Like, só não sei o que quer dizer o refrão. Mano essas frases de ACJ é bem contrário e triste de ver que ele acreditou e fez todo mundo acreditar que com eleições o MPLA iria sair do poder
Beat muito criativo, a produção no geral ficou 🔥🔥, métricas e retóricas muito bem estruturadas. Isso é arte e a arte existe para ser apreciada, máximo respeito por isso, mas no caso do conteúdo, simplesmente consegue pegar todos os elogios que eu fiz antes e jogar para o lixo. Fracamente, vocês falarem sobre capitalismo sem Estado e mostrarem uma apologia clara ao individualismo hedonista, talvez por uma dissonância cognitiva ou por pura ignorância mesmo, não possui qualquer coerência real e isso é alarmante. Angola é hoje o que é por causa do neoliberalismo, que é a doutrina de onde nasce o anarcocapitalismo. Angola vive hoje em serviço da dívida e reproduz sistematicamente um capitalismo dependente, com forme as leis do "livre-mercado". O cartel financeiro global, em nome do lucro, cada vez mais impõe medidas rígidas de austeridade que o governo elitista do Mpla precisa aplicar sobre a nossa economia, o que de certa forma não seria diferente com a UNITA no poder, mas olhar para isso e dizer que o problema central seria o Estado ao invés do Neoliberalismo e ainda chegar a propor uma forma de Capitalismo ainda mais selvagem, que na prática nem capitalismo seria, é uma demonstração clara de falta de estudos, de senso crítico e quiça até mesmo de empatia. Contudo... Melhorem, melhorem e melhorem, nosso país se encontra estagnado e provavelmente vai continuar assim por muito tempo, mas acreditem, não é essa vossa míope anarcocapitalista que vai mudar alguma coisa.
É importante destacar que os problemas enfrentados por Angola relacionados à opressão estatal não começaram com a adesão à economia de mercado, nem podem ser atribuídos exclusivamente ao neoliberalismo. Desde a independência, o país viveu sob diferentes modelos de organização estatal, incluindo o socialismo centralizado durante a Guerra Fria, que não resultaram em prosperidade, mas em mais controle e dependência de uma elite dirigente. O fato é que a opressão estatal é uma característica intrínseca do próprio Estado, seja ele de esquerda ou de direita. A crítica libertária ao Estado não se limita a sistemas específicos, mas à própria ideia de centralização de poder que, invariavelmente, desrespeita as liberdades individuais e impede a prosperidade espontânea que surge da cooperação voluntária. A nossa proposta anarcocapitalista, longe de ser uma utopia, baseia-se na natureza humana, que é mais eficaz na troca voluntária e na liberdade de mercado do que sob coerção estatal. O que também chama atenção no comentário é o recurso ao ataque pessoal, uma tática típica de quem não consegue confrontar ideias com argumentos sólidos. Desviar o foco para quem propõe uma ideia ao invés de refutar a ideia em si demonstra a fraqueza de quem apoia o status quo estatal. É mais fácil demonizar quem aponta os problemas do que enfrentar o fato de que o Estado, em sua essência, opera pela força e pela extração coerciva de riqueza. Ao invés de atacar indivíduos, seria mais produtivo analisar os resultados concretos de sistemas que centralizam poder: guerras, pobreza generalizada, corrupção endêmica e a perpetuação de desigualdades artificiais. O anarcocapitalismo, por outro lado, busca eliminar essas barreiras ao devolver o poder ao indivíduo e às comunidades por meio de contratos voluntários e cooperação livre, algo que o Estado historicamente falhou em proporcionar.
@@skitvandarken Eu não sou defensor do Estado, porque antes de tudo o Estado é um instrumento de classe, suas instituições, suas leis e seu monopólio para o uso da força servem antes de tudo os interesses de uma classe devidamente organizada, classe essa que no caso do Estado capitalista são os grandes empresários e banqueiros, ou seja, a "opressão estatal" nesse status quo existe apenas para quem é trabalhador e pequeno empresário. Longe de defender as ações do Mpla, mas reduzir o fracasso socialista em Angola como sendo resultado da "natureza opressiva" do Estado é uma abordagem pobre, desconsidera totalmente fatores como o fato de mais de 87% da população era analfabeta, os antigos donos de terras, empresários e grande parte da força de trabalho especializada( esmagadoramente constituída por brancos), tiveram que largar o país, não apenas por conta da busca da institucionalização do socialismo, mas igualmente por conta guerra civil vigente patrocinada pelos EUA, que foi antes de tudo o principal fator que levou a destruição de infraestruturas e de cadeias produtivas. Ao juntar esses aspectos e o fato de que o país na época recebia graves boicotes e sanções econômicas, dá pra traçar os termos exatos da abertura econômica e da entrada do FMI em 89, que supostamente seria o melhor caminho para desenvolver o país, mas como resultado hoje temos um país que vive em serviço da dívida, com 87% do OGE se destinando ao pagamento das respectivas dívidas, temos um país que hoje ocupa a mesma função de exportador de comodities que ocupava durante a era colonial, temos um país que graças a medidas de austeridades impostas por órgãos internacionais está a um abismo de distância de consolidar uma soberania alimentar, tecnológica e energética, enquanto isso os nossos próprios bancos conspiram contra a nossa estabilidade econômica junto da elite financeira global. Contudo, o centralismo partidário que já era observável durante a República Popular, apenas se aprofundou ainda mais com a abertura econômica e com a institucionalização da democracia representativa. Seja como for, a era socialista, que mal foi erguida, não durou se quer 10 anos de fato e já lá se vão mais de 30 anos, como olhar para a situação atual e dizer que nada tem a ver com o neoliberalismo? Eu conheço essas narrativas, conheço perfeitamente o mito do livre-mercado