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Tal qual Nelson Sargento falava que "O Samba agoniza mas não morre", o Blues pode até agonizar "but never die too"! Ambos são ramos estruturais de um imenso Jatobá musical.
Na virada do século a música clássica passou por uma fase Parecida, o "desgaste" do sistema popularizou o conservatório!!! Onde a musica Erudita poderia ser " conservada" para futuras gerações. Poderíamos estar diante da popularização dos conservatórios de Blues e jazz?? Jogo para a galera. Muito bom Nuno!!
Eu comecei a ouvir blues em 1989 quando cai no sono no meio do programa Comando Metal da 89 FM, e por acidente acabei gravando a musica Crossfire do Stevie Ray Vaughan que abriu o programa seguinte enquanto eu ainda cochilava. Desde esse momento, nunca mais parei de ouvir Blues, e quanto mais ouco mais eu me apaixono por esse genero. Quanto mais no tempo eu volto, mais artistas interessantes eu descubro, comecando pelos precursores Charlie Patton e Bukka White, e explorando a musica dos negros que depois recebeu um novo nome de rock 'n' roll. Eu concordo com vc em genero, numero e grau em relacao ao blues nao ter mudado nos ultimos 50 anos. Entao sugiro que os nao-iniciados comecem por SRV e vao voltando no tempo ate as origens deste genero musical. Nao apenas oucam a musica mas se interessem pela vida dos personagens. Eh algo extraordinario pensar que um individuo sem muita escolaridade, saiu de uma plantacao de algodao no delta do Mississipi e influenciou a musica que ouvimos hoje em dia.
Stevie Ray nos anos 80s foi uma ressureição do blues por que ele era muito paranormal. Mais recentemente e em menor escala, mas também de maneira sensacional, Scott Henderson promoveu uma pequena revolução do blues em três álbuns. E tem uns caras fantásticos que nos brindaram por simplesmente terem aparecido, como o Roben Ford. Warren Haynes é do caralho. Que mais? O blues é eterno. Mestre Mindelis é um orgulho brasileiro.
O novo é relativo ao lugar onde estamos . A minha visão O blues é extremamente rico, eu vejo que a tendência é se ficar nas mesmas coisas, guitarristas ouvindo guitarristas, muitos clichês, e falta de informação e estudo, se aprofundando realmente no gênero e não permanecendo no lugar comum Existem muitos estilos de blues Rural, o blues de New Orleans que não tem muita guitarra mas extremamente interessante com ritmos diferentes e padrões diferentes, Blues jazzistico cantados ou instrumentais, como o caso das Big bands, luz com influência forte africana como o caso daqueles tocadores de tambores com flautas artesanais , q eu nao me recordo o nome agora... também um Blues mais próximo ao Country music e o Blues gospel , e todo o rhythm Blues como Louis Jordan, Ray Charles mesmo Stevie Wonder ou Billy Preston. Outra coisa no começo de tudo o blues o Jazz é uma mesma coisa por isso o Jazz original praticamente a mesma coisa. Mesmo no jazz mais moderno como beebop o blues está sempre presente nem que seja numa Harmonia do tipo Charlie Parker. Temos que abrir os horizontes e expandir fronteiras. O novo tem a ver com o que conhecemos, eu estou a cerca de 35 anos imerso no Blues, mas tenho contato desde que nasci ,Por que meu pai já curtia, e tinha discos do gênero. Até hoje eu conheço coisas diferentes nessa árvore imensa do blues que inclui todos os gêneros, estilos diversos de regiões diversas, estilos pessoais diversos... enfim tendo contato com formas novas maneiras de trabalhar harmônica e melodicamente e até ritmicamente o blues. Se em músculos de instrumentos diferentes não Ouçam só guitarristas, pianistas, clarinetistas, trompetistas, organistas, saxofonistas, baixistas gaitistas, cantores, enfim todos tocam diferentes de guitarristas isso disse que o novo é relativo Aonde estamos. Escreva esse texto com todo respeito ao mestre Nuno mindelis.
Dentro do próprio blues existem várias variações da forma de tocar , principalmente rítmica , Swamp blues nascido em Baton Rouge tem a influência Cajun, Afro Cuban blues ( Dance Hall Slim ) ,Texas Blues West coast blues Sam’s Jam ( música ) que tem influência do surf blues . Mas acho massa demais quem toca o “Blues “ fora da forma tradicional , acho que esse som em toda sua história e origem deveria se chamar SOUL , pq os caras fazem o som da alma!!!
Porque ninguém fala do Celso blues boy? As músicas deles eram blues diferente desses gringos , é o nosso blues mam mais pop, seu legado é eterno, o blues nunca vai se esgotar o que vai acabar em breve é o gosto pela música boa por parte dessas gerações que estão chegando com mente de ameba, no tic toc não tem blues
Falaram bastante, no tempo dele. Ate em filme entrou e tal. Showbizz é cruel, no Brasil 100 vezes mais. Memória é curta. E Blues nao é radiofônico. Se o legado for bom pode bombar no Streaming, caso esteja nas plataformas. Somente a minha humilde opiniao. Toquei com ele umas duas vezes. Abraxxx
Que cara sensacional. Nunca vou me esquecer de uma noite em que tocamos na abertura de ninguém menos do que Nuno Mindelis, no Corleone-SP, há anos. Assistimos a passagem dele e ele deixou os amplificadores à nossa disposição, mas não usamos.... Excelente guitarrista/artista e ser humano. O detalhe é que nossa banda era bastante modesta e limitada musicalmente. Curtimos demais e foi uma baita honra!
Tenho 44 anos e continuo escutando Nuno Mindelis Freddie king , Albert King ,Jhonny Winter, SRV, B.B King , Buddy Guy , Eric Sardinas, Joe Bonamassa entre outras velharias 😅. Música boa não esgota 😉👍🏼
Ultimamente tenho escutado mais blues (depois de muito tempo sem escutar) e tenho me surpreendido com a quantidade de musicas lindas, de compositores antigos, que eu desconhecia e que me chamaram a atenção!! Isso me fez perceber o quão rico é o "universo" do blues...Recentemente escutei um artista , desconhecido para mim, o nome dele é Bobby Blue Bland,...excelente!!...E vale destacar o disco do Buddy Guy "The Blues Dont Lie" , várias canções excelentes tbm! Abraços!!
Turn On Your Love Light (Bobby Bland, enorme vocal e artista) regravada por monte de gente incluindo Grateful Dead ! Tenho uma versão dela que não publiquei. Quem sabe.. próximo single. Abraxxx
Gostei! E de fato sempre existe uma criança na Amazonia, no Chuí, no Nepal, no interior da China e/ou no Marrocos que tenta tocar guitarra ou gaita Blues . Ele arrebata pela mágica.
Eu não enjoei do blues. Ouço a 38 anos (comprei meu primeiro disco de blues ais 15 anos) e sempre q procuro, acho coisas antigas “novas” para mim. Com os streamings, ai sim q eu descubro mais artistas, discos, participações, ao vivo, caras consagrados em gravações q eu não conhecia ou ilustres desconhecidos/obscuros ferissimos. Acho ducaraio essa busca!!! Quer dizer q eu soh ouço blues? Não, mas o blues (para quem gosta mesmo) eh como aquele PF arroz, feijão, bife, ovo e salada: vc roda, vai em restaurantes sofisticadissimos, outras cozinhas, outras culinárias, acha tudo muito bom, mas vc sempre sente falta e volta para ele! Mas…apesar de simples, tem que ser feito por quem sabe, não tem como enganar! Abs Nuno, grande video❤❤
O blues toca a alma das pessoas de uma maneira tão profunda, que essa historia de que esgotou não cola. O blues renascde a cada mudança da levadas, rifs e solos, mesmo que pareçam iguais.
Concordo com o Nuno, o esgotamento é devido a falta de trabalhos mais artísticos que não só reproduzam o que foi ouvido, principalmente, também, porque a cultura dos músicos recorrentemente fica muito voltada para a mesmice. Estamos vivendo numa época que a música e as artes estão em decadência, devido a uma decadência cultural e social dos tempos de hoje. Pontuou bem o mestre Nuno
O que ficou meio cansativo no Blues é que os guitarristas mais novos acham que têm que ser clones do SRV, em si isso não tem nada de errado mas tem todo um universo a se explorar para desenvolver uma voz própria.
Mas não é só isso, infelizmente. Os carbono SRV de fato tomaram conta mas nos EUA tem uma 'liga' de linguagem específica e igualzinha, mudam as caras e as cores mas o resto é tudo igual. Mas tocam pra cacete. Abraxx
Grande Nuno. Sempre bom ouví-lo e pensar sobre o que é dito. Tem muita gente fazendo um blues cansado, mas não canso de algumas coisas. Um solo do Derek Trucks continua me emocionando, o surgimento de um Kingfish Ingram deve ser comemorado (ainda que a mão do produtor esteja pesando muito nos trabalhos recentes), a inquietude do Cedric Burnside merece atenção. Freddie King ainda me leva a outros lugares. T-Bone, Son House e toda essa turma sempre me despertam algo. O genuíno permanece fantástico. Se novidades aparecerem no estilo, serão bem vindas, mas se nada novo aparecer ainda podemos buscar alguma paz em alguém tocando em frente a uma barbearia. Grande abraço
Grato pelas boas palavras. Derek inovou. Cedric tem lugar de fala. ( dei canja com ele em Memphis uma vez sem saber bem quem era (-: ) Eu faço essas coisas, idade, desligamento rs. Freddie King é Freddy King. Kingfish toca pra burro mas nao procuro, se tocar tocou, gosto porque gosto de um musico fazendo a coisa certa na voz e na guitarra. Mas se for Sonhouse, J Lee Hooker , Little Walter, Skip James etc o meu olho brilha diferente. (-: Abraxxx
Tava me lembrando do show do Sesc nos anos 90. Nuno mindelis arregaçou , sai de lá impressionado e extasiado. Pqp. Um dos melhores shows que vi na vida. Muito obrigado.
Puvem o Marty Friedman tocando Blues que vão descobrir que tem muito pra inovar ainda o Blues com as escalas exóticas e outras técnicas incomuns que Marty faz com excelência...
Não há novidade também porque o aprendizado está acessível a qualquer um. Quando isso ocorre, a expressão singular, a impressão digital fica esmaecida, borrada, sem agressividade, sem aquela picardia. Não há mais o que comunicar ou pelo que contestar que não pareça datado ou clonado.
Bom dia, Nuno. Após uma madrugada de reflexões, trago aqui mais uma. Levantei a hipótese de que, não só o Blues esteja "sofrendo" esses sintomas que você já apresentou. Será que o buraco não é mais embaixo? Explico. Será que a guitarra é que já não chegou ao seu máximo? Como assim? Bom, se a gente pega a linha do rock a gente conseguenver mais claramente. Vamos pegar os anos 50, os double stops do Chuck Berry, depois tivemos um Hendrix nonl final dos anos 70 com uma abordagem. Anos 70 tivemos aquela leva de Page, Blackmore etc, muito bend, vibratos, tudo numa abordagem mais rock, pois o Alberto e Fred Rei já faziam com excelência. Mas olhando para trás, incontestável que tinha muito a evoluir em termos de "técnica", anos 80 apareceram os iluminados que trouxeram os sweep pickings, as palhetadas alternadas, os recursos para tocar extremamente rápido, os harmônicos artificiais, os two hands (sim, há a tese de que um cara do tempo ou antes do Django q já fazia no violão). Quando chegamos nos anos 90, talvez o único guitarrista de rock que teve relevância, foi o Slash (não sou fã boy), mas pq Slash? Explico, pois sempre temos que pisar em ovos ao citar o guitarrista da cartola, mas eu diria que o que ele "fez" foi quebrar o padrão "anos 80 virtuoso" com outro padrão que nada mais foi resgatar o playing dos anos 70. Qual minha tese então? Talvez, a guitarra chegou também no seu limite, talvez não haja mais nada para acrescentar, pelo menos desde os final dos anos 80 não consigo citar uma "técnica" que tenha sido desenvolvida. O que tivemos, foram guitarristas que trouxeram assinaturas fortes, a gente pode falar em John Mayer? Em termos de abordagem e assinatura, mas ele não foi um Eddie c seus tapppings ou um jason Becker com seus sweeps. Acho que atualmente, temos o Kiko Loureiro que faz discos muito bons, uma abordagem muito interessante, tem uma assinatura forte (ouvir e saber que é ele), mas ele também não trouxe algo novo, talvez a abordagem, mas ele usa as escalas e técnicas q foram desenvolvidas ao longo dessas décadas todas. Hoje, cabe ao cara escolher um estilo e se aprofundar nas técnicas que o estilo pede, nada de errado querer tocar Rockabilly e aprender two hands. Então, será a guitarra em sí já não chegou no seu "máximo" e logo, não só o blues, mas todos os estilos acabam fadados ao "de sempre"? Então teriamos que nos entediar com a música em geral? Pelas premissas, a conclusão seria sim. A Bossa Nova, Nuno....não é genial? Mas é possível fazer algo além? Trm como fazer uma Bossa "NOVA" com outros padrões, arrancar o 2-5-1, pq já tá batido? Então eu me fiz uma provocação: "vamos começar a tocar blues ao estilo shredder anos 80", opa, isso seria inivador, "o blues agora é tocado com arpejos na velocidade da luz, floyd rose e etc.." Eu acho que felizmente e infelizmente, a gente chegou num nível de evolução, tanto dos instrumentos e dos estilos, que cabe a gente receber o que vem de novo dos artistas com a alma, mas sem esperar "coisas novas", pq talvez a essa altura, nada vai nos impressionar. Cara, eu ouvi algumas coisas rapidamente do disco que indicou o Come On In, achei muito louco! Vou me dedicar a ele esses dias.
