Nossa, como é bom ouvir quem fala a realidade de forma tão clara e honesta. Sou professora universitária e fiz curtas-metragens em que atuei, dirigi e produzi, uso minhas produções em aula. Os alunos assistem meus vídeos, não leem meus artigos.
Concordo completamente com esta argumentação, pois meu mestrado foi todo direcionado ao tema que o orientador escolheu, pois do contrario não seria aceito, e o tema era puramente acadêmico, sem nenhuma aplicação prática. Na época procurei outros orientadores, em várias instituições mas, nenhum queria trabalhar meu tema pois estava não era de seu interesse, ou não estava dentro das bolsas já adquiridas junto às instituições de fomento. Enfim, do o que foi pedido, para poder concluir o meu mestrado, o meu orientador ficou feliz pois consegui incentivos que nunca chegaram ao orientando, e eu concluí um trabalho totalmente sem aplicações praticas que me deixou sem orgulho de tê-lo feito, mesmo sendo bem avaliado nos congressos....
Caralho, isso me lembra os castigos aplicados nos Gulags soviéticos onde o detento tinha que simplesmente carregar sacos de areia/pedra/cimento de um lado a outro do campo de concentração por horas para depois o mandante dizer: "AGORA os traga aqui novamente". Um grande trabalho, árduo, cansativo mas sem significado. Usavam isso simplesmente pela tortura mental ( e física em partes)
Essa questão de produção de coisas irrelevantes, só por pontuação acontece de forma absurda. Mas pouco se fala disso. No final das contas o objetivo é ter currículo. Você entra na faculdade achando que vai resolver as mazelas da sociedade, mas acaba infectado pelo bicho da burocracia.
Nem todas as universidades tem conteúdos irrelevantes. Mas quando vamos pro mercado de trabalho aí sim vem as burocracias e amadores em cargos de liderança pra impedir, disputando poder com quem tem conhecimento. Na área de humanas é onde mais acontece porque os amadores pensam que sabem tudo o que vc ralou pra aprender anos na facul. Já exatas e biológicas são profissões regulamentadas e um amador nunca vai dizer que sabe Cálculo Diferencial e Integral por exemplo...kkk Se quiser trabalhar de Químico num laboratório vai ter que se formar primeiro.
@@Mary_Viagens É por isto que hoje, quem é formado na área de humanas, não adianta fazer pós graduação stricto sensu, ou pós graduação lato sensu como o MBA - Master Business Administration. Conheço um cara que fez MBA e de nada serviu para o currículo dele! Ele hoje é um simples supervisor operacional da empresa Vivo S/A. Tenho outro amigo formado em Administração que está querendo fazer outro curso de graduação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o mesmo curso que eu faço na FATEC - SP. Fiquei 10 anos da minha vida, só fazendo uma faculdade e desistindo. Fiz Graduação em Direito 6 meses na UNICSUL universidade privada e não continuei porque estava caro demais pro meu bolso! Eu sou de família humilde, estudei em escola pública a vida inteira e não tive uma formação sólida para conseguir competir nos vestibulares da USP, para conseguir um curso que preste né?! Pois bem... Consegui bolsa do ProUni para cursar Ciência da Computação na Uninove, que cá entre nós, curso lixo, tive que sair, porque a grade curricular era horrorosa! Consegui mais uma vez pelo ProUni Gestão da Tecnologia da Informação pela FAM outra faculdade privada e detestei. Mais uma vez pelo ProUni eu consegui bolsa no curso de Redes de Computadores pela Faculdade de Tecnologia Carlos Drummond de Andrade, e mais uma vez desisti do curso, por causa da grade curricular que era horrorosa! Eles para não perderem turma, pularam etapas, e eu comecei a estudar a grade curricular do 2º Semestre sem saber fazer duas linhas de programação! E a professora já exigiu TCC de bate pronto, com banca examinadora! Ora, como eu vou fazer um TCC se não sei o básico de Tecnologia da Informação? Eu entrei lá para aprender por etapas... Enfim, saí deste curso! E finalmente, graças a Deus, neste ano de 2020 consegui entrar na FATEC - SP no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas! E senti uma grande diferença entre a filosofia de ensino de uma faculdade pública, com a faculdade privada (exceto a as faculdades privadas PUC e Mackenzie) que são tradicionais e têm a mesma filosofia de ensino de uma faculdade pública! A Faculdade Pública, prepara o cidadão para o mercado de trabalho e principalmente para ele ser um pesquisador acadêmico, para que o aluno, saia da faculdade, com a capacidade de ser um indivíduo racional, tanto que a grade curricular da FATEC neste curso que estou, são 3 anos, diferente das demais Universidades privadas, que obtém grade curricular de apenas 2 anos e meio. É importante trazer à baila, que no meu curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, eu tenho aulas de ética e filosofia! Já foi falado sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Nicômaco, inclusive sobre o livro Ética a Nicômaco que eu recomendo ler! Durante anos do Cristianismo, este livro foi considerado pela Igreja Católica Apostólica Romana, como livro demoníaco, olha só quanta obtusidade! Sei que estou no caminho certo! Pois vai valer muito mais a pena eu me formar em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e depois me ingressar na USP ou na UFABC para fazer uma Pós Graduação Stricto Sensu, Mestrado e Doutorado! Porque nos cursos de exatas e de tecnologia da informação, não é qualquer amador que pode estar em uma posição privilegiada! Diferente dos cursos de humanas, que o cara é um amador, mas por ele ser apadrinhado com diretores de empresas, ele acaba assumindo um cargo no qual ele não deveria assumir, e ainda acha que sabe tudo, sem saber absolutamente de nada! Porque ele não trabalhou em nenhuma pesquisa com base científica! Por isto que no exterior, pessoas formadas na área de exatas, ou biológicas, com título de pós graduação stricto sensu, mestrado e doutorado, tem mais serventia do que aquele que é da área de humanas!
Creio que esta seja a realidade mesmo, entrei na pós-graduação com uma visão "romântica" de que iria me tornar um pesquisador e buscar as respostas para as minhas dúvidas mas tive este choque, ouvindo que na academia o que importa é o método e não o conteúdo, de que é melhor publicar 5 trabalhos ruins do que 1 bom. Imagino quantos gênios são perdidos para o sistema.
@@josemariaf.j.dasilveira7060 A questão é que os professores se preocupam com os pontos que ganharão perante a academia, e não com o processo de formação do aluno.
Eu também tinha visão romântica da realidade no que diz respeito a pós-graduação. Eu queria ir pesquisar, investigar a realidade, etc. Na graduação tive experiências e isso me levou a procurar informações de quem estava ou esteve na pós ou como a banda realmente toca e desisti de ser pesquisador. Para alguns vale a pena. Para minha pessoa. Não! Um ponto interessante é que eu vi vários professores e professoras na graduação com perfil psicológico diferente. Mais tarde descobri o porque disso e se chama pós-graduação. Eu continuo estudando conteúdo de pós, mas não tem reconhecimento pelo sistema. Para mim está tudo bem porque o conhecimento que adquiro. É isso que importa para mim.
Sempre achei a academia um centro de vaidades e apartado do mundo, como relatou o Pondé. Acredito que a academia, no Brasil, poderia colaborar mais para a sociedade, criando assuntos de pesquisas que realmente façam-nos avançar como país.
Senti isso na pele, pois concluí o mestrado, mas não fui selecionado para o doutorado porque, simplesmente, o meu projeto, apesar de ser coerente com a linha de pesquisa, não iria "pontuar " o bastante para manter as estatísticas obtidas pelos grupos de pesquisa. Grupos que, aliás, funcionavam só de fachada, assim como afirmou o Pondé, cujo único objetivo, além de pontuar, era o de obter financiamento junto o Cnpq. .
Nossa... eu acho essas coisas muito injustas... Muito lamentável... A pesquisa brasileira, por ser no setor público, não está muito diferente do senado não... Um grupo de pessoas que sabem apenas beneficiar a si mesmas em trabalhos que em sua maioria dão pouco ou nenhum retorno à comunidade.
