Christian, meu comentário é para agradecer a indicação do livro 'É isto um homem?' do Primo Levi. Me lembro de vc dizendo em um dos vídeos: 'Ninguém deve atender uma pessoa sem antes ter lido esse livro'. Realmente é um mergulho na humanidade. Emocionante, triste, atual. Obrigada!
Então.... eu também fiquei sabendo desse livro quando ele disse isso em um dos vídeos. Corri para comprar o livro, me apaixonei e indico para todos que posso.
Sonhei - aos quatro , cinco anos - que eu voava horizontalmente e paralelo ao chão , passava por uma galinha que me jogou com o bico , areia nos meus olhos . Mais tarde li Hoffmann . Incrível coincidência .
Quando eu era criança sentia muito essa sensação de infamiliar principalmente quando ia na casa dos outros e achava tudo estranho desde os móveis até a comida e a forma das pessoas se organizarem. Depois de ir muito na casa dos outros passei a considerar infamiliar a minha própria casa. Hoje o infamiliar sou eu no mundo. O mundo e sua vida me causam muito sofrimento.
Prof. C. Dunker, seus vídeos são bem importantes, sobretudo nesse momento em que estamos. Eu fiz meu doutorado em Heidegger, e a primeira coisa que me veio à cabeça ao ler "Umheimliche" foi justamente a condição de estranheza, dada pela afinação com a disposição afetiva da angústia. No caso de Heidegger, como o Sr. bem deve saber, a estranheza revela que a condição básica do ser humano é justamente a sensação de projeção lançada no mundo, algo que vai ser trabalhado como aquilo que nos permiteria agir autenticamente. O "sentir-se fora de casa como anterior ao sentir-se em casa", uma vez que a condição para o familiar é justamente o não familiar, o "estar-jogado no mundo" como aquilo que mostra a facticidade humana finita. O poder-ser como projeção lançada. Digo tudo isso pois eu desconheço esse ensaio de Freud, e os temas são demasiados familiares aos de Heidegger - claro que a condição de estranheza foi explorada muito no existencialismo e na literatura existencialista, Kierkegaard, Sartre e Camus, mas conceitualmente encontramos mais corpo em Heidegger. Dito isso, gostaria de saber se de fato essa aproximação faz sentido. Abraço!
André, sua associação é bem provocativa. Não sou especialista em Heidegger, mas tenho estudado ele bastante há um tempo, e essa relação entre o "infamiliar" em Freud e o "estranho" em Heidegger parece ter um fundamento sim. Contudo, essa relação só ganha presença na parte III do ensaio de Freud e, como Christian comenta, ele traz uma reflexão sobre a primariedade do estranhamento e não da identidade ou do pertencimento. Heidegger, no texto "A linguagem na poesia" através de um poema de Georg Trakl, diz que o estranho é a essência da alma humana. No poema, Trakl diz "Algo de estranho, a alma na terra". O estranho, Heidegger reflete, não é porque a alma não está damiliarizada, não está em casa e a atravessa na busca de um plano outro, que não se encontra aqui na terra, mas no além. Não, pelo contrário, ele enfatiza que a alma é algo de estranho e o estranho, como ele coloca, "está em travessia. Sua errância não é, porém, de qualquer jeito, sem determinação, para lá e para cá. O estranho caminha em busca do lugar em que pode permanecer em travessia". Travessia então pela finitude da vida, pela incerteza ontológica pela qual ele é marcado. O estranho é o oculto, o velado. O familiar é o desvelado. O que é próprio do humano para atender ao chamado de sua essência, é se familiarizar com esse estranho. Assumi-lo como próprio. Aqui a crítica dele vai além de enunciados poéticos. Ele estende a toda a modernidade, dominada pela era da técnica, pela selvageria epistemológica, pela necessidade de saber de tudo, enjaulada na gaiola lógica, proposicional, representacional, calculista, judicativa e não-intuitiva, não-meditativa, não-reflexiva. Na predominância do pensamento excessivamente técnico, nos condenamos a uma vivência vazia de sentido, em uma entificação do Ser. É o tempo da indigência. É preciso, como ele fala no discurso "Serenidade" nos abrirmos ao mistério. E contemplar o mistério como o mistério, não como mais um problema lógico a ser resolvido. Quanto a relação à Freud, posso estar errado, mas ele ainda pensa kantianamente, quer dizer, ele vê essa questão do estranho-familiar como uma condição antropológica, num olhar psicológico mesmo. Heidegger afirma isso numa instância metafísica: é a condição ontológica do ser humano; ele não é tomado por uma estranheza como um fenômeno, ele é a estranheza! Ouso (e ouso mesmo, porque não tenho a propriedade para dizer com certeza) que Freud ainda está de certa maneira enredado na tendência da entificação, de olhar para o oculto como um problema epistemológico, sujeito a uma explicação objetiva, e não dúbia, como o faz Heidegger.
Comprei o livro e estou lendo o texto, e confesso que me confundi em alguns momentos pois a leitura de Freud é nova para mim, mas esse vídeo me ajudou muito! Obrigada!!!
Mas que coisa. Acabo de ler O Homem de Areia e não tinha ideia de que Freud usa esse conto (claro né, nunca estudei psicanálise). É fantástico. Dunker, você pode falar sobre a personagem Dorian Gray, do Oscar Wilde, e narcisismo?
O texto é maravilhoso, li esta edição. Lembro da teoria literária trazer o estranhamento como componente da experiência de leitura. Só que não encontrei o que estava procurando: a experiência do estranhamento literalmente dentro de casa, do pavor que é olhar em volta, no próprio reduto de segurança, ver todas as coisas exatamente no mesmo lugar de sempre, e ainda assim sentir-se como se fosse o primeiro olhar - um olhar para o total desconhecido. Dentro do lar, mas o lar é outro, não é seguro, não é confortável, não é acolhedor, é assustador, perigoso. A construção da palavra me remete a esse tipo de experiência, certamente associada à angústia. Alguma indicação de leitura que faça essa articulação?
