Você poderia fazer essa enquete novamente agora que o seu canal está maior e abordará mais pessoas. Algumas que responderam antes e podem ter pensado a respeito e mudar de ideia e outras que nunca fizeram, como eu. E comparar com o resultado de 2012. Método científico como a replicação e o controle (a grosso modo)
Pirula, eu AMO os assuntos que você traz à tona, e essas questões filosóficas são muito interessantes, sempre me fazem pensar muito. Adoraria ter a chance de te conhecer pessoalmente, pois é alguém que admiro muito!
@@nicolashayato3277Idolatrar Animais de uma forma geral realmente é complicado, mas vc admite que em alguns casos eles podem ser tão ou até mais úteis para a sociedade que um ser humano ?
Em geral, houve 3 argumentos que orientaram as escolhas das pessoas: a) Argumento utilitarista - ao matar apenas 1 pessoa, imediatamente outras 5 serão beneficiadas, ou seja, a "felicidade" provocada pela sobrevivência de 5 pessoas é superior à felicidade provocada pela sobrevivência de 1 (Por isso, busca-se o desvio); b) Argumento libertário - as pessoas são livres para escolher seus próprios destinos, logo, não se pode utilizar uma pessoa como instrumento, ignorando a sua liberdade de escolha. (Por isso, não se empurra o obeso nem se mata uma pessoa saudável para salvar outras.); c) Argumento de "solidariedade" - desde o nosso nascimento, estamos inseridos em uma história, isto é, pertencemos a um contexto (família, relacionamentos, nação, raça humana...). Nesse grande pacote, estão inseridas obrigações com as quais inconscientemente consentimos. (Por isso, salva-se a mãe ao invés de 1,2 ou 5 estranhos.) Não há uma escolha justa, porque esses 3 argumentos são possíveis e cabíveis nas situações apresentadas. Isso explica o desconforto de muitos, pois, ao ter que escolher apenas um dos argumentos, descartariam os outros 2 (ou, dependendo da situação apresentada, apenas 1), que também são justos. (No entanto, arrisco que, atualmente, o argumento libertário é o que mais está em evidência em nossa sociedade.)
Sem dúvidas uma das melhores discussões sobre ética que eu já tive contato. Uma pena não ter podido responder a enquete por estar vendo os videos quase 2 anos depois. Eu acredito que a questão do nosso pensamento a cerca da ética entra em conflito com nossas atitudes porque somos seres egoístas. Exatamente por isso tendenciamos a fazer, ou não, algo em detrimento da concepção de ética que temos. Acredito que a ética é aquela conclusão que tiramos sem envolver subjetividade ao caso, como por exemplo, o caso do trem em que somos o maquinista e todos no trilho são desconhecidos. Ou seja, eu acho que o conceito de ética vem de uma base imparcial. Mas claro, nada é preto no branco e a nossa natureza é egoísta. Além de que somos sentimental (excluiu-se psicopatas aqui), criamos empatia. Quando a gente coloca isso no "plano real", eu chego a conclusão de que viver eticamente é utópico sim. Mas aí entra a questão da moral, que também não é alcançável de forma absoluta! Aquilo que socialmente condenamos como certo ou errado, às vezes independentemente da ética. Isso tudo me fez relembrar as questões de crimes passionais, que seria até um tema interessante para discutir em um video sobre ética. E acredito que não seja da sua área, mas pode achar interessante ler alguma coisa sobre excludentes de ilicitude e culpabilidade. Se não me engano, uma das excludentes de culpabilidade, legalmente falando (claro), é quando não se pode cobrar conduta adversa da pessoa, exatamente por essa questão da subjetividade que temos. Por exemplo: Eu aponto uma arma pra sua mãe e digo que se você não matar 5 pessoas, sua mãe morre. Você provavelmente não seria punido penalmente por isso. Acontece aquilo em que se admite que a pessoa cometeu um ato ilícito, porém não recebe a pena prevista em lei para o crime, exatamente pela excludente de culpabilidade, baseado no preceito de que há ausência da exigibilidade de conduta adversa. Ou seja, ao matar 5 pessoas inocentes pra salvar sua mãe, você não conseguiu agir com ética, mas não foi imoral. Assim como há questões morais que atropelam a ética, como tratamento diferenciado para um assassino menor de idade. Isso já ficou enorme, mas vou acrescentar um pensamento mais extensivo baseado em um livro bem popular aí (O caso dos exploradores de caverna), em que 5 exploradores de caverna amadores ficam presos em um desmoronamento e, basicamente, os 5 morreriam de inanição aguardando o resgate que não chegaria a tempo. Então eles decidem tirar na sorte e matar um (que não consentiu) para servir de alimento aos outros 4, que por conta disso, conseguiram sobreviver até serem resgatados mais tarde. Aí vem as questões: 1- O que eles fizeram foi ético? 2 - O que eles fizeram foi imoral? 3 - Penaliza-los agora seria ético? 4 - Penaliza-los agora seria imoral? Enfim, eu acredito que nada seja dividido em apenas dois polos extremos e que por isso mesmo, devemos fazer uma síntese de moral e ética para chegar a um ideal que possa ser praticado por nós de forma efetiva. Enfim, curto muito seus videos, espero que leia essa divagação aqui, ainda que já tenha chego a sua própria conclusão de 2012 pra cá. OBS: Feliz ano novo! :D
Depois de ver esse vídeo pela terceira vez em tempos diferentes, eu consegui apenas resumir em uma coisa: A ética não pode ser debatida sem falar dos valores pessoais que cada um tem. Desse modo, a ética estaria no campo das ideias de Platão, e apenas a moral é válida para nós, que mudamos de valor sobre as coisas constantemente. E por isso, há uma subjetividade nisso tudo, e acho que é um dos vídeos mais relevantes de se ter um debate em todo o canal.
Muito interessantes os resultados, Pirulla. Muito bacana essa espécie de pesquisa e de comentários sobre o questionário e os resultados depois. Não pensei que, entre todos, você fosse citar meu comentário, que eu fiz enquanto estava tão confuso pelo questionário... Me senti honrado.
Muitos dos dilemas, de primeira eu decidi uma coisa, mas pensando melhor acabei mudando várias respostas. Na questão da pessoa solitaria do trilho "alternativo", eu considero que ela não seja tão irresponsavel quanto os outros, porque por ser um trilho "alternativo", talvez não lhe tenha passado na cabeça a ideia de que o trem passaria ali pra poupar outras pessoas que ele nem teve conhecimento. Mas tem outra coisa, sobre o que o carimbo falou. Eu, no conforto da minha casa, pensando hipoteticamente sobre o que é etico ou não é uma coisa. Mas se esses dilemas se tornassem verdade, sobre os afetos e desafetos, e uma decisão que teria que ser tomada em milesimos de segundo, as respostas podem ser totalmente arbitrarias e acabar distorcendo todo o resultado do experimento. E realmente a decisão da minoria não deve ser relevada. Se pensarmos em grandes personalidade que tiveram um grande impacto na história como Adolf Hitler, por exemplo. Sem contar que essa minoria pode acabar disseminando as suas ideias.
Que experimento fantástico Pirula. Deve ter dado um trabalhão, mas foi imensamente compensador, pois pudemos observar o comportamento humano nessas ocasiões, inclusive sobre aquilo que deve ser feito (moral) e aquilo que é feito de fato (moralidade). O que considero de mais rico nesta pesquisa é a reflexão que ela provoca. Parabéns pela pesquisa.
Sim foi o que todos fizeram mas mudando as situações como vc fez as opiniões mudaram de acordo com cada interesse pessoal ou contradição ética interna ou seja não chegaram a um consenso 100% moral e ético!
Pra mim, a diferença entre o gordo e a pessoa para os transplantes é o imediatismo da questão. Respondi que não empurraria o gordo e que não mataria o saudável, mas entendo que quem empurraria o gordo estaria numa situação de emergência e teria que pensar rápido. O caso dos transplantes exigiria premeditação e preparação para acontecer...
Wilber Andrade Não respondi o questionário, mas durante o video pensei como agiria em cada situação. Em todas as questões eu agiria em favor de pessoas que tivessem relevância para mim, menos nessa do transplante. Fiquei confuso, mas você disse tudo, o imediatismo pesa muito nesse tipo de decisão. Como no primeiro caso, ou é empurrar o gordo ou deixar um ente morrer, na situação do transplante deixa a sensação de existir mais possibilidades em aberto, dá a sensação de que teremos mais tempo para achar outras soluções. Fora o fato de ser um ato premeditado (como você disse) e que terá uma resolução mais demorada, pesou sim para mim.
Pirula, cara, eu amei seu canal, me faz pensar de uma maneira que eu nem imaginaria. Desperta a minha mente para divagações solitárias, e o quanto eu queria que alguém como você estivesse do meu lado para sanar todas as minhas dúvidas, e de certa forma, me entendesse. Ademais, como alguém pode não gostar de um conteúdo desse? Não posso julgar, afinal existem diversas variáveis que se eu fosse pensar, ficaria louco, né?! Fora isso, queria saber se há outros canais do seu estilo, isso me fascina, ver esse lado da vida que a maioria nem dá bola.
Eu acho - e aqui é uma opinião minha, me corrijam se eu estiver errado - que a Ética muito tem a ver com a empatia. Ou seja, se você se colocasse no lugar do cara que está sozinho nos trilhos, por exemplo, a maioria com certeza não acharia correto desviar o trem pra matar menos gente (porque esse "menos gente" seria você). Isso é bem parecido com o exemplo de você ter um vínculo afetivo, ou simplesmente saber várias informações relevantes a respeito da pessoa sozinha nos trilhos. Acredito que as respostas mudaram nesses casos por EXERCÍCIO da empatia. De igual forma, caso se colocassem no lugar do gordo, as respostas também mudariam. Então, por que achar ético algo que por EMPATIA você acharia errado? Não estaria sendo então antiético de fato, ou simplesmente hipócrita mesmo, ao escolher matar alguém que está fora da situação?
Em relação ao que você faria e o que você acha ético, existem fatores emocionais. Apertar um botão para mudar o trilho tem um envolvimento emocional muito menor que empurrar pessoalmente, o mesmo para quando tem alguém amado envolvido, pois a sua dor pessoal pode sobrepujar sua lógica.
Cara, é incrível como as coisas são. Não sei se isso é algo típico da mente brasileira, mas o fato é que um vídeo, um canal, enfim; com tanto conteúdo interessante como o seu, não tem nem perto da metade dos views do que muitos virais ridículos por aí. Tudo bem, todo mundo precisa de cultura inútil pra rir. Quem não gosta, né? Mas eu procuro guardar comigo mais cultura do tipo aproveitável do que do tipo irreciclável. No mais, sou seu fã. Parabéns por essa mente fantástica.
Se ético vem do ser humano e mesmo a sim há divergências nas respostas dos dilemas éticos isso significa que está faltando uma variável do ser humano para balancear e responder esse tipo de resultado, essa variável seria o ego, seria o amor que temos por nós mesmos que as vezes faz nos esquecer da outra pessoa que tbm é um ser humano como qualquer outro, ou melhor, um ser humano como você mesmo.
Você diz que não entende porque a ética não deveria ser assim, porque é feita por humanos, mas você consegue perceber a natureza da ética com esse tipo de questionário, ética sempre responderá a variaveis, porque usamos o emocional para comandar as nossas ações, eu trocaria com toda certeza a vida de cinco pela vida da minha mãe ou pai ou seja lá a pessoa próxima que eu tenho, sendo que a situação fosse desse jeito a qual você disse. Mas se você usar parentes na lógica do hospital por exemplo, você tem cinco parentes que cada um precisa de um orgão expecifico e tem uma pessoa que poderia ser doador de todas as cinco, qual seria sua reação? A ética muda como nessa situação?
Não precisa pedir desculpa pelo tempo do vídeo, a pesquisa foi tão boa que eu ficaria analisando-a por mais meia hora. Parabéns pelo vídeo Depois de algumas análises, acredito que mudei a minha opinião em relação a algumas perguntas, mas foi muito casca grossa fazer aquele questionário. uahuahuauha
Pirulla, tô maratonando seus vídeos. Queria muito, por mais sem sentido que isso seja dentro dos objetivos do canal, um tutorial de cuidados com o seu cabelo! hahaha Grande abraço e agradeço pelo esforço de um conteúdo sempre bem embasado.
