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André Machado - Língua e Linguística
Бразилия
Добавлен 24 янв 2018
Vamos explorar juntos as línguas do mundo?
A IMPORTÂNCIA do "FALAR ERRADO"
Há algumas semanas, um expectador do canal deixou alguns comentários questionando a postura que eu e o Estevam, do canal Glossonauta, temos - a postura de tentar romper a associação entre desvio de pronúncia e ignorância e de lidar com a variação linguística de forma positiva, inclusive valorizando essa variação. Nesse vídeo, eu retomo os argumentos principais que ele deixou nos comentários e explico o porquê de nós, linguistas, acharmos que eles estão errados. Se você quer entender um pouco melhor por que linguistas insistem que devemos ser cautelosos ao associar desvios linguísticos a certas características sociais, repetem que temos que celebrar a variação linguística, reafirmam que um...
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FONOAUDIÓLOGA corrigindo PRONÚNCIA CERTA e o ARCAÍSMO na FALA que te faz NÃO ENTENDER uma PIADA
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Por que o discurso sobre língua e gramática volta e meia fica carregado de uma retórica moralista? Tudo o que é tradicional é automaticamente elegante e sofisticado? E você já parou pra pensar que o seu sotaque pode fazer com que certas piadas não façam o menor sentido pra você? Nessa última parte da minha conversa com o Estevam, do canal Glossonauta, nós continuamos a conversa sobre variação, ...
PALAVRAS que PERDEM SÍLABAS e FISCAIS de PRONÚNCIA CRITICADOS por SANTO AGOSTINHO (com Glossonauta)
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Será que os erros de pronúncia como "bêudo" em vez de "bêbado" e "cóscas" em vez de "cócegas" são encontrados por todo o Brasil? O fato de uma pronúncia "errada" ter origem histórica quer dizer que a gente não precisa se preocupar em pronunciar e em escrever corretamente? E sabia que até Santo Agostinho já perdeu a paciência com os metidos a eruditos e fiscais de pronúncia alheia? Esses são os ...
"ERROS DE PRONÚNCIA" refletem a HISTÓRIA do PORTUGUÊS
Просмотров 3,5 тыс.Месяц назад
Ao contrário do que muita gente acha, os erros de pronúncia que a gente observa na fala de certos grupos sociais não são erros aleatórios ou desleixo dos falantes preguiçosos. Muitos deles, aliás, são a continuação de "tradições" que já estavam muito bem-estabelecidas já na época dos poetas trovadores ou no surgimento do português moderno como conhecemos (ou, melhor dizendo, como Camões conheci...
Como um (quase) ENGENHEIRO foi CONVERTIDO à LINGUÍSTICA
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O que a Linguística tem de tão interessante a ponto de fazer um entusiasta das Ciências Exatas abandonar o curso de Engenharia e ir cursar Letras? Será que ele acha que os Linguistas merecem a fama de usar essa história de "a língua é viva" como desculpa pra aceitar qualquer tipo de erro gramatical? Aliás, não eram os próprios linguistas que diziam que, na língua, não existe "certo" e "errado"?...
A MELHOR TÉCNICA para MEMORIZAR VOCABULÁRIO que eu já vi
Просмотров 2832 месяца назад
Você com certeza já sentiu a frustração de não conseguir memorizar palavras novas de jeito nenhum. Seja estudando línguas estrangeiras, jargões ou termos específicos da sua área, é muito comum que, mesmo revisando várias vezes, a gente simplesmente não consiga assimilar o significado daquele termo novo. Nesse vídeo, eu mostro a técnica que uso e que recomendo para todos os meus alunos. Além de ...
Quando a sua LÍNGUA te causa PROBLEMAS na JUSTIÇA
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Imagine ser condenado por um crime que você não cometeu, sem entender uma palavra do julgamento. Imagine viver em um país dividido linguisticamente, em que um grupo nacionalista distorce fatos jurídicos para criar uma narrativa de opressão - ou em que um grupo minoritário se sente no direito de reprimir a língua materna da maioria. Nações com mais de uma língua oficial raramente são o paraíso p...
