Para baixar o artigo citado, de Fernanda Monteiro, clique no link nas Referências, ao final da descrição do vídeo. O artigo não é especificamente sobre o histórico do plantão social, mas tem uma parte introdutória muito interessante, especialmente para quem não estudou esse tema na graduação, como é o meu caso. No artigo, a autora fala da utilização do plantão social no campo da saúde e critica o plantão social quando de seu surgimento, em função de habitualmente não escutar os conteúdos implícitos ou latentes e os encaminhamentos/benefícios se constituem em um fim em si mesmo. Propõe, na mesma linha do que discutimos no vídeo, uma escuta integral dos sujeitos, capaz de apreender parte da complexidade dos determinantes das situações que se apresentam. No caso da autora, que escreve para serviços de Saúde, a proposta é aprofundar a prática do plantão social enquanto espaço de potência, desde que superando suas características negativas. Em nosso caso, no Suas, em especial, nos Cras, não se trata de aperfeiçoar o plantão social, mas de superá-lo, já que esta não é uma modalidade preconizada, e sim o Paif (Serviço de proteção e atendimento integral à família), o Scfv (Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos) e o Serviço de Proteção Básica no domicílio para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias.
Vídeo maravilhoso!! Compartilho deste pensamento e possuo essa angústia desde que entrei no CRAS, aqui infelizmente o atendimento PAIF espontâneo se chama Plantão Social e ele é revezado entre as Analistas, nas estou tentando problematizar essa questão e você contribuiu MUITO. Goostaria de saber se possuis sugestão de nomenclatura para esse atendimento espontâneo instituído, seria "Atendimento PAIF" de maneira geral? Obrigada!
Gostei muito do vídeo. Acho as sugestões de acolhida excelentes. Fico pensando como separar momentos de acolhida para novas famílias em um CRAS que têm em média 100 a 150 novas famílias por mês
Sim, Joela, bem importante a sua colocação... a acolhida coletiva é justamente para organizar os CRAS que têm grande afluxo de famílias. Mas, com essa quantidade, dá mais de 25 famílias novas por semana, o que faria do CRAS um local que só atenderia famílias novas, todo o dia, sem dar continuidade com nenhuma.... imagina, seria uns dois turnos do CRAS com acolhida coletiva e 25 horas com acolhidas particularizadas, no mínimo...então, tem que ver o que está acontecendo com esse CRAS: OU ele é um CRAS novo, que recém abriu, e, por isso, está tendo esse afluxo, OU ele está mal dimensionado (o território é muito grande para esse CRAS) OU está acontecendo algo no local (alguma calamidade???). Enfim, teria que ver, pois, como eu disse, não dá só pra incluir, incluir, incluir e não dar continuidade...então tem que ver o que está acontecendo com esse CRAS e ir "regulando" a demanda espontânea de forma que consiga atender com qualidade a capacidade instalada dele. Isso é uma das coisas que a gente trabalha naquele curso "Arrumando a casa das famílias", mas acabaram já as inscrições, penso em lançar ele novamente no ano que vem. Uma das etapas da "arrumação da casa" (=o CRAS) é justamente a reorganização da acolhida... Beijokas, sua linda, obrigada pela audiência!
Obrigada Viny! Que bom que você gostou! Adoro quando aparecem aqui colegas do SUS (eu já fui uma mulher do SUS rsrsr). Um abração e muito obrigada por acompanhar o canal!
Achei que o vídeo ia falar sobre oferta do Benefício Eventual fora do horário de atendimento do CRAS tipo o funeral que não tem horário para acontecer.
