Narcisismo das diferenças intransponíveis

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  • Опубликовано: 3 дек 2024

Комментарии • 33

  • @rosangelab2538
    @rosangelab2538 Год назад +2

    Parabéns e obrigada, Prof. Fábio. Suas explicações são de uma clareza notável. Sobre o tema: Em outubro/22 passei por esta difícil experiência quando viajei para participar de um encontro de família depois de anos. As diferenças são enormes, gritantes, não há como ignorá-las.

  • @lilianassuncao5377
    @lilianassuncao5377 2 года назад +3

    Fábio, importante!! Estou sem estômago para lidar com estes bolsonarista, mas entendo que temos que construir um caminho de diálogo com alguns e algumas que votaram no Bolsonaro!!O que levaram a este voto??? Mas com o fascismo, não dá!!

  • @admjffelipe
    @admjffelipe 2 года назад +5

    Fábio, concordo quando vc diz que não há campo comum nesse narcisismo das diferenças , que neste caso não são pequenas e sim radicalmente intransponíveis. Acho que esse será o maior desafio nessa escuta, pois acho que compreender ou dar algum tipo de anuência a esse discurso é contemporizar e dar precedente aos autoritarismos. Sei que o diálogo é fundamental , mas ainda não encontrei uma saída.

  • @luizanunes4499
    @luizanunes4499 2 года назад +2

    Essa é a pergunta do milhão do momento…. Ainda não encontrei a resposta, sigo na angústia…

  • @AndreFelipe-ve7kl
    @AndreFelipe-ve7kl 2 года назад +3

    Excelente reflexão! Fundamental deslocar a psicanálise das indagações puramente estruturais do aparelho psíquico para pensar também o social, afinal, só somos porque também os outros são.

    • @kalado153
      @kalado153 Год назад

      somos um resultado das seqüelas do que persiste e do que sedemos para a convivência em bando.. para vem cê sem afetação do meio, só sendo monja, freira santa beata num convento, ou nem isso, ou nascê no mato e desde sempre desprezar o vilão, e nunca encontrar um bando de falante no caminho

  • @nadiahbraga
    @nadiahbraga 2 года назад +4

    Estou às voltas com esta questão desde a ascensão deste fascismo à brasileira. A fala de apologia à tortura durante o impeachment me atingiu terrivelmente, pela carga de violência simbólica e misoginia. Como mulher foi especialmente dolorido. Depois veio o choque com pessoas aparentemente afetivas, com algum grau de instrução, e acesso à informações, minimizando ou endossando o discurso (não incluo aqui as pessoas brutalizadas pela vida e pelo sistema economico, empurradas à ignorância enquanto projeto, que pouca empatia tiveram pelas suas dores para que pudessem oferecer a mesma deferência a outros). Depois o escalonamento da violência discursiva. A banalização das mortes na pandemia, sádica. Foi como ver teorias de psicologia de massas tomando forma. Como profissional de psicologia, foi especialmente assustador ouvir de colegas o endosso a este projeto antipolis, de hierarquização de vidas e modos de existir. Apesar da repulsa, fiz um esforço para manter o diálogo aberto, por entender que a escuta favorece a elaboração das pulsões mortíferas, e que deixar as pessoas encerradas em grupos que apenas ecoam seus pensamentos não colabora para a reflexão. Mas depois de um tempo, fui entendendo haver uma inutilidade do esforço durante esta ascensão do discurso. Hoje em dia não sei mais. Me parece que algumas pessoas foram cooptadas pelo discurso de outrificação do diferente e "medo do inimigo destruidor de tudo que me sustenta", e vão precisar de distância e tempo para refletir. Um outro grupo (se é que podemos dividir em grupos tão concisos), parece-me que já vinham alimentando dentro de si esta hierarquização da vida, e apenas encontraram o veículo para expressar crenças de superioridade. Estas, talvez com o arrefecimento apenas voltem a reprimir a expressão de seus preconceitos. Acho que é importante entender de onde vem, com qual intensidade se expressam e qual o destino destas posições. Mas me parece que talvez aí possa residir o ponto de diferenciação do narcismo das pequenas diferenças e das diferenças irreconciliáveis, como nomeias. A tua reflexão fez muito sentido. Agora o que fazer com isso, penso que vou precisar de alguma distância para concluir o quanto de irreconciliável. Como ser humano não passei ilesa por tudo isto, e no campo pessoal, tenho optados por declinar dos laços com aqueles que não valorizam o pacto civilizatório. Enfim, fica a minha resposta possível a esta reflexão que trouxestes. Abraços civilizatórios.