O senhor falando eu lembrei do Viveiros de Castro aí o vem ele sendo mencionado no final do vídeo. Nele a proposta do totemismo parece dialógica. É bonita. Parabéns pelo vídeo!
Essa palavra tem relação com um termo na língua inglesa "the uncany valley", aquela sensação estranha quando vemos um robô que tenta parecer humano mas não é, se assemelhando mais com um cadáver...
Esse vídeo é maravilhoso pra quem acabou de ler "Unheimlich" porque algumas posições ficam um pouco mais claras. Pra quem não leu, sinto muito, mas vai fazer uma bagunça na sua cabeça porque o Christian ta discutindo muitas teorias do Freud que estão sobrepostas pelo ensaio.
Querido Prof. Christian. Adoro o seu Canal e já pude assisti-lo ao vivo em palestras na Sedes Sapientiae. Adoraria ouvir você falando sobre o caso Uma Neurose Demoníaca do Século XVII . Ps.: se possível, é claro. Super tranquilo. Parabéns bilíssimo Canal.
Tirante o cabelo do Dunker, "estranhamento" que nos tira um pouco a concentração, excelente o vídeo que robustece uma matriz nao identitária (nao totêmica-edipiana) pra o sujeito na estrutura social, dialogando com o noçao de diferença em Darwin na biologia evolutiva. Nota 9.5 (nao foi dez pelo "un-arbeite" da coiffeur .....rsrsrs)
Já comecei a ler esse livro professor, ainda nas primeiras páginas.Parabéns pelo trabalho.Pela primeira vez achei um vídeo seu um pouco dificil de entender.Preciso ler mais para ver se consigo entender melhor essa palavra que já esta na terceira tradução aqui no nosso país: o estranho, inquietante e agora unfamiliar.Abraço!
Oi Christian. Eu achei mesmo o seu cabelo um pouco estranho neste vídeo. Mas não achei ele feio, só achei diferente dos outros vídeos. O conteúdo do vídeo, como sempre, muito interessante. Parabéns.
Como tem homens inteligentes nesse mundo! Fico embasbacada! Amo psicanálise, de Freud, Lacan, Jung, Melanie Klein, Winnicot, Reich. E o Dunker tenho intuição que vai entrar nessa galeria
Essas imagens que o cinema e a Literatura fazem de algo que acontece é muito distorcida da realidade sentida e vivida, ou realizada, nós acontecimentos.Suponyo que "O homem que se apaixona por uma boneca" é muito diferente disto. Tem a ver com a "morte do desejo sexual, da libido em uma mulher ou o desconhecimento dela do tipo de libido que auge e que tenta conquista_la ( do homem que se apaixonou ....) No primeiro momento a mulher também se apaixonou pois , ou ela estaria. Ainda viva ou viveu um fenômeno de "paixão surreal?) Algo que seria de um tipo diverso do comum....sei lá .E, num segundo momento o "homem" vai tentar a reconquista dela sem saber que ela estaria morta e ( o povo) não entende e acredita que a rejeição da mulher tem como motivo ela ser uma boneca ( assexuada) , pode a maior característica de uma boneca é que elas não tem sequer sexo ( já há bonecas modernas com definição de sexo, mas não é a regra,).
Professor, gostaria que você falasse sobre o desfecho da série Game of Thrones e sobre quais tipos de narrativa ela tem a nos oferecer, incluindo a relação entre psicose e o sintoma familiar presente na personagem de Daenerys, agora chamada de rainha louca. Obrigado!
Professor, o mesmo termo, Umheimliche, aparece também de modo bastante contundente na obra de Martin Heidegger. O pensador aborda o jogo entre familiaridade e estranheza de modo um tanto distinto do de Freud, mas acredito que muitas linhas de diálogo podem ser estabelecidas entre ambos entendimentos. Um professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Santa Maria, Róbson Ramos dos Reis, tem sugerido a tradução de Umheimliche por ''Desterro'', sugestão que também tem sido adotada por um dos importantes tradutores de Heidegger no Brasil e professor de filosofia da UERJ , Marco Antonio Casanova.
Ótimo comentário. Só gostaria de chamar a atenção dos editores do vídeo à grafia correta do termo: "unheimlich" (com o prefixo un-, como explicado pelo prof. Dunker) Abraço!
Olá Professor Dunker. O Sr. poderia falar sobre o pensamento de Edgar Morin sobre a teoria da complexidade e sua relação com a escuta psicanalítica? Obrigada e um abraço
Ola, professor Dunker! Gostaria de saber se o processo de despersonalização está relacionada ao Umhiliche? Se na percepção de estranhamento psíquico o indivíduo torna-se alguém diferente de si, esse fenômeno teria algum tipo de relação?! Desde já Agradeço pela sua atenção.
Boa noite Christian, como vai? Sou ex-aluno seu, e revendo seu vídeo ocorreu-me pensar no estádio do espelho quando na parte final você se perguntou sobre a possibilidade de um estatuto originário do estranhamento. Fiquei curioso quanto à relação da sua reflexão com o registro lacaniano do imaginário e o modelo de constituição do eu pela via da alienação originária. De que forma você acha que se poderiam relacionar essas discussões? Feliz 2021!
