O que é Linguagem Cinematográfica? | Aprenda Cinema em Vídeo #1
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- Опубликовано: 13 сен 2024
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ROTEIRO DO VÍDEO, MATERIAL DE APOIO, REFERÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES: bit.ly/2Fc953u
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MÚSICAS UTILIZADAS:
00:03 - 00:08 "Roots", por Adapto Beats - link: • Video
00:16 - 00:54 "Mai tai", por Jeff Kaale - link: / jeff-kaale
00:55 - 01:42 "Shaka Brah", por Bonus Points - link: / bonuspoints
01:43 - 02:10 Desconhecida, do vídeo: • La Sirène - Georges Mé...
02:11 - 02:33 Desconhecida, do vídeo: • GEORGES MÉLIÈS : L'Hom...
02:35 - 03:20 "Cup of Joe", por Bonus Points - link: / bonuspoints
03:27 - 04:18 "Funk drum loop #1", por Beatz Trumant - link: • FUNK Drum Loop #1 01 1...
04:22 - 04:58 "Mother's Last Word To Her Son", por Washington Phillips
04:59 - 05:40 "Hero (2002) OST", por Itzhak Perlman, Kodo e Tan Dun
05:41 - 05:42 "Waves", por Bonus Points - link: / bonuspoints
COM IMAGENS DE:
Intolerância (1916, D. W. Griffith)
Cinema Paradiso (1988, Giuseppe Tornatore)
Bastardos Inglórios (2009, Quentin Tarantino)
A Sereia (1904, Georges Méliès)
Excelsior! (1901, Georges Méliès)
Friends (1912, D. W. Griffith)
The Lonedale Operator (1911, D. W. Griffith)
Mulher-Maravilha (1917, Patty Jenkins)
Homem Aranha (2002, Sam Raimi)
Como Treinar o Seu Dragão (2010, Dean DeBlois)
A Origem (2010, Christopher Nolan)
Drive (2011, Nicolas Winding Refn)
Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010, Edgar Wright)
Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011, Lynne Ramsay)
Herói (2002, Zhang Yimou)
Kill Bill: Volume 2 (2004, Quentin Tarantino)
Mad Max (2016, George Miller)
Vingadores: Guerra Infinita (2018, Anthony Russo, Joe Russo)
Star Wars: Os Últimos Jedi (2017, Rian Johnson)
Titanic (1997, James Cameron)
Tramas do entardecer (1943, Maya Deren e Alexandr Hackenschmied)
Pirakuá - Os Guardiões do Rio Ápa (2014, Gilmar Galache)
Literalmente vários filmes (1895-1905, Irmãos Lumière)
Link para o roteiro do vídeo, com material de apoio, texto complementar, referências e recomendações: bit.ly/2Fc953u
1. Uma breve introdução à nova série do canal, “Aprenda Cinema em Vídeo”:
A proposta é em cada vídeo responder uma pergunta em até mil palavras (o que dá mais ou menos oito minutos). E só! É uma limitação autoimposta que busca estimular soluções criativas e evidenciar quais são as ferramentas a disposição na hora de produzir os vídeos.
A intenção não é ser didático nas respostas. Tomo como base uma fala da Adriana Fresquet: "explicar é negar a capacidade dos sujeitos poderem entrar em contato direto com aquilo a ser aprendido”. Não vou me preocupar, nestes vídeos, em simplificar coisa alguma (que é a razão-de-ser da “explicação”); vou, ao contrário, me esforçar para proporcionar um contato direto com a coisa que julgo ser a resposta (ou uma das respostas) para a pergunta.
Referências e recomendações estarão sempre na descrição dos vídeos e aqui nos comentários.
Espero que gostem e aprendam - sem que ninguém lhes ensine tradicionalmente, mas apenas pelo contato direto. :)
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2. Sobre o nascimento da linguagem cinematográfica:
O vídeo começa falando dos filmes do “primeiro cinema”, período que compreende, tradicionalmente, os anos de 1895 (quando os irmãos Lumière lançam o cinematógrafo e os primeiros filmes, como A Chegada do Trem na Estação Ciotat e A Saída dos Operários da Fábrica Lumière) até meados de 1905 (quando começa a se desenvolver a montagem como ferramenta narrativa através de D. W. Griffith, Edwin S. Porter e a Escola de Brighton). Destaco principalmente a característica de “registro da realidade” destes filmes: uma boa e curta explicação sobre isso partindo de um viés semiológico e narrativo se encontra no capítulo “O nascimento da narrativa cinematográfica”, do livro “A Narrativa Cinematográfica”, de François Jost e zt (pdf aqui: bit.ly/2Y67NQi).
