Muito obrigada professor pela sua explicação. Não sou sua aluna na PUC Minas mas contribuiu muito para meu aprendizado na formação Psicanalitica que estou cursando.
O seu vídeo ficou ótimo, muito claro. A partir dele, fiquei pensando na fantasia como uma estrutura subjacente, geradora dos discursos do desejo (sonho, ato falho, sintomas e chistes). Nesse sentido, fiquei pensando se seria possível fazer uma analogia entre a fantasia inconsciente e aquilo que Bakhtin entendia por "gênero do discurso"; explico: nossas interações verbais não são cem por cento espontâneas, mas a expressão idiossincrática de esquemas "inconscientes" e sociais de formulação dessas interações, ou seja, de concretizam gêneros do discurso. Nessa minha comparação, o gênero do discurso estaria para as interações verbais, em nível social, como a fantasia estaria para as formações do inconsciente enquanto "discurso interno". Ambos são protoformas, esquemas decantados a partir de formulações anteriores, como parte da codificação de modos de interagir, em um caso, e de organizar a vivência de satisfação, no outro. Estou pensando alto e não sei se o que eu disse faz sentido para você, mas gostaria de saber sua opinião. Um abraço e obrigado pelos seus vídeos; são muito instrutivos.
6 лет назад+1
Olá Antônio Marcos, Sua ideia parece interessante. Não tenho como acompanhá-la plenamente porque não conheço suficientemente Bakhtin. Penso, porém, que as concepções de Freud sobre a linguagem fizeram parte do que compôs seu tempo e talvez tenham influenciado o meio científico de forma geral. Um psicanalista que levou adiante de forma muito importante a relevância da linguagem em Freud foi Jacques Lacan. O conceito de significante - retirado de Saussure e modificado - foi fundamental para o desenvolvimento de sua teoria. Uma de suas teses fundamentais é a de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem. Penso que o diálogo com Bakhtin pode ser bem profícuo. No link abaixo há um artigo científico que faz o diálogo entre Bakhtin e Lacan (de forma básica). Pode ser que interesse a você. Abraços. www.spid.com.br/revistas/r39/11%20TP39%20-%20Bianca%20Novaes%20e%20Ana%20Maria%20Rudge.pdf
Professor, que tal fazer um curto video de Perguntas e Repostas. Vi que há muitas perguntas e que poderiam ser respondidas pelo senhor.
6 лет назад+2
Olá, é uma boa sugestão, apesar de eu ter tentado responder questões diretamente, escrevendo. De qualquer forma, anotei sua sugestão. Quero acrescentar que vou tentar esta semana concluir um vídeo sobre a clínica psicanalítica na atualidade a partir da sugestão que você postou em outro vídeo.
Gostaria de saber se com a psicanálise a fantasia pode ser tirada da mentalidade da pessoa.
3 года назад+1
Oi Beatriz, não há como "tirar" a fantasia de alguém. A análise visa a possibilitar a elaboração da relação do sujeito do desejo com a fantasia inconsciente, que ficará mais clara durante o processo de análise. Abraços.
Minha fantasia é bem obcecada . Eu tenho 21 anos e desde de criança que sempre me apaixono pelo mesmo perfil de mulher : mais velha e professora . Sinceramente, não suporto mais isso ,pois isso fica somente no campo da minha imaginação durante anos e várias vezes ao dia . Poderia abordar um pouco sobre oq seria isso ,professor ?
4 года назад+4
Bernardo, não há como abordar um a questão como essa de forma simples. Muitas perguntas poderiam ser feitas para você para esclarecer melhor como isso acontece. De qualquer forma, se é algo que o incomoda, talvez seja importante falar disso em atendimento com um analista para que esta repetição encontre uma possibilidade de mudança. Abraços.
A pessoa se defende DA fantasia ou se utiliza da fantasia para SE defender ....?
3 года назад+1
Oi Elenise, a fantasia é uma forma de responder à articulação entre desejo e pulsão. Comumente, não se diz que há uma defesa DA fantasia. Porém, pode-se dizer que muitas vezes se quer negar a fantasia. Abraços.
Obrigada, professor. O agradecimento é por transmitir conhecimento de forma tão clara e compreensível.
Obrigado. Disponha.
Muito Bom ! Obrigado por compartilhar esse imenso conhecimento conosco !
Eu estudo Psicanálise e amo seus vídeos. Muitíssimo obrigada 😊
Obrigado. Disponha.
Muito obrigado, professor.
