Engenhão é uma escola, curta-metragem de Zoé Pessoa
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- Опубликовано: 8 фев 2025
- Sinopse:
O projeto de filme etnográfico explora a cena do hip-hop na região metropolitana do Rio de Janeiro, com foco na Batalha do Engenhão, um evento cultural realizado no Galpão do Engenhão, na Zona Norte. A produção documenta o evento de 15/11/2024, centrando-se na performance de Gustavo, conhecido como Biskui, um jovem MC de 16 anos que se destaca pela autenticidade e talento. A autora, fotógrafa e organizadora da batalha desde 2024, utiliza a linguagem audiovisual para criar uma narrativa antropológica que conecta as experiências passadas de Biskui com sua evolução como MC.
O filme de 7 minutos apresenta cenas que destacam não apenas a batalha de rimas, mas também o contexto social e cultural, com a participação de outros personagens, como Lety, uma MC visitante, e Casluu, o apresentador. A narrativa combina registros audiovisuais e observações etnográficas, capturando a essência das rodas culturais e a energia vibrante do hip-hop como expressão artística e social.
Desenvolvi este projeto de filme etnográfico com o intuito de explorar a cena do Hip-hop na região metropolitana do Rio de Janeiro, abordando de forma mais detalhada pelo meu olhar como fotógrafa da Batalha do Engenhão que acontece no Galpão do Engenhão, Engenho de Dentro, Zona Norte. Durante o processo, utilizei a linguagem audiovisual como uma ferramenta de registro do evento e as formas de expressão que acontecem ali, mas também de construção de narrativa para o conhecimento antropológico. O filme foi produzido a partir de vídeos gravados por mim, com uma câmera FujiFilm Xt-50 35mm, no dia 15/11/2024, na edição da BDE Ta uma Uva, onde estabeleci uma relação da batalha em si junto com a performance do Mc de 16 anos Biskui. O estudante do ensino médio, veio de São Paulo com sua mãe e irmã para morar na ZN carioca e frequenta as diversas rodas culturais da região.
Achei interessante focar em Biskui para a realização deste filme depois de rever os materiais do dia 15 no Galpão e ver um diferencial na sua participação na batalha nesse dia. Para contextualizar, conheci Biskui em dezembro de 2023 quando fui junto de dois colegas fazer uma etnografia na Batalha do Engenhão - foi assim que acabei entrando para a organização da roda posteriormente - e ele foi um dos jovens que entrevistamos para falar de identidade e como o hip hop é uma experiência afro-brasileira. Estes vídeos que vemos de Biskui no filme são de um menino bem diferente do entrevistado de 2023, mas que não perdeu sua essência e verdade nas suas palavras. Vou colocar na parte escrita do trabalho o que escrevi da entrevista de 2023, no intuito de criar um paralelo do Biskui que conheci de 15 anos que pensava em ser mc e que não via nada mais importante do que suas rimas e ser sorteado para batalhar, para um Biskui que vem tentando participar de slams com suas poesias e que ganha batalhas no engenhão, mas que também conversa comigo sobre suas aspirações e dúvidas para seu futuro como estudante.
perfis dos participantes
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