Com a mesma estrada nos olhos Encerro o dia ao meu jeito... Enquanto o sol, por direito, Se vai, apagando as brasas, Mateio em frente das casas Curando as penas do peito... -“Só de lembranças sou feito!” As vezes penso... penso e me escuto, Meio que puxando um assunto Comigo mesmo converso... E é com pesar que confesso Que me esqueceram no mundo. Me sinto como os poentes No fundo das sesmarias: Desquinando nostalgias, Perdido no firmamento, Cumprindo a sina dos tempos, Sangrando ao findar dos dias! Ninguém me chega da estrada... De quando muito um aceno Alguém que vai se perdendo Cruzando... só de cruzada... E a noite grande estrelada Pra repartir meus segredos. Fico chuleando quem passa - “Vá que resolva chegar”- Pra que eu lhe possa chamar “- Boleie a perna, sejas bem vindo!” E no mas: “afrouxe o pingo, Que vem cansado de andar...” Qualquer conversa me agradaria... O campo, o tempo, a chuva que negou de novo, Uma prosa mansa pra saber do povo, Um chasque, enfim... uma notícia buena! Quem sabe até uma intenção morena De alguma prenda a me roubar o sono?! Mas não, ninguém me chega da estrada... Que vai sumindo horizonte a fora Como por gosto, a me pesar as horas De esperança amarga e de longa espera A me matar aos poucos, a me fazer tapera. ... caminho aberto de levar embora... -“Como faz falta um abraço Pra quem há tanto não tem!” Não se troca por vintém A prosa de mano a mano Poder chamar de ‘hermano’ O amigo que se quer bem. Já não recordo... faz muito Qual a última visita Que me chegou imprevista De alma larga e serena... Por isso todas as penas! Por isso tantas desditas! Talvez seja culpa minha Ou do meu isolamento... Talvez seja um sentimento Que vem rondar meus enleios A repontar mil anseios Por conta dos meus tormentos. Só me restaram lembranças, Remansos do rio do tempo, Que revivo em meus lamentos Ao encilhar as saudades Enfrenando as soledades Com medo do esquecimento. Tem sido assim, dia após outro, O mate pronto, a vista comprida E a esperança reprimida Nas solidões de um proscrito: Que desencilha solito O flete manso da vida!
E ainda teve 7 desalmados que deram negativo Mas o que é isso Ja perdi as contas de quantas vezes vi e ouvi e todas me correm lágrimas Ja senti exatamente os versos desta obra .
Parabéns Carlos Aurélio Weber e costado. Declamou com coração e competencia esta poesia de difícil interpretação. Nos brinde sempre com suas interpretações. Fraterno Abraço!
Com a mesma estrada nos olhos
Encerro o dia ao meu jeito...
Enquanto o sol, por direito,
Se vai, apagando as brasas,
Mateio em frente das casas
Curando as penas do peito...
-“Só de lembranças sou feito!”
As vezes penso... penso e me escuto,
Meio que puxando um assunto
Comigo mesmo converso...
E é com pesar que confesso
Que me esqueceram no mundo.
Me sinto como os poentes
No fundo das sesmarias:
Desquinando nostalgias,
Perdido no firmamento,
Cumprindo a sina dos tempos,
Sangrando ao findar dos dias!
Ninguém me chega da estrada...
De quando muito um aceno
Alguém que vai se perdendo
Cruzando... só de cruzada...
E a noite grande estrelada
Pra repartir meus segredos.
Fico chuleando quem passa
- “Vá que resolva chegar”-
Pra que eu lhe possa chamar
“- Boleie a perna, sejas bem vindo!”
E no mas: “afrouxe o pingo,
Que vem cansado de andar...”
Qualquer conversa me agradaria...
O campo, o tempo, a chuva que negou de novo,
Uma prosa mansa pra saber do povo,
Um chasque, enfim... uma notícia buena!
Quem sabe até uma intenção morena
De alguma prenda a me roubar o sono?!
Mas não, ninguém me chega da estrada...
Que vai sumindo horizonte a fora
Como por gosto, a me pesar as horas
De esperança amarga e de longa espera
A me matar aos poucos, a me fazer tapera.
... caminho aberto de levar embora...
-“Como faz falta um abraço
Pra quem há tanto não tem!”
Não se troca por vintém
A prosa de mano a mano
Poder chamar de ‘hermano’
O amigo que se quer bem.
Já não recordo... faz muito
Qual a última visita
Que me chegou imprevista
De alma larga e serena...
Por isso todas as penas!
Por isso tantas desditas!
Talvez seja culpa minha
Ou do meu isolamento...
Talvez seja um sentimento
Que vem rondar meus enleios
A repontar mil anseios
Por conta dos meus tormentos.
Só me restaram lembranças,
Remansos do rio do tempo,
Que revivo em meus lamentos
Ao encilhar as saudades
Enfrenando as soledades
Com medo do esquecimento.
Tem sido assim, dia após outro,
O mate pronto, a vista comprida
E a esperança reprimida
Nas solidões de um proscrito:
Que desencilha solito
O flete manso da vida!
Assisto sempre.
linda de mais essa poesia e q imterpretacao desse curra.
Linda e buenacha poesia!!!
E ainda teve 7 desalmados que deram negativo
Mas o que é isso
Ja perdi as contas de quantas vezes vi e ouvi e todas me correm lágrimas
Ja senti exatamente os versos desta obra .
Que trabalho lindo ! !
👏👏👏👏👏👏👏👏
Parabéns, belíssima interpretação!
Parabéns Carlos Aurélio Weber e costado. Declamou com coração e competencia esta poesia de difícil interpretação. Nos brinde sempre com suas interpretações. Fraterno Abraço!
BARBARIDADE, lindas palavras inspirando o orgulho do nosso povo.
Poesia linda, baita interpretação. Declamo ela, sobre forte influência e admiração...
simplismente lindo !
Gostei, parece ser possível sentir a tristeza que está no personagem.
Esse eu conheço , meu amigo Carlos alem de ser bom interprete é um baita carreteiro ,Abraço amigo...
Esse poema deveria se chamar
Fundão de estância.