EMBROMATION, VIRUNDUNS e LETRAS que ENTENDEMOS ERRADO
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Todo mundo já teve a sensação de ouvir palavras ou frases em português quando ouvia uma música em língua estrangeira. E, com certeza, você alguma vez já se surpreendeu o descobrir que a letra de uma música não era igual ao que você ouvia. O que está por trás desse tipo de confusão? Nesse vídeo, vamos explorar um pouco esse fenômeno chamado de virundum, tiocidade ou mondegreen, que está por trás...
TESTE seus OUVIDOS: Sua LÍNGUA pode fazer você OUVIR ERRADO
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Será mesmo que seus ouvidos são confiáveis, ou será que às vezes as suas expectativas distorcem a sua percepção dos sons? No vídeo de hoje, vamos ver como sua intuição e conhecimento linguísticos podem comprometer, e muito, a sua sensibilidade a nuances da pronúncia, seja na sua própria língua, seja em uma língua estrangeira. 00:00 Introdução e instruções 00:22 Teste de percepção 00:53 Resposta...
O PORTUGUÊS das pessoas de ANTIGAMENTE era MELHOR?
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NÃO é BURRICE sua, é a GRAMÁTICA que não faz sentido...
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A influência da BIOLOGIA na LINGUÍSTICA
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RITA LEE e o USO CRIATIVO da LINGUAGEM
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Por que TIRAMOS o I de FEIJÃO e COLOCAMOS I em ARROZ?
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Como POKÉMON nos ajuda a esclarecer mistérios da LÍNGUA (e a provar se SÓCRATES tinha razão)
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O "CHIADO" em TIA e DIA, parte 2: RESULTADO de LÍNGUAS em CONTATO?
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De onde vem o "CHIADO" do T e do D em TIA e DIA?
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Por que colocamos um "i" em "ADIVOGADO"?
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Um grande MAL-ENTENDIDO? O problema do GÊNERO no Português
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NÃO existe mais CERTO nem ERRADO?! Reagindo a Cíntia Chagas no Venus Podcast, parte 2
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Agora é ERRADO ensinar o PORTUGUÊS CORRETO? Reagindo a Cíntia Chagas no Venus Podcast, parte 1
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Precisa FINGIR ser AMERICANO pra CANTAR? O caso dos Beatles, da Adele e das Spice Girls
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Qual o PROBLEMA na LETRA dessa MÚSICA da MELODY?
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no caso brasileiro não chamamos língua indígenas de dialetos porque são tão distintas do português que não cola falar isso, ao contrário por exemplo de línguas da itália como lombardo e vêneto, que não têm um Estado próprio
Ela falou em mirandês? em geral eu não consigo entender nada de mirandês e eu entendi o que ela disse
Eu estou passando aqui pra te agradecer. Esse vídeo me fez ver que para aprender japonês, eu posso me valer também de textos escritos em alfabeto latino, ou sem kanji. Ao retirar o kanji a gente passa a perceber a língua japonesa de outra forma. É como mudar o foco de uma lente. Assim como um texto em inglês usando o IPA/ AFI ajuda a perceber realmente como a língua inglesa soa. Existe sistemas de escrita que parecem que obscurecem a língua que se está estudando ao invés de esclerecer, jogando pedra de tropeço.
Obrigado pelas considerações a respeito do assunto variação linguística! 👏🏽👏🏽
Vídeo excelente. Só não curti o termo estadunidense, que para mim, não é natural, e sim impositivo e político. Só uso o termo 'estadunidense' quando falo espanhol, porque é historicamente natural, não ideólogico cmo na fala de alguns brasileiros. Sintam-se à vontade para discordar, mas com argumentos. Só lembrem que chamamos os americanos assim, não porque eles são donos da América inteira, e sim porque o nome está em United States of America. O termo continente americano em inglês se diz The Americas.
Obrigado pelo elogio! Sendo bem sincero, eu não costumo usar estadunidense, mas como é algo que eu escuto bastante de algumas pessoas, então acaba aparecendo na minha fala às vezes, inadvertidamente... 😅
Eu tenho superior e às vezes pronuncio "memo" em vez de 'mesmo' . Quase todo o mundo pronuncia "paiz" em vez de "paz". Realmente, os erros na minha língua foram o que me fizeram a entender de forma prática (não teórica) a mudança linguística e por que o latim vulgar se transformou em português, francês etc.
