.” Num é Maria? E disse também: “-Provai de tudo e vede o que é bom.” E eu provo e digo, o bom mesmo é vinho com gelo. Hahahaha.
Jeremias: Oxi, vai casar ou não vai Padre Zezinho!?
Padre Zezinho: Calma. Fique na sua. Eu. Maria da Luz, você aceita esse cabra como seu esposo? Na saúde ou na gonorreia, na verdade ou na safadeza, hahahahaha.
Maria da Luz: Aceito.
Padre Zezinho: Dedé Curió tu aceita Maria da Luz na ponta da faca ou do revolver, no tiro de doze ou de trinta e oito?
Dedé Curió: Aceito.
Padre Zezinho: Que tiver alguma coisa pra falar, fale agora ou se fecha pro meu lado viu haha rup.
Major Adeuri: Ô, eu queria deixar claro Dedé, se você não quiser casar aí com minha filha Maria da Luz, pra mim vai ser até melhor, importante é que ela seja feliz.
Dedé Curió: Seu Major, eu vou lhe falar uma coisa, eu pensei que não mais eu amo muito a sua filha, e é com ela e meu filho que eu vou passar esse e todos os São João da minha vida. E vamo deixar de arrodeio que noite de São João tem que ter quadrilha, milho e muito tesão.
FIM
ei
Olá caro Alexandre, poderia me emprestar este roteiro para eu fazer uma peça escolar
😂😂😂😂😂