O que eu acho muito legal sobre o anime da Frieren é que essa obra desconstroi o conceito de "desconstruir herois": Frieren é uma maga elfa imortal e inteligente, mas não sábia. O guerreiro Stark é medroso, e ele mesmo admite isso. O clérigo é alcóolatra. O heroi Himmel, quebrando o arquétipo de outros herois arturianos, nunca conseguiu obter a Espada do Heroi, e ele era bem simplório em vários aspectos de sua vida. Ainda assim, todos esses personagens que eu mencionei são herois na história. Herois pelo simples fato de terem saído de sua zona de conforto para fazer algo em prol dos outros. "Não existem herois perfeitos", essa é uma verdade, mas enquanto obras ocidentais de "desconstrução de herois" distorcem essa verdade para dizer que não existe heroísmo no mundo real, "Frieren" entende isso e mostra, em sua história, que os herois do mundo real não precisam ser perfeitos.
Acredito que isso é uma consequência de como a obra separa bem os momentos onde vemos os "heróis" em combate, e fora de combate. Frieren é um exemplo, quando nao está lutando ela é basicamente uma vovó com aparência jovem, porém assim que ela enfrenta um demônio ou alguma ameaça, você entende o quão implacável ela pode ser. Starkk também segue essa linha, um guerreiro que fez até um dragão sentir medo, mas que é desajeitado e ingênuo para quase todo o resto kkkk
São propostas diferentes, no momento você entende isso, vai entender que existem filmes para adultos e filmes pra crianças, não você nunca mistura duas coisas, nunca dá certo
Visões de mundo. Tolkien viu os horrores da guerra e escreveu sobre esperança e nobreza. GGR Martin fugiu da guerra do Vietnã e escreveu sobre niilismo e hipocrisia.
Vc tá pegando algo escrito no período da Segunda Guerra Mundial na Europa com algo escrito nos anos nos anos 90 e lançado em 96, ele ter fugido da Guerra do Vietnã não influenciou em nada na história pq o mundo que ele escreveu era muito diferente, a guerra do Vietnã já tinha acabado a quase 20 anos.
@@diogonadir7535 vc não entendeu tolkien viu o horror e pior da humanidade e escolheu fazer uma historia pra escapar disso ggr martim viu o melhor da humanidade e escolheu fazer uma historia pra escapar disso
@@diogonadir7535 Tanto a fé quanto as experiências da WW2 influenciaram as histórias de Tolkien. Martin, por diversas vezes, afirmou que Tolkien influenciou muito sua visão de mundo na infância, mas vc acha que uma guerra que ele experimentou não o influenciou?
"Fugiu da guerra" carai que merda de mentalidade, a guerra do Vietnã foi um massacre, não querer fazer parte disso é algo que um ser humano de caráter faria, Br ama ser cadela de milico e estaduninde
Frieren e uma aula de escrita, quando comecei a assistir esse anime eu não dava nada por ele, e me espantei com a qualidade e profundidade que ele carrega. Em meio a tanto estrume que foi escrito nesses tempos "moderninhos" de hoje em dia, esse anime é um diamante.
Isso que eu acho um diferencial em Game of Thrones, apesar de ser uma história medieval, é uma história pouco fantástica se comparada com outras obras literárias do mesmo tipo, os próprios dragões dos Targaryen, estão mais próximos de grandes repteis voadores pré-históricos com uma adição de cuspir baforadas de fogo do que com as magnificas e majestosas feras da fantasia.
@Vinicius-rd7el Eu concordo que, sim, de fato é o que diferencia Game of Thrones de outras obras fantasiosas. Também é o que me atrai na série e nos livros (ainda não li, mas quero comprar). Entretanto, querendo ou não, hoje em dia mataram o heroísmo. Ele é considerado "inadequado" ou "obsoleto", o que é muito triste.
@@RPGradio49Não sou fã de ASOIAF,mas não tem como vc meter essa ideia de heroísmo em obras que não se propõe a isso,Asoiaf se propõe a ser um dark fantasy onde o final vai ser amargo,mesmo que eles derrotem os White Walkers e impeçam a longa noite,algumas décadas depois um nobre ganancioso vai começar outra guerra pra ganhar dinheiro.
@@RPGradio49 Eu penso que as duas abordagens são necessárias, uma mais realista e outra idealista, uma pra enxergarmos a frieza e desesperança no mundo, e a outra para nos inspirar a buscar algo mais elevado e sublime, e na própria história de Game of Thrones podemos ver arcos de redenção tão bonitos, como o Jaime que é um cavaleiro nas habilidades mas horrível como pessoa e aos poucos vai se tornando um cavaleiro no caráter.
@@D4V1.TX.A abordagem cinzenta não é necessariamente realista pois ela aborda somente personagens que são ou maus ou moralmente questionáveis, nunca há um personagem que seja ou busque ser algo fora disso, sendo que na vida real existem pessoas boas que se sacrificam por outras, que buscam ajudar outras pessoas e fazem o que podem buscando o bem maior, apesar de não serem perfeitas, costumam ter mais qualidades do que defeitos, ou qualidades que ofuscam seus defeitos.
@@Ignisaureus esse mundo de pessoas heróicas não existe, o mundo é podre e as pessoas tbm, pare de ser infantil e deixe as pessoas escreverem o que acharem melhor.
O problema é que o Martin confunde nobreza e heroísmo com burrice. Pega o Eddard Stark por exemplo, foi deposto e morreu porque, ao descobrir a verdade foi mandar o Mindinho o ajudar a colocar o Stannis no trono mesmo sabendo o como o Mindinho é e o que significaria um rei Stannis pra ele. Já faz uns bons 10 anos que li, mas, tirando comandantes da patrulha da noite, não me lembro de nenhum personagem heroico que morre por alguma coisa além de burrice.
Ele podia ter ficado de boca fechada e se preocupar em terminar a obra dele. Fã gostar ou não é com o fã. Se ele criou ele pode dar o final que quiser. Pode até dizer que tudo não passou de um sonho de qualquer um.
O propósito de um autor está acima da satisfação do """cliente""" o fã se atraí pelo que ele gosta, é o fã que tem que ir atrás da obra dele não a obra que tem que se sujeitar em prol da vontade do fã ao mesmo tempo que o contrário deve ocorrer, ambos tem que ter liberdade @swndayswyno2447
Não acho que o final com Bran como rei e Daenerys ficando louca seja ruim, ruim é fazer chegar até esse ponto de forma coesa e não alterando os personagens a tal ponto que fiquem irreconhecíveis. Ou seja, se as temporadas do GOT fossem melhores construídas o final não seria taxado de ruim.
Pra mim um mundo onde a moralidade cinza é onipresente é monótono. Claro, é interessante a moralidade cinza ainda mais quando aplicado a grandes grupos ou facções como um todo, mas se ninguém individualmente é totalmente bom ou mau e todo mundo é igualmente maquiavélico, egoísta e pragmático você não tem ninguém pra torcer a favor ou contra porque um personagem não é melhor que o outro.
Está aí uma verdade muito grande, meu chapa. A moralidade cinza ou a maneira com a qual ela é escrita, sendo bem sincero, depende muito da mídia com a qual você deve utilizá-la. G.R.R.Martim ao meu ver tenta ser algo que ele não é, tenhamos em vista Elden Ring por exemplo, ali é uma prova da verdadeira escrita dele em um mundo ainda mais fantástico e com regras mais bem estabelecidas do que em GOT, porém fica mais bem nítido as situações com que você pode identificar, além de existir uma distinção clara do seu dever como maculado. O heroísmo é necessário e realista, um mundo onde há apenas o interesse com seu próprio rabo e cada um é meramente um soldado de si mesmo ou de alguém acima é irreal, se considerarmos mais ainda um mundo fantástico, Tolkien é mais realista que G.R.R. Martim, pois a mesquinharia, a corrupção, o interesse mútuo de sociedades colaborarem entre si para seu crescimento, trata mais do nosso mundo do que uma obra que demora mais descrevendo cenas de sexo do que cenas de batalha. Para quem leu o comentário, tamo junto
Eu entendo seus pontos, são bons paralelos. Mas vale dizer, que tanto Frieren quanto As Crônicas ( e O Senhor dos Anéis também) são obras com objetivos diferentes, cada uma com intenção de contar algo distinto da outra. O heroísmo é tão necessário quanto a crueza e o constante tom cinzento nas obras do Martin, é possível tirar lições valiosas de qualquer uma dessas obras. Acho que a beleza da Fantasia (tanto medieval quanto qualquer outro subgênero) é justamente poder trabalhar tantos conceitos quanto o autor quiser, bem como de tantas formas diferentes e únicas. fica aqui o acréscimo, pq vejo que alguns interpretaram mal o trecho citado do George Martin: Ele não estava desmerecendo a escrita do tolkien, e sim explicando como ele se inspirou em O Senhor dos Anéis para construir o próprio estilo/universo de fantasia, de modo que os pontos em que ele ficava curioso, quando mais novo, ao ler a obra do tolkien foram o que motivou ele a justamente trabalhar isso nas próprias obras.
Exatamente!!! Acho tão interessante cada personagem, se vc quer personagem com centro moral? tem brienne, jon se vc quer um personagem inteligente? tyrion, mindinho, se vc quer um anti herói? vc tem a Dany, um personagem complexo ? o Jaime, alguém pra odiar ? Joffrey. Ele conseguiu criar um mundo muito interessante e complexo com vários tipos de personagens, creio que isso fez as pessoas gostarem de got
A abordagem do Martin sobre fantasias medievais é fantástica. Seguiu por caminhos muito diferentes da maioria das obras do gênero e sinceramente, fez um universo impecável. Azor Ahai (acho que é assim que escreve) deveria ser essa figura heróica e creio que seria o John Snow, mas acho que o erro foram as decisões em relação aos vagantes brancos. O plot envolvendo os mortos foi resolvido de uma forma ridícula não condizendo com a ameaça que eles realmente representavam. Acho que se eles tivessem sido os verdadeiros inimigos finais, ao invés de obstáculos pontuais para então a luta contra a Cersei, muita coisa teria sido diferente.
@@antoniovictorcarvalho6888 é impossível os finais dos livros serem semelhantes ao da série, pelo simples fato de que o Rei da noite foi uma invenção feita pela série.
Cara tô assistindo frieren agora, sua análise é muito boa, pois, frieren é sobre a grandeza dos pequenos e grandes atos humanos, que só teem valor que o tempo é escasso, e ver isso pelos olhos de alguém "imortal" é fenomenal.
achei uma excelente análise, muito profunda, e acertada, a fantasia medieval busca o transcendente, o que é uma impossibilidade para quem esta intoxicado de materialismo! "conto de fadas não servem, para provar que dragões existem, mas sim que podem ser derrotados" GKC
@@Allan_Guilherme Ninguém disse que queria um personagem bondoso perfeito, mas sim um que seja humano mas que mesmo assim tenta fazer o bem de algúma forma memso em um mundo podre e sombrio.
George R.R. Martin não rejeita o conceito de heroísmo, mas o interpreta de forma diferente das narrativas tradicionais. Em suas próprias palavras: “Meus verdadeiros heróis são os sonhadores, aqueles homens e mulheres que tentaram tornar o mundo um lugar melhor do que o encontraram, seja de formas pequenas ou grandiosas. Alguns tiveram sucesso, outros falharam, e a maioria alcançou resultados mistos... mas, na minha visão, é o esforço que é verdadeiramente heróico.” Essa visão é refletida em A Song of Ice and Fire, onde o heroísmo é mais sobre o esforço coletivo e a persistência diante das adversidades. Personagens como Jon Snow e Samwell Tarly exemplificam isso. Jon luta pelo bem maior, mesmo sacrificando seus interesses pessoais, enquanto Sam desafia suas próprias limitações para contribuir de forma significativa. Essa ideia encontra paralelos em obras como Fieren Himmel é lembrado como herói, mas seu legado e sucesso dependem dos sacrifícios de muitos antes dele, muitas fracassaram também. Assim como em A Song of Ice and Fire, grandes conquistas só são possíveis graças ao esforço coletivo, Whitewakes são uma ameaça muito grande pra esforços de qualquer herói sozinho. Em Re:Zero, a relação entre heroísmo individual e coletivo fica ainda mais clara. Reinhard é o herói clássico, mas ele não resolve todos os problemas sozinho. Subaru, embora limitado, usa planejamento e alianças para superar desafios. Isso reflete a visão de Martin, onde o heroísmo isolado não é suficiente. batalhas como Blackwater e Batalhas das milhares já mostram que coisas GOT só são resolvidas na base da estratégias, grandes alianças, ninguém vence nada sozinho. Além disso, Game of Thrones subverte expectativas sem eliminar o heroísmo. Personagens como Ned Stark falham, mas isso não diminui sua integridade ou importância como herói. Essas falhas os tornam mais humanos, assim como Subaru, que muitas vezes fracassa antes de encontrar soluções, reforçando que o heroísmo é uma jornada imperfeita, mas perseverante. No final, a visão de Martin sobre heroísmo é muito mais realista. Ele rejeita a ideia de heróis impecáveis e solitários, preferindo histórias onde grandes feitos nascem de sacrifícios coletivos e da persistência. Essa mesma abordagem, vista também em Fieren e Re:Zero, mostra que o heroísmo não está apenas nos grandes atos, mas na luta diária e nos esforços compartilhados. Sobre Aragon isso mais questão de visão política, George R.R. Martin expressa essa diferença ao dizer: “Eu não compartilho a crença nos governantes monolíticos.” Para Martin, a visão de um herói perfeito, como Aragorn, pode ser uma simplificação. Embora Aragorn seja descrito como um rei justo, a ideia de um governo autoritário e infalível pode ser problemática(você sabe o que quero dizer), considerando que até os heróis estão sujeitos a erros e dilemas morais, as vezes tiro onda com demora de Song A Ice, mas escrevendo texto me veio mente quão narrativa de GOT complexa e não fácil pensar final, não algo que pode ser simplificado como herói reunido monte de gente em batalha final.
Muito boa análise, parte da razão de ser impossível para o George Martin terminar as crônicas do gelo e do fogo da forma como Tolkien escreveria é que a fé de Tolkien fez ele escrever um mundo partindo do nosso mas não esquecendo do ideal religioso que existe em Senhor dos Anéis, não é uma mera história medieval, é o retorno ao próprio conceito de sacrifício é completa entrega a Deus e ao próximo, o homem não é herói por si, mas sim porque Deus o conduz a verdade, Deus o conduz ao bom ideal. Um mundo onde a busca por Deus não existe, não consegue criar heróis somente tragédias.