Obrigado pelas impressoes. Sempre digo que me parece que a guitarra é um alaúde elétrico, instrumento aparentemente primitivo, de madeira, eletromecânico, do século passado, sem chip, sem led, assim deve ser a visao do meu neto. Como uma máquina de escrever tipo Remington, um toca discos com aquele braço que leva a agulha ao LP em movimento irregular trêmulo, um relógio de corda. Mas, pensando agora, ela resistiu ate hoje, relogios de corda nao nem tantas outras coisas. Depois de Jimi achava-se dificil mais invençao naquele pedaço de madeira mas veio tanta coisa ... Quem sabe. Ficou legal a exp com RL não? Caraca, esse teria sido um belo caminho, porque ao contrario de outros que mais deturpam academicamente do que atualizam, o Blues está todo ali, bastando o figado do Burnside e a sabedoria digital ( e respeitosissima homenagem de nova e talentosa geracao) daquela turma. Abraxx
@nmindelis Hahaha, sim, Nuno! É muito primitivo nosso instrumento, como uma máquina de escrever, porém, como disse: "sobreviveu". Eu sou telecasterzeiro e ela foi o primeiro modelo q o Leo fez e tá aí até hoje e ela é muito rústica e primitiva! RL Burnside é sensacional, agora a musica que eu ouvi, quando entrou a bateria sampleada, meio eletrônico meio hip hop, que sacada! Foram 3 discos que fizeram assim, vc citou outros trabalhos, acho que com jazz? Vc poderia citar
@@David.Von. Tem um que é animal a meu ver (Blues) que é Alabama 3. (galera que faz o tema da Familia Soprano mas pode ir além do tema, eles foram fundo nessa praia open.spotify.com/track/6hkrxH9cVQpBK7nLajNDPa?si=84948f034cff4163 Tem Fantastic Negrito, sabe tudo de blues, grande sacada (mas pessoalmente prefiro RL e Alabama 3) tem uma mulher que ouvi nessa exp (jamais me lembrarei do nome 🤣 mas se milagre acontecer te aviso aqui) o Boo Boo Davis fez coisa boa (não sei se nesse album que postei, mas ouvi coisa muito legal ) e em causa própria (sem romper a ética mas para conhecimento mesmo) tem um album que fiz em 2010 chamado Free Blues em que peguei clássicos do Blues e rock que ouvia criança e usei elementos eletrônicos, bateras rap, efeitos etc. No total acabou soando lounge eu diria mas tem faixas que são mais bandidas , Howling Wolf, Magic Sam, tudo derretido (-: ! Abraxxx
Sensacional Nuno! Adorei a reflexão e aprendi um tantão. Acho que a crise é de inspiração artística. O blues seria como uma "roupa" que vc daria pra uma canção. As grandes canções nunca se esgotam de sua mensagem. Me inspirei e me empolguei aqui hahah. Grande abraço!
Ainda bem que não mudou ....tem pra todos os gostos.....desde o mais puxado pro jazz até os grandes negões que mudaram tudo......aí os branquelos gringos deram seu tempero e ficou bem bom tb.....o legal é que lá sempre tem gente nova e boa surgindo.....em 2016 estava em Chicago e fui em 2 butecos....no primeiro o cara dizia qu era primo do Muddy Waters....negão figura....o baterista parecia um indigente....aí entrou uma senhora de uns 80 anos e começou a cantar....pqp q coisa maravilhosa...... qdo eu olhava eles tocando, parecia que estava vendo um DVD da maior qualidade.....demais.....aí fui no no bar do Bud Guy outra noite sem saber quem ia tocar e tava um tal de Albert Castiglia.....pqp...muito bom......enfim.....quem reclama deve ser chato pacarai.......abs!
O problema pra mim, é que há uma crise com relação não só aos músicos e produtores mas aos ouvintes.. o ouvinte não quer conhecer o novo.. ele não quer nada que saia muito da rota do que ele já escuta.. e isso vai desde blues, rock, jazz, pop, funk (o brasileiro mesmo) , sertanejo etc.. tá todo mundo soando igual.. mas por conta do público que não permite novas ideias.. se eu formar uma banda agora, de Blues, o que me vão pedir? Que toque e grave algo na pegada dos q já passaram.. eu ainda acho que ainda tem muito tema a ser explorado, inclusive , se misturando aos sons latinos de países hispano-hablantes e lusófonos (português-brasileiro ) .. esses países tem elementos que dá para serem explorados.. assim como acho q os países do continente Africano tbm pode contribuir com outras sonoridades .. árabes etc,. Mas resta saber.. o público deixará? Talvez a época de ouro tenha sido anos 40 a 80 que permitiam experimentos, dando certo ou errado .. vide Rolling Stones com exile main street.. Album só fez sucesso duas décadas depois de lançado ..
A depressão, as perdas , o sofrimento, as traições, o suicídio, o coração partido se esgotaram? Não ! Enquanto estas dolorosas e repetitivas situações existirem, o Blues continuará existindo , mais vivo do que nunca!
Que surpresa aparecer um vídeo do Nuno como recomendação! Não sabia do canal, fiquei feliz. Sobre o assunto do vídeo, eu acho que parte do problema com esses estilos que não estão tanto no mainstream (música erudita que eu entendo mais até, mas jazz e blues também) é que o público não ajuda o gênero a se atualizar. Não faz muito tempo que eu assisti uma apresentação do Gui Cicarelli na qual ele quase teve de pedir perdão para a plateia porque foi tocar uma música autoral dele e não os clássicos do blues. Um artista jovem e talentoso como ele não deveria ter de passar por isso. É natural que, mesmo que de forma inconsciente, um músico que se apresente para esse tipo de público acabe fazendo com que seu trabalho autoral se desvie o mínimo possível das tradições do blues, dos timbres, das escalas já consagradas. E eu acho que não vai demorar muito para isso acontecer com o rock também...
O Blues é uma força da natureza e do universo! É o que é e pronto! É uma padrão que vai funcionar por séculos! Mesmo que soe repetitivo, é uma linguagem admirável. Admiro a sua sinceridade ranzinza sob esse tema tão "delicado e polêmico" No entando, o Blues permite muitas variações mesmo que soe tão parecido as composições nesse estilo. O Slow Blues aqui no youtube tem material pra apreciar e curtir por horas e horas, é algo que não se esgota nunca! Enfim, tudo na vida é um eterno equilíbrilio entre o amor e ódio. É aí que está toda a emoção
Eu concordo que também tinha essa sensação de esgotamento diante dos "novos talentos do blues" vindos dos EUA e Europa. Minha percepção mudou completamente quando, há relativamente pouco tempo, conheci a cena contemporânea do "desert blues"/"tuareg blues": bandas como Mdou Moctar e Tinariwen, do norte da África, com um pé no Ali Farka Touré e outro no Jimi Hendrix. É um respiro de ar fresco na cena do blues, ao mesmo tempo em que reencontra suas raízes mais profundas. Você já escutou essa turma?
Quem está morrendo são meus heróis da guitarra, uma vez vi uma entrevista de um rapazinho chamado Jimmy Page que não é propriamente um bluseiro, mas ele definiu muito bem a cena: o que me encanta é tantos músicos fazerem a mesma coisa de forma diferente. Eu quero ouvir esses licks, eu quero um drive bem leve sujinho na medida certa, quero um cara bom de slide, quero todas essas nuances do blues. E se isso não se reinventar vá escutar outra música, simples. Falo isso para quem fez o questionamento, agora se tem mercado se dá pra viver disso e todas as questões que eu não domino aí já não sei. Eu amo blues.
Mais um bom vídeo. Vc é o segundo Bluesman e filosofo do Blues que assisto frequentemente. Tem um outro no RUclips. IMHO difícil o Blues se esgotar... pois o blues é uma metamorfose ambulante ou não? Dust my broom gravada por Robert Johnson toma uma personalidade totalmente diferente com Elmore James. Elmore reinventou o blues e ainda concebeu o Hard Rock, tocando alto e eletrificado e no modo de cantar... mas isto foi a 60-70 anos atrás. Se cada um tocar com seu jeito... não se esgota. Mas se ficar fazendo cover de fulano de tal.. aí complica. O problema é quando o sujeito tenta inventar demais e começa a sair fora do gênero musical. Tem tanta coisa de blues no passado... T Bone Walker com fase swing, blues jazz e depois até tocando de forma meio truculenta alguma coisa... o universo é grande para ser explorado. Lightning Hopkins e muitos outros... O Bonamassa na minha opinião atualmente é o maior embaixador divulgador do Blues (no show business), mas o estilo dele é British Blues. Eu gosto! O Jeff Beck é um pé no saco pois passou a tocar para guitarristas e não para pessoas comuns... mas uma jam que ele fez com o SRV tocando Going Down foi devastadora... fenomenal.
Grato pelos inputs e pelas boas palavras. Só uma ressalva : Jeff is God deveria ser a nova frase. Daqui a menos de 30 anos no máximo, tudo o que fez fará mais sentido paraas pessoas comuns. Mais do que todos os atuais juntos! (-: Abraxxx
Nuno, acho que é a primeira vez que te escrevo aqui. Sou teu fã desde que ouvi você tocando no Programa Livre nos anos 90. Vi show teu em Recife com a Uptown Band do meu colega Giovanni Papaleo na tua turnê do Twelve Hours. Sempre excelente. Enfim, deixando a puxação um pouco de lado.... Acho que muito do que você falou está muito conectado ao que é muito comum e podemos chamar, agora, de Mercado da Produtificação Cultural. Eu vejo que, o que se passa em Chicago é a mesma coisa que se passa na Bahia com o Axé ou em São Paulo com o Forró Universitário, isto é, que todas as bandas são subprodutos de um movimento. O "problema" é que o Blues é um movimento que perdura há mais de 100 anos. Ainda tem a questão da apropriação quase sindicalizada do Blues. Então, todo mundo que sai da mesmice com o Blues, para o sindicato, deixa de ser Blues. Na minha opinião, artistas mais "recentes" como Robert Cray, Keb´Mo ou até mesmo o Robben Ford mudaram a abordagem do Blues tal qual foi BB, Jimi ou tantos outros que você mencionou. Dentro do Blues ou outras expressões de arte, quanto menos referência se tem, mais inventivo você pode ser. Muitos grandes inventores do Rock e do Blues, na minha visão, não tinham tantas referências no estilo quanto se tem hoje em dia. Hoje é uma 'musicarragia' terrível Você pega um show de Blues em que o guitarrista copia perfeitamente qualquer guitarrista famoso. Não há personalidade, mesmo. O Josh Smith fala que ele imitava o SRV e foi escalado para um festival de Blues onde, os 20 jovens guitarristas antes dele também imitavam o Stevie. Ele prometeu que nunca mais iria tocar como o SRV. Os outros pensaram: - Que bom! Um a menos.
Rs, Josh fez bem. Obrigado pelas importantes considerações. Só não sei se é (só) o sindicato ou se (no caso por ex. do Robben Ford e alguns outros) fica algo com significado bastante fragilizado mesmo em relação ao Blues. A obra Robben Ford fica menos relevante enquanto obra, apesar da enorme (inquestionável é deliciosa) guitarra que ele faz. Forçando o exemplo, meio como Steely Dan e Beatles ou Stones, (ou como Robben Ford e Matt Murphy...) os primeiros são muito mais músicos que os segundos mas olha o significado de uns e dos outros.. ! Robert Cray considero Soul, (dos 70s, não esse que chamam de soul agora) na linha Stax / Otis Redding e Motowns e tais. Basicamente acho que se você é negro de Chicago e é do ramo a chance de vir coisa com significado é alta, Magic Slim, Lucky Peterson etc. Se mistura (o que aconselho muito) pode vir a ter significado ou não, e é aí que acho que reside a cereja. E está difícil colher cerejas no meio de centenas de artistas Blues que ouço, que até dominam a linguagem mas... Um cara que coloco como uma das maiores cerejas que estão por aí é o Chris Cain. Ele não foi fabricado em série, como esse monte de repetecos (que tocam pra cacete mas não significam quase nada artisticamente) . Enfim , esta é só a minha opinião e admito que posso estar errado. Abraço !
@@nmindelis Nuno! muito obrigado pela rica resposta. Se me permite, gostaria de acrescentar (ou não) mais um pouquinho. Muito interessante a sua visão sobre o Robert Cray. Houve uma época (acho que até hoje) que eu era fissurado no jeito de tocar que ele tinha. Então, ouvi praticamente tudo dele e sempre o vi como um cara essencialmente Blues que deu uma mexida na coisa de uma maneira mais, digamos, pop. Como o Blues é a matriz para tudo do universo musical norte americano (e nordeste brasileiro), é muito fácil ser classificado como um artista de outro gênero quando este "quebra" um pouco essa matriz. Baseado nisso, seria suposto que o disco Indianola Mississipi Seeds, meu favorito do BB, não fosse classificado como Blues. Mas, sim, como Soul. Acredito também que, no geral, o artista de Blues sempre tenta dar uma fugida na coisa toda para não ficar maçante. Tantos fizeram abordagens fora da caixa. Buddy Guy, Muddy Waters e como você citou brilhantemente o disco do RL Burnside. O Chis Cain é um absurdo. Ele é visceral. Não dá pra tocar com ele com a energia baixa. O cara tem que estar sempre no 220V. Me lembro de uma frase na primeira página da auto-biografia do Clapton: - O mercado da música de hoje é igual ao mercado que sempre foi. 95% lixo e 5% bom. Acho que isso vale para tudo. Pode subir a régua o que for, quem é fora da curva sempre vai ser fora curva. Porém, tem uma frase minha que reflete essa padronização toda, inclusive desses 5% que é: - A estatística acabou com o entretenimento. Agora, um elogio para você. Quando te ouvi tocando com aquela strato com os Rio Grande, cara, chapei. Timbre forte. Parecia que ia sair pra fora da TV (rs). Eu gostava de tocar sem palheta e achava que o Mark Knopfler era o suprassumo até te ver tocando daquele jeito. Não foi à toa que tu foi apelidado de 'A Besta' Eu tinha os CDs Blues On The Outside e Twelve Hours. Posso dar um chute aqui, mas acho que tua relação de ódio com o Blues pintou no teu album Free Blues. Me lembro de uma entrevista tua em que tu falava que (devo estar errado) que o fato de tu ser Angolano/Brasileiro e não ter sido sambista, te colocava numa confusão sobre autenticidade. Vi teu video sobre as gravações com a Double Trouble e o fato de que os produtores e gravadoras não ligam para os non-american people. Continuando o elogio (acho que me perdi um pouco) Nuno, tu és um monstro. Não acho que o estilo musical define autenticidade. Autenticidade é feito de sangue, suor e lágrimas. Isso tu sempre entregou. O mercado de hoje te permite fazer o que quiser, tudo virou nicho mesmo. Faz o que te arrepia (no melhor dos sentidos) Se tocou e subiu os cabelinhos do braço, então é o caminho. Bota essas guitarras pra gemer. Um abraço ranzinza
Muito agradecido pela consideraçao, boas palavras e valiosos inputs. Sinceramente. Sobre o que dá arrepio, falei com o Chris Layton para repetirmos algo em 2025, talvez Tommy nao possa ( velhinho, nao toca faz tempo) mas o prox passo seria conseguir financiamento para a producao ( com o dolar a 6.10) A ver ! Abraço! 🙏🏼🙏🏼
Sim, faz cinquenta anos que o blues é um gênero morto - quando eu falo em morte, estou me referindo basicamente no aspecto da inovação -, então tudo que veio depois do Muddy Waters, BB King, Albert King, etc, são adaptações produzidas por outros artistas (vide SRV). No entanto, eu tenho uma opinião que tende achar que a música popular morreu. Então tudo que é feito hoje (coisas boas ou ruins) são misturas de coisas do passado, mesmo em gêneros que são vanguardistas como o Rock e o Jazz, dá para se notar essa tendência
O blues não é uma coisa e sim uma enorme gama de estilos em diversos momentos históricos. Foi e ainda é utilizado no jazz, no rock, em quase toda a música americana, aparece no Brasil e no mundo todo. A cada novo improviso ele renasce na mão dos músicos. Daqui pra frente ele pode ser reinventado e certamente será revisitado trazendo ao publico estilos de um passado cada vez mais distante. Basta ver na música clássica, sempre voltando nas mão de jovens intérpretes. Veja a Música Antiga, sons de um passado já bem esquecido que retornou com força total através de pesquisadores competentes e músicos aficionados.