Olá Vero! O auxílio funeral é mais uma das possibilidades de benefícios eventuais. Como ele não tem hora para acontecer, o ideal é ter um fluxo no município. Cabe ao gestor da assistência social, quando regulamentar o auxílio funeral, chamar as funerárias e construir esse fluxo. Geralmente, as urnas funerárias, cremações e outros serviços funerários do auxílio funeral tem um valor máximo, padronizado. Digamos que seja um pacote funerário de R$1.000,00. Digamos, também, que o critério do município é que o auxílio funeral seja para famílias cadastradas no CAD Único e, como eu comentei, todas as funerárias conhecem o critério. Morre um familiar de alguém que é beneficiário do cadastro único num sábado de madrugada. A pessoa vai na funerária e diz "eu gostaria do benefício de auxílio funeral". A funerária só pergunta se a pessoa tem CAD Único, ela diz que sim, apresenta um comprovante (ou diz que não tem comprovante, mas, de próprio punho, declara que é beneficiária do cadastro único). A funerária fornece os serviços padrão de R$ 1.000,00 e, no próximo dia útil, a funerária liga para o CRAS ou Cadastro único, que fornecem o comprovante de que a pessoa já é cadastrada e a secretaria de assistência social faz o pagamento dos R$ 1.000,00. Então isso são fluxos de cada município com as suas funerárias. Não precisa o CRAS ser 24 horas ou ter alguém de plantão, entende? Tem municípios, inclusive, que o pagamento dos auxílios funerais é feito no final do mês. Se teve cinco enterros por meio do AF naquele mês, o município paga tudo junto. Os critérios também dependem da lei de benefícios eventuais de cada município. Eu coloquei como exemplo ser beneficiário do Cad único, mas podem ser outros critérios e outros fluxos, cada município constrói seus critérios e fluxos. E é importante que os critérios sejam construídos no CMAS, para que sejam discutidos coletivamente. Por exemplo: pode ser que a pessoa não é beneficiária do Cad único, mas ocorreu um incêndio na casa, e uma pessoa morreu no incêndio, o incêndio destruiu tudo e essa família precisa reorganizar toda a vida. Digamos que tenha um critério como "calamidades e outros eventos adversos", então não necessariamente sempre tenha que atrelar só à renda. Beijokas e obrigada pela pergunta!
Como organizar a acolhida e escuta nos municípios em que o CRAS não tem cobertura em todos territórios? E a zona rural, onde deve ser acolhida? Pode ser ofertado acolhimento na sede da Secretaria, para absorver esta demanda populacional?
Oi Mônica, sua linda! Obrigada pela pergunta! Olha só: a saída do atendimento da secretaria é uma forma de descentralização, de aproximar o CRAS da comunidade. Então, se a gente levar de volta pra secretaria, a gente estará indo contra a lógica de território (e legitimado velhas práticas, como a associação entre a oferta de serviços e benefícios e as antigas práticas clientelistas do "gabinete da primeira dama"). Então, se fora da secretaria o CRAS ainda não está perto o suficiente dos usuários, penso que devem ser feitos esforços para que ele chegue mais perto ainda, entende? É por isso que existem duas estratégias pensadas para municípios com grandes extensões territoriais e população rural espalhada: as equipes volantes e o CRAS itinerante. Essas estratégias são diferentes entre si, mas as duas são válidas. Se as famílias não conseguem ir aos Cras, assim como a montanha e o Maomé, rsrsr, "O CRAS VAI ATÉ AS FAMÍLIAS" rrsrsr eu explico a diferença entre equipe volante e CRAS itinerante nesse vídeo aqui. As duas são estratégias ótimas para populações rurais. Beijokas e segue o link do vídeo: ruclips.net/video/EZ0wfu38QSQ/видео.html
Olá Ana, Adoro seus vídeos muito interessantes e instrutivos. Gostaria de ler os artigos citados contudo, não consigo acessar os link. podes me orientar.
Oi Madalena, tudo bem? Não entendi se você não encontrou os links ou se encontrou e eles não estão funcionando... pro caso de não ter encontrado: abaixo do vídeo, tem um textinho que é a descrição dele (meio que um resumo). Geralmente o RUclips deixa visível só uma parte dessa descrição e aparece escrito "MOSTRAR MAIS". Clicando aí no "mostrar mais" vem a descrição completa e, ao final dela, as referências com os links para baixar. Conseguiu?
Oi Ana, boa noite. Ameii este material Ana, mas tenho uma dúvida. A família que passa pelo Plantão social p requerer um benéfico eventual, após passar pelo acolhimento e ser incluso em ação particularizado, também pode continuar a ser atendido, nos meses seguintes, p requerer novo benéfico eventual?
Oi Midori, sua linda, tudo bem? Quando esse benefício vem sendo solicitado repetidamente, penso que o mais indicado é incluir em acompanhamento familiar... pois aí estamos diante de vulnerabilidades instaladas e não temporárias... beijokas, sua linda!