Não acho que GoT queira ser uma jornada do herói. A maneira como ela acabou na série foi muito diferente da maneira como o Martin constrói as próprias narrativas. Ele é um jardineiro e permite que as histórias "se escrevam sozinhas" mas ele ainda é a mão que vai podando os galhos, conduzindo a trama pra contar a história que ele quer contar. Além disso, a Jornada do Herói em Frieren é só parte do plano de fundo, pois a estrutura usada na condução dos episódios é diferente. A estrutura de jornada do herói é só uma das estruturas narrativas. Obras como GoT e Frieren, que usam estruturas narrativas diferentes e apresentam uma maneira diferente de contar histórias de fantasia medieval, refrescam muito esse gênero tão cheio de "jornadas do herói". Por isso, respeitosamente discordo de vc
Argumentos péssimos. Começa que várias obras de fantasia famosas não tem personagens 100% solares, as Crônicas arturianas e mistborn são só dois exemplos e essas obras foram finalizadas sem problemas, o problema do Martin tá muito mais no método de escrita, que consiste em escrever e reescrever varias vezes um mesmo capítulo, muitas vezes trocando o plot planejado originalmente. Em segundo, eu não sei de onde se tira que não há heroísmo no universo de ASOIAF com personagens como Brienne de Tarth e Duncan o Alto o tempo inteiro dispostos a arriscar o próprio pescoço por inocentes. O próprio Ned Stark só morreu porque preferiu se colocar em risco a arriscar a vida de crianças. "Ai, mas ele foi punido por fazero que era certo" se você faz o que é certo só pra esperar a recompensa, você não é bom de verdade, é só um cão adestrado. Muito fácil ser "bom" sem complexidade, sem dilemas, sem estar com medo. O difícil é ter os piores impulsos e ainda assim fazer o que é certo, e ASOIAF é sobre isso também. Em terceiro, quem leu os livros já sabe que é impossível o final dos livros ser idêntico ao da série, meramente porque a série começou a divergir demais do material base já na quinta temporada. Plots como Aegon Blackfyre, a nova rebelião Greyjoy comandada pelo Euron e mesmo o nível de poder de Bran Stark completamente escanteados. E por último: é impossível Ventos do inverno não ser publicado. Mesmo se o Martin morrer amanhã, ele já fechou o contrato, o livro meramente seria compilado pela equipe e entregue, não existe essa história de uma editora investir anos numa franquia bilionária sem esperar nenhum tipo de retorno. Não vou nem entrar no mérito de ensinuar que o Martin "não entendeu" Senhor dos Anéis, com literalmente o RR do Martin sendo também uma homenagem ao próprio Tolkien. Por fim, quem "salva" o mundo de ASOIAF não será meramente um "rei" com espada flamejante, até porque Jon Snow é um bastardo e vai seguir sendo, porque foi justamente sendo um bastardo que ele se tornou o homem que faz o necessário pra salvar pessoas. Jon podia ter sido feliz com a Ygritte, podia ter fugido e deixado tudo pra trás. Ao invés disso, deixou ela e decidiu salvar os "irmãos" na Patrulha, mesmo os odiando, porque sabia que o mundo precisava deles. Mas ele não é o único a seguir essa linha. Jaime Lannister "salvou" o mundo ao decidir sacrificar sua honra em prol de milhares, ainda que ele próprio não seja um homem bom. A própria Brienne "salva" o mundo quando decide respeitar os próprios ideais, ainda que isso possa causar sua morte e a coloque em risco. O que salvará aquelas pessoas no final de tudo será a capacidade delas de também terem, apesar de tantas falhas e defeitos, empatia. Mas o mundo não será salvo sem um preço, não vai bastar "matar todos os orcs" pro problema acabar. Mesmo depois dos caminhantes serem expulsos, o mundo continuará como sempre foi para a maioria das pessoas, cercado tanto de mesquinharia quanto de bondade, onde as vezes o justo ganha e as vezes não, onde o bem que se faz aqui muitas vezes só volta pra você muito tempo depois. Só não entende quem diz ser fã da saga enquanto só assistiu a série de TV ou quem tá muito chapado de moralismo pra compreender. Como o próprio Martin bem pontua: "se não é sobre o coração humano em conflito consigo, não vale a pena ser escrito".
@sherryholtter2840 Você falou tudo, ele basicamente reclama do porque Game of Thones não ter heroísmo ou jornada do herói, igual Frieren, sendo duas obras são propostas e públicos completamente diferentes, irônico nisso tudo que jornada do herói esse povo gosta tanto de citar e pregar, se originar dos gregos, engraçado disso tudo que gregos são pai e os criadores do heroísmo, mas para os padrões dos "heróis" modernos desclassificar hoje maioria dos heróis gregos, hoje dia heróis gregos seriam classificados como anti-heróis ou vilões para padrões atuais.
Eu li o mangá, e tem uma fala de um personagem que diz que possivelmente os demônios são criaturas como quaisquer outras mas usam da fala humana para predar humanos ( assim como um urso usaria as garras para te gastar ou um lobo usaria as presas para romber sua jugular). São seres que vieram do abismo e aprenderam da melhor forma como predar humanos.
Tudo bem que realmente eles cag@ram a história, mas o Martin tbm não termina o livro dele, então fica difícil culpar só os show runner, sendo que o Martin ou não consegue ou está pouco interessado em terminar a história
E mal atuado. Kiti Harrington é um ator muito fraco, sem presença, não convence. Vc pega o Pedro Pascal, o cara quando é carismático, em poucas cenas eles captura a atenção, independente do personagem ser bem escrito.
1:19 Ele afirmou que não vai trocar o final do livro 2:43 ASOIAF também tem momentos em que os personagens fazem o absolutamente justo como a defesa de maelor por Rickard Thorne. 7:27 Sandor é um guerreiro que tem medo como mostrado na sua fuga da batalha da água negra
Sem a existência de heróis no lado dos aliados, Hitler teria vencido a segunda guerra mundial. O heroísmo é uma necessidade civilzatoria, a vitória da barbárie é a derrota do heroísmo.
Dentro do universo de ASOIAF, já existiram outras grandes noites narradas por diversas culturas de diversos locais de diferentes do mundo descrito. E sempre há um herói para salva-los.
Não, a história de GRRM não se pretende ser uma história clássica de fantasia, nem o final pede por isso de nenhuma maneira. Ela está pra fantasia clássica mais ou menos como Watchmen está pra histórias de heróis ou Don Quixote para o romance de cavalaria. E, como sabemos, essas duas obras foram terminadas. O motivo de a obra do GRRM não terminar é, muito provavelmente, justo algo que alguém que usa "materialismo" como se fosse uma crítica não compreende. GRRM é um senhorzinho de 70 e poucos anos que nasceu numa família de poucas posses, até que finalmente em torno dos seus 35 anos se tornou de classe média-alta trabalhando na TV e, finalmente, por volta dos seus 60 anos ficou obscenamente rico podendo fazer literalmente tudo aquilo que ele quiser. É quase óbvio que agora ele vai ficar viajando e curtindo os dias que lhe restam e o tempo dedicado a escrever (por mais que ele goste também de escrever) é menor.
Eu acho que é bem por ai mesmo, uma coisa que acho bem sem noção é que se o i-food atrasa ou o uber demora a gente fica puto, mas quando um escritor milhonário fica meses ou anos sem trabalhar o que mais tem é gente defendendo e arranjando desculpa. kkkk
Vc diria que a melhor forma de terminar um dark fantasie é torná-lo um fantasie normal? Isso me lembrou o anime no game no life e o final do filme no game no life zero
O autor de berserk tinha essa intenção ele falava como o guts havia sofrido demais... Acontece que seria um final bem doido já que o mundo de berserk é meio que abandonado de bondade, só restava a paz dos próprios personagens
@Criaturamonstruosaraiventa foi o primeiro mangá que me veio a cabeça, de certa forma se o Guts ganhasse no final, salvasse a Casca e derrotasse o Grife ele literalmente seria o primeiro herói daquele mundo e provavelmente todos iriam se inspirar nele assim como o herói de cabelo azul de frieren( eu sempre esqueço o nome dele, foi mal) seria o começo de uma nova fantasia
Eu não diria normal eu acredito que história aonde tem a jornada do herói e bela e por você ver o mundo através dos olhos do herói si você ver o mundo por outro olhar o mundo continua sendo uma merda
dizer q n existe heroísmo nas cronicas é uma analise rasa, apesar de raros existe pessoas genuinamente boas, exemplos disso são a daenerys e o jon snow
Para mim, a Moral cinza é uma ferramenta pra ser usada para criar vilões e anti-heróis verossimilhantes, que convençam. Quando uma obra se perde no "realismo" da perversidade humana, deixa de ser entretenimento e vira uma crítica abobada. Não acompanhei o GoT mas Cyberpunk (anime) segue esta linha, SPOILER A SEGUIR porque c*ralhos que eu vou querer ver um protagonista sucumbindo ao uso de drogas, sem saber impor limites, se já 3 pessoas na minha família se perdendo no mundo das drogas? (Estamos falando de óbito aqui) Beira ao doentio este resultado: ter a capacidade de oferecer esperança a milhares de consumidores mas jogar isso no lixo pra pagar de "realista" e/ou "trágico".
Acabei frieren agorinha. Quando eu tiver um dia ou dois livres, lerei o mangá Saudades de assistir um anime bom desses, que respeita o tempo dos acontecimentos e não atropela tudo com pressa. Finalmente algo de bom, e belo vídeo a respeito também
GOT abraça ao máximo o gênero trágico e por isso o valor de "heroísmo " é tão depredado na historia. Não quer dizer que Martin despreza o arquetipo do heroi justo e destemido, mas ele tem criar um mundo em que esse herói enfrenta obstáculos que podem (na maioria das vezes) destrui-lo. Essa é a essência de uma tragédia, como as dos mitos e peças gregas (de Sófocles) e das dramaturgias inglesas (o famoso shakespeare que era mestre em satirizar a monarquia e a nobreza). Martin, cria um mundo, em que esses valores entraram em declínio tal como no mundo real, não atoa as Cronicas foram inspiradas em conflitos reais da Europa. A jornada do herói desse mundo dos personagens ou é inacabada (com os personagens morrendo antes de chegarem ao fim) ou é negativa (eles mudam e não tem as mesmas qualidades de antes). A subversão do gênero de fantasia das crônicas é feita para dar mais foco aos conflitos e dilemas humanos sem se prender demais aos elementos fantásticos, o que não tornaria a história ruim, mas o charme tornar a história mais pé no chão e mais madura, apesar do ar pessimista. A tragédia em si é representar os defeitos e falhas de personagens e de como isso pode levá-los ao fim e que virtudes e valores transcendes custam a vida em uma realidade materialista e perversa, onde nem os herois podem ver o final feliz de sua jornada.
Comentario acertado, mas devemos lembrar que, apesar do Tolkien ser taxado como o kra q escreveu uma historia de "o bem contra o mal", senhor dos anéis não se trata só disso, a obra é cheia d conflitos humanos tbém, veja o caso do Denethor, rei Theoden, os povos nômades do deserto de Harad, a decadencia de ar-farazon, e muitos outros... As vezes tenho a impressão dq pelo fato do grande mal do universo Tolkien serem semi-deuses q lideram criaturas medonhas (orcs, balrogs, etc) as pessoas focam tanto nesses monstros e não percebem as tragedias humanas (anãs e élficas) q acontecem na história....
@@antoniocarlosgomesfernedag1637 Povo se esquece disso, porque a história é um épico de herói. Mas há muitos conflitos na trama. Inclusive Tolkien tem personagens complexos em seu universo. Só que maioria deles não está em senhor dos anéis. E sim no Silmarilion.
Olha, já tem uma boa galera (Aqui no BR e na gringa) que já passaram por essa questão do final da série. Simplesmente não faz sentido nenhum alegar que o final planejado por Martin é o mesmo da série. Basta ler os livros pra perceber. Enquanto nos livros há uma enxurrada de tramas finalmente começando a convergir no sexto livro, a série simplesmente corta mais da metade dessas tramas. A própria existência do fAegon muda tudo. Os diretores da série simplesmente ignoraram Jovem Griff, mudaram bruscamente o destindo de Tyrion, ignoraram Lady Stoneheart, a Sansa da série ao que tudo indicado não tem nada a ver com a dos livros (Toda a trama dela no norte não faz sentido algum considerando os eventos de Festim dos Corvos), o destino da Arya na série também é totalmente rushado e nitidamente sem desenvolvimento, a presença do "Rei da Noite" por si só (Já que é uma figura inexistente na saga original). Eu poderia passar dias explicando como o final da série simplesmente não se encaixa em nada disso e ainda assim não seria o suficiente. Para além disso, acho no mínimo leviano alegar que exista um "propósito da fantasia medieval". Mesmo que existisse, seria uma elaboração extensa. O fenômeno de fantasia em si é extremamente recente, moderno, e sobretudo maleável. Tolkien não é pai da fantasia, embora seja crucial para o gênero. Seu estilo narrativo e sua carga conceitual não são e tampouco devem ser o padrão da literatura de fantasia. Dizer que existe um "propósito" em qualquer forma de arte é basicamente pisar em cima das três Críticas de Kant. Esse é meu problema, inclusive, com o conceito de "aplicabilidade" de Tolkien. Criar mitos não é uma arte. O contar de histórias não tem um propósito. Muitas vezes apenas refletem aspectos da nossa existência pelo fato de sermos enviesados, mas não por, a priori, precisarem de propósito, de forma alguma. Então dizer que Martin "não entendeu o propósito da fantasia medieval" é basicamente dizer que você mesmo não entendeu o propósito da literatura ou algo próximo disso. Não porque Martin é um gênio - não existem gênios - mas sim porque não existe um propósito para a fantasia medieval. Você pode NÃO gostar de Martin, e isso é totalmente cabível, eu mesmo tenho minhas críticas, algumas bem severas, mas de um ponto de vista literario, mas não é nenhum erro na concepção de fantasia ali. Quando Martin usa o exemplo do Aragorn, para podermos ilustrar aqui, está evidenciando justamente a diferença literária entre ambos: O propósito. Tolkien acredita no propósito inerente das histórias, por isso o destino dos orcs pouco importa. Ou importa, mas não o suficiente pra que seja algo racionalizado. Martin parte de uma leitura muito mais baseada em Umberto Eco, por exemplo, com a morte do autor. Martin não precisa explicar muita coisa, e frequentemente ele se esquiva de muitas respostas. Isso porque o mundo, a obra, é viva e fala por si só. Ela não tem um propósito, ela existe. Isso não quer dizer que Martin é melhor que Tolkien ou vice-versa, mas eu vejo Martin tendo uma base teórica acerca de estética bem mais ampla que a de Tolkien, que possui uma especialização mais literária. Além do mais, dizer que o final necessita ser tolkieniano, não só uma desnecessária idealização de Tolkien (Que mesmo dada a grandeza, não deve acontecer), como uma profunda falta de repertório. Basta dar uma foleada em outros livros, visitar outras literaturas, que você vai ver que um final tolkienano não é necessário nem pra uma história de fantasia. Na verdade, os melhores finais costumeiramente não partilham de visões artísticas tolkienianas. Até porque o final pouco importa em Tolkien. O propósito está fora da história. Literalmente não haveria metade das bases da literatura fantástica se não houvesse o gênero da tragédia grega e esse por si só tá longe de abordar finais como Tolkien. Como diz Aristóteles em 'A Poética', a tragédia deve finalizar "...com a destruição ou loucura de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do destino". Isso não é só o oposto do ideal heróico de Tolkien. É a subversão do próprio. Ao trilhar o caminho do herói, o personagem condena a tragédia todos ao seu redor. E isso não é só em Homero na Grécia Antiga. Isso está em Rei Lear, Macbeth, as peças Henriad, Hamlet, todas peças de Shakespeare ambientadas na Idade Média. Todas tendo esse ideal oposto. Histórias não são contadas por propósito. São contadas porque contamos histórias, apenas por isso. A questão é que ao contarmos histórias, deixamos um pouco de nós, nossa cultura e nossas referências saírem junto, e essa história vai acabar falando bastante sobre nós, na dimensão da existência humana. O propósito deve ser a posteriori, jamais a priori. Um mito não surge com propósito. Um mito surge, e seu propósito é atribuído depois. O "propósito" de um mito é um sintoma, jamais uma doença. Eu até gosto dos vídeos aqui do canal, mas no vídeo dos orcs e agora aqui, me deu uma leve incomodada. Não por sua opinião, tens o direito de tê-la, mas sim porque você, em ambos os vídeos, tenta abordar temas que são deveras complexos de forma leviana. Falar o que achou de obra X ou Y é uma coisa. Abordar os conceitos da mesma exige mais profundidade, e em muito me parece que a sua profundidade é monotemática. Ainda que eu veja alguns erros na sua concecude literatura tolkieniana, posso crer que você se interessa pelo tema e sabe bastante, mas esse é um tema entre tantos dentro da literatura. Até pensei muito antes de, de fato, postar esse comentário. Vejo boa intenção no que você faz, querendo abordar assuntos mais complexos, então pensei que progressivamente iria adquirir essa robustez necessária pra tratar de conceitualização, mas essa aqui foi... difícil.