e do Estado mínimo, que são apenas isso, MITOS, que inclusive surgem com o fim forçado do Well-fare state nas principais economias do mundo, que era a cima de tudo uma forma ideológica que veio repetir mitos ultrapassados desde Keynes e da grande depressão como uma forma de reprimir o crescente custo da força de trabalho, gastos públicos para setores sociais, dos impostos progressivos que afetava efetivamente as maiores fortunas e das grandes empresas estatais que cresciam consideravelmente. Hoje, os EUA, que é o país que mais regrediu em matérias sociais na OCDE pela defesa fervorosa do livre-mercado, mal consegue de fato seguir arrisca os pressupostos do mítico mercado livre, tendo um Estado absolutamente protecionista do mercado interno que até já obrigou seus aliados a reduzir o volume de suas exportações como forma de salvaguardar os monopólios das suas multinacionais. Libertarianismo passa a ser uma utopia quando você acredita que em um sistema orientado para o lucro, onde não existe um Estado para criar leis para "defender" os menos favorecidos, um pobre que apenas tem a sua força de trabalho para vender teria algum poder de negociação ao pé de quem é proprietário de grandes empresas. A única liberdade que eu consigo conceber nessas circunstâncias é a liberdade dos afortunados de explorarem os mais pobres sem a possibilidade de um Estado existir para salvaguardar os interesses dos mesmos. Para além do mais, o Estado no capitalismo existe essencialmente para proteger a propriedade privada e resolver conflitos de interesses relacionados a titularidade de propriedade. Quando você tira o Estado de cena e o seu poder coercivo, qual seria o mecanismo que evitaria com que grandes oligopólios empresariais surgissem, ganhassem poder coercivo e usassem esse poder para se apropriar das propriedades dos menos poderosos? Quem iria impedir que, em nome do lucro, empresas gerassem colapsos ambientais? Enfim, liberdade da opressão estatal, mas liberdade para quem?
@@JoaoMuand01 Sobre o fracasso do socialismo em Angola, reconhecemos que ele não ocorreu no vácuo. O analfabetismo, a fuga de quadros especializados, a guerra civil financiada por potências externas e os boicotes internacionais desempenharam um papel central. No entanto, isso não elimina a crítica à natureza opressiva do Estado enquanto conceito. A centralização do poder no Estado socialista angolano foi incapaz de mitigar essas crises porque a lógica de comando e controle é inerentemente ineficiente e tende a agravar problemas, especialmente em contextos de instabilidade. Quanto ao neoliberalismo, é importante separar o mito da prática. Os modelos de 'livre mercado' implementados sob a tutela do FMI e do Banco Mundial foram carregados de medidas que beneficiam elites e mantêm países como Angola presos a estruturas coloniais, como a exportação de commodities. Isso não é o mercado livre de que libertários falam, mas sim políticas de 'mercado dirigido', onde o poder estatal ainda escolhe vencedores e perdedores. O endividamento e a austeridade não são consequências do livre mercado; são frutos de intervenções econômicas falhas que buscam centralizar o controle sob novos atores. Sobre a questão do poder de negociação dos trabalhadores em um sistema sem Estado, a crítica libertária vê o Estado como criador e mantenedor das desigualdades que menciona. Monopólios e oligopólios não emergem em um mercado verdadeiramente livre, mas em mercados distorcidos por regulamentações e subsídios estatais que favorecem os grandes em detrimento dos pequenos. Sem o Estado para proteger os privilegiados, empresas dependem da satisfação voluntária dos consumidores e trabalhadores, algo que incentiva competição e inovação. Quanto à exploração, a proposta libertária enfatiza contratos voluntários e a descentralização do poder como mecanismos naturais de equilíbrio. Se uma empresa adquire poder coercitivo, isso já não é mercado livre - é a recriação de um 'mini-estado' empresarial. Portanto, a defesa do anarcocapitalismo é justamente contra qualquer forma de concentração de poder, seja estatal ou corporativa. Quanto ao meio ambiente, a visão libertária propõe uma gestão de recursos baseada em direitos de propriedade claramente definidos. Quem polui deve reparar o dano, e a descentralização incentiva soluções locais mais eficazes. A responsabilidade ambiental em um mercado livre é reforçada pela pressão direta de comunidades afetadas, sem a burocracia ineficiente de um Estado centralizado. Por fim, liberdade da opressão estatal é liberdade para todos, especialmente para os que mais sofrem sob as estruturas de poder centralizado. O Estado historicamente falha em proteger os vulneráveis e muitas vezes os utiliza como pretexto para expandir seu controle. Não propomos uma utopia perfeita, mas um caminho contínuo em direção à liberdade genuína, onde o poder é descentralizado e as relações humanas são voluntárias e não coercitivas. A questão que deixo é: se o Estado falhou tantas vezes, por que confiar que ele será o protetor ideal dos desfavorecidos? Não seria mais coerente buscarmos um sistema que, ao descentralizar o poder, minimize as oportunidades de opressão, seja ela estatal ou corporativa?" SE NÃO ÉS DE DEFENSOR DO ESTADO O QUE ÉS? UMA VÍTIMA DO SISTEMA QUE DESENVOLVEU AFECTO PELO SISTEMA OU QUE NÃO VÊ NENHUMA ALTERNATIVA E LUTA CONTRA TUDO E TODOS QUE PROPÕEM SOLUÇÕS? ... Espero que encontres seu lugar do meio disto tudo. Contudo a minha música tem este poder: PROMOVER O DEBATE FRANCO, APROFUNDADO E CIVILIZADO. ALGO QUE PROVAVELMENTE NÃO É POSSÍVEL NO CASO DOS RESTANTES ARTISTAS ANGOLANOS. E de acordo com seu primeiro comentário se sua visão é que devo calar e concordar com tudo, conssetir ou reverberar o seu pensamento ou pensamentos aos quais nutras afinidad, lamento dizer que não o posso fazer, pois estaria a abdicar da minha própria capacidade de raciocinar.