Na verdade em todos esses dilemas, a situação chave, cujo resultado sempre vai envolver pelo menos uma morte, já foi projetada antes que a decisão de alguém afetasse a vida de outras pessoas. Em todas as situações o dolo ou a culpa pela "tragedia" foi retirada antes, pelo proponente do dilema. De qualquer forma alguém irá morrer e não será culpa (De forma alguma) de quem está colocado na situação em questão. Quem tem que puxar a alavanca ou fazer o trem parar, etc., não vai tomar a decisão com base na ética e sim com base no seu próprio ego. Isso porque, a situação é extremamente desconfortável pra quem sofre e tem que tomar uma decisão difícil, nesse caso, a tendência é que a decisão tomada seja a melhor para a pessoa e não para os outros envolvidos no contexto do dilema (que irão morrer). Na minha modesta opinião, estes "dilemas" nem deve ser chamado de "morais", e sim de dilemas "egocêntricos", já que ética envolve um certo grau de discernimento (conscientização) e intenção do agente que vai tomar uma decisão, frente uma situação dificil, visando o bem estar de outra pessoa. Esse dilema seria ético se o "agente principal do dilema" tivesse causado toda a situação dificil do dilema, pois para a ética o que interessa é a intenção do agente para agir de modo compatível com a moral em situações em que ele age ativamente. Nesses casos a ação de todas as situações, o resultado está "armado" e não há muito o que fazer, porque alguém vai se machucar de qualquer forma!
Pesaria na consciência [porque pesar na consciência e oque é isso é um assunto para debater] é cultural, social. É algo que poderia ser um amigo como se fosse um irmão para mim, é bem possível que eu realmente desviaria contra o mesmo, mas se fosse um parente, mesmo que de pouco convívio, como um primo de segundo grau que só visse 1 ou 2 vezes por ano, já é outra situação. essa relação e bem interessante para abrir um tópico. Gostei do canal, bom ver cada vez mais desses. Um abraço. _______Mauro
Sei que o comentário vem muito tempo depois, já que o vídeo é de 2012, mas vou jogar meus 2 centavos aqui (mesmo que talvez quase ninguém leia) A resposta pra pergunta: Porque as pessoas não fariam o que elas acham mais ético? Será que na verdade o que as pessoas querem dizer é: Eu faria assim, mas se alguém fizesse o contrário (o que eu acho ético) eu não a condenaria e entenderia o motivo pelo qual foi feito. A ética me parece algo frio e totalmente racional, e na hora de agir o sentimento de sobrevivencia fala mais alto. Em prol da espécie é fácil escolher entre um cachorro e pessoas, mas em prol do meu interesse é fácil escolher entre pessoas que eu conheço (e me ajudam ou inimigos que eu gostaria de ver "eliminado") e animais. Não seria essa a diferença enter o fazer o que é ético ou não?
Oi Pirulla, eu já tinha adorado seu vídeo anterior, acho que esse ficou bem legal também. Sou vegetariana estrita há mais de 11 anos, ecóloga e atéia e concordo em número e grau com você. Tenho MUITA vergonha alheia dos "argumentos" usados por muitos vegetarianos e não me sinto representada por eles... Acho que você está fazendo um ótimo serviço ao divulgar o ceticismo! Obrigada! Aguardo o próximo vídeo!
"Por que que é que o lado humano tem que estar em conflito com o lado ético?"(ou algo assim) Eu acredito que é porque o lado ético desenvolvido por humanos visa a integridade do todo. E o lado humano visa o bem estar de si próprio e/ou dos próximos, e os dois podem facilmente entrar em conflito.
No caso do gordo e da pessoa para transplante, acho que também pode ser considerado uma premeditação que seria necessária para recolher órgãos, o que talvez não seria para simplesmente empurrar uma pessoa na frente do trem sem tempo para realmente considerar suas opções. Posso estar errada, mas é uma opção explicando a variação.
Fala Pirulão! Sou professor de É tica e Deontologia no curso de Terapia Ocupacional aqui de Joinville, e hj passei seu questionário pros alunos, fiz a média dansala e passei esse vídeo.... A aula foi um tesão! Congrets man!!
outra questao: quando vc fala d uma pessoa gorda PERTO, da a ideia inconsiente de um conhecido...eu tentava a mesma questao só q com a pessoa longe, APOSTO q o resultado muda
Olá, sou novo no canal e estou achando seus vídeos muito interessantes! Gostaria de ressaltar algumas idéias que não foram discutidas que são: E se fosse a nossa própria vida tirada para salvar outras pessoas? Nos dois casos por mais que pareça mais ético de nossa parte se sacrificar pra salvar a vida de outras pessoas, acho que a maioria esmagadora não pularia na linha do trem se fosse o gordo ou daria os próprios órgãos! E acho que levaria em conta a idade da pessoa que seria sacrificada, por exemplo eu salvaria um parente meu e deixaria as cinco pessoas morrerem, mas se esse parente já fosse bem velho, escolheria salvar a vida das cinco pessoas que não conheço pois o meu parente já velho não teria tanto tempo de vida de qualquer forma. E também é muito interessante perceber que mesmo ainda sabendo que certas escolhas seriam mais eticas, nos escolheríamos outras, fazendo nos termos que repensar se aquilo seria realmente anti-ético ou não, porque ética não pode ser somente uma coisa utópica e sim algo que todos nos faríamos por ser realmente o certo.
Acho que o egoismo não necessariamente faz você fazer algo que é errado... acho que o egoismo faz você fazer algo que a sociedade acha errada... você faz o que acha certo pra você mesmo sabendo que talvez os outros não achem certo
Achei super interessante e coerente a apresentação, porém teve uma questão em particular que foi apenas citada, e atiçou minha curiosidade (Não sei a de vocês) que foi ter entrado ali no meio a questão do Estado/Legislação. Aparentemente, o MEDO de uma punição é uma variável relevante, que às vezes trancende até uma atitude ética e/ou moral, e tem o poder de desviar a decisão original do indivíduo. E pior, pra alguns chega a ser preferível não questionar a lei, mesmo que iniba uma ação ética!
9 лет назад+2
Tempos atrás eu fiz o seguinte: "Existem duas instituições essenciais para a vida na terra e ambas as duas estão necessitando de uma contribuição X, você, e somente você, tem esse montante, porém, uma instituição cuida de crianças e outras cuida de idosos. Não pode contribuir parte do valor X, pois isso significaria a extinção das duas instituições consequentemente a morte de todas as pessoas sob cuidado dessas instituições. Isso equivale a dizer que contribuindo para uma estará condenando a outra. Qual instituição você escolheria?" Ninguém deu uma resposta válida, uns vinham com subterfúgios, outros diziam que eu era prefeito e certamente estava desviando grana, e por ai vai.
não sei qual foi o problema, se foi na pergunta ou algum problema com as pessoas, mas pra mim parece fácil, salvar as crianças
8 лет назад
Era isso que eu esperava, Joao Luiz Zoellner Lopes, respostas enfáticas. Fosse salvar as crianças, fosse salvar os idosos, mas uma resposta direta, não era preciso dizer o porquê.
Parabéns pelo vídeo! Eu me deparei com esses dilemas enquanto lia o livro "Deus, um delírio" de Richard Dawkins. Sou biólogo e professor de biologia e ciência, e me interesso demais por esses assuntos. Os dilemas em questão foram propostos exatamente no capítulo em que Dawkins comparava a moral de pessoas religiosas e ateias, numa tentativa de demonstrar uma moral padrão, inerente ao ser humano. Não sei se no primeiro vídeo você tinha citado o livro, mas vale a pena DEMAIS conferir!!
cara, esse vídeo foi o melhor que eu ja vi no seu canal e provavelmente qualquer canal, e acho que foi pelo fato de eu me sentir um participante desse experimento, adorei mesmo, parabéns pelo canal e continue assim... xD
Muito interessante. E o outro questionário que mencionou no final do vídeo também. E concordo, essa minoria pode ser as que estejam com a decisão em mãos numa situação real. Muito bom esse vídeo, @pirula25
Um exemplo clássico dessa "fluidez" da ética é quando nós torcemos por protagonistas moralmente questionáveis, simplesmente porque conhecemos sua história.. Tenho certeza que você repudia o tráfico de drogas, mas pode confessar que você torcia pro Walter White !
Quando se diz: "A ética é feita por humanos", também se remete à seguinte pergunta: "O que é humano? Qual a definição de homem?". Se nossos valores baseiam-se na ideia que temos de homem, necessariamente, esta ideia reflete a realidade? Digo isto porque, se o grande dilema da ética é o sacrifício em prol da escolha, necessariamente uma conduta ética implicaria na abdicação de uma outra escolha, o que seria anti-ético, não? Contudo, se o que se entende por anti-ético for condizente com a ética que predomine em uma situação inversa, na qual uma noção distinta e oposta de ética prevaleça sobre aquela que lhe é antagônica, então, este impasse não seria resolvido, nos levando a seguinte pergunta: "O que é ético?". A questão permaneceria sem resposta, já que esta seria a conclusão ao problema: "O que é humano?". Ou seja, a referência-padrão que temos do que comumente chamamos de ética torna-se um valor moral quando ganha alguma particularidade ou notoriedade em detrimento das questões consideradas menos importantes, seja por ser um valor adotado pela maioria, seja por garantir a sobrevivência de muitos. O problema é que, apesar de estabelecermos a ética da vida como valor moral, não temos como considerar irrelevante algo de que sequer sabemos, a nossa origem bem como a origem do problema existencial que envolve a escolha de viver, as condições necessárias a manutenção da vida. Se cada homem vive porque assim deseja, como poderíamos justificar a possibilidade de um homem morrer pelas mãos de outro, quando aquilo que entende por ética não assegura a preservação de sua existência? A mesma questão se aplicaria a uma situação distinta, como aquela em que não podemos nos responsabilizar pelo que outro indivíduo faz de sua vida, quando isto não envolve nem o que lhe impomos e nem o que fosse preciso sacrificar em prol da escolha dele, no caso de alguém que busca o suicídio ou de quem fosse necessário matar para sobreviver, alguém de quem não depende a garantia de nossa sobrevivência. É por isto que a resposta mais sensata a esta questão é a dúvida, o que não é o mesmo que a ignorância em relação ao problema, mas sim a consciência de que as leis humanas ou a ordem imposta pelas circunstâncias que elas criam não assumem o pleno controle sobre as vastas possibilidades da condição humana. Logo, não nos é digno responder pelos outros sobre um problema que envolve a ética deles e não a nossa, como se a responsabilidade de viver em uma sociedade mais humana obrigasse os homens a um convívio forçado, no qual a escolha de sua sobrevivência esteja em função do respeito a este lei e não daquilo que ela de fato assegura a sua existência. Ao mesmo tempo, é por reconhecermos a ausência de resposta a este dilema que nos toleramos como seres humanos imperfeitos, que por reconhecermos o limite comum a existência de todos, o desejo de viver não justifica nada do que se possa impor com base naquilo que não exige uma certeza ou uma resposta especifica para aquilo que não é passível de solução, a razão ou propósito da vida humana. Assim, não importa tanto a qualidade da escolha que se faz, toda escolha é imperfeita e sujeita a erros, não sendo suficiente a nenhum homem ditar as leis de sobrevivência. O que importa é que cada indivíduo se sinta responsável pela escolha de sua sobrevivência, do contrário atribuirá a um outro o sacrifício por uma escolha que não faz, o que só poderia ser justificável pela conduta ética permitida por uma lei que assegura a necessidade de matar ou sacrificar a vida de um indivíduo em prol de um bem comum, quando esta noção de ética reflete as escolhas daquele que mata e não as daquele que morre. Aqui podemos entrar em questões relativas a pena de morte, mas não é o foco desta discussão, se é que esta tenha um direcionamento claro para ela. A conclusão a que chego é a de que o dilema ético SEMPRE é resolvido pelo que reflete as decisões de cada um, sejam estas boas ou não. Cada homem, pelo valor de suas escolhas, sente que precisa ser forte para aplicá-las de acordo com aquilo de que julga depender para sentir-se vivo, mesmo que sua existência não esteja em função de tais escolhas. Portanto, não importa tanto quais são suas opções, mas sim o fato de que cada um terá que arcar com as consequências de suas escolhas, algo que não pode ser garantido pela justiça proposta pelas leis, mas sim pela consciência do que motiva as ações do indivíduo, em sua liberdade.