Discrodo completamente. Mesmo no gênero de alta fantasia, podem existir difefentes tipos de obras. As Crônicas de Gelo e Fogo revolucionou o gênero, trazendo algo completamente fora da curva. E sim, existem heróis nas Crônicas, como o próprio Jon Snow, que é muito mais bem desenvolvido nos livros. E de todos os motivos pro Martin não ter terminado a história ainda, esse definitivamente não é um deles.
Exatamente, Martin colocou muito da realidade na história dele, é isso que muitos não aceitam ou não gostam, mas fazer oque a vida real é cruel, por isso a Fantasia clássica cai como uma luva.
O que não gosto desse tipo de história é alguma raça nascer boa ou nascer mal, tudo é escolha na vida e nas mitologias, uma história realmente boa prescisa ter pessoas boas, ruins, que mudam de lado ou ainda não se decidiram, e suas jornadas de transformação ou reafirmação do seu lado. Da para fazer historias maniqueístas ou totalmente cinzentas serem boas, porém o equilíbrio entre ambas é o mais orgânico, natural e agradável as pessoas.
@@RPGradio49 eu sei, por isso não gosto desse tipo de personagem, além do tabu religioso, que pode desatrair algumas pessoas da obra, tem toda essa questão de serem personagens planos e com aquela desculpa de a raça deixar mal, é tipo aquele tipo de inimigo como orcs ou insetos gigantes, são mais uma aberração da natureza do que vilão, funciona as vezes, mas outras só fica ruim mesmo. O mesmo vale para personagens 100% bons devido sua raça, e não serem seres divinos(o que justificaria), tornando-os pouco desenvolvidos.
Hmmm acontece que eu posso mudar esse pensamento que vc tem acerca desses personagens pra fazer vc ao menos ver o lado diferente sem abandonar suas visões próprias
Primeiro, deixe-me dizer, os demônios de frieren NÃO SÃO MAUS "Ahhh? Como assim?" Vou explicar, é muito bem explícito na série que eles são seres incapazes de sentir, eles são seres que são incapazes de ter remorso, rancor e algumas emoções humanas como empatia, e isso é meio que a biologia deles Logo, frieren também é meio... Mais do que só uma fantasia, eles explicam coisas a um nível de detalhe que deixa mais profundo a lore é quase uma ciência Os demônios de frieren são maus da perspectiva humana, sim eles são maus, mas são tão maus quanto um abatedouro de galinhas, eles só são assim pq da nossa perspectiva eles fazem coisas absurdamente amorais, mas a moral deles é da espécie deles não temos direitos ou sequer espaço na vida deles, pq eles são criaturas medíocres dominadas por essa natureza Digamos que em um cenário hipotético onde você fosse uma divindade, como culpar eles se você estivesse de uma perspectiva muito acima da moral e do ambiente dos humanos e demônios? Seria basicamente como cupins vs formigas, você não se importaria, assim como eles não se importam com a humanidade
Pessoas boas fazem coisas ruins e pessoas ruins podem fazer coisas boas. Acho que os personagens do Martin são assim. Discordo veementemente de quem diz que o heroísmo clássico é fundamental para a fantasia. O heroísmo clássico na verdade é irreal. É uma visão romântica do que deveriam ser os heróis, exemplos a serem seguidos. O heroísmo clássico funciona na ficção e tanto a visão de Martin quanto de Tolkien funcionam. Mas entendam que a visão do Martin é a mais pé no chão. Na história do mundo mesmo tem diversos eventos onde a guerra é justificada pela busca da paz. Em Senhor dos Anéis é muito fácil relacionar a guerra com ato de heroísmo pois os inimigos são o mal incontestável e irremediável. Mas no mundo real são pessoas inocentes que muitas vezes pagam o preço da guerra. É onde o heroísmo deixa de existir. Essa é a proposta do Martin. São pessoas existindo em uma guerra, cada um com seu motivo. E quem paga são os inocentes, a parte mais pobre da classe social, a ralé. Esse mundo não tem espaço para heróis clássicos. Mesmo que aqui e alí a gente encontre valores a serem a admirados, também encontramos falhas feias e grotescas em abundância. Vale ressaltar que as histórias de Tolkien e Martin são propostas bem diferentes. As histórias do Tolkien sempre tiveram uma visão romântica e otimista. As histórias dele me remetem a contos de fadas (não encarem isso como uma ofensa, o próprio Tolkien tem varios ensaios sobre sua narrativa estar próxima dos contos de fadas). Para Tolkien, fantasia é como uma consolação e servia como escape. Já o Martin decidiu fazer algo diferente. Deixando de lado muitos dos floreios em torno da fantasia medieval clássica. Gosto dos dois tipos de fantasia. Tanto a mais heroica quanto a mais cínica. É bom que existam mais variações dentro de um mesmo gênero.
Não faz sentido pra mim comparar Freire com GoT. Sendo que GoT o autor foca muito mais na índole das pessoas, mesmo que tenha o fantástico na história ela é tratada com um pouco mais com pé no chão, você vê isso na questão das profecias, elas são muito ambíguas cabe as pessoas acreditarem ou não. Diferente de muitas histórias de fantasia medieval . Pra mim ambas as histórias são fantásticas. Mas compreendo suas diferenças de ideias.
Cara, você precisa ler Reverend Insanity. Fang Yuan é uma aula de escrita moderna que lembra muito RR Martin mas com o diferencial de o seu "herói" ser justamente o vilão. É simplesmente espetacular, eu sou apaixonado em RR Martins e tenho todos os livros e a única história que me pegou foi Reverend Insanity, é ler RR Martin mas com aquele entusiasmo de ter um personagem principal e não ter certeza se ele sai vivo pela própria busca do personagem é uma obra filosófica e estupenda! Pra mim é top tier junto com sousou no frieren que é completamente perfeito tbm.
Eu amo os 2 universos de forma diferente. Frieren eh a obra de fantasia absoluta quando fala que pequenas experiências podem nos marcar e mudar, 10 anos por elfos não eh nada e mesmo assim ela teve uma experiência transformadora. Já a crônicas são um mundo realista da melhor forma possível onde vc entende a personalidade e decisões de cada personagem não são os plots Twisters fazem a história ser boa e sim os personagens. Game of Thrones eh a fantasia com melhores personagens já criada.
Tem algo verdadeiro na história de Martin que é a existência do mau e que mesmo os melhores homens e mulheres podem cometer crimes horríveis (exemplo de Davi). Mas, há existência de uma história paralela existe desde o princípio do mundo e que traz a esperança de que haverá um rei perfeito e um reino perfeito de paz, alegria e prosperidade, o nome do rei é Jesus e seu reino eterno.
Pra mim, que só viu a série, e terminei agora, a única pessoa que consigo dizer que é um herói, é o Jon Snow e os garotos que permaneceram e morreram ao seu lado, como Samwel Tarly, Pyp e Grenn, que eram pessoas simples, mas se focavam em proteger a muralha, mesmo que muitos deles fossem muito jovens. Foi Jon quem deu uma chance pro povo do norte, os selvagens, mesmo que tendo traído eles inicialmente, ele realmente tentou salvar eles. E no final, ele realmente os salva e viram até aliados.
Estava um dia refletindo sobre como George RR Martin tinha feito uma armadilha pra si próprio q ele nunca ia conseguir sair, nessa insistência de quebrar expectativas e matar os "heróis". Chegou um momento que pensei "se acontecer alguma coisa para os Lannisters e os Starks ainda conseguirem se restabelecer, vai ser por puro fanservise ou vai ficar com cara de fanfic".
4:31 o pior é que a história parece caminhar pra esse sentido, uma vez que o cenário geral é tão pessimista, mas tão pessimista, que o único meio lógico pra humanidade sobreviver é o azor ahai, vulgo heroi da profecia/escolhido.
O final de As Crônicas de Gelo e Fogo já escapou do controle do George e se tornou maio que ele. E ele, por sua vez, se nega a aceita-lo. Um outro exemplo disso é, o que ele fez com Elden Ring, onde não há sentido nenhum na nossa jornada. Pois, no final, nós simplesmente deixamos o mundo tão destruído quanto antes, se não mais.
Isso depende do final. Se for o da chama frenética então você está certo. Se for o da era das estrelas aí já é outros 500.quando ajudamos a ranni nos restauramos o anel pristino trazendo de volta a morte e restabelecendo o ciclo natural saindo da estagnação e matando a Elder Beats nos não damos o mundo a um ser que quer destruir tudo como o deus da chama frenética, nos nos juntamos a ranni e tentamos reconstruir o mundo sem a influência de um ser tirânico que irá controlar nossos destinos como a Elder Beats fazia.
É essa a magia da literatura, nem sempre precisa seguir a msm lógica. Enfim, nem sempre o heroísmo é necessário, são historias inventadas e contadas, e nem todos tem que se repetir o mesmo processo, nem toda fantasia medieval tem que seguir a lógica do heroísmo , a repetição maçante do irrealismo convencional, n q seja ruim, só são abordagens diferentes. A magia da literatura é as diferenças, é sobre como aquela pessoa quer colocar aquilo q ela imaginou na escrita, e nem sempre precisa ser algo agradável a quem ler, e sim ser como a pessoa q escreveu imaginou que se tornaria. ( George estava e tá trabalhando em mais do que apenas o as crônicas de gelo e fogo ) as vezes n é q nem tá carecendo de algo, é assim que se deve ter, e a motivo do fim não ter chego ainda, por ser algo um tanto diferente, sem contar que o cara sempre foi de ter uma escrita lenta, got pra mim é como deve ser, to sempre semanalmente indo na biblioteca e lendo o máximo de livro possível, toda semana pegando 3, e nunca parei pra pensar q tá carecendo de algo ou q precisa ser assim ou assim, sempre olho q o livro é como deve ser
As pessoas são extremamente cínicas e descrentes de valores nos dias atuais. Elas acham que a moral, a bondade e a coragem são como caracteristicas ficcionais de personagens de literatura. Pra essas pessoas eu faria a seguinte pergunta: se só existe malícia, corrupção e violência nos seres humanos, por que as civilizações ainda existem? Pois pela lógica dessa gente, se não há pessoas boas no mundo, só inocentes que ainda não se corromperam, o mundo já deveria ter sido destruido pela sanha por poder de pessoas extremamente ruins, brigando entre elas pra controlar tudo.
Todas as coisas que você disse se aplicam perfeitamente a Game of Thrones, mas são completamente incongruentes com A Song Of Ice And Fire. Nas palavras no próprio GRRM: "Meus heróis são os sonhadores, aqueles homens e mulheres que tentaram transformar o mundo em algo melhor do que o que eles encontraram, seja de maneira grande ou pequena. Alguns conseguiram, alguns falharam, a maioria teve resultados mistos, mas é o esforço que é heróico ". Daenerys, na visão de Martin, é uma heroína: ela tenta concertar as injustiças da escravidão, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado. Jon também é um herói: ele tenta integrar os selvagens ao resto do reino, acabar com todos os preconceitos e unir todos os homens em uma causa comum, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado Brienne também é uma heroína: ela tenta manter os seus valores cavalheirescos de honra e justiça, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado. E a lista continua, tanto a nível pessoal, quanto a nível temático. Acontece que as pessoas acham que o papel de um autor de fantasia é passar a mão na cabeça do leitor e dar todas as respostas definitivas para todos os problemas do mundo. Quando alguém chega com uma ideia diferente, essas mesmas pessoas torcem o nariz, como se não fossem capazes de apreciar outra visão de mundo. Além disso, qualquer um que tenha lido os livros sabe que eles estão longe se serem realistas. Desde o início nós temos castelos megalomaníacos, armaduras coloridas, dragões, elfos de gelo, tartarugas gigantes, feiticeiras e magos, uma muralha colossal feita de gelo e magia... As informações sobre o processo de escrita do Martin também são superficiais no melhor dos casos, e mentirosas no pior. Pra começo de conversa, não existe evidência nenhuma de que ele esteja mudando o final, na verdade ele já disse várias vezes que isso seria uma coisa idiota e rasa de se fazer, e garantiu que o final vai ser mais ou menos o mesmo, mas com um percurso diferente. O fato dele se considerar um "escritor jardineiro" não quer dizer que ele deixa as histórias de desenvolverem por conta própria até alcançarem um resultado lógico, como você disse. Ele sempre teve os principais pontos da história ( e o final ) na cabeça, o que muda é o percurso, que pode ficar maior ou menor, e variar em detalhes grandes ou pequenos. No mais, é uma leitura extremamente superficial da obra, provavelmente uma herança dos temas que Game of Thrones trabalhava, mas que não tinham nada a ver com a obra do Martin
O "realismo" do Martin é um cinismo, a mentalidade de todos os personagens é pos moderna. É um mundo medieval com personagens completamente modernos, o único personagem heróico e que mantém valores medievos de nobreza é usado como piada (Ned stark).
Por mais legal que seja ver uma história com moralidade cinza chega uma hora que a história começa a ficar chata e dá aquela sensação de "Já entendi, ser humano malvadão, realismo blah blah blah" e a história deixa de ser cativante então concordo com o vídeo. Acho que Berserk estava indo por um excelente caminho mas infelizmente Miura morreu. Vinland é um outro exemplo positivo de obra que apesar de ter um mundo cruel sabe definir muito bem o que são "virtudes".
Mano, preciso fazer uma crítica! Esse clipe no final de vídeo com o volume muito mais alto que o conteúdo do vídeo não é uma parada boa pra quem usa fone de ouvido, na moral mesmo! Se não fosse por isso, o vídeo seria excelente!
acredito q got está mais pra um dark fantasy msm igual ao mangá Berserk. Inclusive fica minha recomendação. Pra vcs q gostam do tema, Berserk vai te deixar estupefato.
@Kurozaklgor Perdão irmão, mas Game of Thones tá mais para Low Fantasy ou Grimdark, tanto mundo Game of Thones não é nem sombrio e nem colorido de mais, sim cinza, Game of Thones fosse Dark Fantasy, Westeros séria conquistada pelo Rei da Noite e seus milhões de caminhantes brancos. Nossa visão de protagonista seria mundo destruído, pessimista, onde mundo já acabou, só existe escuridão, bom exemplo disso é Dark Souls, você já jogou você sabe muito bem que Game of Thones não tem nada ver com Dark Fantasy, caso contrário começo da série seria na pós-invasão Rei da Noite, seria focada no sobrenatural e no terror do caminhantes brancos, não seria focada na disputa de poder pelo trono de Westeros.
@@Allan_GuilhermeSim, o mundo real é um lixo boa parte do tempo, mas nem ele chega a ser tão degradante quanto muitos desses filmes/series em que todos são corrompidos, como em The Boys ou Game of Thrones. Existem pessoas boas que ajudam os outros, fazem sacrifícios, e agem de forma altruísta. Já nesses mundos de moralidade cinzenta, quase todo mundo é egoísta e mau por natureza. Há uma questão importante sobre a influência da cultura na sociedade, e esse tipo de conteúdo parece apenas despertar o pior nas pessoas, em vez de inspirá-las a buscar ser melhores.
Eu não ligo da Dayneres se torna louca no final, desde que seja bem escrito o caminho para o final do personagem eu super aceito. Até pq na minha visão a queda da Dayneres seria o autor dizendo que todo império um dia cai, títulos são passageiros. Então pra mim seria justificado a queda dela mesmo que ela seja uma das minhas personagens preferidas. O problema foi o roteiro da série, que foi muito mal escrito nas últimas temporadas. Acho que ele querer mudar o final só pq o público não gostou de como seria o destino de muitos personagens é pior besteira. Não deveria ser o público que comanda a história e sim autor.