  • @adrianaselmo
    @adrianaselmo 2 года назад +4

    Há possibilidade de diálogo com fascismo?
    E quando acontece no consultório, com discurso vindo do paciente, se manter neutro na contratransferencia e "interpretar" a dolorosa escuta?

  • @leandrobrito8546
    @leandrobrito8546 2 года назад +9

    Fabio, um problema é que existem diferentes níveis de potencial de fascismo. Como propôs Adorno, e como você bem colocou no seu vídeo, todos temos desejos e fantasias fascistas. Grande parte dos fascistas brasileiros atuais, por sua vez, não acreditam nem que seu líder seja um fascista. Eles colocam nossas pontuações sobre o discurso violento e de desumanização de grupos por parte do Jair no lugar de "picuinhas", de algo que não é relevante, num mecanismo de negação, porque dependem emocionalmente da figura do líder. Junto disso, existe uma crença muito forte sobre o perigo do inimigo. Não são eles os fascistas, os outros, que estão no outro campo, é que são monstros. Quando uma pessoa defende assumidamente que torturar e matar é legítimo, fica mais fácil romper relação. Aí parece o ponto, talvez, daquilo que seja intransponível. Mas a maioria dos que votaram no bolsonaro não enxergam nele, por mais incrível que pareça para nós, um homem mal. A truculência é significada por eles como legítima defesa contra o "verdadeiro mal".

    • @pauliedela
      @pauliedela 2 года назад +3

      Pensei exatamente nisso! E uma das coisas que mais me surpreendeu e assustou foi ver a quantidade de psicólogos e psicanalistas que apoiaram ou continuam apoiando Bolsonaro.

  • @maga7173
    @maga7173 Год назад

    Pode dar tudo errado, mas quero acreditar que fiz a melhor escolha, ainda que cético e pessimista…
    Pensei no país como possibilidade de futuro e no meu amor-próprio, obrigado Fábio.
    Sempre desejo o melhor para todos, entre compreensão e respeito.

  • @yurisanchez8941
    @yurisanchez8941 2 года назад +1

    Vc explica muito bem além de ser um gato.

  • @gabibonza
    @gabibonza 10 месяцев назад

    4:41 claramente ele fez uma piada, e obviamente ele ama a própria filha. Aí cabe uma questão: quais os limites do humor? E ainda, quem irá determiná-los?

  • @cesarcruzpsicanalista2179
    @cesarcruzpsicanalista2179 2 года назад

    Absolutamente amarga para mim a sensação de engolir esse momento brasilis... A cadela do fascismo está sempre no cio, como falou Bertolt Brecht; e o ódio é sentimento não só fundante como latente nos seres humanos, nós ensinou Freud. É duro viver num momento histórico em que isso volta, não pontualmente, aqui e ali, como é até esperado, mas como uma onda brutal na nossa sociedade. Terrível, professor, terrível...

  • @lucyfranco3509
    @lucyfranco3509 2 года назад +3

    Sim Fábio, infelizmente não vejo nenhuma possibilidade de conciliar ideias que atentam ferozmenre contra o pacto social mais elementar. Acho que Freud estava mesmo pensando nas questões sexuais e na importância de convivermos com as diferenças, mas hoje, um presidente que homenageou um torturador de mulheres e crianças, realmente não vejo conciliação possível, simplesmente porque não estamos falando aqui de diferenças, mas de fascismo mesmo....impossível!

    • @fabiobelo
      @fabiobelo  2 года назад

      Vou na mesma direção que vc, Lyucy!

