Não há batalha entre as teorias, há complementação. Se nos colocarmos como observadores com antenas generosas, compreenderemos que a busca é por um mesmo conhecimento, e que a realidade passa necessariamente pela experiência do si-mesmo. Grandes mestres como Freud e Jung se encontraram em uma mesma frequência durante um tempo, tendo Freud começado antes a trajetória. Jung captou um novo ritmo, seguiu outro fluxo, acrescentando também à teorias de Freud contribuições de outras culturas. Os frutos dessas contribuições nascem e se reproduzem incessantemente.
Sim, por isso mesmo, eu já havia denunciado você. Seus comentários são agressivos em todos os vídeos nos quais se manifestou. O mundo já está tão repleto de gente infeliz e amarga, que não podemos tolerar discursos odientos sem nada fazermos. Busque uma terapia. Você exala raiva e amargura nos seus comentários. Eu os li. Canal denunciado. 🙏🏼😘
Tem uma entrevista com Jung na net onde fala abertamente discordar de Freud dizendo ser ele mais intuitivo do que racional, ou seja, ele achava uma coisa e era aquilo. Já Jung me pareceu bem consciente do tenro princípio de seus estudos pela experiência prática em instituições psiquiátricas. Ou seja, tinha muito de incompreendido ainda na psicanálise e psicologia.
As diferenças de inconsciente são bem mais amplas do que foi mostrado e trazem consequências heurísticas radicais. Foi por isso que os estudos sobre a psicose em Freud não avançaram a contento das necessidades clínicas. Nise da Silveira teve que ampliar seus estudos além de Freud recorrendo a Jung.
A diferença ao meu ver, esta na condução, Freud sempre analítico, e Jung por mais que receba este nome em sua abordagem tem o viés mais compreensivo, de uma forma geral, estas são as principais diferenças. Gosto dos seus vídeos.
Nunca tinha pensado dessa forma, gosto da contribuição do Jung e também da de Freud, por mais que se queira mostrar essa distinção, suas abordagens caminham juntas.
o inconsciente é um conteúdo que está oculto em nossa psiquê e que ainda nâo se manifestou na consciência do eu. Nesse sentido é um fenômeno que atua na sombra. E isso existe no individual e no coletivo....
Penso que tudo está no dna da pessoa O dna é responsavel pelas caracteristas fisicas da pessoa Mas tambem penso que as lembranças dos antepassados estão guardadas no dna. Quando a pessoa faz a tal regressão, ela está libertando lembranças ocultas em seu próprio dna As pessoas pensam que voltaram ao passado, mas é apenas lembranças de seus tatatatataravos é mais ou menos assim: tudo é feito de atomo, concordam ? E de que é feito o atomo?O atomo é feito de particulas subatomicas Vc pode continuar perguntando de que essas coisas sao feitas É ai que entra a fisica quantica O estudo das particulas subatomicas e seu comportamento Tudo é feito dessas particulas, inclusive o dna Elas não estão presas as leis que conhecemos Como por exemplo tempo e espaço Aí entra outro conceito O conceito de inconsciente coletivo Quer dizer É uma teoria que fala que todos participam de um mesmo inconsciente Agora tentem unir as duas coisas ...
Entender a história das ideias atuantes no século XIX é fundamental para entender o Jung histórico - uma visão de Jung que não consta da “autobiografia interior” póstuma Memórias, sonhos, reflexões, que tem sido a base de quase todos os levantamentos biográficos sobre Jung. A busca pelo Jung histórico vai tornar-se necessária se quisermos ao menos começar a entender o impacto considerável que sua vida e obra tiveram na cultura do século XX. Procurar o contexto histórico da vida de Jung também significa entender os paradoxos do junguianismo, um movimento que romantiza e espiritualiza as teorias de Jung e tem demonstrado pouco interesse em documentar os fatos históricos de sua vida que não são tratados em Memórias, sonhos, reflexões. Basicamente, as Memórias, sonhos, reflexões foram escritas e organizadas por Aniela Jaffé, uma das colaboradoras mais próximas de Jung. A princípio, seriam publicadas como uma biografia de Jung sob a autoria de Aniela Jaffé, em que haveria apenas “contribuições de C. G. Jung”. Jung escreveu, à mão, somente os três primeiros capítulos do livro, referentes a sua infância, formação escolar e anos de universidade, e uma seção final intitulada “Últimos pensamentos”, com suas especulações metafisicas sobre a natureza de Deus, da vida e do amor. Embora correspondam a um terço das Memórias, sonhos, reflexões, essas partes foram alteradas por Aniela Jaffé e outros. Um capítulo que pode ou não ter sido escrito por Jung e que dizia respeito a Toni Wolff, sua amante por quarenta anos, foi removido do processo de organização do texto, em consequência das objeções de familiares de Jung nos últimos anos de sua vida, quando já estava semi inválido. O livro [Memórias, sonhos, reflexões] é, portanto, obra de seus discípulos. As Memórias, sonhos, reflexões não esclarecem as coisas para quem se interessa por história, mas são irresistíveis para quem gota de mistérios. (Noll, 1996, p. 15) C. G. Jung, Memories, dreams, reflections by C. G. Jung, ed. Aniela Jaffé (New York, Pantheon, 1962). Na primeira (e ainda melhor, apesar de já antiga) análise crítica detalhada da obra de Jung, as Memórias, sonhos, reflexões eram denominadas uma “auto mitologia” que constituiria um “gênero especial e único” (Peter Homas, Jung in context: modernity and the making of a psychology; Chicago, University of Chicago Press, 1979, p. 29). (Noll, 1996, pp. 330-31)
Muito boa essa colocação com critérios interessantes ... minha visão não é tão avançada no processo das diferenças entre a psicólogia de Freud e a de Jung....Depois de assistir um filme baseado em fatos reais de uma obra a respeito das contradições entre eles ,minha visão mudou radicalmente....A academia onde Freud iniciava os primórdios da ciência era em sua maioria de judeus .. Freud passou para Jung um caso de Histeria .?? porque ele não quis levar adiante o tratamento????essa questão chave foi o epicentro do conflito . O espaço aqui não é suficiente para comentar o.impasse ... Recomendo o filme """""Um método perigoso """( The Dangerous method ). Onde qualquer pessoa pode tirar suas próprias conclusões ....boa noite.
Exatamente, a psicologia complexa de Jung é surreal mente bela, idílica e magnânima na sua complexidade e ao mesmo tempo simplicidade ao falar da alma humana .
Por qual razão ? Achei interessante sua crítica pois entendo que na sua fala tem algum ensinamento que ele não passou de forma correta e eu gostaria de aprender
A mente mente, nossa conexão com o todo é pelo chacra do coração, gosto muito de psicologia e psicanálise, mas a espiritualidade é um fato que jamais deve ser deixado de lado. O problema é que muita coisa normal é taxada como psicoses, isso pelo profissional desconhecer o fator espiritualidade ou, por se vender pra indústria farmacêutica, como muitos médicos fazem. E ai? qual dos dois considera a espiritualidade? Freud ou Jung?
Há outro aspecto fundamental que diferencia a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung: Freud considerou as religiões como neuroses coletivas obsessivas, ao passo que Jung considerou a religiosidade como desempenhando função muito importante no equilíbrio psíquico. Para Freud, a religião é neurose; para Jung, a religião é indispensável para proteger das neuroses. Freud negava a existência de Deus como ateu dogmático e fanático, embora seja provável que nunca tenha tenha estudado, em termos filosóficos e científicos, a questão da existência de Deus, limitando-se ao estudo do significado da ideia de Deus e da religião para o dinamismo psiquico, que é, obviamente questão muito diferente da questão da existência de Deus. Jung fez essa distinção. São muito citadas palavras que Jung disse, durante entrevista, se lembro bem, à BBC de Londres, em que, tendo sido questionado se ACREDITAVA em Deus, ele disse que não acreditava e sim SABIA que Deus existe.
Quando eu entrei na faculdade já conhecia Jung mas eu comecei a ler Jung no segundo semestre. O professor Valério Arantes falava que Jung era cristão dando uma risadinha mas mesmo assim me indicou o Memórias sonhos e reflexões, Aniella Jaffé, uma biografia de Jung. Mas eu não fiquei em Jung, em 1983 eu estava interessada na fala, na linguagem, nas dificuldades que as pessoas apresentam em falar. O meu primeiro psicanalista era lacaniano e ainda está vivo e eu nunca ouvi alguém falar mal de Lacan. Uma vez uma paciente desse meu primeiro psicanalista se referiu a ele quase em pânico mas em se tratando de psicanálise não podemos achar nada.
Compreendo, mas foi a teoria de Lacan que culminou na disfunção das teorias da esquerda, que defendem o progressismo agressivo da sociedade e abolição das convenções sociais
Professor Dunker, muito obrigado por dar a oportunidade de todos os interessados serem de algum modo seus alunos, graças a este canal alunos de todos os cursos podem ter o mesmo privilégio dos alunos da USP. Gostaria de fazer uma pergunta, Se o inconsciente está na linguagem e a linguagem só tem sentido e só se forma a partir do coletivo. eu poderia dizer que o inconsciente de freud é antes de tudo coletivo, mesmo não tendo a separação que Jung faz entre coletivo e individual ?
O inconsciente coletivo de Jung vai MUITO além dessa relação social entre inconscientes. Dizer que é bobagem a diferença significa passar uma régua e igualar coisas tão diferentes quanto água e vinho.
Ele falou realmente de uma forma superficial. Ele poderia estudar mais a psicologia complexa de Jung para poder falar. Mas o vídeo é muito sucinto. Gostei um pouco do vídeo. Só acho que muitos psicanalista dão um ar de arrogância nas suas falas. Não estou citando o professo Dunker. Me corrijam se eu estiver errado.
Bom dia, genial professor. Gostaria que soubesse que tenho aprendido muito sobre a psicanálise depois que passei assistir suas aulas. Admiro muito sua inteligência e capacidade de análise e compreensão da obra psicanalítica. Eu tenho uma dúvida e gostaria que o senhor me ajudasse a saná-la, no tocante à relação transferencial. Segundo Roudinesco, Lacan definiu a relação transferencial como uma "sequência de inversões dialéticas". Poderia me explicar melhor o que Lacan quer dizer com isso? Obrigado! Sucesso grandioso em 2020.
Maravilha. Adoro assistir a esses vídeos. Curtos e supure esclarecedores. Quando termino de assistir, já fico na ansiedade que chegue logo o outro. Que venham muitos mais!!!
Bom, eu tinha entendido e termos mais gerais que Jung postulou o inconsciente individual que era esse que Freud introduziu, e alem desse a existência do inconsciente coletivo que seria meio que um conjunto de crenças e comportamentos inconscientes da sociedade, por exemplo a segregação racial dos EUA ao meu ver, todos os brancos praticavam mas ningurm sabia de forma consciente pq faziam aquilo, seria tipo coisas que fazemos mas nem sabemos pq fzemos . Foi o que entendi
Professor como eu interpreto a construção de sujeito na obra "O retrato de Dorian Gray" de acordo com as teorias de Lacan? É meu tema de TCC, estou precisando de um norteamento.
Boa abordagem através da primeira tópica. Sugeriria continuar num outro vídeo para comentar a 2a tópica e também freud a partir de 1920 como monista (segundo laplanche nos problematiques iv)
Gostei da explicação, torna mais claro um pouco esse conhecimento tão específico. Freud me parece mais científico e pragmático, já Jung me parece mais metafísico e teórico, seria isso mesmo?