Vi num outro comentario que o autor do video "gosta da serie e tem os livros". Ou seja, provavelmente nem leu os livros do Martin. O que por si só ja evidencia como essa analise é absurdamente rasa, e tambem é um problema comum no fandom dessa serie, é so ver a quantidade de gente nos comentarios dizendo coisas como "os livros de Game Of Thrones" e coisas assim
O foda é que a própria obra do Martin CLAMA por um final heróico Sim, a trama maquiavélica e cinzenta do trono de ferro é legal, mas de que importa quem senta no trono quando os mortos começarem a andar? Os vagantes são como o mal absoluto... a história clama por um herói que vai vencer a longa noite, mas parece que o Martin não gosta dessa idéia e quer desesperadamente criar algo diferente que nunca tenha sido escrito por que ele não quer ser como Tolkien
Vi a tumbe, e pensei: vai falar besteira. Agora após terminar o vídeo, só tenho algo a dizer: Concordo com tudo dito. Parabéns pelo trabalho irmão, sucesso sempre.
Ótimo vídeo, mas uma correção, Aragorn não eliminou todos os orcs e até seus filhotes. Na verdade ele cedeu uma parte das terras próximas de Mordor para os orcs que lá viveram em paz sem a tirania e comando de Sauron. Se não me engano está informação de encontra em " O anel de Morgoth"
São só visões diferentes de escrever. O tolkien gostava dessa visão esperançosa do mundo deixando soluções sendo algo mais eterio, adoro a visao dele inclusive foi meu primeiro contato com fantasia medieval. Ja o Martin tenta ser mais materialista mesmo como você disse, mas nem de longe acredito que esse seja o problema da demora dos livros dele, e dele nao achar solução, afinal essa figura do herói existe na história dele, e ele subverte ela pra visao e forma dele de escrever também, falando na profecia que pra vencer a longa noite ele precisou, ele mesmo, matar quem ele amava. Vejo valor em ambas as formas de ver o mundo, sao ambas muito boas e necessária, mas vai de gosto mesmo decidir qual você prefere. Posto isso, gostaria de descorrer mais sobre a demora do martin no fim do livro, como vc mesmo disse e como o próprio martin se intitula, ele é um autor jardineiro, isso nao significa que a história vai se concluir sozinha e que ela pede por um final tolkiano, só faz uma analogia com a forma dele de escrever, que é pensar em caminhos que a história vai tomar com base nas personalidades de cada personagem e pensando "o que ele faria nessa situação", isso leva ele a escrever e reescrever varios caminhos possíveis, tornando a escrita dele bem demorada. Voltando para analogia de autor jardineiro, é como se ele podarse a árvore varias e varias vezes para que ela possa crescer da forma mais bonita. Sobre a série ter mostrado o final e ter sido ruim, tbm é meio raso isso, pq como ele é um autor jardineiro ele poderia ate ter planejado realmente aquele final, mas ao fazer algumas podas novas na árvore ele pode ter visto novas formas melhores de deixsr ela crescer, e isso ja aconteceu antes na história dele, quando ele planejava fazer o rob ganhar a guerra dos 5 reais matando o Joffrey em porto real terminando tudo em 3 livros, mas podemos ver que não foi esse o rumo que a história tomou.
Gostei do vídeo, mas acho que ao invés de vc por juízo de valor entre as duas formas de ver fantasia medieval, e falar que uma forma é melhor do que a outra, acho que ficaria de mais bom tom vc elencar como fatores que faz você preferir a visão tolkiana
Parabéns pelo vídeo. Não sou ligado a RPG ou Tolkien, e nem vi Game of Thrones, mas adoro Frieren. Em meu site, o Blog Sushi POP, escrevi sobre a série destacando seus valores. Em tempos de cinismo e hipocrisia, foi bom ver uma obra que ressalta bons valores e fala sobre a importância de um legado.
Ser materialista não é ruim, mas colocar apenas esse aspecto em uma historia de fantasia medieval, deixa ela pobre na parte fantástica. . . todos precisamos de inspirações heroicas!
Eu entendo a ideia do seu vídeo, mas você foi bem superficialmente dentro da história da canção de gelo e fogo. Todos os seus exemplos para comparar com senhor dos anéis existem e ja existiram justamente dentro da história q o Martin escreveu. O próprio Martin ja disse q ele não escreve o mesmo gênero de história q o Tolkien. Ele não mudou o final dos livros, até por que eles seriam aceitos justamente pq a escrita dele seria boa para explicar isso, o problema da última temporada não é esse, é a construção horrorosa q se deu. Você deu um bom exemplo sobre o Aragorn, ele iria acabar com todos os orcs inclusive os bebês, oq para o Martin faz o herói ser justamente cinza. É só uma questão simples de detalhes.
Em geral, eu tendo tanto a nao gostar da moralidade grim dark de game of thrones quanto da moralidade maniqueista estilo Senhor dos Aneis em obras contemporâneas (apesar de amar a obra de Tolkien - mas eu vejo ela como um classico e nao como algo que deveria ser sempre imitavel). Para mim, o melhor eh o meio termo: obras como Star Wars e Naruto, onde os herois podem se corromper ou vilões se redimirem, pq eles tem motivos profundos para isso. Ou seja, eu nao gosto de definiçôes metafisicas de bem ou mal, em geral o que eu gosto nas obras eh ver como os personagens, ao serem impactados por traumas e sofrimento, seguem caminhos dificeis e acabam se redimindo ou se libertando no final. Acho que na vdd eh pq eu tenho um padrão mais budista/darmico de moralidade do que judaico-cristo-islâmico de moralidade. Eu tendo a ver personagens como Darth Vader e Itachi como mais interessantes do que Aragorn ou Little Finger. Obviamente, em Star Wars (de maneira mais explicita) e em Naruto (de maneira mais discreta), existe o mal absoluto. A questão aqui eh que nesses universos, o mal absoluto eh bem mais humano do que em Senhor dos Aneis, mas nao eh normalizado como eh em Game of Thrones, onde o mal é banal. Então, tanto em Naruto como Star Wars, o que você tem como antagonistas de mais destaque são anti-vilões e não vilões tradicionais. Eles tem suas motivações pessoais, em geral viveram uma vida de muito sofrimento e no final, a vitória do heroi se dá pq ele consegue redimir esse heroi. Ja o mal absoluto em ambas as historias eh o poder (sim, em Senhor dos Aneis e Game of Thrones tb eh, mas o primeiro reifica isso numa entidade demoniaca e o segundo banaliza isso), e ele que deve ser vencido, tanto pelos herois como pelo anti-vilão no final. Em Star Wars o poder, que è tanto político quanto místico esta personificado no Imperador. Em Naruto é bem mais sutil, pq o poder político em Naruto eh bem mais discreto e separado do poder bruto. Madara, por exemplo, no final eh apenas mais um anti vilão, como todos os Uchiha e o arco deles eh obviamente de redenção. Obviamente o final de Naruto acaba sendo insatisfatorio, pq o autor resolve pesar muito a mao no sobrenatural e acaba deixando de lado aquilo que era o pior no seu universo: pessoas como Gatou, Danzo e etc, que se vc notar, agem exatamente como os personagens de Game of Thrones. De certa forma, Sasuke ter derrotado o Danzo foi satisfatorio, mas isso foi apagado pelo infame arco da guerra ninja. De qualquer jeito, o que eu quero dizer aqui, eh que ao meu ver, o que eu gosto mesmo sao obras que abordam a questão etica e politica de forma satisfatoria. Sem criar maniqueismos onde tipo "todos os orcs sao maus" (para mim a unica obra que tem o direito de ser assim eh a de Tolkien e olhe la, Tolkien poderia ter enfrentado a questão em seu projeto de sequencia abandonado, mas desistiu, apesar de que a moralidade de sua obra e a propria moralidade catolica dele abrem espaço para a redenção desse tipo de ser), mas ao mesmo tempo, sem cair em um cinismo pos-moderno como em Game of Thrones. Tambem nao falo de abordar a politica de forma panfletaria e nao sutil, em geral isso acaba criando o tipo mais tosco de maniqueismo que existe aue eh "o meu lado eh perfeito esta certo e o outro lado eh o mal absoluto", soh que nesse caso, do contrario de Tokien que tentava fugir de alegorias, as alegorias estao para todos os lados e ai o maniqueismo acaba sendo uma forma de odiar pessoas reais (independente de quem sejam). A questao aqui, eh que uma obra que queira lidar com politica de forma satisfatoria, deve deixar as coisas suficiente cinzas para entendermosnos motivos pessoais dos personagens, mas nao cinzas a ponto de cair em um niilismo etico onde todo comportamento/ação nao faz diferença, pq no final "o mundo eh assim mesmo" (que eh o problema de Game of Thrones). A unica forma de fazer isso satisfatoriamente eh escrevendo uma tragedia. Soh que Martin matava seus personagens tragicos de maneira inesperada, o que destroi o climax da tragedia, pois a tragedia em geral eh anunciada e seu cl em geral dura bastante.
Eu literalmente amava game of thrones quando era adolescente, mas honestamente hj em dia n gosto tanto, talvez seja pq eu comecei a amar mt uma fantasia clássica
No caminho, por como as coisas andam, a narrativa do Martin lembra muito mais um épico grego. Apenas a ambientação que é medieval. Mas, como muitos mitos têm, a narrativa não envolve uma moralidade tão clara, são só interesses em disputa. E cada acontecimento meio que chama os próximos sem precisar de um planejamento de longo prazo. Só que se eles for manter a própria lógica e continuar nessa direção, não deve haver uma salvação. O caminho "natural" dos eventos é terminar de forma extremamente trágica. A extinção da humanidade ou mesmo de toda vida em Westeros é um prognóstico bem possível, até o mais provável. Só que ele não quer isso, e acho que não sabe como fazer.
Cara tu me fez pensar que o Martin realmente ta perdidinho. Ele nao quer fazer uma historia nos moldes tradicionais, mas indiretamente busca esse desfecho quando tenta colocar alguem no trono de ferro. Acredito eu, que para um historia fora dos padroes, a tradição do trono de ferro deveria acabar e um novo sistema se erguer.
Sou muito fã das crônicas de gelo e fogo e pra mim o final mais realista possível seria pessimista. Onde todos são mortos ou alguém faz um pacto ou ato absurdo, para uma pequena parcela sobreviver
Primeiro, fixa !
@@MichaelCosta-s1m hahaha tmj
O que eu acho muito legal sobre o anime da Frieren é que essa obra desconstroi o conceito de "desconstruir herois": Frieren é uma maga elfa imortal e inteligente, mas não sábia. O guerreiro Stark é medroso, e ele mesmo admite isso. O clérigo é alcóolatra. O heroi Himmel, quebrando o arquétipo de outros herois arturianos, nunca conseguiu obter a Espada do Heroi, e ele era bem simplório em vários aspectos de sua vida. Ainda assim, todos esses personagens que eu mencionei são herois na história. Herois pelo simples fato de terem saído de sua zona de conforto para fazer algo em prol dos outros.
"Não existem herois perfeitos", essa é uma verdade, mas enquanto obras ocidentais de "desconstrução de herois" distorcem essa verdade para dizer que não existe heroísmo no mundo real, "Frieren" entende isso e mostra, em sua história, que os herois do mundo real não precisam ser perfeitos.
@@josteinhenrique2779 exato
Acredito que isso é uma consequência de como a obra separa bem os momentos onde vemos os "heróis" em combate, e fora de combate. Frieren é um exemplo, quando nao está lutando ela é basicamente uma vovó com aparência jovem, porém assim que ela enfrenta um demônio ou alguma ameaça, você entende o quão implacável ela pode ser. Starkk também segue essa linha, um guerreiro que fez até um dragão sentir medo, mas que é desajeitado e ingênuo para quase todo o resto kkkk
São propostas diferentes, no momento você entende isso, vai entender que existem filmes para adultos e filmes pra crianças, não você nunca mistura duas coisas, nunca dá certo
Visões de mundo. Tolkien viu os horrores da guerra e escreveu sobre esperança e nobreza. GGR Martin fugiu da guerra do Vietnã e escreveu sobre niilismo e hipocrisia.
Vc tá pegando algo escrito no período da Segunda Guerra Mundial na Europa com algo escrito nos anos nos anos 90 e lançado em 96, ele ter fugido da Guerra do Vietnã não influenciou em nada na história pq o mundo que ele escreveu era muito diferente, a guerra do Vietnã já tinha acabado a quase 20 anos.
@@diogonadir7535 vc não entendeu tolkien viu o horror e pior da humanidade e escolheu fazer uma historia pra escapar disso ggr martim viu o melhor da humanidade e escolheu fazer uma historia pra escapar disso
@@diogonadir7535 Tanto a fé quanto as experiências da WW2 influenciaram as histórias de Tolkien. Martin, por diversas vezes, afirmou que Tolkien influenciou muito sua visão de mundo na infância, mas vc acha que uma guerra que ele experimentou não o influenciou?
Essa doeu. Niilismo é coisa de covarde mesmo
"Fugiu da guerra" carai que merda de mentalidade, a guerra do Vietnã foi um massacre, não querer fazer parte disso é algo que um ser humano de caráter faria, Br ama ser cadela de milico e estaduninde
Frieren e uma aula de escrita, quando comecei a assistir esse anime eu não dava nada por ele, e me espantei com a qualidade e profundidade que ele carrega. Em meio a tanto estrume que foi escrito nesses tempos "moderninhos" de hoje em dia, esse anime é um diamante.
Frieren é profundo para quem só consome animes e mangás, profundo mesmo são os livros do Dostoevsky, Camus, Tólstoi, Murakami, etc
@@caxtei midias diferentes
@ e?
@@miguel_pds271 não muda o fato que Frieren é superficial
@@caxtei mas não entendi porque a comparação de uma obra só com autores de varias obras
Concordo completamente. O heroísmo é simplesmente o coração de historias medievais fantasiosas.
Isso que eu acho um diferencial em Game of Thrones, apesar de ser uma história medieval, é uma história pouco fantástica se comparada com outras obras literárias do mesmo tipo, os próprios dragões dos Targaryen, estão mais próximos de grandes repteis voadores pré-históricos com uma adição de cuspir baforadas de fogo do que com as magnificas e majestosas feras da fantasia.
@Vinicius-rd7el Eu concordo que, sim, de fato é o que diferencia Game of Thrones de outras obras fantasiosas. Também é o que me atrai na série e nos livros (ainda não li, mas quero comprar). Entretanto, querendo ou não, hoje em dia mataram o heroísmo. Ele é considerado "inadequado" ou "obsoleto", o que é muito triste.
@@Vinicius-rd7elmas no livro os dragões são criaturas mágicas,incluindo eles se ligarem aos cavaleiros.
@@Vinicius-rd7el eu gosto de GOT, mas o final teria que ser heroico. A galera brigando e od white walkers vem e dominam tudo.
@@RPGradio49Não sou fã de ASOIAF,mas não tem como vc meter essa ideia de heroísmo em obras que não se propõe a isso,Asoiaf se propõe a ser um dark fantasy onde o final vai ser amargo,mesmo que eles derrotem os White Walkers e impeçam a longa noite,algumas décadas depois um nobre ganancioso vai começar outra guerra pra ganhar dinheiro.
Esse vídeo foi muito necessário sendo sincero. Não é de hoje que os valores tem sido subvertidos ou reduzidos nas histórias infelizmente
eu sou fã de sinceridade nas hisórias
@RPGradio49 concordo
@@RPGradio49 Eu penso que as duas abordagens são necessárias, uma mais realista e outra idealista, uma pra enxergarmos a frieza e desesperança no mundo, e a outra para nos inspirar a buscar algo mais elevado e sublime, e na própria história de Game of Thrones podemos ver arcos de redenção tão bonitos, como o Jaime que é um cavaleiro nas habilidades mas horrível como pessoa e aos poucos vai se tornando um cavaleiro no caráter.