Às vezes as pessoas têm na cabeça que certos desvios (como falar "memo", "vortar" e "muié") só são cometidos por pessoas de baixa escolaridade, mas na realidade o corte não é tão claro assim. Seu comentário só reforça isso! 😀 Obrigado pela visita e pelo comentário!
Viiishhh...
Vi so comentários e confirmei o que eu temia: que as pessoas não entendessem meus argumentos, Discordam do que eu não disse. Mas vamos lá: Quando você defende a preservação do "craro" como forma "dialetal", com o usuário variando entre ele é "claro" de acordo com o contexto, você está, sim, utilizando o mesmo tipo de argumento dos defensores de línguas minoritárias. Quando se defende que os povos nativos preservem sua língua, não se quer dizer que se defenda que eles utilizem, sei lá, o tupi no MacDonald's. Também envolve uma mudança linguística conforme o contexto. A diferença, que justifica que se defenda a preservação das linguas nativas e não do "craro", é que, no caso dos nativos, houve uma violação cultural e dizimação física desses povos, enquanto o "craro" sumir só significaria a absorção do padrão culto pelas pessoas menos cultas da mesma cultura. E parece-me desnecessário argumentar aqui que pessoas menos cultas se tornarem mais cultas é bom, enquanto impor nossa cultura aos povos nativos é ruim. O argumento do professor universitário ou do agrônomo faz sentido, mas você sabe bem que não era a isso que vocês se referiam. Não basta empilhar argumentos. Eles precisam ser relevantes para corroborar a posição questionada. O fato de "craro" aparecer incidentalmente na fala de pessoas mais cultas comete o mesmo erro apontado anteriormente. Não é sobre isso, e você sabe disso. E, novamente, o meu ponto é que, certo ou errado, ético ou não ético, fazer chacota dos "craros" da vida sai do âmbito da linguística, assim como fazer o mesmo com pessoas consideradas muito feias sai do âmbito da genética, e um prédio ser bonito ou feio sai do âmbito da engenharia civil. Alguém vai perguntar à Mayana Zatz, talvez a maior geneticista brasileira, se ela acha errado considerar tal celebridade bonita ou feia? Aliás, será que ela mesma, por ser geneticista, escolheu ou escolheria um marido com base exclusiva na compatibilidade genética deles. Quando o órgão do patrimônio histórico de São Paulo não permite que os casarões da Paulista sejam derrubados, fazem isso por causa da arquitetura deles, ou devido a sua importãncia histórica, mesmo que sejam considerados por muitos como esteticamente cafonas e resquícios de um estado extremamente aristocrático, logo tão merecedores de serem derrubados como a estátua do Borba Gato? Os critérios para se aprovar ou não essas coisas não advém da ciência, mas da cultura, e até do que essa cultura faz com a ciência a que tem acesso. Tenho um amigo que passou anos na Espanha. Ao voltar e arrumar emprego em uma multinacional aqui na cidade de SP, notou que o "R caipira" tinha se tornado muito mais presente na capital, e isso o irrita muito. Conversamos sobre o assunto e eu expliquei para ele que esse R tinha sido prevalente na cidade no passado, pois vem dos indígenas e bandeirantes, e que provavelmente sumiu por influência italiana, mas que agora parece estar de volta. Isso fez com que ele, uma pessoa já culta, aprendesse mais ainda, mas não mudou a percepção estética que ele tem desse R. Aliás, ele foi trabalhar algum tempo no interior de Minas em uma cidade onde o R é como o carioca e comentou o prazer que era ter parado de ouvir o R caipira por algumas semanas. Veja, um paulistano que prefere o R carioca ao R caipira! Rs Isso não tem nada a ver com linguística, e, por isso, não há nada que os linguistas possam fazer a respeito. A informação sobre a origem do R caipira não muda a percepção que se pode ter dele. Eu sou da capital paulista e acho o sotaque da Moóca e de muita gente que é daqui - aquele sotaque que os cariocas gostam de imitar para tirar sarro - realmente ridículo. Aliás, muita gente das classes mais altas fala assim. Assim como acho o sotaque do Pablo Marçal só um pouco menos boçal do que o próprio candidato. É o sotaque goiano, mas talvez devido às duplas sertanejas, peguei ojeriza. O que a línguística pode fazer em relação a eu associar o sotaque goiano a uma estética brega, percepção talvez agora agravada pela figura do candidato? Nada. Depois continuo porque já ficou longo demais.