Christian, você poderia, por favor, indicar locais no Rio de Janeiro onde tenhamos uma formação segura em psicanálise? Eu já vi cursos com duração de 1 ano, 2 anos e até de 4 anos. Com a pandemia, tenho visto muitos cursos na modalidade EAD serem oferecidos, mas não tenho quaisquer parâmetros para identificar a qualidade deles. Eu não estou procurando só por cursos EAD, não. Pode ser presencial (após a pandemia) ou EAD ou ambos. Desde já te agradeço.
Estudo Jung faz 20 anos, em seus livros ele sempre cita Freud, ele diz que FReud foi incompreendido, tem até uma obra do Jung: Freud e a psicanálise, o qual.gostaria de ler Jung também diz que foi incompŕendido por alguns de seus seguidores que até falam umas bobagens as quais ele nunca disse.
@@gabrielfagundes9208 é o Freudismo é um dogma mesmo , até tem os seus 'discípulos'/diáconos, segue um link pra vc amigo Freudista www.google.com/amp/s/colunastortas.com.br/o-freudismo-segundo-bakhtin/amp/
Eu prefiro a psicanálise de Freud,sou novata nos estudos de psicologia se tiver errada me corrigem. Jung ia mais pro um lado espiritual?Eu li sobre sonhos na visão de Jung e vi que ele acreditava em mensagens de anjos através dos sonhos,Ja Freud acreditava que sonhos são nossos desejos repressões medos traumas...
Olá! Eu queria saber se há algum paralelo entre Jung e Lacan. Estudo Lacan e já li muito Jung, eu acho que as teorias deles podem conversar muito, porém geralmente há um tipo de briga entre os teóricos das duas áreas. Você acha a conversa possível? Se sim, onde?
Matheus Abade procura na internet um junguiano chamado Marcus Quintaes. Ele vem estudando a possibilidade de um diálogo epistemológico entre o Jung e o Lacan.
Mas a psicanálise explica como essa semelhança de símbolos e mitos em todos os povos através da história da humanidade, que Jung via como o inconsciente coletivo?
Professor, li uma entrevista sua na qual vc fala das consequências do fim da hegemonia do patriarcado no ocidente. Há uma afirmação mto curiosa de q isso aumenta a intolerância em nossa sociedade. Gostaria mto de ver um vídeo aprofundando essa ideia.
Olá professor Christian Dunker, uma vez nas aulas de clínica psicanalítica na graduação de psicologia, a professora ao trabalhar um texto de Freud, disse que o conceito ali presente caiu com o Lacan, não se sustenta. Gostaria que você fizesse um vídeo com alguns conceitos que a teoria lacaniana "derrubou" na teoria de Freud.
Cara estuda "NEVELLIE GODDARD" poucos conhecem mais ele é um gênio da,metafisica,e sobre poder do subconsciente,ele é o 1 homem a desvendar a bíblia de maneira metafisica,ele acredita que a bíblia é um grande drama psicológica e que nada lá é literal, e que nada ali foram algo que aconteceu no passado,mais cada personagem é um estado,depois vc posta um vídeo dizendo sobre Nevellie pfv
Olá professor! Primeiramente, parabéns pelo canal. Adorei os conteúdos. Minha questão é com relação às redes sociais (facebook, twitter, etc): como você acha que os laços sociais se constituem nesses meios? Você acha que eles são possíveis? Obrigada!!
Olá professor! O que Freud pensava sobre a guerra? Eu li o livro ´´Psicanálise dos tempos neuróticos´´ mas mesmo assim me restam dúvidas. Muito obrigada!!!
Você quase acertou, de fato a celeuma se deu em virtude do livro dele que trata da temática do herói, mas se chama símbolos da transformação, e foi publicado em 13 em dois volumes no periódico de psicanpalise, o capítulo problemático foi justamente um chamado "o sacrifício", você escorrega ao afirmar que Jung era monista, primeiro pelo motivo de monismo epistemologicamente significar outra coisa (ver o capítulo de Assoun em seu livro sobre epistemologia freudiana) segundo que Jung acreditava que a libido deveria ser encarada como a energia na física, como uma energia que comportava diversos dinamismos específicos (incluindo sexualidade, fome, poder, agressão etc), além disso, no referido capítulo ele chegava a conclusão de que o inconsciente não sabia só desejar, mas também podia cancelar os seus desejos. Como essa libido que funcionava como uma abstração de quantidade de energia que podia assumir diversos dinamisnos, mesmo que monismo significasse o que você aludiu, não seria esse o caso. Parece evidente que você não leu o livro símbolos da transformação (não o culpo, é um livro longo, denso e complicado, e para alguém qu estuda Lacan deve parecer um esforço em vão), mas seria bom se informar minimamente. Outra correção, Bleuler não descreveu nem inventou a esquizofrenia, quem o fez foi Karepelin, que a chamava de dementia praecox, Bleuler a rebatizou de esquizofrenia e, entre outras coisas eliminou a característica de ser precoce ou de estar no quadro das demências, para ele o que caracterizava a esquizofrenia era o Spaltung, a cisão ou fragmentação psiquica. No mais o vídeo pe razoável, por mais que escorregue nesses pontos que citei.
Levando em conta que o Zeitgeist indicava outros autores, além de Freud, tentando sistematizar a teoria do inconsciente. Pena a história ser narrada apenas pelo vendedor.
Acho que no final ele tenta justificar que o inconsciente Freudiano não é apenas individual, e termina o argumento. Me pareceu uma tentativa de defesa do Freud, foi minha impressão. Sem contar que os elementos de coletivo no insconsciente freudiano, são bastante diferentes em relação ao junguiano, que traz figuras tão complexas quanto, que não foram abordadas. No mais, também tem as cartas que eles trocavam entre si, que dão muitas pistas de como era essa relação. Freud parecia bem magoado e pessoalmente ofendido com as divergências do Jung, as cartas são um pouco imaturas até.
Dê Jr No final ele faz também uma falsa equivalência, grosseira até entre o inconsciente freudiano e o inconsciente segundo a abordagem de Jung, como se este fizesse a exposição apenas do inconsciente coletivo e esquecesse o inconsciente individual, fazer esse tipo de comparação é renegar toda a teoria dos complexos. Fazer a a analogia entre a transubjetividade e o inconsciente coletivo também é forçar demais a interpretação, pois pode existir subjetividade socializada sem precisar apelar para uma estrutura arquetipica herdada, basta afirmar pressupostos sociológicos simples.
Heráclito e Cia, vamos aprender a criticar? 1. Quando digo que "o livro é sobre o herói", isso não implica que ele tenha a palavra "herói" no título, mas que ele aborda este tema, certo? 2. Dizer que o problema está o capítulo VII (da segunda parte, edição Paidos), sobre o sacrifício, "quase acerta" (como v. gosta de dizer). Você deixa de lado o capítulo II "Sobre o Conceito de Libido", que Freud não gostou (como v. deve saber). 3. Dizer que Bleuler "rebatizou a demência precoce como esquizofrenia" é uma tolice histórica e psicopatológica. A escola de Zurique competia com a escola Suíça . A formulação do "grupo das esquizofrenias" por parte de Bleuler é feita em explícita contraposição a demência precoce de Kraeplin. Você mesmo percebe que a etiologia é diversa, que a hipótese de um curso regular e de um desenlace previsível são descartadas por Bleuler. Logo, que não é uma mudança de nome, portanto Bleuler descreveu a esquizofrenia pela primeira vez. (admita que dói menos). 4. Com relação a Assoun, você confunde o monismo libidinal do comentário de Freud sobre Platão no mito do andrógino, com a atitude geral da metapsicologia de Freud com relação ao domínio das pulsões (no plural). Especificamente no debate com Jung era assim que ele, Freud, percebia o problema. 5. Também acho que Freud não ficou muito feliz quando viu Jung colaborar com os nazistas, manter relações sexuais com pacientes e usar a paranormalidade como argumento de pesquisa.
Olá professor, Onde posso realizar as perguntas ? Caso possa ser por aqui, gostaria de saber as principais diferenças entre a "psicanálise" de Freud, Sandor Ferenczi, Melanie Klein e Lacan. Grato !
+Gustavo Vasconcelos Você pode fazer as perguntas por aqui mesmo (como fez, de fato). Eu escolho tanto as perguntas daqui quanto as feitas na minha página do Facebook (Christian Dunker). Fique à vontade para perguntar onde achar melhor e para seguir/se inscrever, Gustavo! Obrigado e abraço!
Christian Dunker, gostaria que falasse da questão do complexo Edipiano nas famílias atuais, como: casais homossexuais que adotam crianças e mães solteiras, abraço!
Christian Dunker, seus vídeos são excelentes! Mas.. por favor, esse título deu a entender que podemos conceber "uma psicanálise junguiana"! Não dá pra mudar o título? rsrsrs
Christian Dunker, esses flashs em preto e braco nos videos, pode ser interpretado como seu inconsiente brotando? Um sentido o mais que vc da a fala? Noçao de sujeito?, ou nenhuma das minhas suposiçoes? Gostaria muito de te ouvir falando nIsso! Valeu sou fa do canal e seu fa. Abraço
Ótimo canal, parabéns! Uma dúvida q ouvi de uma afirmação de um psicanalista español era sobre a plasticidade de mudar de uma estrutura psicótica para outra neurótica. Isso é possível?
Não é possível. A Psicose, para a Psicanálise, é uma estrutura que se constitui na tenra infância a partir da foraclusão do Nome do Pai: algo que deveria incidir para constituir o sujeito da linguagem não se insere. Na neurose, esse sujeito se constitui, o Nome do Pai é inserido. São duas estruturas clínicas distintas.
Então Jung seria basicamente uma releitura de Freud pelo meu entender. Porém os trabalhos de Jung são muito mais eficazes, do meu ponto de vista ao analisar produções artísticas e cultura como um todo. Porém obviamente totalmente calcado na psicanálise. A separação entre os dois não deve ser abarcada por quem hoje estuda e pratica a psicologia, creio eu.
Jung é a frente desse tempo. Focalizar nos arquétipos não nega a linguagem que também é imagética. Jung foca na história, na sociedade e Freud é bem mais reducionista.
Professor uma dificuldade inicial que sempre temos a fazer a leitura em psicanálise é compreender, as estruturas Neuróticas, Psicóticas e Perversas. Gostaria de saber pelo o que essas estruturas se caracterizam. Não ter essa informação complica a leitura dos iniciantes, que não compreende exatamente o que é um neurótico e etc. Se tiver outras estruturas, quais são elas? Se possível de exemplo dos distúrbios gerados em cada estrutura psíquica. Obrigado, é de grande importância essa pergunta, facilitaria minhas leituras.