Nossa! muito bom você traduziu minhas angústias! tem uns 10 anos que deixei minha faculdade e não consegui engrenar um mestrado, pois sempre encontro este problema: sou formado em Letras - Linguística e tenho interesse na interface da Língua com a Mente e também na Semiótica (uma espécie de "irmã" da Linguística). Sempre sofri com a politicagem dos departamentos que insistem em investir massivamente em pesquisas de Análise de Discurso de matriz materialista e áreas mais "sociológicas" do que técnicas. O que acaba numa chatice de blablabla sobre política representada na linguagem, em vez da figuratividade e representações próprias da Linguagem, seja no indivíduo ou no simbólico como "link social" (sentido antropológico). Mas o problema principal é esse fechamento burocrático. Um exemplo: a Semiótica - ciência dos signos em geral (ou do pensamento enquanto linguagem) é muito rica e fértil como teoria aplicável, mas só tem relevância maior na faculdade se tiver um pezinho na política. O que acaba virando uma liturgia que não deixa a ciência se juntar com outras ciências ou "vir para fora dos muros acadêmicos". Se ela com seu potencial de lógica da linguagem fosse mais aplicada na Comunicação no mundo gigante de interconexões de hoje, seria muito fértil, dado que até a Publicidade já descobriu o seu valor. Mas as "torres de marfim" dos departamentos aplicam teorias semióticas para legitimarem suas visões ideologizadas sobre o mundo. Uma pena que um conhecimento tão abrangente fique apequenado desta maneira.
Concordo demais. Temos títulos de pós, mas quase não se aprendeu aquela matéria, pois demasiadamente nos preocupamos com os prazos a serviço do sistema. Ainda bem que agora tenho respaldo teorico seu pra explicar para os outros o que eu sempre pensei. Grande Ponde.
Ponde, você é romântico demais! Mas não se preocupe com isso: essa é a sua melhor parte! Com relação a gostar de dar aulas, nós, os que somos seus alunos, sabemos muito bem disso!
Pondé muito obrigado pela coragem de dizer a verdade. Parabéns!!!
7 лет назад+69
Seria bom que o futuro clero pós-graduando, discuta com o povão nas feiras, como fazia Sócrates, arriscando a própria vida, acerca de suas idéias acadêmicas e intelectuais.
kkk Tá doido. Uma vez enviei um projeto de turismo pra uma prefeitura. misericordia! As formas de dizerem NÃO de forma muito agressiva me fez desistir no mesmo dia que tinha acabado de protocolar. Nunca mais!
Sempre achei essa sofreguidão de pontuar errada. A preocupação atrás de publicações acaba sendo estressante Felizmente alguém fala isso . Esse sistema não deveria servir à uma produtividade métrica. Parabéns de novo.
Parabéns Ponde . Fui feliz na UFMG desde a graduação (74 a79) até a docência (83. a 09).Também tanto na pesquisa como na pós strictu sensu , na UNESP e na UFMG. Não houve problemas quanto a liberdade de escolha da area e do tema de pesquisa.Porém recebia menos por não me importar em ser pesquisadora 1 ou 2 do CNPQ ou por pregiça de ficar a fazer relatorios de bolsas e auxilios de pesquisa; na minha área de estudo integrado da natureza terrestre e do meio ambiente no Brasil,às vezes ,a dificuldade se assemelha a tirar leite de pedra e dai a pequena produçao de artigos em revistas e congressos. Mas minhas dissertaçao e tese são excelentes e úteis para fundamentar a legislação ambiental .Noutras áreas da geografia fisica é mais facil de se publicar e daí de se chegar a livre docência e dai ser famoso na área. Então como podem impor a mesma pontuação para professores pesquisadores tão diferentes? Somente vim a ter problemas mais tarde com três colegas e com a orientaçao no doutoramento, mas essa é impublicável. Tive problemas de saude e com a perda dolorosa de minha querida mãe e de um amor ,mas foi para meu crescimento espiritual. Então financiei os campos e toda a tese. Me .Aposentei com 36 a. De trabalho e 56 de idade e endividada.porem mais alegre do que triste.Ainda espero escrever sobre o que é. a Geografia(filosofia da ciencia,)) sobre minha tese e lecionar em colégios que garantam a qualidade boa de trabalho com os alunos do ensino médio. Amo lecionar ,gosto do ambiente da UFs. apesar de não. haver muita ética e de muita gana por dinheiro ,vaidades e grupos de pesquisa que, ou não lhe querem ou vc não os quer como pares..Jamais trabalharia num escritorio.Gosto dos alunos e tive otimos professores /colegas e chefes.Respeito e incentivos fabulosos. Um orientador de mestrado, engenheiro agronomo , a quem admiro e amo porque tanto me ensinou.Ha muito estou bem de saúde, mas o tempo é pouco para escrever,pintar quadros,ler e assistir seus videos, alem de acompanhar tudo que acontece no Brasil.Falta disciplina para caminhadas,lazer e trabalho.Queria muito fazer um pos- doctor .Mas não falo inglês. Sabia francês mas agora so falo espanhol e nao escrevo senao em português. Amaria conhecer a europa e Romenia,China e EUA.Conheço bem o Brasil e Peru,Bolívia e colombia de 1975.Tenho como viajar mas tenho medo de avião. Desculpa-me, saí do tema.Enfim, ha muita publicaçao com erros ,com repetecos e a " gente somos inuteis " tabem há. Com respeito ,despeço-me c/ um beijim, como costumeiro aqui a quem gostamos como amigos,, em Belo-MG.
Ponde é um intelectual genial e corajoso. No dia que tivermos mais uns 1000 assim, começaremos a melhorar o país. Adoro todos os seus livros e recomendo em especial GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA.
Só tem um "probleminha": tudo que o Pondé descreve se referindo ao fenômeno da Pós se aplica perfeitamente às atividades e rotina da universidade em geral. É o fundo do poço para o conhecimento.
Rapaz, esse tema de apropriação cultural é irrelevante, já que muitos descendentes de negros e até movimentos sociais de cultura negra rechaçam aqueles que pensam dessa forma. A quantidade de pessoas que ainda defendem uma "desapropriação cultural" são irrisórias. É um debate fraco, que só serve para tentar criar uma guerra onde não há inimigos ou aumentar o ódio de alguns incautos.
Eu fiz graduação na UFPE, na sesmarias do Departamento de Ciências Geográficas, lugar marcado pelas mamatas e pela boa e velha burocracia. A minha pós é lato Sensu, mas pretendo futuramente fazer um mestrado e um doutorado. Faz pouco tempo que formei, há quase um ano. Faço psicopedagogia e pretendo exercer a profissão. Não fiz mestrado na minha na UFPE, por causa dos jogos que acontecem com os orientares. Ou seja, um jogo de cartas marcadas. Uma colega conseguiu passar no mestrado em outro centro da universidade. Na área que ela queria.
Meu deus. Algumas vezes fico abismado com a precisão das palavras do Pondé, as palavras dele me soam como um bom disco de jazz na cabeça, como se a opinião dele encaixa-se como uma melodia perfeita. A ciência corporativista de hoje é como uma bela poça de agua num deserto. Cristalina e perfeita por fora, porém rodeada de animais mortos do seu lado. Esta envenenada e corrupta. Muitos me criticam também por ter uma visão romântica da ciência, o que é a Ciência senão o questionamento supremo da natureza e dos pensamentos humanos? Uma das minhas maiores tristezas da vida foi sair do mundo corporativista(trabalhava em uma corporação multinacional) e adentrar o meio acadêmico somente para ver o mesmo quadro pintado. Contatos, panelinhas, pessoas de boa fé sendo jogadas em "escanteio", dinheiro e interesses como ponto principal.
Muito interessante a sua explanação! Acho importante dissecar essa ferida pútrida da pós-graduação, que gera ilusões aos novos estudantes e massacra os não-puxa sacos do sistema de produção em massa de lixo intelectual! Obrigado Pondé!
Eu concordo EM PARTE com o filósofo: de fato, acho muito mais produtivo se nos concentrássemos a escrever apenas um, ou no máximo dois bons artigos, por ano, que condensassem bastante tempo de coletas de dados, leituras e reflexões. Por outro lado, esse argumento da roda do hamster (publicar para poucos leitores, correr eternamente atrás do rabo) é justamente aquele usado por professores que não fazem NADA: não orientam, ou orientam mal, não publicam, e não apresentam nenhuma alternativa à "roda do hamster": como escrever livros, por exemplo. Esses maus profissionais tem uma ofensa padrão, um curinga que sempre lançam em qualquer debate: classificar de "produtivistas" aqueles que publicam. Ora, as métricas da Capes não são assim tão draconianas: no mestrado no qual leciono, a meta prevista no Regimento é a de publicação de um artigo anual em revista B2 por ano, o que não demanda mais do que umas poucas semanas de trabalho. E quanto ao resto do ano? Quem de fato QUER realizar bons projetos, terá centenas de possibilidades: organizar ciclos de palestras, organizar edições de livros, dedicar mais tempo aos orientandos, escrever propostas de financiamento de pesquisas, etc etc. Os que não querem, se dedicam ao de sempre: ofender os que trabalham, e fingir que sem fazer nada estão "lutando" por uma pós-graduação melhor.