@@skitvandarken Respondendo primeiramente a tua questão em relação a minha posição perante o Estado: Como eu escrevi antes, o Estado é um instrumento de classe e existe para servir a um senhor específico. Eu defendo o fim do Estado, mas parto de um pressuposto claro de que extinguir o Estado e manter as relações capitalistas de produção é igual a fazer nadinha de nada. O anarquismo que eu faço apologia é um anarquismo que percebe que uma sociedade sem Estado requer antes de tudo relações sociais baseadas na cooperação em detrimento da competitividade, que volta e meia seria apenas mais uma ponte para a criação de uma nova forma de Estado, e a proposta anarcocapitalista não consegue dar reposta a isso, sem querer fazer um ataque pessoal, você conseguiu deixar isto explícito ao não conseguir dar uma resposta embasada ao meu questionamento sobre o que impediria o surgimento de oligopólios com poder coercivo em uma sociedade anarcocapitalista. Hoje o mercado financeiro global é praticamente um sistema anárquico, nenhum Estado, nem mesmo o Estado Norte-americano se quisesse, teria capacidade suficiente para regulamentá-lo, isso é uma das discussões mais atuais da economia global, mas olhe, como um resultado claro das leis do "mercado-livre" meia dúzia de bancos como a BlackRock e Vanguard possuem um monopólio gigantesco sobre o sistema financeiro global. Levando ainda em conta que o mercado sem regulamentação é instável, vide a crise financeira de 2008 que precisou contar até com o Estado comunista chinês para se restabelecer, mais uma vez pergunto, o que impediria o surgimento de oligopólios com poder coercivo? O teu argumento sobre o Estado ter inúmeras vezes fracassado é bastante irrealista, o Estado de Bem-Estar, do pós segunda guerra mundial até a 1970, ainda continua a ser a era de ouro do capitalismo, a intervenção estatal e as regulamentações salvaram o capitalismo no pós Grande Depressão, as idéias econômicas de Keynes conseguiram humanizar o capitalismo, algo que o neoliberalismo e a sua expansão global simplesmente destruíram. O libertarianismo surge através dos pressupostos dos economistas neoclássicos, os pais do neoliberalismo, esses não pretendiam a extinção do Estado, queriam apenas a redução da sua participação da economia, que era na verdade um ataque claro ao Well-fare State, eles defendiam claramente os interesses dos grandes empresários que viam como necessidade o Estado voltar a atender firmemente os seus interesses. Os resultados do neoliberalismo são simplesmente desastrosos, ampliou a desigualdade e perpetuou a fome em níveis que até o próprio FMI teve que admitir esse grande fiasco, mas com isso, sendo o anarcocapitalismo bem mais "radical", como não pensar que o resultado do mesmo seria ainda mais desastrosos? E hoje nós temos o presidente da Argentina que é autoproclamado anarcocapitalista, que tem vindo a fazer várias transformações libertárias na economia que só resultaram em fiascos e desastres. Isso não seria um indicador claro da inaplicabilidade do anarcocapitalismo? E quanto a Angola, quais políticas libertárias permitiriam o país a sair da sua condição atual como país desindustrializado, exportador de comodities, servidor da dívida e capitalista dependente? Uma coisa que eu preciso enfatizar é que a empresa privada não existe para suprir necessidades, existe apenas e somente para gerar lucro e por isso sempre tende a monopólio, isso é um fato incontestável, sendo assim, para mim é partir de uma perspectiva idealista dizer que os trabalhadores teriam poder de negociação perante o empregador, dizer que as empresas simplesmente cumpririam um papel ecológico, algo que nem com regulação estatal elas cumprem hoje, e por fim dizer que a liberdade seria para todos, tipo???? Por pura curiosidade, você conhece a história da Companhia das Índias Orientais? Realmente, eu não medi o meu nível de abordagem quando fiz o primeiro comentário, desde já, peço desculpas se lhe fiz se sentir ofendido. Nós somos jovens, o nosso "país" está sem um rumo concreto, é absolutamente necessário haverem discussões do gênero, de nutrir a vontade de ir a busca por soluções e só me resta agradecer a tua predisposição para responder as minhas indagações.
