☝🏾NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR AS LEGENDAS AQUI NO RUclips ☝🏾 Legendamos em português todos os vídeos desta nova série com David Harvey aqui na TV Boitempo. Para visualizá-las, basta ativar as legendas no botão (c: "Legendas/Legendas ocultas") na parte inferior de seu tocador de RUclips. Se você estiver visualizando este vídeo no celular, o botão fica no canto superior direito da tela!
O aparato do consenso assumiu todos os aspectos de nossa vida, onde a ideologia involutiva que achamos criticar é somente um jogo dialético, e a ideologia involutiva real, é exatamente a que consentimos. Interessante o ponto sobre o anarcosindicalismo ser na pratica uma versão do liberalismo capitalista, de fato é, o que reforça que anarcosindicalismo não tem nada a ver com anarquismo. Não existem anarquismos hifenizados (anarco-capitalismo, anarco-sindicalismo, anarco-comunismo, eco-anarquismo) - todos são diversionismos para confundir-nos para fora da luta por liberdade. Nas linhas de Sorel, interessante é se essa massa trabalhadora abandonasse o seu consentimento a classe burguesa, pois essa não sobreviveria, e vivessem por principios estabelecidos na Lei Natural, e não pelas crenças falsas e limitantes em autoridade e relativismo moral. Essas duas ideologias são a causa raiz de todos os problemas sociais, ao assimilarmos esse fato e abrirmos mão de consentir a autoridade e relativismo moral, ensinar isso é o verdadeiro trabalho revolucionário de base, só então caminharemos para um mundo de liberdade, igualdade e justiça.
Para mim o principal problema teórico da abordagem de Gramsci sobre o "Estado integral" não é a crítica à ideologia liberal de separação dicotômica entre "sociedade civil" e "Estado" (ou, nos termos de Gramsci, "sociedade política"). Esta crítica é necessária, porém oculta um problema, a saber: a historicidade do Estado. Corre-se o risco de transformar um produto histórico (o Estado) em um ideal (o Estado integral). Na chave de leitura gramsciana a "sociedade civil" e a "sociedade política" são partes integrantes do "Estado Integral" (ou como se difundiu aqui no Brasil, sobretudo a partir da obra de Carlos Nelson Coutinho, o "Estado ampliado"). Ocorre que esta interpretação acaba por eternizar o Estado, confundindo-o com a história da sociedade humana, ainda que por Estado Grasmci em tenha em mente algo diferente do que chamamos de Estado, aquilo que ele mesmo classificou como "sociedade política". Por certo a intenção de Gramsci não era formular uma entidade trans-histórica, mas devido às limitações com as quais lidou para escrever os seus "Cadernos do Cárcere", este problema da historicidade do Estado ficou mal tratado. Ademais, os gramscianos "clássicos" leram o seu mestre de muitas formas (Buci-Glucksmann, Bobbio, Macciochi, Coutinho, FHC, etc.). Hoje é recorrente uma certa leitura grasmciana que aceita o Estado como uma entidade complexa e praticamente eterna (ao menos enquanto existir a sociedade humana). Parece querer afirmar que sem o Estado não há mais como a humanidade se organizar politicamente. O Estado operário inclusive. Portanto, dizer que Gramsci faz uma atualização para o século XX do pensamento político de Marx oculta o fato de que a teoria do Estado de Gramsci é diferente da de Marx em vários aspectos, e evoca ainda um equívoco interpretativo: Marx teria vivido numa época onde uma formulação intehral do Estado não poderia ter sido desenvolvida, mas que no século XX, no interior de Estados ocidentais (Gramsci também se refere à "sociedade ocidental"), tal formulação seria agora possível. É como se os gramscianos estivessem procurando uma "solução" para apresentar a interpretação de Gramsci do Estado integral como uma inovação possibilitada pelo materialismo dialético ("filosofia da praxis", segundo Gramsci). Contudo, isto é um mito legitimador. À época de Marx a política já estava totalmente envolvida na economia, e as principais formas de governo, inclusive as democracias liberais, já podiam ser, em essência, compreendidas e analisadas teoricamente. Mesmo antes de Marx, o Estado já tinha recebido se Hegel um detalhado exame, sob diversos aspectos até superiores ao balanco realizado por Gramsci. A categoria de sociedade civil em Hegel e Marx é superior em complexidade dialética à de Gramsci, permitindo aos pensadores alemães, notadamente Marx, abordar a dimensão histórica do Estado. Istvan Mèszàros, por exemplo, trata exatamente desta temática marxiana, chegando a uma elaboração mais rigorosa do que a de Estado integral de Gramsci (e principalmente da dos gramscianos). Sob o argumento de se combater o pensamento político liberal e anarquista não deveriam os marxistas eternizar o Estado, assim como não se deve também, como ainda hoje é comum, deixar de abordar com renovado fôlego teórico a complexidade do Estado moderno na atualidade. Haveria em Gramsci, visando combater o economicismo, um certo "politicismo"? Talvez. Gramsci estava por demais envolvido com as intricadas questões do Estado soviético? Certamente! O que é certo, é que um abuso teórico não se resolve com outro. O Estado não é imutável, assim como também não é eterno.