Tem um pessoal muito legal no blues...além de vc, nosso mestre soberano, tem o fernando noronha que flerta bastante com o rock n roll...o igor prado com seu molho soul funk, o arthur menezes com aquela coisa psicodélica e nordestina baiao enraizado....na gringa tem o british matt schofield que conhece a linguagem dos kings mas criou a sua própria misturando a robben fordiana....tem o josh smith...esse mistura tudo né....tem o jack ruch que tem um fraseado impecável e único....com soul e gospel progressions...tem muita gente fazendo a coisa blues diferente mas com profundo conhecimento da raiz...
Conheço todos incluindo o Matt pessoalmente, falei com Josh umas duas vezes etc. talvez o menos 'default' seja o Matt e acredito que por ser ingles. ( carga maior de informacao musical diversa) . EUA é muito fechado em si e isso reflete na bitolagem. Josh monstro mas Matt mais aberto. Enfim, eu sou ranzinza como sabe. Abraxx
Nuno eu ja assisti esse video uma 8 vezes, pq há muito conteúdo aqui. Poxa eu sei q nao foi ironico, mas blues no Menudo, so se for nos insites das letras.kkkk Nuno quando eu era adolescente nos anos 80, e tive os primeiros contatos com o Blues, foi via os artistas brancos: americanos, britanicos e brasileiros. Ou seja: segundo a sua análise foi pelos interpretes do Blues. Eu chamo de antropofagia do Blues.kkkk o próx: passo foi ver os discípulos trabalhando com os mestres: q sao varios desses que vc citou, mais teve dois branco que eu gostei demais: Eric Clapton e Gary Moore, esse segundo eu diria que ele inovou a estética do Blues: timbres, arranjos e afins. Nuno, aquilo que o David Gilmour fez em Shine Crazy Diamon, oode ser o q vc esta falando, uma inovação na estética do Blues? Pq no meu iuvido a guitarra é muito Blues, mas a harmonia nao soa blues, mas ficou uma hrande obra. Abç❤❤❤❤
Nuno , concordo com você , o Blues não esgotou , quem esgota o Blues é a galera que fica na mesma e não quer a inovação ou nao está aberto a ela !!! E aquela álbum seu “ Outros Nunos “ eu acho sensacional e um refresco pro estilo !! A galera do Stoner Rock tb acho que se encaixa nessa vibe !!!
Mestre Nuno, faz uma serie no seu canal, tipo " Nuno canta" Vc tocando e cantando uma musica aleatoria, fora da caixa Tinha um amigo, falecido já, que fez uma versão blues do psicato five, banda pop japonesa da decada de 90 Ficou genial Só uma sugestão
Só tem Uma coiSa qUe não Se eSgota NuNCA..........O ShUffle..............o SorriSo abre na hora......o pé começa a mexer........a cabeça pra tráS e pra fente.......iSSo nUnca morre.......
Não sei se acabou, talvez porque eu não tenha ouvido tudo e de vez em quando me surpreendo com algumas canções e músicas do ramo, mais do que com o rock 💙
Tem o lance de eu ja ter 100 anos disso nas costas tambem. Jovens redescobrem e se apaixonam quando véios ja nao podem ouvir falar. Esqueci desse ponto no video kkk abraxxx
Mas tem vários guitarristas com pegada blues e não muito convencionais. Eu particularmente gosto muito do Roben Ford. Ah. Adorei o seu disco de blues cantando em africano.
A melhor maneira de manter o Blues é mesclar o estilo em outros estilos brasilis como o Baião, Música Nordestina, ou coisa que o valha. O contexto é o que dá tempero ao Blues, a época áurea do boom criativo já se vai longe. É preciso ser realista, o estilo é relativo a um período da Humanidade. Saraus com Vivaldi ao fundo serão cada vez mais raros. O Blues agora faz parte de um índice analítico remissivo em uma biblioteca mundial de referências.
Grande Mestre! O grande barato das suas postagens é que você coloca a galera ora pensar! Eh eh eh. Na minha modesta opinião, como você disse, as partículas do blues estão presentes em vários estilos, como no caso do nosso grande Jorge Ben! Para mim, sempre foi muito blues cim samba?
Olá! Ninguém discute a importância do blues em tempos outros. Entretanto, nos dias de hoje creio que o blues se enfraqueceu um pouco. Explico. Eu sempre vi o blues como uma manifestação de um estilo de vida, ou seja, sempre vi o blues como uma consequência e o resultado de um estilo de vida, estilo esse que hoje não se manifesta mais com tanta frequência, ou seja, a melancolia associada a uma vida noturna um pouco "errante", deu lugar em grande parte a uma vida mais saudável, um culto ao esporte (academias e tal), não se pode mais sair pra beber, porque não há mais como dirigir sob o efeito de álcool, o tempo urge, ou seja, não há mais tempo para curtir uma música muito longa, com solos muito longos e repetitivos que contam uma história musical muito comprida, ou seja, a música atual muda a cada quinze segundos, e a vida é um grande "windows" hoje, onde várias janelas se abrem pelos meios de comunicação, ou seja, a música atual reflete um pouco isso, é uma música "multi facetada". Então não podemos confundir o que o blues foi e sua importância épocas atrás, com a sua colocação nos dias de hoje. Enfim. Creio que o blues essencial e puro hoje viu uma diminuição muito grande na sua apreciação. Não se nega a influência do blues em todos os outros estilos, mas o blues original mesmo, infelizmente, viu muito diminuído o seu consumo e sua apreciação, porque a vida e os costumes mudaram e a música atual reflete isso. E digo mais, existem sim algumas fórmulas no blues que se repetem, você mesmo está sugerindo aulas de conceitos básicos de blues e de fórmulas largamente utilizadas no meio. Portanto se tem bico de galinha, se tem pena de galinha e bota ovo de galinha, deve ser galinha... Um ornitorrinco aparece, mas é raro ..não conheço ninguém que viu um. Sei que existem, mas....
@@nmindelis Eu toquei muito blues com um trio que mantive por anos aqui no interior de São Paulo, humildemente digo isso na frente do mestre, com todo respeito. Fiz dentro das minhas limitações, claro. Mas quando percebi que esse nicho se reduziu de uma forma muito drástica, no meu caso, claro, talvez até pela minha inabilidade para renovar-me dentro do estilo (que também não vejo presente em muita gente), entendi por bem me dedicar a outros estilos dos quais também gosto. Sempre lembrando que digo isso humildemente, dentro das minhas condições e limitações. É um cenário que eu vi "no meu serviço", veja bem, o que não implica dizer que é um cenário que cabe a todos. Cada um sabe de si. Trata-se aqui de um depoimento pessoal. Obrigado, forte abraço.
Nuno, pode até ser que os Blues não tenham evoluído, mas se você ouvir um T-Bone Walker, por exemplo, verá que a sua maneira de tocar Blues ė bem diferente de um Muddy Waters ou de alguns outros músicos de Chicago. T-Bone tocava um Blues carregado de Jazz . Maravilhoso! Uma outra forma de variarmos nossas audições dos Blues, é procurarmos ouvi-los através de músicos pianistas, por exemplo, não apenas as performances de guitarra tocando Blues. Um abração!
Valeu. Tô ligado. Vale pra tudo por ser a formula geral mas piano cai melhor mesmo. Tem uma 'linha de montagem' de guitarristas ( muito bons, repetirei) que não consigo ouvir mais. A obra difere da performance no instrumento. Por isso nao acho ninguem ( juro) como Little Walter. Ele nao era so um gaitista. Era um Jimi da gaita. Abraxxx
Em música as coisas acontecem gradativamente, como o nascer ou o pôr do sol. Não é como o interruptor da lâmpada da sua sala. É construído nas costas de gerações... O rock, por ser mais popular(e também menos tradicionalista) mudou um pouco mais rápido, com novas vertentes(nem sempre interessantes) aparecendo. Mas formas e estruturas demoram mais, quando se analisa.... E se o rock tem essa capacidade, a conclusão é que o blues e a música em geral vão sempre mudar, cada um em seu próprio tempo.
Também, certamente colabora, é como o samba raiz, aquela sequencia igual em todos, mas se tirar deixa de haver Blues tradicional, Samba tradicional, meio estranho. O que acho é que o artista deve imprimir um toque muito pessoal e sair do tradicional um pouco. Bob Dylan tem varios Blues. Nenhum enche o saco (-: . James Taylor idem. Abraxxx
imagina tocar blues na gaita de boca(harmonica)? ai que se esgota mesmo. pior que tao dificil de tocar na harmonica que desafinei minha gaita que ganhei de presente e ate hoje tenho ela guardada como reliquia kkk
Episódio filosofico , colocou bem as questões. Tres coisas: 1) de fato Beyonce é blues, o pop de matriz norte americana é todo blues; 2) o músico é um trabalhador e todo mundo precisa trabalhar.Podemos inverter a questão: o blues se esgotou ou os ouvintes esgitaram o blues?; 3) não é só o blues que aparentemente se esgotou, toda a cultura popular urbana do século XX, cujo ápice se deu entre os 50 e os 70, se esgotou. Vivemos a era dos revivals, na musica, no cinema, na moda. Ha quem diga que isso faz parte de um.processo de dominação neoliberal - cancelamento do futuro, Mark Fisher, revista Cult deste mê!. Isso tem a ver com o ponto anterior, sobre o musico se um trabalhador. Tudo virou entretenimento e consumo, o publico perdeu a curiosidade, o nivel de exigencia baixou, todo mundo só que gozar e se distrair pq estão todos exaustos e ansiosos. Isso não favorece a inovação, o espírito contemporaneo está p baixo. Enfim: ta tudo tão blues.....
Ae, Nuno!!! As vezes dá no saco... aí eu pego a guitarra, faço tudo diferente do que tu disse - fico estudando outros estilos - e daí junto uma turma e volto pro véio Blues. E o negócio é esse! Como faz diferente? Ora, como? faz, reinventa, torce aqui e ali, ou vai ouvir um Robert Cray pra ver o que ele faz com o Blues, ou um ZZ Top. Não precisa ficar colado na raiz ou em Chicago. Whatever. Mas agora, gente que simplesmente só faz o que Chicago, Texas, etc já fez, ou o garoto de 20 grudado em SRV ... é um pé no saco!
Keb Mo é muito bom. (E gente boníssima, toquei em Festivais onde estava e trombei com ele literalmente, Montreal, Montremblant etc.) Black Keys gosto tambem, acho inovador o trabalho, se nao me engano Sergio Mendes fez coisa com eles. Arlen Poe fico devendo mas vou conferir! Abraxx
Fala, Nuno, guitarrista e Bluesman de respeito ! Dentro do que você colocou eu queria ouvir você sobre a música Caleidoscópio dos Paralamas do Sucesso. É um som que gosto DEMAIS ! Um blues que chegou forte nas rádios, fazendo que muitas pessoas que não conhecem o gênero, gostassem. Sou bem suspeito porque os Paralamas é minha banda nacional predileta, mas penso que os caras conseguiram trazer um SOMZAÇO com uma ótima letra !
Fui re-ouvir para poder te responder, pelo nome nao sabia que musica era, mas a conheço bem. Acho sonzera, eu ja tinha dito em entrevista que Herbert era um guitarrista mais bluesy que muitos dos oficiais do gênero incensados da época (e fui criticado (-:). Taí um exemplo de tema que tem altissimo DNA blues e podia tocar na radio. Mas o que os gênios das gravadoras sempre diziam era 'Blues nao vende'. Abraxxx
@@nmindelis Nuno que honra, meu caro ! Você responder minha pergunta, e nessa prontidão ! Obrigado, valeu ! Meu, você é diferenciado, mesmo ! Há uns bons anos atrás você atendeu, eu e meu filho antes de um show, e autografou o nosso CD, meu filho era bem pequeno e ficou feliz em falar com você. Você é um gigante humilde. Parabéns pela sua valentia em ficar num país onde não se valoriza artistas com qualidade, da forma devida. Você merecia muito mais reconhecimento, pelo o que apresenta. Fiquei feliz com sua resposta, opinião de peso ! Grande abraço, Fera !