@@D4V1.TX.A abordagem cinzenta não é necessariamente realista pois ela aborda somente personagens que são ou maus ou moralmente questionáveis, nunca há um personagem que seja ou busque ser algo fora disso, sendo que na vida real existem pessoas boas que se sacrificam por outras, que buscam ajudar outras pessoas e fazem o que podem buscando o bem maior, apesar de não serem perfeitas, costumam ter mais qualidades do que defeitos, ou qualidades que ofuscam seus defeitos.
@@Ignisaureus esse mundo de pessoas heróicas não existe, o mundo é podre e as pessoas tbm, pare de ser infantil e deixe as pessoas escreverem o que acharem melhor.
Eu juro que não fumei 12 maços de malboro pra fazer este vídeo 😅
Acho que devo duvidar...
@@pipolca2381 Ele jura que não foi malboro, mas não disse nada sobre derbi e hollywood.
Bem você só exclui o Malboro não os demais kkkkk
Seu vídeo está perfeito. Sempre tive a sensação de que em algo Frieren me lembrava de Tolkien, mas não sabia exatamente a razão
@MyMatheusgomes obrigado, tenho outros vídeos nesse estilo na playlist cultura pop
Enquanto em Martin os heróis morrem logo e ficam os mentirosos e assassinos em frieren são os nobres de coração
@@Shirebaggins. exato
Estude a história do Brasil e cê vai ver que a nossa história é exatamente essa.
Os heróis ainda estão vivos, vários personagens bons ainda não morreram.
@@lucasb6881 KAKAKAKAKAKAKA
O problema é que o Martin confunde nobreza e heroísmo com burrice. Pega o Eddard Stark por exemplo, foi deposto e morreu porque, ao descobrir a verdade foi mandar o Mindinho o ajudar a colocar o Stannis no trono mesmo sabendo o como o Mindinho é e o que significaria um rei Stannis pra ele. Já faz uns bons 10 anos que li, mas, tirando comandantes da patrulha da noite, não me lembro de nenhum personagem heroico que morre por alguma coisa além de burrice.
Ele podia ter ficado de boca fechada e se preocupar em terminar a obra dele. Fã gostar ou não é com o fã. Se ele criou ele pode dar o final que quiser. Pode até dizer que tudo não passou de um sonho de qualquer um.
@@GodOlivieri 74 anos, só se ele se trancar em casa e escrever
Fã é quem vai dar o dinheiro pra ele então o fã tem todo o direito de querer qualidade. O básico de um negócio é garantir satisfação do cliente.
O propósito de um autor está acima da satisfação do """cliente""" o fã se atraí pelo que ele gosta, é o fã que tem que ir atrás da obra dele não a obra que tem que se sujeitar em prol da vontade do fã ao mesmo tempo que o contrário deve ocorrer, ambos tem que ter liberdade
@swndayswyno2447
Não acho que o final com Bran como rei e Daenerys ficando louca seja ruim, ruim é fazer chegar até esse ponto de forma coesa e não alterando os personagens a tal ponto que fiquem irreconhecíveis.
Ou seja, se as temporadas do GOT fossem melhores construídas o final não seria taxado de ruim.
@jonathaspaiva1787 os caras tinham outros projetos dai apressaram
Pra mim um mundo onde a moralidade cinza é onipresente é monótono. Claro, é interessante a moralidade cinza ainda mais quando aplicado a grandes grupos ou facções como um todo, mas se ninguém individualmente é totalmente bom ou mau e todo mundo é igualmente maquiavélico, egoísta e pragmático você não tem ninguém pra torcer a favor ou contra porque um personagem não é melhor que o outro.
@@chapandonaweb6142 a jornada do herói é o coração das histótias de fantasia. É dificil fugir por muito tempo
Não. Porque existem os honestos ou os que acham que existem bem e mal, acabam sendo feitos de trouxa no caminho e no percurso.
@pedroh3207 boromir
Está aí uma verdade muito grande, meu chapa. A moralidade cinza ou a maneira com a qual ela é escrita, sendo bem sincero, depende muito da mídia com a qual você deve utilizá-la. G.R.R.Martim ao meu ver tenta ser algo que ele não é, tenhamos em vista Elden Ring por exemplo, ali é uma prova da verdadeira escrita dele em um mundo ainda mais fantástico e com regras mais bem estabelecidas do que em GOT, porém fica mais bem nítido as situações com que você pode identificar, além de existir uma distinção clara do seu dever como maculado. O heroísmo é necessário e realista, um mundo onde há apenas o interesse com seu próprio rabo e cada um é meramente um soldado de si mesmo ou de alguém acima é irreal, se considerarmos mais ainda um mundo fantástico, Tolkien é mais realista que G.R.R. Martim, pois a mesquinharia, a corrupção, o interesse mútuo de sociedades colaborarem entre si para seu crescimento, trata mais do nosso mundo do que uma obra que demora mais descrevendo cenas de sexo do que cenas de batalha. Para quem leu o comentário, tamo junto
@@RPGradio49
Pensei mais no Jaime Lannister e no Bran, além de outras figuras.
Eu entendo seus pontos, são bons paralelos. Mas vale dizer, que tanto Frieren quanto As Crônicas ( e O Senhor dos Anéis também) são obras com objetivos diferentes, cada uma com intenção de contar algo distinto da outra. O heroísmo é tão necessário quanto a crueza e o constante tom cinzento nas obras do Martin, é possível tirar lições valiosas de qualquer uma dessas obras. Acho que a beleza da Fantasia (tanto medieval quanto qualquer outro subgênero) é justamente poder trabalhar tantos conceitos quanto o autor quiser, bem como de tantas formas diferentes e únicas.
fica aqui o acréscimo, pq vejo que alguns interpretaram mal o trecho citado do George Martin: Ele não estava desmerecendo a escrita do tolkien, e sim explicando como ele se inspirou em O Senhor dos Anéis para construir o próprio estilo/universo de fantasia, de modo que os pontos em que ele ficava curioso, quando mais novo, ao ler a obra do tolkien foram o que motivou ele a justamente trabalhar isso nas próprias obras.
boa análise
Exatamente!!! Acho tão interessante cada personagem, se vc quer personagem com centro moral? tem brienne, jon se vc quer um personagem inteligente? tyrion, mindinho, se vc quer um anti herói? vc tem a Dany, um personagem complexo ? o Jaime, alguém pra odiar ? Joffrey. Ele conseguiu criar um mundo muito interessante e complexo com vários tipos de personagens, creio que isso fez as pessoas gostarem de got
vejo GOT como uma continuação alternativa do LOTR. O trono de ferro é o anel do poder triunfado.
@@AnubisJehutyvejo GOT como o senhor dos aneis que deu errado
A abordagem do Martin sobre fantasias medievais é fantástica. Seguiu por caminhos muito diferentes da maioria das obras do gênero e sinceramente, fez um universo impecável. Azor Ahai (acho que é assim que escreve) deveria ser essa figura heróica e creio que seria o John Snow, mas acho que o erro foram as decisões em relação aos vagantes brancos. O plot envolvendo os mortos foi resolvido de uma forma ridícula não condizendo com a ameaça que eles realmente representavam. Acho que se eles tivessem sido os verdadeiros inimigos finais, ao invés de obstáculos pontuais para então a luta contra a Cersei, muita coisa teria sido diferente.
eu gosto do martin
Lembrando que não foi o Martin que escreveu esse final, os últimos livros ainda nem saíram
@@nicolas687 Pois é, mas sabemos que ele havia revelado pontos chave e o final, agora quais e como, só deus sabe.
@@antoniovictorcarvalho6888 é impossível os finais dos livros serem semelhantes ao da série, pelo simples fato de que o Rei da noite foi uma invenção feita pela série.
Cara tô assistindo frieren agora, sua análise é muito boa, pois, frieren é sobre a grandeza dos pequenos e grandes atos humanos, que só teem valor que o tempo é escasso, e ver isso pelos olhos de alguém "imortal" é fenomenal.
@@lucasvieira5410 💪💪💪
achei uma excelente análise, muito profunda, e acertada, a fantasia medieval busca o transcendente, o que é uma impossibilidade para quem esta intoxicado de materialismo!
"conto de fadas não servem, para provar que dragões existem, mas sim que podem ser derrotados" GKC
@@Allan_Guilherme Ninguém disse que queria um personagem bondoso perfeito, mas sim um que seja humano mas que mesmo assim tenta fazer o bem de algúma forma memso em um mundo podre e sombrio.
George R.R. Martin não rejeita o conceito de heroísmo, mas o interpreta de forma diferente das narrativas tradicionais. Em suas próprias palavras: “Meus verdadeiros heróis são os sonhadores, aqueles homens e mulheres que tentaram tornar o mundo um lugar melhor do que o encontraram, seja de formas pequenas ou grandiosas. Alguns tiveram sucesso, outros falharam, e a maioria alcançou resultados mistos... mas, na minha visão, é o esforço que é verdadeiramente heróico.” Essa visão é refletida em A Song of Ice and Fire, onde o heroísmo é mais sobre o esforço coletivo e a persistência diante das adversidades. Personagens como Jon Snow e Samwell Tarly exemplificam isso. Jon luta pelo bem maior, mesmo sacrificando seus interesses pessoais, enquanto Sam desafia suas próprias limitações para contribuir de forma significativa.
Essa ideia encontra paralelos em obras como Fieren Himmel é lembrado como herói, mas seu legado e sucesso dependem dos sacrifícios de muitos antes dele, muitas fracassaram também. Assim como em A Song of Ice and Fire, grandes conquistas só são possíveis graças ao esforço coletivo, Whitewakes são uma ameaça muito grande pra esforços de qualquer herói sozinho. Em Re:Zero, a relação entre heroísmo individual e coletivo fica ainda mais clara. Reinhard é o herói clássico, mas ele não resolve todos os problemas sozinho. Subaru, embora limitado, usa planejamento e alianças para superar desafios. Isso reflete a visão de Martin, onde o heroísmo isolado não é suficiente. batalhas como Blackwater e Batalhas das milhares já mostram que coisas GOT só são resolvidas na base da estratégias, grandes alianças, ninguém vence nada sozinho.
Além disso, Game of Thrones subverte expectativas sem eliminar o heroísmo. Personagens como Ned Stark falham, mas isso não diminui sua integridade ou importância como herói. Essas falhas os tornam mais humanos, assim como Subaru, que muitas vezes fracassa antes de encontrar soluções, reforçando que o heroísmo é uma jornada imperfeita, mas perseverante. No final, a visão de Martin sobre heroísmo é muito mais realista. Ele rejeita a ideia de heróis impecáveis e solitários, preferindo histórias onde grandes feitos nascem de sacrifícios coletivos e da persistência. Essa mesma abordagem, vista também em Fieren e Re:Zero, mostra que o heroísmo não está apenas nos grandes atos, mas na luta diária e nos esforços compartilhados.
Sobre Aragon isso mais questão de visão política, George R.R. Martin expressa essa diferença ao dizer: “Eu não compartilho a crença nos governantes monolíticos.” Para Martin, a visão de um herói perfeito, como Aragorn, pode ser uma simplificação. Embora Aragorn seja descrito como um rei justo, a ideia de um governo autoritário e infalível pode ser problemática(você sabe o que quero dizer), considerando que até os heróis estão sujeitos a erros e dilemas morais, as vezes tiro onda com demora de Song A Ice, mas escrevendo texto me veio mente quão narrativa de GOT complexa e não fácil pensar final, não algo que pode ser simplificado como herói reunido monte de gente em batalha final.
Muito boa análise, parte da razão de ser impossível para o George Martin terminar as crônicas do gelo e do fogo da forma como Tolkien escreveria é que a fé de Tolkien fez ele escrever um mundo partindo do nosso mas não esquecendo do ideal religioso que existe em Senhor dos Anéis, não é uma mera história medieval, é o retorno ao próprio conceito de sacrifício é completa entrega a Deus e ao próximo, o homem não é herói por si, mas sim porque Deus o conduz a verdade, Deus o conduz ao bom ideal. Um mundo onde a busca por Deus não existe, não consegue criar heróis somente tragédias.
Kkkkkkkkkkk quanta besteira
Não acho que GoT queira ser uma jornada do herói. A maneira como ela acabou na série foi muito diferente da maneira como o Martin constrói as próprias narrativas. Ele é um jardineiro e permite que as histórias "se escrevam sozinhas" mas ele ainda é a mão que vai podando os galhos, conduzindo a trama pra contar a história que ele quer contar. Além disso, a Jornada do Herói em Frieren é só parte do plano de fundo, pois a estrutura usada na condução dos episódios é diferente.
A estrutura de jornada do herói é só uma das estruturas narrativas. Obras como GoT e Frieren, que usam estruturas narrativas diferentes e apresentam uma maneira diferente de contar histórias de fantasia medieval, refrescam muito esse gênero tão cheio de "jornadas do herói".
Por isso, respeitosamente discordo de vc
frieren ainda tem jornada do herói, nos fashbacks
Argumentos péssimos. Começa que várias obras de fantasia famosas não tem personagens 100% solares, as Crônicas arturianas e mistborn são só dois exemplos e essas obras foram finalizadas sem problemas, o problema do Martin tá muito mais no método de escrita, que consiste em escrever e reescrever varias vezes um mesmo capítulo, muitas vezes trocando o plot planejado originalmente. Em segundo, eu não sei de onde se tira que não há heroísmo no universo de ASOIAF com personagens como Brienne de Tarth e Duncan o Alto o tempo inteiro dispostos a arriscar o próprio pescoço por inocentes. O próprio Ned Stark só morreu porque preferiu se colocar em risco a arriscar a vida de crianças. "Ai, mas ele foi punido por fazero que era certo" se você faz o que é certo só pra esperar a recompensa, você não é bom de verdade, é só um cão adestrado. Muito fácil ser "bom" sem complexidade, sem dilemas, sem estar com medo. O difícil é ter os piores impulsos e ainda assim fazer o que é certo, e ASOIAF é sobre isso também.
Em terceiro, quem leu os livros já sabe que é impossível o final dos livros ser idêntico ao da série, meramente porque a série começou a divergir demais do material base já na quinta temporada. Plots como Aegon Blackfyre, a nova rebelião Greyjoy comandada pelo Euron e mesmo o nível de poder de Bran Stark completamente escanteados. E por último: é impossível Ventos do inverno não ser publicado. Mesmo se o Martin morrer amanhã, ele já fechou o contrato, o livro meramente seria compilado pela equipe e entregue, não existe essa história de uma editora investir anos numa franquia bilionária sem esperar nenhum tipo de retorno. Não vou nem entrar no mérito de ensinuar que o Martin "não entendeu" Senhor dos Anéis, com literalmente o RR do Martin sendo também uma homenagem ao próprio Tolkien. Por fim, quem "salva" o mundo de ASOIAF não será meramente um "rei" com espada flamejante, até porque Jon Snow é um bastardo e vai seguir sendo, porque foi justamente sendo um bastardo que ele se tornou o homem que faz o necessário pra salvar pessoas. Jon podia ter sido feliz com a Ygritte, podia ter fugido e deixado tudo pra trás. Ao invés disso, deixou ela e decidiu salvar os "irmãos" na Patrulha, mesmo os odiando, porque sabia que o mundo precisava deles. Mas ele não é o único a seguir essa linha. Jaime Lannister "salvou" o mundo ao decidir sacrificar sua honra em prol de milhares, ainda que ele próprio não seja um homem bom. A própria Brienne "salva" o mundo quando decide respeitar os próprios ideais, ainda que isso possa causar sua morte e a coloque em risco. O que salvará aquelas pessoas no final de tudo será a capacidade delas de também terem, apesar de tantas falhas e defeitos, empatia. Mas o mundo não será salvo sem um preço, não vai bastar "matar todos os orcs" pro problema acabar. Mesmo depois dos caminhantes serem expulsos, o mundo continuará como sempre foi para a maioria das pessoas, cercado tanto de mesquinharia quanto de bondade, onde as vezes o justo ganha e as vezes não, onde o bem que se faz aqui muitas vezes só volta pra você muito tempo depois. Só não entende quem diz ser fã da saga enquanto só assistiu a série de TV ou quem tá muito chapado de moralismo pra compreender. Como o próprio Martin bem pontua: "se não é sobre o coração humano em conflito consigo, não vale a pena ser escrito".
