Entre o Sim e o Nunca Mais/ Alexandre Linhares Rangel

"Entre o Sim e o Nunca Mais"
composição: Alexandre Linhares Rangel
Eu te vejo em cada esquina,
Na saudade que me ilumina.
O destino brinca de esconder,
Te encontro só pra te perder.
Quantas noites eu fiquei aqui,
Ouvindo o eco do teu "sim".
Mas entre o ontem e o amanhã,
Você se vai como um afã.
E o tempo não perdoa,
Passa lento quando a gente voa.
No relógio da paixão,
Somos ponteiros fora da razão.
Entre o sim e o nunca mais,
Nosso amor vive de sinais.
Tantas promessas no olhar,
Mas nenhum passo pra ficar.
Se amar é arte, somos confusão,
Dois caminhos na contramão.
Tua voz ainda me acalma,
Mas tua ausência pesa na alma.
É como chuva que não cai,
Uma canção que nunca sai.
Eu te escrevo em cada verso,
Te desenho num universo.
Mas quando chego perto, amor,
Teu silêncio fecha a flor.
E o vento leva o que restou,
A coragem que faltou.
Nosso amor é o cais
De um barco que nunca sai.
Entre o sim e o nunca mais,
Nosso amor vive de sinais.
Tantas promessas no olhar,
Mas nenhum passo pra ficar.
Se amar é arte, somos confusão,
Dois caminhos na contramão.
E se um dia o acaso nos juntar,
Será que vamos nos enfrentar?
Ou vamos repetir o erro,
De amar e soltar o enredo?
Entre o sim e o nunca mais,
Nosso amor grita por sinais.
Se amar é se perder e se achar,
Quem sabe um dia vamos parar.
De fugir do que nos faz viver,
E aprender o que é ceder.