@@JoaoMuand01 Concordo que extinguir o Estado sem alterar profundamente as relações sociais e econômicas seria insuficiente para alcançar a verdadeira justiça social. É aqui que o princípio da não agressão (PNA) se torna um alicerce indispensável no libertarianismo. O PNA estabelece que nenhuma pessoa ou entidade tem o direito de iniciar a agressão contra outra, seja por meio de violência física, fraude ou coerção. Esse princípio não é apenas um limite moral; ele é o fundamento que condiciona quaisquer iniciativas a se apresentarem como genuinamente libertárias. Qualquer ação ou estrutura que viole o PNA - como monopólios coercitivos, práticas exploratórias ou agressões ambientais - estaria automaticamente excluída do escopo libertário. Assim, o PNA atua como um escudo, protegendo os direitos fundamentais dos indivíduos e servindo como um critério para avaliar a legitimidade de instituições e práticas em uma sociedade descentralizada. Por exemplo, na ausência de um Estado, o PNA demandaria mecanismos comunitários para evitar que grandes corporações usem força ou coerção para se expandir ou explorar trabalhadores. Da mesma forma, iniciativas de preservação ambiental também seriam fundamentadas nesse princípio, proibindo externalidades negativas que prejudiquem outras pessoas ou comunidades. A ausência de estruturas descentralizadas que sigam o PNA permite a perpetuação de abusos de poder por parte de instituições como BlackRock e Vanguard. Aqui, o PNA poderia atuar como um contrapeso, exigindo transparência, responsabilidade e respeito às liberdades individuais. O mercado financeiro global já opera de forma quase anárquica como você bem apontou, mas isso acontece em um cenário onde os Estados continuam a atuar como garantidores de monopólios. Instituições como BlackRock e Vanguard não teriam alcançado o poder que têm sem a colaboração de políticas estatais, subsídios, bailouts, e regulamentações feitas sob medida para consolidar seus interesses. Quanto à crise de 2008, ela também ilustra como a ausência de accountability em mercados desregulados pode levar a desastres de proporções globais. No entanto, atribuí-la somente à falta de regulação é ignorar o papel que o próprio Estado desempenhou ao criar incentivos errados, como as políticas de juros baixos prolongados, e ao intervir para salvar grandes instituições em vez de permitir ajustes naturais. Sobre o Estado de Bem-Estar Social, ele de fato representou um período de maior equidade dentro do capitalismo, mas com custos significativos, incluindo a criação de dívidas públicas insustentáveis e a dependência de populações inteiras em sistemas centralizados. Não se pode negar que essa era trouxe avanços importantes, mas também é verdade que a redistribuição promovida pelo Estado é frequentemente ineficiente e sujeita a corrupção. Keynes foi crucial para estabilizar o capitalismo, mas as bases estruturais de desigualdade permaneceram intocadas. Neoliberalismo não é sinônimo de libertarianismo. Enquanto o primeiro busca moldar o mercado para beneficiar elites, o segundo prega uma descentralização genuína do poder - algo que, reconheço, é difícil de aplicar na prática sem criar novos problemas. Mas até lá vale ensaiar. Dali que no clipe deixo claro no princípio que isto é um ENSAIO LITERÁRIO. Por fim, agradeço pela menção histórica à Companhia das Índias Orientais. Ela é, de fato, um exemplo de como corporações podem se tornar Estados de fato, empregando violência e exploração para maximizar lucros. Esse exemplo reforça seu ponto de que, sem estruturas claras para limitar o poder, seja estatal ou corporativo, o risco de opressão permanece. Em conclusão, acredito que nossas diferenças não são tão grandes. Ambos desejamos uma sociedade mais justa e livre de opressões, sejam elas estatais ou corporativas. O desafio está em encontrar um modelo que equilibre liberdade, igualdade e sustentabilidade. E, como já fiz menção anteriormente minha arte consiste em criar espaço de debate aprofundado e civilizado, algo difícil de encontrar actualmente.
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Dois adversários que jogam para o mesmo resultado ❤❤❤
Angola
SKIT! grande cena... #HardcoreShit
Abraço de Lx-PT.
SKIT Grande a Rapper por excelência. Abraços de Moz🇲🇿
🫶🏾🇦🇴
Up🔥🔥🔥🔥🔥
One of the greatest of this shit
Big salute
O som está dope, é mesmo só carregar play
Super dope 👏🏿
🔥
esse me RAPresenta ! SKIT VAN DARKEN! plow!
✅✅✅
Mano @skit o mambo está 🔥🔥🔥🔥
AyoooOoo
Sup!!!
Sucesso é a melhor vingança‼️
Continua a trabalhar mano Skit, vais longe.
Aprecio a cena diretamente do Namibe.
🎉Tudo nosso
🚀🚀🔥🔥👌🏿🤝🏿
leeet's go !!! we need more artist like you !
"Pensar fora do exprectro UNITA-MPLA, até para a oposição, é uma ameaça." 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥
Dois pesos da mesma medida dão corpo ao mesmo sistema
SKIT🔥🔥
Dope 👊👊👊👊👊
Dois pesos da mesma medida dão corpo ao mesmo sistema.👏🏾👏🏾👏🏾
O kota sempre a surpreender-me, amei aos extremos a nova música, música inspiradora, menos estado e mais liberdade.✊🏿✊🏿✊🏿
Muito obrigado. Seja bem-vindo a família.