@@dimazrestivo6841 (...) O sétimo volume da ‘Zentalblatt fur Psychotherapie’ (Jornal de Psicoterapia) (1934) contém um documento especialmente importante que também apareceu separadamente sob o título de “Doutrina da psicologia germânica”. Já mencionei na primeira parte que essa revista era o órgão de uma sociedade médica de psicoterapia de caráter supranacional. Os processos políticos se refletem em pronunciamentos sólidos. Em 27 de março de 1933, o primeiro presidente dessa sociedade, E. Kretschmer, teve de suspender o 7º congresso que se realizaria em Viena, de 6 a 9 de abril de 1933, com o tema “Psicoterapia das crises de amadurecimento”. (As principais apresentações seriam a de E. Kretschmer, P. Schilder, H. Hartmann, A. Freud e Ch. Buhler). Kretschmer abdicou do cargo de primeiro presidente em 6 de abril de 1933, e C. G. Jung assumiu a presidência em 21 de junho de 1933. Em seu “prefácio” como novo editor da Zentalblatt fur Psychotherapie’ (Jornal de Psicoterapia) aparecem as palavras das “já de há muito conhecidas diferenças entre a psicologia judaica e a psicologia germânica”. (C. G. Jung, 1933, p. 139; compare-se também com 1934). A este prefácio segue-se imediatamente, na página 140, m comunicado sobre a fundação da “Sociedade médica alemã de Psicoterapia” ocorrida em 15 de setembro de 1933. Textualmente: “Esta Sociedade tem por finalidade reunir, no sentido do governo nacional-socialista, todos os médicos alemães imbuídos da ideia de que o médico deve ter em mente, em cada tratamento, o todo da personalidade do doente, que não deve deixar de lado sua alma; visa especialmente aqueles médicos dispostos a formar e praticar uma cura psicoterapêutica no sentido da visão de mundo (Weltanschauung) nacional-socialista. A Sociedade pressupõe que todos os membros que venham a ter participação ativa escrita ou falada já tenham lido com todo rigor científico o livro ‘Mein Kampf’ [Minha Luta] de A. Hitlher, e que reconhecem como validos seus fundamentos. A Sociedade deverá colaborar com a obra do chanceler da nação de educar o povo alemão, tendo em vista uma atitude heroica e abnegada (M. H. Goring)”. (...). - “A neo-psicanálise de Schultz-Hencke: uma visão histórica e crítia”. - Helmut Thoma. Tradução: Helena Lins e Barros. In: “Psicanálise e Nazismo”, Chaim S. Katz (org.), p.170-171.
@@dimazrestivo6841 “Ao relacionarmos Jung e teoria política, é quase inevitável tratarmos de sua relação com o nazismo na década de 30. Questão fundamental para que possamos dar o devido valor às contribuições deste autor no âmbito da psicologia do inconsciente, pois, como observa Andrew Samuels, as acusações de colaboração com os nazistas e o antissemitismo, ambas negadas por jung, (...). As acusações referem-se tanto às suas ações em relação ao regime nazista quanto às formulações teóricas que o abonassem, podendo ser classificadas como práticas de oportunismo, simpatia política e ou teórica ou colaborando com os nazistas. Alguns autores trataram recentemente (década de 90) da relação de jung com o nazismo, fornecendo diferentes interpretações para este acontecimento. (...).” “Um Momento Perigoso: Jung e o Nazismo”. Autor: Ulianov Reisdorfer. Tese de Mestrado. Campinas - SP. (2003). Pg. 14 e 15.
@@dimazrestivo6841 Artigo da Folha de São Paulo, 26 de maio de 1996. Uma religião moderna JOSÉ LUIZ SILVA - ESPECIAL PARA A FOLHA Após o lançamento de "O Culto de Jung" em 1994, nos EUA, o filho do psicólogo suíço (1875-1961), Franz Jung, pressionou a Editora da Universidade de Princeton a retirar a obra das livrarias e a cancelar a edição de uma coletânea de escritos inéditos no país. A coletânea fora organizada e prefaciada por Richard Noll, 35, psicólogo e pesquisador do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e também autor do polêmico "O Culto de Jung", que chega esta semana às livrarias brasileiras. A editora não chegou a recolher os livros, mas cancelou a publicação, com o comunicado de que fazia uma "cortesia" à família de Jung. Noll afirmou ao "New York Times" que tal reverência era um recuo ante a ameaça da família de tirar da editora a posse exclusiva dos direitos de edição das "Obras Completas" de Jung nos EUA. A Noll foi ainda negado, em junho de 1995, o acesso aos artigos de J.J. Honegger (assistente de Jung que se suicidou em 1911, aos 25 anos) -guardados pela Biblioteca do Congresso, em Washington, sob a condição de não-exibição sem autorização da família de Jung e de C.A. Meier, analista suíço a quem Jung entregou os manuscritos de Honegger. Em outubro de 1995, a biblioteca devolveu os documentos à família de Jung. "Para evitar polêmica", disse Noll à Folha, por telefone, de Boston. Noll diz que os artigos podem provar a ideia principal de "O Culto de Jung": a acusação de que o psicólogo teria passado a falsificar informações a partir do momento em que supostamente percebeu a presença de erros primários na base de sua "teoria do inconsciente coletivo" -a peça chave da psicanálise junguiana. Entre trocar de teoria e falsificar seus dados, Jung teria escolhido a segunda opção. Jung escreveu certa vez que o que o levou a conceber a existência de um inconsciente coletivo -ou de imagens arcaicas que determinam o pensamento, o sentimento e o comportamento do homem- foi o caso de um paciente de Honegger, o "homem do falo solar". O paciente dizia ter visto um sol dotado de falo. Jung interpreta a visão como a reprodução do mito grego do deus Mithra. E argumenta: se o paciente nunca teve conhecimento deste mito, como poderia chegar a imaginá-lo, senão pela existência de um "inconsciente coletivo", repleto de imagens partilhadas pela humanidade? Noll afirma no livro ter descoberto que, no final da década de 10, o mercado editorial dos países de língua germânica foi invadido por escritos populares sobre mitologia, nos quais se encontrariam várias referências ao deus Mithra. E conclui: o homem do falo solar leu tal literatura; assim, não há um inconsciente coletivo a se tirar do fato -só a informação de que o homem do falo solar era um leitor imaginativo. A acusação mais grave, contudo, é a de que Jung alterou datas na versão do caso que está nas "Obras Completas", supostamente depois de perceber seu próprio engano. Noll diz que, de posse dos originais de Honegger, pode mostrar o que diz, pois eles não teriam sido modificados. Noll descreve Jung no suposto momento em que começou a alterar os dados como um pensador inteiramente engajado na criação de uma religião moderna ao redor da própria pessoa, experiência que o modo de funcionamento das associações de junguianos -supostamente estruturados ao redor de um líder espiritual- demonstraria ter sido bem sucedida. Com estes argumentos, Noll afirma ser Jung o "mais influente mentiroso do século 20", e a doutrina junguiana um "movimento moralmente corrupto e intelectualmente falido". A disputa entre Noll e Franz colocou sob suspeita, na mídia impressa norte-americana e europeia, a liberdade de publicação da Editora da Universidade de Princeton, e os limites dos direitos da Biblioteca do Congresso de não-exposição dos documentos. Marvin Kranz, responsável pelos artigos de Honegger na biblioteca, declarou ao "New York Times" que a biblioteca vetou o acesso de Noll aos documentos para não "alienar" a família, que queria os papéis de volta. Kranz disse ainda que este é um procedimento comum da biblioteca e que é melhor manter documentos sob restrição do que deixá-los em mãos que podem eventualmente ter interesse em destruí-los. Antes da polêmica se tornar pública, "O Culto de Jung" recebeu o prêmio de melhor livro de psicologia de 1994 pela Associação dos Editores Americanos. Folha - O que o senhor quer dizer com "culto", quando fala em "culto de Jung"? Richard Noll - Um pequeno grupo de pessoas que partilham a mesma crença nos poderes especiais de um líder, Carl Jung, e na possibilidade de serem eles mesmos os salvadores do mundo e da humanidade. O grupo de Jung acredita que, ao trabalhar seus sonhos e fantasias e contatar espíritos e deuses, trabalha para a salvação do resto da humanidade. Eles pensam ser os escolhidos. Folha - Em um artigo, o senhor relaciona o "culto de Jung" à seita da Ordem do Templo do Sol, cujos participantes cometeram suicídio coletivo em 1994, na Suíça. O que Jung tem a ver com a seita fundada por Luc Jouret? Noll - Penso que a dinâmica psicológica era a mesma. O grupo na Suíça acreditava nos poderes especiais de seu líder, Luc Jouret, e que estava em contato com o mundo espiritual. Tinha também a crença de que era especial e fazia algo que afetava o universo como um todo. Se Jung fosse um pouco mais psicótico, talvez tivesse conduzido seu grupo a algo semelhante ao que aconteceu na Suíça. Folha - Como chegou a saber que Jung alterou as datas do caso do "homem do falo solar", se, como diz, os documentos que podem comprovar o suposto fato foram retidos pela família de Jung? Noll - Minha primeira suspeita veio quando li os escritos originais de Jung em ordem cronológica. Ele fez muitas adições e modificações, até chegar à edição final das "Obras Completas". No decorrer das décadas em que mencionou o caso do homem do falo solar, Jung alterou muito os fatos. Na primeira vez em que falou do caso, por exemplo, disse que o paciente pertencia a seu assistente, J.J. Honegger. Depois que Honegger cometeu suicídio, em 1911, seu nome sumiu dos escritos de Jung, que passou a dizer que o paciente era seu. Uma das coisas mais perigosas a respeito de Jung é que ele não se importava com detalhes históricos, mas apenas em saber se sua própria história produzia ou não efeitos emocionais na plateia. Folha - O que sobra da clínica junguiana, se a teoria do inconsciente coletivo é falsa? Noll - A terapia junguiana acabou se tornando uma religião moderna, algo que diz menos respeito à vida do paciente que a seus sonhos cósmicos. O sonho do paciente se enche de deuses, e isto o faz se sentir importante. O paciente começa a pensar que transcende a realidade. Se não há inconsciente coletivo, tudo isso se reduz a teatro, algo sem valor terapêutico. Folha - Quais são os interesses da família de Jung? Noll - A família de Jung não quer que os artigos de Honegger venham a público, pois, se de uma hora para outra Jung deixa de ser o guru espiritual que é, a venda de seus livros cai. A família ganha milhões de dólares por ano com os livros de Jung. É um grande negócio. A família não quer que Jung seja historicizado. Quer mantê-lo como guru, não como homem. Folha - A decisão de não publicar seu novo livro sobre Jung compromete a liberdade editorial da Princeton University Press? Noll - Eles podem fazer o que fizeram, legalmente. Mas isto compromete meu direito de expressar minhas opiniões, o direito à liberdade intelectual. Mostra a influência atual dos negócios no mundo acadêmico. É o exemplo de uma corporação fazendo milhões de dólares por ano em sociedade com uma editora universitária. É a união do mundo dos negócios com o mundo acadêmico contra a liberdade intelectual. Eu detesto isso, mas "O Culto de Jung" é o último livro verdadeiramente crítico sobre Carl Jung. Será muito difícil escrever outro de agora em diante. A família não vai permitir.
@@dimazrestivo6841 ...parece que os junguianos não se interessam por ideias. Muitos junguianos tem a sensação de ter todas ideias de que precisam; Jung deu-lhes as ideias, tudo o que eles precisam e aplica-las e trabalhar com elas. Estão satisfeitos. (...) Eles apenas vivem das ideias de Jung (ou Freud, tanto faz), sem acrescentar nem mesmo uma vírgula por si mesmos. Isto é uma traição gigantesca, uma desonestidade. Você deve pagar por aquilo que ganha de uma escola levando suas ideias adiante. Mas tudo com o que se preocupam é com as qualificações de treinamento - mantendo os outros afastados de sua “tribo”. E é tudo calcado num pseudomisticismo da individuação e da totalidade. - James Hillman, ex-diretor de estudos do C.G.Jung Institut, de Zurique. “Entre Vistas”. Summus Editorial, 1989.
Resumindo: Para o Freud tudo estava relacionado a sexo, até a fruta que a pessoa gostava mais (o cigarro afetava a cabeça dele). Já o Yung, deixou uma grande contribuição ao mundo e nem ele aguentou Freud🤣
N é bem assim, amigo, a sexualidade na psicanálise não é só sexo, é isso e muito mais, acredito q vc esteja entendendo errado a forma que o autor usou a ideia de sexualidade. Para além disso, Jung sempre foi grande admirador de Freud, mesmo discordando, ele achava essas discordancias muito saudáveis, em A Prática da Psicoterapia Jung deixa mto claro o valor que ele dá p as contribuições de Freud.