Olá, Professor Christian. Acompanho seu canal a um bom tempo e sempre achei seus vídeos de excelente qualidade. Primeira vez que coloco uma questão, no entanto. Gostaria que o professor comentasse a respeito dos heterônimos de Fernando Pessoa, e se há uma relação disso com a psicanálise. Gostaria também de perguntar se é possível acessar personalidades, algo parecido com borderline, mas como se o sujeito tivesse acesso a suas personalidades, se isso é possível, ou se estou viajando demais. Obrigado desde já. :)
Lembrei dessa história aqui: O homem do saco No bairro em que eu morava, pela Belo Horizonte dos anos 1960, havia três exóticas figuras que habitavam as ruas e dividiam o cotidiano conosco: a louca da Floresta (nome do nosso bairro), o laranjeiro e o homem do saco. Crianças, vivíamos à sombra do medo proporcionado por essas personagens tão presentes em nossa vida, já que passávamos o dia todo na rua, brincando, jogando bola e eles, sempre ali, ao lado de nós. A louca da Floresta mordia o próprio braço e vivia gritando desesperadamente em meio a latas, lenha e papelões. O laranjeiro era um mascate de laranjas que vendia seu produto em péssimas condições, em um carrinho caindo aos pedaços. E, bem, havia o homem do saco. Misterioso mendigo, muitas vezes dado como morto, esse estranho vizinho vagava meio bandido, meio andarilho, profeta, arrastando seu saco de aniagem no dorso, como a efígie do pescador no rótulo do nada saudoso Óleo de Fígado de Bacalhau, outro terror de nossa infância. Revezava os bancos do adro da igreja de dia com as marquises das lojas, durante a noite. Não podíamos sequer saber o seu nome. Era o homem do saco e pronto. Nossa infância foi cercada de atenção amorosa. Mas era, como de resto todas as outras infâncias daquele tempo, fundamentalmente estruturada no medo. E o personagem central, o núcleo primordial, do nosso “baile do medo” (para usar uma imagem de Drummond, que também morou na Floresta por quase uma década), familiar era aquele velho intruso, o homem do saco. Quando teimávamos em não comer, negávamos banho ou remédio, atrasávamos a volta pra casa, repetiam sempre, “olha que o homem do saco vem te buscar”. A chantagem com o adventício era infalível. Imediatamente recompúnhamos nossa fidelidade ao grupo familiar e aderíamos a qualquer imposição. O problema é que o homem do saco passou a se tornar um pesadelo recorrente em minha infância. Eu acordava quase toda noite, suado, um gelado na espinha, recém saído do sonho em que, invariavelmente, o homem do saco já havia acertado tudo com o meu pai. Meus irmãos e minha mãe apenas se despediam de mim, na calçada, dizendo que avisaram. Eu, em prantos, prometia que jamais faria aquilo de novo, seja lá o que fosse “aquilo”, não convencia ninguém de minha inocência, e era posto para fora do círculo. Quando então acordava, aterrado. Ah, por quantas vezes sonhei isso. Domingo havia missa. Íamos todos. Eu sentia que se falhasse ali, estaria literalmente no saco. E assim forjei-me na religião, o que hoje, de um certo modo, ainda me governa ao molde de culpas ancestrais. Na missa, entretanto, havia também doces, bolos na saída, o carinho, a presença atenta e a graça que igualmente me compuseram. Ontem sonhei de novo com o homem do saco. Era meu amigo. Eu tentava saber onde morava, se morava, por que andava a esmo. Solidarizava-me com a figura dele, tão parecida comigo, tentando decifrar o mundo a partir das pistas deixadas na história em seu apagamento. Nesse meu sonho recente, ele se parecia um pouco com meu pai. Ao longe, os gritos da louca do bairro ecoavam como uma cantiga cuja letra eu me esforçava inutilmente em compreender. Lembro que o laranjeiro fazia malabares com suas laranjas imundas. As mesmas que hoje, prediletas, adoro descascar, rodar a casca no abecedário até formar, pouco a pouco, essa uma palavra estranha que, fascinando por sua magia, procuro escrever.
Prezado Her Dunker! Gostaria que falasses sobre o Reiki, Raike, que é tratado por uma terapia, como? Quanto ao Teu cabelo, uma boa careca lhe cairia bem, e estás bem longe com o teu trabalho do Careca amigo do Moro, Karnal?
Excelente vídeo. Professor, seria possível relacionar o conceito de Unheimliche com a figura do palhaço, já trabalhada por você e pelo Thebas? Não existe algo ali que desperta uma sensação de estranhamento? Abraços
Professor como eu interpreto a construção de sujeito na obra "O retrato de Dorian Gray" de acordo com as teorias de Lacan? É meu tema de TCC, estou precisando de um norteamento.
Professor Chr. Dunker: você já fez vários vídeos discutindo gente ignorante que trata psicanálise como charlatanismo e como esta é uma crença equivocada... mas ainda assim, é difícil estabelecer um diálogo com pessoas tão refratárias, que se fecharam tanto para a ciência freudiana ou lacaniana... como abrir um espaço comum de diálogo para gerar um momento possível de convencimento? Criar esses espaços em geral, aliás, parece vital para o Brasil de hoje! Um abraço!
1. Vc tem que saber que nem sempre vai dar certo. 2. Vc tem que saber que às vezes pode dar. Tente sair das oposições platônicas bem/mal, pt/psl, psicanálise/tentativa de simplificação e procure conversar com a pessoa de verdade, sem fazer muita referência ao que você acha que ela acredita.
Olá professor! Deixo aqui uma pergunta para o Falando Nisso 😊 Minha questão é sobre a relação entre o Estruturalismo e a Psicanálise, em dois momentos: (1) o ‘primeiro’ estruturalismo (Saussure, o Círculo de Praga e outros) em sua relação com as Ciências Humanas de sua época, e com a psicanálise em particular; (2) as possíveis ressonâncias do estruturalismo, ainda hoje, no pensamento social e na psicanálise. Muito obrigado desde já!
Nossa me ocorreu agora outra proposta para o infamiliar na questão do familiar que é invadido pelo estranho quê é o efeito da obssessao do outro com pelas substância, para este não há lei, a busca da psicose como saída, a família nisto fica refém. Vou dar uma revisão nisto, dar outro lugar.