❤🔥❤🔥❤🔥❤🔥❤🔥❤🔥❤🔥
Está sim, consigo perceber 🎉❤❤
Boas. Feliz por saber que gostou 🙏
🔥🔥🔥
COM TODA VONTADE, EU SIRVO ESTA TRACK.
Caneta futurística, Skit é fora de caixa✊👏👏👏👏
Muito obrigado mano!
Parabéns 🎉🎉🎉🎉👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
Muito obrigado 🙏
Gostei do som envia só o beat para fazer remix ya
Dope
awesome ! keep propaging knowledge !
As Hip Hoppas its out dutty. Til we die! 🙏🙏🚀✅
Guiri
Muito forte!!
Darken🤝🔥
@@henriquesamericopaulo4025 o próprio 🙏
Like, só não sei o que quer dizer o refrão.
Mano essas frases de ACJ é bem contrário e triste de ver que ele acreditou e fez todo mundo acreditar que com eleições o MPLA iria sair do poder
O SKIT é Grande, infelizmente não recebe o respeito que merece, não sei se é da skin ou do bairro de onde vem.
A verdade anda a solta. 😂 Bora 🚀
@@skitvandarkenbig props ❤
Beat muito criativo, a produção no geral ficou 🔥🔥, métricas e retóricas muito bem estruturadas. Isso é arte e a arte existe para ser apreciada, máximo respeito por isso, mas no caso do conteúdo, simplesmente consegue pegar todos os elogios que eu fiz antes e jogar para o lixo. Fracamente, vocês falarem sobre capitalismo sem Estado e mostrarem uma apologia clara ao individualismo hedonista, talvez por uma dissonância cognitiva ou por pura ignorância mesmo, não possui qualquer coerência real e isso é alarmante. Angola é hoje o que é por causa do neoliberalismo, que é a doutrina de onde nasce o anarcocapitalismo. Angola vive hoje em serviço da dívida e reproduz sistematicamente um capitalismo dependente, com forme as leis do "livre-mercado".
O cartel financeiro global, em nome do lucro, cada vez mais impõe medidas rígidas de austeridade que o governo elitista do Mpla precisa aplicar sobre a nossa economia, o que de certa forma não seria diferente com a UNITA no poder, mas olhar para isso e dizer que o problema central seria o Estado ao invés do Neoliberalismo e ainda chegar a propor uma forma de Capitalismo ainda mais selvagem, que na prática nem capitalismo seria, é uma demonstração clara de falta de estudos, de senso crítico e quiça até mesmo de empatia. Contudo... Melhorem, melhorem e melhorem, nosso país se encontra estagnado e provavelmente vai continuar assim por muito tempo, mas acreditem, não é essa vossa míope anarcocapitalista que vai mudar alguma coisa.
É importante destacar que os problemas enfrentados por Angola relacionados à opressão estatal não começaram com a adesão à economia de mercado, nem podem ser atribuídos exclusivamente ao neoliberalismo. Desde a independência, o país viveu sob diferentes modelos de organização estatal, incluindo o socialismo centralizado durante a Guerra Fria, que não resultaram em prosperidade, mas em mais controle e dependência de uma elite dirigente. O fato é que a opressão estatal é uma característica intrínseca do próprio Estado, seja ele de esquerda ou de direita.
A crítica libertária ao Estado não se limita a sistemas específicos, mas à própria ideia de centralização de poder que, invariavelmente, desrespeita as liberdades individuais e impede a prosperidade espontânea que surge da cooperação voluntária. A nossa proposta anarcocapitalista, longe de ser uma utopia, baseia-se na natureza humana, que é mais eficaz na troca voluntária e na liberdade de mercado do que sob coerção estatal.
O que também chama atenção no comentário é o recurso ao ataque pessoal, uma tática típica de quem não consegue confrontar ideias com argumentos sólidos. Desviar o foco para quem propõe uma ideia ao invés de refutar a ideia em si demonstra a fraqueza de quem apoia o status quo estatal. É mais fácil demonizar quem aponta os problemas do que enfrentar o fato de que o Estado, em sua essência, opera pela força e pela extração coerciva de riqueza.
Ao invés de atacar indivíduos, seria mais produtivo analisar os resultados concretos de sistemas que centralizam poder: guerras, pobreza generalizada, corrupção endêmica e a perpetuação de desigualdades artificiais. O anarcocapitalismo, por outro lado, busca eliminar essas barreiras ao devolver o poder ao indivíduo e às comunidades por meio de contratos voluntários e cooperação livre, algo que o Estado historicamente falhou em proporcionar.
@@skitvandarken
Eu não sou defensor do Estado, porque antes de tudo o Estado é um instrumento de classe, suas instituições, suas leis e seu monopólio para o uso da força servem antes de tudo os interesses de uma classe devidamente organizada, classe essa que no caso do Estado capitalista são os grandes empresários e banqueiros, ou seja, a "opressão estatal" nesse status quo existe apenas para quem é trabalhador e pequeno empresário.