Sobre a questão de empurrar uma pessoa no trilho para salvar as outras cinco (desconhecidas): eu não a empurraria, e até pensei que poderia ser o caso de muitas outras pessoas, pois assim, caso a empurrasse, eu seria a responsável pela morte dessa pessoa. Poupando a vida dela, a morte das cinco pessoas encontradas no trilho não seriam da minha responsabilidade. O que não aconteceria caso eu fosse a maquinista. Já que nesse caso eu, necessariamente, causaria morte, optaria por matar o mínimo de pessoas (levando em consideração que todas sejam desconhecidas). Tendo como base as respostas para essa questão (de empurrar alguém no trilho), interpretei que as pessoas preferem não ser responsabilizadas (preferem não se envolver em problemas) pela morte de uma pessoa, mesmo que seja para salvar cinco.
Sobre o dilema 1, na primeira pergunta, eu também vi a seguinte linha de raciocíonio que levaria as pessoas a 'preferirem' matar 5 pessoas ao invés de mudar o percurso e matar 1 só. É que se você deixar o trem em seu caminho padrão, então isso não assumiria um erro seu, pois esse é o caminho padrão. Agora para eu mudar a alanca do trem e matar 1 pessoa, então eu mudei o curso padrão, e a culpa seria maior sobre mim.
Muito interessante esse vídeo. Parabéns por mais essa iniciativa. Observei um fato, que permeia todas as questões éticas que você propôs e as repostas obtidas. As decisões éticas majoritárias parecem estar associadas à proximidade entre a vítima escolhida e o tomador de decisões, ou seja, quanto mais próximo de mim for um ser, mais difícil é decidir sobre a sua morte. Isso quer dizer: Preferimos salvar entes queridos a salvar estranhos Preferimos salvar humanos a salvar animais Preferimos salvar nossos próprios pets a salvar outros animais Preferimos salvar os úteis (gênios) a salvar os irrelevantes Uma diferença poderia aparecer no fato de que preferimos salvar muitos a salvar poucos, mesmo que para salvar um, seja necessária uma ação enquanto para salvar 5, baste uma inação. Eu me atreveria a explicar isso assim: quanto eu penso em salvar alguém em detrimento de outrem, preciso empatizar com o primeiro. E eu empatizo mais com a multidão (5 pessoas) do que com o indivíduo estranho. Um número maior de pessoas contem mais risco de haver algo útil para mim (ou mais familiar) quando escolhemos salvar muitos ao invés de poucos, estamos praticando uma espécie de egoísmo de espécie, que visa maximizar a chance de sobrevivência da espécie. Esse dilema poderia ficar ainda mais interessante se contivesse a seguinte questão: Imagine que você está em uma estação espacial e pode usar um míssil para desviar um asteróide que destruiria 99,999% dos seres vivos. Você sabe que esse asteróide seria desviado para a lua, onde estão seus dois filhos, seus pais e todo o resto da sua família, alem de seus melhores amigos e os cientistas mais geniais do planeta. Uma nota importante: A valorização da espécie humana e da proximidade parece estar no centro de nossos princípios éticos. Diversos autores e filósofos argumentam que uma das estratégias que resultaram na adesão da população alemã no anti-semitismo extremado durante a segunda guerra foi a desumanização dos judeus perante a opinião pública, ou seja, a campanha nazista foi reduzindo os laços entre os chamados “alemães verdadeiros” ou arianos e os demais povos e foi aos poucos matando aspectos humanos dos judeus, Na visão de Georges Bensoussan, antes mesmo da morte física, o nazismo primeiramente forçou os judeus a uma "morte civil", excluindo-os de funções públicas e dos meios culturais. Em seguida, com as Leis de Nuremberg, segregou os judeus dos "verdadeiros" alemães, foi a "morte política". E depois, ainda imprimiu uma série de medidas que levaram à ruína os negócios e os empregos daquele povo, configurando uma "morte econômica". Depois de algum tempo, os judeus já eram vistos, não como humanos, mas como uma doença, um câncer que deveria ser extirpado para a salvação da humanidade e, sobretudo do povo, (“Das Volks”) alemão. Nossa ética parece ser guiada pelo egoísmo de indivíduo e espécie, e isso não parece errado, é simplesmente um retrato de nossa espécie e o fato de haver uma minoria que preferia salvar animais de estimação a salvar seres humanos é animadora no sentido em que, talvez consigamos ampliar nossa definição de “próximo” até que tenhamos certeza de incluir no nosso sentimento de proteção, outras espécies e talvez ecossistemas inteiros, isso sem falar na vigilância que devemos ter sobre nossos próprios sentimentos com relação aos estranhos. Quando excluímos judeus, negros, nordestinos, gays, religiosos, ateus, etc. de nossa proximidade, ou seja, quando dizemos que são muito diferentes de nós, acabemos por diminuir a aplicabilidade de nossa proteção ética sobre este grupo, e nós já sabemos onde isso vai parar.
O mais relevante de tudo isso(acho eu) é a discussão sobre o valor da vida.Porque a vida de um ente querido é mais valiosa do que a de um estranho?Como podemos determinar esse valor?Porque alguém que possui algum talento seria mais valioso que outro?
Vou tentar explicar sem citar autores e teorias o meu ponto de vista. As pessoas precisam padronizar as normais sociais pelo senso comum, para dizer o que é um ''dever ser'' e o que não é. Ajudar o próximo, por exemplo, é a regra..pois quando alguém não ajuda prontamente tenta justificar com alguma limitação que seja aceita pelo senso comum. Nem entrarei no campo da culpa e da pressão social, mas de fato..as pessoas tecem um modelo ideal que é tanto um direito quanto um dever, e um sistema de
Ética universal é meio utópica mesmo. Os meus valores são um tanto distintos de boa parte das pessoas. Salvaria sem hipocrisia um ente querido em detrimento de cinco desconhecidos e salvaria cinco cachorros em detrimento a um desconhecido muito por meu amor aos animais e pessimismo em relação aos seres humanos. E não me sentiria nem um pouco 'culpado' ou 'equivocado'. A discussão é excelente. Queria ter participado em tempo....
desculpa, mas achar que a vida de um cão vale mais que a de um ser humano não é 'debatível', é simplesmente errada mesmo. Tanto do ponto de vista religioso, quanto do ponto de vista do ateu darwinista, que entende que dar mais valor à própria espécie é algo presente em toda a natureza.
@@It14f-37 Entre um cão e um ser humano querido, escolho o ser humano com dor no coração. Entre um cão e você, escolho o cão sem pestanejar. É o meu livre arbítrio.
@@fabianor4499 não esperava vc responder um comentário depois de 8 anos kkkkkkkk É uma pena que você me deixaria morrer, mas não posso fazer nada quanto a isso. Pois saiba eu mataria qualquer bicho pra salvar a sua vida, inclusive meu cachorro de estimação se fosse preciso.
Na pergunta 1 eu fiquei entre os que não mudam o caminho e matam 5 pessoas e, ao contrário do que o autor do vídeo supôs, não foi porque achei que os indivíduos na linha tinham assumido o risco por estar lá, mas sim porque considero que o procedimento mais ético seria manter o decurso natural das coisas, afinal, não era esse o caminho que eu faria se não houvesse as pessoas na linha? Ao escolher entre salvar 1 ou 5 você está decidindo quem deve viver ou não. Quem somos nós para escolhermos isso?
Aí entram questões que julgamos o tempo inteiro, absurdas ou não, sem sequer refletir em porque pensamos dessa forma. De repente, nos deparamos com valores, que trazidos para situações diferentes, se tornam contraditórios.
Antes de + nada, gostei do teste e aplaudo a iniciativa. Acrescento outra probabilidade: quando uma pessoa se propõe a fazer algo que pra ela está errado, isso pode representar auto-sacrifício. Ela sacrifica a SUA ÉTICA em nome de algo que ela considera IMPORTANTE, geralmente mais do que ela própria. Isso provavelmente muda com a moral de cada povo, os japoneses parecem valorizar muito isso.
Pirulla, eu acho muito difícil que a discrepância entre a questão do gordo e a dos órgãos tenha se dado pelo motivo do preconceito com a obesidade. Eu acredito que o resultado foi influenciado pela forma da pergunta (se é ético ou não). Como você mesmo falou aí, tem pessoas que fariam certas coisas achando que estariam agindo errado. Essa pessoas provavelmente matariam a pessoa saudável mas continuariam achando anti-ético
No meu caso já percebi que "ente querido" me leva a uma pessoa distante, não sei se ocorre pra todo mundo, mas pode ter influenciado na resposta, por exemplo, diferente do que seria uma mãe ou alguém que se ama muito.
Isso é tipo o Filme Jogos Mortais, é a maior crítica que a série de filme faz e quase ninguém percebeu, várias das provas que são feitas no filme coloca a questão da ética em conflito com a sobrevivência. Esses dias eu e minhas irmãs estávamos conversando sobre isso e toda ética foi pro espaço quando se tratava da sobrevivência do indivíduo...
Bom, por isso que cientificamente falando... O ideal para uma pesquisa destas seria a preenchimento do questionário através de ENTREVISTA (pelo próprio autor ou entrevistador treinado). Por que? Justamente para mais fidedignidade dos dados. Para eliminar da pesquisa pessoas que não entendem o conceito das perguntas ou querem adicionar variáveis. Mas claro, o objetivo do Pirulla não foi fazer uma publicação científica do assunto. Logo, é assim mesmo. Muita gente não entende o sentido do teste.
Oh merda, comentei antes de ver o vídeo até o final e mencione algo q vc mesmo falou. Bom, vou aproveitar: a questão de agregar características aos personagens é importante, pq você humaniza eles. Se vc fala em pessoas hipotéticas apenas, é somente uma questão de lógica, um problema de teoria dos jogos. Quando entra humanização e empatia no meio, aí fica complicado ;)
Eu só acho que o motivo pelo qual nós valorizamos mais vidas humanas do que não-humanas é porque dentro da mesma espécie, os indivíduos são mais parecidos "comigo" do que fora dela. Em outras palavras, acho que o fundamento da moral é a identificação consigo próprio, e o grau de identificação em que os outros se encontram nessa escala.
No comentário que fiz anteriormente, não pude citar o link, mas é um curso aberto de ciências sociais, e aqui foi promovido pelo site alimente o cérebro no link cursos e em "justice". Muito bom termos professores abertos ao entendimento em geral, não só os formados em biologia, mas que a profusão de pesquisar se estenda àqueles que acabam por ser os únicos "quase' responsáveis em fazer as crianças voltarem a fazer as perguntas existencialistas ou básicas mesmo.
Ao Contrário, não é seguir o que teu coração diz e sim seguir o que a sociedade diz que é certo ser seguido, pq é a única maneira de se viver em sociedade(abrindo mão de nossos desejos pessoais).Agora, toda ética e moral de um sociedade tem uma coisa boa, ela é mutável e se adpta ao meio e ao período em que aquela sociedade vive. 80 anos atraz, era imoral fazer sexo antes do casamento e tbm era anti ético uma mulher casada comprimentar um homem com beijo no rosto.
Tenho a impressão que a diferença entre o que "achamos ético" e o que faríamos tem um pouco a ver com como pensamos na vida em sociedade. Talvez quando as pessoas respondem o que elas "acham certo" ou "acham ético" elas imagem essa ética funcionando em sociedade. Poderia ser, por exemplo, que a pessoa que estava passando distraidamente no trilho e morrei em prol das cinco fosse a sua mãe (o maquinista é qualquer pessoa), e agora, o maquinista é culpado pela morte da sua mãe?
cara eu pensei muito quando vi as resposta, no que eu teria respondido, mas já me desligei de julgamentos de valor, não consigo acreditar em pessoas melhores ou piores, mas ao mesmo tempo isso põe a prova todo o valor que a vida outro ser humano tem, complicado, mas não impossivel
O talento das pessoas também é considerado, mas muito também no quesito de instinto de sobrevivência. Imagine essa situação: Você em uma vila onde chovem pedras e faltam casas, muitas pessoas morrem por conta disso. Você precisa escolher entre salvar a vida de um construtor de casas competente ou um homem que é talento raro em outra área. contra: Você em uma vila onde NÃO chovem pedras e sobram casas. Possivelmente haveria diferenças na decisão,
Sei que não é uma pesquisa científica, mas há um probleminha metodológico aqui. Em todos os casos deveria haver a opção de resposta "não sei". Mesmo que as alternativas sejam claras e objetivas, é esperado que muita gente simplesmente não saiba responder o que faria. Na prática, muitos agiriam de forma irracional, surtariam, mudariam aleatoriamente a direção do trem. Esta é uma alternativa aceitável e que tem consequencias relevantes para a pesquisa, podendo alterar muito sua interpretação.
