Impressiona como vários buscam interditam o debate no grito. Já disseram que o autor não é claro e elitista. Daí se assite a live e descobre que é uma pessoa vindo da classe trabalhadora, militante do movimento negro e até hoje mora na quebrada... deve ser difícil pra classe média engolir um negro que seja também erudito. explode a cabeça dessa turma.
Estou no ponto 40:11, o Douglas fala da crise dos anos 70 citando e dos marcos do Vietnã e do aumento do preço do petróleo, porém, o essencial, é a grande e contínua queda da taxa de lucro motivada pelo fim do fundo do poço causada pela 2 GM. A destruição das forças produtivas foi suplantada pela geração de novas e mais robustas relações de produção e avanço tecnológico. O resultado disso, foi o enriquecimento significativo das massas trabalhadoras na Europa, EUA e até alguns nichos na América Latina. Mas o mercado físico capitalista havia chegado ao seu limite, o pensamento o walfare state tornou-se em um empecilho para aumentar as taxas de lucro, o Estado havia crescido como nunca na sua ação social e de salvaguarda da economia e poupança nacional. Resultado, ampliar as fronteiras, globalização, diminuir os custos, mão de obra asiática, fim do intervencionismo do Estado, cortes no walfare state ou a sua pura eliminação, e, no campo político, romper a hegemonia sindical e esquerdista das classes trabalhadoras e médias baixas. A contrarrevolução econômica deveria, coo disse o Douglas, vir acompanhada de uma nova organização laboral, em suma, era necessário destruir os sindicatos e subdividir os trabalhadores e a população em geral em grupos particulares, individualizados e, principalmente, "egocentricos". No seriado da prime vídeo, O homem do Castelo Alto, iniciado em 2016, fiquei de boca aberta, sem entender o significado (hoje acho que entendi), ao mostrar um grupo super radical marxista só de negros, que luta pela revolução socialista só dos negros, e que se recusa a fazer qualquer tipo de aliança com qualquer outro tipo de grupo. Juro que achei que era apenas parte da distopia, pois, em todas elas, sempre há referências ao filme República das Bananas, na qual o ditador, em sua varanda, após assumir o poder, declara que a partir daquele momento todos os homens deviam usar as cuecas sobre as calças!!! Tudo isso para dizer que o neo liberalismo é a CONTINUIDADE de uma dinâmica política, social, econômica e cultural. A cada crise, o capitalismo se transforma, se adapta, restaura padrões antigos, mas também cria novos, e mistura os dois, sempre lutando pela hegemonia da força física, do poder e das mentes e corpos (pela ideologia ou pela força) das pessoas. Sei que sabem disso melhor do que mil vezes, mas achei que a transição do walfare state para o neoliberalismo, foi muito simplificada, tornando difícil entender qual a relação entre o neoliberalismo e identarismo (no vídeo, lógico, ainda vou ler o livro onde isso não acontecerá).
Quem não acha o Douglas claro em sua comunicação precisa se esforçar mais, pois ele se esforçou bastante pra chegar onde ele está hoje. E ele pra mim não foi nenhum pouco difícil de entender. Falou como professor e a abusou da didática.🎉
Eu gostaria de ter acompanhado ao vivo pra tentar fazer uma pergunta e talvez ter pelo menos a pergunta feita sendo lida ao vivo, é uma boa sacada e produtivo a proposta de mudar o foco do lugar comum (que tem sido) atacar movimentos e grupos sociais como se generalizou na esquerda pela via da adjetivação de identitaristas a todo movimento minoritário (seja ou não anti capitalista e/ou "socialista" etc...) para focar e sugerir na ideia de gestão (do liberalismo ao neo liberalismo), eu usaria mesmo a ideia de democracia para explicar essa ideia; ecos de Foucault e Guattari podem ser sentido nessas analises, mas se biopolitica ajuda a explicar (como parece sugerir numa das respostas dada as perguntas feitas por um telespectador) a questão da gestão, isso não parece sugerir que esse paradigma de gestão surge/se desenvolve já no século XVIII e XIX ou mesmo corre o risco de falar de muito antes do capitalismo (Roma? Grécia?), sobre o debate na filosofia, creio que para anarquistas (principalmente anarco comunistas) a crítica devera passar por uma leitura de Stirner (o que deve demorar, devido a resistências, preconceitos e fantasmas criados sobre o autor), pois ele faz a crítica do indivíduo/individualismo