Longe de defender as ações do Mpla, mas reduzir o fracasso socialista em Angola como sendo resultado da "natureza opressiva" do Estado é uma abordagem pobre, desconsidera totalmente fatores como o fato de mais de 87% da população era analfabeta, os antigos donos de terras, empresários e grande parte da força de trabalho especializada( esmagadoramente constituída por brancos), tiveram que largar o país, não apenas por conta da busca da institucionalização do socialismo, mas igualmente por conta guerra civil vigente patrocinada pelos EUA, que foi antes de tudo o principal fator que levou a destruição de infraestruturas e de cadeias produtivas. Ao juntar esses aspectos e o fato de que o país na época recebia graves boicotes e sanções econômicas, dá pra traçar os termos exatos da abertura econômica e da entrada do FMI em 89, que supostamente seria o melhor caminho para desenvolver o país, mas como resultado hoje temos um país que vive em serviço da dívida, com 87% do OGE se destinando ao pagamento das respectivas dívidas, temos um país que hoje ocupa a mesma função de exportador de comodities que ocupava durante a era colonial, temos um país que graças a medidas de austeridades impostas por órgãos internacionais está a um abismo de distância de consolidar uma soberania alimentar, tecnológica e energética, enquanto isso os nossos próprios bancos conspiram contra a nossa estabilidade econômica junto da elite financeira global. Contudo, o centralismo partidário que já era observável durante a República Popular, apenas se aprofundou ainda mais com a abertura econômica e com a institucionalização da democracia representativa.
Seja como for, a era socialista, que mal foi erguida, não durou se quer 10 anos de fato e já lá se vão mais de 30 anos, como olhar para a situação atual e dizer que nada tem a ver com o neoliberalismo?
Eu conheço essas narrativas, conheço perfeitamente o mito do livre-mercado e do Estado mínimo, que são apenas isso, MITOS, que inclusive surgem com o fim forçado do Well-fare state nas principais economias do mundo, que era a cima de tudo uma forma ideológica que veio repetir mitos ultrapassados desde Keynes e da grande depressão como uma forma de reprimir o crescente custo da força de trabalho, gastos públicos para setores sociais, dos impostos progressivos que afetava efetivamente as maiores fortunas e das grandes empresas estatais que cresciam consideravelmente. Hoje, os EUA, que é o país que mais regrediu em matérias sociais na OCDE pela defesa fervorosa do livre-mercado, mal consegue de fato seguir arrisca os pressupostos do mítico mercado livre, tendo um Estado absolutamente protecionista do mercado interno que até já obrigou seus aliados a reduzir o volume de suas exportações como forma de salvaguardar os monopólios das suas multinacionais.
Libertarianismo passa a ser uma utopia quando você acredita que em um sistema orientado para o lucro, onde não existe um Estado para criar leis para "defender" os menos favorecidos, um pobre que apenas tem a sua força de trabalho para vender teria algum poder de negociação ao pé de quem é proprietário de grandes empresas. A única liberdade que eu consigo conceber nessas circunstâncias é a liberdade dos afortunados de explorarem os mais pobres sem a possibilidade de um Estado existir para salvaguardar os interesses dos mesmos.
Para além do mais, o Estado no capitalismo existe essencialmente para proteger a propriedade privada e resolver conflitos de interesses relacionados a titularidade de propriedade. Quando você tira o Estado de cena e o seu poder coercivo, qual seria o mecanismo que evitaria com que grandes oligopólios empresariais surgissem, ganhassem poder coercivo e usassem esse poder para se apropriar das propriedades dos menos poderosos? Quem iria impedir que, em nome do lucro, empresas gerassem colapsos ambientais?
Enfim, liberdade da opressão estatal, mas liberdade para quem?
@@JoaoMuand01
Sobre o fracasso do socialismo em Angola, reconhecemos que ele não ocorreu no vácuo. O analfabetismo, a fuga de quadros especializados, a guerra civil financiada por potências externas e os boicotes internacionais desempenharam um papel central. No entanto, isso não elimina a crítica à natureza opressiva do Estado enquanto conceito. A centralização do poder no Estado socialista angolano foi incapaz de mitigar essas crises porque a lógica de comando e controle é inerentemente ineficiente e tende a agravar problemas, especialmente em contextos de instabilidade.
Quanto ao neoliberalismo, é importante separar o mito da prática. Os modelos de 'livre mercado' implementados sob a tutela do FMI e do Banco Mundial foram carregados de medidas que beneficiam elites e mantêm países como Angola presos a estruturas coloniais, como a exportação de commodities. Isso não é o mercado livre de que libertários falam, mas sim políticas de 'mercado dirigido', onde o poder estatal ainda escolhe vencedores e perdedores. O endividamento e a austeridade não são consequências do livre mercado; são frutos de intervenções econômicas falhas que buscam centralizar o controle sob novos atores.
Sobre a questão do poder de negociação dos trabalhadores em um sistema sem Estado, a crítica libertária vê o Estado como criador e mantenedor das desigualdades que menciona. Monopólios e oligopólios não emergem em um mercado verdadeiramente livre, mas em mercados distorcidos por regulamentações e subsídios estatais que favorecem os grandes em detrimento dos pequenos. Sem o Estado para proteger os privilegiados, empresas dependem da satisfação voluntária dos consumidores e trabalhadores, algo que incentiva competição e inovação.
