Sempre que vejo um filme do Michael Bay, lembro daquela experiência (hoje já relativamente famosa) feita com prisioneiros americanos antes do aparecimento da televisão. Após dez anos sem ir ao cinema, eles simplesmente não conseguiam mais acompanhar e entender os novos filmes devido ao aumento relativo da velocidade da montagem. Hoje, nos filmes do Michael Bay e do Paul Greengrass, nós quase conseguimos ver os 24 quadros por segundo... haha. A diferença está no aspecto narrativo mesmo. O Greengrass (e os irmãos Russo nas cenas de pancadaria) têm uma preocupação maior com os personagens e com a história que está sendo contada (e isto dialoga mais com a nossa noção profunda de cinema, que é essencialmente narrativa), já o Bay está mais preocupado com os estímulos sensoriais, ao ponto de se tornar quase abstrato no meio de tantas explosões (é como se dessem umas dinamites e umas toneladas de cgi para o Jackson Pollack fazer uns quadros). Sempre achei as cenas de perseguição do Bay muito boas. Há momentos de deleite puro em "Pearl Harbor", "A ilha" e "Transformers" (principalmente no primeiro). O problema é todo o resto. Como vc disse, nos filmes do Bay, os personagens são meras peças que se movimentam de lá pra cá e que estão no quadro apenas para serem destruídas em meio ao espetáculo. Essa destruição de corpos meio anódina, sem consequências e sem peso (dificilmente alguém é dilacerado graficamente ou morre frontalmente nos filmes do Bay, as pessoas simplesmente desaparecem em meio a explosões ou são soterradas por blocos de metal e concreto digitais), me parece um espelho do nosso tempo. Eu tenho uma certa resistência a esta tendência de banalização da morte em massa de alguns blockbusters. E no caso do Bay, há também uma certa banalização da vida. Ela não importa muito, o que interessa são os objetos em processo de fragmentação (os robôs, os carros, os aviões). Ok, talvez esse meu ponto de vista encerre um pouco de moralismo... Na realidade, também fico fascinado esteticamente quando vejo um carro se transformando em um robô ou uma nave alienígena destruindo um prédio cheio de gente, mas, pensando bem, se isto for a única razão de existência de um filme, prefiro ficar só com o trailer. "Fury road", "Velocidade máxima" e "Gravidade", por exemplo, também só possuem um fio de história (basicamente, os personagens precisam ir do ponto A ao ponto B), mas, entre uma sequência de ação e outra, há todo um cuidado com o tecido dramático que alinhava as cenas. Há um compromisso com os personagens, etc. (entre tantos outros elementos que fazem deles, na minha opinião, grandes filmes). Valeu, ótimo vídeo.
Eu concordo com essa banalização da vida. A preocupação dele é realmente material. E os filmes acabam se assumindo como experiências formais. Nisso tanto uma dimensão psicológica como até humana acaba se perdendo. Mesmo assim, consigo enxergar uma relação dramática que é articulada pela forma. Uma narrativa de sensações que envolve algumas sutilezas. Mas entendo completamente quem não curta o cinema dele por esses motivos. Rola mesmo uma rejeição pelo caráter humano dos personagens. Inclusive a própria temática dos filmes (robôs, militarização, gente bombada) reforça isso.
Essa discussão que vc trouxe no vídeo foi uma das que mais rendeu polêmicas ao longo da minha graduação. Eu me lembro que um dos filmes mais discutidos era o "Cidade de Deus" e os "super-estímulos" visuais usados pelo diretor. E era engraçado como, apesar de toda essa construção imagética, esse filme era sempre levantado como uma obra "realista" e, num sentido baziniano, por vezes, ele é o extremo oposto rsrs. Ainda nesse assunto...bem, dois dos meus diretores favoritos são Kiarostami e Tarkovski, nem por isso eu diminuo a experiência estética de ter visto Transformers 3 no cinema - teve uma sequência em que o personagem do Shia LaBeouf fica no ar enquanto o um carro se transformava num robô em baixo dele e o uso do 3D nessa sequência, cara... só quem viu no cinema pode entender o que foi aquilo rsrs. O Bay gosta do que ele faz. Eu acho q tem um impulso ali que é muito sincero. Não que eu consiga ficar vendo os seus filmes, mas que é iconoclasta que parece se divertir fazendo o que faz! A falta de lógica interna entre os filmes é o que me incomoda mais... Mas enfim, que bom assistir conteúdo como o seu, Arthur.