Caio, mais uma vez eu agradeço que você seja educado e mantenha o nível. E, reforço, não é um ataque à sua pessoa. Mas quando você diz "você sabe bem que não era a isso que vocês se referiam", com todo o respeito, você está errado. Nós nos referíamos a isso, sim. Não SÓ a isso, mas a isso também. Da mesma forma, quando você diz que fazer chacota dos "craros" sai do âmbito da linguística, está errado de novo. Existe toda uma área de pesquisa sobre como línguas e variedades são percebidas (e manipuladas) socialmente. É uma área interdisciplinar, ela não está LIMITADA apenas à linguística, mas não sai do âmbito dela. Mesmo que você esteja defendendo que a linguística sozinha não dá conta desses fenômenos e que, portanto, eles fogem à linguística "pura", eu preciso te lembrar que muitas áreas da linguística fazem interseção com outras áreas, como a matemática e a neurologia, e nem por isso deixam de ser linguística. Da mesma forma, a matemática dialoga com a lógica e a filosofia sem deixar de ser matemática, a biologia dialoga com a química e a física sem deixar de ser biologia, e por aí vai. Logo, seu argumento está errado. Você pode até defender que explicar a lógica por trás da variação, como você fez com o seu amigo que voltou da Espanha, não é o suficiente para mudar a avaliação estético-cultural, isso é um ponto relevante, mas é outra história. Mas você está factualmente errado quando diz o estigma que as variedades carregam foge da linguística. Como eu disse no vídeo, você não precisa concordar com a gente, mas você também precisa repensar algumas posturas suas.
Viiish!
Vish...
Excelente ❤
Wieschhhhhhh. Uma resposta sensata, sem atacar ou exaltar-se com o comentário feito, educação e paciência que poucos têm!
Obrigado! Eu me esforço bastante! E adorei a sua grafia "wieschhhhhhh"! ❤️
@@andremachadolinguisticaTeu esforço vale a pena, quero um dia ter tamanha educação e paciência. Sobre a grafia, é que estou no caminho de aprender a língua alemã, aí quis fazer essa brincadeirinha usando as regras fonéticas do alfabeto alemão.
Quem tenta "impedir" variação linguística tem que dar uma volta nas Filipinas, Papua Nova Guiné, Índia, Ilhas Faroe, etc kkkkkkkk
@andremachadolinguistica, que paciência, que sensatez, que polidez... Só ao vir os comentários, eu já fiquei muiiiiito irritado!!!
Muito obrigado! Eu me coloquei nesse lugar, então é meu dever tentar estabelecer pontes sempre que possível em vez de sair soltando os cachorros. Mas não se engane, eu me irrito bastante, só tento me controlar em público! rs
Cada região tem seu dialeto e a norma padrão do Português é algo à parte. Não vejo qualquer problema se a pessoa opta por falar em seu próprio dialeto no dia a dia, desde que esta entenda que em situações formais deve-se usar a norma padrão do Português. Hoje vivo em São Paulo Capital, mas passei minha vida inteira, até os 21 anos, vivendo no interior. Até hoje eu falo "vortá" ao invés de "voltar", "fei, fai, mai" ao invés de "fez, faz, mas/mais", etc. Isso é absolutamente natural, é apenas a evolução da língua portuguesa no Brasil em diversas regiões ao longo dos séculos. E falo mais; essas pessoas que reclamam sobre ter que sempre falar na norma padrão, sequer elas o falam sempre. Duvido muito que elas não falem "mais" para "mas", ou omitam o R no final dos verbos no infinito como "preciso levá" ao invés de "preciso levar", ou quando falam "tô, tá, tão" ao invés de "estou, está, estão", entre muitos outros exemplos. Dialetos diferentes da norma padrão em diferentes regiões são perfeitamente naturais, e isso ocorre em vários países. É claro que é importante saber se comunicar com a norma padrão, falar e escrever correto segundo à norma padrão. Porém na linguagem do dia a dia é normal falar em seu próprio dialeto. Se formos levar tudo em consideração do que é "correto" falar, voltemos a falar Latim então!