Quanto à exploração, a proposta libertária enfatiza contratos voluntários e a descentralização do poder como mecanismos naturais de equilíbrio. Se uma empresa adquire poder coercitivo, isso já não é mercado livre - é a recriação de um 'mini-estado' empresarial. Portanto, a defesa do anarcocapitalismo é justamente contra qualquer forma de concentração de poder, seja estatal ou corporativa.
Quanto ao meio ambiente, a visão libertária propõe uma gestão de recursos baseada em direitos de propriedade claramente definidos. Quem polui deve reparar o dano, e a descentralização incentiva soluções locais mais eficazes. A responsabilidade ambiental em um mercado livre é reforçada pela pressão direta de comunidades afetadas, sem a burocracia ineficiente de um Estado centralizado.
Por fim, liberdade da opressão estatal é liberdade para todos, especialmente para os que mais sofrem sob as estruturas de poder centralizado. O Estado historicamente falha em proteger os vulneráveis e muitas vezes os utiliza como pretexto para expandir seu controle. Não propomos uma utopia perfeita, mas um caminho contínuo em direção à liberdade genuína, onde o poder é descentralizado e as relações humanas são voluntárias e não coercitivas. A questão que deixo é: se o Estado falhou tantas vezes, por que confiar que ele será o protetor ideal dos desfavorecidos? Não seria mais coerente buscarmos um sistema que, ao descentralizar o poder, minimize as oportunidades de opressão, seja ela estatal ou corporativa?" SE NÃO ÉS DE DEFENSOR DO ESTADO O QUE ÉS? UMA VÍTIMA DO SISTEMA QUE DESENVOLVEU AFECTO PELO SISTEMA OU QUE NÃO VÊ NENHUMA ALTERNATIVA E LUTA CONTRA TUDO E TODOS QUE PROPÕEM SOLUÇÕS? ... Espero que encontres seu lugar do meio disto tudo.
Contudo a minha música tem este poder: PROMOVER O DEBATE FRANCO, APROFUNDADO E CIVILIZADO. ALGO QUE PROVAVELMENTE NÃO É POSSÍVEL NO CASO DOS RESTANTES ARTISTAS ANGOLANOS. E de acordo com seu primeiro comentário se sua visão é que devo calar e concordar com tudo, conssetir ou reverberar o seu pensamento ou pensamentos aos quais nutras afinidad, lamento dizer que não o posso fazer, pois estaria a abdicar da minha própria capacidade de raciocinar.
@@skitvandarken
Respondendo primeiramente a tua questão em relação a minha posição perante o Estado: Como eu escrevi antes, o Estado é um instrumento de classe e existe para servir a um senhor específico. Eu defendo o fim do Estado, mas parto de um pressuposto claro de que extinguir o Estado e manter as relações capitalistas de produção é igual a fazer nadinha de nada.
O anarquismo que eu faço apologia é um anarquismo que percebe que uma sociedade sem Estado requer antes de tudo relações sociais baseadas na cooperação em detrimento da competitividade, que volta e meia seria apenas mais uma ponte para a criação de uma nova forma de Estado, e a proposta anarcocapitalista não consegue dar reposta a isso, sem querer fazer um ataque pessoal, você conseguiu deixar isto explícito ao não conseguir dar uma resposta embasada ao meu questionamento sobre o que impediria o surgimento de oligopólios com poder coercivo em uma sociedade anarcocapitalista.
Hoje o mercado financeiro global é praticamente um sistema anárquico, nenhum Estado, nem mesmo o Estado Norte-americano se quisesse, teria capacidade suficiente para regulamentá-lo, isso é uma das discussões mais atuais da economia global, mas olhe, como um resultado claro das leis do "mercado-livre" meia dúzia de bancos como a BlackRock e Vanguard possuem um monopólio gigantesco sobre o sistema financeiro global. Levando ainda em conta que o mercado sem regulamentação é instável, vide a crise financeira de 2008 que precisou contar até com o Estado comunista chinês para se restabelecer, mais uma vez pergunto, o que impediria o surgimento de oligopólios com poder coercivo?
O teu argumento sobre o Estado ter inúmeras vezes fracassado é bastante irrealista, o Estado de Bem-Estar, do pós segunda guerra mundial até a 1970, ainda continua a ser a era de ouro do capitalismo, a intervenção estatal e as regulamentações salvaram o capitalismo no pós Grande Depressão, as idéias econômicas de Keynes conseguiram humanizar o capitalismo, algo que o neoliberalismo e a sua expansão global simplesmente destruíram.
O libertarianismo surge através dos pressupostos dos economistas neoclássicos, os pais do neoliberalismo, esses não pretendiam a extinção do Estado, queriam apenas a redução da sua participação da economia, que era na verdade um ataque claro ao Well-fare State, eles defendiam claramente os interesses dos grandes empresários que viam como necessidade o Estado voltar a atender firmemente os seus interesses. Os resultados do neoliberalismo são simplesmente desastrosos, ampliou a desigualdade e perpetuou a fome em níveis que até o próprio FMI teve que admitir esse grande fiasco, mas com isso, sendo o anarcocapitalismo bem mais "radical", como não pensar que o resultado do mesmo seria ainda mais desastrosos? E hoje nós temos o presidente da Argentina que é autoproclamado anarcocapitalista, que tem vindo a fazer várias transformações libertárias na economia que só resultaram em fiascos e desastres. Isso não seria um indicador claro da inaplicabilidade do anarcocapitalismo?