A Sociedade carioca é miliciana, qual o ´´conceito`` se adequa àquele contexto para que a leitora possa compreendê-la? Existe um nível de armamento daquele estado, então a partir deste ponto é possível compará-lo ao militar?
@@rodrigoferreira9527 As milícias do Rio de Janeiro estão no Estado, fazem parte de um poder de hierarquias do tipo militar, pq se formam com militares que se afastaram das diversas corporações por motivos variados, PMs, exército, bombeiros etc
@@joycecesarpirespires6663 a origem corporativa está na doutrina econômica dos supermercados e lojas. Devem ter se afastado por questões financeiras, o nosso país tem um prejuízo de mais de 7 bilhões com o exterior, e aí usa o dólar como uma forma de pagar, só que não o suficiente para o sustento da boquinha deles. o meu olhar é mais materialista, isto me faz estar próximo de Marx neste quesito do que Gramsci, o que peguei de essencial é este gancho do braço armado. Realmente esta afirmativa faz sentido, os milicianos se diferenciam materialmente do resto. Se eu fosse membro de um partido revolucionário, ia propor uma meta de combate contra-hegemônico convencendo um estudante de escola militar do potencial que os líderes soviéticos tinham na época. O Materialismo é a fonte deste caráter bélico que a esquerda possa adquirir se um dia cada um de nós deste espectro se afastar dos indentitários e sectários de partidos hegemonicamente fracos no momento.
@@gabrielmaia1016 Imaginado! Se fosse, não teria sentido algum kkkkk. Hegel era Espírita, mesmo não sabendo que tinha se tornado um quando se trata de um fenômeno que somente existe na imaginação do outro. O olhar dele é de um Cristão reformista, se fosse de um Cristão raiz, não teria esta ideia do Espírito enquanto centro de sua análise fenomenológica. Enquanto ateu, não acredito em santo neste mundo, o que retira a possibilidade de eu ser alguém além do meu limite intelectual.
☝🏾NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR AS LEGENDAS AQUI NO RUclips ☝🏾
Legendamos em português todos os vídeos desta nova série com David Harvey aqui na TV Boitempo. Para visualizá-las, basta ativar as legendas no botão (c: "Legendas/Legendas ocultas") na parte inferior de seu tocador de RUclips. Se você estiver visualizando este vídeo no celular, o botão fica no canto superior direito da tela!
Aquele momento que você percebe ser fluente em italiano hahaha Muito boa aula!
Grazie mile per il video mi e stato di grande aiuto
O aparato do consenso assumiu todos os aspectos de nossa vida, onde a ideologia involutiva que achamos criticar é somente um jogo dialético, e a ideologia involutiva real, é exatamente a que consentimos. Interessante o ponto sobre o anarcosindicalismo ser na pratica uma versão do liberalismo capitalista, de fato é, o que reforça que anarcosindicalismo não tem nada a ver com anarquismo. Não existem anarquismos hifenizados (anarco-capitalismo, anarco-sindicalismo, anarco-comunismo, eco-anarquismo) - todos são diversionismos para confundir-nos para fora da luta por liberdade. Nas linhas de Sorel, interessante é se essa massa trabalhadora abandonasse o seu consentimento a classe burguesa, pois essa não sobreviveria, e vivessem por principios estabelecidos na Lei Natural, e não pelas crenças falsas e limitantes em autoridade e relativismo moral. Essas duas ideologias são a causa raiz de todos os problemas sociais, ao assimilarmos esse fato e abrirmos mão de consentir a autoridade e relativismo moral, ensinar isso é o verdadeiro trabalho revolucionário de base, só então caminharemos para um mundo de liberdade, igualdade e justiça.