Nem Latim, voltemos a falar o Protoindo Europeu, esse sim é o correto! kkk
Perfeito! Poder transitar entre a variedade padrão e a sua variedade vernácula é algo a ser celebrado, não reprimido.
Ótima conversa! Gostaria de saber mais sobre essa transformação de L em U. Na divisa de MG com BA, conheci muitas pessoas mais velhas que falavam "maLéducado", "coroneL", RafaeL e "RonaLdo" . Me parece que são pessoas nascidas até cerca de 1940, mas não conheci ninguém das gerações seguintes que fala assim naquela região. Talvez no máximo casos como "maléducado" permaneçam pela facilidade de pronunciar junto.
Eis uma boa ideia de vídeo! Vou tentar produzir assim que possível!
Já me surpreendi com pronúncias como "douze" e "catchioro".
"Catchiorro" também me surpreendeu muito quando ouvi pela primeira vez, mas hoje em dia eu acho fofo!
Cateter. Ninguém corrige médicos que falam catéter. Ninguém chama doutor de burro. Curioso. Por que será que nesse caso há tolerância com um jeito de falar??
Será que o problema não é a diferença entre fala e escrita, mas sim na fala de quem essa diferença é observada? Será? 🥸
Vixe, eu gosto demais da sua paciência em explicar.
Muito obrigado! Faz parte do ofício que eu me propus a fazer, né? Eu preciso acreditar que é possível criar pontes mesmo com quem (inicialmente) discorda da gente. Do contrário, nem a docência nem a divulgação científica fazem sentido! 🙃
Professor posso perguntar como se chama consoante sem vogal de muda?
Claro, pode perguntar à vontade! Mas eu não entendi sua pergunta... rs
@@andremachadolinguisticaacabei escrevendo errado kkkk, por qual motivo se pes chama o t de "cat" de mudo?
Ah, sim. Bom, tecnicamente ele não é mudo, porque é pronunciado. Mas, no português, a gente se acostumou a chamar de "mudas" as consoantes que tradicionalmente não aparecem em final de sílaba no português (como o T, o D e o P) se elas não forem seguidas de uma vogal.
@@andremachadolinguistica sim é vdd, com o tempo achei isso estranho kkkkk
Vishhhhh.....
Sensato demais 👏👏👏 debater e tentar entender os lados é o melhor jeito de evoluirmos como seres humanos. ❤
Se um dia eu achar que só posso dialogar com quem pensa igual a mim, eu abandono a docência, a ciência e a criação de conteúdo, pode ter certeza!
Há mais de 2000 anos, tinha falantes de latim reclamando igualzinho sobre variações linguísticas
Exato!
Meu maior interesse em linguística é justamente a língua falada e a mudança dos idiomas com o tempo. Se dependesse dessa mentalidade de seguir um "cânone" ao falar, a riqueza das expressões mais espontâneas das línguas jamais surgiria. Achar que quem come plural necessariamente o faz por ignorância, por exemplo, é um pensamento muito simplório. Aposto que praticamente todos que criticam pronúncias diferentes falam algo fora do "padrão" no dia a dia, mas nem percebem.
Se você apostasse que todos que criticam a variação também exibem algo de fora do padrão na fala espontânea, tenho certeza que você ganharia a aposta! 😉
Que vídeo legal 👏🏼👏🏼👏🏼
Que bom que gostou, Willian! Obrigado pela visita e pelo comentário!
11:50 Existe alguém que pronuncia "muito" sem ditongo nasal?
Tbm não encontro outra forma de pronúncia, mas deve existir sim
Eu duvido muito que exista. Nunca vi nem vi isso sendo descrito em lugar algum (até porque a pronúncia histórica já era com as vogais nasalizadas).