É interessante como o estudo evidencia o instinto na tomada de decisões. De modo geral, o ser humano é um ser dotado de ética, mas a ética não é o única componente na hora de tomar decisões-dilema, eu diria mesmo que ela fica geralmente em segundo plano frente ao instinto de sobrevivência. Tome esse exemplo: Você tem 60 segundos para escolher: ou morre TODA A ESPÉCIE HUMANA. ou morrem 10 ESPÉCIES DE ANIMAIS MAMÍFEROS. Acho muito provável que a maioria das pessoas escolheriam a 2ª opção.
Dizer ente querido, parente ou amigo, tem um peso menor do que dizer especificamente: mãe, filho, irmão. Nesse caso eu pensei mais em parentes não tão próximos, mas talvez mantivesse minha posição de preservar mais vidas. Talvez fosse melhor dizer, em alguma questão: "a pessoa por quem você tem mais afeto". Tornaria a decisão mais difícil, acho.
gostaria muito que você visse esse comentario, pois achei relevante, e acho que explicaria muita coisa. Acredito que esses resultados entre as 3 "experiencias" seja pela diferente enquadração em cada uma delas, pois em suma são identicas, mas qndo você é o maquinista, você esta inserido na situação, queira ou n, ja no caso do gordo você esta ao lado dele, vendo as 5 pessoas, diria que você esta mediamente envolvido... (continua)
Saber sobre as pessoas em jogo, ou ter entes queridos entre elas, elimina a questão ética. A ética tem que ser imparcial e cega, como uma regra que tem que ser aplicada sempre.
Eu tenho, como alguém que estuda as ciências sociais, algumas ressalvas..mas resumidamente...no geral a sociedade se regula por um sistema informal de condutas, direitos e obrigações comuns que ocorre em paralelo ao sistema jurídico..que pode ser considerada, mas não se resume, a regra de ouro dos relacionamentos...mas ao mesmo tempo não só admitimos a quebra como de fato esperamos que a mesma ocorra em outros em momentos de necessidade (ao menos condizente com o ''senso comum'')
Ai e que entra o ódio que eu falei a maioria dos ateus que eu converso eles me xingam e se referem a Deus com palavras de baixo calão! vc e o primeiro em muito tempo que não faz isso!! a e o pirulária também e bem educado!!
Agir ativamente para mim gera uma culpa maior do que deixar de como o mundo deve seguir. Com exceção das pessoas que envolvam relação sentimental afetivo e presencial, nesses casos eu mudaria o modo de pensar.
Pirulla, a diferença colossal nessa questão de "você acha ético?" e "você faria?" é realmente muito interessante. A questão 15 por exemplo, eu duvido muito que mesmo essas pessoas achando antiético, praticamente 30% delas pouparia a vida de um cachorro ao invés de sacrificá-lo pra salvar um ente querido. Eu não pensaria duas vezes em utilizar o órgão do cachorro pra salvar a vida de um familiar. Será que essas pessoas acham isso antiético mas fariam, ou será que acham antiético e não fariam?
A ética é para o bem da comunidade, tanto é que ela carrega os valores da comunidade da pessoa. Por isso é normal a ética entrar em conflito com o lado humano da pessoa: vc tem seus interesses e tem sua forma de pensar, mas a ética busca o "bem maior".
No dilema 8, a decisão deve ser tomada rapidamente, sob o efeito da adrenalina, enquanto no dilema 12, a pessoa (eu suponho) teria muito mais tempo para pensar, o que contribui para desencoraja-la.
Estava tendo um incêndio florestal que perdurava pelo segundo dia, afetando os subúrbios da cidade, bombeiros pediram ajuda da comunidade no centro e falaram com um FUNCIONÁRIO de uma boate para ajudar dando todos os sacos de gelo, ajudando os bombeiros que sofriam com o calor insuportável, porem iria haver uma grande balada naquela noite. Resultado: o funcionário recusou qualquer ajuda alegando que não era dono e que a festa precisava de gelo nos copos. Pense nisto com mais atenção. (caso real)
más se o nosso próprio sentimento está dizendo que aquilo é certo, será q a ética pode dizer que isso está errada? Ou nosso parâmetro ético está indiretamente ligado aos dogmas sociais implantados dentro de nós?
@Pirulla25 Só um parêntese: Certamente a UMA pessoa na linha alternativa estava lá só por este motivo: ela sabia que o trem não passaria lá... acho que as 5 pessoas são responsáveis pelos seus atos em qualquer situação. PS: Não sou um psicopata :D
Eu acho que seria sensacional uma pesquisa dessa com pessoas de várias culturas diferentes pra gente testar se os conceitos envolvidos na ética são realmente universais.
Pena que não vi essa pesquisa antes... Mas não estou muito longe da maioria não, acho que a única diferença grande é que, eu não envolveria alguém para salvar outras pessoas, e também não tenho pesos diferentes para a vida de 5 humanos ou de 5 cães. Embora no caso em que envolvesse um parentesco, ou um animal de estimação, eu desviasse sim o trem. Sobre os transplantes, de forma alguma, mesmo que fosse com o cão, eu sacrificaria um pelos outros.
Piirula, que bom que você comentou sobre a questão de "preconceito" contra o obeso. Um amigo meu (ao qual eu apresentei a enquete e pedi que respondesse) disse que empurraria o "gordo" exatamente por ser gordo. De fato ficou essa variável implícita no dilema, a meu ver.
Mano...chegando nesse vídeo em 2022....rs...fiquei pensando em possíveis diferenças de resultado em um momento bem odioso da nossa existência...mas acredito que teria q ser com os mesmos sujeitos, o q seria difícil. Uma pena
Existe uma lista de reprodução no RUclips que são aulas de direito em Harvard e que abordam justamente esse tema: a ética. Inclusive, no primeiro vídeo, o professor pergunta aos alunos exatamente as mesmas perguntas dessa enquete. Caso alguém se interesse: /playlist?list=PL674ABE793E9E71AC&feature=mh_lolz
mediamente envolvido, pois você tem a opção de se envolver ou n de maneira mais direta, empurrar a pessoa, e por fim, na ultima, do hospital, você esta muito mais distante da historia, pois eh uma pessoa x na sala de espera, a situação n eh tao rapida quanto simplesmente empurrar, tem todo o processo de pegar a pessoa, matar ela e extrair os orgaos, o que acho que muda muito de uma situação rápida... espero q pense nisso. te acho mto fera, e adorei a pesquisa. obrigado por tudo pirula!!
Cara, tem um filme (O Anjo Malvado) com o Macaulay Culkin (é o cara que fez "Esqueceram de mim") em que a mãe dele tá segurando ele e um primo (Elijah Wood) de cair de um penhasco, mas ela só tem força pra puxar um de volta, o outro ela tem que largar. E aí, ela salva o filho, sangue do sangue, ou o sobrinho? Detalhe, o filho dela era extremamente mau - o filme inteiro passa mostrando isso. É bem intrigante, fiquei pensando bastante sobre o caso, deveras ético, depois do filme.
Muito Interessante,acho que são situações nessa pesquisa,muito interessante,e que faz realmente pensar em nossos valores afetivos e não afetivos,Acho que o afeitvo conta muito na hora de nossas decições,na hora que a emoção ativa nas pessoas.Acho que o resultado para um psicopata seria inverso totalmente,porque ele nao tomaria atitudes emotivas mais racionais .. talvez eu tenha falado merda. Vlw Pirulla faça mais videos!
um número considerável de pessoas que não matariam um cachorro para salvar um ente querido? a diferença do resultado só pode estar na pergunta.. Creio que a maioria mataria, mas ao perguntar se é certo ou errado fazer isso, elas admitem que é errado, já que o cachorro nada tem a ver com a situação, sendo algo injusto
Eu acho que as pesoas tem menos posibilidade se se colocar no lugar de uma pesoa gorda que no lugar de uma pesoa cualquer no hospital, pode ser esa a diferença entre o dilema 8 e12.
Outra coisa a comentar: o que se quer analisar aqui? o que as pessoas fariam realmente ou o que elas acham que deveria ser feito? No primeiro caso, seria mais coerente analisar a reação das pessoas em situações reais e não perguntar a elas "o que vcs fariam". Muito provavelmente a resposta delas não reflete o que elas fariam. É claro que não estou propondo provocar acidentes experimentalmente, mas é possível buscar aproximações.
alguns animais "abandonam" os mais velhos, quando atrasam o bando. Algumas pessoas decidiriam sacrificar um velho pela vida de um jovem (transplante de órgãos por exemplo), mas poucos sacrificariam a vida de um jovem por um velho. O dilema do transplante, por outro lado, subentende que o transplantado não é saudável, e isso pesa no instinto de sobrevivência das pessoas. Mais pessoas estão propensas a sacrificar um saudável por 5 saudáveis, menos a sacrificar 1 saudável por 5 de saude + fraca.
acho que mtas pessoas mentiram nas questões que indicaria o quão egoísta a pessoa é, talvez por ter dificuldade em aceitar a si mesmo e achar q é um humano ético... Para mim, é bem simples, se envolver pessoas/animais que eu amo...o resto não me importa...
Só aconselho que na próxima pesquisa, você utilize o sistema Forms do Google Docs, que lhe da uma maior administração, tanto do questionário, quanto dos resultados. Também é possível obter a qualquer momento gráficos e uma planilha do Spreadsheet (excel|calc do Docs). E você também pode tornar publico a visualização dos dados.
Mas e isso que eu to dizendo nos seres humanos tementes a Deus ou não não somos capazes de ter um julgamento 100% do que e ético ou moral certo ou errado vamos sempre mudar de opinião de acordo com nossas necessidades e interesses pessoais independentemente de estar certo ou errado mesmo pra nos mesmo ai que que Deus entra ele saberia a decisão certa sem contradição!!
(E continuando ali de baixo) e se uma lei não coincide e até pune uma atitude a qual por uma maioria seria considerada compreensível, como diabos esse tipo de lei existe ?!
Uma coisa interessante, Pirulla. Você citou a respeito de quando há a humanização de animais, elas passam a ter estatisticamente, segundo a pesquisa, mais valor em relação a outras pessoas. Você acha que veganos que usam o argumento de senciência animal para condenar consumo de carne buscam esta equiparação?
Muito bom, o video trouxe de forma muito didatica a analise dos resultados. Ficou excelente. Uma dica pra voce pirula, se voce gostar de podcast, ouve la o podcast Café Brasil, com Luciano Pires. É muito bom e bem na linha do que voce faz no seu canal aqui, fazer as pessoas pensarem.
Então fica a dica para um próximo vídeo sobre ética que você fizer. Eu já estou gravando algumas coisas para um canal que vou começar (provavelmente no fim do ano) e aí vou fazer um vídeo de ética também, talvez coloque como resposta para esse. Sinceramente, não entendi tb porque é importante ter estatísticas sobre escolhas éticas, não entendi a relação que as estatísticas tem com a ética. Acho q o mais importante foi fazer as pessoas refletirem sobre o tema com o questionário, do q o resultado
Como não curti e comentei esse vídeo há 10 anos? Esse material me marcou; conheci esses dilemas através de você. Sou seu admirador, Pirulla!
Você poderia fazer essa enquete novamente agora que o seu canal está maior e abordará mais pessoas. Algumas que responderam antes e podem ter pensado a respeito e mudar de ideia e outras que nunca fizeram, como eu. E comparar com o resultado de 2012. Método científico como a replicação e o controle (a grosso modo)
Ele poderia inclusive fazer essas mudanças sugeridas, pra deixar as respostas mais precisas e melhorar a pesquisa
Eu vim do futuro e ainda estou aguardando...
@@pedror.r.anovites7392 quem mataria o gordo inocente é um doente sádico!!
Concordo
UP
Pirula, eu AMO os assuntos que você traz à tona, e essas questões filosóficas são muito interessantes, sempre me fazem pensar muito. Adoraria ter a chance de te conhecer pessoalmente, pois é alguém que admiro muito!
Assustador pensar que existem pessoas que colocam a vida de um animal no mesmo nível ou acima da de um ser humano
"Onde quer que haja adoração a animais, ali haverá sacrifício humano"
G.K Chesterton
@@nicolashayato3277Idolatrar Animais de uma forma geral realmente é complicado, mas vc admite que em alguns casos eles podem ser tão ou até mais úteis para a sociedade que um ser humano ?
@@nautilus6277 Poderia dar um exemplo ?
@@nautilus6277 Poderia dar um exemplo ?