Pondé, fale por você ou pela sua área! Sou pesquisador de um programa de pós graduação extremamente produtivo onde o que mais se faz é estudar e escrever trabalhos de altíssimo nível, lidos no mundo todo. Tenho muito orgulho do meu trabalho e desse programa que faço parte.
Rafaele Pereira olha eu li um pouco o "Atlas shrugged" e o livro contém vários pontos importantes sobre economia, política, ética, mercado, amor/paixão, ambição, etc... No entanto, eu senti muito o "peso do tempo" em cima dele, porque o sistema capitalista defendido no livro é aquele sem interferência do Estado (tá,ok) E INDUSTRIALIZAÇÃO PESADA, o que não corresponde à atual época, onde o setor de serviços e comunicação tornaram-se essencias social e economicamente. Além disso, tem umas ideias "à la Nietzsche", o que pode ser repetitivo se vc já teve contato com a obra do filósofo...
Cuidado com os pareceres "eu li um pouco de revolta de atlas", não da para filtrar toda a obra com o pouco, De qualquer forma, eu li o livro completo, nele os casos são levados ao extremo (como o amigo disse, uma economia sem intervenção nenhuma do estado) para forçar um entendimento do leitor, lembrando que é um livro que trata de economia, politica, estado, relações humanas, capitalismo, socialismo, tudo isso usando linguagem popular, dentro de uma historia de ficção e em formato de romance... Quanto a relevância do livro posso garantir que é uma das obras mais geniais para fazer entender o pensamento socialista sem tocar em momento algum no nome "socialismo"... Quanto a relevância nos dias de hoje, continua atual, cabendo ao leitor o filtro da ficção. Acho que o mais importante de toda a obra mostrar o quanto aqueles que se julgam "bonzinhos" e "protetores dos fracos" o fazem para acariciar os próprios egos ou em defesa muitas vezes de interesses próprios; assim tambem como o pensamento socialista só produz um sistema anti-producente e que mina o potencial do mérito e dos mais esforçados. No brasil do capitalismo tupiniquin e dos justiceiros sociais é uma obra quase que obrigatória.
Como a sociedade em geral tira proveito do que é produzido na academia? Como esse conhecimento vem a público no formato de informações para o cotidiano? Como as linhas de pesquisas evoluem suas temáticas? Através de pesquisas levando em conta nossas necessidades ou é por meio do dom e do ego dos orientadores? Pois bem...
É importante garantir a produtividade acadêmica de forma objetiva, contudo os docentes e também os discentes devem se atentar para não fugirem do objetivo central (que é a produção de conhecimento) por conta de um excesso de amor à forma em detrimento da qualidade e produtividade científica e acadêmica.
Tudo isso que o Pondé falou foi aquilo que me fez sair correndo da universidade depois de formado pra não querer mais voltar. Tomei um grande desamor pela vida académica por isso
As vezes penso em fazer mestrado... Mas pelos comentários de quem já tem mestrado/doutorado, fico pensando se vale a pena. Por que precisaria de três coisas que não tenho: Paciência, tempo e finanças. Já passei dos 60 anos, não tenho paciência com orientadores que só pensam em si. Tempo, como disse estou com mais tempo vividos do que para viver e finanças não estão no nível necessário para ter a tranquilidade de ter o básico para sobreviver. Sem falar que tenho algumas opiniões que poderá entrar em conflito com algum orientador. Resumindo... Prefiro estudar no meu tempo, nas minhas condições. Lembrando que grandes pensadores sequer tinha graduação.( mestrado e doutorado é pre requisito para se lecionar em universidades de instituições de ensino superior)
"Lembrando que grandes pensadores sequer tinha graduação" é o que mais doi no clero académico quando você fala isso prà eles. Se acham os génios, mas na verdade a universidade é fábrica de burócratas.
O ideal seria que a universidade fosse um espaço para as pessoas que gostam estudar e buscar conhecimento , fazer pesquisa e etc. Porém, no Brasil de modo especial, o diploma de ensino superior ainda é visto como um símbolo de status. É por isso que há tantas pessoas medíocres na universidade.
Um autor que do meu ponto de vista teologal não curto muito, afinal para Kant, o mundo em si, os objetos, o númeno, o que está fora da mente humana é irracional, caótico. O que realmente existe é desconhecido, pois o homem só tem acesso a um fenômeno, que é compreensível ao intelecto graças às categorias mentais que condicionam (e possibilitam) o pensamento. (padrepauloricardo.org) e isso facilitou a sistematização da "Teologia" (Ideologia) da Libertação na Igreja! Não que "Kant" tenha um viés ideológico e marxista, mas autores como Montesquieu, Maquiavel e Kant foram muito explorados pelos "ideólogos" da libertação dentro da Igreja Católica para "maquiar" a real faceta da TL, um trabalhinho muito inteligente para Leonardo Boff e Frei Betto, creio que tenha sido uma artimanha de Dom Paulo Arns (cardeal progressista na época que eclodiu a TL)...
Por isso me desinteressei de fazer mestrado. Fui fazer mais uma faculdade....detalhe, senti na pele a necessidade de estar conectado a determinado viés político para ser aceito ao clubinho de intitulados “intelectualizados” ignorando competências e mérito. Tchauuuuu
Concordo plenamente; achei muito bem descrito e explicado. rsrs Métodos de avaliação são necessários mas viraram uma fábrica de loucos! e criada pelos pares! + Cf. "Systems tend to oppose their own proper function " (...) "Large systems really do not do what they purport to do" (p.39). "systems attract systems-people"; "systems develop goals of their own the instant they como into being" ; "intrasystem goals come first"---- > John Gall 1977 - Systemantics: How Systems Work and Especially How They Fail.
Isso não acontece só no Brasil, aliás esses "sistemas de avaliação" das agências CAPES, CNPQ, FAPERJ, FAPESP são inspirados em sistemas estrangeiros. É preciso mudar urgentemente. As métricas não nos colocam pra frente, pelo contrário, fazem c q fiquemos presos na roda da pontuação.
Romântica coisa nenhuma é a mais pura verdade sou professor do fundamental em BH se eu não der as Doidas de vez em quando eu ficaria o tempo todo preenchendo relatório. Imagina como é nas universidades?
Pena que o Pondé não lê o que escrevemos aqui sobre seus vídeos (ele nesmo disse isso em um deles!), mas é totalmente pertinente essa fala dele acima. A pós-graduação (qualquer que seja, mesmo a latu sensu) é um monte de "mais do do mesmo", com poucas exceções. Muita burocracia no geral e pouco conhecimento desenvolvido.
Eu me graduei em História na Faculdade Sumaré pelo programa do Prouni. Logo na metade do curso, principalmente quando a pressão sobre o TCC começou a ser comentada pelos alunos e professores, tive a impressão de que o universo acadêmico pudesse ser isso que o Pondé descreve no vídeo, ou mesmo que tantos outros autores como Nildo Ouriques se dispõem a criticar. Meu TCC, ao final, ficou um lixo, um tema que não escolhi, muita falta de preparação e muita coisa pessoal aconteceu pra me atrapalhar. O lado bom disso foi que, por todos os lados, me impediram de produzir um trabalho que ia na direção da crítica desse sistema burocrático. Eu ia bater de frente com o muro se tivesse iniciado esse projeto e a desilusão seria muito maior do que foi de fato. Ouvi um outro rapaz, não lembro quem agora, citar como a magia do mundo universitário consiste na graduação - pois o resto é o que vemos por ai -. Acho que aproveitei bem essa oportunidade, pois hoje não sinto vontade de retorno em busca de consolidar esse e tantos outros projetos já imaginados. Não há mais muito o que se buscar enquanto o sistema for o que for.
Concordo com boa parte do que o Pondé disse. Integro pós (inclusive coordenando) na área de Engenharia e há um verdadeiro frenesi sobre publicação em quantidade. Ao questionar a qualidade, as pessoas só dão de ombros e dizem que é a regra do jogo. Ou seja, ou você se adapta ou fica isolado.