Para baixar o artigo citado, de Fernanda Monteiro, clique no link nas Referências, ao final da descrição do vídeo. O artigo não é especificamente sobre o histórico do plantão social, mas tem uma parte introdutória muito interessante, especialmente para quem não estudou esse tema na graduação, como é o meu caso. No artigo, a autora fala da utilização do plantão social no campo da saúde e critica o plantão social quando de seu surgimento, em função de habitualmente não escutar os conteúdos implícitos ou latentes e os encaminhamentos/benefícios se constituem em um fim em si mesmo. Propõe, na mesma linha do que discutimos no vídeo, uma escuta integral dos sujeitos, capaz de apreender parte da complexidade dos determinantes das situações que se apresentam. No caso da autora, que escreve para serviços de Saúde, a proposta é aprofundar a prática do plantão social enquanto espaço de potência, desde que superando suas características negativas. Em nosso caso, no Suas, em especial, nos Cras, não se trata de aperfeiçoar o plantão social, mas de superá-lo, já que esta não é uma modalidade preconizada, e sim o Paif (Serviço de proteção e atendimento integral à família), o Scfv (Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos) e o Serviço de Proteção Básica no domicílio para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias.
Sempre excelente. Intencionalidade..isso mesmo.
Isso Sandra, sua linda: intencionalidade, planejamento e movimento para a mundança! E "vamo que vamo", rsrsrsr Beijos
Vídeo maravilhoso!! Compartilho deste pensamento e possuo essa angústia desde que entrei no CRAS, aqui infelizmente o atendimento PAIF espontâneo se chama Plantão Social e ele é revezado entre as Analistas, nas estou tentando problematizar essa questão e você contribuiu MUITO.
Goostaria de saber se possuis sugestão de nomenclatura para esse atendimento espontâneo instituído, seria "Atendimento PAIF" de maneira geral? Obrigada!
Gostei muito do vídeo. Acho as sugestões de acolhida excelentes. Fico pensando como separar momentos de acolhida para novas famílias em um CRAS que têm em média 100 a 150 novas famílias por mês
Sim, Joela, bem importante a sua colocação... a acolhida coletiva é justamente para organizar os CRAS que têm grande afluxo de famílias. Mas, com essa quantidade, dá mais de 25 famílias novas por semana, o que faria do CRAS um local que só atenderia famílias novas, todo o dia, sem dar continuidade com nenhuma.... imagina, seria uns dois turnos do CRAS com acolhida coletiva e 25 horas com acolhidas particularizadas, no mínimo...então, tem que ver o que está acontecendo com esse CRAS: OU ele é um CRAS novo, que recém abriu, e, por isso, está tendo esse afluxo, OU ele está mal dimensionado (o território é muito grande para esse CRAS) OU está acontecendo algo no local (alguma calamidade???). Enfim, teria que ver, pois, como eu disse, não dá só pra incluir, incluir, incluir e não dar continuidade...então tem que ver o que está acontecendo com esse CRAS e ir "regulando" a demanda espontânea de forma que consiga atender com qualidade a capacidade instalada dele. Isso é uma das coisas que a gente trabalha naquele curso "Arrumando a casa das famílias", mas acabaram já as inscrições, penso em lançar ele novamente no ano que vem. Uma das etapas da "arrumação da casa" (=o CRAS) é justamente a reorganização da acolhida... Beijokas, sua linda, obrigada pela audiência!
Sou Assistente Social e pós graduado em Análise do Comportamento, atuo no CAPS 1 de Mocajuba PA
Amei o canal 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Muito conhecimento 🔥⚖️
Obrigada Viny! Que bom que você gostou! Adoro quando aparecem aqui colegas do SUS (eu já fui uma mulher do SUS rsrsr). Um abração e muito obrigada por acompanhar o canal!
@@SUASConversas 😻😻😻😻😻
Muito bom
Que bom que você gostou Fabia! Beijokas!
Achei que o vídeo ia falar sobre oferta do Benefício Eventual fora do horário de atendimento do CRAS tipo o funeral que não tem horário para acontecer.