Vishhhh😂😂😂
Concordo contigo en todo. A lingua padrón só é un estandard para documentos oficiáis, legáis, internacionáis, pra ter uma base común a toda a comunidade falante. As variantes locáis son tan válidas como a padrón. Nós na Galiza temos tres variantes principáis, e a padrón ten parte das tres. Non se debe criticar á xente que non fala o padrón ao 100% xa que o padrón non é uma lingua natural, só é ben falada pola parte culta da sociedade. Na Galiza hai claro e craro, irmao e irmán, escoitar, escuitar e escutar, caminho e camín, fazer e faguer, agora e aghora, dez e deth, como en todas as linguas. En resumo cómpre ser tolerante, aceitar todas as variantes da fala, nen todos somos loiros nen todos somos brancos, viva a diversidade. Uma aperta (abraço)
Gostei bastante dos exemplos. Muito interessante!
Muito bom
Obrigado pelo seu comentário, Evaristo! Concordo plenamente. A propósito, acho o galego uma língua adorável de ler e de ouvir! ❤️ Uma aperta!
Nossa, eu não acho que conseguiria ter essa paciência, pelo menos pelos próximos 10 anos 🤣🤣 Viiishhhh...
O André se "exaltando" é falando "palavrões " como 'jacú' e aumentando 0.001% a voz hauahauaah
Hahahahaha eu me controlo bastante em público!
Vishhhh......
Mano, uma sugestão de vídeo é fazer um react àquele video "Sotaques do Brasil" (da Superinteressante) e mostrar o quão falacioso ele é. O pior é que esse video viralizou muito na época, com portugueses e até angolanos fazendo react e espalhando mais desinformação.
Nossa, se bobear o react ao react seria ainda mais legal! rs Boa sugestão. E, se quiser me mandar algum react específico de português ou angolano espalhando desinformação, pode me mandar pelo direct no Instagram (andremachadolinguistica). Passar raiva às vezes rende bom conteúdo! hehehe
1:26 Glossonauta quase criando sua própria língua de sinais, amo! 😅😅
Sim! Por um instante até pareceu que ele ia fazer alguns movimentos de Vogue com as mãos, mas é só ele se expressando mesmo! rs
Quando não sou eu quem faz a edição, não posso eliminar as minhas excentricidades do vídeo haha
Pra que eliminar? Bom mesmo é ser excêntrico nesse mundo de gente sem graça! ❤️
Você conhece Marco Neves um professor português?
Conheço sim! Não conheço todo o conteúdo dele, mas do que vi até agora, gostei! 🙃
Na zona da mata de Pernambuco escuitar, é muito comum
Será que foi de alguém dessa região que eu ouvi "fruita"? Agora tô encafifado! rs
Pessoas mais velhas do meu convívio falam "Véve" ao invés de "Vive", exemplo: "Eles vévem muito bem". Ótimo papo!
Também já conheci pessoas, mais velhas ou nem tão mais velhas, assim falando "véve" em vez de "vive". Obrigado pelo comentário e pela visita!
Aqui na Bahia, sotaque de Feira de Santana, há reduções nos gerúndios, a exemplo de: "Ele está comendo" que vira, "ele está comeno", ou "Ele está fazendo" que se torna, "Ele está fazeno" . Lógico que essas reduções ocorrem na fala do cotidiano, com as pessoas pronunciando as palavras rapidamente.
Acho que isso é comum na maior parte do Brasil - aqui no interior de SP, pelo menos, também é super comum!
@andremachadolinguistica Não sabia! Interessante que esse mesmo fenômeno ocorra não só por aqui. Em um outro comentário, dei uma pauta de um vídeo que poderias fazer no futuro, que era "Como o alfabeto da língua portuguesa está e ficará defasado?", mas ontem vi que tu já tinhas feito um vídeo com um assunto parecido. Assim sendo, aqui vai outra sugestão, "Como a internet e mídias sociais estão mudando o jeito de se comunicar?" Por exemplo, as pessoas normalmente no WhatsApp ou outro aplicativo de comunicação via texto escrevem os textos de forma picotada, desse jeito: Bom dia você vai para a festa fds?