nos liberalismos e no humanismo ja nascente, crítica do substancialismo/essêncialismo e universalismo genérico abstrato (que dominou a própria esquerda radical e são fantasmas revisitados seja por marxistas kantianos ou apologetas de um "novo humanismo" aínda muito cheio de nostalgia do humanismo cristão europeu), . Por que ainda também à nos marxismos resistência a uma leitura honesta de autores fora do campo marxista (existe isso com Foucault mas menos sectario que com outros autores/pespectivas), senti falta de que fosse abordado como os próprios movimentos negro radical/queer/feminista/entre outros pressentiram e tentaram elaborar formas de diagnósticar e prevenir sobre o paradigma da gestão, pela judicialização, demanda, etc e sobre como propostas de pos identitarismo, desidentitarização, devir minoritário, singularidade qualquer são vistas em/com relação (e como superação ) ao identitarismo progressista (laico?) e identitarismo de direita (sacro?)? Se estamos todos implicado nessa gestão (a não ser nas zonas de opacidade ofensiva e outras saídas/estratégias/taticas anti/contra/pos/auto gestão) poderíamos afirmar que não existe política que não seja em torno de identidade e não deveríamos discutir a dimensão disso sobre/dentro d/a luta de classes?
Acho interessante as críticas que visam deslegitimar o que está sendo dito pelo fetiche da clareza... acho que dá pra fazer um estudo de caso só com as críticas que fizeram lá no post do insta... que tempos!
Saudades de quando a Boitempo pelo menos tentava parecer marxista. Infelizmente virou um think thank difusor de narrativas pós-modernas Esse autor é nitidamente de matriz pós-estruturalista
@@alsaigg Douglas Barros publicou livro sobre Hegel, situacionista e tem clara influência marxiana próximo ao Paulo Arantes, como é bastante influenciando por Lacan talvez vc tenha confundido por conta disso
Acho que essa culpabilização da modernidade não faz muito sentido. A separação do mundo entre "nós e eles", entre "identidades boas e más" me parece ser algo muito tribal, muito de nosso comportamento evolutivo como animais sociais. Desde muito antes do modernismo se dividia o mundo entre "cristãos e pagãos", entre "gregos e bárbaros", e por aí vai.
acredito q existem questoes q são +- transistoricas mesmo. como por exemplo a categoria "trabalho". existe mediação do humano com natureza desde antes, agora para entender como o trabalho de da na forma capitalista tem que se considerar a forma capitalista... pra entender como isso se desprende da tradição, do nome da pessoa, do território, e se iguala de forma abstrata a uma quantia de valor, não adianta considerar a grecia e os barbaros. analogamente, forma da subjetividade e sua relação com alteridade que o douglas ta falando é colocado a partir de um processo moderno, em que o capitalismo a tudo conquistou e subjugou, não existem mais gregos e barbaros com lógicas diferentes de produção. o capital pra se realizar tem de conformar a tudo e todos... e que forma de identidade são essas q emergem a partir desse processo? como povos colonizados se "incluem" na lógica produtiva capitalista, acho q essa é a questão... e é um processo histórico moderno...
@@mateushenrique1184 Mas então é até possível entender que isso é um elogio ao capitalismo, visto que antes dele os grupos poderosos não apresentavam projetos de inclusão dos povos colonizados. Pelo menos, até onde eu saiba, a história humana é feita por disputas de poder e grupos "vencedores" subjulgando grupos colonizados. (Adotando aqui um conceito de colonização como do mínio e não como a colonização história do período das grandes navegações e invasões).
@@ravicaju4450 Claro, capitalismo é bem melhor que o regime escravagista colonial que imperava no brasil antes dele; bem melhor que o feudalismo, uma lógica da servidão e domínio direto da vontade, que imperava na europa. Marxista nenhum, e douglas como bom marxista tbm, nega isso. A questão é analisar o processo da história e ver que é um processo de transformação, que se dá a partir de uma luta da classe dominada. E estudar o que é específico do capital pra superar essa lógica insustentável. uma forma de produção que não visa a humanidade, o usufruto, a melhor produção de bens de consumo, mas o aumento do número, a transformação de dinheiro em mais dinheiro, é um negócio que tem de ser superado...