Oi Nuno, meu humilde pitaco é que o Blues é reconhecido tocado ao vivo, e bem tocado, com fraseados conhecidos mas com a pegada que o músico cria no momento, sem nuances de outros estilos, como fraseados jazzíticos senão vira uma salada de frutas. Acho que guitarristas de blues querem inovar com virtuosismos, coisas do rock e do jazz pro cara querer se destacar. Mas isso pode deixar o Blues dele com aquela cara de estar saindo do mundo das águas pra viver no ar. As notas de um solo são o sentimento expresso pelo músico. E se ele tocar as notas que tocam o público...ele ganhou seu público. Acredito que um músico toca para as pessoas que foram ouvir. Mas... acredito que o Blues tem seus limites de notas e acordes, senão vai virar "frut salad funny weird blues".
Achei o tópico de seu vídeo excelente. Uma bela pergunta. Mas se misturar outros ritmos, outros acordes e fraseados...o que vai ser??? Poderá se aproximar muito de outro estilo musical.
Assunto complexo esse. Dá para separar as regiões, os períodos, etc. Acho que é meio como o choro, que tem fórmulas bem definidas. Infelizmente o choro praticamente não tem mais espaço, mesmo havendo novos grupos e compositores jovens.
'You Had It Coming' ( capa com maos sujas de óleo, Jeff teve algo a ver com mecânica) . Curiosamente depois do video re-ouvi e pareceu mais palatável. Ou seja, na frente do tempo ele estava, como Jimi que foi 'inaudível' por um tempo ate acostumar. ( o album Jeff, dois anos depois, também é duro, minha memoria me trai, pode ter sido ele tambem) (-: abraxx
@@nmindelisEle tinha por hobby fabricar Hot Rods. Inclusive, ele sofreu um acidente muito sério com um deles, chegando a ficar um bom tempo no hospital.
Para mim a questão não é exclusiva do blues. A questão é comum a toda a música moderna, independentemente do género. Actualmente há muita produção mas nunca mais houve, e julgo que nunca mais haverá música como alguma dos anos 60, 70 e 80. Diga lá quem superou os Beatles ? Alguma vez houve uma banda melhor que os Eagles ? Nunca mais houve. Diga lá quem superou Carlos Santana, quem inovou mais e é melhor que uns Pink Floyd ? Que banda superou os ACDC ? Que músicos de Baladas superam Bob Dylan ? Quem supera Gary Moore ? Quem supera os Credence, os ZZTop por exemplo ? Os grandes da música moderna ninguém os consegue superar. São marcos que ficam duma música que é intemporal e não é datada. E o género Blues é a mesma coisa. Há bons bluesman músicos e bandas a partir dos anos 90, músicos de que eu gosto e respeito mas nenhum consegue superar os que estão para trás. Esses tinham uma frescura, uma criatividade, uma inovação que já não há mais. Claro que de cada músico há músicas melhores e piores, até se diz que dum modo geral um artista, as suas músicas se esgotam em 4 álbuns. Mas os Best Of são temas insuperáveis. O mercado de vendas e os Concertos tem que apresentar gente nova, mas não nos iludamos. So que não viu e ouviu os músicos e as Bandas do passado e que pode achar que os actuais superam os do passado. Dos músicos de blues e a mesma coisa. Há grandes bluesman actualmente, mas nenhum supera os do passado dos anos 60, 70 e 80.
Gostei muito do vídeo, mas não posso dar uma opinião sem antes refletir sobre seus pontos que são muito pertinentes. Eu acho que o trabalho do Artur Meneses e do Kingfish que saem um pouco da "fórmula" tentam trazer outros elementos, qual sua opinião sobre eles?
Kingfish monstro, mas cai no mesmo tradicional que se fazia nos anos 60/70. Pelo menos o que ouvi. Artur não tenho acompanhado (embora saiba ser bom guitarrista) .
@@nmindelis concordo, Nuno. O Kingfish no final do dia acaba caindo para o mais tradicional, mas é o que temos de mais "novo" vamos dizer assim, pelo menos ele soa mais moderno. O Artur já mistura mais, dá para ver que ele tenta sair e vai às vezes por um caminho mais rock, de vez em quando algo meio fusion/jazz, sai algo próximo ao que você quus dizer sobre "inovação". Eu acho que talvez, o estilo esteja consolidado, talvez os "iluminados", "pré destinados" já vieram e construiram ao longo desse tempo o que seria o Blues. Podemos pensar na hipótese de que o Blues seja como uma matéria de exatas em que os cálculos e fórmulas estão provados e consolidados. Durante esse tempo em que ele foi se desenvolvendo, seria como algo de humanas, por exemplo, nosso português que de tempos em tempos temos mudanças ortográficas e etc...ou os ramos da medicina que estão em constante estudo e desenvolvimento, ou mesmo a tecnologia. Isso tudo é uma analogia, claro. Mas sim, Nuno, pode ser que o que tinha que "evoluir" já pode ter sido feito, mas isso não faz do Blues algo morto. Enquanto houver pessoas tocando, querendo aprender, ouvir, você mesmo é um dos que faz ele estar vivo, ainda mais num país de Mc Cabelinho. No início, citei que o Artur Meneses tinha "algo", mas tb posso estar errado, que aquilo não seja necessariamente "inovador". É bem complexo e é uma reflexão que ainda vou fazer por muitos dias. Realmente esse vídeo foi incrível. Um grande abraço!
Obrigado pelas reflexoes. Sim, sempre segue, eu costumo dizer que por mais que o Blues nao seja um fenomeno de mídia nem showbizz, no interior do Amazonas, Nepal, Marrocos, Timbuctu etc ha sempre um moleque tentando tocar uma gaita blues, uma guitarra blues etc. Talvez eu esteja bodeado mas que precisa oxigenar precisa. Alguem mencionou Jackie Venson, ela é tradicional mas maravilhosa e muito oxigenada, um frescor novo. Abraxxx
Acho que da pra comparar o blues com a moda de viola, aqui no Brasil. Inclusive os intervalos! Ambos, culturalmente, bem enraizados, porém o blues evoluiu em blues, já a moda de viola, dado a industria musical brasileira que, é sempre "vira latas". Evoluiu em country e tbm, blues. E é intitulada, sertaneja. Hoje, em sua maioria, composta, produzida e distribuída por cowboys de apartamento.
É o seguinte, pega a visão; vai-se o homem e fica o blues...as novas gerações chegando e descobrindo o blues e ele se renova, se recicla e começa tuuuudo de novo...depois, o tempo passa, essa geração passa, vem uma nova geração e recomeça tuuuudo de novo e o blues não se esgota nunca morô, pegou a visão?... É essa a parada, meu camarada e aproveitando a ocasião: tem nada ahê, não, tô de carola irmão, faz uma presença, dá uma aplicação ahê, meu parcêro. 🥺🥺🥺🥺😂😂😂😂😂😂
Em minha leiga opinião - apenas de ouvinte -, considero que toda a base musical americana, ao menos à produção que se estende a partir dos anos 1940 com o rádio bombando há muito e os LPs de vinil a brotar, o Blues é o pai da música pop americana. Pai dos demais gêneros, Soul, Funk, Rock e de maior apelo de público e vendas. Tendo o Jazz como o primogênito, claro! E no jazz, não se precisa cavucar muito para encontrarmos muitos artistas que dedicam bons espaços em seus álbuns ao mais puro Blues. E confesso que gosto mais do Blues de piano. Cansa-me menos. Cito, como dica pra galera, 4 pianistas dos que mais ouço: Gene Harris, Junior Mance, Ray Bryant e Cedar Walton. Todos com uma produção considerável de discos, mas que sempre reservam bons espaços ao Blues raiz. O Gene, principalmente, é quase só blues. Também vejo q os fãs do Blues, dos 1970 em diante, se prenderam demais aos guitarristas, com uma obra que se assemelha muito entre si, daí essa sensação de esgotamento. No jazz, há Blues de clarineta, de sax, de trompete, de vibrafone... Se procurar vai achar e se não for incomodo pro ouvinte, o cara vai adotar o jazz e se afastar de uma recorrente sensação, q dá e passa, de déjà vu.
A guitarra era caçula ainda nos 60s, novidade tecnologica incrivel, eletrizante, creio que por isso virou pilar até 80s e mesmo nos 80s seguiu so que os caras nao eram virtuosos. Piano 'doi menos' acabei de escrever isso. Pra mim, no Blues, Otis Span, Johnnie Johnson, no Hammond Booker T e Jimmy Smith etc.! Abraxxx
Boa tarde mestre Nuno! Se me permite a ousadia de tentar acrescentar algo na "cultura geral aleatória", já que em matéria de Blues sou um velho neófito, a frase "nada se cria, tudo se copia" é atribuída ao "filósofo" da TV Abelardo Barbosa, saudoso Chacrinha. E que me perdoe Picasso.
Sim sim , tem uma legenda nesse ponto, confira. ( Tudo se transforma - Lavoisier, tudo se copia : Chacrinha. De onde saiu Picasso: nunca saberemos) abraxxx
Kingfish nasceu outro dia mas toca ( muito bem) como se estivesse em 1968. É sobre isso. Jackie Venson tem mais frescor mas nenhum dos dois é paradigma. Same old Blues . Abraxxx
1 ) o mundo tem muita coisa nova , smartphone , netflix , redes sociais então as pessoas tem menos tempo pra musica 2 ) é como futebol , acabou os campinhos de pelada , acabou os pubs comuns , é legislação de incendio, álvara de funcionamento, leis trabalhistas, lei do silencio. 3 ) Nova geração não senta numa mesa pra ouvir blues e tomar uma cerveja , eles são nerds ou tomam drogas sintéticas , então ouvem alguma merda qualquer que tanto faz tb.
Galera , Curte Comenta Compartilha e se inscreve no Canal ! Avisa sogra, vizinho, torcida do time, papagaio etc. para virem aqui conhecer espaço ! Grande abraço valeu !
Grande mestre Nuno. Os bons e velhos 3 acordes nunca irão se esgotar, é quem nem massa de pão hehehehehe.
Tal qual Nelson Sargento falava que "O Samba agoniza mas não morre", o Blues pode até agonizar "but never die too"!
Ambos são ramos estruturais de um imenso Jatobá musical.
Na virada do século a música clássica passou por uma fase Parecida, o "desgaste" do sistema popularizou o conservatório!!! Onde a musica Erudita poderia ser " conservada" para futuras gerações. Poderíamos estar diante da popularização dos conservatórios de Blues e jazz?? Jogo para a galera. Muito bom Nuno!!
Boa, esse dado historico!
Eu comecei a ouvir blues em 1989 quando cai no sono no meio do programa Comando Metal da 89 FM, e por acidente acabei gravando a musica Crossfire do Stevie Ray Vaughan que abriu o programa seguinte enquanto eu ainda cochilava. Desde esse momento, nunca mais parei de ouvir Blues, e quanto mais ouco mais eu me apaixono por esse genero. Quanto mais no tempo eu volto, mais artistas interessantes eu descubro, comecando pelos precursores Charlie Patton e Bukka White, e explorando a musica dos negros que depois recebeu um novo nome de rock 'n' roll. Eu concordo com vc em genero, numero e grau em relacao ao blues nao ter mudado nos ultimos 50 anos. Entao sugiro que os nao-iniciados comecem por SRV e vao voltando no tempo ate as origens deste genero musical. Nao apenas oucam a musica mas se interessem pela vida dos personagens. Eh algo extraordinario pensar que um individuo sem muita escolaridade, saiu de uma plantacao de algodao no delta do Mississipi e influenciou a musica que ouvimos hoje em dia.
Stevie Ray nos anos 80s foi uma ressureição do blues por que ele era muito paranormal. Mais recentemente e em menor escala, mas também de maneira sensacional, Scott Henderson promoveu uma pequena revolução do blues em três álbuns. E tem uns caras fantásticos que nos brindaram por simplesmente terem aparecido, como o Roben Ford. Warren Haynes é do caralho. Que mais? O blues é eterno. Mestre Mindelis é um orgulho brasileiro.
🙏🏼🙏🏼
O novo é relativo ao lugar onde estamos .
A minha visão
O blues é extremamente rico, eu vejo que a tendência é se ficar nas mesmas coisas, guitarristas ouvindo guitarristas, muitos clichês, e falta de informação e estudo, se aprofundando realmente no gênero e não permanecendo no lugar comum Existem muitos estilos de blues Rural, o blues de New Orleans que não tem muita guitarra mas extremamente interessante com ritmos diferentes e padrões diferentes, Blues jazzistico cantados ou instrumentais, como o caso das Big bands, luz com influência forte africana como o caso daqueles tocadores de tambores com flautas artesanais , q eu nao me recordo o nome agora... também um Blues mais próximo ao Country music e o Blues gospel , e todo o rhythm Blues como Louis Jordan, Ray Charles mesmo Stevie Wonder ou Billy Preston. Outra coisa no começo de tudo o blues o Jazz é uma mesma coisa por isso o Jazz original praticamente a mesma coisa. Mesmo no jazz mais moderno como beebop o blues está sempre presente nem que seja numa Harmonia do tipo Charlie Parker. Temos que abrir os horizontes e expandir fronteiras.
O novo tem a ver com o que conhecemos, eu estou a cerca de 35 anos imerso no Blues, mas tenho contato desde que nasci ,Por que meu pai já curtia, e tinha discos do gênero. Até hoje eu conheço coisas diferentes nessa árvore imensa do blues que inclui todos os gêneros, estilos diversos de regiões diversas, estilos pessoais diversos... enfim tendo contato com formas novas maneiras de trabalhar harmônica e melodicamente e até ritmicamente o blues. Se em músculos de instrumentos diferentes não Ouçam só guitarristas, pianistas, clarinetistas, trompetistas, organistas, saxofonistas, baixistas gaitistas, cantores, enfim todos tocam diferentes de guitarristas isso disse que o novo é relativo Aonde estamos.
Escreva esse texto com todo respeito ao mestre Nuno mindelis.
Dentro do próprio blues existem várias variações da forma de tocar , principalmente rítmica , Swamp blues nascido em Baton Rouge tem a influência Cajun,
Afro Cuban blues ( Dance Hall Slim ) ,Texas Blues
West coast blues
Sam’s Jam ( música ) que tem influência do surf blues .