Sou de São Paulo capital e comecei a reparar em como eu e outras pessoas falam. Diria que eu ouço e falo "ua" às vezes, talvez em 10 a 20% das vezes.
Jura? Que legal! Você tem origem nordestina ou convívio forte com alguém de uma região fora de SP capital?
Na minha cidade natal, na divisa entre Minas e Espírito Santo e relativamente próximo ao sul da Bahia, existe a pronúncia "ũa", mas ela é vista geralmente como uma pronúncia errada.
Olha só! É exatamente o que a gente disse no vídeo. A pronúncia histórica, que era vista como a correta, pode acabar sendo marginalizada!
Descobri o "um-a" com o Glossonauta há poucos meses e achei hilário que ele descobriu com a piada do mamão. 😂 Ela é tão piada de tiozão. Realmente é uma/um-a palavra que passa batida na velocidade.
Acredita que eu também descobri o "ũa" naquela época que saiu a história do Enoch e que ele também fez um vídeo a respeito? A gente que está no eixo Sul-Sudeste sabe muito pouco sobre a variedade linguística do Brasil.
Um exemplo de piada que não funciona em todas as regiões é a do "seu x coisa", que aparecia muito em programas como o Casseta e Planeta nos anos 90. Eu era criança e, como gaúcha, não entendia a confusão, já que seu usamos para 3ª pessoa e teu para 2ª, só na adolescência que eu fui me dar conta que em outras regiões tudo era "seu" 😅 Um exemplo de arcaísmo que ainda existe na linguagem regional, pelo menos no sul, é chacra no lugar de chácara. Por outro lado, chucro continuou chucro em português, mas virou chúcaro em espanhol, seguindo um caminho inverso. Por fim, sabe o que mais me incomoda quando falam ou imitam o sotaque gaúcho? O L vocálico! Geralmente, quem é de outra região, quando tenta imitar, fala o L vocálico como no PT-PT, no céu da boca, quase chegando na garganta (parece que vai ter uma convulsão), enquanto o nosso L vocálico é bem mais suave, "batendo" atrás do dente e não lá atrás.
Cibelli, o pessoal da sua região também acaba se confundindo na hora de usar "his/her" e "your" no inglês? Porque aqui é um clássico. "She showed me your documents" em vez de "her documents" e erros semelhantes são coisas que a gente vê dia sim, dia também. Pra quem fala "teu/tua" é tão confuso assim?! E, no caso dos Ls, outro clássico, confundir o que a gente chama de "dark L" com o "light L". O pessoal ACHA que sabe imitar muito bem. Só acha! rs
@@andremachadolinguistica não sou professora de inglês, mas em aulas (colégio e cursinho) nunca vi ninguém com essa dificuldade, trocando his/her por your. Era mais fácil a gente errar esquecendo que he/she conjugava diferente, muitos pontos perdidos por causa de um S kkkkkkkkk Curiosamente, a gente comete esse erro também no português falado (tu canta/ele canta), embora a gente escreva certo (tu cantas/ele canta). Outro erro que a gente não comete escrevendo, mas sempre falando, é os oblíquos de segunda mesmo na terceira (Senhor, teu pedido) ou certo, mas sem o H (taca-le pau nesse carrinho!). A gente sabe que existe um H ali, a gente escreve ele, mas na hora de falar finge que ele não existe kkkkkkkk Outro erro é colocar "me" onde não deveria (Guri, tu não vai me derrubar isso) ou transformar "mas" em "mãs" (gaúchos se reconhecem pelo R do choro do Quico e o mãããs) Não sabia que existia nomes para os L vocálicos, isso é bem interessante.
Eu falo sem medo de errar: Cíntia Chagas foi para o lado negro da força do ensino de português. Eu creio que ela sabe como a linguística funciona, mas usa o '"preconceito linguístico" disfarçado de "apelo à tradição e defesa do bom falar" como chamarizes para farmar público de direita. Ela vendeu a alma ao pai da mentira e lucra com isso. E num país polarizado em direita ou esquerda, defender a "norma padrão" passa a ser associado à direita e os "estudos linguísticos" associados à esquerda - tendo em vista que o professor que cunhou o termo "preconceito linguístico" foi o professor Marcos Bagno que é de esquerda em seu livro de mesmo nome. Eu sei que tanto o nosso mundo quanto o estudo de línguas são bem mais complexos e ricos do que nos mostram a "norma-padrão" e a polaridade esquerda vs direita. Cíntia Chagas está mais para uma charlatã do que ela acha que é: uma salvadora da língua portuguesa. E ela sabe de tudo isso.