Valeu, Rodrigo! Eu lembro dessa cena, é das melhores do filme. É curioso como o Bay muitas vezes assume esse lado contemplativo também. Usa os slows no meio dessas sequências onde a física do espaço é questionada. Olha, se o Bazin assistisse Cidade de Deus ele meio que teria um troço...
Haha que bom! Não devia ter vergonha de qualquer forma! Com certeza a crítica ajuda a "legitimar" algumas coisas, mas também temos que ser livres pra gostar do que quisermos.
Cara nunca tinha parado para pensar nos filmes do Michael Bay desse jeito , se alguém me falasse que os trabalhos dele são de vanguarda e experimentais (mesmo que involuntariamente) eu na hora acharia ridículo, mas com sua explicação que é muito bem feita mudei bastante minha visão sobre blockbusters em geral.
descobri seu canal pelo max. Gostei muito do canal, os videos são de otima qualidade, falta muito disso no youtube. Grave videos com max para divulgar mais seu canal
Mais um ótimo vídeo, principalmente por ter falado do Tony Scott. Adoro ele, especialmente os filmes com o Denzel Washington. Não que eu não goste dos outros, mas os com os Denzel são os meus preferidos. Já sobre o Michael Bay sempre gostei dele. O meu maior problema com os filmes dele é que o roteiro é quase sempre um pouco fraco. Mas em questão de apenas divertir, ele consegue atingir o objetivo. Dos Transformes falta eu ver o 5. Além dos que você citou gosto muito também de Armageddon, Pearl Harbor e A Rocha.
Obrigado, Thiago! Eu acho que a grande qualidade do Bay tá em se focar na experiência visual e sensorial dos trabalhos. Mas realmente em alguns momentos o roteiro atrapalha, o Transformers 2 acho que é um dos piores justamente por isso. Já o 3 é um dos que eu mais gosto.
Pra mim, a questão dos blockbusters são mais sensoriais mesmo, algo que faça o espectador não se desconectar da tela. Vejamos, hipoteticamente, você tem uma empresa e essa empresa está à beira da falência... ora, certamente num filme "cerebral" em determinado momento sua mente pode voar longe e você acaba pensando no problema da sua empresa novamente... quem nunca passou por isso? muitas vezes até por situações menores. Eu dou valor a uma coisa em Michael Bay, que é ele filmar sem ter o elemento presente em cena (no caso os Transformers), e ainda que existam os storyboards, deve ser complicado filmar assim, presumo eu.
Isso dele filmar sem os elementos em cena é interessante. Porque ao mesmo tempo que é um cinema muito físico, boa parte da coisa acontece na pós-produção. Ai precisa existir um equilíbrio entre o efeito prático e o gerado em cgi. Mesmo assim, o efeito material e concreto é muito forte.
As pessoas tem o costume de quando falar mal do Bay, sempre usar xingamentos e nunca citam os pontos principais que eles mesmos acham ruins nos filmes, dá até a impressão de que eles todos são pagos para falar coisas desnecessárias sobre os filmes do Michael Bay. E acho o Transformers 3 o melhor filme de ação já feito, não pelo roteiro, pq apesar de ter um roteiro com uma certa profundidade, o ponto forte acho que fica na fotografia, trilha sonora, efeitos visuais, e acho que é isso que todo fã de filme de ação espera. Tudo bem que quando nós somos crianças nós amamos coisas que explodem e tem um barulho robótico, mas eu já estou com mais de 19 anos na cara e ainda me sinto bem assistindo aos 3 Transformers do Bay, cito muito essa franquia pq é a mais odiada dos cinemas. Transformers devia ter encerrado no 3, pois o 4 e o 5 nem com estímulo visual não funcionam, esses sim eu tenho prazer em criticar de forma escrota pois merecem. A Marvel por exemplo, tem trilhões de filmes com ação super esquecível, roteiros que ninguém se lembra de quase nada, mas os mesmos que criticam Transformers amam esses filmes, então fica difícil confiar na palavra da crítica em geral. Não tenho ódio contra os críticos, mas muitos nem sequer se importam verdadeiramente com os filmes, Rei Leão é um exemplo, é a mesma história do original mas com um visual MUITO melhor, mas chamam de "sem alma".. é realmente difícil aceitar que essas pessoas pensam assim, mas cada um pensa como acha que deve.