Mas acho massa demais quem toca o “Blues “ fora da forma tradicional , acho que esse som em toda sua história e origem deveria se chamar SOUL , pq os caras fazem o som da alma!!!
Eu costumo pensar que o Blues, mais do que um gênero musical, é um estado de espírito. E isso nunca se esgota... Esse espírito não morre!
Porque ninguém fala do Celso blues boy? As músicas deles eram blues diferente desses gringos , é o nosso blues mam mais pop, seu legado é eterno, o blues nunca vai se esgotar o que vai acabar em breve é o gosto pela música boa por parte dessas gerações que estão chegando com mente de ameba, no tic toc não tem blues
Falaram bastante, no tempo dele. Ate em filme entrou e tal. Showbizz é cruel, no Brasil 100 vezes mais. Memória é curta. E Blues nao é radiofônico. Se o legado for bom pode bombar no Streaming, caso esteja nas plataformas. Somente a minha humilde opiniao. Toquei com ele umas duas vezes. Abraxxx
Que cara sensacional. Nunca vou me esquecer de uma noite em que tocamos na abertura de ninguém menos do que Nuno Mindelis, no Corleone-SP, há anos. Assistimos a passagem dele e ele deixou os amplificadores à nossa disposição, mas não usamos.... Excelente guitarrista/artista e ser humano. O detalhe é que nossa banda era bastante modesta e limitada musicalmente. Curtimos demais e foi uma baita honra!
Tenho 44 anos e continuo escutando Nuno Mindelis Freddie king , Albert King ,Jhonny Winter, SRV, B.B King , Buddy Guy , Eric Sardinas, Joe Bonamassa entre outras velharias 😅. Música boa não esgota 😉👍🏼
Que honra ser citado ao lado desse elenco.
Ultimamente tenho escutado mais blues (depois de muito tempo sem escutar) e tenho me surpreendido com a quantidade de musicas lindas, de compositores antigos, que eu desconhecia e que me chamaram a atenção!! Isso me fez perceber o quão rico é o "universo" do blues...Recentemente escutei um artista , desconhecido para mim, o nome dele é Bobby Blue Bland,...excelente!!...E vale destacar o disco do Buddy Guy "The Blues Dont Lie" , várias canções excelentes tbm! Abraços!!
Turn On Your Love Light (Bobby Bland, enorme vocal e artista) regravada por monte de gente incluindo Grateful Dead ! Tenho uma versão dela que não publiquei. Quem sabe.. próximo single. Abraxxx
@@nmindelis Turn on your Love light é muito boa, vale uma versão mesmo!!! Please🙏🙏🙏 , assim que for possível, lança esse single!!!! Abraços!
Meu irmão Nuno Mindelis, esse seu canal e igual o blues, puro, direto, sincero, e sem enrolação, diferente de muitos que tem por ai, tú é o cara !
Não perco um video ! é muita informação em apenas 1 canal .
🙏🏼🙏🏼
Blues se renova a cada Beatles, a cada dia tocando blues o " homem" se aproxima de si mesmo e faz uma oração ao Eterno
O Blues não se esgotou, ele renasce em novos corações que são tocados pela sua energia revolucionária.
Gostei! E de fato sempre existe uma criança na Amazonia, no Chuí, no Nepal, no interior da China e/ou no Marrocos que tenta tocar guitarra ou gaita Blues . Ele arrebata pela mágica.
Eu não enjoei do blues. Ouço a 38 anos (comprei meu primeiro disco de blues ais 15 anos) e sempre q procuro, acho coisas antigas “novas” para mim. Com os streamings, ai sim q eu descubro mais artistas, discos, participações, ao vivo, caras consagrados em gravações q eu não conhecia ou ilustres desconhecidos/obscuros ferissimos. Acho ducaraio essa busca!!! Quer dizer q eu soh ouço blues? Não, mas o blues (para quem gosta mesmo) eh como aquele PF arroz, feijão, bife, ovo e salada: vc roda, vai em restaurantes sofisticadissimos, outras cozinhas, outras culinárias, acha tudo muito bom, mas vc sempre sente falta e volta para ele! Mas…apesar de simples, tem que ser feito por quem sabe, não tem como enganar! Abs Nuno, grande video❤❤
🙏🏼
O blues toca a alma das pessoas de uma maneira tão profunda, que essa historia de que esgotou não cola. O blues renascde a cada mudança da levadas, rifs e solos, mesmo que pareçam iguais.
Concordo com o Nuno, o esgotamento é devido a falta de trabalhos mais artísticos que não só reproduzam o que foi ouvido, principalmente, também, porque a cultura dos músicos recorrentemente fica muito voltada para a mesmice. Estamos vivendo numa época que a música e as artes estão em decadência, devido a uma decadência cultural e social dos tempos de hoje. Pontuou bem o mestre Nuno
O que ficou meio cansativo no Blues é que os guitarristas mais novos acham que têm que ser clones do SRV, em si isso não tem nada de errado mas tem todo um universo a se explorar para desenvolver uma voz própria.
Mas não é só isso, infelizmente. Os carbono SRV de fato tomaram conta mas nos EUA tem uma 'liga' de linguagem específica e igualzinha, mudam as caras e as cores mas o resto é tudo igual. Mas tocam pra cacete. Abraxx
De um leigo: o blues é o útero de onde nascem muitos irmãos, cada um com características marcantes.
A frase é ótima. (-: Mas andam surgindo muitos irmãos gêmeos...
Blues nunca morre!!
Grande Nuno. Sempre bom ouví-lo e pensar sobre o que é dito. Tem muita gente fazendo um blues cansado, mas não canso de algumas coisas. Um solo do Derek Trucks continua me emocionando, o surgimento de um Kingfish Ingram deve ser comemorado (ainda que a mão do produtor esteja pesando muito nos trabalhos recentes), a inquietude do Cedric Burnside merece atenção. Freddie King ainda me leva a outros lugares. T-Bone, Son House e toda essa turma sempre me despertam algo. O genuíno permanece fantástico. Se novidades aparecerem no estilo, serão bem vindas, mas se nada novo aparecer ainda podemos buscar alguma paz em alguém tocando em frente a uma barbearia. Grande abraço
Grato pelas boas palavras. Derek inovou. Cedric tem lugar de fala. ( dei canja com ele em Memphis uma vez sem saber bem quem era (-: ) Eu faço essas coisas, idade, desligamento rs. Freddie King é Freddy King. Kingfish toca pra burro mas nao procuro, se tocar tocou, gosto porque gosto de um musico fazendo a coisa certa na voz e na guitarra. Mas se for Sonhouse, J Lee Hooker , Little Walter, Skip James etc o meu olho brilha diferente. (-: Abraxxx
Não há gênero melhor para tocar em uma sessão de strip tease do que o blues. Enquanto houver casas de strip tease, o blues continuará vivo
Kkk, boa!
♥️♥️♥️
Hahaha
Tava me lembrando do show do Sesc nos anos 90. Nuno mindelis arregaçou , sai de lá impressionado e extasiado. Pqp. Um dos melhores shows que vi na vida. Muito obrigado.
🙏🏼🙏🏼
Puvem o Marty Friedman tocando Blues que vão descobrir que tem muito pra inovar ainda o Blues com as escalas exóticas e outras técnicas incomuns que Marty faz com excelência...
Eu acredito que as pessoas estão restritas a 10 grandes nomes do blues e repetem suas fórmulas. O blues é imenso e longe de estar exaurido.
Não há novidade também porque o aprendizado está acessível a qualquer um. Quando isso ocorre, a expressão singular, a impressão digital fica esmaecida, borrada, sem agressividade, sem aquela picardia. Não há mais o que comunicar ou pelo que contestar que não pareça datado ou clonado.
Mas aí é a tal coisa, aprende o funcionamento mas não o 'pensamento' da obra prima. (-:
Bom dia, Nuno. Após uma madrugada de reflexões, trago aqui mais uma.
Levantei a hipótese de que, não só o Blues esteja "sofrendo" esses sintomas que você já apresentou. Será que o buraco não é mais embaixo? Explico. Será que a guitarra é que já não chegou ao seu máximo? Como assim? Bom, se a gente pega a linha do rock a gente conseguenver mais claramente. Vamos pegar os anos 50, os double stops do Chuck Berry, depois tivemos um Hendrix nonl final dos anos 70 com uma abordagem. Anos 70 tivemos aquela leva de Page, Blackmore etc, muito bend, vibratos, tudo numa abordagem mais rock, pois o Alberto e Fred Rei já faziam com excelência. Mas olhando para trás, incontestável que tinha muito a evoluir em termos de "técnica", anos 80 apareceram os iluminados que trouxeram os sweep pickings, as palhetadas alternadas, os recursos para tocar extremamente rápido, os harmônicos artificiais, os two hands (sim, há a tese de que um cara do tempo ou antes do Django q já fazia no violão). Quando chegamos nos anos 90, talvez o único guitarrista de rock que teve relevância, foi o Slash (não sou fã boy), mas pq Slash? Explico, pois sempre temos que pisar em ovos ao citar o guitarrista da cartola, mas eu diria que o que ele "fez" foi quebrar o padrão "anos 80 virtuoso" com outro padrão que nada mais foi resgatar o playing dos anos 70. Qual minha tese então? Talvez, a guitarra chegou também no seu limite, talvez não haja mais nada para acrescentar, pelo menos desde os final dos anos 80 não consigo citar uma "técnica" que tenha sido desenvolvida. O que tivemos, foram guitarristas que trouxeram assinaturas fortes, a gente pode falar em John Mayer? Em termos de abordagem e assinatura, mas ele não foi um Eddie c seus tapppings ou um jason Becker com seus sweeps. Acho que atualmente, temos o Kiko Loureiro que faz discos muito bons, uma abordagem muito interessante, tem uma assinatura forte (ouvir e saber que é ele), mas ele também não trouxe algo novo, talvez a abordagem, mas ele usa as escalas e técnicas q foram desenvolvidas ao longo dessas décadas todas. Hoje, cabe ao cara escolher um estilo e se aprofundar nas técnicas que o estilo pede, nada de errado querer tocar Rockabilly e aprender two hands. Então, será a guitarra em sí já não chegou no seu "máximo" e logo, não só o blues, mas todos os estilos acabam fadados ao "de sempre"? Então teriamos que nos entediar com a música em geral? Pelas premissas, a conclusão seria sim. A Bossa Nova, Nuno....não é genial? Mas é possível fazer algo além? Trm como fazer uma Bossa "NOVA" com outros padrões, arrancar o 2-5-1, pq já tá batido?
Então eu me fiz uma provocação: "vamos começar a tocar blues ao estilo shredder anos 80", opa, isso seria inivador, "o blues agora é tocado com arpejos na velocidade da luz, floyd rose e etc.."
Eu acho que felizmente e infelizmente, a gente chegou num nível de evolução, tanto dos instrumentos e dos estilos, que cabe a gente receber o que vem de novo dos artistas com a alma, mas sem esperar "coisas novas", pq talvez a essa altura, nada vai nos impressionar.
Cara, eu ouvi algumas coisas rapidamente do disco que indicou o Come On In, achei muito louco! Vou me dedicar a ele esses dias.
Obrigado pelas impressoes. Sempre digo que me parece que a guitarra é um alaúde elétrico, instrumento aparentemente primitivo, de madeira, eletromecânico, do século passado, sem chip, sem led, assim deve ser a visao do meu neto. Como uma máquina de escrever tipo Remington, um toca discos com aquele braço que leva a agulha ao LP em movimento irregular trêmulo, um relógio de corda. Mas, pensando agora, ela resistiu ate hoje, relogios de corda nao nem tantas outras coisas. Depois de Jimi achava-se dificil mais invençao naquele pedaço de madeira mas veio tanta coisa ... Quem sabe. Ficou legal a exp com RL não? Caraca, esse teria sido um belo caminho, porque ao contrario de outros que mais deturpam academicamente do que atualizam, o Blues está todo ali, bastando o figado do Burnside e a sabedoria digital ( e respeitosissima homenagem de nova e talentosa geracao) daquela turma. Abraxx
@nmindelis Hahaha, sim, Nuno! É muito primitivo nosso instrumento, como uma máquina de escrever, porém, como disse: "sobreviveu". Eu sou telecasterzeiro e ela foi o primeiro modelo q o Leo fez e tá aí até hoje e ela é muito rústica e primitiva!
RL Burnside é sensacional, agora a musica que eu ouvi, quando entrou a bateria sampleada, meio eletrônico meio hip hop, que sacada! Foram 3 discos que fizeram assim, vc citou outros trabalhos, acho que com jazz? Vc poderia citar
@@David.Von.Eu também gosto de Telecaster. E, no entanto, sonho com uma Les Paul.
@MarkoFrey eu tive uma epiphone, vendi e pretendo ter de novo futuramente, a$$im que der kk
@@David.Von. Tem um que é animal a meu ver (Blues) que é Alabama 3. (galera que faz o tema da Familia Soprano mas pode ir além do tema, eles foram fundo nessa praia open.spotify.com/track/6hkrxH9cVQpBK7nLajNDPa?si=84948f034cff4163
Tem Fantastic Negrito, sabe tudo de blues, grande sacada (mas pessoalmente prefiro RL e Alabama 3) tem uma mulher que ouvi nessa exp (jamais me lembrarei do nome 🤣 mas se milagre acontecer te aviso aqui) o Boo Boo Davis fez coisa boa (não sei se nesse album que postei, mas ouvi coisa muito legal ) e em causa própria (sem romper a ética mas para conhecimento mesmo) tem um album que fiz em 2010 chamado Free Blues em que peguei clássicos do Blues e rock que ouvia criança e usei elementos eletrônicos, bateras rap, efeitos etc. No total acabou soando lounge eu diria mas tem faixas que são mais bandidas , Howling Wolf, Magic Sam, tudo derretido (-: ! Abraxxx
Sensacional Nuno! Adorei a reflexão e aprendi um tantão. Acho que a crise é de inspiração artística. O blues seria como uma "roupa" que vc daria pra uma canção. As grandes canções nunca se esgotam de sua mensagem. Me inspirei e me empolguei aqui hahah. Grande abraço!