Muito obrigada professor pela sua explicação. Não sou sua aluna na PUC Minas mas contribuiu muito para meu aprendizado na formação Psicanalitica que estou cursando.
Disponha!
Esse professor é nota mil🎉
Excelente aula!!!
Voce é top :)
Obrigado pelo elogio
Que aula incrível.
Sou da UTP PR e adorei sua aula. Tenho um trabalho sobre a imaginação na linguagem psicanalítica.. Agradeço muito.
Professor, muito interessante e didático, parabéns! Gostaria de que falasse sobre as pulsões. Grande abraço!
Olá Alexandre, o vídeo número dois da série Teoria Psicanalítica é sobre pulsão. Abraços.
O seu vídeo ficou ótimo, muito claro. A partir dele, fiquei pensando na fantasia como uma estrutura subjacente, geradora dos discursos do desejo (sonho, ato falho, sintomas e chistes). Nesse sentido, fiquei pensando se seria possível fazer uma analogia entre a fantasia inconsciente e aquilo que Bakhtin entendia por "gênero do discurso"; explico: nossas interações verbais não são cem por cento espontâneas, mas a expressão idiossincrática de esquemas "inconscientes" e sociais de formulação dessas interações, ou seja, de concretizam gêneros do discurso.
Nessa minha comparação, o gênero do discurso estaria para as interações verbais, em nível social, como a fantasia estaria para as formações do inconsciente enquanto "discurso interno". Ambos são protoformas, esquemas decantados a partir de formulações anteriores, como parte da codificação de modos de interagir, em um caso, e de organizar a vivência de satisfação, no outro.
Estou pensando alto e não sei se o que eu disse faz sentido para você, mas gostaria de saber sua opinião.
Um abraço e obrigado pelos seus vídeos; são muito instrutivos.
Olá Antônio Marcos,
Sua ideia parece interessante. Não tenho como acompanhá-la plenamente porque não conheço suficientemente Bakhtin. Penso, porém, que as concepções de Freud sobre a linguagem fizeram parte do que compôs seu tempo e talvez tenham influenciado o meio científico de forma geral. Um psicanalista que levou adiante de forma muito importante a relevância da linguagem em Freud foi Jacques Lacan. O conceito de significante - retirado de Saussure e modificado - foi fundamental para o desenvolvimento de sua teoria. Uma de suas teses fundamentais é a de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem. Penso que o diálogo com Bakhtin pode ser bem profícuo. No link abaixo há um artigo científico que faz o diálogo entre Bakhtin e Lacan (de forma básica). Pode ser que interesse a você. Abraços.
www.spid.com.br/revistas/r39/11%20TP39%20-%20Bianca%20Novaes%20e%20Ana%20Maria%20Rudge.pdf
Professor, que tal fazer um curto video de Perguntas e Repostas. Vi que há muitas perguntas e que poderiam ser respondidas pelo senhor.
Olá, é uma boa sugestão, apesar de eu ter tentado responder questões diretamente, escrevendo. De qualquer forma, anotei sua sugestão. Quero acrescentar que vou tentar esta semana concluir um vídeo sobre a clínica psicanalítica na atualidade a partir da sugestão que você postou em outro vídeo.
Gostaria de saber se com a psicanálise a fantasia pode ser tirada da mentalidade da pessoa.
Oi Beatriz, não há como "tirar" a fantasia de alguém. A análise visa a possibilitar a elaboração da relação do sujeito do desejo com a fantasia inconsciente, que ficará mais clara durante o processo de análise. Abraços.
Minha fantasia é bem obcecada . Eu tenho 21 anos e desde de criança que sempre me apaixono pelo mesmo perfil de mulher : mais velha e professora . Sinceramente, não suporto mais isso ,pois isso fica somente no campo da minha imaginação durante anos e várias vezes ao dia . Poderia abordar um pouco sobre oq seria isso ,professor ?
Bernardo, não há como abordar um a questão como essa de forma simples. Muitas perguntas poderiam ser feitas para você para esclarecer melhor como isso acontece. De qualquer forma, se é algo que o incomoda, talvez seja importante falar disso em atendimento com um analista para que esta repetição encontre uma possibilidade de mudança. Abraços.
@ muito obrigado!
A pessoa se defende DA fantasia ou se utiliza da fantasia para SE defender ....?
Oi Elenise, a fantasia é uma forma de responder à articulação entre desejo e pulsão. Comumente, não se diz que há uma defesa DA fantasia. Porém, pode-se dizer que muitas vezes se quer negar a fantasia. Abraços.