Não, PedroPaulo, o Curso de Letras só me deu mesmo o diploma. O ponto de incentivo maior foram os excelentes professores que tive no primeiro grau. Depois, incrementei sozinho o que sei. Dar aula foi a maior fonte de pesquisa e aprimoramento a vida inteira. Um abraço grande!
Bom dia, professor. Um assunto da Gramática vem me gerando dúvidas em algumas construções: a distinção entre Objeto Indireto e Adjunto Adverbial. Sei que o OI é um complemento de sentido de alguns verbos regido por alguma preposição (preciso de, gosto de etc.). O Adj. Adv., por sua vez, é um termo acessório que acrescenta uma informação à ideia apresentada. No entanto, a dúvida surge em construções como esta: "Há quem veja esperança na obra de Sófocles." O verbo "ver" tem seu sentido completado por "esperança", mas a expressão "na obra de Sófocles" me parece ser essencial para compreender a ideia geral das orações, então como classificá-la: Adj. Adv. ou OI? Enfim, existe uma sutileza em algumas construções que confunde a classificação das Gramáticas. Se for possível, eu ficaria agradecido se o senhor explorasse esse tema. Agradeço desde já.
Harlley, tudo bem? Uma boa forma de você dissipar esta sua dúvida seria trabalhar com o deslocamento dentro da própria frase. Lembre que OI é termo integrante, fundamental, portanto, ao entendimento do verbo, devendo ficar, em condições normais, apegado ao regente(verbo). Veja os deslocamentos: Na obra de de Sófocles, há quem veja esperança. Há quem veja, na obra de Sófocles, esperança. Perceba que o objeto exigido pelo verbo é apenas “esperança”(OD) com sentido genérico. Se você entender “na obra de Sófocles” como OI, estaria restringindo, limitando o sentido do verbo “ver”, o que não é definitivamente a intenção contextual, ok? Assim, o termo em questão é mesmo ADJ. ADV., o qual pode, por conseguinte, ter liberdade de deslocamento dentro da frase, visto ser acessório, não integrante.
Perfeita essa explicação, professor. Realmente eu não havia me atentado à possibilidade de deslocamento do adj. adv. Portanto, se eu deslocar um termo e o verbo se tornar então vago de sentido, essa estrutura deslocada pode ser um OI. Obrigado pelo esclarecimento!
O mestre que você nunca esquece. O legado dele é nada menos que a Lara! Orgulhoso como homem, marido e Pai, pode apostar.
Inteligentíssimo. Conteúdo rico, parabéns
Boa noite, professor Mário. Ótimo vídeo. Muito obrigado e fique com Deus.
Poema apoteótico!
Excelente vídeo, professor!🎉
Que aula maravilhosa. OBRIGADA POR COMPARTILHAR CONOSCO SEUS CONHECIMENTOS... A MÁXIMA É.. AQUELE QUE DIVIDE MULTIPLICA.
Aula maravilhosa.
Muito bom e esclarecedor
Pro, obrigada pela aula!❤
Muito bom!
Esse foi o primeiro vídeo q assisti, amei;prof, a sua didática e ótima. Me diverti com o vídeo " Jesus pediu que amassemos uns aos outros "
Verbos, curto muito.
Professor Mário, uma pergunta boba: aprende-se isso e mais sobre gramática na faculdade de letras? Abração e obrigado por mais uma aula!
Não, PedroPaulo, o Curso de Letras só me deu mesmo o diploma.
O ponto de incentivo maior foram os excelentes professores que tive no primeiro grau.
Depois, incrementei sozinho o que sei.
Dar aula foi a maior fonte de pesquisa e aprimoramento a vida inteira.
Um abraço grande!
Bom dia, professor.
Um assunto da Gramática vem me gerando dúvidas em algumas construções: a distinção entre Objeto Indireto e Adjunto Adverbial.
Sei que o OI é um complemento de sentido de alguns verbos regido por alguma preposição (preciso de, gosto de etc.). O Adj. Adv., por sua vez, é um termo acessório que acrescenta uma informação à ideia apresentada.
No entanto, a dúvida surge em construções como esta:
"Há quem veja esperança na obra de Sófocles."
O verbo "ver" tem seu sentido completado por "esperança", mas a expressão "na obra de Sófocles" me parece ser essencial para compreender a ideia geral das orações, então como classificá-la: Adj. Adv. ou OI?
Enfim, existe uma sutileza em algumas construções que confunde a classificação das Gramáticas. Se for possível, eu ficaria agradecido se o senhor explorasse esse tema.
Agradeço desde já.
Harlley, tudo bem?
Uma boa forma de você dissipar esta sua dúvida seria trabalhar com o deslocamento dentro da própria frase.
Lembre que OI é termo integrante, fundamental, portanto, ao entendimento do verbo, devendo ficar, em condições normais, apegado ao regente(verbo).
Veja os deslocamentos: Na obra de de Sófocles, há quem veja esperança.
Há quem veja, na obra de Sófocles, esperança.
Perceba que o objeto exigido pelo verbo é apenas “esperança”(OD) com sentido genérico.
Se você entender “na obra de Sófocles” como OI, estaria restringindo, limitando o sentido do verbo “ver”, o que não é definitivamente a intenção contextual, ok?
Assim, o termo em questão é mesmo ADJ. ADV., o qual pode, por conseguinte, ter liberdade de deslocamento dentro da frase, visto ser acessório, não integrante.
Passou um “de”em “Na obra de Sófocles”.
Desculpe! Um abração!
Perfeita essa explicação, professor.
Realmente eu não havia me atentado à possibilidade de deslocamento do adj. adv.
Portanto, se eu deslocar um termo e o verbo se tornar então vago de sentido, essa estrutura deslocada pode ser um OI.
Obrigado pelo esclarecimento!