Perfeito. É exatamente o que penso sobre o tema e um dos motivos pelos quais por hora desisti do doutorado e para além disso, estou bem desencantado da docência em geral, porque os burocratas dominaram tudo, tiraram a "testosterona criativa da ciência verdadeira" e colocaram no lugar disso uma papelada chata que tornou o princípio da existência da academia numa existência inócua. E isso tudo é muito mercadologico, já que a pontuação, dentre outras coisas, pretende a visibilidade, preponderância e, portanto, mais verbas. Para quem critica o capitalismo, isso para mim é um baita paradoxo.
Professor, perfeita vossa análise. Discutia isso com os colegas de turma e professores, sobre os intermináveis artigos que; nada acrescentam, não são lidos, não geram desenvolvimento e não acrescentam nada na vida de ninguém. Aqui na Federal do MS sofremos com isso. Conclusão: me tiraram do curso... simples assim, ;) !
concordo... tive que mudar o tema da minha pós graduação ou não iria ser aprovada por professor nenhum nunca ... a minha área, educação, está dominada por uma espécie muito peculiar de professores que "forçam" os alunos a escreverem o que eles acham "relevante" .
Poxa!!! Parece que o Pondé estava irritado. Nunca vi ele assim. Ele é um dos filosófos mais comedido, com classe e até meio engraçado que eu já tive o prazer de conhecer e ouvir. O que será que mordeu o Pondé?!
Pondé vc poderia gravar um vídeo sobre o que vc acha da razão natural conseguir demonstrar que Deus é uma possibilidade ou até mesmo um ser necessário que exista?
Nada como o filósofo mais coerente entre os que estão mais exponenciados nos dias atuais. Comentei outrora com um professor orientador, à época de minha elaboração de trabalho de conclusão de curso(de Direito), o quão seria, se fosse, relevante o meu trabalho no sentido de ser útil. Meu professor não entendeu o que eu quis dizer. Ocorre que é justamente o que Pondé fala, resumidamente, a pós graduação(mestre, doutor) stricto senso, nada mais faz do que angariar valor(pontos) ao curriculum daquele que logra o título, isto é, ele acumula pontos e estes serão os pressupostos de seus faustos honorários laborais posteriores. É válido diante do ponto de vista do "sistema", pois, as teses raramente são úteis(veja, não digo irrelevantes), à sociedade para a qual o profissional detentor do título aplicará a sua descoberta. Termina nisso que Pondé fala, a tese fica ali, circulando(se circular) no grupo(se existir) de estudos da academia.
Uma pós-graduação que se justifica por si só... Sem interesse, sem relevância, sem aplicação, mas vai rodando a maquininha do dinheiro. Tem coisa assim na graduação também, principalmente para quem vive de bolsa de graduação ou de iniciação científica. Tem gente que nem se forma, mas tá lá ganhando a sua bolsa, girando a maquininha...
Cada vez mais estou mais convencido que as universidades se interessam em incentivar e publicar artigos que beneficiam apenas o meio acadêmico já existente, não que não haja pesquisas inovadoras e que fazem diferenças grandiosas, mas estas são as que possuem menor importância perante ao olhar dos editores e revisores.
Palmas, sempre tenho pontos de reflexão com a sabedoria simples de sua fala, Professor. Gostaria de ouví-lo falar sobre o Pensamento Complexo, de Edgar Morin.
A administração pública parou na era da burocracia Weberiana, absorvendo todas as disfunções desta, o que torna processos em estabelecimentos públicos puramente autoreferenciados...ou seja, a administração é um sistema fechado, operando para se retroalimentar, sem contato com a sociedade e suas reais necessidades/preocupações
eng_felipe Esse problema da produtividade simulada, afeta muito cursos que na sua essência deveriam ter um enfoque mais prático, mais qualitativo, como engenharias. A preção por produzir artigos ainda na graduação mesmo que não se tenha interesse nos temas de pesquisa cada vez mais influenciados por quantidade de artigos que se pode retirar daquele tema, acaba retirando do curso características de essência dos cursos e os padronizando, a sensação de fazer uma curso universitário hoje, e que se está participando de uma corrida de obstáculos.
Tem umas pesquisas que não fazem nenhum sentido e não ajudam a tornar o mundo melhor de nenhuma forma. Fico chocado com alguns mestrandos e doutorandos que passam anos focados numa tese que nunca nem vai ser lida.
Tem muita gente na academia que utiliza um estilo pós-moderno de escrever. Quando conseguimos entender o que estão dizendo, os textos muitas vezes revelam circunlóquios inúteis em torno das questões que estão sendo analisadas, ou apresentam discussões triviais disfarçadas de textos profundos por uma linguagem rebuscada. Imagino que seja uma espécie de defesa, também empregada por outras profissões, como advogados. Se não conseguimos entender o que estão dizendo fica mais difícil questionar.
Estou na indústria e acho impressionante a dificuldade de acessar e ter soluções para os problemas reais. Inovação não está na academia, está na indústria. Mas não há interesse em ajudar a produção pois o dinheiro do governo sempre aparece nas Universidades.
A produtividade é sem duvida, mjito importante, porem concordo que deveria existir um equilibrio maior para que os benrficios fossem alcancados com um pouco mais de execelencia
É uma grande babaquice, hoje estou indignada, e desistindo da área acadêmica. Ninguém está nem aí para o aluno, seja na graduação ou pós doc. Enfim, um grande teatro. Indignada por ter dedicado tanto tempo.
Nossa, como é bom ouvir quem fala a realidade de forma tão clara e honesta. Sou professora universitária e fiz curtas-metragens em que atuei, dirigi e produzi, uso minhas produções em aula. Os alunos assistem meus vídeos, não leem meus artigos.
Concordo completamente com esta argumentação, pois meu mestrado foi todo direcionado ao tema que o orientador escolheu, pois do contrario não seria aceito, e o tema era puramente acadêmico, sem nenhuma aplicação prática. Na época procurei outros orientadores, em várias instituições mas, nenhum queria trabalhar meu tema pois estava não era de seu interesse, ou não estava dentro das bolsas já adquiridas junto às instituições de fomento. Enfim, do o que foi pedido, para poder concluir o meu mestrado, o meu orientador ficou feliz pois consegui incentivos que nunca chegaram ao orientando, e eu concluí um trabalho totalmente sem aplicações praticas que me deixou sem orgulho de tê-lo feito, mesmo sendo bem avaliado nos congressos....
Caralho, isso me lembra os castigos aplicados nos Gulags soviéticos onde o detento tinha que simplesmente carregar sacos de areia/pedra/cimento de um lado a outro do campo de concentração por horas para depois o mandante dizer: "AGORA os traga aqui novamente".
Um grande trabalho, árduo, cansativo mas sem significado.
Usavam isso simplesmente pela tortura mental ( e física em partes)
caramba...
Essa questão de produção de coisas irrelevantes, só por pontuação acontece de forma absurda. Mas pouco se fala disso. No final das contas o objetivo é ter currículo. Você entra na faculdade achando que vai resolver as mazelas da sociedade, mas acaba infectado pelo bicho da burocracia.
Exatamente... Lamentável...
Com burocracia ou sem burocracia, você nunca vai resolver as mazelas da humanidade.
Nem todas as universidades tem conteúdos irrelevantes. Mas quando vamos pro mercado de trabalho aí sim vem as burocracias e amadores em cargos de liderança pra impedir, disputando poder com quem tem conhecimento. Na área de humanas é onde mais acontece porque os amadores pensam que sabem tudo o que vc ralou pra aprender anos na facul. Já exatas e biológicas são profissões regulamentadas e um amador nunca vai dizer que sabe Cálculo Diferencial e Integral por exemplo...kkk Se quiser trabalhar de Químico num laboratório vai ter que se formar primeiro.
@@Mary_Viagens É por isto que hoje, quem é formado na área de humanas, não adianta fazer pós graduação stricto sensu, ou pós graduação lato sensu como o MBA - Master Business Administration. Conheço um cara que fez MBA e de nada serviu para o currículo dele! Ele hoje é um simples supervisor operacional da empresa Vivo S/A. Tenho outro amigo formado em Administração que está querendo fazer outro curso de graduação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o mesmo curso que eu faço na FATEC - SP.
Fiquei 10 anos da minha vida, só fazendo uma faculdade e desistindo.
Fiz Graduação em Direito 6 meses na UNICSUL universidade privada e não continuei porque estava caro demais pro meu bolso!