Para mim o principal problema teórico da abordagem de Gramsci sobre o "Estado integral" não é a crítica à ideologia liberal de separação dicotômica entre "sociedade civil" e "Estado" (ou, nos termos de Gramsci, "sociedade política"). Esta crítica é necessária, porém oculta um problema, a saber: a historicidade do Estado. Corre-se o risco de transformar um produto histórico (o Estado) em um ideal (o Estado integral). Na chave de leitura gramsciana a "sociedade civil" e a "sociedade política" são partes integrantes do "Estado Integral" (ou como se difundiu aqui no Brasil, sobretudo a partir da obra de Carlos Nelson Coutinho, o "Estado ampliado"). Ocorre que esta interpretação acaba por eternizar o Estado, confundindo-o com a história da sociedade humana, ainda que por Estado Grasmci em tenha em mente algo diferente do que chamamos de Estado, aquilo que ele mesmo classificou como "sociedade política". Por certo a intenção de Gramsci não era formular uma entidade trans-histórica, mas devido às limitações com as quais lidou para escrever os seus "Cadernos do Cárcere", este problema da historicidade do Estado ficou mal tratado. Ademais, os gramscianos "clássicos" leram o seu mestre de muitas formas (Buci-Glucksmann, Bobbio, Macciochi, Coutinho, FHC, etc.). Hoje é recorrente uma certa leitura grasmciana que aceita o Estado como uma entidade complexa e praticamente eterna (ao menos enquanto existir a sociedade humana). Parece querer afirmar que sem o Estado não há mais como a humanidade se organizar politicamente. O Estado operário inclusive. Portanto, dizer que Gramsci faz uma atualização para o século XX do pensamento político de Marx oculta o fato de que a teoria do Estado de Gramsci é diferente da de Marx em vários aspectos, e evoca ainda um equívoco interpretativo: Marx teria vivido numa época onde uma formulação intehral do Estado não poderia ter sido desenvolvida, mas que no século XX, no interior de Estados ocidentais (Gramsci também se refere à "sociedade ocidental"), tal formulação seria agora possível. É como se os gramscianos estivessem procurando uma "solução" para apresentar a interpretação de Gramsci do Estado integral como uma inovação possibilitada pelo materialismo dialético ("filosofia da praxis", segundo Gramsci). Contudo, isto é um mito legitimador. À época de Marx a política já estava totalmente envolvida na economia, e as principais formas de governo, inclusive as democracias liberais, já podiam ser, em essência, compreendidas e analisadas teoricamente. Mesmo antes de Marx, o Estado já tinha recebido se Hegel um detalhado exame, sob diversos aspectos até superiores ao balanco realizado por Gramsci. A categoria de sociedade civil em Hegel e Marx é superior em complexidade dialética à de Gramsci, permitindo aos pensadores alemães, notadamente Marx, abordar a dimensão histórica do Estado. Istvan Mèszàros, por exemplo, trata exatamente desta temática marxiana, chegando a uma elaboração mais rigorosa do que a de Estado integral de Gramsci (e principalmente da dos gramscianos). Sob o argumento de se combater o pensamento político liberal e anarquista não deveriam os marxistas eternizar o Estado, assim como não se deve também, como ainda hoje é comum, deixar de abordar com renovado fôlego teórico a complexidade do Estado moderno na atualidade. Haveria em Gramsci, visando combater o economicismo, um certo "politicismo"? Talvez. Gramsci estava por demais envolvido com as intricadas questões do Estado soviético? Certamente! O que é certo, é que um abuso teórico não se resolve com outro. O Estado não é imutável, assim como também não é eterno.
Boa
Muito bom
Usamos sociedade civil para contrapor a militar. Gramsci falava sociedade politica/Estado e sociedade civil. Vamos entender melhor esses conceitos.
porque você acha que existe sociedade militar X sociedade civil ? Soldados também fazem parte da sociedade civil. porque não?
@@jonatarocha4493 militares tem formação diferenciada e formam uma corporação com ideologia própria
A Sociedade carioca é miliciana, qual o ´´conceito`` se adequa àquele contexto para que a leitora possa compreendê-la?
Existe um nível de armamento daquele estado, então a partir deste ponto é possível compará-lo ao militar?
@@rodrigoferreira9527 As milícias do Rio de Janeiro estão no Estado, fazem parte de um poder de hierarquias do tipo militar, pq se formam com militares que se afastaram das diversas corporações por motivos variados, PMs, exército, bombeiros etc
@@joycecesarpirespires6663
a origem corporativa está na doutrina econômica dos supermercados e lojas.
Devem ter se afastado por questões financeiras, o nosso país tem um prejuízo de mais de 7 bilhões com o exterior, e aí usa o dólar como uma forma de pagar, só que não o suficiente para o sustento da boquinha deles. o meu olhar é mais materialista, isto me faz estar próximo de Marx neste quesito do que Gramsci, o que peguei de essencial é este gancho do braço armado. Realmente esta afirmativa faz sentido, os milicianos se diferenciam materialmente do resto.
Se eu fosse membro de um partido revolucionário, ia propor uma meta de combate contra-hegemônico convencendo um estudante de escola militar do potencial que os líderes soviéticos tinham na época.
O Materialismo é a fonte deste caráter bélico que a esquerda possa adquirir se um dia cada um de nós deste espectro se afastar dos indentitários e sectários de partidos hegemonicamente fracos no momento.
Viva Jaques Fresco!
Essa separação entre estado e sociedade civil já tinha sido diagnosticado por hegel.
Mas não com um olhar materialista
@@gabrielmaia1016 , depois por Marx , ao estudar a revolução francesa hahaha
@@LivrariaEntreEskombros realmente
@@gabrielmaia1016 Imaginado! Se fosse, não teria sentido algum kkkkk.
Hegel era Espírita, mesmo não sabendo que tinha se tornado um quando se trata de um fenômeno que somente existe na imaginação do outro.
O olhar dele é de um Cristão reformista, se fosse de um Cristão raiz, não teria esta ideia do Espírito enquanto centro de sua análise fenomenológica.
Enquanto ateu, não acredito em santo neste mundo, o que retira a possibilidade de eu ser alguém além do meu limite intelectual.
@@LivrariaEntreEskombros Ele adora ser um liberal radical kkkk, e não este pessoal do centrão kkkk.