@@mateushenrique1184 Acho que você também pode incluir nessa reflexão histórica comparativa as experiências socialistas e comunistas. Não existia preconceito contra grupos humanos muito diferentes do padrão na rússia, china, Vietnã, cuba e corea do norte?
@ravicaju4450 Claro também, nenhum regime foi perfeito... dpois dá uma olhada como no inicio do sec passado uniao sovietica tratava sobre direitos da mulheres, oq hj mts vezes é tratado como pautas identitarias, ve o papel sa experiencia socialista no processo de independencia de varios paises de África; ou como a revolução coreana se deu no pós segunda guerra e as atrocidades do colonialismo japones, (colonialismo fazendo parte da acumulacao primitiva do capitalismo)... não é defendendo que ocorreram regime perfeitos nem nada. mas é evidente que o modo de produção escravagista tinha sua lógica própria de desumanizacao; assim como na forma de produzir as coisas da vida no capitalismo não é pautada na humanidade, onde a tecnologia nao é produzida pra se melhorar as condições de trabalho, não é uma lógica que leve em conta a humanidade em seu processo, e sim a valorização do valor... dpois, se me permite uma recomendacao de uma perspectiva diferente, dá uma olhada no canal 'orientacao marxista', é uma cara bem crítico às experiências socialistas também, mas nem por isso acha que o capitalismo não precisa ser superado...
Resposta dele a vocês: "Uma das tragédias mais importantes de nosso tempo consiste na impaciência e na incapacidade propiciada pelo domínio da imagem, cuja causa repousa na realidade hiperconectada de nossos dias. A imagem, que passou a ter centralidade na vida de todo mundo, fez com que a *reflexão laboriosa da palavra escrita fosse substituída pela instantaneidade dos vídeos.*" "Na totalitarização da imagem, organizada por uma escala planetária de conectividade virtual, a reflexão demorada e a crítica passam a ser vistas com desconfiança generalizada. O intelectual passa a ser visto como mais um dos técnicos. Se a capacidade crítica sempre se relacionou à possibilidade de tomar distância da realidade para analisá-la; se a reflexão sempre teve a ver com uma parada e o silêncio; o convite pseudocrítico para a comunicação clara que imponha respostas prontas para problemas 'concretos' é mais uma faceta ideológica das transformações operadas pela gestão de crise do capitalismo pós-fordista, que atua sob o mandamento da eficácia e da satisfação. Comunique-se com eficácia para produzir satisfação no público alvo." Douglas Rodrigues Barros blogdaboitempo.com.br/2024/11/13/o-que-explica-o-anti-intelectualismo-de-esquerda/?fbclid=IwY2xjawGstXJleHRuA2FlbQIxMQABHbpB-MPfq56OpysU6ft7yHxw4ow1eWil8R7X9U3LaINlftRVpsMqjniXHw_aem_Tog__RkOOa_HeRq3evSnjg
Não conhecia Douglas, mas achei ele muito didático, e explodiu aqui minha cabeça! Obrigada por essa conversa! Quero ler o livro!
O que é identitarismo? é o livro de novembro do Armas da crítica! Já garantiu o seu?
www.boitempoeditorial.com.br/caixa-do-mes-novembro-2024
Impressiona como vários buscam interditam o debate no grito. Já disseram que o autor não é claro e elitista. Daí se assite a live e descobre que é uma pessoa vindo da classe trabalhadora, militante do movimento negro e até hoje mora na quebrada... deve ser difícil pra classe média engolir um negro que seja também erudito. explode a cabeça dessa turma.
