Hugo Vasco Reis | “A Solidão de um Pêndulo" (2021)

Hugo Vasco Reis | “A Solidão de um Pêndulo" (2021)
for portuguese guitar, bow, electronics, microphones and loudspeakers
Composed by Hugo Vasco Reis
Supported by Fundo de Fomento Cultural - Programa Garantir Cultura (Parceiro Institucional)
Recorded at Lisboa Incomum
Assisted by Mariana Vieira
Streaming at Zurich University of the Arts (ZHdK)
Coordenation by Peter Färber
Program Note
A Solidão de um Pêndulo (The Solitude of a Pendulum) is a work for portuguese guitar, bow, electronics, microphones and loudspeakers, for a solo performance. In this work, experimentation is achieved through the accumulation and dissipation of gestures, and this phenomenon, by itself, creates the narrative of the piece. It puts into question the traditional method of using microphones and loudspeakers, going from fixed points to moving elements, which capture the executed sound and create by themselves the design and spatialization of the sound. It is also proposed the used of the portuguese guitar outside its conventional position, seeking to achieve a new sound experience and freeing the performer from the necessary fixation points for its conventional use. This position allows the performer to react differently with the instrument. The piece does not have a fixed score, but rather a conceptual outline of its structure and gestures, allowing sound, experimentation, permanent listening and its process of understanding to create the musical discourse.
Nota de Programa
“A Solidão de um Pêndulo” é uma obra para guitarra portuguesa, arco, eletrónica, microfones e altifalantes, para execução a solo. Neste trabalho a experimentação é alcançada através da acumulação e dissipação de gestos, e este fenómeno, por si mesmo, cria a narrativa da peça. Coloca-se em questão o método tradicional do uso de microfones e alto-falantes, passando de pontos fixos a elementos em movimento, os quais captam o som executado e criam por si mesmos o design e a espacialização do som. Propõe-se ainda a utilização da guitarra portuguesa fora da sua posição convencional, procurando alcançar uma nova experiência sonora e libertando o intérprete dos pontos de fixação necessários à sua utilização convencional. Esta posição permite ao intérprete reagir de outra forma com o instrumento. A peça não tem uma partitura fixa, mas sim um esboço conceptual da sua estrutura e gestualidade, permitindo que o som, a experimentação, a escuta permanente e o seu processo de compreensão criem o discurso musical.
Hugo Vasco Reis
www.hugovascoreis.com