@sherryholtter2840 Você falou tudo, ele basicamente reclama do porque Game of Thones não ter heroísmo ou jornada do herói, igual Frieren, sendo duas obras são propostas e públicos completamente diferentes, irônico nisso tudo que jornada do herói esse povo gosta tanto de citar e pregar, se originar dos gregos, engraçado disso tudo que gregos são pai e os criadores do heroísmo, mas para os padrões dos "heróis" modernos desclassificar hoje maioria dos heróis gregos, hoje dia heróis gregos seriam classificados como anti-heróis ou vilões para padrões atuais.
Eu li o mangá, e tem uma fala de um personagem que diz que possivelmente os demônios são criaturas como quaisquer outras mas usam da fala humana para predar humanos ( assim como um urso usaria as garras para te gastar ou um lobo usaria as presas para romber sua jugular). São seres que vieram do abismo e aprenderam da melhor forma como predar humanos.
O final de GoT não foi ruim por não ter seguido a Jornada do Herói. Foi ruim por ter sido mal escrito
kkk sim
Pelo que ouvi teriam 11 temporadas más foi a direção de David Benioff e D.B. Weiss que C A G A R R A M com o final.
@@joaovitordasilva2743 eles queriam fazer outros projetos
Tudo bem que realmente eles cag@ram a história, mas o Martin tbm não termina o livro dele, então fica difícil culpar só os show runner, sendo que o Martin ou não consegue ou está pouco interessado em terminar a história
E mal atuado. Kiti Harrington é um ator muito fraco, sem presença, não convence. Vc pega o Pedro Pascal, o cara quando é carismático, em poucas cenas eles captura a atenção, independente do personagem ser bem escrito.
1:19
Ele afirmou que não vai trocar o final do livro
2:43
ASOIAF também tem momentos em que os personagens fazem o absolutamente justo como a defesa de maelor por Rickard Thorne.
7:27
Sandor é um guerreiro que tem medo como mostrado na sua fuga da batalha da água negra
Até no mais real dos mundos há o heroísmo.
Sem a existência de heróis no lado dos aliados, Hitler teria vencido a segunda guerra mundial. O heroísmo é uma necessidade civilzatoria, a vitória da barbárie é a derrota do heroísmo.
Dentro do universo de ASOIAF, já existiram outras grandes noites narradas por diversas culturas de diversos locais de diferentes do mundo descrito. E sempre há um herói para salva-los.
Video altamente especulativo.
Não, a história de GRRM não se pretende ser uma história clássica de fantasia, nem o final pede por isso de nenhuma maneira. Ela está pra fantasia clássica mais ou menos como Watchmen está pra histórias de heróis ou Don Quixote para o romance de cavalaria. E, como sabemos, essas duas obras foram terminadas.
O motivo de a obra do GRRM não terminar é, muito provavelmente, justo algo que alguém que usa "materialismo" como se fosse uma crítica não compreende. GRRM é um senhorzinho de 70 e poucos anos que nasceu numa família de poucas posses, até que finalmente em torno dos seus 35 anos se tornou de classe média-alta trabalhando na TV e, finalmente, por volta dos seus 60 anos ficou obscenamente rico podendo fazer literalmente tudo aquilo que ele quiser. É quase óbvio que agora ele vai ficar viajando e curtindo os dias que lhe restam e o tempo dedicado a escrever (por mais que ele goste também de escrever) é menor.
sua perspectiva é interessante
Eu acho que é bem por ai mesmo, uma coisa que acho bem sem noção é que se o i-food atrasa ou o uber demora a gente fica puto, mas quando um escritor milhonário fica meses ou anos sem trabalhar o que mais tem é gente defendendo e arranjando desculpa. kkkk
@@LuciusGuerrerotalvez por um servir pra necessidade básica e/ou momentânea, enquanto o outro é supérfluo?
Vc diria que a melhor forma de terminar um dark fantasie é torná-lo um fantasie normal? Isso me lembrou o anime no game no life e o final do filme no game no life zero
O autor de berserk tinha essa intenção ele falava como o guts havia sofrido demais... Acontece que seria um final bem doido já que o mundo de berserk é meio que abandonado de bondade, só restava a paz dos próprios personagens
@Criaturamonstruosaraiventa foi o primeiro mangá que me veio a cabeça, de certa forma se o Guts ganhasse no final, salvasse a Casca e derrotasse o Grife ele literalmente seria o primeiro herói daquele mundo e provavelmente todos iriam se inspirar nele assim como o herói de cabelo azul de frieren( eu sempre esqueço o nome dele, foi mal) seria o começo de uma nova fantasia
Eu não diria normal eu acredito que história aonde tem a jornada do herói e bela e por você ver o mundo através dos olhos do herói si você ver o mundo por outro olhar o mundo continua sendo uma merda
dizer q n existe heroísmo nas cronicas é uma analise rasa, apesar de raros existe pessoas genuinamente boas, exemplos disso são a daenerys e o jon snow
cara, esse vídeo é sensacional, vou recomendar nos grupos que eu faço parte.
@@feliph64 legal
Que video maneiro, vc passa uma vibe tão calma
Inscrito novo
@@danieleleite2647 da uma olhada nas minha playlist de cultura pop
@@RPGradio49 com toda certeza
Para mim, a Moral cinza é uma ferramenta pra ser usada para criar vilões e anti-heróis verossimilhantes, que convençam. Quando uma obra se perde no "realismo" da perversidade humana, deixa de ser entretenimento e vira uma crítica abobada. Não acompanhei o GoT mas Cyberpunk (anime) segue esta linha, SPOILER A SEGUIR porque c*ralhos que eu vou querer ver um protagonista sucumbindo ao uso de drogas, sem saber impor limites, se já 3 pessoas na minha família se perdendo no mundo das drogas? (Estamos falando de óbito aqui) Beira ao doentio este resultado: ter a capacidade de oferecer esperança a milhares de consumidores mas jogar isso no lixo pra pagar de "realista" e/ou "trágico".
puro choque na minha opinião
Que belo paralelo, curto muito seria vídeos. Obrigado
@@eutropico tmj, eu só falo o que estou natutando
Fala sobre dungeon and menshi. Tu vai amar. Mt bom tmb! Um dos melhores animes medievais q ja vi
Acabei frieren agorinha.
Quando eu tiver um dia ou dois livres, lerei o mangá
Saudades de assistir um anime bom desses, que respeita o tempo dos acontecimentos e não atropela tudo com pressa. Finalmente algo de bom, e belo vídeo a respeito também
Susto do krl no final do vídeo, tava aqui ouvindo pra dormir mano, slc
foi mal, vou tentar usar o editor do youtube
GOT abraça ao máximo o gênero trágico e por isso o valor de "heroísmo " é tão depredado na historia. Não quer dizer que Martin despreza o arquetipo do heroi justo e destemido, mas ele tem criar um mundo em que esse herói enfrenta obstáculos que podem (na maioria das vezes) destrui-lo.
Essa é a essência de uma tragédia, como as dos mitos e peças gregas (de Sófocles) e das dramaturgias inglesas (o famoso shakespeare que era mestre em satirizar a monarquia e a nobreza). Martin, cria um mundo, em que esses valores entraram em declínio tal como no mundo real, não atoa as Cronicas foram inspiradas em conflitos reais da Europa.
A jornada do herói desse mundo dos personagens ou é inacabada (com os personagens morrendo antes de chegarem ao fim) ou é negativa (eles mudam e não tem as mesmas qualidades de antes).
A subversão do gênero de fantasia das crônicas é feita para dar mais foco aos conflitos e dilemas humanos sem se prender demais aos elementos fantásticos, o que não tornaria a história ruim, mas o charme tornar a história mais pé no chão e mais madura, apesar do ar pessimista.
A tragédia em si é representar os defeitos e falhas de personagens e de como isso pode levá-los ao fim e que virtudes e valores transcendes custam a vida em uma realidade materialista e perversa, onde nem os herois podem ver o final feliz de sua jornada.
@@mt.aurelius6324 pra ser honesto o marti basepu muito do GoT na guerra dos cem anos.
@@mt.aurelius6324 excelente comentário, vou meditar sobre isso
Comentario acertado, mas devemos lembrar que, apesar do Tolkien ser taxado como o kra q escreveu uma historia de "o bem contra o mal", senhor dos anéis não se trata só disso, a obra é cheia d conflitos humanos tbém, veja o caso do Denethor, rei Theoden, os povos nômades do deserto de Harad, a decadencia de ar-farazon, e muitos outros...
As vezes tenho a impressão dq pelo fato do grande mal do universo Tolkien serem semi-deuses q lideram criaturas medonhas (orcs, balrogs, etc) as pessoas focam tanto nesses monstros e não percebem as tragedias humanas (anãs e élficas) q acontecem na história....
@antoniocarlosgomesfernedag1637 frieren ta cheio disso também
@@antoniocarlosgomesfernedag1637 Povo se esquece disso, porque a história é um épico de herói. Mas há muitos conflitos na trama. Inclusive Tolkien tem personagens complexos em seu universo. Só que maioria deles não está em senhor dos anéis. E sim no Silmarilion.
Nem todo mundo que ver o superman e o batman para sempre, tá na hora de vocês crescerem
opa, acabei de cair de para-quedas por aq
curti teu video, achei legal sua analise
ganhaste +1 inscrito ;)
@@GigiNotGiovanna vai na playlist "cultura pop" tem bastante coisa la neste estilo
Eu gosto de ver série aonde temos a jornada do herói pois nela voce ver o mundo através do olhar do herói por isso e belo.
Cara, não curto animes, mas essa explanação me interessou em assistir.
@@BomdiaAmigos-pm9rz veja
Olha, já tem uma boa galera (Aqui no BR e na gringa) que já passaram por essa questão do final da série.
Simplesmente não faz sentido nenhum alegar que o final planejado por Martin é o mesmo da série. Basta ler os livros pra perceber.
Enquanto nos livros há uma enxurrada de tramas finalmente começando a convergir no sexto livro, a série simplesmente corta mais da metade dessas tramas. A própria existência do fAegon muda tudo. Os diretores da série simplesmente ignoraram Jovem Griff, mudaram bruscamente o destindo de Tyrion, ignoraram Lady Stoneheart, a Sansa da série ao que tudo indicado não tem nada a ver com a dos livros (Toda a trama dela no norte não faz sentido algum considerando os eventos de Festim dos Corvos), o destino da Arya na série também é totalmente rushado e nitidamente sem desenvolvimento, a presença do "Rei da Noite" por si só (Já que é uma figura inexistente na saga original). Eu poderia passar dias explicando como o final da série simplesmente não se encaixa em nada disso e ainda assim não seria o suficiente.
Para além disso, acho no mínimo leviano alegar que exista um "propósito da fantasia medieval". Mesmo que existisse, seria uma elaboração extensa. O fenômeno de fantasia em si é extremamente recente, moderno, e sobretudo maleável. Tolkien não é pai da fantasia, embora seja crucial para o gênero. Seu estilo narrativo e sua carga conceitual não são e tampouco devem ser o padrão da literatura de fantasia. Dizer que existe um "propósito" em qualquer forma de arte é basicamente pisar em cima das três Críticas de Kant. Esse é meu problema, inclusive, com o conceito de "aplicabilidade" de Tolkien.
Criar mitos não é uma arte. O contar de histórias não tem um propósito. Muitas vezes apenas refletem aspectos da nossa existência pelo fato de sermos enviesados, mas não por, a priori, precisarem de propósito, de forma alguma.
Então dizer que Martin "não entendeu o propósito da fantasia medieval" é basicamente dizer que você mesmo não entendeu o propósito da literatura ou algo próximo disso. Não porque Martin é um gênio - não existem gênios - mas sim porque não existe um propósito para a fantasia medieval.
Você pode NÃO gostar de Martin, e isso é totalmente cabível, eu mesmo tenho minhas críticas, algumas bem severas, mas de um ponto de vista literario, mas não é nenhum erro na concepção de fantasia ali.
Quando Martin usa o exemplo do Aragorn, para podermos ilustrar aqui, está evidenciando justamente a diferença literária entre ambos: O propósito.
Tolkien acredita no propósito inerente das histórias, por isso o destino dos orcs pouco importa. Ou importa, mas não o suficiente pra que seja algo racionalizado.
Martin parte de uma leitura muito mais baseada em Umberto Eco, por exemplo, com a morte do autor. Martin não precisa explicar muita coisa, e frequentemente ele se esquiva de muitas respostas. Isso porque o mundo, a obra, é viva e fala por si só. Ela não tem um propósito, ela existe.
Isso não quer dizer que Martin é melhor que Tolkien ou vice-versa, mas eu vejo Martin tendo uma base teórica acerca de estética bem mais ampla que a de Tolkien, que possui uma especialização mais literária.
Além do mais, dizer que o final necessita ser tolkieniano, não só uma desnecessária idealização de Tolkien (Que mesmo dada a grandeza, não deve acontecer), como uma profunda falta de repertório. Basta dar uma foleada em outros livros, visitar outras literaturas, que você vai ver que um final tolkienano não é necessário nem pra uma história de fantasia. Na verdade, os melhores finais costumeiramente não partilham de visões artísticas tolkienianas. Até porque o final pouco importa em Tolkien. O propósito está fora da história.
Literalmente não haveria metade das bases da literatura fantástica se não houvesse o gênero da tragédia grega e esse por si só tá longe de abordar finais como Tolkien. Como diz Aristóteles em 'A Poética', a tragédia deve finalizar "...com a destruição ou loucura de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do destino". Isso não é só o oposto do ideal heróico de Tolkien. É a subversão do próprio. Ao trilhar o caminho do herói, o personagem condena a tragédia todos ao seu redor. E isso não é só em Homero na Grécia Antiga. Isso está em Rei Lear, Macbeth, as peças Henriad, Hamlet, todas peças de Shakespeare ambientadas na Idade Média. Todas tendo esse ideal oposto.
Histórias não são contadas por propósito. São contadas porque contamos histórias, apenas por isso. A questão é que ao contarmos histórias, deixamos um pouco de nós, nossa cultura e nossas referências saírem junto, e essa história vai acabar falando bastante sobre nós, na dimensão da existência humana. O propósito deve ser a posteriori, jamais a priori. Um mito não surge com propósito. Um mito surge, e seu propósito é atribuído depois. O "propósito" de um mito é um sintoma, jamais uma doença.
Eu até gosto dos vídeos aqui do canal, mas no vídeo dos orcs e agora aqui, me deu uma leve incomodada. Não por sua opinião, tens o direito de tê-la, mas sim porque você, em ambos os vídeos, tenta abordar temas que são deveras complexos de forma leviana. Falar o que achou de obra X ou Y é uma coisa. Abordar os conceitos da mesma exige mais profundidade, e em muito me parece que a sua profundidade é monotemática. Ainda que eu veja alguns erros na sua concecude literatura tolkieniana, posso crer que você se interessa pelo tema e sabe bastante, mas esse é um tema entre tantos dentro da literatura. Até pensei muito antes de, de fato, postar esse comentário. Vejo boa intenção no que você faz, querendo abordar assuntos mais complexos, então pensei que progressivamente iria adquirir essa robustez necessária pra tratar de conceitualização, mas essa aqui foi... difícil.