Também acho Transformers 3 um dos melhores filmes de ação já produzidos. Muita gente acaba julgando o filme unicamente pela sua temática (robôs gigantes, explosões, etc) e aí não se abre pra obra em nenhum sentido. Acho que o Bay tem filmes ruins (o próprio Transformers 2 acho fraco), mas também é um cara que trabalha mt bem com essa dimensão sensorial da ação.
Em uma analogia simples: não sou ouvinte de sertanejo. No entanto, não deixo de considerar tal som como música. Tão somente não é a música que mais me agrada. Tenho a mesma visão sobre o cinema. Não sou, a priori, o consumidor de filmes da Marvel e/ou DC e/ou filmes de heróis, preferindo muitas vezes o cinema de médio orçamento, com maior carga autoral e menos binarismo na construção de suas narrativas e personagens. Dito isso, eu nunca participei de fóruns ou discussões tentando criticar Vingadores ou que quer que seja. Eu tão somente busco assistir filmes que me interessem, como Midsommar, Ad Astra, o nacional Bacural ou a ótima película colombiana Pássaros de Verão (Pájaros de Verano); para citar obras recentes. Minha preocupação é tão somente com a escassez de distribuição de filmes que fogem do típico blockbuster, que domina as salas de modo a dificultar a vida de indivíduos que, como eu, buscam outras propostas cinematográficas. Ante tal realidade a aquisição da Fox pela Diney, por exemplo, me preocupa pela concentração de mercado ainda maior nas mãos de um único conglomerado de mídia. _Temo pela redução do Fox Searchlight Pictures, que entregou pérolas do cinema como Três Anúncios Para Um Crime, A Forma Da Água, Cisne Negro dentre outras inúmeras obras que vão muito além de filmes de herói (nada contra, mas cinema não se resume a isso)._ No mais: bons filmes a todos. 📽🎞
Obrigado pelo comentário, Rodrigo. Eu gosto tanto de blockbusters como de filmes mais autorais e independentes. Com certeza essa questão da distribuição e monopólio é um problema. Mas creio que algumas iniciativas mais independentes (como a A24 e a Blumhouse) aos poucos estão subvertendo isso ao suprir uma demanda no mercado por filmes de baixo orçamento. E o fato da própria Netflix investir em filmes como Roma também me parece um ponto positivo e um tipo de atitude que ainda deve render bons frutos.
@@arthurtuoto, eu agradeço igualmente por ter respondido ao meu comentário. Uma dúvida: como avalia a aquisição da Fox pela Disney? Eu apreciaria conhecer a opinião de alguém cujo conhecimento cinematográfico admiro. _No caso: você._ 🦊 🐀
Artur, me responde por favor. A oficina de crítica vai reabrir futuramente, né? Pq tá osso pra mim entrar nessa de agora, o timing não convém nem um pouco. Queria saber se tem previsão pra eu poder cursar a parada, sei lá, no início de Março.
Eu tava pensando aqui no Roland Emmerich e seus filmes de desastre. Ele não me parece tão inventivo quanto o Bay, embora seja prazeroso assistir seus filmes. Concorda?
Eu sempre gostei e admiti, mesmo sabendo que é um filme extremamente machista e xenofóbico. Além de ter feito parte da minha infância, eu adoro aqueles momento da "ousadia visual" onde se tem câmera lenta e o desespero dos autobots pra salvar e tirar o protagonista de um impasse num milissegundo em queda livre kkkk é divertido.
@@arthurtuoto exatamente.Eu não tenho muito amor pelo estilo de direção dele, principalmente nas cenas de ação que é CORTE, EXPLOSÃO,CORTE ALEATÓRIO. E daí as imagens ficam um pouco bagunçadas na tela.sem contar que os roteiros de seus filmes não são os dos melhores,mas não tenho certeza se ele que escreve.