Eu sou de família humilde, estudei em escola pública a vida inteira e não tive uma formação sólida para conseguir competir nos vestibulares da USP, para conseguir um curso que preste né?! Pois bem...
Consegui bolsa do ProUni para cursar Ciência da Computação na Uninove, que cá entre nós, curso lixo, tive que sair, porque a grade curricular era horrorosa!
Consegui mais uma vez pelo ProUni Gestão da Tecnologia da Informação pela FAM outra faculdade privada e detestei.
Mais uma vez pelo ProUni eu consegui bolsa no curso de Redes de Computadores pela Faculdade de Tecnologia Carlos Drummond de Andrade, e mais uma vez desisti do curso, por causa da grade curricular que era horrorosa! Eles para não perderem turma, pularam etapas, e eu comecei a estudar a grade curricular do 2º Semestre sem saber fazer duas linhas de programação! E a professora já exigiu TCC de bate pronto, com banca examinadora! Ora, como eu vou fazer um TCC se não sei o básico de Tecnologia da Informação? Eu entrei lá para aprender por etapas... Enfim, saí deste curso!
E finalmente, graças a Deus, neste ano de 2020 consegui entrar na FATEC - SP no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas! E senti uma grande diferença entre a filosofia de ensino de uma faculdade pública, com a faculdade privada (exceto a as faculdades privadas PUC e Mackenzie) que são tradicionais e têm a mesma filosofia de ensino de uma faculdade pública!
A Faculdade Pública, prepara o cidadão para o mercado de trabalho e principalmente para ele ser um pesquisador acadêmico, para que o aluno, saia da faculdade, com a capacidade de ser um indivíduo racional, tanto que a grade curricular da FATEC neste curso que estou, são 3 anos, diferente das demais Universidades privadas, que obtém grade curricular de apenas 2 anos e meio. É importante trazer à baila, que no meu curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, eu tenho aulas de ética e filosofia! Já foi falado sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Nicômaco, inclusive sobre o livro Ética a Nicômaco que eu recomendo ler! Durante anos do Cristianismo, este livro foi considerado pela Igreja Católica Apostólica Romana, como livro demoníaco, olha só quanta obtusidade!
Sei que estou no caminho certo! Pois vai valer muito mais a pena eu me formar em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e depois me ingressar na USP ou na UFABC para fazer uma Pós Graduação Stricto Sensu, Mestrado e Doutorado!
Porque nos cursos de exatas e de tecnologia da informação, não é qualquer amador que pode estar em uma posição privilegiada!
Diferente dos cursos de humanas, que o cara é um amador, mas por ele ser apadrinhado com diretores de empresas, ele acaba assumindo um cargo no qual ele não deveria assumir, e ainda acha que sabe tudo, sem saber absolutamente de nada! Porque ele não trabalhou em nenhuma pesquisa com base científica! Por isto que no exterior, pessoas formadas na área de exatas, ou biológicas, com título de pós graduação stricto sensu, mestrado e doutorado, tem mais serventia do que aquele que é da área de humanas!
@@AndreaLohanny . Triste realidade, complicado mesmo...
Creio que esta seja a realidade mesmo, entrei na pós-graduação com uma visão "romântica" de que iria me tornar um pesquisador e buscar as respostas para as minhas dúvidas mas tive este choque, ouvindo que na academia o que importa é o método e não o conteúdo, de que é melhor publicar 5 trabalhos ruins do que 1 bom. Imagino quantos gênios são perdidos para o sistema.
Um trabalho bom se você tiver um. Ninguém te impede. I bom vale muito mais que 10 ruins. Mas é muito difícil
@@josemariaf.j.dasilveira7060 A questão é que os professores se preocupam com os pontos que ganharão perante a academia, e não com o processo de formação do aluno.
Eu também tinha visão romântica da realidade no que diz respeito a pós-graduação. Eu queria ir pesquisar, investigar a realidade, etc. Na graduação tive experiências e isso me levou a procurar informações de quem estava ou esteve na pós ou como a banda realmente toca e desisti de ser pesquisador. Para alguns vale a pena. Para minha pessoa. Não! Um ponto interessante é que eu vi vários professores e professoras na graduação com perfil psicológico diferente. Mais tarde descobri o porque disso e se chama pós-graduação. Eu continuo estudando conteúdo de pós, mas não tem reconhecimento pelo sistema. Para mim está tudo bem porque o conhecimento que adquiro. É isso que importa para mim.
Sempre achei a academia um centro de vaidades e apartado do mundo, como relatou o Pondé. Acredito que a academia, no Brasil, poderia colaborar mais para a sociedade, criando assuntos de pesquisas que realmente façam-nos avançar como país.
O universo acadêmico está cada vez mais egocêntrico e broxante.
Concordo!
Senti isso na pele, pois concluí o mestrado, mas não fui selecionado para o doutorado porque, simplesmente, o meu projeto, apesar de ser coerente com a linha de pesquisa, não iria "pontuar " o bastante para manter as estatísticas obtidas pelos grupos de pesquisa. Grupos que, aliás, funcionavam só de fachada, assim como afirmou o Pondé, cujo único objetivo, além de pontuar, era o de obter financiamento junto o Cnpq.
.
Nossa... eu acho essas coisas muito injustas... Muito lamentável... A pesquisa brasileira, por ser no setor público, não está muito diferente do senado não... Um grupo de pessoas que sabem apenas beneficiar a si mesmas em trabalhos que em sua maioria dão pouco ou nenhum retorno à comunidade.
Você conseguiu passar no doutorado, agora, depois de 4 anos?
Eu concordo. Outra coisa que rola muito, é que esses programas (muitas vezes) são feitos na base do puxa saquismo, não por mérito/capacidade do aluno.
Exato. Professor escolhe quem ele quer...
Inclusive muitas universidades foram penalizadas por isso.
@@alinerogeriodarocha9093 Como foram penalizadas? O problema foi a subjetividade na escolha dos alunos por parte dos professores?
no
"A pós-graduação deveria servir antes de tudo ao interesses que as pessoas tem e as inquietações que elas tem com relação ao conhecimento."
Pondé
Nossa! muito bom você traduziu minhas angústias! tem uns 10 anos que deixei minha faculdade e não consegui engrenar um mestrado, pois sempre encontro este problema: sou formado em Letras - Linguística e tenho interesse na interface da Língua com a Mente e também na Semiótica (uma espécie de "irmã" da Linguística). Sempre sofri com a politicagem dos departamentos que insistem em investir massivamente em pesquisas de Análise de Discurso de matriz materialista e áreas mais "sociológicas" do que técnicas. O que acaba numa chatice de blablabla sobre política representada na linguagem, em vez da figuratividade e representações próprias da Linguagem, seja no indivíduo ou no simbólico como "link social" (sentido antropológico). Mas o problema principal é esse fechamento burocrático. Um exemplo: a Semiótica - ciência dos signos em geral (ou do pensamento enquanto linguagem) é muito rica e fértil como teoria aplicável, mas só tem relevância maior na faculdade se tiver um pezinho na política. O que acaba virando uma liturgia que não deixa a ciência se juntar com outras ciências ou "vir para fora dos muros acadêmicos". Se ela com seu potencial de lógica da linguagem fosse mais aplicada na Comunicação no mundo gigante de interconexões de hoje, seria muito fértil, dado que até a Publicidade já descobriu o seu valor. Mas as "torres de marfim" dos departamentos aplicam teorias semióticas para legitimarem suas visões ideologizadas sobre o mundo. Uma pena que um conhecimento tão abrangente fique apequenado desta maneira.
Alguém traduziu meus pensamentos sobre semiótica.
Concordo demais. Temos títulos de pós, mas quase não se aprendeu aquela matéria, pois demasiadamente nos preocupamos com os prazos a serviço do sistema. Ainda bem que agora tenho respaldo teorico seu pra explicar para os outros o que eu sempre pensei. Grande Ponde.
Universidades.. elas te cozinham, mas não deixam você cozinhar.
Nossa, exatamente!
Ponde, você é romântico demais! Mas não se preocupe com isso: essa é a sua melhor parte!
Com relação a gostar de dar aulas, nós, os que somos seus alunos, sabemos muito bem disso!
A academia Brasileira já descolou da realidade faz tempo. Uma grande fábrica de doutores desempregados.
Pós graduandos? Rapaz... até na graduação é assim.