Olá professor! Gostaria de uma visão antroposofica sobre a bipolaridade e como a psicanálise Junguiana pode ajudar no tratamento. É possível curar a bipolaridade apenas com a ajuda de medicamentos antroposoficos como os da linha WELEDA
Desculpe minha total ignorância (sou novo nesse mundo complicado da psicanálise) mas.. um profissional pode atuar como psicanalista e analista junguiano? Existe alguma coisa do tipo: “psicanalista linha junguiana”, algo assim? Eu vi isso num cartão de visita e fiquei confuso: psicanalista e analista junguiano.
Lógico que foi. Jung era o discípulo de Freud. Jung era a principal aposta de Freud na psicanálise. Jung foi psicanalista por vários anos. Só depois de brigar com Freud que ele criou sua teoria, porém, essa teoria bebeu da fonte psicanalítica, pois foi de onde Jung veio.
Max Cp Continua sendo falácia. Só tem a coragem de arguir isto que olha com os olhos da psicanálise e que, portanto, psicanalisa tudo, inclusive o que não é. Na pior das hipóteses foram colaboradores, veja a data da produçao intelectual de ambos, as linhas seguidas, o motivo do início da colaboraçao entre ambos e o motivo do fim. Daqui a pouco vai dizer que Jesus era discípulo de José de Arimatéia Delusion total
Max Cp Leia as cartas e verá que o que separou Jung e Freud em meados de 1913 foi EXATAMENTE aquilo que Jung pontuou logo na primeira carta trocada com Freud. Antes do contato com Freud, Jung já era reconhecido internacionalmente por suas pesquisas com os testes de associação de palavras, os complexos de tonalidade afetiva e suas teorias sobre a demência precoce. Tanto que quando viajou para os EUA em 1909, não foi por ser Psicanalista ou qualquer coisa que o valha, mas por suas pesquisas e o respeito que a comunidade acadêmica tinha por suas pesquisas. O problema é que está para nascer um psicanalista que consiga fazer uma leitura plural deste momento histórico em que Freud e Jung se uniram como pesquisadores e no qual também afastaram porque o Freud não tolerava independência teórica. Enfim, acho temerário também, por exemplo, utilizar a Roudinesco como fundamento para um relato fidedigno desse momento histórico pois ela incorre neste mesmo erro de estereotipar o Jung e exaltar o Freud. Por isso, acho que está na hora da psicanálise superar a lenda do discípulo...
Bastante enviesada sua resposta. Jung nunca foi discípulo de Freud, foi discípulo de Bleuler e Janet, de Freud foi colaborador. Essa é uma típica resposta de psicanalistas, ainda carregando esta complicada herança paternalista. Desde o começo Jung divergiu de Freud, mas o respeitou como um pensador original e corajoso. Jung ja tinha seus proprios trabalhos e, inclusive era reconhecido pelo seu livro sobre esquizofrenia, razão pela qual foi conviddo, com Freud, a palestrar nos EUA (em pé de igualdade em termos de importância). Além disso, Jung não produziu seus testes com seu galvonômetro por causa de Freud, ele já fazia estas análises empiricas que haviam começado com Wundt muito antes. Quando conheceu Freud, simplesmente acrescentou a ideia de centros psíquicos promoverem uma reação distinta à resposta. Jung não era monista, muito pelo contrário, achava Freud monista, já que a energia humana era só sexual e o mito só de Edipo. Jung contestava Freud exatamente pelo monismo dele, por querer um dogma e nao perceber sua ligação com a propria herança judaica. Se Jung era monista, como vc diz, porque decidiu estudar as histórias mitológicas como representações de tantas forças psiquicas no ser humano? Alias, foi Jung que indicou esta chave para Freud, que o agradeceu em carta. Jung sempre disse que a Libido era so uma dentre muitas forças, mas tentava justificar e salvar a reputaçao de Freud dizendo que ele não queria dizer exatamente que a libido era só sexual (por isso esta bobagem de monismo). Nesta época Freud era monista e so depois, como vc diz, virou dualista. O inconsciente coletivo nunca se contrapos ao inconsciente pessoal, ele so esta ampliado. A sua definição de que nao ha muita diferença entre um e outro porque Freud fala de relações mostra o quanto nao entende de Jung. A ideia de coletivo, nao está baseada em relações humanas para Jung, mas muito mais por uma perspectiva de que qualquer ser humano é criado das mesmas forças que todo o uiverso, portanto tem em si estas forças instigando manifestações, simplesmente nada a ver com relacoes objetais ou familiares. Alias, é nesse ponto que a diferença é enorme. A busca de um sintoma, para Freud, tem a ver com regredir causalmente imagens e reverberações que podem levar até o início do problema, como se fosse uma cadeia de registros que se acumularam ( e que levam a onde? ao complexo de Édipo, eventualmente). Para Jung esta cadeia causal é simplesmente muito parte de um pensamento materialista, nao imaginativo. Um sintoma nao precisa estar dentro de uma cadeia causal, pode simplesmente existir porque assim é a naturez das instâncias que temos em nossas psiques, porque assim somos como parte da natureza (outra diferença, já que Freud, estranhamente, considerava que o homem estava fora da naturea, ainda que tivesse que lidar com instintos). Jung podia aceitar uma referência a imagens que nao precisassem ter uma explicação causal, que poderiam simplesmente surgir da essência misterioso da psique. Seria como olhar um quadro e nao precisar entender uma historia com fatos, mas ser tocado por uma ou outra imagem deste, sem necessariamente ter que fazer esta imagem ter sentido numa narrativa. Você conhece Jung muito mal.
Francieli F. Pontes, eu não sei o que Jung entendeu por "neurose", mas, com certeza, é diferente da concepção freudiana. A julgar pelas suas palavras, parece que você entende neurose como "uma psicopatologia" - essa é, também, a concepção junguiana?- enquanto para a psicanálise, a neurose está na base constitutiva do inconsciente freudiano, ou seja, para a psicanálise, "o normal é ser neurótico" e, portanto, não é algo passível de ser "curado". Em outras palavras, podemos entender que sem neurose também não há inconsciente e a psicanálise jamais se propôs a curar o inconsciente pois Freud entendeu o inconsciente como constituição subjetiva, ou melhor, uma divisão psíquica que se dá a partir da entrada do sujeito na ordem da linguagem e cujo mecanismo se dá pela via do recalque. Com Lacan, podemos melhor compreender que a neurose, de fato, é uma estrutura clínica dentre mais outras duas que são a perversão e a psicose. E, quando em psicanálise, se diz que "o normal é ser neurótico" é no sentido de que a estrutura neurótica é predominante sobre as outras duas estruturas, ou seja, há muito mais sujeitos neuróticos do que perversos ou psicóticos. Portanto, de acordo com a psicanálise, é certo dizer que Freud, realmente, era neurótico! E você poderia nos dizer o que é neurose para Jung e por que você concluiu que Freud é "um neurótico" de acordo com o seu conhecimento da psicologia Junguiana? Seria interessante podemos contar com a sua colaboração.
Falou besteira ao dizer que a teoria do inconsciente coletivo se contrapõe ao inconsciente individual! Jung NUNCA negou a existência do ics. pessoal, pelo contrário. É por essas e outras que o pessoal da psicanálise menospreza Jung, simplesmente não o leram e passam adiante distorções de sua teoria sem um conhecimento minimamente adequado. Algo sério na área: www.amazon.com.br/Freud-Jung-Comparative-Psychology-Unconscious/dp/1570626766
JUNG é bem mais abrangente..concordo 100% com as percepções do mesmo, pois acredito que tudo está interligado. Freud tem seu valor, mas é muito cartesiano.
Não há batalha entre as teorias, há complementação. Se nos colocarmos como observadores com antenas generosas, compreenderemos que a busca é por um mesmo conhecimento, e que a realidade passa necessariamente pela experiência do si-mesmo. Grandes mestres como Freud e Jung se encontraram em uma mesma frequência durante um tempo, tendo Freud começado antes a trajetória. Jung captou um novo ritmo, seguiu outro fluxo, acrescentando também à teorias de Freud contribuições de outras culturas. Os frutos dessas contribuições nascem e se reproduzem incessantemente.
@@psyzen7630 que grosseiro seu modo de se expressar! Não condiz com o nome do seu canal. 🙏🏼😘
Sim, por isso mesmo, eu já havia denunciado você. Seus comentários são agressivos em todos os vídeos nos quais se manifestou. O mundo já está tão repleto de gente infeliz e amarga, que não podemos tolerar discursos odientos sem nada fazermos. Busque uma terapia. Você exala raiva e amargura nos seus comentários. Eu os li. Canal denunciado. 🙏🏼😘
muito bom esse comentário! é isso mermo
Você não quer brincar de Deus ? Ditando regras ?
Que comentário incrível! Me senti contemplada!
Pena que as teorias de jung é pouco discutida nas universidades, sinceramente seria muito bom se essa briga intelectual não fosse levada tão a sério.
Tem uma entrevista com Jung na net onde fala abertamente discordar de Freud dizendo ser ele mais intuitivo do que racional, ou seja, ele achava uma coisa e era aquilo. Já Jung me pareceu bem consciente do tenro princípio de seus estudos pela experiência prática em instituições psiquiátricas. Ou seja, tinha muito de incompreendido ainda na psicanálise e psicologia.
As diferenças de inconsciente são bem mais amplas do que foi mostrado e trazem consequências heurísticas radicais. Foi por isso que os estudos sobre a psicose em Freud não avançaram a contento das necessidades clínicas. Nise da Silveira teve que ampliar seus estudos além de Freud recorrendo a Jung.
Olá! Em quais livros ou artigos encontro essa discussão? Agradeço desde já!
Uma sugestão, terminar os vídeos com a indicação de um livro!
Videos ótimos. Não canso de assistir. São MUITO bons. Obrigado, Dunker 🥰❤❤❤👍🏻👍🏻👍🏻🤩
A diferença ao meu ver, esta na condução, Freud sempre analítico, e Jung por mais que receba este nome em sua abordagem tem o viés mais compreensivo, de uma forma geral, estas são as principais diferenças. Gosto dos seus vídeos.
Nunca tinha pensado dessa forma, gosto da contribuição do Jung e também da de Freud, por mais que se queira mostrar essa distinção, suas abordagens caminham juntas.
o inconsciente é um conteúdo que está oculto em nossa psiquê e que ainda nâo se manifestou na consciência do eu.
Nesse sentido é um fenômeno que atua na sombra.
E isso existe no individual e no coletivo....
o inconsciente é livre, tem luz e sombra... tem tudo.
Penso que tudo está no dna da pessoa
O dna é responsavel pelas caracteristas fisicas da pessoa
Mas tambem penso que as lembranças dos antepassados estão guardadas no dna.
Quando a pessoa faz a tal regressão, ela está libertando lembranças ocultas em seu próprio dna
As pessoas pensam que voltaram ao passado, mas é apenas lembranças de seus tatatatataravos
é mais ou menos assim: tudo é feito de atomo, concordam ?