Michael Bay, Roland Emerich e especialmente George Lucas são diretores que usam o roteiro apenas como pano de fundo para mostrar o quanto gastaram com efeitos visuais, tornando seus filmes artificiais e superficiais, não têm qlq conteúdo artístico a não ser o visual e sonoro. Para um público médio cada vez mais burro e q adora dizer q vai o cinema para 'desligar o cérebro' só mostra o quanto não o usam, estão apenas se divertindo e não sabem analisar uma obra.
Agradeço ao Max por ter recomendado teu canal.
Eu também, conheci o canal pelo Max. Adoro o canal , aprendo bastante .
Sim! Muita gente encontrou o canal por causa do Max! Ajudou bastante.
Sempre que vejo um filme do Michael Bay, lembro daquela experiência (hoje já relativamente famosa) feita com prisioneiros americanos antes do aparecimento da televisão. Após dez anos sem ir ao cinema, eles simplesmente não conseguiam mais acompanhar e entender os novos filmes devido ao aumento relativo da velocidade da montagem. Hoje, nos filmes do Michael Bay e do Paul Greengrass, nós quase conseguimos ver os 24 quadros por segundo... haha. A diferença está no aspecto narrativo mesmo. O Greengrass (e os irmãos Russo nas cenas de pancadaria) têm uma preocupação maior com os personagens e com a história que está sendo contada (e isto dialoga mais com a nossa noção profunda de cinema, que é essencialmente narrativa), já o Bay está mais preocupado com os estímulos sensoriais, ao ponto de se tornar quase abstrato no meio de tantas explosões (é como se dessem umas dinamites e umas toneladas de cgi para o Jackson Pollack fazer uns quadros). Sempre achei as cenas de perseguição do Bay muito boas. Há momentos de deleite puro em "Pearl Harbor", "A ilha" e "Transformers" (principalmente no primeiro). O problema é todo o resto. Como vc disse, nos filmes do Bay, os personagens são meras peças que se movimentam de lá pra cá e que estão no quadro apenas para serem destruídas em meio ao espetáculo. Essa destruição de corpos meio anódina, sem consequências e sem peso (dificilmente alguém é dilacerado graficamente ou morre frontalmente nos filmes do Bay, as pessoas simplesmente desaparecem em meio a explosões ou são soterradas por blocos de metal e concreto digitais), me parece um espelho do nosso tempo. Eu tenho uma certa resistência a esta tendência de banalização da morte em massa de alguns blockbusters. E no caso do Bay, há também uma certa banalização da vida. Ela não importa muito, o que interessa são os objetos em processo de fragmentação (os robôs, os carros, os aviões). Ok, talvez esse meu ponto de vista encerre um pouco de moralismo... Na realidade, também fico fascinado esteticamente quando vejo um carro se transformando em um robô ou uma nave alienígena destruindo um prédio cheio de gente, mas, pensando bem, se isto for a única razão de existência de um filme, prefiro ficar só com o trailer. "Fury road", "Velocidade máxima" e "Gravidade", por exemplo, também só possuem um fio de história (basicamente, os personagens precisam ir do ponto A ao ponto B), mas, entre uma sequência de ação e outra, há todo um cuidado com o tecido dramático que alinhava as cenas. Há um compromisso com os personagens, etc. (entre tantos outros elementos que fazem deles, na minha opinião, grandes filmes).
Valeu, ótimo vídeo.
Eu concordo com essa banalização da vida. A preocupação dele é realmente material. E os filmes acabam se assumindo como experiências formais. Nisso tanto uma dimensão psicológica como até humana acaba se perdendo. Mesmo assim, consigo enxergar uma relação dramática que é articulada pela forma. Uma narrativa de sensações que envolve algumas sutilezas. Mas entendo completamente quem não curta o cinema dele por esses motivos. Rola mesmo uma rejeição pelo caráter humano dos personagens. Inclusive a própria temática dos filmes (robôs, militarização, gente bombada) reforça isso.
Rodrigo, por gentileza, poderia compartilhar a referência do estudo que você cita? Fiquei bastante curioso.