Imagino que todas as definições que existem são exageradas e delas fazem mitos mas estão longe da realidade. O filme O Exorcista, por exemplo, mostra uma menina levitando na cama ( fora da cama, sem poder descansar. Fora de si ). mostra a cabeça girando em todas as direções ( seria a mudança de ideias constante _ hoje é sim, amanhã é não para a mesma proposta :hoje há um elogio do gay, amanhã protesto contra os gays). O sexo feito com o crucifixo nem de longe é assim mas, por outro lado, é o sexo feito pela religião do crucifixo. Existe a coisa da religião que proíbe i sexi e , nesse caso, exacerba a prática e configura abuso sexual. Veremos um filme de extremo terror que vai ser totalmente explicado pela razão e não existe "o não familiar"a não ser no sentido do estranhamento do outro, ou da abordagem sexual do outro .O estranho é que existam essas abordagens, essas práticas, totalmente caem sentido, agressivas que depois vi tratadas como estupro de guerra ( como no romance A Ciociara). A menina do filme O Exorcista é uma criança cristã. Seria preciso entender como é uma mulher que é uma criança. Essa menina é introduzida no mundo adulto com muita violência e então o cinema protesta e mostra toda a violência com essa linguagem cinematográfica exagerada no sentido das imagens com o crucifixo , com a levitação, com a cabeça se deslocando e rodipiando ( linguagem cinematográfica para mostrar algo de horror emocional e mental que tem o mesmo impacto de pavor na menina que sofre a violência. Isto é guerra mesmo? Até hoje não sei o que aconteceu. Depois a coisa do sexo nunca mais cessou. Será que eu estava castrada? Parecia que não. Eu tinha tesão sexual, tinha alegria, afeto e não sofrimento. Hoje é só um sim absurdo na cabeça....sexi incomodando, sem nenhum prazer. Desesperador. Que pais é esse? Não nós protegem. E ainda cobram atitudes e posturas. É vá polícia age assim? É a Igreja ? Como pode ser isso? Não dessa. Não há como perdoar algo assim. Não há como superar.
Entendi i que seja O inominável mas não vivi issi Estou passando o que vivi e como se relacionou ao filme O exorcista e a alguns filmes de terror comob o Filme de Um boneco que era possuído por um tipo de vida e fazia coisas acontecerem. Vi sentido no filme o iluminado, no Exorcista mas não vi muitos outros filmes porque esse gênero não me agrada. Gosto de ficção, e vi sentido em Matrix. Mas há que descontar a firma da linguagem cinematográfica que é de uma imagem chocante para algo similar no sentido emocional e mental ou físico. Em Matrix, por exemplo, o personagem no caminhão incorpora o motorista de um modo evidente. Na realidade supõe_se que os dois sejam um só. Tipo aquele ditado antigo:*vá ver se estou lá na esquina*.....dabdi a entender que tem pessoas divididas, sonsas, não donas de si.
Esse vídeo chegou na hora certa. Estou estudando sobre esse conceito freudiano. Mas raspa os poucos fios que te sobraram. Ta ridículo, parecendo um fugitivo de manicômio ou uma doença.
Obrigado Professor. Satisfação pela sua resposta da minha pergunta, muito obrigado. Como sempre, muito (Ben)dito! Abraços!
Christian, meu comentário é para agradecer a indicação do livro 'É isto um homem?' do Primo Levi. Me lembro de vc dizendo em um dos vídeos: 'Ninguém deve atender uma pessoa sem antes ter lido esse livro'. Realmente é um mergulho na humanidade. Emocionante, triste, atual. Obrigada!
Legal, vou ler
Como não comprar esse livro right way depois desse testemunho?
Então.... eu também fiquei sabendo desse livro quando ele disse isso em um dos vídeos. Corri para comprar o livro, me apaixonei e indico para todos que posso.
Comecei a ler o conto da Clarice - a menor mulher do mundo e cheguei aqui professor! Me ajudou a entender mto melhor o conto ! Obrigado ;)
Sonhei - aos quatro , cinco anos - que eu voava horizontalmente e paralelo ao chão , passava por uma galinha que me jogou com o bico , areia nos meus olhos . Mais tarde li Hoffmann . Incrível coincidência .
Quando eu era criança sentia muito essa sensação de infamiliar principalmente quando ia na casa dos outros e achava tudo estranho desde os móveis até a comida e a forma das pessoas se organizarem. Depois de ir muito na casa dos outros passei a considerar infamiliar a minha própria casa. Hoje o infamiliar sou eu no mundo. O mundo e sua vida me causam muito sofrimento.
Prof. C. Dunker, seus vídeos são bem importantes, sobretudo nesse momento em que estamos. Eu fiz meu doutorado em Heidegger, e a primeira coisa que me veio à cabeça ao ler "Umheimliche" foi justamente a condição de estranheza, dada pela afinação com a disposição afetiva da angústia. No caso de Heidegger, como o Sr. bem deve saber, a estranheza revela que a condição básica do ser humano é justamente a sensação de projeção lançada no mundo, algo que vai ser trabalhado como aquilo que nos permiteria agir autenticamente. O "sentir-se fora de casa como anterior ao sentir-se em casa", uma vez que a condição para o familiar é justamente o não familiar, o "estar-jogado no mundo" como aquilo que mostra a facticidade humana finita. O poder-ser como projeção lançada. Digo tudo isso pois eu desconheço esse ensaio de Freud, e os temas são demasiados familiares aos de Heidegger - claro que a condição de estranheza foi explorada muito no existencialismo e na literatura existencialista, Kierkegaard, Sartre e Camus, mas conceitualmente encontramos mais corpo em Heidegger.
Dito isso, gostaria de saber se de fato essa aproximação faz sentido.
Abraço!
André, sua associação é bem provocativa. Não sou especialista em Heidegger, mas tenho estudado ele bastante há um tempo, e essa relação entre o "infamiliar" em Freud e o "estranho" em Heidegger parece ter um fundamento sim. Contudo, essa relação só ganha presença na parte III do ensaio de Freud e, como Christian comenta, ele traz uma reflexão sobre a primariedade do estranhamento e não da identidade ou do pertencimento.