🙏🏼
Ainda bem que não mudou ....tem pra todos os gostos.....desde o mais puxado pro jazz até os grandes negões que mudaram tudo......aí os branquelos gringos deram seu tempero e ficou bem bom tb.....o legal é que lá sempre tem gente nova e boa surgindo.....em 2016 estava em Chicago e fui em 2 butecos....no primeiro o cara dizia qu era primo do Muddy Waters....negão figura....o baterista parecia um indigente....aí entrou uma senhora de uns 80 anos e começou a cantar....pqp q coisa maravilhosa...... qdo eu olhava eles tocando, parecia que estava vendo um DVD da maior qualidade.....demais.....aí fui no no bar do Bud Guy outra noite sem saber quem ia tocar e tava um tal de Albert Castiglia.....pqp...muito bom......enfim.....quem reclama deve ser chato pacarai.......abs!
É uma linguagem e como linguagem não se esgota .
O problema pra mim, é que há uma crise com relação não só aos músicos e produtores mas aos ouvintes.. o ouvinte não quer conhecer o novo.. ele não quer nada que saia muito da rota do que ele já escuta.. e isso vai desde blues, rock, jazz, pop, funk (o brasileiro mesmo) , sertanejo etc.. tá todo mundo soando igual.. mas por conta do público que não permite novas ideias.. se eu formar uma banda agora, de Blues, o que me vão pedir? Que toque e grave algo na pegada dos q já passaram.. eu ainda acho que ainda tem muito tema a ser explorado, inclusive , se misturando aos sons latinos de países hispano-hablantes e lusófonos (português-brasileiro ) .. esses países tem elementos que dá para serem explorados.. assim como acho q os países do continente Africano tbm pode contribuir com outras sonoridades .. árabes etc,. Mas resta saber.. o público deixará? Talvez a época de ouro tenha sido anos 40 a 80 que permitiam experimentos, dando certo ou errado .. vide Rolling Stones com exile main street.. Album só fez sucesso duas décadas depois de lançado ..
A depressão, as perdas , o sofrimento, as traições, o suicídio, o coração partido se esgotaram? Não ! Enquanto estas dolorosas e repetitivas situações existirem, o Blues continuará existindo , mais vivo do que nunca!
@@LibeluMarioSergio matou a charada
@wences71 Tmj no Blues , meu amigo! Muito obrigado por seu comentário!
Eu amo o álbum Riding with the King ❤
Que surpresa aparecer um vídeo do Nuno como recomendação! Não sabia do canal, fiquei feliz.
Sobre o assunto do vídeo, eu acho que parte do problema com esses estilos que não estão tanto no mainstream (música erudita que eu entendo mais até, mas jazz e blues também) é que o público não ajuda o gênero a se atualizar. Não faz muito tempo que eu assisti uma apresentação do Gui Cicarelli na qual ele quase teve de pedir perdão para a plateia porque foi tocar uma música autoral dele e não os clássicos do blues.
Um artista jovem e talentoso como ele não deveria ter de passar por isso. É natural que, mesmo que de forma inconsciente, um músico que se apresente para esse tipo de público acabe fazendo com que seu trabalho autoral se desvie o mínimo possível das tradições do blues, dos timbres, das escalas já consagradas.
E eu acho que não vai demorar muito para isso acontecer com o rock também...
Na minha opinião o Blues sempre vai ser moderno!!!
O Blues é uma força da natureza e do universo! É o que é e pronto! É uma padrão que vai funcionar por séculos! Mesmo que soe repetitivo, é uma linguagem admirável. Admiro a sua sinceridade ranzinza sob esse tema tão "delicado e polêmico" No entando, o Blues permite muitas variações mesmo que soe tão parecido as composições nesse estilo. O Slow Blues aqui no youtube tem material pra apreciar e curtir por horas e horas, é algo que não se esgota nunca! Enfim, tudo na vida é um eterno equilíbrilio entre o amor e ódio. É aí que está toda a emoção
Boa!
Eu concordo que também tinha essa sensação de esgotamento diante dos "novos talentos do blues" vindos dos EUA e Europa. Minha percepção mudou completamente quando, há relativamente pouco tempo, conheci a cena contemporânea do "desert blues"/"tuareg blues": bandas como Mdou Moctar e Tinariwen, do norte da África, com um pé no Ali Farka Touré e outro no Jimi Hendrix. É um respiro de ar fresco na cena do blues, ao mesmo tempo em que reencontra suas raízes mais profundas. Você já escutou essa turma?
Já sim.Tiraniwen é animal
Ótima reflexão ! ❤
Quem está morrendo são meus heróis da guitarra, uma vez vi uma entrevista de um rapazinho chamado Jimmy Page que não é propriamente um bluseiro, mas ele definiu muito bem a cena: o que me encanta é tantos músicos fazerem a mesma coisa de forma diferente. Eu quero ouvir esses licks, eu quero um drive bem leve sujinho na medida certa, quero um cara bom de slide, quero todas essas nuances do blues. E se isso não se reinventar vá escutar outra música, simples. Falo isso para quem fez o questionamento, agora se tem mercado se dá pra viver disso e todas as questões que eu não domino aí já não sei. Eu amo blues.
Boa conversa sempre! Abraço!
Grande lição, de um dos mestres do Blues. 🧡
Boas reflexões!
Grande, Nuno! Mestre... Seguindo com prazer seus vídeos e reflexões filósoficas e mitológicas do blues😃
🙏🏼
Mais um bom vídeo. Vc é o segundo Bluesman e filosofo do Blues que assisto frequentemente. Tem um outro no RUclips.
IMHO difícil o Blues se esgotar... pois o blues é uma metamorfose ambulante ou não?
Dust my broom gravada por Robert Johnson toma uma personalidade totalmente diferente com Elmore James. Elmore reinventou o blues e ainda concebeu o Hard Rock, tocando alto e eletrificado e no modo de cantar... mas isto foi a 60-70 anos atrás.
Se cada um tocar com seu jeito... não se esgota. Mas se ficar fazendo cover de fulano de tal.. aí complica.
O problema é quando o sujeito tenta inventar demais e começa a sair fora do gênero musical.
Tem tanta coisa de blues no passado... T Bone Walker com fase swing, blues jazz e depois até tocando de forma meio truculenta alguma coisa... o universo é grande para ser explorado. Lightning Hopkins e muitos outros...
O Bonamassa na minha opinião atualmente é o maior embaixador divulgador do Blues (no show business), mas o estilo dele é British Blues. Eu gosto!
O Jeff Beck é um pé no saco pois passou a tocar para guitarristas e não para pessoas comuns... mas uma jam que ele fez com o SRV tocando Going Down foi devastadora... fenomenal.
Grato pelos inputs e pelas boas palavras. Só uma ressalva : Jeff is God deveria ser a nova frase. Daqui a menos de 30 anos no máximo, tudo o que fez fará mais sentido paraas pessoas comuns. Mais do que todos os atuais juntos! (-: Abraxxx
Nuno, acho que é a primeira vez que te escrevo aqui.
Sou teu fã desde que ouvi você tocando no Programa Livre nos anos 90.
Vi show teu em Recife com a Uptown Band do meu colega Giovanni Papaleo na tua turnê do Twelve Hours.
Sempre excelente.
Enfim, deixando a puxação um pouco de lado....
Acho que muito do que você falou está muito conectado ao que é muito comum e podemos chamar, agora, de Mercado da Produtificação Cultural.
Eu vejo que, o que se passa em Chicago é a mesma coisa que se passa na Bahia com o Axé ou em São Paulo com o Forró Universitário, isto é, que todas as bandas são subprodutos de um movimento. O "problema" é que o Blues é um movimento que perdura há mais de 100 anos.
Ainda tem a questão da apropriação quase sindicalizada do Blues. Então, todo mundo que sai da mesmice com o Blues, para o sindicato, deixa de ser Blues.
Na minha opinião, artistas mais "recentes" como Robert Cray, Keb´Mo ou até mesmo o Robben Ford mudaram a abordagem do Blues tal qual foi BB, Jimi ou tantos outros que você mencionou.
Dentro do Blues ou outras expressões de arte, quanto menos referência se tem, mais inventivo você pode ser.
Muitos grandes inventores do Rock e do Blues, na minha visão, não tinham tantas referências no estilo quanto se tem hoje em dia.
Hoje é uma 'musicarragia' terrível
Você pega um show de Blues em que o guitarrista copia perfeitamente qualquer guitarrista famoso.
Não há personalidade, mesmo.
O Josh Smith fala que ele imitava o SRV e foi escalado para um festival de Blues onde, os 20 jovens guitarristas antes dele também imitavam o Stevie.
Ele prometeu que nunca mais iria tocar como o SRV.
Os outros pensaram: - Que bom! Um a menos.
Rs, Josh fez bem. Obrigado pelas importantes considerações. Só não sei se é (só) o sindicato ou se (no caso por ex. do Robben Ford e alguns outros) fica algo com significado bastante fragilizado mesmo em relação ao Blues. A obra Robben Ford fica menos relevante enquanto obra, apesar da enorme (inquestionável é deliciosa) guitarra que ele faz. Forçando o exemplo, meio como Steely Dan e Beatles ou Stones, (ou como Robben Ford e Matt Murphy...) os primeiros são muito mais músicos que os segundos mas olha o significado de uns e dos outros.. ! Robert Cray considero Soul, (dos 70s, não esse que chamam de soul agora) na linha Stax / Otis Redding e Motowns e tais. Basicamente acho que se você é negro de Chicago e é do ramo a chance de vir coisa com significado é alta, Magic Slim, Lucky Peterson etc. Se mistura (o que aconselho muito) pode vir a ter significado ou não, e é aí que acho que reside a cereja. E está difícil colher cerejas no meio de centenas de artistas Blues que ouço, que até dominam a linguagem mas... Um cara que coloco como uma das maiores cerejas que estão por aí é o Chris Cain. Ele não foi fabricado em série, como esse monte de repetecos (que tocam pra cacete mas não significam quase nada artisticamente) . Enfim , esta é só a minha opinião e admito que posso estar errado. Abraço !
@@nmindelis Nuno! muito obrigado pela rica resposta. Se me permite, gostaria de acrescentar (ou não) mais um pouquinho.
Muito interessante a sua visão sobre o Robert Cray. Houve uma época (acho que até hoje) que eu era fissurado no jeito de tocar que ele tinha. Então, ouvi praticamente tudo dele e sempre o vi como um cara essencialmente Blues que deu uma mexida na coisa de uma maneira mais, digamos, pop.
Como o Blues é a matriz para tudo do universo musical norte americano (e nordeste brasileiro), é muito fácil ser classificado como um artista de outro gênero quando este "quebra" um pouco essa matriz. Baseado nisso, seria suposto que o disco Indianola Mississipi Seeds, meu favorito do BB, não fosse classificado como Blues. Mas, sim, como Soul.
Acredito também que, no geral, o artista de Blues sempre tenta dar uma fugida na coisa toda para não ficar maçante. Tantos fizeram abordagens fora da caixa. Buddy Guy, Muddy Waters e como você citou brilhantemente o disco do RL Burnside.
O Chis Cain é um absurdo. Ele é visceral. Não dá pra tocar com ele com a energia baixa. O cara tem que estar sempre no 220V.
Me lembro de uma frase na primeira página da auto-biografia do Clapton: - O mercado da música de hoje é igual ao mercado que sempre foi. 95% lixo e 5% bom.
Acho que isso vale para tudo. Pode subir a régua o que for, quem é fora da curva sempre vai ser fora curva.
Porém, tem uma frase minha que reflete essa padronização toda, inclusive desses 5% que é: - A estatística acabou com o entretenimento.
Agora, um elogio para você.
Quando te ouvi tocando com aquela strato com os Rio Grande, cara, chapei. Timbre forte. Parecia que ia sair pra fora da TV (rs).
Eu gostava de tocar sem palheta e achava que o Mark Knopfler era o suprassumo até te ver tocando daquele jeito. Não foi à toa que tu foi apelidado de 'A Besta'
Eu tinha os CDs Blues On The Outside e Twelve Hours.
Posso dar um chute aqui, mas acho que tua relação de ódio com o Blues pintou no teu album Free Blues.
Me lembro de uma entrevista tua em que tu falava que (devo estar errado) que o fato de tu ser Angolano/Brasileiro e não ter sido sambista, te colocava numa confusão sobre autenticidade. Vi teu video sobre as gravações com a Double Trouble e o fato de que os produtores e gravadoras não ligam para os non-american people.
Continuando o elogio (acho que me perdi um pouco)
Nuno, tu és um monstro.
Não acho que o estilo musical define autenticidade.
Autenticidade é feito de sangue, suor e lágrimas. Isso tu sempre entregou.
O mercado de hoje te permite fazer o que quiser, tudo virou nicho mesmo.
Faz o que te arrepia (no melhor dos sentidos)
Se tocou e subiu os cabelinhos do braço, então é o caminho.
Bota essas guitarras pra gemer.
Um abraço ranzinza
Muito agradecido pela consideraçao, boas palavras e valiosos inputs. Sinceramente. Sobre o que dá arrepio, falei com o Chris Layton para repetirmos algo em 2025, talvez Tommy nao possa ( velhinho, nao toca faz tempo) mas o prox passo seria conseguir financiamento para a producao ( com o dolar a 6.10) A ver ! Abraço! 🙏🏼🙏🏼
@@nmindelis 😃Já estou esperando esse revival. Abraço, Nuno. Obrigado por tudo.❤
Sim, faz cinquenta anos que o blues é um gênero morto - quando eu falo em morte, estou me referindo basicamente no aspecto da inovação -, então tudo que veio depois do Muddy Waters, BB King, Albert King, etc, são adaptações produzidas por outros artistas (vide SRV).