Wow. Que comentário e que resposta do Tuoto. Tasty.
Essa discussão que vc trouxe no vídeo foi uma das que mais rendeu polêmicas ao longo da minha graduação. Eu me lembro que um dos filmes mais discutidos era o "Cidade de Deus" e os "super-estímulos" visuais usados pelo diretor. E era engraçado como, apesar de toda essa construção imagética, esse filme era sempre levantado como uma obra "realista" e, num sentido baziniano, por vezes, ele é o extremo oposto rsrs. Ainda nesse assunto...bem, dois dos meus diretores favoritos são Kiarostami e Tarkovski, nem por isso eu diminuo a experiência estética de ter visto Transformers 3 no cinema - teve uma sequência em que o personagem do Shia LaBeouf fica no ar enquanto o um carro se transformava num robô em baixo dele e o uso do 3D nessa sequência, cara... só quem viu no cinema pode entender o que foi aquilo rsrs. O Bay gosta do que ele faz. Eu acho q tem um impulso ali que é muito sincero. Não que eu consiga ficar vendo os seus filmes, mas que é iconoclasta que parece se divertir fazendo o que faz! A falta de lógica interna entre os filmes é o que me incomoda mais... Mas enfim, que bom assistir conteúdo como o seu, Arthur.
Valeu, Rodrigo! Eu lembro dessa cena, é das melhores do filme. É curioso como o Bay muitas vezes assume esse lado contemplativo também. Usa os slows no meio dessas sequências onde a física do espaço é questionada. Olha, se o Bazin assistisse Cidade de Deus ele meio que teria um troço...
@@arthurtuoto teria mesmo haha
Depois desse vídeo, não terei mais vergonha de dizer que curto o Michael Bay.
Haha que bom! Não devia ter vergonha de qualquer forma! Com certeza a crítica ajuda a "legitimar" algumas coisas, mas também temos que ser livres pra gostar do que quisermos.
Kkkkk eu também gosto
The stuff. Ainda não vi Transformers, me interessei muito em ver depois desse vídeo.
Cara nunca tinha parado para pensar nos filmes do Michael Bay desse jeito , se alguém me falasse que os trabalhos dele são de vanguarda e experimentais (mesmo que involuntariamente) eu na hora acharia ridículo, mas com sua explicação que é muito bem feita mudei bastante minha visão sobre blockbusters em geral.
Fico feliz! O objetivo do vídeo é apresentar essa outra perspectiva mesmo.
descobri seu canal pelo max. Gostei muito do canal, os videos são de otima qualidade, falta muito disso no youtube.
Grave videos com max para divulgar mais seu canal
Muito obrigado, Guilherme! Seria ótimo gravar algo com o Max.
Mais um ótimo vídeo, principalmente por ter falado do Tony Scott. Adoro ele, especialmente os filmes com o Denzel Washington. Não que eu não goste dos outros, mas os com os Denzel são os meus preferidos. Já sobre o Michael Bay sempre gostei dele. O meu maior problema com os filmes dele é que o roteiro é quase sempre um pouco fraco. Mas em questão de apenas divertir, ele consegue atingir o objetivo. Dos Transformes falta eu ver o 5. Além dos que você citou gosto muito também de Armageddon, Pearl Harbor e A Rocha.
Obrigado, Thiago! Eu acho que a grande qualidade do Bay tá em se focar na experiência visual e sensorial dos trabalhos. Mas realmente em alguns momentos o roteiro atrapalha, o Transformers 2 acho que é um dos piores justamente por isso. Já o 3 é um dos que eu mais gosto.
@@arthurtuoto O 3 pra mim não considero um dos melhores. A parte final acho um tanto quanto longa demais, mas é um bom filme.
Obrigada Arthur, seus vídeos sempre excelentes, uma aula sobre cinema.
Obrigado, Vanda!
Pra mim, a questão dos blockbusters são mais sensoriais mesmo, algo que faça o espectador não se desconectar da tela. Vejamos, hipoteticamente, você tem uma empresa e essa empresa está à beira da falência... ora, certamente num filme "cerebral" em determinado momento sua mente pode voar longe e você acaba pensando no problema da sua empresa novamente... quem nunca passou por isso? muitas vezes até por situações menores.