@@nicolashayato3277 Cães policiais e cães guia ao meu ver fazem mais pela sociedade do que terroristas, abusadores e criminosos de forma geral
Em geral, houve 3 argumentos que orientaram as escolhas das pessoas: a) Argumento utilitarista - ao matar apenas 1 pessoa, imediatamente outras 5 serão beneficiadas, ou seja, a "felicidade" provocada pela sobrevivência de 5 pessoas é superior à felicidade provocada pela sobrevivência de 1 (Por isso, busca-se o desvio); b) Argumento libertário - as pessoas são livres para escolher seus próprios destinos, logo, não se pode utilizar uma pessoa como instrumento, ignorando a sua liberdade de escolha. (Por isso, não se empurra o obeso nem se mata uma pessoa saudável para salvar outras.); c) Argumento de "solidariedade" - desde o nosso nascimento, estamos inseridos em uma história, isto é, pertencemos a um contexto (família, relacionamentos, nação, raça humana...). Nesse grande pacote, estão inseridas obrigações com as quais inconscientemente consentimos. (Por isso, salva-se a mãe ao invés de 1,2 ou 5 estranhos.)
Não há uma escolha justa, porque esses 3 argumentos são possíveis e cabíveis nas situações apresentadas. Isso explica o desconforto de muitos, pois, ao ter que escolher apenas um dos argumentos, descartariam os outros 2 (ou, dependendo da situação apresentada, apenas 1), que também são justos.
(No entanto, arrisco que, atualmente, o argumento libertário é o que mais está em evidência em nossa sociedade.)
Comentário excelente. Obrigado pela contribuição
Sem dúvidas uma das melhores discussões sobre ética que eu já tive contato. Uma pena não ter podido responder a enquete por estar vendo os videos quase 2 anos depois. Eu acredito que a questão do nosso pensamento a cerca da ética entra em conflito com nossas atitudes porque somos seres egoístas. Exatamente por isso tendenciamos a fazer, ou não, algo em detrimento da concepção de ética que temos. Acredito que a ética é aquela conclusão que tiramos sem envolver subjetividade ao caso, como por exemplo, o caso do trem em que somos o maquinista e todos no trilho são desconhecidos. Ou seja, eu acho que o conceito de ética vem de uma base imparcial. Mas claro, nada é preto no branco e a nossa natureza é egoísta. Além de que somos sentimental (excluiu-se psicopatas aqui), criamos empatia. Quando a gente coloca isso no "plano real", eu chego a conclusão de que viver eticamente é utópico sim. Mas aí entra a questão da moral, que também não é alcançável de forma absoluta! Aquilo que socialmente condenamos como certo ou errado, às vezes independentemente da ética.
Isso tudo me fez relembrar as questões de crimes passionais, que seria até um tema interessante para discutir em um video sobre ética. E acredito que não seja da sua área, mas pode achar interessante ler alguma coisa sobre excludentes de ilicitude e culpabilidade. Se não me engano, uma das excludentes de culpabilidade, legalmente falando (claro), é quando não se pode cobrar conduta adversa da pessoa, exatamente por essa questão da subjetividade que temos. Por exemplo: Eu aponto uma arma pra sua mãe e digo que se você não matar 5 pessoas, sua mãe morre. Você provavelmente não seria punido penalmente por isso. Acontece aquilo em que se admite que a pessoa cometeu um ato ilícito, porém não recebe a pena prevista em lei para o crime, exatamente pela excludente de culpabilidade, baseado no preceito de que há ausência da exigibilidade de conduta adversa. Ou seja, ao matar 5 pessoas inocentes pra salvar sua mãe, você não conseguiu agir com ética, mas não foi imoral. Assim como há questões morais que atropelam a ética, como tratamento diferenciado para um assassino menor de idade.
Isso já ficou enorme, mas vou acrescentar um pensamento mais extensivo baseado em um livro bem popular aí (O caso dos exploradores de caverna), em que 5 exploradores de caverna amadores ficam presos em um desmoronamento e, basicamente, os 5 morreriam de inanição aguardando o resgate que não chegaria a tempo. Então eles decidem tirar na sorte e matar um (que não consentiu) para servir de alimento aos outros 4, que por conta disso, conseguiram sobreviver até serem resgatados mais tarde. Aí vem as questões: 1- O que eles fizeram foi ético? 2 - O que eles fizeram foi imoral? 3 - Penaliza-los agora seria ético? 4 - Penaliza-los agora seria imoral?
Enfim, eu acredito que nada seja dividido em apenas dois polos extremos e que por isso mesmo, devemos fazer uma síntese de moral e ética para chegar a um ideal que possa ser praticado por nós de forma efetiva. Enfim, curto muito seus videos, espero que leia essa divagação aqui, ainda que já tenha chego a sua própria conclusão de 2012 pra cá. OBS: Feliz ano novo! :D
Depois de ver esse vídeo pela terceira vez em tempos diferentes, eu consegui apenas resumir em uma coisa: A ética não pode ser debatida sem falar dos valores pessoais que cada um tem. Desse modo, a ética estaria no campo das ideias de Platão, e apenas a moral é válida para nós, que mudamos de valor sobre as coisas constantemente. E por isso, há uma subjetividade nisso tudo, e acho que é um dos vídeos mais relevantes de se ter um debate em todo o canal.
Ótimo comentário! Agregou muito
Muito interessantes os resultados, Pirulla. Muito bacana essa espécie de pesquisa e de comentários sobre o questionário e os resultados depois. Não pensei que, entre todos, você fosse citar meu comentário, que eu fiz enquanto estava tão confuso pelo questionário... Me senti honrado.
Muitos dos dilemas, de primeira eu decidi uma coisa, mas pensando melhor acabei mudando várias respostas. Na questão da pessoa solitaria do trilho "alternativo", eu considero que ela não seja tão irresponsavel quanto os outros, porque por ser um trilho "alternativo", talvez não lhe tenha passado na cabeça a ideia de que o trem passaria ali pra poupar outras pessoas que ele nem teve conhecimento.
Mas tem outra coisa, sobre o que o carimbo falou. Eu, no conforto da minha casa, pensando hipoteticamente sobre o que é etico ou não é uma coisa. Mas se esses dilemas se tornassem verdade, sobre os afetos e desafetos, e uma decisão que teria que ser tomada em milesimos de segundo, as respostas podem ser totalmente arbitrarias e acabar distorcendo todo o resultado do experimento.
E realmente a decisão da minoria não deve ser relevada. Se pensarmos em grandes personalidade que tiveram um grande impacto na história como Adolf Hitler, por exemplo. Sem contar que essa minoria pode acabar disseminando as suas ideias.
Que experimento fantástico Pirula. Deve ter dado um trabalhão, mas foi imensamente compensador, pois pudemos observar o comportamento humano nessas ocasiões, inclusive sobre aquilo que deve ser feito (moral) e aquilo que é feito de fato (moralidade). O que considero de mais rico nesta pesquisa é a reflexão que ela provoca. Parabéns pela pesquisa.
Sim foi o que todos fizeram mas mudando as situações como vc fez as opiniões mudaram de acordo com cada interesse pessoal ou contradição ética interna ou seja não chegaram a um consenso 100% moral e ético!
Pra mim, a diferença entre o gordo e a pessoa para os transplantes é o imediatismo da questão. Respondi que não empurraria o gordo e que não mataria o saudável, mas entendo que quem empurraria o gordo estaria numa situação de emergência e teria que pensar rápido. O caso dos transplantes exigiria premeditação e preparação para acontecer...
Wilber Andrade Não respondi o questionário, mas durante o video pensei como agiria em cada situação. Em todas as questões eu agiria em favor de pessoas que tivessem relevância para mim, menos nessa do transplante. Fiquei confuso, mas você disse tudo, o imediatismo pesa muito nesse tipo de decisão. Como no primeiro caso, ou é empurrar o gordo ou deixar um ente morrer, na situação do transplante deixa a sensação de existir mais possibilidades em aberto, dá a sensação de que teremos mais tempo para achar outras soluções. Fora o fato de ser um ato premeditado (como você disse) e que terá uma resolução mais demorada, pesou sim para mim.
Pirula, cara, eu amei seu canal, me faz pensar de uma maneira que eu nem imaginaria. Desperta a minha mente para divagações solitárias, e o quanto eu queria que alguém como você estivesse do meu lado para sanar todas as minhas dúvidas, e de certa forma, me entendesse. Ademais, como alguém pode não gostar de um conteúdo desse? Não posso julgar, afinal
existem diversas variáveis que se eu fosse pensar, ficaria louco, né?! Fora isso, queria saber se há outros canais do seu estilo, isso me fascina, ver esse lado da vida que a maioria nem dá bola.
Eu acho - e aqui é uma opinião minha, me corrijam se eu estiver errado - que a Ética muito tem a ver com a empatia. Ou seja, se você se colocasse no lugar do cara que está sozinho nos trilhos, por exemplo, a maioria com certeza não acharia correto desviar o trem pra matar menos gente (porque esse "menos gente" seria você). Isso é bem parecido com o exemplo de você ter um vínculo afetivo, ou simplesmente saber várias informações relevantes a respeito da pessoa sozinha nos trilhos. Acredito que as respostas mudaram nesses casos por EXERCÍCIO da empatia.
De igual forma, caso se colocassem no lugar do gordo, as respostas também mudariam. Então, por que achar ético algo que por EMPATIA você acharia errado? Não estaria sendo então antiético de fato, ou simplesmente hipócrita mesmo, ao escolher matar alguém que está fora da situação?
Ótimo comentário!
Em relação ao que você faria e o que você acha ético, existem fatores emocionais.
Apertar um botão para mudar o trilho tem um envolvimento emocional muito menor que empurrar pessoalmente, o mesmo para quando tem alguém amado envolvido, pois a sua dor pessoal pode sobrepujar sua lógica.
Pirulla, não sou de inflar o ego de nenhum vlogger, pois alguns já o fazem por si sí, mas tenho que te dizer cara, você é muito bom, sou seu fã
Cara, é incrível como as coisas são. Não sei se isso é algo típico da mente brasileira, mas o fato é que um vídeo, um canal, enfim; com tanto conteúdo interessante como o seu, não tem nem perto da metade dos views do que muitos virais ridículos por aí. Tudo bem, todo mundo precisa de cultura inútil pra rir. Quem não gosta, né? Mas eu procuro guardar comigo mais cultura do tipo aproveitável do que do tipo irreciclável. No mais, sou seu fã. Parabéns por essa mente fantástica.
Se ético vem do ser humano e mesmo a sim há divergências nas respostas dos dilemas éticos isso significa que está faltando uma variável do ser humano para balancear e responder esse tipo de resultado, essa variável seria o ego, seria o amor que temos por nós mesmos que as vezes faz nos esquecer da outra pessoa que tbm é um ser humano como qualquer outro, ou melhor, um ser humano como você mesmo.
Você diz que não entende porque a ética não deveria ser assim, porque é feita por humanos, mas você consegue perceber a natureza da ética com esse tipo de questionário, ética sempre responderá a variaveis, porque usamos o emocional para comandar as nossas ações, eu trocaria com toda certeza a vida de cinco pela vida da minha mãe ou pai ou seja lá a pessoa próxima que eu tenho, sendo que a situação fosse desse jeito a qual você disse.
Mas se você usar parentes na lógica do hospital por exemplo, você tem cinco parentes que cada um precisa de um orgão expecifico e tem uma pessoa que poderia ser doador de todas as cinco, qual seria sua reação? A ética muda como nessa situação?
Não precisa pedir desculpa pelo tempo do vídeo, a pesquisa foi tão boa que eu ficaria analisando-a por mais meia hora.
Parabéns pelo vídeo
Depois de algumas análises, acredito que mudei a minha opinião em relação a algumas perguntas, mas foi muito casca grossa fazer aquele questionário. uahuahuauha
Pirulla, tô maratonando seus vídeos. Queria muito, por mais sem sentido que isso seja dentro dos objetivos do canal, um tutorial de cuidados com o seu cabelo! hahaha Grande abraço e agradeço pelo esforço de um conteúdo sempre bem embasado.
Acho que quando você não desvia o trem, você não está matando as 5 pessoas, elas estão se matando
Enquanto que, a pessoa que estava sozinha, provavelmente sabia que o trem não estava vindo na direção dela
okay...