Olá Vero! O auxílio funeral é mais uma das possibilidades de benefícios eventuais. Como ele não tem hora para acontecer, o ideal é ter um fluxo no município. Cabe ao gestor da assistência social, quando regulamentar o auxílio funeral, chamar as funerárias e construir esse fluxo. Geralmente, as urnas funerárias, cremações e outros serviços funerários do auxílio funeral tem um valor máximo, padronizado. Digamos que seja um pacote funerário de R$1.000,00. Digamos, também, que o critério do município é que o auxílio funeral seja para famílias cadastradas no CAD Único e, como eu comentei, todas as funerárias conhecem o critério. Morre um familiar de alguém que é beneficiário do cadastro único num sábado de madrugada. A pessoa vai na funerária e diz "eu gostaria do benefício de auxílio funeral". A funerária só pergunta se a pessoa tem CAD Único, ela diz que sim, apresenta um comprovante (ou diz que não tem comprovante, mas, de próprio punho, declara que é beneficiária do cadastro único). A funerária fornece os serviços padrão de R$ 1.000,00 e, no próximo dia útil, a funerária liga para o CRAS ou Cadastro único, que fornecem o comprovante de que a pessoa já é cadastrada e a secretaria de assistência social faz o pagamento dos R$ 1.000,00. Então isso são fluxos de cada município com as suas funerárias. Não precisa o CRAS ser 24 horas ou ter alguém de plantão, entende? Tem municípios, inclusive, que o pagamento dos auxílios funerais é feito no final do mês. Se teve cinco enterros por meio do AF naquele mês, o município paga tudo junto. Os critérios também dependem da lei de benefícios eventuais de cada município. Eu coloquei como exemplo ser beneficiário do Cad único, mas podem ser outros critérios e outros fluxos, cada município constrói seus critérios e fluxos. E é importante que os critérios sejam construídos no CMAS, para que sejam discutidos coletivamente. Por exemplo: pode ser que a pessoa não é beneficiária do Cad único, mas ocorreu um incêndio na casa, e uma pessoa morreu no incêndio, o incêndio destruiu tudo e essa família precisa reorganizar toda a vida. Digamos que tenha um critério como "calamidades e outros eventos adversos", então não necessariamente sempre tenha que atrelar só à renda. Beijokas e obrigada pela pergunta!
Como organizar a acolhida e escuta nos municípios em que o CRAS não tem cobertura em todos territórios? E a zona rural, onde deve ser acolhida? Pode ser ofertado acolhimento na sede da Secretaria, para absorver esta demanda populacional?
Oi Mônica, sua linda! Obrigada pela pergunta! Olha só: a saída do atendimento da secretaria é uma forma de descentralização, de aproximar o CRAS da comunidade. Então, se a gente levar de volta pra secretaria, a gente estará indo contra a lógica de território (e legitimado velhas práticas, como a associação entre a oferta de serviços e benefícios e as antigas práticas clientelistas do "gabinete da primeira dama"). Então, se fora da secretaria o CRAS ainda não está perto o suficiente dos usuários, penso que devem ser feitos esforços para que ele chegue mais perto ainda, entende? É por isso que existem duas estratégias pensadas para municípios com grandes extensões territoriais e população rural espalhada: as equipes volantes e o CRAS itinerante. Essas estratégias são diferentes entre si, mas as duas são válidas. Se as famílias não conseguem ir aos Cras, assim como a montanha e o Maomé, rsrsr, "O CRAS VAI ATÉ AS FAMÍLIAS" rrsrsr eu explico a diferença entre equipe volante e CRAS itinerante nesse vídeo aqui. As duas são estratégias ótimas para populações rurais. Beijokas e segue o link do vídeo: ruclips.net/video/EZ0wfu38QSQ/видео.html
Mto bom!!
Obrigada Ana! Beijokas!
Ana estudando concurso
Boa sorte guria!!!!! 😉😘😘😘
Olá Ana, Adoro seus vídeos muito interessantes e instrutivos. Gostaria de ler os artigos citados contudo, não consigo acessar os link. podes me orientar.
Oi Madalena, tudo bem? Não entendi se você não encontrou os links ou se encontrou e eles não estão funcionando... pro caso de não ter encontrado: abaixo do vídeo, tem um textinho que é a descrição dele (meio que um resumo). Geralmente o RUclips deixa visível só uma parte dessa descrição e aparece escrito "MOSTRAR MAIS". Clicando aí no "mostrar mais" vem a descrição completa e, ao final dela, as referências com os links para baixar. Conseguiu?
Oi Ana, boa noite. Ameii este material Ana, mas tenho uma dúvida. A família que passa pelo Plantão social p requerer um benéfico eventual, após passar pelo acolhimento e ser incluso em ação particularizado, também pode continuar a ser atendido, nos meses seguintes, p requerer novo benéfico eventual?
Oi Midori, sua linda, tudo bem?
Quando esse benefício vem sendo solicitado repetidamente, penso que o mais indicado é incluir em acompanhamento familiar... pois aí estamos diante de vulnerabilidades instaladas e não temporárias... beijokas, sua linda!