Eu dou valor a uma coisa em Michael Bay, que é ele filmar sem ter o elemento presente em cena (no caso os Transformers), e ainda que existam os storyboards, deve ser complicado filmar assim, presumo eu.
Isso dele filmar sem os elementos em cena é interessante. Porque ao mesmo tempo que é um cinema muito físico, boa parte da coisa acontece na pós-produção. Ai precisa existir um equilíbrio entre o efeito prático e o gerado em cgi. Mesmo assim, o efeito material e concreto é muito forte.
obrigado tuoto precisava desse vídeo
Que bom! Por que exatamente você diz que precisava?
@@arthurtuoto haha mais pelas recomendações sobre esse tema que me interessa mt(vou ler o texto do shaviro)
Massa.
Top seu canal hein! Acabei de conhecer pelo Max!
Obrigado, Lorran! O conteúdo entra no facebook tb: facebook.com/tuoto.critico/ E uma parte no instagram: instagram.com/arthurtuoto/
As pessoas tem o costume de quando falar mal do Bay, sempre usar xingamentos e nunca citam os pontos principais que eles mesmos acham ruins nos filmes, dá até a impressão de que eles todos são pagos para falar coisas desnecessárias sobre os filmes do Michael Bay. E acho o Transformers 3 o melhor filme de ação já feito, não pelo roteiro, pq apesar de ter um roteiro com uma certa profundidade, o ponto forte acho que fica na fotografia, trilha sonora, efeitos visuais, e acho que é isso que todo fã de filme de ação espera. Tudo bem que quando nós somos crianças nós amamos coisas que explodem e tem um barulho robótico, mas eu já estou com mais de 19 anos na cara e ainda me sinto bem assistindo aos 3 Transformers do Bay, cito muito essa franquia pq é a mais odiada dos cinemas. Transformers devia ter encerrado no 3, pois o 4 e o 5 nem com estímulo visual não funcionam, esses sim eu tenho prazer em criticar de forma escrota pois merecem. A Marvel por exemplo, tem trilhões de filmes com ação super esquecível, roteiros que ninguém se lembra de quase nada, mas os mesmos que criticam Transformers amam esses filmes, então fica difícil confiar na palavra da crítica em geral. Não tenho ódio contra os críticos, mas muitos nem sequer se importam verdadeiramente com os filmes, Rei Leão é um exemplo, é a mesma história do original mas com um visual MUITO melhor, mas chamam de "sem alma".. é realmente difícil aceitar que essas pessoas pensam assim, mas cada um pensa como acha que deve.
Também acho Transformers 3 um dos melhores filmes de ação já produzidos. Muita gente acaba julgando o filme unicamente pela sua temática (robôs gigantes, explosões, etc) e aí não se abre pra obra em nenhum sentido. Acho que o Bay tem filmes ruins (o próprio Transformers 2 acho fraco), mas também é um cara que trabalha mt bem com essa dimensão sensorial da ação.
Cara, seus videos são ótimos, mas já disseram que você parece o Kip Dynamite? kkk
Shaviro é monstro. Otimo vídeo
Valeu, Tales!
Em uma analogia simples: não sou ouvinte de sertanejo. No entanto, não deixo de considerar tal som como música. Tão somente não é a música que mais me agrada. Tenho a mesma visão sobre o cinema. Não sou, a priori, o consumidor de filmes da Marvel e/ou DC e/ou filmes de heróis, preferindo muitas vezes o cinema de médio orçamento, com maior carga autoral e menos binarismo na construção de suas narrativas e personagens.
Dito isso, eu nunca participei de fóruns ou discussões tentando criticar Vingadores ou que quer que seja. Eu tão somente busco assistir filmes que me interessem, como Midsommar, Ad Astra, o nacional Bacural ou a ótima película colombiana Pássaros de Verão (Pájaros de Verano); para citar obras recentes.