No entanto, eu tenho uma opinião que tende achar que a música popular morreu. Então tudo que é feito hoje (coisas boas ou ruins) são misturas de coisas do passado, mesmo em gêneros que são vanguardistas como o Rock e o Jazz, dá para se notar essa tendência
O blues não é uma coisa e sim uma enorme gama de estilos em diversos momentos históricos. Foi e ainda é utilizado no jazz, no rock, em quase toda a música americana, aparece no Brasil e no mundo todo. A cada novo improviso ele renasce na mão dos músicos. Daqui pra frente ele pode ser reinventado e certamente será revisitado trazendo ao publico estilos de um passado cada vez mais distante. Basta ver na música clássica, sempre voltando nas mão de jovens intérpretes. Veja a Música Antiga, sons de um passado já bem esquecido que retornou com força total através de pesquisadores competentes e músicos aficionados.
Tem um pessoal muito legal no blues...além de vc, nosso mestre soberano, tem o fernando noronha que flerta bastante com o rock n roll...o igor prado com seu molho soul funk, o arthur menezes com aquela coisa psicodélica e nordestina baiao enraizado....na gringa tem o british matt schofield que conhece a linguagem dos kings mas criou a sua própria misturando a robben fordiana....tem o josh smith...esse mistura tudo né....tem o jack ruch que tem um fraseado impecável e único....com soul e gospel progressions...tem muita gente fazendo a coisa blues diferente mas com profundo conhecimento da raiz...
Conheço todos incluindo o Matt pessoalmente, falei com Josh umas duas vezes etc. talvez o menos 'default' seja o Matt e acredito que por ser ingles. ( carga maior de informacao musical diversa) . EUA é muito fechado em si e isso reflete na bitolagem. Josh monstro mas Matt mais aberto. Enfim, eu sou ranzinza como sabe. Abraxx
Nuno eu ja assisti esse video uma 8 vezes, pq há muito conteúdo aqui. Poxa eu sei q nao foi ironico, mas blues no Menudo, so se for nos insites das letras.kkkk Nuno quando eu era adolescente nos anos 80, e tive os primeiros contatos com o Blues, foi via os artistas brancos: americanos, britanicos e brasileiros. Ou seja: segundo a sua análise foi pelos interpretes do Blues. Eu chamo de antropofagia do Blues.kkkk o próx: passo foi ver os discípulos trabalhando com os mestres: q sao varios desses que vc citou, mais teve dois branco que eu gostei demais: Eric Clapton e Gary Moore, esse segundo eu diria que ele inovou a estética do Blues: timbres, arranjos e afins. Nuno, aquilo que o David Gilmour fez em Shine Crazy Diamon, oode ser o q vc esta falando, uma inovação na estética do Blues? Pq no meu iuvido a guitarra é muito Blues, mas a harmonia nao soa blues, mas ficou uma hrande obra. Abç❤❤❤❤
Gilmour é DNA Blues, usa o Blues para a musica dele. Essa é uma forma de inovar. Grande obra, maior que se ele ficasse no 'same old Blues' ! Abraxxx
Teu som fica muito melhor com a Tele Schecter, uma combinação muito cristalina.
Nuno , concordo com você , o Blues não esgotou , quem esgota o Blues é a galera que fica na mesma e não quer a inovação ou nao está aberto a ela !!! E aquela álbum seu “ Outros Nunos “ eu acho sensacional e um refresco pro estilo !! A galera do Stoner Rock tb acho que se encaixa nessa vibe !!!
🙏🏼
Essa rejeição à inovação no Blues tem a ver com a mesma rejeição à inovação em outros ambientes musicais, como no Metal, por exemplo.
Tudo se transforma quando se esgota... ohyessss
Boa. Como todas as coisas na Terra, no Universo. Recycling
Mestre Nuno, faz uma serie no seu canal, tipo " Nuno canta"
Vc tocando e cantando uma musica aleatoria, fora da caixa
Tinha um amigo, falecido já, que fez uma versão blues do psicato five, banda pop japonesa da decada de 90
Ficou genial
Só uma sugestão
Fica na pauta, obrigado!
Só tem Uma coiSa qUe não Se eSgota NuNCA..........O ShUffle..............o SorriSo abre na hora......o pé começa a mexer........a cabeça pra tráS e pra fente.......iSSo nUnca morre.......
Esse vídeo veio na hora certa!
Não sei se acabou, talvez porque eu não tenha ouvido tudo e de vez em quando me surpreendo com algumas canções e músicas do ramo, mais do que com o rock 💙
Tem o lance de eu ja ter 100 anos disso nas costas tambem. Jovens redescobrem e se apaixonam quando véios ja nao podem ouvir falar. Esqueci desse ponto no video kkk abraxxx
Fui em um show do B.B. King e ele disse que só iria se aposentar 5 anos depois de morrer, acho que o Blues é meio isso.
BB é King!
E quando toca violão, ai sem dúvidas o show esta completo
Sugestão
Pra relaxar
O modo mixolidio nas obras de TIAO CARREIRO PARDINHO.
Funcionará
VALEU, NM!
Ainda bem que o Funk Carioca não se esgota!!!
Nem Axé, Lambada, Calypso
Mas tem vários guitarristas com pegada blues e não muito convencionais. Eu particularmente gosto muito do Roben Ford. Ah. Adorei o seu disco de blues cantando em africano.
🙏🏼 Robben Ford foi de fato algo de moderno no Blues. Aquele album Talk To Your Daughter foi inspiração. Abraxx
A melhor maneira de manter o Blues é mesclar o estilo em outros estilos brasilis como o Baião, Música Nordestina, ou coisa que o valha. O contexto é o que dá tempero ao Blues, a época áurea do boom criativo já se vai longe. É preciso ser realista, o estilo é relativo a um período da Humanidade. Saraus com Vivaldi ao fundo serão cada vez mais raros. O Blues agora faz parte de um índice analítico remissivo em uma biblioteca mundial de referências.
Museu ! (-: Junto com Picasso, Modigliani. E Biblioteca do Congresso americano. Não é mau ... (-:
Zydeco é 'forró Blues' na Louisiana (-: Conhece Buckwheat Zydeco? Dá uma conferida. E Clifton Chenier, o papa da coisa . Abraxxx
Grande Mestre! O grande barato das suas postagens é que você coloca a galera ora pensar! Eh eh eh. Na minha modesta opinião, como você disse, as partículas do blues estão presentes em vários estilos, como no caso do nosso grande Jorge Ben! Para mim, sempre foi muito blues cim samba?
@@Democr785 Benjor Soul certamente, o que volta a ser derivado do Blues.
Saraus com Vivaldi estão rareando? Então bora fazer os nossos saraus de Blues.
Fala mestre! Primeiro da fila, seus vídeos confortam a alma. Abs!
🙏🏼🙏🏼
Olá! Ninguém discute a importância do blues em tempos outros. Entretanto, nos dias de hoje creio que o blues se enfraqueceu um pouco. Explico. Eu sempre vi o blues como uma manifestação de um estilo de vida, ou seja, sempre vi o blues como uma consequência e o resultado de um estilo de vida, estilo esse que hoje não se manifesta mais com tanta frequência, ou seja, a melancolia associada a uma vida noturna um pouco "errante", deu lugar em grande parte a uma vida mais saudável, um culto ao esporte (academias e tal), não se pode mais sair pra beber, porque não há mais como dirigir sob o efeito de álcool, o tempo urge, ou seja, não há mais tempo para curtir uma música muito longa, com solos muito longos e repetitivos que contam uma história musical muito comprida, ou seja, a música atual muda a cada quinze segundos, e a vida é um grande "windows" hoje, onde várias janelas se abrem pelos meios de comunicação, ou seja, a música atual reflete um pouco isso, é uma música "multi facetada". Então não podemos confundir o que o blues foi e sua importância épocas atrás, com a sua colocação nos dias de hoje. Enfim. Creio que o blues essencial e puro hoje viu uma diminuição muito grande na sua apreciação. Não se nega a influência do blues em todos os outros estilos, mas o blues original mesmo, infelizmente, viu muito diminuído o seu consumo e sua apreciação, porque a vida e os costumes mudaram e a música atual reflete isso. E digo mais, existem sim algumas fórmulas no blues que se repetem, você mesmo está sugerindo aulas de conceitos básicos de blues e de fórmulas largamente utilizadas no meio. Portanto se tem bico de galinha, se tem pena de galinha e bota ovo de galinha, deve ser galinha... Um ornitorrinco aparece, mas é raro ..não conheço ninguém que viu um. Sei que existem, mas....
Inputs muito interessantes. É isso. Tal como a Opera, o Blues será mais nicho que o nicho que já é. Abraxxx
@@nmindelis Eu toquei muito blues com um trio que mantive por anos aqui no interior de São Paulo, humildemente digo isso na frente do mestre, com todo respeito. Fiz dentro das minhas limitações, claro. Mas quando percebi que esse nicho se reduziu de uma forma muito drástica, no meu caso, claro, talvez até pela minha inabilidade para renovar-me dentro do estilo (que também não vejo presente em muita gente), entendi por bem me dedicar a outros estilos dos quais também gosto. Sempre lembrando que digo isso humildemente, dentro das minhas condições e limitações. É um cenário que eu vi "no meu serviço", veja bem, o que não implica dizer que é um cenário que cabe a todos. Cada um sabe de si. Trata-se aqui de um depoimento pessoal. Obrigado, forte abraço.
Tá valendo !
O blues não sei, mas o rock, que veio dele, já se esgotou faz tempo.
🥲
O fusion seria o desenvolvimento do blues / rock
E tambem acabou padecendo de muito repeteco ad nauseam, galera chamava de 'Fujam' (-: zoando a serializaçao massiva! Abraxxx
Meu caro mestre !
O blues para mim não é moda que vem e passa, você sente que ele está no seu sangue é como um vício, fico um tempo sem ouvir, mais sempre retorno.
Nuno, pode até ser que os Blues não tenham evoluído, mas se você ouvir um T-Bone Walker, por exemplo, verá que a sua maneira de tocar Blues ė bem diferente de um Muddy Waters ou de alguns outros músicos de Chicago. T-Bone tocava um Blues carregado de Jazz . Maravilhoso! Uma outra forma de variarmos nossas audições dos Blues, é procurarmos ouvi-los através de músicos pianistas, por exemplo, não apenas as performances de guitarra tocando Blues. Um abração!
Valeu. Tô ligado. Vale pra tudo por ser a formula geral mas piano cai melhor mesmo. Tem uma 'linha de montagem' de guitarristas ( muito bons, repetirei) que não consigo ouvir mais. A obra difere da performance no instrumento. Por isso nao acho ninguem ( juro) como Little Walter. Ele nao era so um gaitista. Era um Jimi da gaita. Abraxxx
Nao sou especialista em blues mas eu admiro o jump blues ,aquela onda meio acorde solo acho muito rico e abrangente pra incluir em outros gêneros
Jump é meio a genese, inclusive
Sim.
Nossa fico aliviado...pq também sou assim kkkkkkkkk e sobre o comentário tô rapaz....foi infeliz....blues é o alicerce de praticamente tudo
Eu acabei entendendo o ponto dele, mas é como demonizar o Samba, tb enche o saco quando é serial!
Em música as coisas acontecem gradativamente, como o nascer ou o pôr do sol. Não é como o interruptor da lâmpada da sua sala. É construído nas costas de gerações...
O rock, por ser mais popular(e também menos tradicionalista) mudou um pouco mais rápido, com novas vertentes(nem sempre interessantes) aparecendo.
Mas formas e estruturas demoram mais, quando se analisa....
E se o rock tem essa capacidade, a conclusão é que o blues e a música em geral vão sempre mudar, cada um em seu próprio tempo.
Gostei da reflexão, agradeço. Torcendo. Nos EUA anda retrô. Ainda. (-: abraxxx
Ouvindo R. L. Burnside! Valeu a dica! A propósito, a harmonia I-IV-V, não seria o mantra que pode ser a causa desta sensação de mais do mesmo?
Também, certamente colabora, é como o samba raiz, aquela sequencia igual em todos, mas se tirar deixa de haver Blues tradicional, Samba tradicional, meio estranho. O que acho é que o artista deve imprimir um toque muito pessoal e sair do tradicional um pouco. Bob Dylan tem varios Blues. Nenhum enche o saco (-: . James Taylor idem. Abraxxx
imagina tocar blues na gaita de boca(harmonica)? ai que se esgota mesmo. pior que tao dificil de tocar na harmonica que desafinei minha gaita que ganhei de presente e ate hoje tenho ela guardada como reliquia kkk
Nao é mais difícil que qualquer coisa bem tocada. Continue!
Episódio filosofico , colocou bem as questões. Tres coisas: 1) de fato Beyonce é blues, o pop de matriz norte americana é todo blues; 2) o músico é um trabalhador e todo mundo precisa trabalhar.Podemos inverter a questão: o blues se esgotou ou os ouvintes esgitaram o blues?; 3) não é só o blues que aparentemente se esgotou, toda a cultura popular urbana do século XX, cujo ápice se deu entre os 50 e os 70, se esgotou. Vivemos a era dos revivals, na musica, no cinema, na moda. Ha quem diga que isso faz parte de um.processo de dominação neoliberal - cancelamento do futuro, Mark Fisher, revista Cult deste mê!. Isso tem a ver com o ponto anterior, sobre o musico se um trabalhador. Tudo virou entretenimento e consumo, o publico perdeu a curiosidade, o nivel de exigencia baixou, todo mundo só que gozar e se distrair pq estão todos exaustos e ansiosos. Isso não favorece a inovação, o espírito contemporaneo está p baixo. Enfim: ta tudo tão blues.....
Tudo a ver. Obrigado pela visita e pelos inputs tão importantes. 🙏🏼🙏🏼 Abraxxx
Ae, Nuno!!! As vezes dá no saco... aí eu pego a guitarra, faço tudo diferente do que tu disse - fico estudando outros estilos - e daí junto uma turma e volto pro véio Blues.
E o negócio é esse! Como faz diferente? Ora, como? faz, reinventa, torce aqui e ali, ou vai ouvir um Robert Cray pra ver o que ele faz com o Blues, ou um ZZ Top.
Não precisa ficar colado na raiz ou em Chicago. Whatever.
Mas agora, gente que simplesmente só faz o que Chicago, Texas, etc já fez, ou o garoto de 20 grudado em SRV ... é um pé no saco!
