Cristiano de Sousa. O Cacilheiro. Cafe Luso. 2011

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 12 сен 2024
  • Autores: Ary dos Santos / Paulo de Carvalho
    Lá vai no mar da palha o cacilheiro
    Comboio de Lisboa sobre a água
    Cacilhas e Seixal, Montijo mais Barreiro
    Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa
    Na ponte passam carros e turistas
    Iguais a todos que há no mundo inteiro
    Mas, embora mais caras, a ponte não tem vistas
    Como as dos peitoris do cacilheiro
    Leva namorados, marujos, soldados e trabalhadores
    E parte de um cais que cheira a jornais, morangos e flores
    Regressa contente, levou muita gente e nunca se cansa
    Parece um barquinho lançado no Tejo por uma criança
    Num carreirinho aberto pela espuma
    Lá vai o cacilheiro, Tejo à solta
    E as ruas de Lisboa, sem ter pressa nenhuma
    Tiraram um bilhete de ida e volta
    Alfama, Madragoa, Bairro Alto
    Tu cá-tu lá num barco de brincar
    Metade de Lisboa à espera do asfalto
    E já meia saudade a navegar
    Leva namorados, marujos, soldados e trabalhadores
    E parte de um cais que cheira a jornais, morangos e flores
    Regressa contente, levou muita gente e nunca se cansa
    Parece um barquinho lançado no Tejo por uma criança
    Se um dia o cacilheiro for embora
    Fica mais triste o coração da água
    E o povo de Lisboa dirá, como quem chora
    Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa
    E o povo de Lisboa dirá, como quem chora
    Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa

Комментарии •