Heidegger, no texto "A linguagem na poesia" através de um poema de Georg Trakl, diz que o estranho é a essência da alma humana. No poema, Trakl diz "Algo de estranho, a alma na terra". O estranho, Heidegger reflete, não é porque a alma não está damiliarizada, não está em casa e a atravessa na busca de um plano outro, que não se encontra aqui na terra, mas no além. Não, pelo contrário, ele enfatiza que a alma é algo de estranho e o estranho, como ele coloca, "está em travessia. Sua errância não é, porém, de qualquer jeito, sem determinação, para lá e para cá. O estranho caminha em busca do lugar em que pode permanecer em travessia". Travessia então pela finitude da vida, pela incerteza ontológica pela qual ele é marcado. O estranho é o oculto, o velado. O familiar é o desvelado. O que é próprio do humano para atender ao chamado de sua essência, é se familiarizar com esse estranho. Assumi-lo como próprio.
Aqui a crítica dele vai além de enunciados poéticos. Ele estende a toda a modernidade, dominada pela era da técnica, pela selvageria epistemológica, pela necessidade de saber de tudo, enjaulada na gaiola lógica, proposicional, representacional, calculista, judicativa e não-intuitiva, não-meditativa, não-reflexiva. Na predominância do pensamento excessivamente técnico, nos condenamos a uma vivência vazia de sentido, em uma entificação do Ser. É o tempo da indigência. É preciso, como ele fala no discurso "Serenidade" nos abrirmos ao mistério. E contemplar o mistério como o mistério, não como mais um problema lógico a ser resolvido.
Quanto a relação à Freud, posso estar errado, mas ele ainda pensa kantianamente, quer dizer, ele vê essa questão do estranho-familiar como uma condição antropológica, num olhar psicológico mesmo. Heidegger afirma isso numa instância metafísica: é a condição ontológica do ser humano; ele não é tomado por uma estranheza como um fenômeno, ele é a estranheza! Ouso (e ouso mesmo, porque não tenho a propriedade para dizer com certeza) que Freud ainda está de certa maneira enredado na tendência da entificação, de olhar para o oculto como um problema epistemológico, sujeito a uma explicação objetiva, e não dúbia, como o faz Heidegger.
Comprei o livro e estou lendo o texto, e confesso que me confundi em alguns momentos pois a leitura de Freud é nova para mim, mas esse vídeo me ajudou muito! Obrigada!!!
Será que 2019 vai ser o ano em que veremos o tio chris barbudo? Se parou de crescer pra cima que cresça pra baixo, professor!
HAHAHAH como sempre, maravilhoso! Amei o comentário do cabelo queridoooo
Prof,o sr é tão necessário 🎉
Professor como fico maravilhada com suas explicações. Muito obrigada por tanto.
Estamos ligados no narcisismo. Tem itimos canais
Mas que coisa. Acabo de ler O Homem de Areia e não tinha ideia de que Freud usa esse conto (claro né, nunca estudei psicanálise). É fantástico.
Dunker, você pode falar sobre a personagem Dorian Gray, do Oscar Wilde, e narcisismo?
O texto é maravilhoso, li esta edição. Lembro da teoria literária trazer o estranhamento como componente da experiência de leitura. Só que não encontrei o que estava procurando: a experiência do estranhamento literalmente dentro de casa, do pavor que é olhar em volta, no próprio reduto de segurança, ver todas as coisas exatamente no mesmo lugar de sempre, e ainda assim sentir-se como se fosse o primeiro olhar - um olhar para o total desconhecido. Dentro do lar, mas o lar é outro, não é seguro, não é confortável, não é acolhedor, é assustador, perigoso. A construção da palavra me remete a esse tipo de experiência, certamente associada à angústia. Alguma indicação de leitura que faça essa articulação?
O senhor falando eu lembrei do Viveiros de Castro aí o vem ele sendo mencionado no final do vídeo. Nele a proposta do totemismo parece dialógica. É bonita. Parabéns pelo vídeo!
Te amo
Mt bom!
Professor,seus postulados são magistrais.Deixo aqui meu reconhecimento.
Ele nao postula> Na verdade quebra postulados. Usa o principio da diferença em lugar da repetição
Essa coletânea “obras incompletas” é bem legal ... e bem linear sobre o processo d formação psicanalítica : obra incompleta
Essa palavra tem relação com um termo na língua inglesa "the uncany valley", aquela sensação estranha quando vemos um robô que tenta parecer humano mas não é, se assemelhando mais com um cadáver...
Sarah Ottoni Pensei nesse gráfico do vale da estranheza tb
caralho, sim
Eu tinha um amigo que era doido com isso...
Tua didática é impressionante. Tenhas uma ótima semana.
A pisadeira kkk
Muito interessante, Professor! Adorei.
Esse vídeo é maravilhoso pra quem acabou de ler "Unheimlich" porque algumas posições ficam um pouco mais claras. Pra quem não leu, sinto muito, mas vai fazer uma bagunça na sua cabeça porque o Christian ta discutindo muitas teorias do Freud que estão sobrepostas pelo ensaio.
Querido Prof. Christian. Adoro o seu Canal e já pude assisti-lo ao vivo em palestras na Sedes Sapientiae. Adoraria ouvir você falando sobre o caso Uma Neurose Demoníaca do Século XVII . Ps.: se possível, é claro. Super tranquilo. Parabéns bilíssimo Canal.
Tirante o cabelo do Dunker, "estranhamento" que nos tira um pouco a concentração, excelente o vídeo que robustece uma matriz nao identitária (nao totêmica-edipiana) pra o sujeito na estrutura social, dialogando com o noçao de diferença em Darwin na biologia evolutiva. Nota 9.5 (nao foi dez pelo "un-arbeite" da coiffeur .....rsrsrs)
Já comecei a ler esse livro professor, ainda nas primeiras páginas.Parabéns pelo trabalho.Pela primeira vez achei um vídeo seu um pouco dificil de entender.Preciso ler mais para ver se consigo entender melhor essa palavra que já esta na terceira tradução aqui no nosso país: o estranho, inquietante e agora unfamiliar.Abraço!