@@nighty9338 vc por aqui senhor das laranjas
Mas a escolha foi sua de deixar mais pessoas morrerem
Na verdade em todos esses dilemas, a situação chave, cujo resultado sempre vai envolver pelo menos uma morte, já foi projetada antes que a decisão de alguém afetasse a vida de outras pessoas. Em todas as situações o dolo ou a culpa pela "tragedia" foi retirada antes, pelo proponente do dilema. De qualquer forma alguém irá morrer e não será culpa (De forma alguma) de quem está colocado na situação em questão. Quem tem que puxar a alavanca ou fazer o trem parar, etc., não vai tomar a decisão com base na ética e sim com base no seu próprio ego. Isso porque, a situação é extremamente desconfortável pra quem sofre e tem que tomar uma decisão difícil, nesse caso, a tendência é que a decisão tomada seja a melhor para a pessoa e não para os outros envolvidos no contexto do dilema (que irão morrer). Na minha modesta opinião, estes "dilemas" nem deve ser chamado de "morais", e sim de dilemas "egocêntricos", já que ética envolve um certo grau de discernimento (conscientização) e intenção do agente que vai tomar uma decisão, frente uma situação dificil, visando o bem estar de outra pessoa. Esse dilema seria ético se o "agente principal do dilema" tivesse causado toda a situação dificil do dilema, pois para a ética o que interessa é a intenção do agente para agir de modo compatível com a moral em situações em que ele age ativamente. Nesses casos a ação de todas as situações, o resultado está "armado" e não há muito o que fazer, porque alguém vai se machucar de qualquer forma!
Pesaria na consciência [porque pesar na consciência e oque é isso é um assunto para debater] é cultural, social. É algo que poderia ser um amigo como se fosse um irmão para mim, é bem possível que eu realmente desviaria contra o mesmo, mas se fosse um parente, mesmo que de pouco convívio, como um primo de segundo grau que só visse 1 ou 2 vezes por ano, já é outra situação. essa relação e bem interessante para abrir um tópico. Gostei do canal, bom ver cada vez mais desses. Um abraço. _______Mauro
Sei que o comentário vem muito tempo depois, já que o vídeo é de 2012, mas vou jogar meus 2 centavos aqui (mesmo que talvez quase ninguém leia)
A resposta pra pergunta: Porque as pessoas não fariam o que elas acham mais ético?
Será que na verdade o que as pessoas querem dizer é: Eu faria assim, mas se alguém fizesse o contrário (o que eu acho ético) eu não a condenaria e entenderia o motivo pelo qual foi feito.
A ética me parece algo frio e totalmente racional, e na hora de agir o sentimento de sobrevivencia fala mais alto.
Em prol da espécie é fácil escolher entre um cachorro e pessoas, mas em prol do meu interesse é fácil escolher entre pessoas que eu conheço (e me ajudam ou inimigos que eu gostaria de ver "eliminado") e animais.
Não seria essa a diferença enter o fazer o que é ético ou não?
Faz sentido, concordo com você.
Oi Pirulla, eu já tinha adorado seu vídeo anterior, acho que esse ficou bem legal também. Sou vegetariana estrita há mais de 11 anos, ecóloga e atéia e concordo em número e grau com você. Tenho MUITA vergonha alheia dos "argumentos" usados por muitos vegetarianos e não me sinto representada por eles... Acho que você está fazendo um ótimo serviço ao divulgar o ceticismo! Obrigada! Aguardo o próximo vídeo!
"Por que que é que o lado humano tem que estar em conflito com o lado ético?"(ou algo assim)
Eu acredito que é porque o lado ético desenvolvido por humanos visa a integridade do todo. E o lado humano visa o bem estar de si próprio e/ou dos próximos, e os dois podem facilmente entrar em conflito.
No caso do gordo e da pessoa para transplante, acho que também pode ser considerado uma premeditação que seria necessária para recolher órgãos, o que talvez não seria para simplesmente empurrar uma pessoa na frente do trem sem tempo para realmente considerar suas opções. Posso estar errada, mas é uma opção explicando a variação.
Fala Pirulão! Sou professor de É tica e Deontologia no curso de Terapia Ocupacional aqui de Joinville, e hj passei seu questionário pros alunos, fiz a média dansala e passei esse vídeo.... A aula foi um tesão! Congrets man!!
outra questao: quando vc fala d uma pessoa gorda PERTO, da a ideia inconsiente de um conhecido...eu tentava a mesma questao só q com a pessoa longe, APOSTO q o resultado muda
Olá, sou novo no canal e estou achando seus vídeos muito interessantes!
Gostaria de ressaltar algumas idéias que não foram discutidas que são: E se fosse a nossa própria vida tirada para salvar outras pessoas? Nos dois casos por mais que pareça mais ético de nossa parte se sacrificar pra salvar a vida de outras pessoas, acho que a maioria esmagadora não pularia na linha do trem se fosse o gordo ou daria os próprios órgãos!
E acho que levaria em conta a idade da pessoa que seria sacrificada, por exemplo eu salvaria um parente meu e deixaria as cinco pessoas morrerem, mas se esse parente já fosse bem velho, escolheria salvar a vida das cinco pessoas que não conheço pois o meu parente já velho não teria tanto tempo de vida de qualquer forma.
E também é muito interessante perceber que mesmo ainda sabendo que certas escolhas seriam mais eticas, nos escolheríamos outras, fazendo nos termos que repensar se aquilo seria realmente anti-ético ou não, porque ética não pode ser somente uma coisa utópica e sim algo que todos nos faríamos por ser realmente o certo.
Acho que o egoismo não necessariamente faz você fazer algo que é errado... acho que o egoismo faz você fazer algo que a sociedade acha errada... você faz o que acha certo pra você mesmo sabendo que talvez os outros não achem certo
Achei super interessante e coerente a apresentação, porém teve uma questão em particular que foi apenas citada, e atiçou minha curiosidade (Não sei a de vocês) que foi ter entrado ali no meio a questão do Estado/Legislação.
Aparentemente, o MEDO de uma punição é uma variável relevante, que às vezes trancende até uma atitude ética e/ou moral, e tem o poder de desviar a decisão original do indivíduo.
E pior, pra alguns chega a ser preferível não questionar a lei, mesmo que iniba uma ação ética!
Tempos atrás eu fiz o seguinte:
"Existem duas instituições essenciais para a vida na terra e ambas as duas estão necessitando de uma contribuição X, você, e somente você, tem esse montante, porém, uma instituição cuida de crianças e outras cuida de idosos. Não pode contribuir parte do valor X, pois isso significaria a extinção das duas instituições consequentemente a morte de todas as pessoas sob cuidado dessas instituições. Isso equivale a dizer que contribuindo para uma estará condenando a outra. Qual instituição você escolheria?"
Ninguém deu uma resposta válida, uns vinham com subterfúgios, outros diziam que eu era prefeito e certamente estava desviando grana, e por ai vai.
não sei qual foi o problema, se foi na pergunta ou algum problema com as pessoas, mas pra mim parece fácil, salvar as crianças
Era isso que eu esperava, Joao Luiz Zoellner Lopes, respostas enfáticas.
Fosse salvar as crianças, fosse salvar os idosos, mas uma resposta direta, não era preciso dizer o porquê.
salvar as crianças só principalmente pelo fato delas serem o futuro da humanidade
Parabéns pelo vídeo! Eu me deparei com esses dilemas enquanto lia o livro "Deus, um delírio" de Richard Dawkins. Sou biólogo e professor de biologia e ciência, e me interesso demais por esses assuntos. Os dilemas em questão foram propostos exatamente no capítulo em que Dawkins comparava a moral de pessoas religiosas e ateias, numa tentativa de demonstrar uma moral padrão, inerente ao ser humano. Não sei se no primeiro vídeo você tinha citado o livro, mas vale a pena DEMAIS conferir!!
cara, esse vídeo foi o melhor que eu ja vi no seu canal e provavelmente qualquer canal, e acho que foi pelo fato de eu me sentir um participante desse experimento, adorei mesmo, parabéns pelo canal e continue assim... xD
Muito interessante. E o outro questionário que mencionou no final do vídeo também. E concordo, essa minoria pode ser as que estejam com a decisão em mãos numa situação real. Muito bom esse vídeo, @pirula25
Um exemplo clássico dessa "fluidez" da ética é quando nós torcemos por protagonistas moralmente questionáveis, simplesmente porque conhecemos sua história.. Tenho certeza que você repudia o tráfico de drogas, mas pode confessar que você torcia pro Walter White !
Quando se diz: "A ética é feita por humanos", também se remete à seguinte pergunta: "O que é humano? Qual a definição de homem?". Se nossos valores baseiam-se na ideia que temos de homem, necessariamente, esta ideia reflete a realidade? Digo isto porque, se o grande dilema da ética é o sacrifício em prol da escolha, necessariamente uma conduta ética implicaria na abdicação de uma outra escolha, o que seria anti-ético, não? Contudo, se o que se entende por anti-ético for condizente com a ética que predomine em uma situação inversa, na qual uma noção distinta e oposta de ética prevaleça sobre aquela que lhe é antagônica, então, este impasse não seria resolvido, nos levando a seguinte pergunta: "O que é ético?". A questão permaneceria sem resposta, já que esta seria a conclusão ao problema: "O que é humano?". Ou seja, a referência-padrão que temos do que comumente chamamos de ética torna-se um valor moral quando ganha alguma particularidade ou notoriedade em detrimento das questões consideradas menos importantes, seja por ser um valor adotado pela maioria, seja por garantir a sobrevivência de muitos. O problema é que, apesar de estabelecermos a ética da vida como valor moral, não temos como considerar irrelevante algo de que sequer sabemos, a nossa origem bem como a origem do problema existencial que envolve a escolha de viver, as condições necessárias a manutenção da vida.
Se cada homem vive porque assim deseja, como poderíamos justificar a possibilidade de um homem morrer pelas mãos de outro, quando aquilo que entende por ética não assegura a preservação de sua existência? A mesma questão se aplicaria a uma situação distinta, como aquela em que não podemos nos responsabilizar pelo que outro indivíduo faz de sua vida, quando isto não envolve nem o que lhe impomos e nem o que fosse preciso sacrificar em prol da escolha dele, no caso de alguém que busca o suicídio ou de quem fosse necessário matar para sobreviver, alguém de quem não depende a garantia de nossa sobrevivência. É por isto que a resposta mais sensata a esta questão é a dúvida, o que não é o mesmo que a ignorância em relação ao problema, mas sim a consciência de que as leis humanas ou a ordem imposta pelas circunstâncias que elas criam não assumem o pleno controle sobre as vastas possibilidades da condição humana. Logo, não nos é digno responder pelos outros sobre um problema que envolve a ética deles e não a nossa, como se a responsabilidade de viver em uma sociedade mais humana obrigasse os homens a um convívio forçado, no qual a escolha de sua sobrevivência esteja em função do respeito a este lei e não daquilo que ela de fato assegura a sua existência. Ao mesmo tempo, é por reconhecermos a ausência de resposta a este dilema que nos toleramos como seres humanos imperfeitos, que por reconhecermos o limite comum a existência de todos, o desejo de viver não justifica nada do que se possa impor com base naquilo que não exige uma certeza ou uma resposta especifica para aquilo que não é passível de solução, a razão ou propósito da vida humana. Assim, não importa tanto a qualidade da escolha que se faz, toda escolha é imperfeita e sujeita a erros, não sendo suficiente a nenhum homem ditar as leis de sobrevivência.
O que importa é que cada indivíduo se sinta responsável pela escolha de sua sobrevivência, do contrário atribuirá a um outro o sacrifício por uma escolha que não faz, o que só poderia ser justificável pela conduta ética permitida por uma lei que assegura a necessidade de matar ou sacrificar a vida de um indivíduo em prol de um bem comum, quando esta noção de ética reflete as escolhas daquele que mata e não as daquele que morre. Aqui podemos entrar em questões relativas a pena de morte, mas não é o foco desta discussão, se é que esta tenha um direcionamento claro para ela. A conclusão a que chego é a de que o dilema ético SEMPRE é resolvido pelo que reflete as decisões de cada um, sejam estas boas ou não. Cada homem, pelo valor de suas escolhas, sente que precisa ser forte para aplicá-las de acordo com aquilo de que julga depender para sentir-se vivo, mesmo que sua existência não esteja em função de tais escolhas. Portanto, não importa tanto quais são suas opções, mas sim o fato de que cada um terá que arcar com as consequências de suas escolhas, algo que não pode ser garantido pela justiça proposta pelas leis, mas sim pela consciência do que motiva as ações do indivíduo, em sua liberdade.