Diego Gutemberg mas na pós graduação é absurdamente maior
A graduação é apenas "ABC"
Pondé muito obrigado pela coragem de dizer a verdade. Parabéns!!!
Seria bom que o futuro clero pós-graduando, discuta com o povão nas feiras, como fazia Sócrates, arriscando a própria vida, acerca de suas idéias acadêmicas e intelectuais.
Se vc quiser testar essa proposta, e de quebra registrar em vídeo e postar no youtube, eu pelo menos prometo que vou assistir.
Aí sim! Curtir essa ideia!
kkk Tá doido. Uma vez enviei um projeto de turismo pra uma prefeitura. misericordia! As formas de dizerem NÃO de forma muito agressiva me fez desistir no mesmo dia que tinha acabado de protocolar. Nunca mais!
Sempre achei essa sofreguidão de pontuar errada. A preocupação atrás de publicações acaba sendo estressante Felizmente alguém fala isso . Esse sistema não deveria servir à uma produtividade métrica. Parabéns de novo.
Pondé fale sobre música, gostaria de ouvir algo sobre
Pão Doce Solitário Tbm queria muito ouvir ele falar sobre música
boa pedida
Boa.
Adorei o nome.
Pão Doce Solitário up
Parabéns Ponde .
Fui feliz na UFMG desde a graduação (74 a79) até a docência (83. a 09).Também tanto na pesquisa como na pós strictu sensu , na UNESP e na UFMG. Não houve problemas quanto a liberdade de escolha da area e do tema de pesquisa.Porém recebia menos por não me importar em ser pesquisadora 1 ou 2 do CNPQ ou por pregiça de ficar a fazer relatorios de bolsas e auxilios de pesquisa; na minha área de estudo integrado da natureza terrestre e do meio ambiente no Brasil,às vezes ,a dificuldade se assemelha a tirar leite de pedra e dai a pequena produçao de artigos em revistas e congressos. Mas minhas dissertaçao e tese são excelentes e úteis para fundamentar a legislação ambiental .Noutras áreas da geografia fisica é mais facil de se publicar e daí de se chegar a livre docência e dai ser famoso na área. Então como podem impor a mesma pontuação para professores pesquisadores tão diferentes? Somente vim a ter problemas mais tarde com três colegas e com a orientaçao no doutoramento, mas essa é impublicável. Tive problemas de saude e com a perda dolorosa de minha querida mãe e de um amor ,mas foi para meu crescimento espiritual. Então financiei os campos e toda a tese. Me .Aposentei com 36 a. De trabalho e 56 de idade e endividada.porem mais alegre do que triste.Ainda espero escrever sobre o que é. a Geografia(filosofia da ciencia,)) sobre minha tese e lecionar em colégios que garantam a qualidade boa de trabalho com os alunos do ensino médio. Amo lecionar ,gosto do ambiente da UFs. apesar de não. haver muita ética e de muita gana por dinheiro ,vaidades e grupos de pesquisa que, ou não lhe querem ou vc não os quer como pares..Jamais trabalharia num escritorio.Gosto dos alunos e tive otimos professores /colegas e chefes.Respeito e incentivos fabulosos. Um orientador de mestrado, engenheiro agronomo , a quem admiro e amo porque tanto me ensinou.Ha muito estou bem de saúde, mas o tempo é pouco para escrever,pintar quadros,ler e assistir seus videos, alem de acompanhar tudo que acontece no Brasil.Falta disciplina para caminhadas,lazer e trabalho.Queria muito fazer um pos- doctor .Mas não falo inglês. Sabia francês mas agora so falo espanhol e nao escrevo senao em português. Amaria conhecer a europa e Romenia,China e EUA.Conheço bem o Brasil e Peru,Bolívia e colombia de 1975.Tenho como viajar mas tenho medo de avião. Desculpa-me, saí do tema.Enfim, ha muita publicaçao com erros ,com repetecos e a " gente somos inuteis " tabem há. Com respeito ,despeço-me c/ um beijim, como costumeiro aqui a quem gostamos como amigos,,
em Belo-MG.
muito bom....
Ponde é um intelectual genial e corajoso. No dia que tivermos mais uns 1000 assim, começaremos a melhorar o país. Adoro todos os seus livros e recomendo em especial GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA.
+Luiz Felipe Pondé , grande verdade na Universidade Brasileira, tanto em Exatas como em Humanas...
Há uma beleza em sua explanação, pois admiro com grande alegria seu trabalho, visto que aprende cada vez que assisto suas aulas.
Que mente brilhante desse Pondé!!!! Muito bom aprender com vc, homem! Retado 😊
Não é somente nas humanas como estudante de Agronomia percebo que teses super conceituadas são irrelevantes na produção rural
Só tem um "probleminha": tudo que o Pondé descreve se referindo ao fenômeno da Pós se aplica perfeitamente às atividades e rotina da universidade em geral. É o fundo do poço para o conhecimento.
Luiz Felipe Pondé,gratidão por postar.
Amo essa frase" louco é aquele que perdeu tudo, menos a razão".
Pondé, fale sobre apropriação cultural. O debate tem crescido e seria interessante seu ponto de vista sobre o assunto.
Rapaz, esse tema de apropriação cultural é irrelevante, já que muitos descendentes de negros e até movimentos sociais de cultura negra rechaçam aqueles que pensam dessa forma. A quantidade de pessoas que ainda defendem uma "desapropriação cultural" são irrisórias. É um debate fraco, que só serve para tentar criar uma guerra onde não há inimigos ou aumentar o ódio de alguns incautos.
Eu fiz graduação na UFPE, na sesmarias do Departamento de Ciências Geográficas, lugar marcado pelas mamatas e pela boa e velha burocracia. A minha pós é lato Sensu, mas pretendo futuramente fazer um mestrado e um doutorado. Faz pouco tempo que formei, há quase um ano. Faço psicopedagogia e pretendo exercer a profissão. Não fiz mestrado na minha na UFPE, por causa dos jogos que acontecem com os orientares. Ou seja, um jogo de cartas marcadas. Uma colega conseguiu passar no mestrado em outro centro da universidade. Na área que ela queria.
AifargeoG Entendo bem do q VC fala! Comungamos a psicopedagogia, sucesso!
Obrigada Pondé. Sempre vi assim e me perguntava se só eu enxergava isso. 😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘
Meu deus. Algumas vezes fico abismado com a precisão das palavras do Pondé, as palavras dele me soam como um bom disco de jazz na cabeça, como se a opinião dele encaixa-se como uma melodia perfeita.
A ciência corporativista de hoje é como uma bela poça de agua num deserto. Cristalina e perfeita por fora, porém rodeada de animais mortos do seu lado. Esta envenenada e corrupta. Muitos me criticam também por ter uma visão romântica da ciência, o que é a Ciência senão o questionamento supremo da natureza e dos pensamentos humanos?
Uma das minhas maiores tristezas da vida foi sair do mundo corporativista(trabalhava em uma corporação multinacional) e adentrar o meio acadêmico somente para ver o mesmo quadro pintado. Contatos, panelinhas, pessoas de boa fé sendo jogadas em "escanteio", dinheiro e interesses como ponto principal.
é só paulada!!! verdadeiro intelectual.
Muito interessante a sua explanação! Acho importante dissecar essa ferida pútrida da pós-graduação, que gera ilusões aos novos estudantes e massacra os não-puxa sacos do sistema de produção em massa de lixo intelectual! Obrigado Pondé!
Eu concordo EM PARTE com o filósofo: de fato, acho muito mais produtivo se nos
concentrássemos a escrever apenas um, ou no máximo dois bons artigos, por ano, que condensassem bastante tempo de coletas de dados, leituras e reflexões.
Por outro lado, esse argumento da roda do hamster (publicar para poucos leitores,
correr eternamente atrás do rabo) é justamente aquele usado por professores que não fazem NADA: não orientam, ou orientam mal, não publicam, e não apresentam nenhuma alternativa à "roda do hamster": como escrever livros, por exemplo. Esses maus profissionais tem uma ofensa padrão, um curinga que sempre lançam em qualquer debate: classificar de "produtivistas" aqueles que publicam.
Ora, as métricas da Capes não são assim tão draconianas: no mestrado no qual leciono, a meta prevista no Regimento é a de publicação de um artigo anual em revista B2 por ano, o que não demanda mais do que umas poucas semanas de trabalho. E quanto ao resto do ano? Quem de fato QUER realizar bons projetos, terá centenas de possibilidades: organizar ciclos de palestras, organizar edições de livros, dedicar mais tempo aos orientandos, escrever propostas de financiamento de pesquisas, etc etc.