Grande Professor Dunker !!!! Que explicação maravilhosa!!!!
Oi Christian. Eu achei mesmo o seu cabelo um pouco estranho neste vídeo. Mas não achei ele feio, só achei diferente dos outros vídeos.
O conteúdo do vídeo, como sempre, muito interessante. Parabéns.
Adorei comentário final sobre o corte de cabelo unheimliche.. Mas falando sério, um dos meus textos de Freud favoritos.
Como tem homens inteligentes nesse mundo! Fico embasbacada! Amo psicanálise, de Freud, Lacan, Jung, Melanie Klein, Winnicot, Reich. E o Dunker tenho intuição que vai entrar nessa galeria
Vou ler!!!
Comprei esse livro, de presente no dia do meu aniversário... Adorando
Essas imagens que o cinema e a Literatura fazem de algo que acontece é muito distorcida da realidade sentida e vivida, ou realizada, nós acontecimentos.Suponyo que "O homem que se apaixona por uma boneca" é muito diferente disto. Tem a ver com a "morte do desejo sexual, da libido em uma mulher ou o desconhecimento dela do tipo de libido que auge e que tenta conquista_la ( do homem que se apaixonou ....) No primeiro momento a mulher também se apaixonou pois , ou ela estaria. Ainda viva ou viveu um fenômeno de "paixão surreal?) Algo que seria de um tipo diverso do comum....sei lá .E, num segundo momento o "homem" vai tentar a reconquista dela sem saber que ela estaria morta e ( o povo) não entende e acredita que a rejeição da mulher tem como motivo ela ser uma boneca ( assexuada) , pode a maior característica de uma boneca é que elas não tem sequer sexo ( já há bonecas modernas com definição de sexo, mas não é a regra,).
Tudo de bom!!!!!!!!!!!!
Professor, gostaria que você falasse sobre o desfecho da série Game of Thrones e sobre quais tipos de narrativa ela tem a nos oferecer, incluindo a relação entre psicose e o sintoma familiar presente na personagem de Daenerys, agora chamada de rainha louca. Obrigado!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK amei
Em espanhol é SINISTRO que acho muito bom.
Obrigado!
☺
Professor, o mesmo termo, Umheimliche, aparece também de modo bastante contundente na obra de Martin Heidegger. O pensador aborda o jogo entre familiaridade e estranheza de modo um tanto distinto do de Freud, mas acredito que muitas linhas de diálogo podem ser estabelecidas entre ambos entendimentos. Um professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Santa Maria, Róbson Ramos dos Reis, tem sugerido a tradução de Umheimliche por ''Desterro'', sugestão que também tem sido adotada por um dos importantes tradutores de Heidegger no Brasil e professor de filosofia da UERJ , Marco Antonio Casanova.
Qual texto do Heidegger tem pra indicar?
@@raphakell parágrafo 40 de ser e tempo
Ótimo comentário. Só gostaria de chamar a atenção dos editores do vídeo à grafia correta do termo: "unheimlich" (com o prefixo un-, como explicado pelo prof. Dunker) Abraço!
Amo seus vídeos!❤😍
Obrigada por suas analises.
Vídeo maravilhoso! Obrigado por compartilhar! :}
Demais professor!
Olá Professor Dunker. O Sr. poderia falar sobre o pensamento de Edgar Morin sobre a teoria da complexidade e sua relação com a escuta psicanalítica? Obrigada e um abraço
Faz um sorteio, Christian... Parabéns, pelo Canal.
Teu cabelo tá massa, mas só fica bom em ti.
Olá Chritian! Por favor, faça um vídeo sobre omolhar da psicanálise sobre a Distimia. Grata!
obrigada!
Fiz uma exposição sobre a infância baseada inteira no unheimliche
Cara, se não falasse sobre o cabelo, não iria reparar
Adorei seu cabelinho, Prof.! 😍
Ola, professor Dunker! Gostaria de saber se o processo de despersonalização está relacionada ao Umhiliche? Se na percepção de estranhamento psíquico o indivíduo torna-se alguém diferente de si, esse fenômeno teria algum tipo de relação?! Desde já Agradeço pela sua atenção.
Kkkkkkkkkk....muito bom humor.
Como nós uai...
Eu tenho esse texto O estranho
Kkkkk excelente a parte do cabelo
Primordial!!!Como sempre !👏👏👏
maravilhoso.
Professor, poderia comentar sobre o filme Nós (Us) de Jordan Peele no seu quadro Desejo em Cena?
Fez me rir, adoro seu canal, aprendo muito.....
Boa noite Christian, como vai? Sou ex-aluno seu, e revendo seu vídeo ocorreu-me pensar no estádio do espelho quando na parte final você se perguntou sobre a possibilidade de um estatuto originário do estranhamento. Fiquei curioso quanto à relação da sua reflexão com o registro lacaniano do imaginário e o modelo de constituição do eu pela via da alienação originária. De que forma você acha que se poderiam relacionar essas discussões? Feliz 2021!
Olá, Professor Christian. Acompanho seu canal a um bom tempo e sempre achei seus vídeos de excelente qualidade. Primeira vez que coloco uma questão, no entanto. Gostaria que o professor comentasse a respeito dos heterônimos de Fernando Pessoa, e se há uma relação disso com a psicanálise. Gostaria também de perguntar se é possível acessar personalidades, algo parecido com borderline, mas como se o sujeito tivesse acesso a suas personalidades, se isso é possível, ou se estou viajando demais. Obrigado desde já. :)
Lembrei dessa história aqui:
O homem do saco
No bairro em que eu morava, pela Belo Horizonte dos anos 1960, havia três exóticas figuras que habitavam as ruas e dividiam o cotidiano conosco: a louca da Floresta (nome do nosso bairro), o laranjeiro e o homem do saco.