Irmão, parabéns por esse comentário, você pos em palavras tudo o que eu pensei ao ver este vídeo, mais uma vez, parabéns
Discrodo completamente.
Mesmo no gênero de alta fantasia, podem existir difefentes tipos de obras.
As Crônicas de Gelo e Fogo revolucionou o gênero, trazendo algo completamente fora da curva.
E sim, existem heróis nas Crônicas, como o próprio Jon Snow, que é muito mais bem desenvolvido nos livros.
E de todos os motivos pro Martin não ter terminado a história ainda, esse definitivamente não é um deles.
Exatamente, Martin colocou muito da realidade na história dele, é isso que muitos não aceitam ou não gostam, mas fazer oque a vida real é cruel, por isso a Fantasia clássica cai como uma luva.
Exatamente, não há nada de cinza no Jon snow , ele é essencialmente bom e íntegro . Ned Stark morreu pois ele não era o herói, simples.
O que não gosto desse tipo de história é alguma raça nascer boa ou nascer mal, tudo é escolha na vida e nas mitologias, uma história realmente boa prescisa ter pessoas boas, ruins, que mudam de lado ou ainda não se decidiram, e suas jornadas de transformação ou reafirmação do seu lado. Da para fazer historias maniqueístas ou totalmente cinzentas serem boas, porém o equilíbrio entre ambas é o mais orgânico, natural e agradável as pessoas.
@@lucasfinnxd5921 demônios são maus. Essa é a definição de demônio
@@RPGradio49 eu sei, por isso não gosto desse tipo de personagem, além do tabu religioso, que pode desatrair algumas pessoas da obra, tem toda essa questão de serem personagens planos e com aquela desculpa de a raça deixar mal, é tipo aquele tipo de inimigo como orcs ou insetos gigantes, são mais uma aberração da natureza do que vilão, funciona as vezes, mas outras só fica ruim mesmo.
O mesmo vale para personagens 100% bons devido sua raça, e não serem seres divinos(o que justificaria), tornando-os pouco desenvolvidos.
@@lucasfinnxd5921 Arquétipos, eles representam uma dimensão da humanidade.um sátiro representa fisicamente a sexu4lidade masculina descontrolada.
Hmmm acontece que eu posso mudar esse pensamento que vc tem acerca desses personagens pra fazer vc ao menos ver o lado diferente sem abandonar suas visões próprias
Primeiro, deixe-me dizer, os demônios de frieren NÃO SÃO MAUS
"Ahhh? Como assim?"
Vou explicar, é muito bem explícito na série que eles são seres incapazes de sentir, eles são seres que são incapazes de ter remorso, rancor e algumas emoções humanas como empatia, e isso é meio que a biologia deles
Logo, frieren também é meio... Mais do que só uma fantasia, eles explicam coisas a um nível de detalhe que deixa mais profundo a lore é quase uma ciência
Os demônios de frieren são maus da perspectiva humana, sim eles são maus, mas são tão maus quanto um abatedouro de galinhas, eles só são assim pq da nossa perspectiva eles fazem coisas absurdamente amorais, mas a moral deles é da espécie deles não temos direitos ou sequer espaço na vida deles, pq eles são criaturas medíocres dominadas por essa natureza
Digamos que em um cenário hipotético onde você fosse uma divindade, como culpar eles se você estivesse de uma perspectiva muito acima da moral e do ambiente dos humanos e demônios? Seria basicamente como cupins vs formigas, você não se importaria, assim como eles não se importam com a humanidade
Pessoas boas fazem coisas ruins e pessoas ruins podem fazer coisas boas. Acho que os personagens do Martin são assim.
Discordo veementemente de quem diz que o heroísmo clássico é fundamental para a fantasia.
O heroísmo clássico na verdade é irreal. É uma visão romântica do que deveriam ser os heróis, exemplos a serem seguidos. O heroísmo clássico funciona na ficção e tanto a visão de Martin quanto de Tolkien funcionam. Mas entendam que a visão do Martin é a mais pé no chão.
Na história do mundo mesmo tem diversos eventos onde a guerra é justificada pela busca da paz. Em Senhor dos Anéis é muito fácil relacionar a guerra com ato de heroísmo pois os inimigos são o mal incontestável e irremediável. Mas no mundo real são pessoas inocentes que muitas vezes pagam o preço da guerra. É onde o heroísmo deixa de existir. Essa é a proposta do Martin. São pessoas existindo em uma guerra, cada um com seu motivo. E quem paga são os inocentes, a parte mais pobre da classe social, a ralé. Esse mundo não tem espaço para heróis clássicos. Mesmo que aqui e alí a gente encontre valores a serem a admirados, também encontramos falhas feias e grotescas em abundância.
Vale ressaltar que as histórias de Tolkien e Martin são propostas bem diferentes. As histórias do Tolkien sempre tiveram uma visão romântica e otimista. As histórias dele me remetem a contos de fadas (não encarem isso como uma ofensa, o próprio Tolkien tem varios ensaios sobre sua narrativa estar próxima dos contos de fadas). Para Tolkien, fantasia é como uma consolação e servia como escape.
Já o Martin decidiu fazer algo diferente. Deixando de lado muitos dos floreios em torno da fantasia medieval clássica.
Gosto dos dois tipos de fantasia. Tanto a mais heroica quanto a mais cínica. É bom que existam mais variações dentro de um mesmo gênero.
Excelente vídeo. Frieren é muito massa. O enredo e o diálogo é sensacional.
Heroísmo e nescessário a maldita relativização da moral está acabando com tudo
Não faz sentido pra mim comparar Freire com GoT. Sendo que GoT o autor foca muito mais na índole das pessoas, mesmo que tenha o fantástico na história ela é tratada com um pouco mais com pé no chão, você vê isso na questão das profecias, elas são muito ambíguas cabe as pessoas acreditarem ou não. Diferente de muitas histórias de fantasia medieval . Pra mim ambas as histórias são fantásticas. Mas compreendo suas diferenças de ideias.
Video fera hein!!! Gostei da voz microfone ficou top kkk Show
@@rafaeldnd1 ☝️☝️☝️☝️🗿🗿🗿🗿
Salve mano, ótimo vídeo. Pretende lançar algum conteudo nesse mesmo estilo (mais focado no áudio) no spotify? Seria muito massa
heroísmo é clichê/tropo. o único clichê/tropo que eu gosto é o ambiente medieval, o resto pode mudar tudo por favor
Video muito bom, mano!
Parabéns!
Vou maratonar seu canal agr c:
pode se guiar pelas playlists
Cara, você precisa ler Reverend Insanity. Fang Yuan é uma aula de escrita moderna que lembra muito RR Martin mas com o diferencial de o seu "herói" ser justamente o vilão. É simplesmente espetacular, eu sou apaixonado em RR Martins e tenho todos os livros e a única história que me pegou foi Reverend Insanity, é ler RR Martin mas com aquele entusiasmo de ter um personagem principal e não ter certeza se ele sai vivo pela própria busca do personagem é uma obra filosófica e estupenda! Pra mim é top tier junto com sousou no frieren que é completamente perfeito tbm.
Eu amo os 2 universos de forma diferente. Frieren eh a obra de fantasia absoluta quando fala que pequenas experiências podem nos marcar e mudar, 10 anos por elfos não eh nada e mesmo assim ela teve uma experiência transformadora.
Já a crônicas são um mundo realista da melhor forma possível onde vc entende a personalidade e decisões de cada personagem não são os plots Twisters fazem a história ser boa e sim os personagens. Game of Thrones eh a fantasia com melhores personagens já criada.
Tem algo verdadeiro na história de Martin que é a existência do mau e que mesmo os melhores homens e mulheres podem cometer crimes horríveis (exemplo de Davi). Mas, há existência de uma história paralela existe desde o princípio do mundo e que traz a esperança de que haverá um rei perfeito e um reino perfeito de paz, alegria e prosperidade, o nome do rei é Jesus e seu reino eterno.
davi só queria com3er uma mulher casada kkk
Pra mim, que só viu a série, e terminei agora, a única pessoa que consigo dizer que é um herói, é o Jon Snow e os garotos que permaneceram e morreram ao seu lado, como Samwel Tarly, Pyp e Grenn, que eram pessoas simples, mas se focavam em proteger a muralha, mesmo que muitos deles fossem muito jovens. Foi Jon quem deu uma chance pro povo do norte, os selvagens, mesmo que tendo traído eles inicialmente, ele realmente tentou salvar eles. E no final, ele realmente os salva e viram até aliados.
Estava um dia refletindo sobre como George RR Martin tinha feito uma armadilha pra si próprio q ele nunca ia conseguir sair, nessa insistência de quebrar expectativas e matar os "heróis". Chegou um momento que pensei "se acontecer alguma coisa para os Lannisters e os Starks ainda conseguirem se restabelecer, vai ser por puro fanservise ou vai ficar com cara de fanfic".
@@TheInfinityQuest minha opinião é que os white walkers vencem
faz um video sobre d&d 3.5, é meu sistema favorito de d&d mas é pouco comentado, mesmo tendo muito conteúdo
Análise fenomenal.
@@yuripablo3211 curtiu minha voz de fumante de 78 anos?
Ainda não vi o anime mas tudo que vi e ouvi de Frieren dá vontade de ver pela ideia do resgate do heroísmo. Comentário para engajamento do canal!
O cinza sempre vai ser interessante nas histórias de ficção, mas o clichê tem uma razão para ser clichê.
@@YuriEmpresarial boromir era um personagem complexo em uma hiatória de bem vs mal clássica
4:31 o pior é que a história parece caminhar pra esse sentido, uma vez que o cenário geral é tão pessimista, mas tão pessimista, que o único meio lógico pra humanidade sobreviver é o azor ahai, vulgo heroi da profecia/escolhido.
Perfeito! Grrrmartin perto de Frieren é como um verme demoníaco perto de um anjo do Senhor.
Já agradeceram pela vida da Kanehito Yamada hoje??? Foi essa maravilhosa que escreveu Sousou no Frieren!!! ABENÇOADA SEJA, KANEHITO YAMADA! ❤😍✨
e tem um traço sensacional
@@RPGradio49 só corrigindo o Kanehito só escreve Frieren a arte quem faz é o Abe Tsukasa
O final de As Crônicas de Gelo e Fogo já escapou do controle do George e se tornou maio que ele. E ele, por sua vez, se nega a aceita-lo. Um outro exemplo disso é, o que ele fez com Elden Ring, onde não há sentido nenhum na nossa jornada. Pois, no final, nós simplesmente deixamos o mundo tão destruído quanto antes, se não mais.
é eu acho que ele tem muito plot a ser resolvido também
George R. R. Martin não escreveu a historia de Elden Ring, ele ajudou na base mitológica do jogo e em alguns acontecimentos históricos.
@@ashleysilva_k Interessante, então acho que eu vou ter que rever isso...
Isso depende do final.
Se for o da chama frenética então você está certo.
Se for o da era das estrelas aí já é outros 500.quando ajudamos a ranni nos restauramos o anel pristino trazendo de volta a morte e restabelecendo o ciclo natural saindo da estagnação e matando a Elder Beats nos não damos o mundo a um ser que quer destruir tudo como o deus da chama frenética, nos nos juntamos a ranni e tentamos reconstruir o mundo sem a influência de um ser tirânico que irá controlar nossos destinos como a Elder Beats fazia.
@@iagouesugi6470 caraca, não tinha pensado nisso. Achei que nós só tinhamos passado o banco pra ela.
É essa a magia da literatura, nem sempre precisa seguir a msm lógica. Enfim, nem sempre o heroísmo é necessário, são historias inventadas e contadas, e nem todos tem que se repetir o mesmo processo, nem toda fantasia medieval tem que seguir a lógica do heroísmo , a repetição maçante do irrealismo convencional, n q seja ruim, só são abordagens diferentes. A magia da literatura é as diferenças, é sobre como aquela pessoa quer colocar aquilo q ela imaginou na escrita, e nem sempre precisa ser algo agradável a quem ler, e sim ser como a pessoa q escreveu imaginou que se tornaria. ( George estava e tá trabalhando em mais do que apenas o as crônicas de gelo e fogo ) as vezes n é q nem tá carecendo de algo, é assim que se deve ter, e a motivo do fim não ter chego ainda, por ser algo um tanto diferente, sem contar que o cara sempre foi de ter uma escrita lenta, got pra mim é como deve ser, to sempre semanalmente indo na biblioteca e lendo o máximo de livro possível, toda semana pegando 3, e nunca parei pra pensar q tá carecendo de algo ou q precisa ser assim ou assim, sempre olho q o livro é como deve ser
As pessoas são extremamente cínicas e descrentes de valores nos dias atuais. Elas acham que a moral, a bondade e a coragem são como caracteristicas ficcionais de personagens de literatura. Pra essas pessoas eu faria a seguinte pergunta: se só existe malícia, corrupção e violência nos seres humanos, por que as civilizações ainda existem? Pois pela lógica dessa gente, se não há pessoas boas no mundo, só inocentes que ainda não se corromperam, o mundo já deveria ter sido destruido pela sanha por poder de pessoas extremamente ruins, brigando entre elas pra controlar tudo.
@@setesoldados5168 correto
Manipulação
Eu te faço uma pergunta: Qual é a sua definição de "pessoa boa"?
Frieren virou um dos meus animes favoritos bem rápido. É bom DEMAIS!
@@IchiHishi 💪💪💪
martin é o tipo de gente q acha ruim a tv passar coisas sobre covid na época do covid
Todas as coisas que você disse se aplicam perfeitamente a Game of Thrones, mas são completamente incongruentes com A Song Of Ice And Fire.
Nas palavras no próprio GRRM:
"Meus heróis são os sonhadores, aqueles homens e mulheres que tentaram transformar o mundo em algo melhor do que o que eles encontraram, seja de maneira grande ou pequena. Alguns conseguiram, alguns falharam, a maioria teve resultados mistos, mas é o esforço que é heróico ".
Daenerys, na visão de Martin, é uma heroína: ela tenta concertar as injustiças da escravidão, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado.
Jon também é um herói: ele tenta integrar os selvagens ao resto do reino, acabar com todos os preconceitos e unir todos os homens em uma causa comum, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado
Brienne também é uma heroína: ela tenta manter os seus valores cavalheirescos de honra e justiça, mesmo que isso seja um trabalho árduo e complicado. E a lista continua, tanto a nível pessoal, quanto a nível temático.
Acontece que as pessoas acham que o papel de um autor de fantasia é passar a mão na cabeça do leitor e dar todas as respostas definitivas para todos os problemas do mundo. Quando alguém chega com uma ideia diferente, essas mesmas pessoas torcem o nariz, como se não fossem capazes de apreciar outra visão de mundo.
Além disso, qualquer um que tenha lido os livros sabe que eles estão longe se serem realistas. Desde o início nós temos castelos megalomaníacos, armaduras coloridas, dragões, elfos de gelo, tartarugas gigantes, feiticeiras e magos, uma muralha colossal feita de gelo e magia...
As informações sobre o processo de escrita do Martin também são superficiais no melhor dos casos, e mentirosas no pior.
Pra começo de conversa, não existe evidência nenhuma de que ele esteja mudando o final, na verdade ele já disse várias vezes que isso seria uma coisa idiota e rasa de se fazer, e garantiu que o final vai ser mais ou menos o mesmo, mas com um percurso diferente.
O fato dele se considerar um "escritor jardineiro" não quer dizer que ele deixa as histórias de desenvolverem por conta própria até alcançarem um resultado lógico, como você disse. Ele sempre teve os principais pontos da história ( e o final ) na cabeça, o que muda é o percurso, que pode ficar maior ou menor, e variar em detalhes grandes ou pequenos.
