ATENOLOL: pra que serve? Como age? Como se toma atenolol? Quando evitar?

ATENOLOL: um dos medicamentos mais utilizados na área da cardiologia em todo o mundo. Pra que serve o atenolol? Como ele age? Como se toma atenolol? E, principalmente, quando não devo usar - quando meu médico deve evitar me prescrever o atenolol? Pois esse é o tema da pílula de saúde de hoje.
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E só pra registrar que o tema desse vídeo foi sugerido por algumas pessoas nos comentários de outros vídeos aqui do canal. Foi o caso da Tânia que me enviou essa mensagem aqui dizendo que havia achado muito boa a explicação do vídeo sobre sinvastatina e me pediu pra falar sobre atenolol.
Fica a dica: envia também a sua mensagem aqui pelos comentários dizendo o que está achando do Médico Para Toda Vida e manda também sua dúvida ou sugestão de tema para novos vídeos. Eu leio todas as mensagens.
O atenolol é um medicamento da classe dos beta-bloqueadores beta 1 seletivos. Calma que eu já vou te explicar o que é isso!!! Eu te falei no início que ele é um dos medicamentos mais usados na área da cardiologia.
O atenolol é útil no tratamento da pressão alta, a hipertensão arterial, da angina de peito; em pessoas que tiveram infarto do coração; pode fazer parte também do tratamento de pessoas com insuficiência cardíaca compensada e de pessoas com algumas arritmias cardíacas que acabam elevando a frequência dos batimentos cardíacos.
Então você já pode ver que é amplo o espectro de atuação do atenolol. E por ser um bloqueador beta 1 seletivo ele tem uma ação muito focada no coração - existem dois tipos de receptores para a ação da adrenalina e noradrenalina pelo corpo e nos diferentes órgãos - os beta 1 e os beta 2 - os beta 1 estão presentes em maior quantidade no coração - por isso que a ação do atenolol é mais focada no coração.
Prá você saber, e talvez você deva estar se questionando por já ter ouvido falar, existe o propranolol que é um dos beta-bloqueadores mais antigos do mercado. Mas o propranolol é um beta-bloqueador não seletivo - dessa forma ele acaba atuando tanto nos receptores beta 1 mas também nos beta 2.
O problema é que os receptores beta 2 tem maior ação nos pulmões - por isso que o propranolol deve ser evitado em pessoas com história de asma; porque ele pode piorar e até desencadear crises de broncoespasmo e chiado no peito. Você sabia disso? Importante, né!!!
Mas voltando pra questão de como o atenolol age. Esse bloqueio dos receptores beta-1 causa alguns efeitos que estão relacionados com a função do atenolol. Ele reduz a frequência cardíaca - reduz a velocidade dos impulsos elétricos que fazem o coração contrair - isso ajuda a controlar algumas arritmias.
O atenolol age também reduzindo a força de contração do coração e tem uma ação diminuindo a retenção de sal e líquidos pelo corpo - isso acaba tendo um impacto na redução da pressão arterial.
Mas aqui eu quero fazer uma observação - ele tem esse efeito na redução da pressão mas os medicamentos dessa classe não estão entre os chamados medicamentos de primeira linha para tratamento da pressão alta.
Os beta-bloqueadores acabam sendo mais usados nas pessoas com hipertensão em associação a outras classes de medicamentos e principalmente em hipertensos com doença coronariana associada - com angina ou histórico de infarto.
Aqui no canal eu tenho vídeos com praticamente todas as classes de medicamentos para a pressão. Eu vou deixar o link aqui em cima prá você assistir depois caso ainda não tenha visto.
E a gente encontra o atenolol nas farmácias, ou nos postos de saúde nas apresentações de 25, de 50 e de 100mg. Na maioria das situações ele vai ser usado na dose de 50 a 100mg por dia e tomado em uma dose diária ou dividido em duas tomadas a cada 12 horas. Nesse caso, siga sempre a prescrição do seu médico. Essa é só uma orientação geral. Esse vídeo, você já sabe, mas não custa salientar tem um caráter apenas de educação em saúde.
E pra finalizar a nossa conversa de hoje sobre o atenolol, eu queria te passar algumas situações em que o atenolol deve ser evitado.
Em pessoas com batimentos cardíacos diminuídos - a gente chama isso de bradicardia - uma frequencia cardíaca abaixo de 60 batimentos por minuto. Pessoas com histórico de pressão baixa; também deve ser evitado em pessoas com histórico de doença arterial ou isquêmica das pernas, nos membros inferiores; em pessoas com insuficiência cardíaca descompensada, apresentando sintomas em decorrência da insuficiência cardíaca.
E também em pessoas com o chamado bloqueio atrio-ventricular de segundo ou terceiro grau - essa é uma alteração verificada pelo eletrocardiograma da pessoa e que seu médico vai te orientar caso apareça.
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💠Dr Carlo Cunha
CRM-SC 14913
Medicina de Família RQE 9816
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Clínica Médica. Estilo e qualidade de vida. Hipertensão Arterial/Diabetes/Prevenção Cardiovascular.
Consultas em clínica geral e em prevenção da saúde.