Pontos de Exu e Pombagira

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 29 сен 2024
  • Imagem: Martin Liebermann - www.martin-liebermann.de
    Vocal:
    Marco Antonio
    Coro:
    Elsie
    Michele
    Rosa
    Tereza Cristina
    Percussão:
    Marco Antônio
    Paulo Roboredo
    Letras dos pontos:
    Vai dar a meia-noite,
    Meus irmãos,
    Doze horas já bateu.
    Levanta quem está sentado,
    Meus irmãos,
    Pra salvar o povo seu.
    Dá licença, a encruzilhada
    O cemitério
    E a porteira também.
    Seu Ogum me dá licença,
    Para esse Exu passar.
    Mas ele é um Exu guerreiro,
    Vem trazendo forças
    Para o nosso terreiro.
    Já era meia-noite
    Quando seu Exu chegou.
    Vinha de terno e gravata,
    Dizendo que era doutor.
    Exu da meia-noite,
    Exu da madrugada.
    Agora, diz que na Umbanda,
    Sem Exu não se faz nada.
    Larô Exu, Larô Exu, Larô.
    Seu Malandrinho,
    Que é ganga, chegou.
    Ele traz muita força,
    Ele pisa mansinho.
    Salve o Povo da Rua,
    Salve a coroa
    Do seu Malandrinho.
    Amanheceu,
    Brilhou o sol.
    Anoiteceu,
    Brilhou a lua.
    Vinha passando pelo encruzo,
    Eu avistei seu Tranca-rua.
    Fiz um pedido com fé,
    O meu pedido ele atendeu.
    Perguntei onde é sua morada
    E ele assim me respondeu:
    Eu morri em Nazaré,
    Moro na encruzilhada,
    Sou Tranca-rua de Embaé.
    Deu um clarão na encruzilhada
    E do clarão,
    Ouviu-se uma gargalhada.
    Não era o sol, nem era a lua.
    O que brilhava
    Era a luz de Tranca-rua.
    Eu entrei no cemitério,
    No cruzeiro eu fui rezar.
    Saravei seu Omulu,
    Com João Caveira eu fui falar.
    Ele é rei lá na calunga,
    O cruzeiro é seu altar.
    Se fizer pedido a ele,
    Faz na fé de Oxalá.
    Vinha passando no encruzo,
    Um homem de branco
    Me apareceu.
    Perguntei quem era o rei,
    Sete Encruzilhadas
    Quem me respondeu.
    Mas ele é o rei,
    Mas ele é o rei.
    Salve Sete Encruzilhadas
    Desde a hora
    Em que eu chamei.
    Exu,
    Morador da encruzilhada,
    Firma seu ponto
    Com sete facas cruzadas.
    Filho de Umbanda
    Que merecer,
    Chama Sete Encruzilhadas
    Que ele vem lhe defender.
    Eu vi Exu dando gargalhada,
    Com um charuto na mão,
    Com uma capa bordada.
    Mas ele é Exu Tiriri,
    Veio da encruzilhada
    Pra firmar seu ponto aqui.
    Exu saravou Umbanda.
    Exu saravou congá.
    Boa noite, banda,
    Exu vai girar.
    Boa noite, banda,
    Até quando ele voltar.
    Arreda homem
    Que aí vem mulher.
    Ela é a Pomba-gira
    Rainha do cabaré.
    A Molambo vem na frente
    Pra mostrar quem ela é.
    Pomba-gira no reino
    É uma beleza!
    Eu nunca vi
    Um Exu assim,
    Ela é madeira
    Que não dá cupim.
    Umbanda,
    Sua rainha chegou.
    Umbanda,
    Mais uma estrela brilhou.
    Ô! Salve! Salve a Pomba-gira.
    Veio da encruzilhada
    Para alegrar nossa gira.
    Ô! Salve seu ponteiro de aço,
    O seu ponto riscado
    Que corta todo o embaraço.
    Era meia-noite,
    Lá na calunga,
    Pomba-gira apareceu.
    Iluminada pela lua,
    Com a sua pele nua,
    Um sorriso ela deu.
    Mas ela é, ela é, ela é
    Pomba-gira da Calunga,
    Uma formosa mulher.
    Quem nesse mundo
    Nunca conheceu
    Ou nesse mundo
    Não ouviu falar.
    De uma cigana,
    Que mora naquela estrada,
    Ela tem sua morada
    Sob o clarão do luar.
    Cigana da Estrada,
    Moça poderosa!
    Me dê sua proteção
    Ciganinha formosa.
    Ela é a Pomba-gira das rosas,
    A moça formosa
    Que exala o perfume no ar.
    Mora na calunga pequena,
    Tem sua pele morena
    E os olhos da cor do mar.
    Mas ela é a certeza e a bondade.
    Praticou a sua caridade
    Nos caminhos por onde passou.
    Ela é a verdadeira nobreza,
    Fruto de amor e pureza
    Que na Umbanda germinou.
    Nasceu no cruzeiro das almas
    Uma roseira
    Que já deu flor.
    Entre elas uma rosa
    Que em uma linda
    Mulher se transformou.
    Praticando sua caridade
    Com muito amor
    Exalando harmonia
    Como o perfume da flor.
    Ela é moça bonita,
    É faceira e formosa.
    Pomba-gira do Cruzeiro
    É a mais bela das rosas.
    Era meia-noite no cais,
    Uma linda morena
    Que bebia demais.
    O navio apitava,
    Ela corria.
    E na encruzilhada,
    Pomba-gira sorria.
    Ai! Quem me dera
    Ter uma casa
    Bonita como a dela.
    Não tinha teto,
    Nem parede, nem o chão.
    A casa da Cigana
    Fica no meu coração.
    Maria Padilha,
    Você é a flor-mulher,
    Que pratica a caridade
    Para aqueles que tem fé.
    Você é a rosa
    Que perfuma a Umbanda,
    Vencedora de demanda
    Venha de onde vier.
    Maria Padilha,
    Não me deixe andar sozinho,
    Ponha rosas sem espinhos
    No caminho onde eu passar.
    Maria Padilha,
    Não me deixe andar sozinho,
    Faça um tapete de rosas
    Pra que eu possa caminhar.
    Maria Molambo,
    Ela mereceu ganhar.
    Ganhar o que ganhou.
    Foram sete rosas na calunga,
    Um par de brincos
    E uma saia de cetim.
    Como tudo isso não bastasse,
    Ela ganhou uma coroa de Atotô.
    Atotô, meu pai,
    Atotô, meu senhor.
    Maria Molambo
    Mereceu o que ganhou.
    Canto, em homenagem a Malandro.
    Com seu sorriso tão franco
    Honrando com amor sua missão.
    Faz da sua corrente altaneira.
    Caridade é a sua bandeira.
    Quero lhe louvar de coração.

Комментарии • 27