Conteúdo excelente. Mas fiquei com dúvidas. Por exemplo no caso da saudade. Nos temos uma palavra para descrever um evento.os estados unidos quando uma mãe sente falta de um filho que foi para longe.ela diz" I miss you so much " . Ou seja não têm uma única palavra mas sentem o mesmo que nós e dizem varias palavras para o descrever. A tristeza no Taiti deve seguir o mesmo padrão se alguem morre e a pessoa fica " cansado" está a trocar o adjectivo mas o resultado é idêntico. Agora não há duvida que o significado que damos aos gatilhos exteriores mudam a forma como sentimos , reagimos. 🤔
É uma questão que faz todo o sentido! Para ajudar a compreender porque é que uma palavra que descreve uma emoção pode determinar a forma como sentimos a emoção, precisamos de compreender como funciona o Desenvolvimento da Linguagem e Aprendizagem de Palavras, segundo a Teoria das Emoções Construídas. Existem três níveis: Associação com o Mundo Sensorial (Nível 1): Desde cedo, os bebés começam a associar palavras a objetos concretos e que podem ser percebidos pelos sentidos. Por exemplo, ao ouvir a palavra "pássaro", a criança pode observar um pássaro real no ambiente. Nesse nível, a aprendizagem é direta e baseada em associações perceptivas com o mundo físico. Categorização por Função (Nível 2): À medida que as crianças se desenvolvem, começam a compreender as funções dos objetos e categorizá-los por essas características. Por exemplo, quando a criança ouve a palavra "avião", ela entende que, embora não seja um pássaro, o avião é uma máquina que voa, assim como o pássaro, e que serve para transportar pessoas. Neste nível, o cérebro humano usa a função de objetos para criar categorias mais amplas que ligam diferentes conceitos. Conceitos Abstratos (Nível 3): O passo seguinte no desenvolvimento da linguagem é a capacidade de criar e compreender categorias que não estão ligadas diretamente ao mundo sensorial. Aqui entram conceitos abstratos, como “amor” ou “justiça”, que não podem ser diretamente observados, mas são construídos a partir de experiências emocionais e sociais complexas. Esta capacidade de abstração é fundamental para a compreensão de emoções e pensamentos mais sofisticados. Assim como aprendemos a associar palavras com objetos físicos, aprendemos também a associar termos emocionais com estados internos e situações sociais. Ou seja, são conceitos abstratos que aprendemos e que são influenciados pela nossa cultura, pelos nossos pais e pelos atores sociais com quem convivemos. Se nunca fomos expostos a determinados conceitos, pode ser possível que não os sintamos, na medida em que não os compreendemos e não lhes daremos esse mesmo significado. Faz sentido? ☺
Conteúdo super interessante, e que de facto deixa a pensar. Obrigada pela partilha Amália!
Obrigada pelo feedback! Este livro vira o conhecimento do avesso, ou pelo menos desafia-nos a fazê-lo!
Conteúdo excelente. Mas fiquei com dúvidas. Por exemplo no caso da saudade. Nos temos uma palavra para descrever um evento.os estados unidos quando uma mãe sente falta de um filho que foi para longe.ela diz" I miss you so much " .
Ou seja não têm uma única palavra mas sentem o mesmo que nós e dizem varias palavras para o descrever.
A tristeza no Taiti deve seguir o mesmo padrão se alguem morre e a pessoa fica " cansado" está a trocar o adjectivo mas o resultado é idêntico.
Agora não há duvida que o significado que damos aos gatilhos exteriores mudam a forma como sentimos , reagimos.
🤔
É uma questão que faz todo o sentido! Para ajudar a compreender porque é que uma palavra que descreve uma emoção pode determinar a forma como sentimos a emoção, precisamos de compreender como funciona o Desenvolvimento da Linguagem e Aprendizagem de Palavras, segundo a Teoria das Emoções Construídas. Existem três níveis: Associação com o Mundo Sensorial (Nível 1): Desde cedo, os bebés começam a associar palavras a objetos concretos e que podem ser percebidos pelos sentidos. Por exemplo, ao ouvir a palavra "pássaro", a criança pode observar um pássaro real no ambiente. Nesse nível, a aprendizagem é direta e baseada em associações perceptivas com o mundo físico.
Categorização por Função (Nível 2): À medida que as crianças se desenvolvem, começam a compreender as funções dos objetos e categorizá-los por essas características. Por exemplo, quando a criança ouve a palavra "avião", ela entende que, embora não seja um pássaro, o avião é uma máquina que voa, assim como o pássaro, e que serve para transportar pessoas. Neste nível, o cérebro humano usa a função de objetos para criar categorias mais amplas que ligam diferentes conceitos.
Conceitos Abstratos (Nível 3): O passo seguinte no desenvolvimento da linguagem é a capacidade de criar e compreender categorias que não estão ligadas diretamente ao mundo sensorial. Aqui entram conceitos abstratos, como “amor” ou “justiça”, que não podem ser diretamente observados, mas são construídos a partir de experiências emocionais e sociais complexas. Esta capacidade de abstração é fundamental para a compreensão de emoções e pensamentos mais sofisticados. Assim como aprendemos a associar palavras com objetos físicos, aprendemos também a associar termos emocionais com estados internos e situações sociais. Ou seja, são conceitos abstratos que aprendemos e que são influenciados pela nossa cultura, pelos nossos pais e pelos atores sociais com quem convivemos. Se nunca fomos expostos a determinados conceitos, pode ser possível que não os sintamos, na medida em que não os compreendemos e não lhes daremos esse mesmo significado. Faz sentido? ☺