Estou no ponto 40:11, o Douglas fala da crise dos anos 70 citando e dos marcos do Vietnã e do aumento do preço do petróleo, porém, o essencial, é a grande e contínua queda da taxa de lucro motivada pelo fim do fundo do poço causada pela 2 GM. A destruição das forças produtivas foi suplantada pela geração de novas e mais robustas relações de produção e avanço tecnológico. O resultado disso, foi o enriquecimento significativo das massas trabalhadoras na Europa, EUA e até alguns nichos na América Latina. Mas o mercado físico capitalista havia chegado ao seu limite, o pensamento o walfare state tornou-se em um empecilho para aumentar as taxas de lucro, o Estado havia crescido como nunca na sua ação social e de salvaguarda da economia e poupança nacional. Resultado, ampliar as fronteiras, globalização, diminuir os custos, mão de obra asiática, fim do intervencionismo do Estado, cortes no walfare state ou a sua pura eliminação, e, no campo político, romper a hegemonia sindical e esquerdista das classes trabalhadoras e médias baixas. A contrarrevolução econômica deveria, coo disse o Douglas, vir acompanhada de uma nova organização laboral, em suma, era necessário destruir os sindicatos e subdividir os trabalhadores e a população em geral em grupos particulares, individualizados e, principalmente, "egocentricos". No seriado da prime vídeo, O homem do Castelo Alto, iniciado em 2016, fiquei de boca aberta, sem entender o significado (hoje acho que entendi), ao mostrar um grupo super radical marxista só de negros, que luta pela revolução socialista só dos negros, e que se recusa a fazer qualquer tipo de aliança com qualquer outro tipo de grupo. Juro que achei que era apenas parte da distopia, pois, em todas elas, sempre há referências ao filme República das Bananas, na qual o ditador, em sua varanda, após assumir o poder, declara que a partir daquele momento todos os homens deviam usar as cuecas sobre as calças!!! Tudo isso para dizer que o neo liberalismo é a CONTINUIDADE de uma dinâmica política, social, econômica e cultural. A cada crise, o capitalismo se transforma, se adapta, restaura padrões antigos, mas também cria novos, e mistura os dois, sempre lutando pela hegemonia da força física, do poder e das mentes e corpos (pela ideologia ou pela força) das pessoas. Sei que sabem disso melhor do que mil vezes, mas achei que a transição do walfare state para o neoliberalismo, foi muito simplificada, tornando difícil entender qual a relação entre o neoliberalismo e identarismo (no vídeo, lógico, ainda vou ler o livro onde isso não acontecerá).
Finalmente está caindo a ficha que identitarismo é capitalizado por quem quer poder.
Quem não acha o Douglas claro em sua comunicação precisa se esforçar mais, pois ele se esforçou bastante pra chegar onde ele está hoje.
E ele pra mim não foi nenhum pouco difícil de entender. Falou como professor e a abusou da didática.🎉
Excelente!
Muito interessante, parabéns pela live! Já quero o livro
Chega logo mais pra assinantes do Armas da crítica! Não vai perder ;)
www.boitempoeditorial.com.br/caixa-do-mes-novembro-2024
Muito bom! Obrigada.
🫶🏽
Eu gostaria de ter acompanhado ao vivo pra tentar fazer uma pergunta e talvez ter pelo menos a pergunta feita sendo lida ao vivo, é uma boa sacada e produtivo a proposta de mudar o foco do lugar comum (que tem sido) atacar movimentos e grupos sociais como se generalizou na esquerda pela via da adjetivação de identitaristas a todo movimento minoritário (seja ou não anti capitalista e/ou "socialista" etc...) para focar e sugerir na ideia de gestão (do liberalismo ao neo liberalismo), eu usaria mesmo a ideia de democracia para explicar essa ideia; ecos de Foucault e Guattari podem ser sentido nessas analises, mas se biopolitica ajuda a explicar (como parece sugerir numa das respostas dada as perguntas feitas por um telespectador) a questão da gestão, isso não parece sugerir que esse paradigma de gestão surge/se desenvolve já no século XVIII e XIX ou mesmo corre o risco de falar de muito antes do capitalismo (Roma? Grécia?), sobre o debate na filosofia, creio que para anarquistas (principalmente anarco comunistas) a