Minha preocupação é tão somente com a escassez de distribuição de filmes que fogem do típico blockbuster, que domina as salas de modo a dificultar a vida de indivíduos que, como eu, buscam outras propostas cinematográficas. Ante tal realidade a aquisição da Fox pela Diney, por exemplo, me preocupa pela concentração de mercado ainda maior nas mãos de um único conglomerado de mídia. _Temo pela redução do Fox Searchlight Pictures, que entregou pérolas do cinema como Três Anúncios Para Um Crime, A Forma Da Água, Cisne Negro dentre outras inúmeras obras que vão muito além de filmes de herói (nada contra, mas cinema não se resume a isso)._
No mais: bons filmes a todos. 📽🎞
Obrigado pelo comentário, Rodrigo. Eu gosto tanto de blockbusters como de filmes mais autorais e independentes. Com certeza essa questão da distribuição e monopólio é um problema. Mas creio que algumas iniciativas mais independentes (como a A24 e a Blumhouse) aos poucos estão subvertendo isso ao suprir uma demanda no mercado por filmes de baixo orçamento. E o fato da própria Netflix investir em filmes como Roma também me parece um ponto positivo e um tipo de atitude que ainda deve render bons frutos.
@@arthurtuoto, eu agradeço igualmente por ter respondido ao meu comentário.
Uma dúvida: como avalia a aquisição da Fox pela Disney? Eu apreciaria conhecer a opinião de alguém cujo conhecimento cinematográfico admiro. _No caso: você._
🦊 🐀
Michael Bay é meu idolo, é um dos melhores cineastas do mundo.
Dos meus preferidos também.
Artur, me responde por favor. A oficina de crítica vai reabrir futuramente, né? Pq tá osso pra mim entrar nessa de agora, o timing não convém nem um pouco. Queria saber se tem previsão pra eu poder cursar a parada, sei lá, no início de Março.
Caio, vou abrir novas vagas para o meu curso em Abril. Se seu e-mail estiver cadastrado aqui eepurl.com/c33xsD você será avisado!
Eu tava pensando aqui no Roland Emmerich e seus filmes de desastre. Ele não me parece tão inventivo quanto o Bay, embora seja prazeroso assistir seus filmes. Concorda?
Concordo. Eu até curto algumas coisas do Independence Day , mas é um cara bem mais protocolar. Uma pena, porque gosto das temáticas que ele escolhe.
Eu sempre gostei e admiti, mesmo sabendo que é um filme extremamente machista e xenofóbico.
Além de ter feito parte da minha infância, eu adoro aqueles momento da "ousadia visual" onde se tem câmera lenta e o desespero dos autobots pra salvar e tirar o protagonista de um impasse num milissegundo em queda livre kkkk é divertido.
Tenho um medo que blockbusters dominem o cinema...
É legal desligar o cérebro algumas vezes mais eles estão matando filmes artísticos e mais criativos
Eu não odeio o Bay, mas eu quero saber porque ele é um monstro para os críticos e fãs de filmes indie ou de arte?
Pq os filmes dele dão uma tontura enorme
Explosão, explosão e mais explosão
@@danilofake8670 é o perfil dele, mike bay
@@manoelbrn mais dá muita dor de cabeça kkkkkk
@@danilofake8670 Q POHA É ESSA MAREKU
Eu não gosto muito dos filmes dos Transformers justamente por ter a cara do Michael Bay que não me agrada muito
A cara dele você diz o estilo dele?
@@arthurtuoto exatamente.Eu não tenho muito amor pelo estilo de direção dele, principalmente nas cenas de ação que é CORTE, EXPLOSÃO,CORTE ALEATÓRIO. E daí as imagens ficam um pouco bagunçadas na tela.sem contar que os roteiros de seus filmes não são os dos melhores,mas não tenho certeza se ele que escreve.
Michael Bay, Roland Emerich e especialmente George Lucas são diretores que usam o roteiro apenas como pano de fundo para mostrar o quanto gastaram com efeitos visuais, tornando seus filmes artificiais e superficiais, não têm qlq conteúdo artístico a não ser o visual e sonoro.
Para um público médio cada vez mais burro e q adora dizer q vai o cinema para 'desligar o cérebro' só mostra o quanto não o usam, estão apenas se divertindo e não sabem analisar uma obra.
Cara esses filmes são feitos para entretenimento, não para ter uma história complexa.