E de que é feito o atomo?O atomo é feito de particulas subatomicas
Vc pode continuar perguntando de que essas coisas sao feitas
É ai que entra a fisica quantica
O estudo das particulas subatomicas e seu comportamento
Tudo é feito dessas particulas, inclusive o dna
Elas não estão presas as leis que conhecemos
Como por exemplo tempo e espaço
Aí entra outro conceito
O conceito de inconsciente coletivo
Quer dizer
É uma teoria que fala que todos participam de um mesmo inconsciente
Agora tentem unir as duas coisas ...
Desculpas aos psicanalistas, mas eu amoooooo Jung e a psicologia complexa, Ou seja, a analítica.💙📿🙏🏻
Entender a história das ideias atuantes no século XIX é fundamental para entender o Jung histórico - uma visão de Jung que não consta da “autobiografia interior” póstuma Memórias, sonhos, reflexões, que tem sido a base de quase todos os levantamentos biográficos sobre Jung. A busca pelo Jung histórico vai tornar-se necessária se quisermos ao menos começar a entender o impacto considerável que sua vida e obra tiveram na cultura do século XX. Procurar o contexto histórico da vida de Jung também significa entender os paradoxos do junguianismo, um movimento que romantiza e espiritualiza as teorias de Jung e tem demonstrado pouco interesse em documentar os fatos históricos de sua vida que não são tratados em Memórias, sonhos, reflexões. Basicamente, as Memórias, sonhos, reflexões foram escritas e organizadas por Aniela Jaffé, uma das colaboradoras mais próximas de Jung. A princípio, seriam publicadas como uma biografia de Jung sob a autoria de Aniela Jaffé, em que haveria apenas “contribuições de C. G. Jung”. Jung escreveu, à mão, somente os três primeiros capítulos do livro, referentes a sua infância, formação escolar e anos de universidade, e uma seção final intitulada “Últimos pensamentos”, com suas especulações metafisicas sobre a natureza de Deus, da vida e do amor. Embora correspondam a um terço das Memórias, sonhos, reflexões, essas partes foram alteradas por Aniela Jaffé e outros. Um capítulo que pode ou não ter sido escrito por Jung e que dizia respeito a Toni Wolff, sua amante por quarenta anos, foi removido do processo de organização do texto, em consequência das objeções de familiares de Jung nos últimos anos de sua vida, quando já estava semi inválido. O livro [Memórias, sonhos, reflexões] é, portanto, obra de seus discípulos. As Memórias, sonhos, reflexões não esclarecem as coisas para quem se interessa por história, mas são irresistíveis para quem gota de mistérios. (Noll, 1996, p. 15)
C. G. Jung, Memories, dreams, reflections by C. G. Jung, ed. Aniela Jaffé (New York, Pantheon, 1962). Na primeira (e ainda melhor, apesar de já antiga) análise crítica detalhada da obra de Jung, as Memórias, sonhos, reflexões eram denominadas uma “auto mitologia” que constituiria um “gênero especial e único” (Peter Homas, Jung in context: modernity and the making of a psychology; Chicago, University of Chicago Press, 1979, p. 29).
(Noll, 1996, pp. 330-31)
Você tem alguma indicação de leitura?
Muito boa essa colocação com critérios interessantes ... minha visão não é tão avançada no processo das diferenças entre a psicólogia de Freud e a de Jung....Depois de assistir um filme baseado em fatos reais de uma obra a respeito das contradições entre eles ,minha visão mudou radicalmente....A academia onde Freud iniciava os primórdios da ciência era em sua maioria de judeus .. Freud passou para Jung um caso de Histeria .?? porque ele não quis levar adiante o tratamento????essa questão chave foi o epicentro do conflito . O espaço aqui não é suficiente para comentar o.impasse ... Recomendo o filme """""Um método perigoso """( The Dangerous method ). Onde qualquer pessoa pode tirar suas próprias conclusões ....boa noite.
Essa batalha...Freud e Jung, sensacional só aprendo.
Amo ❤
Muito bom🎉❤
Prezado Christian, talvez vc precise ler Jung. Sem preconceito. Só ler. Já está bom.
Exatamente, a psicologia complexa de Jung é surreal mente bela, idílica e magnânima na sua complexidade e ao mesmo tempo simplicidade ao falar da alma humana .
Por qual razão ? Achei interessante sua crítica pois entendo que na sua fala tem algum ensinamento que ele não passou de forma correta e eu gostaria de aprender
Jung e Freud se complementam na questão libido. Forças debaixo (sexo) e forças de cima (espiritualidade) regulam nossa psique
A mente mente, nossa conexão com o todo é pelo chacra do coração, gosto muito de psicologia e psicanálise, mas a espiritualidade é um fato que jamais deve ser deixado de lado. O problema é que muita coisa normal é taxada como psicoses, isso pelo profissional desconhecer o fator espiritualidade ou, por se vender pra indústria farmacêutica, como muitos médicos fazem. E ai? qual dos dois considera a espiritualidade? Freud ou Jung?
Muito bom mesmo o máximo OBRIGADO pela atenção você é muito gentil Agradecidament e presta excelente qualidade parabéns estou satisfeito obrigado
Há outro aspecto fundamental que diferencia a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung: Freud considerou as religiões como neuroses coletivas obsessivas, ao passo que Jung considerou a religiosidade como desempenhando função muito importante no equilíbrio psíquico. Para Freud, a religião é neurose; para Jung, a religião é indispensável para proteger das neuroses. Freud negava a existência de Deus como ateu dogmático e fanático, embora seja provável que nunca tenha tenha estudado, em termos filosóficos e científicos, a questão da existência de Deus, limitando-se ao estudo do significado da ideia de Deus e da religião para o dinamismo psiquico, que é, obviamente questão muito diferente da questão da existência de Deus. Jung fez essa distinção. São muito citadas palavras que Jung disse, durante entrevista, se lembro bem, à BBC de Londres, em que, tendo sido questionado se ACREDITAVA em Deus, ele disse que não acreditava e sim SABIA que Deus existe.
Parabéns pela explicação.
Útil importante relevante excelência
Não entendi nada, mas obrigada 😐
Aline Oliveira kkkkkk.
😂😂😂
Kkkkkkkk
Kkkkkkkk
Kkkkkkkkkkk ri muito
Muito obrigada Professor
Obrigada vc vai ajudar muito no meu seminário!!
Obrigado pelas informações
Excelente síntese!
"Um método perigoso" é um filme excelente que fala um pouco sobre isso .
Nada se contradiz tudo se completa
Quando eu entrei na faculdade já conhecia Jung mas eu comecei a ler Jung no segundo semestre. O professor Valério Arantes falava que Jung era cristão dando uma risadinha mas mesmo assim me indicou o Memórias sonhos e reflexões, Aniella Jaffé, uma biografia de Jung. Mas eu não fiquei em Jung, em 1983 eu estava interessada na fala, na linguagem, nas dificuldades que as pessoas apresentam em falar. O meu primeiro psicanalista era lacaniano e ainda está vivo e eu nunca ouvi alguém falar mal de Lacan. Uma vez uma paciente desse meu primeiro psicanalista se referiu a ele quase em pânico mas em se tratando de psicanálise não podemos achar nada.
ruclips.net/video/NSab2hNsZhk/видео.html
Compreendo, mas foi a teoria de Lacan que culminou na disfunção das teorias da esquerda, que defendem o progressismo agressivo da sociedade e abolição das convenções sociais
Professor, os vídeos estão bem baixos e com a música de fundo fica difícil ouvir. Obrigada!
Gostaria de ver o Sr falar de Wilhelm Reich.
Estou adorando o canal.
Tem um documentário/filme biográfico dele aqui no youtube
seria massa!
Professor Dunker, muito obrigado por dar a oportunidade de todos os interessados serem de algum modo seus alunos, graças a este canal alunos de todos os cursos podem ter o mesmo privilégio dos alunos da USP.
Gostaria de fazer uma pergunta, Se o inconsciente está na linguagem e a linguagem só tem sentido e só se forma a partir do coletivo. eu poderia dizer que o inconsciente de freud é antes de tudo coletivo, mesmo não tendo a separação que Jung faz entre coletivo e individual ?
Ψ Bruno_o_Mouro Ψ Revise vários dos pontos citados no video, pois NAO correspondem aos fatos. Seria uma versão ou ponto de partida.
O inconsciente coletivo de Jung vai MUITO além dessa relação social entre inconscientes. Dizer que é bobagem a diferença significa passar uma régua e igualar coisas tão diferentes quanto água e vinho.
verdade, odiei o final
Ele falou realmente de uma forma superficial. Ele poderia estudar mais a psicologia complexa de Jung para poder falar. Mas o vídeo é muito sucinto. Gostei um pouco do vídeo. Só acho que muitos psicanalista dão um ar de arrogância nas suas falas. Não estou citando o professo Dunker. Me corrijam se eu estiver errado.
Bom dia, genial professor. Gostaria que soubesse que tenho aprendido muito sobre a psicanálise depois que passei assistir suas aulas. Admiro muito sua inteligência e capacidade de análise e compreensão da obra psicanalítica. Eu tenho uma dúvida e gostaria que o senhor me ajudasse a saná-la, no tocante à relação transferencial. Segundo Roudinesco, Lacan definiu a relação transferencial como uma "sequência de inversões dialéticas". Poderia me explicar melhor o que Lacan quer dizer com isso? Obrigado! Sucesso grandioso em 2020.
Bela síntese!
Maravilha. Adoro assistir a esses vídeos. Curtos e supure esclarecedores. Quando termino de assistir, já fico na ansiedade que chegue logo o outro. Que venham muitos mais!!!
Melhor ficar atenta, esse vídeo é completamente equivocado pra não dizer mal intensionado!
Muito bom, obrigada!
Excelente vídeo, muito didático
Excelente explicação !
Muito didático, obrigada! 🌟
Vim pelo meu diário. Ótimo!!
Muito obrigado!
Bom, eu tinha entendido e termos mais gerais que Jung postulou o inconsciente individual que era esse que Freud introduziu, e alem desse a existência do inconsciente coletivo que seria meio que um conjunto de crenças e comportamentos inconscientes da sociedade, por exemplo a segregação racial dos EUA ao meu ver, todos os brancos praticavam mas ningurm sabia de forma consciente pq faziam aquilo, seria tipo coisas que fazemos mas nem sabemos pq fzemos . Foi o que entendi
Ainda bem q vcs não aceleram mais os vídeos como faziam
Aqui apresento um pouco de Jung, de forma descontraída:
ruclips.net/video/OEmSg0Mqdm8/видео.html
Professor como eu interpreto a construção de sujeito na obra "O retrato de Dorian Gray" de acordo com as teorias de Lacan? É meu tema de TCC, estou precisando de um norteamento.
Moça agora conta como vc fez pq fiquei passada com o tema. O meu foi em genômica mas Perto do seu ficou até sem graça kkkkk
Boa abordagem através da primeira tópica. Sugeriria continuar num outro vídeo para comentar a 2a tópica e também freud a partir de 1920 como monista (segundo laplanche nos problematiques iv)
Olá professor! poderia explicar sobre o arco reflexo dos sonhos de Freud!? por favor! Abraços Maria
Gostei da explicação, torna mais claro um pouco esse conhecimento tão específico. Freud me parece mais científico e pragmático, já Jung me parece mais metafísico e teórico, seria isso mesmo?
Christian, você poderia, por favor, indicar locais no Rio de Janeiro onde tenhamos uma formação segura em psicanálise? Eu já vi cursos com duração de 1 ano, 2 anos e até de 4 anos. Com a pandemia, tenho visto muitos cursos na modalidade EAD serem oferecidos, mas não tenho quaisquer parâmetros para identificar a qualidade deles. Eu não estou procurando só por cursos EAD, não. Pode ser presencial (após a pandemia) ou EAD ou ambos. Desde já te agradeço.