Crianças, vivíamos à sombra do medo proporcionado por essas personagens tão presentes em nossa vida, já que passávamos o dia todo na rua, brincando, jogando bola e eles, sempre ali, ao lado de nós.
A louca da Floresta mordia o próprio braço e vivia gritando desesperadamente em meio a latas, lenha e papelões. O laranjeiro era um mascate de laranjas que vendia seu produto em péssimas condições, em um carrinho caindo aos pedaços. E, bem, havia o homem do saco.
Misterioso mendigo, muitas vezes dado como morto, esse estranho vizinho vagava meio bandido, meio andarilho, profeta, arrastando seu saco de aniagem no dorso, como a efígie do pescador no rótulo do nada saudoso Óleo de Fígado de Bacalhau, outro terror de nossa infância. Revezava os bancos do adro da igreja de dia com as marquises das lojas, durante a noite. Não podíamos sequer saber o seu nome. Era o homem do saco e pronto.
Nossa infância foi cercada de atenção amorosa. Mas era, como de resto todas as outras infâncias daquele tempo, fundamentalmente estruturada no medo. E o personagem central, o núcleo primordial, do nosso “baile do medo” (para usar uma imagem de Drummond, que também morou na Floresta por quase uma década), familiar era aquele velho intruso, o homem do saco.
Quando teimávamos em não comer, negávamos banho ou remédio, atrasávamos a volta pra casa, repetiam sempre, “olha que o homem do saco vem te buscar”. A chantagem com o adventício era infalível. Imediatamente recompúnhamos nossa fidelidade ao grupo familiar e aderíamos a qualquer imposição.
O problema é que o homem do saco passou a se tornar um pesadelo recorrente em minha infância. Eu acordava quase toda noite, suado, um gelado na espinha, recém saído do sonho em que, invariavelmente, o homem do saco já havia acertado tudo com o meu pai. Meus irmãos e minha mãe apenas se despediam de mim, na calçada, dizendo que avisaram. Eu, em prantos, prometia que jamais faria aquilo de novo, seja lá o que fosse “aquilo”, não convencia ninguém de minha inocência, e era posto para fora do círculo. Quando então acordava, aterrado. Ah, por quantas vezes sonhei isso.
Domingo havia missa. Íamos todos. Eu sentia que se falhasse ali, estaria literalmente no saco. E assim forjei-me na religião, o que hoje, de um certo modo, ainda me governa ao molde de culpas ancestrais. Na missa, entretanto, havia também doces, bolos na saída, o carinho, a presença atenta e a graça que igualmente me compuseram.
Ontem sonhei de novo com o homem do saco. Era meu amigo. Eu tentava saber onde morava, se morava, por que andava a esmo. Solidarizava-me com a figura dele, tão parecida comigo, tentando decifrar o mundo a partir das pistas deixadas na história em seu apagamento. Nesse meu sonho recente, ele se parecia um pouco com meu pai. Ao longe, os gritos da louca do bairro ecoavam como uma cantiga cuja letra eu me esforçava inutilmente em compreender.
Lembro que o laranjeiro fazia malabares com suas laranjas imundas. As mesmas que hoje, prediletas, adoro descascar, rodar a casca no abecedário até formar, pouco a pouco, essa uma palavra estranha que, fascinando por sua magia, procuro escrever.
Representou a praça 7
@@lazaroalbergaria1520 o homem do saco é uma derivação portuguesa do homem da areia alemão
Marcílio Godoi sensacional .
Ótimo texto 👏🏻👏🏻👏🏻
Prezado Her Dunker! Gostaria que falasses sobre o Reiki, Raike, que é tratado por uma terapia, como?
Quanto ao Teu cabelo, uma boa careca lhe cairia bem, e estás bem longe com o teu trabalho do Careca amigo do Moro, Karnal?
Excelente vídeo. Professor, seria possível relacionar o conceito de Unheimliche com a figura do palhaço, já trabalhada por você e pelo Thebas? Não existe algo ali que desperta uma sensação de estranhamento? Abraços
A criança tem medo do palhaço; tb penso isso .
Prof. podemos traçar paralelos entre o unheimlich e o conceito de numinoso presente em Rudolf Otto e Jung?
Não . Numem é outra coisa
Professor como eu interpreto a construção de sujeito na obra "O retrato de Dorian Gray" de acordo com as teorias de Lacan? É meu tema de TCC, estou precisando de um norteamento.
Alguém sabe dizer se ele já fez algum vídeo sobre "A Interpretação dos Sonhos"?
Bjsss a sua cabeleireira. Por falar nisso, podia analisar o filme (excelente, me foi indicado por um amigo psicanalista) O marido da cabeleireira?
Como a psicanálise entende a Rede Neural de Modo Padrão?
Professor Chr. Dunker: você já fez vários vídeos discutindo gente ignorante que trata psicanálise como charlatanismo e como esta é uma crença equivocada... mas ainda assim, é difícil estabelecer um diálogo com pessoas tão refratárias, que se fecharam tanto para a ciência freudiana ou lacaniana... como abrir um espaço comum de diálogo para gerar um momento possível de convencimento? Criar esses espaços em geral, aliás, parece vital para o Brasil de hoje!
Um abraço!
1. Vc tem que saber que nem sempre vai dar certo.
2. Vc tem que saber que às vezes pode dar.
Tente sair das oposições platônicas bem/mal, pt/psl, psicanálise/tentativa de simplificação e procure conversar com a pessoa de verdade, sem fazer muita referência ao que você acha que ela acredita.
Olá professor! Deixo aqui uma pergunta para o Falando Nisso 😊
Minha questão é sobre a relação entre o Estruturalismo e a Psicanálise, em dois momentos: (1) o ‘primeiro’ estruturalismo (Saussure, o Círculo de Praga e outros) em sua relação com as Ciências Humanas de sua época, e com a psicanálise em particular; (2) as possíveis ressonâncias do estruturalismo, ainda hoje, no pensamento social e na psicanálise.