... Depois na novidade, tudo é complementar.
Qual é o modelo dessa dangelico?? Mt bonita
Brighton ( escudo perolado fui eu, original nessa é 'branco total radiante', igual OMO (-: Mas na preta vem perolado de fabrica) abraxxx
O problema é que blues não é só penta e nunca foi só a penta tira a escencia do blues
Penta mixolidio. Melhorou um pouco (-:
Nuno, gostaria de saber o que acha de Keb Mo, Black Keys e Arlen Poe?
Keb Mo é muito bom. (E gente boníssima, toquei em Festivais onde estava e trombei com ele literalmente, Montreal, Montremblant etc.) Black Keys gosto tambem, acho inovador o trabalho, se nao me engano Sergio Mendes fez coisa com eles. Arlen Poe fico devendo mas vou conferir! Abraxx
tinha escrito um bocado mas pensando bem, deixa pra lá rsrsrs...
Que aconteceu?
eu tava ouvindo o video e escrevendo, mas no final você resumiu o que eu pensava tb, o que saturou é a quantidade, não o gênero em si.
Fala, Nuno, guitarrista e Bluesman de respeito ! Dentro do que você colocou eu queria ouvir você sobre a música Caleidoscópio dos Paralamas do Sucesso.
É um som que gosto DEMAIS ! Um blues que chegou forte nas rádios, fazendo que muitas pessoas que não conhecem o gênero, gostassem.
Sou bem suspeito porque os Paralamas é minha banda nacional predileta, mas penso que os caras conseguiram trazer um SOMZAÇO com uma ótima letra !
Fui re-ouvir para poder te responder, pelo nome nao sabia que musica era, mas a conheço bem. Acho sonzera, eu ja tinha dito em entrevista que Herbert era um guitarrista mais bluesy que muitos dos oficiais do gênero incensados da época (e fui criticado (-:). Taí um exemplo de tema que tem altissimo DNA blues e podia tocar na radio. Mas o que os gênios das gravadoras sempre diziam era 'Blues nao vende'. Abraxxx
@@nmindelis Nuno que honra, meu caro !
Você responder minha pergunta, e nessa prontidão ! Obrigado, valeu ! Meu, você é diferenciado, mesmo ! Há uns bons anos atrás você atendeu, eu e meu filho antes de um show, e autografou o nosso CD, meu
filho era bem pequeno e ficou feliz em falar com você. Você é um gigante humilde.
Parabéns pela sua valentia em ficar num país onde não se valoriza artistas com qualidade, da forma devida. Você merecia muito mais reconhecimento, pelo o que apresenta. Fiquei feliz com sua resposta, opinião de peso ! Grande abraço, Fera !
Por falar em Paralamas . . .Cara, acho que daria um belo projeto eles e vocês, em composições e shows . . .o que acha ?
O que acha do Matt Schofield?
Oi Nuno, meu humilde pitaco é que o Blues é reconhecido tocado ao vivo, e bem tocado, com fraseados conhecidos mas com a pegada que o músico cria no momento, sem nuances de outros estilos, como fraseados jazzíticos senão vira uma salada de frutas. Acho que guitarristas de blues querem inovar com virtuosismos, coisas do rock e do jazz pro cara querer se destacar. Mas isso pode deixar o Blues dele com aquela cara de estar saindo do mundo das águas pra viver no ar. As notas de um solo são o sentimento expresso pelo músico. E se ele tocar as notas que tocam o público...ele ganhou seu público. Acredito que um músico toca para as pessoas que foram ouvir. Mas... acredito que o Blues tem seus limites de notas e acordes, senão vai virar "frut salad funny weird blues".
Achei o tópico de seu vídeo excelente. Uma bela pergunta. Mas se misturar outros ritmos, outros acordes e fraseados...o que vai ser??? Poderá se aproximar muito de outro estilo musical.
Live é outra coisa sim!
Assunto complexo esse. Dá para separar as regiões, os períodos, etc. Acho que é meio como o choro, que tem fórmulas bem definidas. Infelizmente o choro praticamente não tem mais espaço, mesmo havendo novos grupos e compositores jovens.
Nuno qual é o disco do jeff que você tem xanos tentando escuta lp, começa mas não termina?
'You Had It Coming' ( capa com maos sujas de óleo, Jeff teve algo a ver com mecânica) . Curiosamente depois do video re-ouvi e pareceu mais palatável. Ou seja, na frente do tempo ele estava, como Jimi que foi 'inaudível' por um tempo ate acostumar. ( o album Jeff, dois anos depois, também é duro, minha memoria me trai, pode ter sido ele tambem) (-: abraxx
@@nmindelisEle tinha por hobby fabricar Hot Rods. Inclusive, ele sofreu um acidente muito sério com um deles, chegando a ficar um bom tempo no hospital.
Para mim a questão não é exclusiva do blues. A questão é comum a toda a música moderna, independentemente do género. Actualmente há muita produção mas nunca mais houve, e julgo que nunca mais haverá música como alguma dos anos 60, 70 e 80. Diga lá quem superou os Beatles ? Alguma vez houve uma banda melhor que os Eagles ? Nunca mais houve. Diga lá quem superou Carlos Santana, quem inovou mais e é melhor que uns Pink Floyd ? Que banda superou os ACDC ? Que músicos de Baladas superam Bob Dylan ? Quem supera Gary Moore ? Quem supera os Credence, os ZZTop por exemplo ? Os grandes da música moderna ninguém os consegue superar. São marcos que ficam duma música que é intemporal e não é datada. E o género Blues é a mesma coisa. Há bons bluesman músicos e bandas a partir dos anos 90, músicos de que eu gosto e respeito mas nenhum consegue superar os que estão para trás. Esses tinham uma frescura, uma criatividade, uma inovação que já não há mais. Claro que de cada músico há músicas melhores e piores, até se diz que dum modo geral um artista, as suas músicas se esgotam em 4 álbuns. Mas os Best Of são temas insuperáveis.
O mercado de vendas e os Concertos tem que apresentar gente nova, mas não nos iludamos. So que não viu e ouviu os músicos e as Bandas do passado e que pode achar que os actuais superam os do passado. Dos músicos de blues e a mesma coisa. Há grandes bluesman actualmente, mas nenhum supera os do passado dos anos 60, 70 e 80.
Gostei muito do vídeo, mas não posso dar uma opinião sem antes refletir sobre seus pontos que são muito pertinentes.
Eu acho que o trabalho do Artur Meneses e do Kingfish que saem um pouco da "fórmula" tentam trazer outros elementos, qual sua opinião sobre eles?
Kingfish monstro, mas cai no mesmo tradicional que se fazia nos anos 60/70. Pelo menos o que ouvi. Artur não tenho acompanhado (embora saiba ser bom guitarrista) .
@@nmindelis concordo, Nuno. O Kingfish no final do dia acaba caindo para o mais tradicional, mas é o que temos de mais "novo" vamos dizer assim, pelo menos ele soa mais moderno. O Artur já mistura mais, dá para ver que ele tenta sair e vai às vezes por um caminho mais rock, de vez em quando algo meio fusion/jazz, sai algo próximo ao que você quus dizer sobre "inovação". Eu acho que talvez, o estilo esteja consolidado, talvez os "iluminados", "pré destinados" já vieram e construiram ao longo desse tempo o que seria o Blues. Podemos pensar na hipótese de que o Blues seja como uma matéria de exatas em que os cálculos e fórmulas estão provados e consolidados. Durante esse tempo em que ele foi se desenvolvendo, seria como algo de humanas, por exemplo, nosso português que de tempos em tempos temos mudanças ortográficas e etc...ou os ramos da medicina que estão em constante estudo e desenvolvimento, ou mesmo a tecnologia. Isso tudo é uma analogia, claro. Mas sim, Nuno, pode ser que o que tinha que "evoluir" já pode ter sido feito, mas isso não faz do Blues algo morto. Enquanto houver pessoas tocando, querendo aprender, ouvir, você mesmo é um dos que faz ele estar vivo, ainda mais num país de Mc Cabelinho. No início, citei que o Artur Meneses tinha "algo", mas tb posso estar errado, que aquilo não seja necessariamente "inovador". É bem complexo e é uma reflexão que ainda vou fazer por muitos dias. Realmente esse vídeo foi incrível. Um grande abraço!
Obrigado pelas reflexoes. Sim, sempre segue, eu costumo dizer que por mais que o Blues nao seja um fenomeno de mídia nem showbizz, no interior do Amazonas, Nepal, Marrocos, Timbuctu etc ha sempre um moleque tentando tocar uma gaita blues, uma guitarra blues etc. Talvez eu esteja bodeado mas que precisa oxigenar precisa. Alguem mencionou Jackie Venson, ela é tradicional mas maravilhosa e muito oxigenada, um frescor novo. Abraxxx
Acho que da pra comparar o blues com a moda de viola, aqui no Brasil. Inclusive os intervalos!
Ambos, culturalmente, bem enraizados, porém o blues evoluiu em blues, já a moda de viola, dado a industria musical brasileira que, é sempre "vira latas". Evoluiu em country e tbm, blues. E é intitulada, sertaneja. Hoje, em sua maioria, composta, produzida e distribuída por cowboys de apartamento.
Kkk definiu! Kk Mas para ser justo, eis que surge um Almir Sater! Abraxx
@nmindelis haha
De fato!
Ainda bem!
Valeu!
Abç
Blues é uma linguagem. Eu acho bizarro o cara colocar um chapel, pegar um strato relicada e copiar o SRV nos timbres, nos licks e tudo mais
Geralmente jovens, se o ideal servir terá sido lucro! Abraxx
hummm, grande questionamento, eu consigo ver um "Q" a mais no Erick Gales, sei lá, minha opinião.
Deve ser o que toca mais mas quando vc vira ranzinza depois de 60 anos falta a OBRA inovadora! (-: Mas é so a minha opiniao, sério. Abraxxx
É o seguinte, pega a visão; vai-se o homem e fica o blues...as novas gerações chegando e descobrindo o blues e ele se renova, se recicla e começa tuuuudo de novo...depois, o tempo passa, essa geração passa, vem uma nova geração e recomeça tuuuudo de novo e o blues não se esgota nunca morô, pegou a visão?... É essa a parada, meu camarada e aproveitando a ocasião: tem nada ahê, não, tô de carola irmão, faz uma presença, dá uma aplicação ahê, meu parcêro. 🥺🥺🥺🥺😂😂😂😂😂😂
Caro Nuno, qual o amplificador que você usa quando faz os vídeos?
Fender Twin Reverb ( ancião) abraxx
Em minha leiga opinião - apenas de ouvinte -, considero que toda a base musical americana, ao menos à produção que se estende a partir dos anos 1940 com o rádio bombando há muito e os LPs de vinil a brotar, o Blues é o pai da música pop americana. Pai dos demais gêneros, Soul, Funk, Rock e de maior apelo de público e vendas. Tendo o Jazz como o primogênito, claro! E no jazz, não se precisa cavucar muito para encontrarmos muitos artistas que dedicam bons espaços em seus álbuns ao mais puro Blues. E confesso que gosto mais do Blues de piano. Cansa-me menos. Cito, como dica pra galera, 4 pianistas dos que mais ouço: Gene Harris, Junior Mance, Ray Bryant e Cedar Walton. Todos com uma produção considerável de discos, mas que sempre reservam bons espaços ao Blues raiz. O Gene, principalmente, é quase só blues.
Também vejo q os fãs do Blues, dos 1970 em diante, se prenderam demais aos guitarristas, com uma obra que se assemelha muito entre si, daí essa sensação de esgotamento. No jazz, há Blues de clarineta, de sax, de trompete, de vibrafone... Se procurar vai achar e se não for incomodo pro ouvinte, o cara vai adotar o jazz e se afastar de uma recorrente sensação, q dá e passa, de déjà vu.
A guitarra era caçula ainda nos 60s, novidade tecnologica incrivel, eletrizante, creio que por isso virou pilar até 80s e mesmo nos 80s seguiu so que os caras nao eram virtuosos. Piano 'doi menos' acabei de escrever isso. Pra mim, no Blues, Otis Span, Johnnie Johnson, no Hammond Booker T e Jimmy Smith etc.! Abraxxx
O que Allen Hinds faz é Blues? Se é, tá longe de esgotar
Nao é Blues , embora tudo descenda. Mas nao ne referia a isso. Ali tem folk, Fusion, Acid Jazz etc. abraxxx
O Blues é o tempero dos outros estilos, o blues mudou a música porque adicionou esse tempero
Boa tarde mestre Nuno!
Se me permite a ousadia de tentar acrescentar algo na "cultura geral aleatória", já que em matéria de Blues sou um velho neófito, a frase "nada se cria, tudo se copia" é atribuída ao "filósofo" da TV Abelardo Barbosa, saudoso Chacrinha.
E que me perdoe Picasso.
Sim sim , tem uma legenda nesse ponto, confira. ( Tudo se transforma - Lavoisier, tudo se copia : Chacrinha. De onde saiu Picasso: nunca saberemos) abraxxx
Cara, estão aí o Kingfish e a Jackie Venson pra mostrar que o blues pode se reinventar. Porém, há coisas que são inerentes ao gênero.
Kingfish nasceu outro dia mas toca ( muito bem) como se estivesse em 1968. É sobre isso. Jackie Venson tem mais frescor mas nenhum dos dois é paradigma. Same old Blues . Abraxxx
@nmindelis pode crer. Entendi seu ponto e pensado bem. Vc tem razão.
@@nmindelisO Kingfish toca pra Cacilda. E a Jackie Venson é uma gracinha, ela é uma gatinha.
1 ) o mundo tem muita coisa nova , smartphone , netflix , redes sociais então as pessoas tem menos tempo pra musica 2 ) é como futebol , acabou os campinhos de pelada , acabou os pubs comuns , é legislação de incendio, álvara de funcionamento, leis trabalhistas, lei do silencio. 3 ) Nova geração não senta numa mesa pra ouvir blues e tomar uma cerveja , eles são nerds ou tomam drogas sintéticas , então ouvem alguma merda qualquer que tanto faz tb.
Kk tem a ver. Valeu (-: