Suicídio de mulheres: gênero, sexualidade e processos de subjetivação
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- Опубликовано: 23 авг 2020
- Nesse vídeo é abordado o tema do suicídio de mulheres. Ainda que homens se suicidem mais do que mulheres, as tentativas de suicídio são muito mais frequentes entre mulheres. No caso, o suicídio bem sucedido entre homens tem como uma das principais razões a escolha de métodos mais letais (até nessa hora os homens têm que ser "machos" e não fracassarem). Nas entrevistas com mulheres (hetero, homo e bissexuais), 3 categorias se destacaram, como fator de sofrimento: "masculinidades adoecedoras", "Ideal estéticos" e "relações amorosas". Em masculinidades adoecedoras, apareceu o sofrimento causado seja pela omissão (sobretudo paterna), seja pela ação de homens em suas histórias de vida (violência do pai contra a mãe, história de traição do pai ou de algum parceiro homem, assédio esexual, etc.). "Ideal estético" e "Relações amorosas" apontaram para falas que mostram o funcionamento do dispositivo amoroso nessas mulheres, sendo o término de uma relação um dos principais gatilhos para a tentativa de suicídio. Se o amor é identitário para as mulheres (ver vídeo sobre o dispositivo amoroso), a perda de uma relação é uma perda de si mesma, é uma falha como mulher, é uma hecatombe psíquica. Para mulheres lésbicas e homossexuais, também apareceu a categoria "Heterodissidência como Devassidão", apontando para especificidades da forma como suas sexualidades são tomadas em um cultura marcada pelo falocentrismo e pelo controle sobre os corpos das mulheres. De todas as mulheres, são as bissexuais que mais sofrem em um limbo identitário: sofrem preconceito tanto dos homens heterossexuais, quanto das lésbicas, encarnando em seus imaginários a ideia de "promiscuidade". Por fim, a categoria “Cuidar” foi específica para as mulheres heterossexuais, apontando para o funcionamento a todo vapor do dispositivo materno nessas mulheres!
Artigo: BAERE, Felipe de e ZANELLO, Valeska. Suicidal behavior in women of diverse sexualities: silenced violence. Psicol. clin. [online]. 2020, vol.32, n.2, pp. 335-353. ISSN 0103-5665. dx.doi.org/10.33208/PC1980-543....
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Eu sou negra, enquanto tentava me encaixar em um padrão mais "branco" eu chamava mais a atenção dos homens. Raspei o cabelo e mudei um pouco a forma de me portar e vestir, do jeito que eu gosto.
Mas notei que os homens sentem receio de falar comigo, alguns querem saber se sou homem ou mulher. E eu nunca mais recebi um elógio como costumava receber, agora eu sou "a louca".
É doloroso não estar mais no meio da prateleira do amor, mas sou muito grata pelo seu trabalho.
Você o fez porque queria?
E porque é doloroso? Do que você sente falta?
@@nityamacleia o livro ou veja as lives.
O mas importante é ser vc mesma. E se aparecer um homem, que seja para somar e que goste de vc como vc é.
Para mim seu conteúdo está sendo libertador.
Ouvi hoje seu podcast com Samer. Tô esperando você voltar lá pra continuar falando sobre heterossexualidade masculina, algo assim ficou pendente kkkk.
Parabéns pelo trabalho excepcional realizado nesse vídeo. Aprendi demais sobre o assunto, comprarei seus livros, assistirei suas lives e divulgarei o seu trabalho.
A visão da nossa sociedade sobre as mulheres precisa mudar pra ontem!!!!
Excelente trabalho, continuem disponibilizando esses conhecimentos transformadores para as mulheres e sociedade como um todo
Suas LIVEs sao extremamente terapeuticas. Aprendo demais, sou profissional de saude. Gratidao.
Gostei do convidado p colab pq ele se mostrou realmente sensível as questões levantadas pelos estudos.
Muito bom, parabéns, continue compartilhando vídeos com a gente, faz toda diferença.
Seu trabalho é sensacional! Minha dissertação de mestrado falava sobre a postagem de nudes numa comunidade do facebook. Mas vejo claramente os dispositivos de gênero nos posts, meme e etc.
Gostaria muito de ler seu trabalho.
@@RosaneW1 procure pelo meu nome acredito que aparecerá.
Gostaria que vc falasse mais um pouco sobre o Sagrado Feminino. E como ele "essencializa".
Égua da live maravilhosa!!!!! Parabéns pelo trabalho!!!!!!
Adquirir conhecimento é libertador! Muito obrigada por tornar esse conteúdo acessível. Continue com esse trabalho maravilhoso.
Estou amando seus vídeos!!!
Maravilhosaaaa 💖, gratidão por esse material 🥰😘
Puxa, "portadora de útero"? Mesmo?😓
é que sempre perguntam sobre as mulheres trans e há especificidades diferentes (e também coisas em comum) entre os dois grupos.
@@valeskazanello7636 sim, Professora, eu entendi isso :( É que acho tão arriscado adotar essa expressão...
@@prifreitas6553 eu entendo, mas nesse caso, ela é importante, pois foi essa especificidade que foi eleita para justificar a divisão sexuada do trabalho no capitalismo… e que, infelizmente, persiste até hoje… 😔