EXCELENTE
Estudo Jung faz 20 anos, em seus livros ele sempre cita Freud, ele diz que FReud foi incompreendido, tem até uma obra do Jung: Freud e a psicanálise, o qual.gostaria de ler
Jung também diz que foi incompŕendido por alguns de seus seguidores que até falam umas bobagens as quais ele nunca disse.
Edson Aparecido Pedro acredito mais em papai Noel do que em vc estudar Jung há vinte anos.
@@felipecouto5686 amiguinho vc é um Freudista ? Feliz Natal
@@edsonaparecidopedro1898 Freudista pqp KKKKKKKKKK
É freudiano, n é possível q vc tem mais de 20 anos de estudo na área
@@gabrielfagundes9208 é o Freudismo é um dogma mesmo , até tem os seus 'discípulos'/diáconos, segue um link pra vc amigo Freudista www.google.com/amp/s/colunastortas.com.br/o-freudismo-segundo-bakhtin/amp/
www.estantevirtual.com.br/livros/mikhail-bakhtin/o-freudismo/2448547776
muito bom gostei dessa explicacao de jung e freud parabens !!!
alenilson conceicao Explicação bem parcial e estranha. Diga se de passagem. Várias coisas citadas estao bem aquem do que se eh lido
Boa! Uma opinião: a música do fundo, fora do compasso, atrapalha a absorção do que está sendo falado. ;)
mano, nem reparei em música.. kkkkkk tava tão interessado no discurso..
Então é por isso que não entendi nada nada
Eu prefiro a psicanálise de Freud,sou novata nos estudos de psicologia se tiver errada me corrigem. Jung ia mais pro um lado espiritual?Eu li sobre sonhos na visão de Jung e vi que ele acreditava em mensagens de anjos através dos sonhos,Ja Freud acreditava que sonhos são nossos desejos repressões medos traumas...
Gostaria muito que falasse sobre psicopatia
Sensacional
Senti um ranço no vídeo anterior. Jung tem um núcleo de excelência na UFBa. E tem os institutos.
Olá! Eu queria saber se há algum paralelo entre Jung e Lacan. Estudo Lacan e já li muito Jung, eu acho que as teorias deles podem conversar muito, porém geralmente há um tipo de briga entre os teóricos das duas áreas. Você acha a conversa possível? Se sim, onde?
Matheus Abade procura na internet um junguiano chamado Marcus Quintaes. Ele vem estudando a possibilidade de um diálogo epistemológico entre o Jung e o Lacan.
Mas a psicanálise explica como essa semelhança de símbolos e mitos em todos os povos através da história da humanidade, que Jung via como o inconsciente coletivo?
Professor, li uma entrevista sua na qual vc fala das consequências do fim da hegemonia do patriarcado no ocidente. Há uma afirmação mto curiosa de q isso aumenta a intolerância em nossa sociedade. Gostaria mto de ver um vídeo aprofundando essa ideia.
Acredito que ele não vá lhe atender, já que isso depõe contra a esquerda e o feminismo, com os quais ele é alinhado.
Muito bom
Olá professor Christian Dunker, uma vez nas aulas de clínica psicanalítica na graduação de psicologia, a professora ao trabalhar um texto de Freud, disse que o conceito ali presente caiu com o Lacan, não se sustenta. Gostaria que você fizesse um vídeo com alguns conceitos que a teoria lacaniana "derrubou" na teoria de Freud.
muito esclarecedor...Parabens pelo canal
Cara estuda "NEVELLIE GODDARD" poucos conhecem mais ele é um gênio da,metafisica,e sobre poder do subconsciente,ele é o 1 homem a desvendar a bíblia de maneira metafisica,ele acredita que a bíblia é um grande drama psicológica e que nada lá é literal, e que nada ali foram algo que aconteceu no passado,mais cada personagem é um estado,depois vc posta um vídeo dizendo sobre Nevellie pfv
Quais livros vc indica para iniciantes na psicanálise?
Obrigada estou adorando seus vídeos
Deu dor no cotovelo? Tome COTOVELOL.
Olá professor! Primeiramente, parabéns pelo canal. Adorei os conteúdos. Minha questão é com relação às redes sociais (facebook, twitter, etc): como você acha que os laços sociais se constituem nesses meios? Você acha que eles são possíveis? Obrigada!!
Olá professor! O que Freud pensava sobre a guerra? Eu li o livro ´´Psicanálise dos tempos neuróticos´´ mas mesmo assim me restam dúvidas. Muito obrigada!!!
Tem uma carta de Freud a Einstein intitulada " por que a guerra"?
Você quase acertou, de fato a celeuma se deu em virtude do livro dele que trata da temática do herói, mas se chama símbolos da transformação, e foi publicado em 13 em dois volumes no periódico de psicanpalise, o capítulo problemático foi justamente um chamado "o sacrifício", você escorrega ao afirmar que Jung era monista, primeiro pelo motivo de monismo epistemologicamente significar outra coisa (ver o capítulo de Assoun em seu livro sobre epistemologia freudiana) segundo que Jung acreditava que a libido deveria ser encarada como a energia na física, como uma energia que comportava diversos dinamismos específicos (incluindo sexualidade, fome, poder, agressão etc), além disso, no referido capítulo ele chegava a conclusão de que o inconsciente não sabia só desejar, mas também podia cancelar os seus desejos. Como essa libido que funcionava como uma abstração de quantidade de energia que podia assumir diversos dinamisnos, mesmo que monismo significasse o que você aludiu, não seria esse o caso. Parece evidente que você não leu o livro símbolos da transformação (não o culpo, é um livro longo, denso e complicado, e para alguém qu estuda Lacan deve parecer um esforço em vão), mas seria bom se informar minimamente. Outra correção, Bleuler não descreveu nem inventou a esquizofrenia, quem o fez foi Karepelin, que a chamava de dementia praecox, Bleuler a rebatizou de esquizofrenia e, entre outras coisas eliminou a característica de ser precoce ou de estar no quadro das demências, para ele o que caracterizava a esquizofrenia era o Spaltung, a cisão ou fragmentação psiquica. No mais o vídeo pe razoável, por mais que escorregue nesses pontos que citei.
Levando em conta que o Zeitgeist indicava outros autores, além de Freud, tentando sistematizar a teoria do inconsciente. Pena a história ser narrada apenas pelo vendedor.
Acho que no final ele tenta justificar que o inconsciente Freudiano não é apenas individual, e termina o argumento. Me pareceu uma tentativa de defesa do Freud, foi minha impressão. Sem contar que os elementos de coletivo no insconsciente freudiano, são bastante diferentes em relação ao junguiano, que traz figuras tão complexas quanto, que não foram abordadas. No mais, também tem as cartas que eles trocavam entre si, que dão muitas pistas de como era essa relação. Freud parecia bem magoado e pessoalmente ofendido com as divergências do Jung, as cartas são um pouco imaturas até.
Heraclito Aragao Pinheiro Pois é. Ele patinou em vários pontos
Dê Jr No final ele faz também uma falsa equivalência, grosseira até entre o inconsciente freudiano e o inconsciente segundo a abordagem de Jung, como se este fizesse a exposição apenas do inconsciente coletivo e esquecesse o inconsciente individual, fazer esse tipo de comparação é renegar toda a teoria dos complexos. Fazer a a analogia entre a transubjetividade e o inconsciente coletivo também é forçar demais a interpretação, pois pode existir subjetividade socializada sem precisar apelar para uma estrutura arquetipica herdada, basta afirmar pressupostos sociológicos simples.
Heráclito e Cia, vamos aprender a criticar?
1. Quando digo que "o livro é sobre o herói", isso não implica que ele tenha a palavra "herói" no título, mas que ele aborda este tema, certo?
2. Dizer que o problema está o capítulo VII (da segunda parte, edição Paidos), sobre o sacrifício, "quase acerta" (como v. gosta de dizer). Você deixa de lado o capítulo II "Sobre o Conceito de Libido", que Freud não gostou (como v. deve saber).
3. Dizer que Bleuler "rebatizou a demência precoce como esquizofrenia" é uma tolice histórica e psicopatológica. A escola de Zurique competia com a escola Suíça . A formulação do "grupo das esquizofrenias" por parte de Bleuler é feita em explícita contraposição a demência precoce de Kraeplin. Você mesmo percebe que a etiologia é diversa, que a hipótese de um curso regular e de um desenlace previsível são descartadas por Bleuler. Logo, que não é uma mudança de nome, portanto Bleuler descreveu a esquizofrenia pela primeira vez. (admita que dói menos).
4. Com relação a Assoun, você confunde o monismo libidinal do comentário de Freud sobre Platão no mito do andrógino, com a atitude geral da metapsicologia de Freud com relação ao domínio das pulsões (no plural). Especificamente no debate com Jung era assim que ele, Freud, percebia o problema.
5. Também acho que Freud não ficou muito feliz quando viu Jung colaborar com os nazistas, manter relações sexuais com pacientes e usar a paranormalidade como argumento de pesquisa.
Olá professor,
Onde posso realizar as perguntas ?
Caso possa ser por aqui, gostaria de saber as principais diferenças entre a "psicanálise" de Freud, Sandor Ferenczi, Melanie Klein e Lacan.
Grato !
+Gustavo Vasconcelos Você pode fazer as perguntas por aqui mesmo (como fez, de fato). Eu escolho tanto as perguntas daqui quanto as feitas na minha página do Facebook (Christian Dunker). Fique à vontade para perguntar onde achar melhor e para seguir/se inscrever, Gustavo! Obrigado e abraço!
Christian Dunker, gostaria que falasse da questão do complexo Edipiano nas famílias atuais, como: casais homossexuais que adotam crianças e mães solteiras, abraço!
Christian Dunker, seus vídeos são excelentes! Mas.. por favor, esse título deu a entender que podemos conceber "uma psicanálise junguiana"! Não dá pra mudar o título? rsrsrs
Muito boa a explicação. Já estou indicando o vídeo aqui.
recomendo esse vídeo para quem quer se aprofundar na diferença entre Jung e Freud, By Jung. ruclips.net/video/_PDQgx6iVq4/видео.html
Nossa eu jurava que o Freud era neurologista
Isto que dá o discípulo tentar ultrapassar o mestre. Freud é eterno, Jung não! Salve, Freud.
Gostaria de saber qual é a visão do recalque na psicologia analítica de Jüng.
Explicou bem claro mas a música de fundo é melhor não ter, atrapalha.🙃
Christian Dunker, esses flashs em preto e braco nos videos, pode ser interpretado como seu inconsiente brotando? Um sentido o mais que vc da a fala? Noçao de sujeito?, ou nenhuma das minhas suposiçoes? Gostaria muito de te ouvir falando nIsso! Valeu sou fa do canal e seu fa. Abraço
Ótimo canal, parabéns! Uma dúvida q ouvi de uma afirmação de um psicanalista español era sobre a plasticidade de mudar de uma estrutura psicótica para outra neurótica. Isso é possível?
Não é possível. A Psicose, para a Psicanálise, é uma estrutura que se constitui na tenra infância a partir da foraclusão do Nome do Pai: algo que deveria incidir para constituir o sujeito da linguagem não se insere. Na neurose, esse sujeito se constitui, o Nome do Pai é inserido. São duas estruturas clínicas distintas.
Os sonhos
Então Jung seria basicamente uma releitura de Freud pelo meu entender. Porém os trabalhos de Jung são muito mais eficazes, do meu ponto de vista ao analisar produções artísticas e cultura como um todo. Porém obviamente totalmente calcado na psicanálise. A separação entre os dois não deve ser abarcada por quem hoje estuda e pratica a psicologia, creio eu.
