História de Itaú de Minas do Alto de um DRONE

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  • Опубликовано: 29 окт 2024
  • Viajando pela História de Itaú de Minas do Alto de um DRONE
    Parte 1 da história
    ITAÚ DE MINAS - HISTÓRIA
    ONDE SURGIU
    Itaú de Minas, município situado no sudoeste de Minas Gerais, a
    360 Km da capital mineira, surgiu com o nome de Córrego do Ferro. Com uma
    área de 150,90 Km2
    , tem sua altitude máxima, de 1.095m, na cabeceira do
    Córrego Tebas e a mínima, de 712 m, na foz do Rio Santana.
    COMO SURGIU
    Segundo o Historiador Antônio Grillo, em meados do século XIX,
    Joaquim Gomes de Souza Lemos, fazendo o que deve ter sido um dos
    primeiros levantamentos da divisas do município de Passos, faz referência ao
    povoado do “Córrego do Ferro”. Era o final do ano de 1870. Contudo,
    inventários anteriores a esta data e catalogados nos arquivos cartoriais
    passenses dão conta de atividades de mineração de ferro na localidade ao
    mesmo tempo em que se referem a caminhos que passam pelo “Morro do
    Ferro, pelo Córrego do Ferro, Rio São João, Rio Santana” e outros.
    Tudo tem origem ainda na primeira metade do século XIX, quando
    se estabilizavam os arraiais dos “Sertões do Jacuí”, e se configuravam com
    nitidez os caminhos que os ligavam.
    Na época, era bem conhecido o chamado “Caminho do
    Desemboque”, roteiro de caravanas, sertanistas ou aventureiros que do Rio
    Sapucaí buscavam aquela importante Vila, ainda no século XVIII - do porto do
    Rio Claro cortavam pelo Vale do Itapiché e vinham sair nas Serras de Ventania;
    daí costeando-a, iam em direção a Jacuí (pelo sul) ou ao Desemboque (pelo
    norte), passando pelo Bonsucesso, Barra do São João, Quartel do Aterrado,
    Serra das Sete Voltas e finalmente, Desemboque.
    Ao lado desse, havia ainda o caminho que deixando Jacuí, seguia
    o curso do Santana ( ou do São João, mais a leste) até encontrar o caminho
    anterior e rumar para o Desemboque. O certo é que nesse caminho, na região
    fechada pelos dois rios, São João e Santana, assumiram importância os vales
    dos pequenos ribeirões, como o da Prata e o Córrego do Ferro. É que
    esgotadas as alternativas de mineração de ouro na região, as atenções se
    voltavam para a busca da prata e, na ausência desta, de outros minérios, como
    o ferro, por exemplo. Os primeiros assentamentos dizem respeito a essas
    experiências e deram origem aos povoados futuros.
    A poucos quilômetros de Itaú, a fazenda Santana é testemunho
    desses tempos: tanto a Capela consagrada a Nossa Senhora da Santana,
    como o Cemitério que ainda existe, tem sua existência vinculada ao Morro do
    Ferro, ou a tentativas de mineração desenvolvidas ainda na primeira metade do
    século passado.
    O Córrego do Ferro é o desdobramento de tais atividades e foi o
    ponto de convergência não só da presença humana de muitos mineradores e
    garimpeiros anônimos, como também das primeiras afazendagens de porte,
    como a dos Amorim, cujo estabelecimento mais notório é o de Pedro Quita,
    como ficou conhecido.
    A mineração de Ferro, ao que tudo indica, não foi bem sucedida e
    terminou esquecida. Em compensação, jazidas calcárias aí descobertas se
    converteram logo na principal atividade econômica e serviu de suporte à
    fixação dos homens. Junto à colônia da fazenda surgiram os estabelecimentos
    rudimentares das caieiras e logo, uma venda. Essa a origem do povoado que
    em todos os documentos, tem o nome de Córrego do Ferro.
    Também ao pesquisar as terras do atual município, foram
    encontrados resquícios de antigas fazendas com, aproximadamente, 150 anos,
    como a Fazenda São João, conhecida popularmente por Fazenda da Leocádia,
    propriedade de Antônio Felício Cintra, descendente português.
    Percebe-se que nessas terras havia grande circulação de
    pessoas, muitos boiadeiros e, certamente, também muito dinheiro. E pela
    inexistência de bancárias, todo esse capital era colocado em cofres nas
    próprias residências.
    Essa é a história disponível até o momento e mesmo faltando
    maiores informações, se pode afirmar é que essa localidade já era habitada
    antes do ano de 1900, pelos latifundiários e mineradores que arroteavam a
    região, expandindo suas riquezas e propagando a vinda de mais pessoas.
    No entanto, a localidade é bem mais antiga do que se pensa,
    dúvida suscitada pela carência de documentos que impossibilita o estudo
    aprofundado dos conhecimentos. A história de Itaú de Minas é, portanto,
    resgatada a partir do início do século XX, por se ter conseguido escrituras das
    fazendas, de outros documentos e, principalmente, pelos relatos dos familiares
    dos habitantes no início do século.

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