crítica devera passar por uma leitura de Stirner (o que deve demorar, devido a resistências, preconceitos e fantasmas criados sobre o autor), pois ele faz a crítica do indivíduo/individualismo nos liberalismos e no humanismo ja nascente, crítica do substancialismo/essêncialismo e universalismo genérico abstrato (que dominou a própria esquerda radical e são fantasmas revisitados seja por marxistas kantianos ou apologetas de um "novo humanismo" aínda muito cheio de nostalgia do humanismo cristão europeu), . Por que ainda também à nos marxismos resistência a uma leitura honesta de autores fora do campo marxista (existe isso com Foucault mas menos sectario que com outros autores/pespectivas), senti falta de que fosse abordado como os próprios movimentos negro radical/queer/feminista/entre outros pressentiram e tentaram elaborar formas de diagnósticar e prevenir sobre o paradigma da gestão, pela judicialização, demanda, etc e sobre como propostas de pos identitarismo, desidentitarização, devir minoritário, singularidade qualquer são vistas em/com relação (e como superação ) ao identitarismo progressista (laico?) e identitarismo de direita (sacro?)? Se estamos todos implicado nessa gestão (a não ser nas zonas de opacidade ofensiva e outras saídas/estratégias/taticas anti/contra/pos/auto gestão) poderíamos afirmar que não existe política que não seja em torno de identidade e não deveríamos discutir a dimensão disso sobre/dentro d/a luta de classes?
Sensacional!!!
Encontro de gigantes.
Acho interessante as críticas que visam deslegitimar o que está sendo dito pelo fetiche da clareza... acho que dá pra fazer um estudo de caso só com as críticas que fizeram lá no post do insta... que tempos!
Tive a mesma impressão!!
Comprar livros....???
Cheguei atrasado mas estou aqui
❤
Saudades de quando a Boitempo pelo menos tentava parecer marxista. Infelizmente virou um think thank difusor de narrativas pós-modernas
Esse autor é nitidamente de matriz pós-estruturalista
@@alsaigg Douglas Barros publicou livro sobre Hegel, situacionista e tem clara influência marxiana próximo ao Paulo Arantes, como é bastante influenciando por Lacan talvez vc tenha confundido por conta disso
Como se tornar cliente da BOITEMPO..?.?
Acesse o nosso site: www.boitempoeditorial.com.br/ 😉
Boi tempo e rita von hunt ,necessários para desvelar tempos tenebrosos de proto fascismo
Acho que essa culpabilização da modernidade não faz muito sentido. A separação do mundo entre "nós e eles", entre "identidades boas e más" me parece ser algo muito tribal, muito de nosso comportamento evolutivo como animais sociais. Desde muito antes do modernismo se dividia o mundo entre "cristãos e pagãos", entre "gregos e bárbaros", e por aí vai.
acredito q existem questoes q são +- transistoricas mesmo. como por exemplo a categoria "trabalho". existe mediação do humano com natureza desde antes, agora para entender como o trabalho de da na forma capitalista tem que se considerar a forma capitalista... pra entender como isso se desprende da tradição, do nome da pessoa, do território, e se iguala de forma abstrata a uma quantia de valor, não adianta considerar a grecia e os barbaros.
analogamente, forma da subjetividade e sua relação com alteridade que o douglas ta falando é colocado a partir de um processo moderno, em que o capitalismo a tudo conquistou e subjugou, não existem mais gregos e barbaros com lógicas diferentes de produção. o capital pra se realizar tem de conformar a tudo e todos... e que forma de identidade são essas q emergem a partir desse processo? como povos colonizados se "incluem" na lógica produtiva capitalista, acho q essa é a questão... e é um processo histórico moderno...
@@mateushenrique1184 Mas então é até possível entender que isso é um elogio ao capitalismo, visto que antes dele os grupos poderosos não apresentavam projetos de inclusão dos povos colonizados. Pelo menos, até onde eu saiba, a história humana é feita por disputas de poder e grupos "vencedores" subjulgando grupos colonizados. (Adotando aqui um conceito de colonização como do mínio e não como a colonização história do período das grandes navegações e invasões).