Jung é a frente desse tempo. Focalizar nos arquétipos não nega a linguagem que também é imagética. Jung foca na história, na sociedade e Freud é bem mais reducionista.
Jung era um fanfarrão comedor das suas pacientes
Professor uma dificuldade inicial que sempre temos a fazer a leitura em psicanálise é compreender, as estruturas Neuróticas, Psicóticas e Perversas. Gostaria de saber pelo o que essas estruturas se caracterizam. Não ter essa informação complica a leitura dos iniciantes, que não compreende exatamente o que é um neurótico e etc.
Se tiver outras estruturas, quais são elas? Se possível de exemplo dos distúrbios gerados em cada estrutura psíquica.
Obrigado, é de grande importância essa pergunta, facilitaria minhas leituras.
Alan F Santos "o prazer de ler Freud" de j.d. Nasio é ótimo pra esclarecer essas questões :)
Adoro os vídeos do Christian, mas a musiquinha de fundo é irritante e dificulta a concentração. Só uma dica.
O psicólogo clínico Richard Noll publicou em 1996 "O culto de jung - origens de um movimento carismático"
... livro de Noll contestado por vários psicólogos. Vide Heráclito Pinheiro, para citar um.
@@dimazrestivo6841 (...) O sétimo volume da ‘Zentalblatt fur Psychotherapie’ (Jornal de Psicoterapia) (1934) contém um documento especialmente importante que também apareceu separadamente sob o título de “Doutrina da psicologia germânica”. Já mencionei na primeira parte que essa revista era o órgão de uma sociedade médica de psicoterapia de caráter supranacional. Os processos políticos se refletem em pronunciamentos sólidos. Em 27 de março de 1933, o primeiro presidente dessa sociedade, E. Kretschmer, teve de suspender o 7º congresso que se realizaria em Viena, de 6 a 9 de abril de 1933, com o tema “Psicoterapia das crises de amadurecimento”. (As principais apresentações seriam a de E. Kretschmer, P. Schilder, H. Hartmann, A. Freud e Ch. Buhler). Kretschmer abdicou do cargo de primeiro presidente em 6 de abril de 1933, e C. G. Jung assumiu a presidência em 21 de junho de 1933. Em seu “prefácio” como novo editor da Zentalblatt fur Psychotherapie’ (Jornal de Psicoterapia) aparecem as palavras das “já de há muito conhecidas diferenças entre a psicologia judaica e a psicologia germânica”. (C. G. Jung, 1933, p. 139; compare-se também com 1934). A este prefácio segue-se imediatamente, na página 140, m comunicado sobre a fundação da “Sociedade médica alemã de Psicoterapia” ocorrida em 15 de setembro de 1933.
Textualmente:
“Esta Sociedade tem por finalidade reunir, no sentido do governo nacional-socialista, todos os médicos alemães imbuídos da ideia de que o médico deve ter em mente, em cada tratamento, o todo da personalidade do doente, que não deve deixar de lado sua alma; visa especialmente aqueles médicos dispostos a formar e praticar uma cura psicoterapêutica no sentido da visão de mundo (Weltanschauung) nacional-socialista. A Sociedade pressupõe que todos os membros que venham a ter participação ativa escrita ou falada já tenham lido com todo rigor científico o livro ‘Mein Kampf’ [Minha Luta] de A. Hitlher, e que reconhecem como validos seus fundamentos. A Sociedade deverá colaborar com a obra do chanceler da nação de educar o povo alemão, tendo em vista uma atitude heroica e abnegada (M. H. Goring)”. (...). - “A neo-psicanálise de Schultz-Hencke: uma visão histórica e crítia”. - Helmut Thoma. Tradução: Helena Lins e Barros. In: “Psicanálise e Nazismo”, Chaim S. Katz (org.), p.170-171.
@@dimazrestivo6841 “Ao relacionarmos Jung e teoria política, é quase inevitável tratarmos de sua relação com o nazismo na década de 30. Questão fundamental para que possamos dar o devido valor às contribuições deste autor no âmbito da psicologia do inconsciente, pois, como observa Andrew Samuels, as acusações de colaboração com os nazistas e o antissemitismo, ambas negadas por jung, (...). As acusações referem-se tanto às suas ações em relação ao regime nazista quanto às formulações teóricas que o abonassem, podendo ser classificadas como práticas de oportunismo, simpatia política e ou teórica ou colaborando com os nazistas. Alguns autores trataram recentemente (década de 90) da relação de jung com o nazismo, fornecendo diferentes interpretações para este acontecimento. (...).” “Um Momento Perigoso: Jung e o Nazismo”. Autor: Ulianov Reisdorfer. Tese de Mestrado. Campinas - SP. (2003). Pg. 14 e 15.
@@dimazrestivo6841
Artigo da Folha de São Paulo, 26 de maio de 1996.
Uma religião moderna
JOSÉ LUIZ SILVA - ESPECIAL PARA A FOLHA
Após o lançamento de "O Culto de Jung" em 1994, nos EUA, o filho do psicólogo suíço (1875-1961), Franz Jung, pressionou a Editora da Universidade de Princeton a retirar a obra das livrarias e a cancelar a edição de uma coletânea de escritos inéditos no país. A coletânea fora organizada e prefaciada por Richard Noll, 35, psicólogo e pesquisador do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e também autor do polêmico "O Culto de Jung", que chega esta semana às livrarias brasileiras.
A editora não chegou a recolher os livros, mas cancelou a publicação, com o comunicado de que fazia uma "cortesia" à família de Jung. Noll afirmou ao "New York Times" que tal reverência era um recuo ante a ameaça da família de tirar da editora a posse exclusiva dos direitos de edição das "Obras Completas" de Jung nos EUA.
A Noll foi ainda negado, em junho de 1995, o acesso aos artigos de J.J. Honegger (assistente de Jung que se suicidou em 1911, aos 25 anos) -guardados pela Biblioteca do Congresso, em Washington, sob a condição de não-exibição sem autorização da família de Jung e de C.A. Meier, analista suíço a quem Jung entregou os manuscritos de Honegger.
Em outubro de 1995, a biblioteca devolveu os documentos à família de Jung. "Para evitar polêmica", disse Noll à Folha, por telefone, de Boston.
Noll diz que os artigos podem provar a ideia principal de "O Culto de Jung": a acusação de que o psicólogo teria passado a falsificar informações a partir do momento em que supostamente percebeu a presença de erros primários na base de sua "teoria do inconsciente coletivo" -a peça chave da psicanálise junguiana. Entre trocar de teoria e falsificar seus dados, Jung teria escolhido a segunda opção.
Jung escreveu certa vez que o que o levou a conceber a existência de um inconsciente coletivo -ou de imagens arcaicas que determinam o pensamento, o sentimento e o comportamento do homem- foi o caso de um paciente de Honegger, o "homem do falo solar".
O paciente dizia ter visto um sol dotado de falo. Jung interpreta a visão como a reprodução do mito grego do deus Mithra. E argumenta: se o paciente nunca teve conhecimento deste mito, como poderia chegar a imaginá-lo, senão pela existência de um "inconsciente coletivo", repleto de imagens partilhadas pela humanidade?
Noll afirma no livro ter descoberto que, no final da década de 10, o mercado editorial dos países de língua germânica foi invadido por escritos populares sobre mitologia, nos quais se encontrariam várias referências ao deus Mithra. E conclui: o homem do falo solar leu tal literatura; assim, não há um inconsciente coletivo a se tirar do fato -só a informação de que o homem do falo solar era um leitor imaginativo.
A acusação mais grave, contudo, é a de que Jung alterou datas na versão do caso que está nas "Obras Completas", supostamente depois de perceber seu próprio engano. Noll diz que, de posse dos originais de Honegger, pode mostrar o que diz, pois eles não teriam sido modificados.
Noll descreve Jung no suposto momento em que começou a alterar os dados como um pensador inteiramente engajado na criação de uma religião moderna ao redor da própria pessoa, experiência que o modo de funcionamento das associações de junguianos -supostamente estruturados ao redor de um líder espiritual- demonstraria ter sido bem sucedida.
Com estes argumentos, Noll afirma ser Jung o "mais influente mentiroso do século 20", e a doutrina junguiana um "movimento moralmente corrupto e intelectualmente falido".
A disputa entre Noll e Franz colocou sob suspeita, na mídia impressa norte-americana e europeia, a liberdade de publicação da Editora da Universidade de Princeton, e os limites dos direitos da Biblioteca do Congresso de não-exposição dos documentos.
Marvin Kranz, responsável pelos artigos de Honegger na biblioteca, declarou ao "New York Times" que a biblioteca vetou o acesso de Noll aos documentos para não "alienar" a família, que queria os papéis de volta. Kranz disse ainda que este é um procedimento comum da biblioteca e que é melhor manter documentos sob restrição do que deixá-los em mãos que podem eventualmente ter interesse em destruí-los.
Antes da polêmica se tornar pública, "O Culto de Jung" recebeu o prêmio de melhor livro de psicologia de 1994 pela Associação dos Editores Americanos.
Folha - O que o senhor quer dizer com "culto", quando fala em "culto de Jung"?
Richard Noll - Um pequeno grupo de pessoas que partilham a mesma crença nos poderes especiais de um líder, Carl Jung, e na possibilidade de serem eles mesmos os salvadores do mundo e da humanidade. O grupo de Jung acredita que, ao trabalhar seus sonhos e fantasias e contatar espíritos e deuses, trabalha para a salvação do resto da humanidade. Eles pensam ser os escolhidos.
Folha - Em um artigo, o senhor relaciona o "culto de Jung" à seita da Ordem do Templo do Sol, cujos participantes cometeram suicídio coletivo em 1994, na Suíça. O que Jung tem a ver com a seita fundada por Luc Jouret?
Noll - Penso que a dinâmica psicológica era a mesma. O grupo na Suíça acreditava nos poderes especiais de seu líder, Luc Jouret, e que estava em contato com o mundo espiritual. Tinha também a crença de que era especial e fazia algo que afetava o universo como um todo. Se Jung fosse um pouco mais psicótico, talvez tivesse conduzido seu grupo a algo semelhante ao que aconteceu na Suíça.
Folha - Como chegou a saber que Jung alterou as datas do caso do "homem do falo solar", se, como diz, os documentos que podem comprovar o suposto fato foram retidos pela família de Jung?
Noll - Minha primeira suspeita veio quando li os escritos originais de Jung em ordem cronológica. Ele fez muitas adições e modificações, até chegar à edição final das "Obras Completas". No decorrer das décadas em que mencionou o caso do homem do falo solar, Jung alterou muito os fatos.
Na primeira vez em que falou do caso, por exemplo, disse que o paciente pertencia a seu assistente, J.J. Honegger. Depois que Honegger cometeu suicídio, em 1911, seu nome sumiu dos escritos de Jung, que passou a dizer que o paciente era seu. Uma das coisas mais perigosas a respeito de Jung é que ele não se importava com detalhes históricos, mas apenas em saber se sua própria história produzia ou não efeitos emocionais na plateia.
Folha - O que sobra da clínica junguiana, se a teoria do inconsciente coletivo é falsa?
Noll - A terapia junguiana acabou se tornando uma religião moderna, algo que diz menos respeito à vida do paciente que a seus sonhos cósmicos. O sonho do paciente se enche de deuses, e isto o faz se sentir importante. O paciente começa a pensar que transcende a realidade. Se não há inconsciente coletivo, tudo isso se reduz a teatro, algo sem valor terapêutico.