Sobre a questão de empurrar uma pessoa no trilho para salvar as outras cinco (desconhecidas): eu não a empurraria, e até pensei que poderia ser o caso de muitas outras pessoas, pois assim, caso a empurrasse, eu seria a responsável pela morte dessa pessoa. Poupando a vida dela, a morte das cinco pessoas encontradas no trilho não seriam da minha responsabilidade. O que não aconteceria caso eu fosse a maquinista. Já que nesse caso eu, necessariamente, causaria morte, optaria por matar o mínimo de pessoas (levando em consideração que todas sejam desconhecidas).
Tendo como base as respostas para essa questão (de empurrar alguém no trilho), interpretei que as pessoas preferem não ser responsabilizadas (preferem não se envolver em problemas) pela morte de uma pessoa, mesmo que seja para salvar cinco.
Ótimo comentário. Agregou muito!
Sobre o dilema 1, na primeira pergunta, eu também vi a seguinte linha de raciocíonio que levaria as pessoas a 'preferirem' matar 5 pessoas ao invés de mudar o percurso e matar 1 só. É que se você deixar o trem em seu caminho padrão, então isso não assumiria um erro seu, pois esse é o caminho padrão. Agora para eu mudar a alanca do trem e matar 1 pessoa, então eu mudei o curso padrão, e a culpa seria maior sobre mim.
Muito interessante esse vídeo. Parabéns por mais essa iniciativa.
Observei um fato, que permeia todas as questões éticas que você propôs e as repostas obtidas. As decisões éticas majoritárias parecem estar associadas à proximidade entre a vítima escolhida e o tomador de decisões, ou seja, quanto mais próximo de mim for um ser, mais difícil é decidir sobre a sua morte. Isso quer dizer:
Preferimos salvar entes queridos a salvar estranhos
Preferimos salvar humanos a salvar animais
Preferimos salvar nossos próprios pets a salvar outros animais
Preferimos salvar os úteis (gênios) a salvar os irrelevantes
Uma diferença poderia aparecer no fato de que preferimos salvar muitos a salvar poucos, mesmo que para salvar um, seja necessária uma ação enquanto para salvar 5, baste uma inação. Eu me atreveria a explicar isso assim: quanto eu penso em salvar alguém em detrimento de outrem, preciso empatizar com o primeiro. E eu empatizo mais com a multidão (5 pessoas) do que com o indivíduo estranho. Um número maior de pessoas contem mais risco de haver algo útil para mim (ou mais familiar) quando escolhemos salvar muitos ao invés de poucos, estamos praticando uma espécie de egoísmo de espécie, que visa maximizar a chance de sobrevivência da espécie.
Esse dilema poderia ficar ainda mais interessante se contivesse a seguinte questão:
Imagine que você está em uma estação espacial e pode usar um míssil para desviar um asteróide que destruiria 99,999% dos seres vivos. Você sabe que esse asteróide seria desviado para a lua, onde estão seus dois filhos, seus pais e todo o resto da sua família, alem de seus melhores amigos e os cientistas mais geniais do planeta.
Uma nota importante: A valorização da espécie humana e da proximidade parece estar no centro de nossos princípios éticos. Diversos autores e filósofos argumentam que uma das estratégias que resultaram na adesão da população alemã no anti-semitismo extremado durante a segunda guerra foi a desumanização dos judeus perante a opinião pública, ou seja, a campanha nazista foi reduzindo os laços entre os chamados “alemães verdadeiros” ou arianos e os demais povos e foi aos poucos matando aspectos humanos dos judeus,
Na visão de Georges Bensoussan, antes mesmo da morte física, o nazismo primeiramente forçou os judeus a uma "morte civil", excluindo-os de funções públicas e dos meios culturais. Em seguida, com as Leis de Nuremberg, segregou os judeus dos "verdadeiros" alemães, foi a "morte política". E depois, ainda imprimiu uma série de medidas que levaram à ruína os negócios e os empregos daquele povo, configurando uma "morte econômica". Depois de algum tempo, os judeus já eram vistos, não como humanos, mas como uma doença, um câncer que deveria ser extirpado para a salvação da humanidade e, sobretudo do povo, (“Das Volks”) alemão.
Nossa ética parece ser guiada pelo egoísmo de indivíduo e espécie, e isso não parece errado, é simplesmente um retrato de nossa espécie e o fato de haver uma minoria que preferia salvar animais de estimação a salvar seres humanos é animadora no sentido em que, talvez consigamos ampliar nossa definição de “próximo” até que tenhamos certeza de incluir no nosso sentimento de proteção, outras espécies e talvez ecossistemas inteiros, isso sem falar na vigilância que devemos ter sobre nossos próprios sentimentos com relação aos estranhos. Quando excluímos judeus, negros, nordestinos, gays, religiosos, ateus, etc. de nossa proximidade, ou seja, quando dizemos que são muito diferentes de nós, acabemos por diminuir a aplicabilidade de nossa proteção ética sobre este grupo, e nós já sabemos onde isso vai parar.
O mais relevante de tudo isso(acho eu) é a discussão sobre o valor da vida.Porque a vida de um ente querido é mais valiosa do que a de um estranho?Como podemos determinar esse valor?Porque alguém que possui algum talento seria mais valioso que outro?
Vou tentar explicar sem citar autores e teorias o meu ponto de vista. As pessoas precisam padronizar as normais sociais pelo senso comum, para dizer o que é um ''dever ser'' e o que não é. Ajudar o próximo, por exemplo, é a regra..pois quando alguém não ajuda prontamente tenta justificar com alguma limitação que seja aceita pelo senso comum. Nem entrarei no campo da culpa e da pressão social, mas de fato..as pessoas tecem um modelo ideal que é tanto um direito quanto um dever, e um sistema de
Ética universal é meio utópica mesmo. Os meus valores são um tanto distintos de boa parte das pessoas. Salvaria sem hipocrisia um ente querido em detrimento de cinco desconhecidos e salvaria cinco cachorros em detrimento a um desconhecido muito por meu amor aos animais e pessimismo em relação aos seres humanos. E não me sentiria nem um pouco 'culpado' ou 'equivocado'. A discussão é excelente. Queria ter participado em tempo....
Parabéns, você é um doente.
@@eukklyptus5452 ele é doente por ter valores eticos diferentes dos seus?
desculpa, mas achar que a vida de um cão vale mais que a de um ser humano não é 'debatível', é simplesmente errada mesmo. Tanto do ponto de vista religioso, quanto do ponto de vista do ateu darwinista, que entende que dar mais valor à própria espécie é algo presente em toda a natureza.
@@It14f-37 Entre um cão e um ser humano querido, escolho o ser humano com dor no coração.
Entre um cão e você, escolho o cão sem pestanejar. É o meu livre arbítrio.
@@fabianor4499 não esperava vc responder um comentário depois de 8 anos kkkkkkkk
É uma pena que você me deixaria morrer, mas não posso fazer nada quanto a isso. Pois saiba eu mataria qualquer bicho pra salvar a sua vida, inclusive meu cachorro de estimação se fosse preciso.
Na pergunta 1 eu fiquei entre os que não mudam o caminho e matam 5 pessoas e, ao contrário do que o autor do vídeo supôs, não foi porque achei que os indivíduos na linha tinham assumido o risco por estar lá, mas sim porque considero que o procedimento mais ético seria manter o decurso natural das coisas, afinal, não era esse o caminho que eu faria se não houvesse as pessoas na linha? Ao escolher entre salvar 1 ou 5 você está decidindo quem deve viver ou não. Quem somos nós para escolhermos isso?
Aí entram questões que julgamos o tempo inteiro, absurdas ou não, sem sequer refletir em porque pensamos dessa forma. De repente, nos deparamos com valores, que trazidos para situações diferentes, se tornam contraditórios.
Antes de + nada, gostei do teste e aplaudo a iniciativa.
Acrescento outra probabilidade: quando uma pessoa se propõe a fazer algo que pra ela está errado, isso pode representar auto-sacrifício. Ela sacrifica a SUA ÉTICA em nome de algo que ela considera IMPORTANTE, geralmente mais do que ela própria. Isso provavelmente muda com a moral de cada povo, os japoneses parecem valorizar muito isso.
Pirulla, eu acho muito difícil que a discrepância entre a questão do gordo e a dos órgãos tenha se dado pelo motivo do preconceito com a obesidade. Eu acredito que o resultado foi influenciado pela forma da pergunta (se é ético ou não). Como você mesmo falou aí, tem pessoas que fariam certas coisas achando que estariam agindo errado. Essa pessoas provavelmente matariam a pessoa saudável mas continuariam achando anti-ético
No meu caso já percebi que "ente querido" me leva a uma pessoa distante, não sei se ocorre pra todo mundo, mas pode ter influenciado na resposta, por exemplo, diferente do que seria uma mãe ou alguém que se ama muito.
Isso é tipo o Filme Jogos Mortais, é a maior crítica que a série de filme faz e quase ninguém percebeu, várias das provas que são feitas no filme coloca a questão da ética em conflito com a sobrevivência. Esses dias eu e minhas irmãs estávamos conversando sobre isso e toda ética foi pro espaço quando se tratava da sobrevivência do indivíduo...
Bom, por isso que cientificamente falando... O ideal para uma pesquisa destas seria a preenchimento do questionário através de ENTREVISTA (pelo próprio autor ou entrevistador treinado).
Por que?
Justamente para mais fidedignidade dos dados.
Para eliminar da pesquisa pessoas que não entendem o conceito das perguntas ou querem adicionar variáveis. Mas claro, o objetivo do Pirulla não foi fazer uma publicação científica do assunto.
Logo, é assim mesmo.
Muita gente não entende o sentido do teste.
Oh merda, comentei antes de ver o vídeo até o final e mencione algo q vc mesmo falou. Bom, vou aproveitar: a questão de agregar características aos personagens é importante, pq você humaniza eles. Se vc fala em pessoas hipotéticas apenas, é somente uma questão de lógica, um problema de teoria dos jogos. Quando entra humanização e empatia no meio, aí fica complicado ;)
Eu só acho que o motivo pelo qual nós valorizamos mais vidas humanas do que não-humanas é porque dentro da mesma espécie, os indivíduos são mais parecidos "comigo" do que fora dela. Em outras palavras, acho que o fundamento da moral é a identificação consigo próprio, e o grau de identificação em que os outros se encontram nessa escala.
No comentário que fiz anteriormente, não pude citar o link, mas é um curso aberto de ciências sociais, e aqui foi promovido pelo site alimente o cérebro no link cursos e em "justice". Muito bom termos professores abertos ao entendimento em geral, não só os formados em biologia, mas que a profusão de pesquisar se estenda àqueles que acabam por ser os únicos "quase' responsáveis em fazer as crianças voltarem a fazer as perguntas existencialistas ou básicas mesmo.
Ao Contrário, não é seguir o que teu coração diz e sim seguir o que a sociedade diz que é certo ser seguido, pq é a única maneira de se viver em sociedade(abrindo mão de nossos desejos pessoais).Agora, toda ética e moral de um sociedade tem uma coisa boa, ela é mutável e se adpta ao meio e ao período em que aquela sociedade vive.
80 anos atraz, era imoral fazer sexo antes do casamento e tbm era anti ético uma mulher casada comprimentar um homem com beijo no rosto.
Tenho a impressão que a diferença entre o que "achamos ético" e o que faríamos tem um pouco a ver com como pensamos na vida em sociedade. Talvez quando as pessoas respondem o que elas "acham certo" ou "acham ético" elas imagem essa ética funcionando em sociedade. Poderia ser, por exemplo, que a pessoa que estava passando distraidamente no trilho e morrei em prol das cinco fosse a sua mãe (o maquinista é qualquer pessoa), e agora, o maquinista é culpado pela morte da sua mãe?
Seu video pode ter 4 hrs q eu assitiria ate o fim..cada palavras q voce expeli sao muito significantes!
cara eu pensei muito quando vi as resposta, no que eu teria respondido, mas já me desligei de julgamentos de valor, não consigo acreditar em pessoas melhores ou piores, mas ao mesmo tempo isso põe a prova todo o valor que a vida outro ser humano tem, complicado, mas não impossivel
O talento das pessoas também é considerado, mas muito também no quesito de instinto de sobrevivência. Imagine essa situação:
Você em uma vila onde chovem pedras e faltam casas, muitas pessoas morrem por conta disso. Você precisa escolher entre salvar a vida de um construtor de casas competente ou um homem que é talento raro em outra área.
contra:
Você em uma vila onde NÃO chovem pedras e sobram casas.