Muito obrigado desde já!
O bonequinho da Tecelagem Parahyba é uma versão bonitinha do Homen de Areia.
Nossa me ocorreu agora outra proposta para o infamiliar na questão do familiar que é invadido pelo estranho quê é o efeito da obssessao do outro com pelas substância, para este não há lei, a busca da psicose como saída, a família nisto fica refém. Vou dar uma revisão nisto, dar outro lugar.
Ai meu deis, ele abre o livro ate as capas rocarem a mesa, que aflicao
Kkkkkk então
Então o Freud rompeu com Jung porque a teoria dele (que toma.uma espiritualidade ou algo assim) justifica e fortalece o narcisismo?
Professor, se tiver interesse, minoxidil talvez possa fazer teu cabelo voltar!
Conto do E.T. Hoffmann : Das Sandman , Freud e até Foucault entrou nas pinturas
Pq a tradução literal do "sandman"? Em português não seria o João Pestana?
E Schiller , naturalmente ... o que deveria permanecer oculto .
Kkkkkkk eu gostei do estilo.
Dr por que o Brasil é tão religioso?
Não entendi nadinha! Seus vídeos são do tipo que temos que assistir umas 300 vezes para surgir uma luz no ofuscado cérebro. Caramba! Como é difícil!
Vdd
O remelecho para mim kkkk
Juro que, antes de assistir, pensei que era uma zoação do Bozo tipo "um relinche" kkk
Edit: que Umheimliche eu tive!
Imagino que todas as definições que existem são exageradas e delas fazem mitos mas estão longe da realidade. O filme O Exorcista, por exemplo, mostra uma menina levitando na cama ( fora da cama, sem poder descansar. Fora de si ). mostra a cabeça girando em todas as direções ( seria a mudança de ideias constante _ hoje é sim, amanhã é não para a mesma proposta :hoje há um elogio do gay, amanhã protesto contra os gays). O sexo feito com o crucifixo nem de longe é assim mas, por outro lado, é o sexo feito pela religião do crucifixo. Existe a coisa da religião que proíbe i sexi e , nesse caso, exacerba a prática e configura abuso sexual.
Veremos um filme de extremo terror que vai ser totalmente explicado pela razão e não existe "o não familiar"a não ser no sentido do estranhamento do outro, ou da abordagem sexual do outro .O estranho é que existam essas abordagens, essas práticas, totalmente caem sentido, agressivas que depois vi tratadas como estupro de guerra ( como no romance A Ciociara).
A menina do filme O Exorcista é uma criança cristã. Seria preciso entender como é uma mulher que é uma criança. Essa menina é introduzida no mundo adulto com muita violência e então o cinema protesta e mostra toda a violência com essa linguagem cinematográfica exagerada no sentido das imagens com o crucifixo , com a levitação, com a cabeça se deslocando e rodipiando ( linguagem cinematográfica para mostrar algo de horror emocional e mental que tem o mesmo impacto de pavor na menina que sofre a violência.
Isto é guerra mesmo? Até hoje não sei o que aconteceu. Depois a coisa do sexo nunca mais cessou.
Será que eu estava castrada? Parecia que não. Eu tinha tesão sexual, tinha alegria, afeto e não sofrimento. Hoje é só um sim absurdo na cabeça....sexi incomodando, sem nenhum prazer. Desesperador. Que pais é esse? Não nós protegem. E ainda cobram atitudes e posturas. É vá polícia age assim? É a Igreja ? Como pode ser isso? Não dessa. Não há como perdoar algo assim. Não há como superar.
Entendi i que seja O inominável mas não vivi issi Estou passando o que vivi e como se relacionou ao filme O exorcista e a alguns filmes de terror comob o Filme de Um boneco que era possuído por um tipo de vida e fazia coisas acontecerem. Vi sentido no filme o iluminado, no Exorcista mas não vi muitos outros filmes porque esse gênero não me agrada. Gosto de ficção, e vi sentido em Matrix. Mas há que descontar a firma da linguagem cinematográfica que é de uma imagem chocante para algo similar no sentido emocional e mental ou físico. Em Matrix, por exemplo, o personagem no caminhão incorpora o motorista de um modo evidente. Na realidade supõe_se que os dois sejam um só. Tipo aquele ditado antigo:*vá ver se estou lá na esquina*.....dabdi a entender que tem pessoas divididas, sonsas, não donas de si.
KKKKKKKKKKKKKK eu não entendi foi porra nenhuma.
Lázaro Albergaria Também boiei. Inagina a leitura desse texto... Vou ver de novo fazendo anotações/pesquisa porque curto o tema.
kkkk
claramente eu kkkkkkkkkkkkk
Vale muito voltar ao texto e ver o vídeo em seguida :)
Artesanato = feitura da coisa & Arte = coisa da feitura.
Dunker: calvície ou trote interrompido?
O cabelo está feio, mas a inteligência fantástica ...
Kkkk
Seu cabelo está Não Familiar
seu cabelo tá bonito. povo besta de se incomodar com a aparência do outro. eu ein
O TÍTULO ACIMA DO VIDEO ESTÁ INCORRETO: É O NÃO-FAMILIAR e não é o NÃO-ESTRANHO.
Só faz video difícil nessa porra em Dunker?
Puta que pariu, que video maluco mano. PENSAR DE FORMA INVERTIDA
Esse vídeo chegou na hora certa. Estou estudando sobre esse conceito freudiano. Mas raspa os poucos fios que te sobraram. Ta ridículo, parecendo um fugitivo de manicômio ou uma doença.
Em espanhol é EL SINISTRO
Professor, poderia comentar sobre o filme Nós (Us) de Jordan Peele no seu quadro Desejo em Cena?