Folha - Quais são os interesses da família de Jung?
Noll - A família de Jung não quer que os artigos de Honegger venham a público, pois, se de uma hora para outra Jung deixa de ser o guru espiritual que é, a venda de seus livros cai. A família ganha milhões de dólares por ano com os livros de Jung. É um grande negócio. A família não quer que Jung seja historicizado. Quer mantê-lo como guru, não como homem.
Folha - A decisão de não publicar seu novo livro sobre Jung compromete a liberdade editorial da Princeton University Press?
Noll - Eles podem fazer o que fizeram, legalmente. Mas isto compromete meu direito de expressar minhas opiniões, o direito à liberdade intelectual. Mostra a influência atual dos negócios no mundo acadêmico. É o exemplo de uma corporação fazendo milhões de dólares por ano em sociedade com uma editora universitária.
É a união do mundo dos negócios com o mundo acadêmico contra a liberdade intelectual. Eu detesto isso, mas "O Culto de Jung" é o último livro verdadeiramente crítico sobre Carl Jung. Será muito difícil escrever outro de agora em diante. A família não vai permitir.
@@dimazrestivo6841 ...parece que os junguianos não se interessam por ideias. Muitos junguianos tem a sensação de ter todas ideias de que precisam; Jung deu-lhes as ideias, tudo o que eles precisam e aplica-las e trabalhar com elas. Estão satisfeitos. (...) Eles apenas vivem das ideias de Jung (ou Freud, tanto faz), sem acrescentar nem mesmo uma vírgula por si mesmos. Isto é uma traição gigantesca, uma desonestidade. Você deve pagar por aquilo que ganha de uma escola levando suas ideias adiante. Mas tudo com o que se preocupam é com as qualificações de treinamento - mantendo os outros afastados de sua “tribo”. E é tudo calcado num pseudomisticismo da individuação e da totalidade. - James Hillman, ex-diretor de estudos do C.G.Jung Institut, de Zurique. “Entre Vistas”. Summus Editorial, 1989.
PROF QUE SAO TRAUMAS NA VISAO FREUDIANA...ME RESPONDA
Jung nunca foi discípulo de Freud
Resumindo: Para o Freud tudo estava relacionado a sexo, até a fruta que a pessoa gostava mais (o cigarro afetava a cabeça dele).
Já o Yung, deixou uma grande contribuição ao mundo e nem ele aguentou Freud🤣
Kkkkk Verdade.
Judeu tem cada ideia doida
N é bem assim, amigo, a sexualidade na psicanálise não é só sexo, é isso e muito mais, acredito q vc esteja entendendo errado a forma que o autor usou a ideia de sexualidade. Para além disso, Jung sempre foi grande admirador de Freud, mesmo discordando, ele achava essas discordancias muito saudáveis, em A Prática da Psicoterapia Jung deixa mto claro o valor que ele dá p as contribuições de Freud.
Mas quem comia as suas analisandos era Jung , e depois vcs vem aqui dizer que o cara era um puritano dos arquétipos, meu ovo
Olá professor! Gostaria de uma visão antroposofica sobre a bipolaridade e como a psicanálise Junguiana pode ajudar no tratamento. É possível curar a bipolaridade apenas com a ajuda de medicamentos antroposoficos como os da linha WELEDA
Olá pode me tirar uma dúvida? A psicanálise uma ciência ocultista, que não e de nenhuma religião, mais a prática e de ocultismo?
Dúvidas.
velocidade de reprodução é de 0.75
Desculpe minha total ignorância (sou novo nesse mundo complicado da psicanálise) mas.. um profissional pode atuar como psicanalista e analista junguiano? Existe alguma coisa do tipo: “psicanalista linha junguiana”, algo assim? Eu vi isso num cartão de visita e fiquei confuso: psicanalista e analista junguiano.
OS AUDIOS DESTE CANAL ESTÃO SEMPRE MUITO BAIXOS
queria cursar psicologia ...
Nesse vídeo abordo a depressão como caminho luminoso via Jung: ruclips.net/video/F3u91lUk9pE/видео.html
Ora... Psicologia analítica não é Psicanálise e Jung não foi psicanalista.
Lógico que foi. Jung era o discípulo de Freud. Jung era a principal aposta de Freud na psicanálise. Jung foi psicanalista por vários anos. Só depois de brigar com Freud que ele criou sua teoria, porém, essa teoria bebeu da fonte psicanalítica, pois foi de onde Jung veio.
Max Cp Nunca foi. Mera falácia
Dê Jr, é mesmo? Já leu as cartas trocadas entre Jung e Freud? Leia e tire suas próprias conclusões!
Max Cp Continua sendo falácia. Só tem a coragem de arguir isto que olha com os olhos da psicanálise e que, portanto, psicanalisa tudo, inclusive o que não é. Na pior das hipóteses foram colaboradores, veja a data da produçao intelectual de ambos, as linhas seguidas, o motivo do início da colaboraçao entre ambos e o motivo do fim. Daqui a pouco vai dizer que Jesus era discípulo de José de Arimatéia Delusion total
Max Cp Leia as cartas e verá que o que separou Jung e Freud em meados de 1913 foi EXATAMENTE aquilo que Jung pontuou logo na primeira carta trocada com Freud.
Antes do contato com Freud, Jung já era reconhecido internacionalmente por suas pesquisas com os testes de associação de palavras, os complexos de tonalidade afetiva e suas teorias sobre a demência precoce. Tanto que quando viajou para os EUA em 1909, não foi por ser Psicanalista ou qualquer coisa que o valha, mas por suas pesquisas e o respeito que a comunidade acadêmica tinha por suas pesquisas.
O problema é que está para nascer um psicanalista que consiga fazer uma leitura plural deste momento histórico em que Freud e Jung se uniram como pesquisadores e no qual também afastaram porque o Freud não tolerava independência teórica.
Enfim, acho temerário também, por exemplo, utilizar a Roudinesco como fundamento para um relato fidedigno desse momento histórico pois ela incorre neste mesmo erro de estereotipar o Jung e exaltar o Freud.
Por isso, acho que está na hora da psicanálise superar a lenda do discípulo...
Bastante enviesada sua resposta. Jung nunca foi discípulo de Freud, foi discípulo de Bleuler e Janet, de Freud foi colaborador.
Essa é uma típica resposta de psicanalistas, ainda carregando esta complicada herança paternalista. Desde o começo Jung divergiu de Freud, mas o respeitou como um pensador original e corajoso. Jung ja tinha seus proprios trabalhos e, inclusive era reconhecido pelo seu livro sobre esquizofrenia, razão pela qual foi conviddo, com Freud, a palestrar nos EUA (em pé de igualdade em termos de importância). Além disso, Jung não produziu seus testes com seu galvonômetro por causa de Freud, ele já fazia estas análises empiricas que haviam começado com Wundt muito antes. Quando conheceu Freud, simplesmente acrescentou a ideia de centros psíquicos promoverem uma reação distinta à resposta. Jung não era monista, muito pelo contrário, achava Freud monista, já que a energia humana era só sexual e o mito só de Edipo. Jung contestava Freud exatamente pelo monismo dele, por querer um dogma e nao perceber sua ligação com a propria herança judaica. Se Jung era monista, como vc diz, porque decidiu estudar as histórias mitológicas como representações de tantas forças psiquicas no ser humano? Alias, foi Jung que indicou esta chave para Freud, que o agradeceu em carta. Jung sempre disse que a Libido era so uma dentre muitas forças, mas tentava justificar e salvar a reputaçao de Freud dizendo que ele não queria dizer exatamente que a libido era só sexual (por isso esta bobagem de monismo). Nesta época Freud era monista e so depois, como vc diz, virou dualista. O inconsciente coletivo nunca se contrapos ao inconsciente pessoal, ele so esta ampliado. A sua definição de que nao ha muita diferença entre um e outro porque Freud fala de relações mostra o quanto nao entende de Jung. A ideia de coletivo, nao está baseada em relações humanas para Jung, mas muito mais por uma perspectiva de que qualquer ser humano é criado das mesmas forças que todo o uiverso, portanto tem em si estas forças instigando manifestações, simplesmente nada a ver com relacoes objetais ou familiares. Alias, é nesse ponto que a diferença é enorme. A busca de um sintoma, para Freud, tem a ver com regredir causalmente imagens e reverberações que podem levar até o início do problema, como se fosse uma cadeia de registros que se acumularam ( e que levam a onde? ao complexo de Édipo, eventualmente). Para Jung esta cadeia causal é simplesmente muito parte de um pensamento materialista, nao imaginativo. Um sintoma nao precisa estar dentro de uma cadeia causal, pode simplesmente existir porque assim é a naturez das instâncias que temos em nossas psiques, porque assim somos como parte da natureza (outra diferença, já que Freud, estranhamente, considerava que o homem estava fora da naturea, ainda que tivesse que lidar com instintos). Jung podia aceitar uma referência a imagens que nao precisassem ter uma explicação causal, que poderiam simplesmente surgir da essência misterioso da psique. Seria como olhar um quadro e nao precisar entender uma historia com fatos, mas ser tocado por uma ou outra imagem deste, sem necessariamente ter que fazer esta imagem ter sentido numa narrativa. Você conhece Jung muito mal.
seu comentário foi muito perspicaz. sem ofender o autor do video, expôs sua visão brilhantemente.
Excelente comentário, demonstra de fato conhecer a fundo a obra de Jung.
Freud,Jung,Lacan...
Francieli F. Pontes, eu não sei o que Jung entendeu por "neurose", mas, com certeza, é diferente da concepção freudiana. A julgar pelas suas palavras, parece que você entende neurose como "uma psicopatologia" - essa é, também, a concepção junguiana?- enquanto para a psicanálise, a neurose está na base constitutiva do inconsciente freudiano, ou seja, para a psicanálise, "o normal é ser neurótico" e, portanto, não é algo passível de ser "curado". Em outras palavras, podemos entender que sem neurose também não há inconsciente e a psicanálise jamais se propôs a curar o inconsciente pois Freud entendeu o inconsciente como constituição subjetiva, ou melhor, uma divisão psíquica que se dá a partir da entrada do sujeito na ordem da linguagem e cujo mecanismo se dá pela via do recalque. Com Lacan, podemos melhor compreender que a neurose, de fato, é uma estrutura clínica dentre mais outras duas que são a perversão e a psicose. E, quando em psicanálise, se diz que "o normal é ser neurótico" é no sentido de que a estrutura neurótica é predominante sobre as outras duas estruturas, ou seja, há muito mais sujeitos neuróticos do que perversos ou psicóticos. Portanto, de acordo com a psicanálise, é certo dizer que Freud, realmente, era neurótico! E você poderia nos dizer o que é neurose para Jung e por que você concluiu que Freud é "um neurótico" de acordo com o seu conhecimento da psicologia Junguiana? Seria interessante podemos contar com a sua colaboração.
Falou besteira ao dizer que a teoria do inconsciente coletivo se contrapõe ao inconsciente individual!
Jung NUNCA negou a existência do ics. pessoal, pelo contrário.
É por essas e outras que o pessoal da psicanálise menospreza Jung, simplesmente não o leram e passam adiante distorções de sua teoria sem um conhecimento minimamente adequado.
Algo sério na área:
www.amazon.com.br/Freud-Jung-Comparative-Psychology-Unconscious/dp/1570626766
JUNG é bem mais abrangente..concordo 100% com as percepções do mesmo, pois acredito que tudo está interligado. Freud tem seu valor, mas é muito cartesiano.