No mais, é uma leitura extremamente superficial da obra, provavelmente uma herança dos temas que Game of Thrones trabalhava, mas que não tinham nada a ver com a obra do Martin
Esse vídeo mudou minha mente, amei
obrigado
Primeiro que se todo mundo fosse cínico do jeito que são os personagens de got um reino simplesmente não se sustentatia
@@LeoSilva-he3rn sim
O "realismo" do Martin é um cinismo, a mentalidade de todos os personagens é pos moderna. É um mundo medieval com personagens completamente modernos, o único personagem heróico e que mantém valores medievos de nobreza é usado como piada (Ned stark).
@@insanidadevirtual exato
Por mais legal que seja ver uma história com moralidade cinza chega uma hora que a história começa a ficar chata e dá aquela sensação de "Já entendi, ser humano malvadão, realismo blah blah blah" e a história deixa de ser cativante então concordo com o vídeo. Acho que Berserk estava indo por um excelente caminho mas infelizmente Miura morreu. Vinland é um outro exemplo positivo de obra que apesar de ter um mundo cruel sabe definir muito bem o que são "virtudes".
A subversão funciona no começo mas quando ele fica se repetindo fica insuportável.
O heroísmo é nescessário.
Seu canal é ótimo parabéns!
@@matejoga tnks
Mano, preciso fazer uma crítica!
Esse clipe no final de vídeo com o volume muito mais alto que o conteúdo do vídeo não é uma parada boa pra quem usa fone de ouvido, na moral mesmo! Se não fosse por isso, o vídeo seria excelente!
@@yukiler foi mal, não percebi na edição ☝️
acredito q got está mais pra um dark fantasy msm igual ao mangá Berserk.
Inclusive fica minha recomendação. Pra vcs q gostam do tema, Berserk vai te deixar estupefato.
@Kurozaklgor Perdão irmão, mas Game of Thones tá mais para Low Fantasy ou Grimdark, tanto mundo Game of Thones não é nem sombrio e nem colorido de mais, sim cinza, Game of Thones fosse Dark Fantasy, Westeros séria conquistada pelo Rei da Noite e seus milhões de caminhantes brancos. Nossa visão de protagonista seria mundo destruído, pessimista, onde mundo já acabou, só existe escuridão, bom exemplo disso é Dark Souls, você já jogou você sabe muito bem que Game of Thones não tem nada ver com Dark Fantasy, caso contrário começo da série seria na pós-invasão Rei da Noite, seria focada no sobrenatural e no terror do caminhantes brancos, não seria focada na disputa de poder pelo trono de Westeros.
Video maravilhoso, estou cansado de moral cinza, ganhou mais um inscrito.
que bom obrigado
Então você deve odiar a vida real já que ela é exatamente assim.
@@Allan_GuilhermeSim, o mundo real é um lixo boa parte do tempo, mas nem ele chega a ser tão degradante quanto muitos desses filmes/series em que todos são corrompidos, como em The Boys ou Game of Thrones. Existem pessoas boas que ajudam os outros, fazem sacrifícios, e agem de forma altruísta. Já nesses mundos de moralidade cinzenta, quase todo mundo é egoísta e mau por natureza. Há uma questão importante sobre a influência da cultura na sociedade, e esse tipo de conteúdo parece apenas despertar o pior nas pessoas, em vez de inspirá-las a buscar ser melhores.
Que vídeo satisfatório, finalmente encontrei alguém que me entende
@@gabrielmelo8790 hahaha tenho uma playlist de vífeos assim
Eu não ligo da Dayneres se torna louca no final, desde que seja bem escrito o caminho para o final do personagem eu super aceito. Até pq na minha visão a queda da Dayneres seria o autor dizendo que todo império um dia cai, títulos são passageiros. Então pra mim seria justificado a queda dela mesmo que ela seja uma das minhas personagens preferidas. O problema foi o roteiro da série, que foi muito mal escrito nas últimas temporadas. Acho que ele querer mudar o final só pq o público não gostou de como seria o destino de muitos personagens é pior besteira. Não deveria ser o público que comanda a história e sim autor.
sinceramente eu gosto muito do aruetico do heroi e do que ele representa, valeu mesmo pelo o video, muito bom besmo
Vi num outro comentario que o autor do video "gosta da serie e tem os livros". Ou seja, provavelmente nem leu os livros do Martin.
O que por si só ja evidencia como essa analise é absurdamente rasa, e tambem é um problema comum no fandom dessa serie, é so ver a quantidade de gente nos comentarios dizendo coisas como "os livros de Game Of Thrones" e coisas assim
O foda é que a própria obra do Martin CLAMA por um final heróico
Sim, a trama maquiavélica e cinzenta do trono de ferro é legal, mas de que importa quem senta no trono quando os mortos começarem a andar? Os vagantes são como o mal absoluto... a história clama por um herói que vai vencer a longa noite, mas parece que o Martin não gosta dessa idéia e quer desesperadamente criar algo diferente que nunca tenha sido escrito por que ele não quer ser como Tolkien
@@MariaLuiza-op8or exato
Ainda n vi o vídeo, mas Frieren é uma das coisas mais próximas das obras de Tolkien, muito mais até que a série da Amazon
@@levisilva3580 sim
Vi a tumbe, e pensei: vai falar besteira.
Agora após terminar o vídeo, só tenho algo a dizer: Concordo com tudo dito.
Parabéns pelo trabalho irmão, sucesso sempre.
clickbait é minha paixão
Ótimo vídeo, mas uma correção, Aragorn não eliminou todos os orcs e até seus filhotes. Na verdade ele cedeu uma parte das terras próximas de Mordor para os orcs que lá viveram em paz sem a tirania e comando de Sauron. Se não me engano está informação de encontra em " O anel de Morgoth"
@@romarioandrade7353 pelo que sei os orcs fugiram pra dentros das montanhas
Não conhecia seu canal. Muito bom!
tmj
São só visões diferentes de escrever. O tolkien gostava dessa visão esperançosa do mundo deixando soluções sendo algo mais eterio, adoro a visao dele inclusive foi meu primeiro contato com fantasia medieval. Ja o Martin tenta ser mais materialista mesmo como você disse, mas nem de longe acredito que esse seja o problema da demora dos livros dele, e dele nao achar solução, afinal essa figura do herói existe na história dele, e ele subverte ela pra visao e forma dele de escrever também, falando na profecia que pra vencer a longa noite ele precisou, ele mesmo, matar quem ele amava. Vejo valor em ambas as formas de ver o mundo, sao ambas muito boas e necessária, mas vai de gosto mesmo decidir qual você prefere. Posto isso, gostaria de descorrer mais sobre a demora do martin no fim do livro, como vc mesmo disse e como o próprio martin se intitula, ele é um autor jardineiro, isso nao significa que a história vai se concluir sozinha e que ela pede por um final tolkiano, só faz uma analogia com a forma dele de escrever, que é pensar em caminhos que a história vai tomar com base nas personalidades de cada personagem e pensando "o que ele faria nessa situação", isso leva ele a escrever e reescrever varios caminhos possíveis, tornando a escrita dele bem demorada. Voltando para analogia de autor jardineiro, é como se ele podarse a árvore varias e varias vezes para que ela possa crescer da forma mais bonita. Sobre a série ter mostrado o final e ter sido ruim, tbm é meio raso isso, pq como ele é um autor jardineiro ele poderia ate ter planejado realmente aquele final, mas ao fazer algumas podas novas na árvore ele pode ter visto novas formas melhores de deixsr ela crescer, e isso ja aconteceu antes na história dele, quando ele planejava fazer o rob ganhar a guerra dos 5 reais matando o Joffrey em porto real terminando tudo em 3 livros, mas podemos ver que não foi esse o rumo que a história tomou.
Gostei do vídeo, mas acho que ao invés de vc por juízo de valor entre as duas formas de ver fantasia medieval, e falar que uma forma é melhor do que a outra, acho que ficaria de mais bom tom vc elencar como fatores que faz você preferir a visão tolkiana
@@lucaslacerda1113 uma forma é melhor que a outra.
Mas eu gosto do martin, como falei no início do vídeo
Parabéns pelo vídeo. Não sou ligado a RPG ou Tolkien, e nem vi Game of Thrones, mas adoro Frieren. Em meu site, o Blog Sushi POP, escrevi sobre a série destacando seus valores. Em tempos de cinismo e hipocrisia, foi bom ver uma obra que ressalta bons valores e fala sobre a importância de um legado.
vou conferir seu blog
Não conhecia esse canal, +1 inscrito.
tnks
Quando falo que George não vai terminar, a quantidade de hate que recebo hahaha
Frieren foi o melhor anime de 2023 e se manter do jeito que tá até o final arrisca ser o melhor anime que eu já vi.
@@Jordan-fn7nb veja full metal
@RPGradio49 já vi tb, o Brotherhood, tá no meu top 5.
Ser materialista não é ruim, mas colocar apenas esse aspecto em uma historia de fantasia medieval, deixa ela pobre na parte fantástica. . . todos precisamos de inspirações heroicas!
Eu entendo a ideia do seu vídeo, mas você foi bem superficialmente dentro da história da canção de gelo e fogo. Todos os seus exemplos para comparar com senhor dos anéis existem e ja existiram justamente dentro da história q o Martin escreveu. O próprio Martin ja disse q ele não escreve o mesmo gênero de história q o Tolkien. Ele não mudou o final dos livros, até por que eles seriam aceitos justamente pq a escrita dele seria boa para explicar isso, o problema da última temporada não é esse, é a construção horrorosa q se deu. Você deu um bom exemplo sobre o Aragorn, ele iria acabar com todos os orcs inclusive os bebês, oq para o Martin faz o herói ser justamente cinza. É só uma questão simples de detalhes.
Em geral, eu tendo tanto a nao gostar da moralidade grim dark de game of thrones quanto da moralidade maniqueista estilo Senhor dos Aneis em obras contemporâneas (apesar de amar a obra de Tolkien - mas eu vejo ela como um classico e nao como algo que deveria ser sempre imitavel). Para mim, o melhor eh o meio termo: obras como Star Wars e Naruto, onde os herois podem se corromper ou vilões se redimirem, pq eles tem motivos profundos para isso. Ou seja, eu nao gosto de definiçôes metafisicas de bem ou mal, em geral o que eu gosto nas obras eh ver como os personagens, ao serem impactados por traumas e sofrimento, seguem caminhos dificeis e acabam se redimindo ou se libertando no final. Acho que na vdd eh pq eu tenho um padrão mais budista/darmico de moralidade do que judaico-cristo-islâmico de moralidade. Eu tendo a ver personagens como Darth Vader e Itachi como mais interessantes do que Aragorn ou Little Finger. Obviamente, em Star Wars (de maneira mais explicita) e em Naruto (de maneira mais discreta), existe o mal absoluto. A questão aqui eh que nesses universos, o mal absoluto eh bem mais humano do que em Senhor dos Aneis, mas nao eh normalizado como eh em Game of Thrones, onde o mal é banal. Então, tanto em Naruto como Star Wars, o que você tem como antagonistas de mais destaque são anti-vilões e não vilões tradicionais. Eles tem suas motivações pessoais, em geral viveram uma vida de muito sofrimento e no final, a vitória do heroi se dá pq ele consegue redimir esse heroi. Ja o mal absoluto em ambas as historias eh o poder (sim, em Senhor dos Aneis e Game of Thrones tb eh, mas o primeiro reifica isso numa entidade demoniaca e o segundo banaliza isso), e ele que deve ser vencido, tanto pelos herois como pelo anti-vilão no final. Em Star Wars o poder, que è tanto político quanto místico esta personificado no Imperador. Em Naruto é bem mais sutil, pq o poder político em Naruto eh bem mais discreto e separado do poder bruto. Madara, por exemplo, no final eh apenas mais um anti vilão, como todos os Uchiha e o arco deles eh obviamente de redenção. Obviamente o final de Naruto acaba sendo insatisfatorio, pq o autor resolve pesar muito a mao no sobrenatural e acaba deixando de lado aquilo que era o pior no seu universo: pessoas como Gatou, Danzo e etc, que se vc notar, agem exatamente como os personagens de Game of Thrones. De certa forma, Sasuke ter derrotado o Danzo foi satisfatorio, mas isso foi apagado pelo infame arco da guerra ninja.
De qualquer jeito, o que eu quero dizer aqui, eh que ao meu ver, o que eu gosto mesmo sao obras que abordam a questão etica e politica de forma satisfatoria. Sem criar maniqueismos onde tipo "todos os orcs sao maus" (para mim a unica obra que tem o direito de ser assim eh a de Tolkien e olhe la, Tolkien poderia ter enfrentado a questão em seu projeto de sequencia abandonado, mas desistiu, apesar de que a moralidade de sua obra e a propria moralidade catolica dele abrem espaço para a redenção desse tipo de ser), mas ao mesmo tempo, sem cair em um cinismo pos-moderno como em Game of Thrones. Tambem nao falo de abordar a politica de forma panfletaria e nao sutil, em geral isso acaba criando o tipo mais tosco de maniqueismo que existe aue eh "o meu lado eh perfeito esta certo e o outro lado eh o mal absoluto", soh que nesse caso, do contrario de Tokien que tentava fugir de alegorias, as alegorias estao para todos os lados e ai o maniqueismo acaba sendo uma forma de odiar pessoas reais (independente de quem sejam). A questao aqui, eh que uma obra que queira lidar com politica de forma satisfatoria, deve deixar as coisas suficiente cinzas para entendermosnos motivos pessoais dos personagens, mas nao cinzas a ponto de cair em um niilismo etico onde todo comportamento/ação nao faz diferença, pq no final "o mundo eh assim mesmo" (que eh o problema de Game of Thrones). A unica forma de fazer isso satisfatoriamente eh escrevendo uma tragedia. Soh que Martin matava seus personagens tragicos de maneira inesperada, o que destroi o climax da tragedia, pois a tragedia em geral eh anunciada e seu cl em geral dura bastante.
vou ler com calma o comentário
Eu literalmente amava game of thrones quando era adolescente, mas honestamente hj em dia n gosto tanto, talvez seja pq eu comecei a amar mt uma fantasia clássica
@@mattadhoour6298 eu ainda gosto, mas também previro histórias menos cínicas
No caminho, por como as coisas andam, a narrativa do Martin lembra muito mais um épico grego. Apenas a ambientação que é medieval. Mas, como muitos mitos têm, a narrativa não envolve uma moralidade tão clara, são só interesses em disputa. E cada acontecimento meio que chama os próximos sem precisar de um planejamento de longo prazo.
Só que se eles for manter a própria lógica e continuar nessa direção, não deve haver uma salvação. O caminho "natural" dos eventos é terminar de forma extremamente trágica. A extinção da humanidade ou mesmo de toda vida em Westeros é um prognóstico bem possível, até o mais provável. Só que ele não quer isso, e acho que não sabe como fazer.
Cara tu me fez pensar que o Martin realmente ta perdidinho. Ele nao quer fazer uma historia nos moldes tradicionais, mas indiretamente busca esse desfecho quando tenta colocar alguem no trono de ferro. Acredito eu, que para um historia fora dos padroes, a tradição do trono de ferro deveria acabar e um novo sistema se erguer.
É por isso que eu acho que o George R martin odeia tanto a j.k Rowling pelo fato seguir a mesma linha de Tolkien
nunca vi ele falar dela
Ele odeia?
@@velvet_victor sim odeia porque ele perdeu o premii Hugo de literatura para ela
Frieren é realmente muito bom pelo seu próprio bem assista
@@Nicolas-br8ow tive qie ler até o mangá
ja ouvi esse argumento em outro lugar....vou lembrar e postar aqui, voces comentam se foi ou nao kibado na caruda
Sou muito fã das crônicas de gelo e fogo e pra mim o final mais realista possível seria pessimista. Onde todos são mortos ou alguém faz um pacto ou ato absurdo, para uma pequena parcela sobreviver
o final lógico é os white walkers vencendo