@@ravicaju4450 Claro, capitalismo é bem melhor que o regime escravagista colonial que imperava no brasil antes dele; bem melhor que o feudalismo, uma lógica da servidão e domínio direto da vontade, que imperava na europa. Marxista nenhum, e douglas como bom marxista tbm, nega isso. A questão é analisar o processo da história e ver que é um processo de transformação, que se dá a partir de uma luta da classe dominada. E estudar o que é específico do capital pra superar essa lógica insustentável. uma forma de produção que não visa a humanidade, o usufruto, a melhor produção de bens de consumo, mas o aumento do número, a transformação de dinheiro em mais dinheiro, é um negócio que tem de ser superado...
@@mateushenrique1184 Acho que você também pode incluir nessa reflexão histórica comparativa as experiências socialistas e comunistas. Não existia preconceito contra grupos humanos muito diferentes do padrão na rússia, china, Vietnã, cuba e corea do norte?
@ravicaju4450 Claro também, nenhum regime foi perfeito... dpois dá uma olhada como no inicio do sec passado uniao sovietica tratava sobre direitos da mulheres, oq hj mts vezes é tratado como pautas identitarias, ve o papel sa experiencia socialista no processo de independencia de varios paises de África; ou como a revolução coreana se deu no pós segunda guerra e as atrocidades do colonialismo japones, (colonialismo fazendo parte da acumulacao primitiva do capitalismo)...
não é defendendo que ocorreram regime perfeitos nem nada. mas é evidente que o modo de produção escravagista tinha sua lógica própria de desumanizacao; assim como na forma de produzir as coisas da vida no capitalismo não é pautada na humanidade, onde a tecnologia nao é produzida pra se melhorar as condições de trabalho, não é uma lógica que leve em conta a humanidade em seu processo, e sim a valorização do valor...
dpois, se me permite uma recomendacao de uma perspectiva diferente, dá uma olhada no canal 'orientacao marxista', é uma cara bem crítico às experiências socialistas também, mas nem por isso acha que o capitalismo não precisa ser superado...
O video é bom mas a introduçao e as perguntas muito longas, interminaveis, sem se preocupar com o tempo do ouvinte.
Douglas Barros nem sempre é muito claro. Rita, em compensação, esclarece a relação entre neoliberalismo e identitarismo com mais competência.
Rita parece que mais tentou complementar e tangência por outras questões, pra mim as falas do Douglas foram bastante claras
Uai, Rita basicamente só disse as palavras chaves que sintetizavam o que Douglas falava... eu hein!
Achei ele bem claro.
Douglas Barros é um intelectual bem interessante, mas ele deve muito na clareza. Os escritos dele tb são bem truncados
Resposta dele a vocês:
"Uma das tragédias mais importantes de nosso tempo consiste na impaciência e na incapacidade propiciada pelo domínio da imagem, cuja causa repousa na realidade hiperconectada de nossos dias. A imagem, que passou a ter centralidade na vida de todo mundo, fez com que a *reflexão laboriosa da palavra escrita fosse substituída pela instantaneidade dos vídeos.*"
"Na totalitarização da imagem, organizada por uma escala planetária de conectividade virtual, a reflexão demorada e a crítica passam a ser vistas com desconfiança generalizada. O intelectual passa a ser visto como mais um dos técnicos. Se a capacidade crítica sempre se relacionou à possibilidade de tomar distância da realidade para analisá-la; se a reflexão sempre teve a ver com uma parada e o silêncio; o convite pseudocrítico para a comunicação clara que imponha respostas prontas para problemas 'concretos' é mais uma faceta ideológica das transformações operadas pela gestão de crise do capitalismo pós-fordista, que atua sob o mandamento da eficácia e da satisfação. Comunique-se com eficácia para produzir satisfação no público alvo."
Douglas Rodrigues Barros
blogdaboitempo.com.br/2024/11/13/o-que-explica-o-anti-intelectualismo-de-esquerda/?fbclid=IwY2xjawGstXJleHRuA2FlbQIxMQABHbpB-MPfq56OpysU6ft7yHxw4ow1eWil8R7X9U3LaINlftRVpsMqjniXHw_aem_Tog__RkOOa_HeRq3evSnjg
A linguagem é sobretudo acadêmica.
Não entendi nada
Comprar livros....???
❤
Comprar livros....???