Outra explicação, até mais historiográfica (e seguida de valiosas reflexões educacionais e pedagógicas), encontra-se no capítulo 4 do livro “Cinema e Educação”, “O Minuto Lumière: crianças restaurando a infância”, da Adriana Fresquet - o livro como um todo é uma das melhores recomendações que se poderia dar a um educador interessado em Cinema: se este é o seu caso, a leitura lhe acrescentará muito.
Para uma discussão bem contextualizada sobre a importância de Griffith e Porter para a evolução das técnicas narrativas do Cinema, ver o artigo “Os Fundamentos Históricos e Teóricos da Montagem Cinematográfica,” do Carlos Canelas (pdf aqui: bit.ly/2Y0T7BX).
Então chegamos à coisa da linguagem cinematográfica. A intenção deste vídeo foi apenas a de defini-la, não a de debruçar sobre ela. Voltaremos às mais diversas particularidades da linguagem cinematográfica nos próximos vídeos, sem dúvida. A definição que expus aqui, “a linguagem cinematográfica é aquilo que faz o filme ser entendido”, vem do teórico Christian Metz. Ele alcançou essa definição partindo de um referencial e de um debate linguístico e semiológico, isto é, não exatamente cinematográfico; a citação que aparece no vídeo vem do texto “Algumas questões da semiologia do cinema” (disponível na coleção “A significação no Cinema”, pdf aqui: bit.ly/2A9tlkj), aqui Metz também fala bastante da importância de Georges Méliès, Porter e Griffith. Mas a leitura de Metz é pesadíssima e bastante, digamos, “abstrata”: só recomendo aos interessados em questões linguísticas e semiológicas.
3. Sobre o paralelo entre Linguagem Cinematográfica e Língua:
Faço no vídeo uma comparação entre a linguagem cinematográfica e a língua. Há uma diferença crucial, esclarecida pelo já citado Christian Metz: a língua é composta por palavras, e o cinema não tem nada equivalente às palavras. Um escritor ordena palavras, um cineasta ordena... “planos” (entenda-se por “planos” tudo que aparece entre um corte e outro). Houve uma certa tendência dos primeiros teóricos de dizer que, logo, os “planos” eram equivalente às palavras. Mas não. Diz o Metz que "o erro era sedutor: visto sob determinado ângulo, o Cinema tem todas as aparências daquilo que ele não é. É óbviamente uma espécie de linguagem, foi visto como uma língua."
Se os primeiros filmes do Cinema eram registros da realidade, é porque eles não tinham uma linguagem: eles só tinham um plano, como um texto de uma palavra só. Mas, e eis a grande contribuição teórica de Metz: um plano não é o mesmo que uma palavra. Uma palavra possui um significado, isto é, ela aponta para um conceito, enquanto que um plano possui a própria realidade, ele aponta para a realidade ela mesma.
Um filme é formado por vários “pedaços de realidade” - tanto os mais antigos quanto os mais recentes. Só que os mais antigos eram pedaços da realidade e ponto. Os de hoje são pedaços da realidade... transformados em narração. Como diz o Metz: “o que caracteriza [a linguagem cinematográfica] é uma certa maneira de reproduzir e combinar 'pedaços de realidade' que, em si, não são especialmente fílmicos (é isto que se chama 'fazer um filme').” Ou, como ele diz em outro momento, “o específico do cinema é transformar o mundo em discurso”. Isso é feito via Linguagem Cinematográfica. A Linguagem Cinematográfica fornece os códigos que nos permitem pegar esses pedações de realidade que são os planos, e transformá-los em um discurso - e consequentemente é através também dela que “decodificamos” esse discurso e entendemos o que ele quer dizer.
De resto, com exceção das palavras, as linguagens e as linguas mantém algumas coisas em comuns, como os códigos: daí a comparação no vídeo. Como diz o próprio Metz, uma linguagem é “língua menos palavras”. Creio que isso valide a comparação do “formular uma frase compreensível” com o “montar um filme entendível”.
(A referência aqui é o texto “Cinema: Língua ou Linguagem?” do Metz, disponível em: bit.ly/2A9tlkj).