Nossa, será? Talvez eu esteja sendo bem ingênuo, mas ela sempre me pareceu o tipo de pessoa que passou a graduação desprezando as disciplinas de linguística porque iam contra as ideias e os valores que ela já tinha, e agora só sai reproduzindo o discurso clássico (e classista). Mas seu ponto de vista faz MUITO sentido!
Cíntia Chagas é uma pessoa desequilibrada. Eu penso que a forma que ela lida com o português a torna tão chata que isso já está começando a afetar até a vida pessoal dela. Eu aqui do meu lado, fico tranquilo pois nessa batalha entre "gramáticos" e linguístas, os linguístas já venceram, pois se baseiam em como as línguas funcionam e não como eu acho que as línguas deveriam funcionar. Simples assim!
O português do Brasil tem muitas variações, dentro da região em que a pessoa encontra-se ela nao percebe esses detalhes mas ao sair de sua região costumeira a pessoa percebe outros dialetos regionais que não são os seus.
Exatamente!
Ah esse papo é muito profundo é psicolonguistica já, aceitação e rejeição mútua entre o falar antigo e o falar hodierno, atual. É um tema bonito árduo. Isso abrange muitos subtemas.
12:15 Acho singular alguns falantes do interior de SP que pronunciam o /R/ retroflexo em encontros consonantais como em primo ou substituindo o tepe como em cururu. Eu achava que essa consoante só poderia ocorrer em coda quando se trata de falantes nativos.
Usar o R retroflexo fora da coda silábica não é algo tão raro assim, por incrível que pareça. Mas nossa, eu usei o R retroflexo nesse instante do vídeo?! Vou até ouvir de novo! rs
@@andremachadolinguistica Eu realmente fiquei surpreso uma vez que só associava a retroflexão nesses contextos aos norte-americanos ao falarem português mas pelo visto há brasileiros que falam naturalmente de tal modo.
Sobre o uma soando um-a, sabemos que era assim na língua medieval porque havia a grafia ũa.
E hoje em dia, em algumas regiões, essa pronúncia virou o jeito "errado" de falar!
@@andremachadolinguistica, sim. Aqui mesmo em São Paulo. Mas eu falo como na Idade Média. Aliás, como diz a minha mãe, que é nordestina.
Colonialismo linguístico.
Uma língua preenchida com conceitos filosóficos, poéticos e científicos é muito mais eficiente para a expressão do indivíduo do que um idioma originado da interação entre pessoas menos instruídas. Uma diferenciação entre gêneros pode evitar inúmeras linhas de comunicação, além de servir de reforço para a adequação dos diferentes papéis sociais, afastando uma sociedade inteira de uma mentalidade fundamentada em ideias relativistas, por exemplo.
Vamos com calma aí! De fato, jargões e termos técnicos são muito úteis como "atalhos" na hora de discutir conceitos filosóficos, poéticos e científicos, mas esse é um aspecto da ordem do léxico, não da sintaxe e muito menos da fonética e da fonologia (como os casos de variação em que focamos ao longo desses vídeos. Além do mais, via de regra, todo idioma surge da interação entre pessoas menos instruídas, tanto que a escrita é sempre posterior.
Eu também só notei a diferença na pronúncia de "uma" depois de adulto. Pra mim todo mundo falava com som nasal.
Bom, todo mundo (acho) nasaliza o U, mas daí a não articular o M é outra história. Eu tinha mais de 30 anos quando descobri isso, então tá tudo certo! rs
Estou descobrindo agora agora e não sei dizer qual faço kkkk vou chegar em casa e ficar observando minha família,, provavelmente falo igual
Adorei os vídeos de vcs, a interação é muito fluida. Façam mais vídeos juntos.
Agora você tem que ver se fala com o Piter kkkk