  • @rodrigosturmer
    @rodrigosturmer 2 года назад +11

    Psicanalista que se mantém neutro diante desse tema tão horripilante não me parece digno do lugar que ocupa. Pronto, falei.

    • @alacaetano9722
      @alacaetano9722 2 года назад +3

      Excelente reflexão, professor! Quanto ao questionamento final, por mais difícil q seja, não acredito que tratarmos isso como algo irreconciliável pode resolver o problema. Na verdade, penso que a ausência de (ao menos tentativa de) diálogo pode inclusive ser um tiro no pé, pois inevitavelmente se volta para nós no futuro. Não acredito que a tortura seja a única forma possível de lidarmos com o torturador. Acho q no fim das contas esse é um fardo de todos nós enquanto sociedade e com o qual o Estado que defendemos precisa aprender a lidar, atuando em suas raizes mais profundas como educação e dignidade. Porque talvez aí sobrariam realmente apenas os perversos, em muito menor número. No cenário em que estamos, como vc comentou da H. Arendt, o que constrói o corpo do facismo, na minha opinião, é o cidadão comum q não tem condições minimas de sobrevivencia e desconhece a lógica básica do desenvolvimento de direitos humanos, como um reflexo social mesmo. Na cabeça, os perversos, são poucos.

    • @gabibonza
      @gabibonza 10 месяцев назад

      Concordo com você, desde que o "sair da neutralidade" não seja assumir necessariamente a mesma posição que a sua.

  • @marciatippi1819
    @marciatippi1819 7 месяцев назад +1

    Sendo o narcisismo o amar no outro o que vejo de mim nele, como posso chamar de narcisismo qdo não vejo nada de mim num facista?

  • @nicolodipedreschi7356
    @nicolodipedreschi7356 2 года назад +1

    👏🏻👏🏻👏🏻 perfeito!!

  • @fabiomaia8383
    @fabiomaia8383 2 года назад +1

    É.. é muito difícil conciliar!

  • @psicanalistacesarlima8011
    @psicanalistacesarlima8011 2 года назад +3

    Penso que quando valoramos a vida, o aparelho psíquico está atuando diretamente. O supereu bem estruturado respeita-se e respeitará a outrem em suas diferenças. Então vejo esse comportamento como um processo estrutural que ganha força na massa. A identificação com o líder e a massa que o acompanha fortalece o narcisismo próprio. Penso ser irreconciliáveis essas instâncias valorativas.

    • @fabiobelo
      @fabiobelo  2 года назад

      Boa análise, César!

  • @andreamm6355
    @andreamm6355 2 года назад +1

    Perfeito! ❤️🌷

  • @Divapsatya
    @Divapsatya 2 года назад +1

    Fabio, sim, as ideologias fascistas ferem o código ético do homem civilizado. Como conviver com um parceiro que toma essa bandeira e a defende abertamente? Para mim é motivo para rompimento. Para outros, não, porque, embora elas ainda não sejam fascistas, não têm bem definidos os valores humanos e filosóficos, aceitam, para elas isso não é uma ideologia é só um jeito de pensar diferente do seu, que precisa ser respeitado. Acho um pesadelo. Minhas amigas, casadas com os tais, acham que é algo passageiro, lidam com isso como se fossem times de futebol diferentes. Fico pensando, a democracia poderá vir a abraçar o fascismo numa sociedade narcisista?

  • @ingridmeneses3793
    @ingridmeneses3793 11 месяцев назад

    Gostei muito … mas deu uma passada de pano pra misoginia de Freud… essa introjeção do Édipo tendo a mãe como devoradora , histérica , neurótica e invejosa foi culpa dele termos hoje esse sistema cada vez mais opressor .

  • @crislandim7488
    @crislandim7488 Год назад

    Quanta mentira foi dita
    Você é um cabo eleitoral ou um psicanista ?
    Da mesma forma como você se afastou do seucolega de profissão por conta da posição política dele, você acaba de fazer o mesmo nesse seu discurso sem argumentos e sem fundamentação.😢