Flores de Maçanilha - 6º Esteio da Poesia

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  • Опубликовано: 24 окт 2024
  • Flores de Maçanilha - 6º Esteio da Poesia

Комментарии • 4

  • @bgvisualgrafica
    @bgvisualgrafica Год назад

    Simplesmente show. Parabéns Paula👏👏👏🙏

  • @vicenteminervino5686
    @vicenteminervino5686 2 года назад +1

    Será uma honra para mim mesmo na minha forma modesta poder interagir com este público maravilhoso. Abraços!!

  • @mariacandidacordovawolff5071
    @mariacandidacordovawolff5071 Год назад +1

    Sem palavras! Maravilhosa

  • @marianepolet6561
    @marianepolet6561 2 года назад +1

    A mão de pegar na pena, traçar caminhos de tinta, a mão de inventar palavras, do anjo, cortou as asas, da boca, calou o grito… ……………………...
    Maria Rosa, “Rosinha”, perfume de maçanilha nos ruivos cachos de seda, olhar azul de céu claro e pele alva manchada das ferrugens desenhadas pelas mãos da mãe de Deus.
    Rosinha, uma criança, caiu nas garras afiadas de um inventor de palavras que nasceu sem coração... Botas bem enceradas, camisa branca, bombacha, guaiaca cheia de letras e o dom de ganhar prestígio diante da multidão...
    Rosinha saiu afoita pelo campo, em disparada. Rosto miúdo, corada, chapéu de palha e sorriso, sol grande a queimar a tarde na sexta-feira minguante de um fim de mês tão minguado. Par de sandálias pobres, pernas finas, dedos magros, estrada de poeira e vento…
    “Trouxe um recado do pai…” Não fosse o gole de água, mais o olhar curioso espichado lá pra dentro, Rosinha, uma criança, continuaria criança e jamais carregaria cicatrizes de tormentas… Imagens santas no altar, livros, papéis, brinquedos, certo carinho nos dedos, certa ternura no olhar. Rosinha pouco entendeu... O inventor de palavras roubou, sem qualquer piedade, a pureza em tenra idade, prum verso que ninguém leu. …………………………………. O sal que encharca lençóis, enruga a pele, mancha o rosto, desbota paredes e retratos. A dor da carne ferida se estende por toda a vida, endurece corpo e alma na rudeza desses atos. Alguns sequer se dão conta das armadilhas forjadas em atalhos de imensidão. Por vezes, sem direção, caem nas redes, viram caça desses que fazem fumaça para atrair inocentes no mais horrendo dos crimes. São crianças! São meninas! São filhos! São inocentes! Até quando, minha gente? Até quando, ignorar? Elas não sabem gritar, são Flores de Maçanilha.
    Entre os senhores “distintos”, inventores de palavras, existem muitos covardes discursando pra enganar… Botando a culpa num “João”, que não nasceu para a lida, botando a culpa num “Chico”, que pouco sabe falar. Estes senhores das letras, das palavras inventadas, habitam encruzilhadas, disfarçam o tom da voz. Convivem juntos de nós que nos dizemos do bem com nossos filhos reféns, mas fazendo vistas grossas. Julgamos e condenamos em diversas situações… Futebol ou religiões, política em redes sociais, na defesa de animais ou na escolha de cantores. E os verdadeiros valores? Pode ser que a consciência, de mãos dadas co’a justiça, consiga mudar a cena desse quadro tão cruel. Que meninas e meninos sejam somente crianças e que as asas, desses anjos, não se cortem nunca mais. Que todos possam ter voz! São Flores de Maçanilha! São nossos filhos e filhas! Sejamos, de fato, pais!