Possivelmente haveria diferenças na decisão,
Sei que não é uma pesquisa científica, mas há um probleminha metodológico aqui. Em todos os casos deveria haver a opção de resposta "não sei". Mesmo que as alternativas sejam claras e objetivas, é esperado que muita gente simplesmente não saiba responder o que faria. Na prática, muitos agiriam de forma irracional, surtariam, mudariam aleatoriamente a direção do trem. Esta é uma alternativa aceitável e que tem consequencias relevantes para a pesquisa, podendo alterar muito sua interpretação.
É interessante como o estudo evidencia o instinto na tomada de decisões. De modo geral, o ser humano é um ser dotado de ética, mas a ética não é o única componente na hora de tomar decisões-dilema, eu diria mesmo que ela fica geralmente em segundo plano frente ao instinto de sobrevivência.
Tome esse exemplo:
Você tem 60 segundos para escolher:
ou morre TODA A ESPÉCIE HUMANA.
ou morrem 10 ESPÉCIES DE ANIMAIS MAMÍFEROS.
Acho muito provável que a maioria das pessoas escolheriam a 2ª opção.
Dizer ente querido, parente ou amigo, tem um peso menor do que dizer especificamente: mãe, filho, irmão. Nesse caso eu pensei mais em parentes não tão próximos, mas talvez mantivesse minha posição de preservar mais vidas. Talvez fosse melhor dizer, em alguma questão: "a pessoa por quem você tem mais afeto". Tornaria a decisão mais difícil, acho.
não mudei o meu modo de pensar em nenhum momento, acredito que cada um tem sua vida, e ninguém deve ser culpado pelos erros dos outros
já fiz esses testes a muito tempo, adoro muito seus videos, assisto sempre que posso pois aprendo muito com eles, parabéns
gostaria muito que você visse esse comentario, pois achei relevante, e acho que explicaria muita coisa.
Acredito que esses resultados entre as 3 "experiencias" seja pela diferente enquadração em cada uma delas, pois em suma são identicas, mas qndo você é o maquinista, você esta inserido na situação, queira ou n, ja no caso do gordo você esta ao lado dele, vendo as 5 pessoas, diria que você esta mediamente envolvido...
(continua)
Saber sobre as pessoas em jogo, ou ter entes queridos entre elas, elimina a questão ética. A ética tem que ser imparcial e cega, como uma regra que tem que ser aplicada sempre.
As vezes a pessoa sabe qual é a atitude mais ética a ser tomada, mas ela não tem coragem de fazer.
Eu tenho, como alguém que estuda as ciências sociais, algumas ressalvas..mas resumidamente...no geral a sociedade se regula por um sistema informal de condutas, direitos e obrigações comuns que ocorre em paralelo ao sistema jurídico..que pode ser considerada, mas não se resume, a regra de ouro dos relacionamentos...mas ao mesmo tempo não só admitimos a quebra como de fato esperamos que a mesma ocorra em outros em momentos de necessidade (ao menos condizente com o ''senso comum'')
Ai e que entra o ódio que eu falei a maioria dos ateus que eu converso eles me xingam e se referem a Deus com palavras de baixo calão! vc e o primeiro em muito tempo que não faz isso!! a e o pirulária também e bem educado!!
Agir ativamente para mim gera uma culpa maior do que deixar de como o mundo deve seguir. Com exceção das pessoas que envolvam relação sentimental afetivo e presencial, nesses casos eu mudaria o modo de pensar.
Pirulla, a diferença colossal nessa questão de "você acha ético?" e "você faria?" é realmente muito interessante. A questão 15 por exemplo, eu duvido muito que mesmo essas pessoas achando antiético, praticamente 30% delas pouparia a vida de um cachorro ao invés de sacrificá-lo pra salvar um ente querido. Eu não pensaria duas vezes em utilizar o órgão do cachorro pra salvar a vida de um familiar. Será que essas pessoas acham isso antiético mas fariam, ou será que acham antiético e não fariam?
A ética é para o bem da comunidade, tanto é que ela carrega os valores da comunidade da pessoa. Por isso é normal a ética entrar em conflito com o lado humano da pessoa: vc tem seus interesses e tem sua forma de pensar, mas a ética busca o "bem maior".
No dilema 8, a decisão deve ser tomada rapidamente, sob o efeito da adrenalina, enquanto no dilema 12, a pessoa (eu suponho) teria muito mais tempo para pensar, o que contribui para desencoraja-la.
Estava tendo um incêndio florestal que perdurava pelo segundo dia, afetando os subúrbios da cidade, bombeiros pediram ajuda da comunidade no centro e falaram com um FUNCIONÁRIO de uma boate para ajudar dando todos os sacos de gelo, ajudando os bombeiros que sofriam com o calor insuportável, porem iria haver uma grande balada naquela noite. Resultado: o funcionário recusou qualquer ajuda alegando que não era dono e que a festa precisava de gelo nos copos.
Pense nisto com mais atenção. (caso real)
más se o nosso próprio sentimento está dizendo que aquilo é certo, será q a ética pode dizer que isso está errada? Ou nosso parâmetro ético está indiretamente ligado aos dogmas sociais implantados dentro de nós?
@Pirulla25 Só um parêntese: Certamente a UMA pessoa na linha alternativa estava lá só por este motivo: ela sabia que o trem não passaria lá... acho que as 5 pessoas são responsáveis pelos seus atos em qualquer situação.
PS: Não sou um psicopata :D
Eu acho que seria sensacional uma pesquisa dessa com pessoas de várias culturas diferentes pra gente testar se os conceitos envolvidos na ética são realmente universais.
Pena que não vi essa pesquisa antes... Mas não estou muito longe da maioria não, acho que a única diferença grande é que, eu não envolveria alguém para salvar outras pessoas, e também não tenho pesos diferentes para a vida de 5 humanos ou de 5 cães. Embora no caso em que envolvesse um parentesco, ou um animal de estimação, eu desviasse sim o trem. Sobre os transplantes, de forma alguma, mesmo que fosse com o cão, eu sacrificaria um pelos outros.
Piirula, que bom que você comentou sobre a questão de "preconceito" contra o obeso. Um amigo meu (ao qual eu apresentei a enquete e pedi que respondesse) disse que empurraria o "gordo" exatamente por ser gordo. De fato ficou essa variável implícita no dilema, a meu ver.
Mano...chegando nesse vídeo em 2022....rs...fiquei pensando em possíveis diferenças de resultado em um momento bem odioso da nossa existência...mas acredito que teria q ser com os mesmos sujeitos, o q seria difícil. Uma pena
Esse é um dos top 5 vídeos favoritos deste canal!
Existe uma lista de reprodução no RUclips que são aulas de direito em Harvard e que abordam justamente esse tema: a ética. Inclusive, no primeiro vídeo, o professor pergunta aos alunos exatamente as mesmas perguntas dessa enquete. Caso alguém se interesse:
/playlist?list=PL674ABE793E9E71AC&feature=mh_lolz
mediamente envolvido, pois você tem a opção de se envolver ou n de maneira mais direta, empurrar a pessoa, e por fim, na ultima, do hospital, você esta muito mais distante da historia, pois eh uma pessoa x na sala de espera, a situação n eh tao rapida quanto simplesmente empurrar, tem todo o processo de pegar a pessoa, matar ela e extrair os orgaos, o que acho que muda muito de uma situação rápida...
espero q pense nisso. te acho mto fera, e adorei a pesquisa.
obrigado por tudo pirula!!
Este estudo estatístico está genial! É nestes dilemas que conseguimos ver quem realmente somos e daquilo que somos capazes.
Cara, tem um filme (O Anjo Malvado) com o Macaulay Culkin (é o cara que fez "Esqueceram de mim") em que a mãe dele tá segurando ele e um primo (Elijah Wood) de cair de um penhasco, mas ela só tem força pra puxar um de volta, o outro ela tem que largar. E aí, ela salva o filho, sangue do sangue, ou o sobrinho? Detalhe, o filho dela era extremamente mau - o filme inteiro passa mostrando isso. É bem intrigante, fiquei pensando bastante sobre o caso, deveras ético, depois do filme.
10 anos depois kkkk muito bom seu canal ,terminei de ver a série dos dinossauros e tô vendo os vídeos mais antigos
Muito Interessante,acho que são situações nessa pesquisa,muito interessante,e que faz realmente pensar em nossos valores afetivos e não afetivos,Acho que o afeitvo conta muito na hora de nossas decições,na hora que a emoção ativa nas pessoas.Acho que o resultado para um psicopata seria inverso totalmente,porque ele nao tomaria atitudes emotivas mais racionais .. talvez eu tenha falado merda. Vlw Pirulla faça mais videos!
um número considerável de pessoas que não matariam um cachorro para salvar um ente querido?
a diferença do resultado só pode estar na pergunta.. Creio que a maioria mataria, mas ao perguntar se é certo ou errado fazer isso, elas admitem que é errado, já que o cachorro nada tem a ver com a situação, sendo algo injusto
Eu acho que as pesoas tem menos posibilidade se se colocar no lugar de uma pesoa gorda que no lugar de uma pesoa cualquer no hospital, pode ser esa a diferença entre o dilema 8 e12.
Outra coisa a comentar: o que se quer analisar aqui? o que as pessoas fariam realmente ou o que elas acham que deveria ser feito? No primeiro caso, seria mais coerente analisar a reação das pessoas em situações reais e não perguntar a elas "o que vcs fariam". Muito provavelmente a resposta delas não reflete o que elas fariam. É claro que não estou propondo provocar acidentes experimentalmente, mas é possível buscar aproximações.
alguns animais "abandonam" os mais velhos, quando atrasam o bando. Algumas pessoas decidiriam sacrificar um velho pela vida de um jovem (transplante de órgãos por exemplo), mas poucos sacrificariam a vida de um jovem por um velho.
O dilema do transplante, por outro lado, subentende que o transplantado não é saudável, e isso pesa no instinto de sobrevivência das pessoas. Mais pessoas estão propensas a sacrificar um saudável por 5 saudáveis, menos a sacrificar 1 saudável por 5 de saude + fraca.
acho que mtas pessoas mentiram nas questões que indicaria o quão egoísta a pessoa é, talvez por ter dificuldade em aceitar a si mesmo e achar q é um humano ético...
Para mim, é bem simples, se envolver pessoas/animais que eu amo...o resto não me importa...
Só aconselho que na próxima pesquisa, você utilize o sistema Forms do Google Docs, que lhe da uma maior administração, tanto do questionário, quanto dos resultados. Também é possível obter a qualquer momento gráficos e uma planilha do Spreadsheet (excel|calc do Docs). E você também pode tornar publico a visualização dos dados.
Mas e isso que eu to dizendo nos seres humanos tementes a Deus ou não não somos capazes de ter um julgamento 100% do que e ético ou moral certo ou errado vamos sempre mudar de opinião de acordo com nossas necessidades e interesses pessoais independentemente de estar certo ou errado mesmo pra nos mesmo ai que que Deus entra ele saberia a decisão certa sem contradição!!
(E continuando ali de baixo) e se uma lei não coincide e até pune uma atitude a qual por uma maioria seria considerada compreensível, como diabos esse tipo de lei existe ?!
Uma coisa interessante, Pirulla. Você citou a respeito de quando há a humanização de animais, elas passam a ter estatisticamente, segundo a pesquisa, mais valor em relação a outras pessoas. Você acha que veganos que usam o argumento de senciência animal para condenar consumo de carne buscam esta equiparação?
+Edwi Feitoza +Canal do Pirula
Muito bom, o video trouxe de forma muito didatica a analise dos resultados. Ficou excelente. Uma dica pra voce pirula, se voce gostar de podcast, ouve la o podcast Café Brasil, com Luciano Pires. É muito bom e bem na linha do que voce faz no seu canal aqui, fazer as pessoas pensarem.
Hoje em dia eu responderia com total segurança todas as questões. Mas a dois anos atrás eu estaria me martelando.
Então fica a dica para um próximo vídeo sobre ética que você fizer. Eu já estou gravando algumas coisas para um canal que vou começar (provavelmente no fim do ano) e aí vou fazer um vídeo de ética também, talvez coloque como resposta para esse.
Sinceramente, não entendi tb porque é importante ter estatísticas sobre escolhas éticas, não entendi a relação que as estatísticas tem com a ética. Acho q o mais importante foi fazer as pessoas refletirem sobre o tema com o questionário, do q o resultado