Os que não querem, se dedicam ao de sempre: ofender os que trabalham, e fingir que sem fazer nada estão "lutando" por uma pós-graduação melhor.
Perfeito, senti o mesmo na minha área de exatas, quantidade num país de educação venial fala mais que qualidade.
sinceramente, vídeo mt bom. Concordo com todas as palavras ditas na conclusão do vídeo, professor é foda
Pondé, fale por você ou pela sua área! Sou pesquisador de um programa de pós graduação extremamente produtivo onde o que mais se faz é estudar e escrever trabalhos de altíssimo nível, lidos no mundo todo. Tenho muito orgulho do meu trabalho e desse programa que faço parte.
Brilhante Pondé!
Pondé fale um pouco sobre a Ayn Rand
Wendel Adriano Também me interesso pela Ayn Rand...esta em alta hj em dia, mas gostaria de saber se ainda é realmente relevante atualmente
Por favor, Pondé.
Rafaele Pereira olha eu li um pouco o "Atlas shrugged" e o livro contém vários pontos importantes sobre economia, política, ética, mercado, amor/paixão, ambição, etc... No entanto, eu senti muito o "peso do tempo" em cima dele, porque o sistema capitalista defendido no livro é aquele sem interferência do Estado (tá,ok) E INDUSTRIALIZAÇÃO PESADA, o que não corresponde à atual época, onde o setor de serviços e comunicação tornaram-se essencias social e economicamente. Além disso, tem umas ideias "à la Nietzsche", o que pode ser repetitivo se vc já teve contato com a obra do filósofo...
Ele fala dela com frequência na Folha de São Paulo
Cuidado com os pareceres "eu li um pouco de revolta de atlas", não da para filtrar toda a obra com o pouco, De qualquer forma, eu li o livro completo, nele os casos são levados ao extremo (como o amigo disse, uma economia sem intervenção nenhuma do estado) para forçar um entendimento do leitor, lembrando que é um livro que trata de economia, politica, estado, relações humanas, capitalismo, socialismo, tudo isso usando linguagem popular, dentro de uma historia de ficção e em formato de romance... Quanto a relevância do livro posso garantir que é uma das obras mais geniais para fazer entender o pensamento socialista sem tocar em momento algum no nome "socialismo"... Quanto a relevância nos dias de hoje, continua atual, cabendo ao leitor o filtro da ficção. Acho que o mais importante de toda a obra mostrar o quanto aqueles que se julgam "bonzinhos" e "protetores dos fracos" o fazem para acariciar os próprios egos ou em defesa muitas vezes de interesses próprios; assim tambem como o pensamento socialista só produz um sistema anti-producente e que mina o potencial do mérito e dos mais esforçados. No brasil do capitalismo tupiniquin e dos justiceiros sociais é uma obra quase que obrigatória.
Pondé disse tudo, sou aluno de graduação e conhecer esse sistema quando entrei na faculdade foi um grande choque pra mim.
Mito. Ponde pra reitor dos reitores!
Como a sociedade em geral tira proveito do que é produzido na academia? Como esse conhecimento vem a público no formato de informações para o cotidiano?
Como as linhas de pesquisas evoluem suas temáticas? Através de pesquisas levando em conta nossas necessidades ou é por meio do dom e do ego dos orientadores?
Pois bem...
Eu tô lendo A metamorfose, do Kafka... Deu pra entender perfeitamente
O livro do Kafka que aborda melhor a ideia do video é O Processo, só que até a leitura dele é burocratica
muita quantidade, pouca qualidade, nenhuma novidade. Em qualquer serviço é isso
Certa vez ouvi a seguinte frase: "Não deixe que a universidade atrapalhe seus estudo".
É importante garantir a produtividade acadêmica de forma objetiva, contudo os docentes e também os discentes devem se atentar para não fugirem do objetivo central (que é a produção de conhecimento) por conta de um excesso de amor à forma em detrimento da qualidade e produtividade científica e acadêmica.
Tudo isso que o Pondé falou foi aquilo que me fez sair correndo da universidade depois de formado pra não querer mais voltar. Tomei um grande desamor pela vida académica por isso
As vezes penso em fazer mestrado... Mas pelos comentários de quem já tem mestrado/doutorado, fico pensando se vale a pena. Por que precisaria de três coisas que não tenho: Paciência, tempo e finanças. Já passei dos 60 anos, não tenho paciência com orientadores que só pensam em si. Tempo, como disse estou com mais tempo vividos do que para viver e finanças não estão no nível necessário para ter a tranquilidade de ter o básico para sobreviver. Sem falar que tenho algumas opiniões que poderá entrar em conflito com algum orientador. Resumindo... Prefiro estudar no meu tempo, nas minhas condições. Lembrando que grandes pensadores sequer tinha graduação.( mestrado e doutorado é pre requisito para se lecionar em universidades de instituições de ensino superior)
"Lembrando que grandes pensadores sequer tinha graduação" é o que mais doi no clero académico quando você fala isso prà eles. Se acham os génios, mas na verdade a universidade é fábrica de burócratas.
O ideal seria que a universidade fosse um espaço para as pessoas que gostam estudar e buscar conhecimento , fazer pesquisa e etc. Porém, no Brasil de modo especial, o diploma de ensino superior ainda é visto como um símbolo de status. É por isso que há tantas pessoas medíocres na universidade.
tem de mandar o seu vídeo direto para o Cnpq, com pedido de socorro, Pondé.
Kant ficaria com os cabelos arrepiados na "cabeça"... Essa foi boa!
Vanderlan da Silva Delander Ryber kkkk
Vanderlan da Silva Delander Ryber quem é kant?
Um autor que do meu ponto de vista teologal não curto muito, afinal para Kant, o mundo em si, os objetos, o númeno, o que está fora da mente humana é irracional, caótico. O que realmente existe é desconhecido, pois o homem só tem acesso a um fenômeno, que é compreensível ao intelecto graças às categorias mentais que condicionam (e possibilitam) o pensamento. (padrepauloricardo.org) e isso facilitou a sistematização da "Teologia" (Ideologia) da Libertação na Igreja! Não que "Kant" tenha um viés ideológico e marxista, mas autores como Montesquieu, Maquiavel e Kant foram muito explorados pelos "ideólogos" da libertação dentro da Igreja Católica para "maquiar" a real faceta da TL, um trabalhinho muito inteligente para Leonardo Boff e Frei Betto, creio que tenha sido uma artimanha de Dom Paulo Arns (cardeal progressista na época que eclodiu a TL)...
Por isso me desinteressei de fazer mestrado. Fui fazer mais uma faculdade....detalhe, senti na pele a necessidade de estar conectado a determinado viés político para ser aceito ao clubinho de intitulados “intelectualizados” ignorando competências e mérito. Tchauuuuu
A lucidez de Luiz Felipe Ponde é impressionante!
Concordo plenamente; achei muito bem descrito e explicado. rsrs Métodos de avaliação são necessários mas viraram uma fábrica de loucos! e criada pelos pares! + Cf. "Systems tend to oppose their own proper function " (...) "Large systems really do not do what they purport to do" (p.39). "systems attract systems-people"; "systems develop goals of their own the instant they como into being" ; "intrasystem goals come first"---- > John Gall 1977 - Systemantics: How Systems Work and Especially How They Fail.
Muito bom. A verdade liberta independente de opinião ela é única.
"o louco é alguem que só tem racionalidade" Faz um video só sobre isso
Bravo, bravíssimo!
Isso não acontece só no Brasil, aliás esses "sistemas de avaliação" das agências CAPES, CNPQ, FAPERJ, FAPESP são inspirados em sistemas estrangeiros. É preciso mudar urgentemente. As métricas não nos colocam pra frente, pelo contrário, fazem c q fiquemos presos na roda da pontuação.
Excelente! Muito bom Professor, Obrigado!
Romântica coisa nenhuma é a mais pura verdade sou professor do fundamental em BH se eu não der as Doidas de vez em quando eu ficaria o tempo todo preenchendo relatório. Imagina como é nas universidades?
Pena que o Pondé não lê o que escrevemos aqui sobre seus vídeos (ele nesmo disse isso em um deles!), mas é totalmente pertinente essa fala dele acima.
