Conteúdo simples e didático, obrigado por compartilhar. Uma duvida: Pelo que entendi(sou 100% leigo em economia), esses fenômenos partem do indivíduo e beneficiam a sociedade como um todo, então, houve na história alguma sociedade que conseguiu prosperidade econômica indo na contramão dos fenômenos econômicos?
Uau, que ótima pergunta, Leandro. Deixa eu te responder... As ciências econômicas não tem 400 anos de estudos. Além disso, ela se baseia no "caminho para conhecer os fenômenos". Ela faz isso a partir dos fatos. Esse é o contexto. Esses quatro fenômenos são descritos dessa forma pois elucidam os fatos que dão origem a eles, e são, eles mesmos, fatos. Meu bom, se nós quisermos pensar "na contramão" dos fenômenos econômicos, ainda assim não vamos conseguir excluí-los, mas atribuir a eles o que os fatos não se atrevem a fazer: significado. Pois, ainda que se obtenha todos os fatos (pretensão), eles não serão suficientes para entregar um mísero significado que seja. A discussão seria intensa (quase violenta, rs) pois há, na verdade, escassez de métodos capazes de entregar respostas satisfatórias sobre os fenômenos econômicos, que sejam elaboradas a partir da pesquisa, coleta e análise de significados. Definindo prosperidade econômica a partir do conceito de "riqueza" na economia, e procurando por significados que os fatos ignoram deliberadamente, mas apenas se utilizarmos os métodos adequados para isso (coisa rara de encontrar), certamente ofereceríamos um novo ponto de vista para os fenômenos econômicos. Apenas quando concluirmos que os fatos são insuficientes para qualificar os significados por trás dos fenômenos econômicos (e apenas quando/se julgarmos que é útil olhar para o significado além dos fatos), conseguiremos uma nova estrutura para analisar a prosperidade econômica de outrora. Essa é uma discussão muito excitante! Pois o significado (em qualquer campo) parte dos arquétipos, e os arquétipos estão ligados à riqueza, propriedade privada, nações, etc, há milhares de anos! Estudar os fatos ignorando os significados é normal, pois carece de interdisciplinaridade com o social, coisa de Doutorando. Mas não podemos negligenciar que o uso do dinheiro não era guiado mais pelos fatos do que pelos arquétipos. Talvez a nossa sociedade não consiga imaginar quantos arquétipos são utilizados para nos motivar aos fenômenos econômicos diariamente. Por necessidade, sim! Mas por significados também; e há milênios de anos. Obrigado pela pergunta. Um forte abraço, PV
Resumindo: Com certeza muitas nações alcançaram prosperidade econômica não pelos fenômenos econômicos, mas pelos significados sobre riqueza, propriedades e posses, moeda, espólio, dinheiro, realeza, etc. Estes significados chegaram até essas nações através de arquétipos. Com certeza reinos, reis e governantes prosperaram por um caminho que não poderia ser explicado através dos fatos, não tão bem quanto se olharmos essa prosperidade através do significado dela para aquele reino, rei, governante ou povo. O significado é o ponto cego do fato, se quiser enxergar na contra mão desses fenômenos, busque os significados (com métodos certos) onde as pessoas enxergam fatos. Os cargos tinham significados, não eram fatos. As posições geográficas dos reinos significavam algo no seu bloco econômico. Enfim, o significado pode ser, no mínimo, tão importante quanto o fato na história econômica dos países e reinos. Se realizamos fenômenos econômicos a partir dos fatos, também não realizamos a partir dos significados? Se prosperamos apenas com conhecimento vulgar, prosperamos pelos fatos ou pelos significados? Realmente são os fatos responsáveis pelos fenômenos econômicos? Os significados podem sugerir uma nova estrutura para descrever, satisfatoriamente, a origem e a manutenção dos fenômenos econômicos? São algumas perguntas que podemos fazer para pensar melhor :)
Bom pra caramba
Legal, ein? Eu amo economia! E está sendo muito bom acompanhar este seu canal!