E quanto a Angola, quais políticas libertárias permitiriam o país a sair da sua condição atual como país desindustrializado, exportador de comodities, servidor da dívida e capitalista dependente?
Uma coisa que eu preciso enfatizar é que a empresa privada não existe para suprir necessidades, existe apenas e somente para gerar lucro e por isso sempre tende a monopólio, isso é um fato incontestável, sendo assim, para mim é partir de uma perspectiva idealista dizer que os trabalhadores teriam poder de negociação perante o empregador, dizer que as empresas simplesmente cumpririam um papel ecológico, algo que nem com regulação estatal elas cumprem hoje, e por fim dizer que a liberdade seria para todos, tipo???? Por pura curiosidade, você conhece a história da Companhia das Índias Orientais?
Realmente, eu não medi o meu nível de abordagem quando fiz o primeiro comentário, desde já, peço desculpas se lhe fiz se sentir ofendido. Nós somos jovens, o nosso "país" está sem um rumo concreto, é absolutamente necessário haverem discussões do gênero, de nutrir a vontade de ir a busca por soluções e só me resta agradecer a tua predisposição para responder as minhas indagações.
@@JoaoMuand01 Concordo que extinguir o Estado sem alterar profundamente as relações sociais e econômicas seria insuficiente para alcançar a verdadeira justiça social. É aqui que o princípio da não agressão (PNA) se torna um alicerce indispensável no libertarianismo.
O PNA estabelece que nenhuma pessoa ou entidade tem o direito de iniciar a agressão contra outra, seja por meio de violência física, fraude ou coerção. Esse princípio não é apenas um limite moral; ele é o fundamento que condiciona quaisquer iniciativas a se apresentarem como genuinamente libertárias. Qualquer ação ou estrutura que viole o PNA - como monopólios coercitivos, práticas exploratórias ou agressões ambientais - estaria automaticamente excluída do escopo libertário. Assim, o PNA atua como um escudo, protegendo os direitos fundamentais dos indivíduos e servindo como um critério para avaliar a legitimidade de instituições e práticas em uma sociedade descentralizada.
Por exemplo, na ausência de um Estado, o PNA demandaria mecanismos comunitários para evitar que grandes corporações usem força ou coerção para se expandir ou explorar trabalhadores. Da mesma forma, iniciativas de preservação ambiental também seriam fundamentadas nesse princípio, proibindo externalidades negativas que prejudiquem outras pessoas ou comunidades.
A ausência de estruturas descentralizadas que sigam o PNA permite a perpetuação de abusos de poder por parte de instituições como BlackRock e Vanguard. Aqui, o PNA poderia atuar como um contrapeso, exigindo transparência, responsabilidade e respeito às liberdades individuais.
O mercado financeiro global já opera de forma quase anárquica como você bem apontou, mas isso acontece em um cenário onde os Estados continuam a atuar como garantidores de monopólios. Instituições como BlackRock e Vanguard não teriam alcançado o poder que têm sem a colaboração de políticas estatais, subsídios, bailouts, e regulamentações feitas sob medida para consolidar seus interesses.
Quanto à crise de 2008, ela também ilustra como a ausência de accountability em mercados desregulados pode levar a desastres de proporções globais. No entanto, atribuí-la somente à falta de regulação é ignorar o papel que o próprio Estado desempenhou ao criar incentivos errados, como as políticas de juros baixos prolongados, e ao intervir para salvar grandes instituições em vez de permitir ajustes naturais.
Sobre o Estado de Bem-Estar Social, ele de fato representou um período de maior equidade dentro do capitalismo, mas com custos significativos, incluindo a criação de dívidas públicas insustentáveis e a dependência de populações inteiras em sistemas centralizados. Não se pode negar que essa era trouxe avanços importantes, mas também é verdade que a redistribuição promovida pelo Estado é frequentemente ineficiente e sujeita a corrupção. Keynes foi crucial para estabilizar o capitalismo, mas as bases estruturais de desigualdade permaneceram intocadas.
Neoliberalismo não é sinônimo de libertarianismo. Enquanto o primeiro busca moldar o mercado para beneficiar elites, o segundo prega uma descentralização genuína do poder - algo que, reconheço, é difícil de aplicar na prática sem criar novos problemas. Mas até lá vale ensaiar. Dali que no clipe deixo claro no princípio que isto é um ENSAIO LITERÁRIO.
Por fim, agradeço pela menção histórica à Companhia das Índias Orientais. Ela é, de fato, um exemplo de como corporações podem se tornar Estados de fato, empregando violência e exploração para maximizar lucros. Esse exemplo reforça seu ponto de que, sem estruturas claras para limitar o poder, seja estatal ou corporativo, o risco de opressão permanece.
Em conclusão, acredito que nossas diferenças não são tão grandes. Ambos desejamos uma sociedade mais justa e livre de opressões, sejam elas estatais ou corporativas. O desafio está em encontrar um modelo que equilibre liberdade, igualdade e sustentabilidade. E, como já fiz menção anteriormente minha arte consiste em criar espaço de debate aprofundado e civilizado, algo difícil de encontrar actualmente.