A pós-graduação (qualquer que seja, mesmo a latu sensu) é um monte de "mais do do mesmo", com poucas exceções. Muita burocracia no geral e pouco conhecimento desenvolvido.
Eu me graduei em História na Faculdade Sumaré pelo programa do Prouni. Logo na metade do curso, principalmente quando a pressão sobre o TCC começou a ser comentada pelos alunos e professores, tive a impressão de que o universo acadêmico pudesse ser isso que o Pondé descreve no vídeo, ou mesmo que tantos outros autores como Nildo Ouriques se dispõem a criticar. Meu TCC, ao final, ficou um lixo, um tema que não escolhi, muita falta de preparação e muita coisa pessoal aconteceu pra me atrapalhar. O lado bom disso foi que, por todos os lados, me impediram de produzir um trabalho que ia na direção da crítica desse sistema burocrático. Eu ia bater de frente com o muro se tivesse iniciado esse projeto e a desilusão seria muito maior do que foi de fato.
Ouvi um outro rapaz, não lembro quem agora, citar como a magia do mundo universitário consiste na graduação - pois o resto é o que vemos por ai -. Acho que aproveitei bem essa oportunidade, pois hoje não sinto vontade de retorno em busca de consolidar esse e tantos outros projetos já imaginados. Não há mais muito o que se buscar enquanto o sistema for o que for.
Um grande mestre.
Pondé, faça um vídeo sobre o porte de armas civil e o escândalo fascista que é o estatuto do desarmamento.
Corajoso e realista!
Concordo com boa parte do que o Pondé disse. Integro pós (inclusive coordenando) na área de Engenharia e há um verdadeiro frenesi sobre publicação em quantidade. Ao questionar a qualidade, as pessoas só dão de ombros e dizem que é a regra do jogo. Ou seja, ou você se adapta ou fica isolado.
Fudeu agora entendi realidade...foi profundo e direto
Pondé, amei à sua esquerda.....
eu concordo com seu ponto de vista sobre a pós-graduação. Me faz lembrar do ratinho correndo dentro da roda.
Perfeita sua avaliação.
Perfeito. É exatamente o que penso sobre o tema e um dos motivos pelos quais por hora desisti do doutorado e para além disso, estou bem desencantado da docência em geral, porque os burocratas dominaram tudo, tiraram a "testosterona criativa da ciência verdadeira" e colocaram no lugar disso uma papelada chata que tornou o princípio da existência da academia numa existência inócua. E isso tudo é muito mercadologico, já que a pontuação, dentre outras coisas, pretende a visibilidade, preponderância e, portanto, mais verbas. Para quem critica o capitalismo, isso para mim é um baita paradoxo.
Professor, perfeita vossa análise. Discutia isso com os colegas de turma e professores, sobre os intermináveis artigos que; nada acrescentam, não são lidos, não geram desenvolvimento e não acrescentam nada na vida de ninguém. Aqui na Federal do MS sofremos com isso. Conclusão: me tiraram do curso... simples assim, ;) !
Olimpio Leme fazias qual curso?
Sensacional!!
Caramba! Genial
Belo timing! Parei de preencher o Sucupira para assistir este vídeo e dar uma descansada, rsrsrs. #cãoquelattesnãomorddes #vidadecoordenador
Eu ODEIO o Pondé, principalmente quando ele está certo. E agora? O que vou fazer da minha vida?
Sua maneira de usar Kant e Kafka foi genial.
concordo... tive que mudar o tema da minha pós graduação ou não iria ser aprovada por professor nenhum nunca ... a minha área, educação, está dominada por uma espécie muito peculiar de professores que "forçam" os alunos a escreverem o que eles acham "relevante" .
Excelente vídeo.
"O sistema existe pra resolver os problemas... Do sistema." (Capitão Nascimento)
Poxa!!! Parece que o Pondé estava irritado. Nunca vi ele assim. Ele é um dos filosófos mais comedido, com classe e até meio engraçado que eu já tive o prazer de conhecer e ouvir. O que será que mordeu o Pondé?!
Pondé vc poderia gravar um vídeo sobre o que vc acha da razão natural conseguir demonstrar que Deus é uma possibilidade ou até mesmo um ser necessário que exista?
Meu Deus ele citou Chesterton😱
Pondé mais uma vez me surpreendendo.
Professor Pondé, fale sobre a atualidade do pensamento de S. Tomás de Aquino para a Filosofia e para o Direito.
Nada como o filósofo mais coerente entre os que estão mais exponenciados nos dias atuais. Comentei outrora com um professor orientador, à época de minha elaboração de trabalho de conclusão de curso(de Direito), o quão seria, se fosse, relevante o meu trabalho no sentido de ser útil. Meu professor não entendeu o que eu quis dizer. Ocorre que é justamente o que Pondé fala, resumidamente, a pós graduação(mestre, doutor) stricto senso, nada mais faz do que angariar valor(pontos) ao curriculum daquele que logra o título, isto é, ele acumula pontos e estes serão os pressupostos de seus faustos honorários laborais posteriores. É válido diante do ponto de vista do "sistema", pois, as teses raramente são úteis(veja, não digo irrelevantes), à sociedade para a qual o profissional detentor do título aplicará a sua descoberta. Termina nisso que Pondé fala, a tese fica ali, circulando(se circular) no grupo(se existir) de estudos da academia.
Voadora no LIKE!
Uma pós-graduação que se justifica por si só... Sem interesse, sem relevância, sem aplicação, mas vai rodando a maquininha do dinheiro. Tem coisa assim na graduação também, principalmente para quem vive de bolsa de graduação ou de iniciação científica. Tem gente que nem se forma, mas tá lá ganhando a sua bolsa, girando a maquininha...
Cada vez mais estou mais convencido que as universidades se interessam em incentivar e publicar artigos que beneficiam apenas o meio acadêmico já existente, não que não haja pesquisas inovadoras e que fazem diferenças grandiosas, mas estas são as que possuem menor importância perante ao olhar dos editores e revisores.
Palmas, sempre tenho pontos de reflexão com a sabedoria simples de sua fala, Professor.
Gostaria de ouví-lo falar sobre o Pensamento Complexo, de Edgar Morin.
Eu penso que, se a gente confere maior valor a vida, o conhecimento deveria ter utilidade primeiro pra vida.
A administração pública parou na era da burocracia Weberiana, absorvendo todas as disfunções desta, o que torna processos em estabelecimentos públicos puramente autoreferenciados...ou seja, a administração é um sistema fechado, operando para se retroalimentar, sem contato com a sociedade e suas reais necessidades/preocupações
Burocracía hipertrofiada geralmente é assim mesmo.
eng_felipe Esse problema da produtividade simulada, afeta muito cursos que na sua essência deveriam ter um enfoque mais prático, mais qualitativo, como engenharias. A preção por produzir artigos ainda na graduação mesmo que não se tenha interesse nos temas de pesquisa cada vez mais influenciados por quantidade de artigos que se pode retirar daquele tema, acaba retirando do curso características de essência dos cursos e os padronizando, a sensação de fazer uma curso universitário hoje, e que se está participando de uma corrida de obstáculos.
Tem umas pesquisas que não fazem nenhum sentido e não ajudam a tornar o mundo melhor de nenhuma forma. Fico chocado com alguns mestrandos e doutorandos que passam anos focados numa tese que nunca nem vai ser lida.
Excelente abordagem.
Tem muita gente na academia que utiliza um estilo pós-moderno de escrever. Quando conseguimos entender o que estão dizendo, os textos muitas vezes revelam circunlóquios inúteis em torno das questões que estão sendo analisadas, ou apresentam discussões triviais disfarçadas de textos profundos por uma linguagem rebuscada. Imagino que seja uma espécie de defesa, também empregada por outras profissões, como advogados. Se não conseguimos entender o que estão dizendo fica mais difícil questionar.
Estou na indústria e acho impressionante a dificuldade de acessar e ter soluções para os problemas reais. Inovação não está na academia, está na indústria. Mas não há interesse em ajudar a produção pois o dinheiro do governo sempre aparece nas Universidades.
Graduação é a mesma coisa também, no caso do TCC
A produtividade é sem duvida, mjito importante, porem concordo que deveria existir um equilibrio maior para que os benrficios fossem alcancados com um pouco mais de execelencia
É uma grande babaquice, hoje estou indignada, e desistindo da área acadêmica. Ninguém está nem aí para o aluno, seja na graduação ou pós doc. Enfim, um grande teatro. Indignada por ter dedicado tanto tempo.