4. Recomendações de filmes não-hollywoodianos:
4.1 Listas no Filmow:
- Filmes do expressionismo Alemão: filmow.com/listas/historia-do-cinema-expressionismo-alemao-l23774/
- Nouvelle Vague francesa: filmow.com/listas/nouvelle-vague-l42343/
- Cinema Novo brasileiro: filmow.com/listas/cinema-novo-serie-l99911/
- Alguns filmes ligados ao movimento negro: filmow.com/listas/cinema-negro-brasileiro-l150733/
- Alguns filmes de Cinema Decolonial: filmow.com/listas/cinema-decolonial-l138579/
4.2 Algumas recomendações pontuais:
Curtas que tão rolando no Brasil AGORA!:
Tsunami Guanabara, da Lyna Lurex e do Cleyton Xavier. Disponível em: ruclips.net/video/7O9WCOK1fQM/видео.html
Kbela, da Yasmin Thayná. Disponível em: ruclips.net/video/LGNIn5v-3cE/видео.html
Prisma, do Victor De Beija.
Outros:
En rachachant, de Danièle Huillet e Jean Marie Straub. Disponível em: ruclips.net/video/7n2YJm8lHiM/видео.html
Limite, do Mário Peixoto. Disponível em: ruclips.net/video/KDYLLIK999w/видео.html
Tramas do Entardecer, da Maya Deren. Disponível em: ruclips.net/video/bRLJaueDWFI/видео.html
O filme Parasita pode ser considerado fora das convenções Hollywoodianas? Pq eu assiste o filme e não gostei, tive uma estranheza, talvez pq n esteja acostumada com o estilo. Convenções de Hollywood são como padrão de beleza? Vc acha bonito aquilo q é imposto como bonito a vc
A professora da minha filha passou esse vídeo em aula. Muito bom. Explicação clara e simples. Parabéns 💓
Eai Brisakkk
Que maravilha de canal! Um canal pra educação audiovisual de excelente qualidade!
CONTEÚDO DO VÍDEO EXCELENTE ! ESSE É O KARA DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA ! Muitos estudos, muitas pesquisas, um profissional 1000% é mil por cento mesmo! PARABÉNS !!!
Mano tua didática para passar o conhecimento dentro desses vídeos é ótima. Esse canal deveria continuar, obrigado pelo que fez ate aqui. Um excelente conteúdo. Estou no meu primeiro semestre de cinema e audiovisual na Universidade Federal do Pará (UFPA) , e me encantei pelo conteúdo aqui. Se você ainda estiver aí te desejo sucesso!
Seu conteúdo é simplesmente INCRÍVEL! Obrigado!!!!! Merece muita mais visibilidade
Top Demais!!
a linguagem, na verdade, vai muito além da cartilha de regras impostas por Hollywood... é através da linguagem que o diretor deixa sua marca no filme, e assim te faz ter uma experiência que possa proporcionar algum tipo de impacto, além de simplesmente "entender" o filme.
Como esse vídeo pode ter tão poucos likes? 😍😍😍
Porque infelizmente a grande maioria das pessoas só valorizam o que não tem valor !
Parabéns pelo vídeo. Didático e interessante.
Muito obrigado!
Muito foda!! Brigadão :) parabéns Keven, voa abraço
Seu conteúdo é maravilhoso
Gostaria muito de conhecer o seu currículum, porque você surpreende com tanta bagagem sobre Linguagens, Linguagem de Cinema, Cinema, História da Cinematografia, enfim, SHOW TODOS OS SEUS CONTEÚDOS !!!
Ansiosa por mais vídeos!!!
Valeuuu! Trabalhando neles, logo saem :)
muito obrigada!Excelente video
Ótimo video parabéns pelo conteúdo, é muito bom! 🙂
Brigadão! :)
Muito legal cara, parabéns.
Ótimo vídeo! Parabéns!
Cara, vídeo excelente, parabéns!
Obrigado
Muito bom seu vídeo!
cada país tem sua linguagem
e os brasileiro estão, tão acostumados com os filmes de hollywood que desprezam qualquer filme do brasil
por serem uma linguagem diferente
Filme brasileiro é uma bosta
Parabéns! Mais uma seguidora!
Ótimo parabéns
Explicação maravilhosa! Obrigada por gostar de ensinar!
Amo! Obrigado pela mensagem! :)
Ótimo vídeo, alguém poderia me explicar oque é o tom de um filme??
Eu sou Julia eu vou fazer um filme