Conteúdo simples e didático, obrigado por compartilhar.
Uma duvida: Pelo que entendi(sou 100% leigo em economia), esses fenômenos partem do indivíduo e beneficiam a sociedade como um todo, então, houve na história alguma sociedade que conseguiu prosperidade econômica indo na contramão dos fenômenos econômicos?
Uau, que ótima pergunta, Leandro. Deixa eu te responder...
As ciências econômicas não tem 400 anos de estudos. Além disso, ela se baseia no "caminho para conhecer os fenômenos". Ela faz isso a partir dos fatos. Esse é o contexto.
Esses quatro fenômenos são descritos dessa forma pois elucidam os fatos que dão origem a eles, e são, eles mesmos, fatos. Meu bom, se nós quisermos pensar "na contramão" dos fenômenos econômicos, ainda assim não vamos conseguir excluí-los, mas atribuir a eles o que os fatos não se atrevem a fazer: significado. Pois, ainda que se obtenha todos os fatos (pretensão), eles não serão suficientes para entregar um mísero significado que seja.
A discussão seria intensa (quase violenta, rs) pois há, na verdade, escassez de métodos capazes de entregar respostas satisfatórias sobre os fenômenos econômicos, que sejam elaboradas a partir da pesquisa, coleta e análise de significados.
Definindo prosperidade econômica a partir do conceito de "riqueza" na economia, e procurando por significados que os fatos ignoram deliberadamente, mas apenas se utilizarmos os métodos adequados para isso (coisa rara de encontrar), certamente ofereceríamos um novo ponto de vista para os fenômenos econômicos.
Apenas quando concluirmos que os fatos são insuficientes para qualificar os significados por trás dos fenômenos econômicos (e apenas quando/se julgarmos que é útil olhar para o significado além dos fatos), conseguiremos uma nova estrutura para analisar a prosperidade econômica de outrora.
Essa é uma discussão muito excitante! Pois o significado (em qualquer campo) parte dos arquétipos, e os arquétipos estão ligados à riqueza, propriedade privada, nações, etc, há milhares de anos! Estudar os fatos ignorando os significados é normal, pois carece de interdisciplinaridade com o social, coisa de Doutorando.
Mas não podemos negligenciar que o uso do dinheiro não era guiado mais pelos fatos do que pelos arquétipos. Talvez a nossa sociedade não consiga imaginar quantos arquétipos são utilizados para nos motivar aos fenômenos econômicos diariamente. Por necessidade, sim! Mas por significados também; e há milênios de anos.
Obrigado pela pergunta.
Um forte abraço,
PV
Resumindo: Com certeza muitas nações alcançaram prosperidade econômica não pelos fenômenos econômicos, mas pelos significados sobre riqueza, propriedades e posses, moeda, espólio, dinheiro, realeza, etc. Estes significados chegaram até essas nações através de arquétipos. Com certeza reinos, reis e governantes prosperaram por um caminho que não poderia ser explicado através dos fatos, não tão bem quanto se olharmos essa prosperidade através do significado dela para aquele reino, rei, governante ou povo. O significado é o ponto cego do fato, se quiser enxergar na contra mão desses fenômenos, busque os significados (com métodos certos) onde as pessoas enxergam fatos. Os cargos tinham significados, não eram fatos. As posições geográficas dos reinos significavam algo no seu bloco econômico. Enfim, o significado pode ser, no mínimo, tão importante quanto o fato na história econômica dos países e reinos.
Se realizamos fenômenos econômicos a partir dos fatos, também não realizamos a partir dos significados?
Se prosperamos apenas com conhecimento vulgar, prosperamos pelos fatos ou pelos significados?
Realmente são os fatos responsáveis pelos fenômenos econômicos?
Os significados podem sugerir uma nova estrutura para descrever, satisfatoriamente, a origem e a manutenção dos fenômenos econômicos?
São algumas perguntas que podemos fazer para pensar melhor :)